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Artigo - Ana Carla
Artigo - Ana Carla
RESUMO
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Professora de Ensino Fundamental Anos Iniciais na Rede Estadual de Ensino de Minas
Gerais. Artigo apresentado como requisito parcial para aprovação do Trabalho de
Conclusão do Curso de Segunda Licenciatura em Pedagogia.
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INTRODUÇÃO
Com relação ao jogo, Piaget citado por Ferreiro (2008), em seu artigo “
A Importância de Brincar na Educação Infantil”. Acredita que o jogo é essencial
na vida da criança. De início tem-se o jogo de exercício que é aquele em que a
criança repete uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado
seus efeitos. Em torno dos 2-3 e 5-6 anos nota-se a ocorrência dos jogos
simbólicos, que satisfazem à necessidade da criança de não somente
relembrar mentalmente o acontecido, mas de executar a representação.
De acordo com Ferreiro (2008), as brincadeiras devem acompanhar a
criança da educação infantil, pois nesse período da vida da criança, são
relevantes todos os aspectos de sua formação, pois como ser bio-psico-social-
cultural dá os passos definitivos para uma futura escolarização e sociabilidade
adequadas como membro do grupo social que pertence.
Vygotsky, (1998) pensa diferente de Piaget, sendo que para ele “o
desenvolvimento ocorre ao longo da vida e que as funções psicológicas
superiores são construídas ao longo dela e que não há fases para justificar o
desenvolvimento” (Vygotsky, 1998, p.164).
Para Vygotsky (1998) a pessoa não é ativa nem passiva é interativa.
Assim, a criança usa as interações sociais, através de relação com os outros,
como formas privilegiadas para obter as informações sendo capazes de
aprender as regras do jogo, não apenas como resultados de um empenho
individual na resolução de problemas. Desta forma, aprende a encaminhar seu
comportamento pelas reações.
Vygotsky, (1998) fala do jogo faz de conta, Piaget, (1973) fala do jogo
simbólico, segundo Oliveira (1997) que “o jogo de faz de conta e o jogo
simbólico, são correspondentes (OLIVEIRA, 1997, p.67).
Na teoria de Vygotsky, (1998) o jogo é social por sua origem e sua
natureza, constituindo num modo de assimilar e recriar a experiência social e
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cultural dos adultos. Sendo assim, o jogo de faz de conta constitui-se em uma
atividade na qual a criança procura compreender o mundo e as ações humanas
nas quais estão inseridas no cotidiano. Ele também aprofundou seus estudos
no papel das experiências sociais e culturais a partir da análise do jogo infantil,
mostrando que:
[...] no jogo a criança transforma, pela imaginação, os objetos
produzidos socialmente. Ele ainda ressalta a importância dos signos
para criança internalizar os meios sociais. A certa altura de seu
desenvolvimento, a criança amplia os limites de sua compreensão,
integrando os símbolos socialmente elaborados (valores, crenças
sociais, conhecimento acumulado da cultura e dos conceitos
científicos) ao seu próprio conhecimento” (FREIDMANN, 1996, p65).
constatamos que o tempo para ela brincar tem se tornado cada vez mais
escasso, tanto dentro como fora da escola (ANTUNES, 2003).
Ferreira, (2008) na escola “não dá tempo para brincar”, justificam
alguns educadores. Há evidentemente um programa de ensino a ser cumprido
e objetivo a serem atingidos, para cada faixa etária. Com isso o jogo fica
relegado ao pátio ou destinado a “preencher” intervalos de tempo entre aulas,
entretanto o jogo pode e deve fazer parte das atividades curriculares,
sobretudo em sala de aula, onde o pensamento e o raciocínio dependem de
interesse e motivação. Desta forma, nós educadores precisamos de rever
conceitos preestabelecidos durante o planejamento, na sala de aula. Devendo
aproveitar e explorar ao máximo a ludicidade de forma consciente,
(FERREIRA, 2008).
Oliveira (1997, p.34) o desenvolvimento e o aprendizado do aprendiz
se dão também em outras instâncias de seu dia-a-dia, fora da escola, em
contato com outras crianças e outros adultos e, sobretudo, de forma direta com
os meios de comunicação. A televisão, a publicidade, a propaganda e toda a
mídia eletrônica têm influência profunda na mente humana (OLIVEIRA, 1997).
Ferreira, (2008) afirma que, em relação ao espaço do brincar, que
tradicionalmente se dava na rua, houve um recuo: brincar na rua é um risco;
dentro de casa, o espaço é muito limitado. Na escola é possível planejar os
espaços de jogo. Na sala de aula, o espaço de trabalho pode ser transformado
em espaço de jogo, podem ser desenvolvidas atividades aproveitando mesas,
cadeiras, divisórias etc. como recursos. Fora da sala, sobretudo no pátio, a
brincadeira “corre Solta” e a atividade física predominam (FERREIRA,2008,
p.44).
Santos, (1997), retrata que como alternativa, ainda, de espaços
lúdicos, além dos parques e praças, surgiram as chamadas brinquedotecas.
São espaços públicos e/ou privados que funcionam como bibliotecas de
brinquedos, organizados de forma que as crianças possam desenvolver
criativamente suas atividades lúdicas. Em creches, escolas e universidades há
brinquedotecas com fins especificamente educacionais, (SANTOS,1997, p.56).
Santos, (1997) a partir da ideia de que brincar é bom e importante,
coloca-se a seguinte questão: o jogo é um meio para atingir determinados
objetivos ou tem um fim em si mesmo. Enfim brinca-se pelo simples prazer de
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força, a relações de poder. “Elas não são simplesmente definidas, elas são
impostas. Elas não convivem harmoniosamente, lado a lado, em um campo
sem hierarquias disputadas” (SILVA, 2000, p.81).
Desta forma a escolha profissional remete a uma referência social na
qual o indivíduo participa de um grupo onde ele se reconhece e é reconhecido.
Expressa uma forma particular de ser, de sentir e de autorrepresentar nas
relações sociais da qual sua ocupação profissional faz parte.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS