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Universidade de Sorocaba

Relatório Prático de Práticas clínicas 1:

Microbiologia

Isolamento e Identificação de cocos piogênicos

Ana Beatriz de Oliveira Beserra

Juliana Tatsumi Oikawa

Kamille Victória Rodrigues

Sorocaba

2023
Introdução

A microbiologia nos conduz a uma jornada fascinante pelo mundo dos


microrganismos, revelando características cruciais que desempenham um papel vital
na interação entre os seres humanos e o reino microscópico. Nesse contexto,
destacam-se as bactérias de cocos piogênicos, um grupo notável com implicações
significativas para a saúde humana. Este relatório de aula prática visa aprofundar
nossa compreensão sobre a complexidade e importância desses microrganismos,
explorando suas características distintivas, relevância clínica e a crescente
preocupação com a resistência antimicrobiana.

As bactérias de cocos piogênicos constituem um conjunto diversificado de


microrganismos esféricos, desempenhando papel crucial na patogênese de diversas
doenças. Sua designação como "piogênicas" está intimamente ligada à capacidade de
induzir a formação de pus durante infecções, destacando a resposta inflamatória
característica associada a esses microrganismos.

O estudo dessas bactérias é essencial, fornecendo percepções vitais para o


diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças infecciosas. Compreender as
características distintivas desses microrganismos é fundamental para desenvolver
estratégias eficazes no controle de infecções, zelando a saúde pública.

Essas bactérias apresentam uma ampla gama de características, incluindo morfologia


esférica, formação de cadeias ou aglomerados, e a capacidade de desencadear
respostas inflamatórias agudas. Grupos notáveis estudados em nossa aula prática
incluem Streptococcus, Staphylococcus e Enterococcus.

Uma preocupação crescente reside na resistência dessas bactérias aos


antimicrobianos, com destaque para cepas como MRSA (Staphylococcus aureus
resistente à meticilina), VRSA (Staphylococcus aureus resistente à vancomicina) e
VRE (Enterococcus resistente à vancomicina). Essa evolução tem implicações diretas
na eficácia dos tratamentos, exigindo abordagens inovadoras para combater a
disseminação dessas cepas resistentes.

Ao longo deste relatório, aprofundaremos esses aspectos, mergulhando no laboratório


para compreender, de maneira prática, as características distintivas das bactérias de
cocos piogênicos e abordar estratégias para enfrentar os desafios impostos pela
resistência antimicrobiana.

Metodologia
Materiais utilizados

Figura 1: Materiais utilizados em


aula - Foto retirada pelas
próprias alunas.
- Ágar Mac Conkey

- Ágar DNase

- Ágar Sangue

- Bico de Bunsen

- Alça de inoculação

- Água oxigenada

- Tubos de Amostra

- Tubos de ensaio

- Amostra de Staphylococus e Enterococos

MacConkey:

Para semear nesta placa utilizamos a alça e o líquido contendo Staphylococus aureus.
Ressuspendemos o tubo, com a agitação do mesmo, após isso colocamos a alça de
inoculação em contato com a amostra, de forma que ao abrir o tubo, ele estivesse
entre nós e a chama, e captamos o líquido, em que na parte da alça se formou uma
película repleta de bactérias, em seguida abrimos a placa de MacConkey próximo ao
fogo e semeamos por esgotamento com o método de estrias simples. Fechamos a
placa já semeada e colocamos na estante, e descartamos a alça utlizada no descarte
de materiais infectante.
O objetivo desta técnica é isolar a bactéria para que ela possa se reproduzir na placa,
este meio seletivo em específico que inibe o crescimento das bactérias Gram
Positivas. Neste caso provavelmente não haverá nenhum crescimento já que a
bactéria escolhida foi Staphylococus.

Ágar DNase:

Para realizar esse procedimento, iniciamos utilizando o tubo contendo Staphylococcus


aureus. Com uma nova alça de inoculação, realizamos a abertura do tubo com a
amostra posicionada à frente da chama do bico de Bunsen, fizemos a abertura do
tubo e a submersão da alça no tubo. Em seguida, procedemos à semeadura do meio
da placa de ágar DNase em formato de círculo, utilizando a alça de inoculação, de
modo que a placa estivesse voltada para a chama. Após a semeadura, fechamos a
placa e a colocamos para incubação a 37°C por 24 horas. Após esse período, o
próximo passo consiste em adicionar uma solução de HCl (10%), procedimento o qual
não realizamos, mas pudemos verificar uma amostra disponibilizada pela professora
Marcela Pellegrini Peçanha em laboratório.

