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interceptação das comunicações. Por outro lado, o CNJ não pode criar obrigações que se
estendam a órgãos estranhos ao Poder Judiciário.
O ato normativo em questão, de modo geral, observa tais premissas. Entretanto, em relação
ao § 1º do art. 13 da Resolução 59/2008, o CNJ extrapolou sua competência normativa,
adentrando em seara que lhe é imprópria. Assim, desrespeitou: (a) a competência legislativa
estadual, no que concerne à edição das leis de organização judiciária locais (CF, art. 125, § 1º);
(b) a competência legislativa na União para a edição de normas processuais (CF, art. 22, I); e (c)
a norma constante do art. 5º, XXXV, da CF, no que respeita à inafastabilidade da jurisdição.
REPERCUSSÃO GERAL
O Tribunal entendeu que o parlamentar, na qualidade de cidadão, não pode ter cerceado o
exercício do seu direito de acesso, via requerimento administrativo ou judicial, a documentos e
informações sobre a gestão pública, desde que não estejam, excepcionalmente, sob regime de
sigilo ou sujeitos à aprovação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O fato de as casas
legislativas, em determinadas situações, agirem de forma colegiada, por intermédio de seus
órgãos, não afasta, tampouco restringe, os direitos inerentes ao parlamentar como indivíduo.
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(1) CF: “Art. 5°. (...) XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações
de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei,
sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado”.
PRIMEIRA TURMA
O Colegiado considerou evidente a divisão de desígnios das condutas, uma vez que o
paciente já havia consumado o roubo quando passou a exigir algo que apenas a vítima podia
fornecer, de modo a caracterizar a consumação do crime de extorsão.