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Este resumo está incompleto ( recomenda-se estudá-lo juntamente com o resumo da Thais Fagundes

GT 1 – Bloco Febre - CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE

- Células do sistema imune inato e adaptativo estão presentes: 1. Como células circulantes no
sangue e na linfa. 2. Como coleções anatomicamente definidas nos órgãos linfoides. 3. Como
células dispersas em praticamente todos os tecidos. A organização anatômica destas células
e sua habilidade em circular e trocar entre sangue, linfa e tecidos são de importância crucial
para a geração de respostas imunes.
• Desafios para gerar respostas protetoras efetivas contra patógenos infecciosos: Primeiro, o
sistema deve ser capaz de responder rapidamente a pequenas quantidades de muitos
microrganismos distintos que podem ser introduzidos em qualquer local no corpo. Em
segundo lugar, na resposta imune adaptativa, há pouquíssimos linfócitos naive que podem
reconhecer e responder especificamente a um antígeno qualquer. Em terceiro lugar, os
mecanismos efetores do sistema imune adaptativo (anticorpos e células T efetoras) podem
ter de localizar e destruir microrganismos em locais distantes daquele em que a resposta
imune foi induzida.
• Obs: OBS.: embora a maioria destas células seja encontrada no sangue, suas respostas aos
microrganismos normalmente ocorrem nos tecidos linfoides e outros tecidos e podem não
ocorrer alterações em seus números na circulação.

- CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE: Com base em seus precursores comuns, as células imunes são
amplamente classificadas em células mieloides, que incluem os fagócitos e a maioria das
DCs, ou em células linfoides, que englobam todos os linfócitos.

*Obs não importante: A expressão de diversas proteínas de membrana é usada para distinguir
populações de células no sistema imune. Por exemplo, a maioria das células T auxiliares expressa
uma proteína de superfície chamada CD4, enquanto a maior parte dos linfócitos T citotóxicos
expressa uma proteína de superfície diferente chamada CD8. Essas e muitas outras proteínas de
superfície frequentemente são denominadas marcadores, porque identificam e discriminam
(marcam) populações celulares distintas.

• Fagócitos (NEUTRÓFILOS E MACRÓFAGOS): São células cuja função primária é ingerir e


destruir microrganismos e remover tecidos danificados. As respostas funcionais dos
fagócitos na defesa do hospedeiro possuem passos sequenciais: 1. Recrutamento das células
para locais de infecção. 2. Reconhecimento e ativação pelos microrganismos. 3. Ingestão dos
microrganismos por processo de fagocitose. 4. Destruição dos microrganismos ingeridos. Os
neutrófilos e monócitos do sangue, os quais se diferenciam em macrófagos após sua entrada
nos tecidos, são produzidos na medula óssea, circulam no sangue e são recrutados para os
sítios inflamatórios.

* Embora ambos sejam ativamente fagocíticos, diferem significativamente: A resposta do neutrófilo