A finalidade desse teste é avaliar se a espécie de Staphylococcus em análise libera


enzimas com a capacidade de degradar o DNA. Caso ocorra a degradação do DNA,
será observada a formação de um halo ao redor da área onde o DNA está presente.
Essa evidência sugere a provável presença de Staphylococcus aureus.
Essencialmente, este procedimento visa determinar se a espécie específica de
Staphylococcus em análise tem a capacidade de produzir enzimas que destroem o
DNA, fornecendo informações cruciais para a identificação da espécie bacteriana.
Para esses procedimentos, pegamos o tubo contendo um líquido hipertônico com
6,5% de NaCl e semeamos com uma nova alça de inoculação o líquido no tubo de
Enterococos, aonde incubamos a 37°C por 24 a 48h. Nesse procedimento, caso
obtivermos um resultado positivo, significa que a bactéria cresceu no meio ácido e
fermentaram a glicose produzindo ácido.
No outro tubo contendo Bile esculina (onde o Staphylococus não é resistente)
semeamos o Enterococos que irá converter essa substância em Bile esculetina e
glicose, tornando a cor marrom escuro ou preto. Pegamos a alça de inoculação com o
material e aprofundamos no tubo contendo ágar bile esculina.
Incubamos os dois tubos a 35° por 48h, se o tubo com o meio hipertônico ficar
amarelo significa que o pH do meio diminuiu e houve o crescimento de Staphylococus,
já se o segundo tubo ficar preto é porque houve a metabolização da Bile esculina em
esculetina, e provavelmente é Enterococos.
Isso quer dizer que, se apenas um dos tubos apresentar um resultado positivo, a
bactéria pode ser classificada como Streptococcus. Se ambos os tubos apresentarem
um resultado positivo, concluímos que pode ser Enterococcus.

Teste da Catalase

Figura 2: Teste de Catalase com Figura 3: Teste de Catalase com


resultado positivo registrado resultado positivo, observado e
pelas próprias alunas. registrado pelas alunas.

Para esse teste, utilizamos água oxigenada, vertendo-a sobre o tubo contendo a
bactéria, e aguardamos alguns segundos para verificar a reação. Nesse processo,
caso a amostra borbulhasse significaria que houve a liberação de oxigênio, isso
significaria que a amostra seria catalase positiva, confirmando que é um
Staphylococus.Já se não borbulhar significaria que não houve a liberação de oxigênio,
portanto seria catalase negativo, e poderiamos concluir que a amostra em quetão é
um Streptococcus ou um Enterococos.

Teste da Coagulase

Foi realizado um teste de Coagulase, o qual é conduzido em um meio contendo


plasma liofilizado de coelho com fibrinogênio. Para iniciar o teste, o plasma foi
suspenso e a solução salina foi adicionada, resultando em uma mistura com a
amostra líquida contendo bactérias. Em seguida, a mistura foi incubada. Se o teste for
positivo, ocorrerá a coagulação do plasma de coelho, indicando provavelmente a
presença de Staphylococcus aureus, uma vez que essa espécie é conhecida por
produzir a enzima coagulase.
Resultados:

- Catalase: +

- Coagulase: +

- Ágar MacConkey: -

- Ágar Sangue: +

- DNase: não pudemos verificar o resultado.

- NaCL: não pudemos verificar o resultado.

- Teste de Hidrólise de Esculina na presença de Bile: não pudemos verificar o


resultado.

- Teste em meio Hipertônico: não pudemos verificar o resultado.

Obs: Concluimos através dos testes feitos acima, que a amostra se

tratava de um Staphylococus Aureus, pelo resultado positivo nos testes

de Catalase,Coagulase e semeadura positiva no Ágar Sangue.

Bibliografia:

1- CARROLL, K. C.; BUTEL, J. S.; MORSE, S. A. Jawetz Melnick

& Adelbergs Medical Microbiology 28 E. [s.l.] McGraw Hill

Professional, 2019.

2- Organização Mundial da Saúde. OPAS. Publicação Resistência

Antimicrobiana. Disponível em: OPAS- Resistência

3- TIMENETSKY, Beatriz. Universidade de São Paulo. USP. Glossário de

Bactérias com Importância Médica. Disponível em: USP - Glossário de

Bactérias.

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