é mais rápida, e a expectativa de vida dessas células depois que entram nos tecidos é curta,
enquanto os macrófagos nos tecidos podem viver por longos períodos, de modo que sua resposta
pode ter duração prolongada. Os neutrófilos usam rearranjos do citoesqueleto e ativação de
enzimas para gerar respostas rápidas e transitórias, enquanto as respostas de macrófagos
dependem mais de indução de transcrição gênica e expressão proteica. Além disso, como discutido
adiante, existem subpopulações de macrófagos que normalmente residem em tecidos sadios,
enquanto neutrófilos não fazem isso.- Qual é a função primária dos fagocitos (2)
- Quais são os passos sequenciais da resposta dos fagócitos
- Onde os fagocitod são produzidos?
- Quais as principais diferenças entre neutrofilos e macrofagos e qual a
consequência dessas diferenças
- Cite uma características dos neutrófilos
- Qual a PRINCIPAL(ler a resposta do resumo) função dos neutrófilos(2)
-
Saber detalhar o processo de fagocitose - Cite o que mais(alem de fagocitose) os neutrofilos podem fazer para
matar os microorganismos
- Cite as funções dos macrófagos
- Cite os tipos de macrófagos e quais são as suas diferenças
- Cite as vias de ativação dos macrófagos
- Quais são as propriedades em comum dos granulócitos
- Onde os mastócitos são mais abundantes
*Neutrófilos (Ou leucócitos polimorfonucleares): Os neutrófilos constituem a população mais
abundante de leucócitos circulantes e o principal tipo celular nas reações inflamatórias agudas. Os
neutrófilos são produzidos na medula óssea. Cada um dos quais circula no sangue por poucas horas
ou por até 5 dias antes de morrer. FUNÇÃO E ATUAÇÃO: 1. Medeiam as fases iniciais das reações
inflamatórias (podem migrar rapidamente para sítios de infecção após a entrada de
microrganismos). Os neutrófilos migram rapidamente para locais de infecção após a entrada de
microrganismos. A principal função dos neutrófilos é fagocitar microrganismos, especialmente
microrganismos opsonizados, e produtos de células necróticas, bem como destruir esse material nos
fagolisossomos. Em adição, os neutrófilos podem secretar conteúdos de grânulos e também realizar
extrusão de seu conteúdo nuclear, formando armadilhas extracelulares de neutrófilos, que atuam
imobilizando e matando microrganismos extracelulares, mas que também podem lesionar tecidos
sadios.

• Fagócitos mononucleares (MONÓCITOS E MACRÓFAGOS): Monócito: célula circulante.


Macrófago: célula residente tecidual.

* Desenvolvimento de macrófagos e monócitos: surgem a partir de células precursoras na medula


óssea, direcionadas pela proteína fator estimulante de monócito/macrófago (M-CSF). Esses
precursores evoluem para monócitos, que entram e circulam no sangue e, então, migram para os
tecidos, especialmente durante as reações inflamatórias, onde eles então amadurecem em
macrófagos. - O que os mastócitos liberam ao ser ativados
* Qual o principal grânulo liberado e qual o seu
efeito(resumo da Thais)
- Explique como se dá a ativação de
mastócitos pelo sistema imune adaptativo
* Eles podem ser ativados na imunidade inata?
- Cite quais as semelhanças dos basófilos com
os mastócitos
- Cite qual é a peculiaridade do papel dos
basófilos nos sistema imune
- Como os eosinófilos auxiliam na imunidade
- Quais os locais de maior prevalência de
eosinófilos
- Qual é a função das APC's
- Qual é a principal APC envolvida na iniciação
das respostas dos linfócitos T
- O que as celulas dendriticas, os macrofagos e
os linfócitos B apresentam, e a quem eles
apresentam.
- Qual é a função das células dendriticas
- Qual é o principal tipo de célula dendritica
-Os macrófagos apresenta o antigeno a qual tipo de linfócito t?
- Defina as células dendriticas plasmocitoides e
* O que esse linfócito faz em relação aos macrofagos
diga sua função

* Funções dos macrófagos: Os macrófagos desempenham papéis cruciais nas respostas imunes inata
e adaptativa às infecções e no reparo de tecidos danificados (Figura 2.4): 1. ingerir microrganismos
por meio do processo de fagocitose e, então, destruir os microrganismos ingeridos. 2. Macrófagos
tecido-residentes atuam como células sentinelas que percebem a presença de microrganismos e
respondem secretando citocinas que iniciam, e então amplificam, a resposta protetora contra os
microrganismos. Algumas dessas citocinas agem nas células endoteliais que revestem os vasos
sanguíneos para aumentar o recrutamento de monócitos e outros -leucócitos
Quais sãodoassangue
outraspara
células APC e qual sua
o sítio
função
- Cite qual a peculiaridade dos linfócitos
- Cite qual a localização dos linfócitos
- Cite quais os locais de produção dos
linfocitos e qual o local de maturação dos
linfócito T
-Qual é o principal tipo de linfócito B e qual a sua função - Explique qual é o conceito de linfócitos naive
- Quais são os tipos de linfócitos T e quais são seus precursores - Quais são os tipos de linfócitos efetores e quais suas
- Cite a função de cada um dos 3 tipos de linfócito funções
- Em que local ocorre a completa maturação dos linfócitos B - Qual fator fisiológico ocasiona o aumento no número
- O que os linfócitos naive fazem quando são ativados de linfócitos de memória
* Explique como ocorre esse processo de ativação
das infecções. Outras citocinas produzidas por macrófagos ativados agem em leucócitos e estimulam
sua migração para os sítios teciduais de infecção ou dano. 3. Moléculas microbianas podem induzir
macrófagos que englobaram microrganismos a sofrer uma forma de morte inflamatória chamada
piroptose, que normalmente resulta da ativação de um complexo enzimático citoplasmático
chamado inflamassoma. A piroptose leva à liberação de citocinas que amplificam a resposta
inflamatória do hospedeiro à infecção. 4. Além de ingerir microrganismos, os macrófagos ingerem
células necróticas do hospedeiro, incluindo as células que morrem nos tecidos em consequência dos
efeitos de toxinas, traumatismo ou interrupção do suprimento sanguíneo, além dos neutrófilos que
morrem após se acumularem em sítios de infecção. Isso faz parte do processo de limpeza que se
segue à infecção ou lesão tecidual estéril. Os macrófagos podem reconhecer especificamente e
englobar células que morrem por apoptoseantes antes que estas liberem seus conteúdos e induzam
respostas inflamatórias. Essa remoção de células apoptóticas realizada pelos macrófagos, incluindo
neutrófilos apoptóticos, é um processo chamado eferocitose. 5. Os macrófagos atuam como células
apresentadoras de antígeno, que exibem fragmentos de antígenos proteicos aos linfócitos T e
ativam linfócitos T recrutados para os locais de lesão ou infecção. Essa função é importante na fase
efetora das respostas imunes mediadas pelas células T. 6. Os macrófagos promovem o reparo de
tecidos lesionados estimulando o crescimento de novos vasos sanguíneos (angiogênese) e a síntese
de matriz extracelular rica em colágeno (fibrose). Essas funções são mediadas pelas citocinas
secretadas pelos macrófagos que atuam em várias células teciduais.

Os macrófagos derivados de monócitos podem responder aos microrganismos que estão por perto
tão rapidamente quanto os neutrófilos, porém os macrófagos sobrevivem por um tempo muito
maior nos locais de inflamação. Diferentemente dos neutrófilos, os macrófagos podem sofrer divisão
celular em um sítio inflamatório. Portanto, os macrófagos são as células efetoras dominantes nos
estágios mais tardios da resposta imune inata, decorridos vários dias do início de uma infecção.

Subpopulações de macrófagos: Os macrófagos podem adquirir capacidades funcionais distintas


dependendo dos tipos de estímulos ativadores a que são expostos. O exemplo mais nítido disso é a
resposta dos macrófagos às diferentes citocinas produzidas pelas subpopulações de células T.
Algumas dessas citocinas ativam os macrófagos, tornando-os mais eficientes para o killing dos
microrganismos – a chamada ativação clássica –, e essas células são então chamadas macrófagos
M1. Outras citocinas ativam os macrófagos para que promovam remodelamento e reparo tecidual –
a chamada ativação alternativa –, e essas células então são chamadas macrófagos M2.

- GRANULÓCITOS: MASTÓCITOS, BASÓFILOS E EOSINÓFILOS: Atuam nas respostas de


imunidade inata e de imunidade adaptativa. Todos esses três tipos celulares compartilham a
propriedade comum de terem grânulos citoplasmáticos contendo vários mediadores
inflamatórios e antimicrobianos, os quais são liberados das células mediante ativação. Outra
característica dessas células é seu envolvimento nas respostas imunes que conferem
proteção contra helmintos e nas reações causadoras de doenças alérgicas.

• Mastócitos: Os mastócitos são as células derivadas da medula óssea mais abundantes nos
epitélios da pele e das mucosas; ao serem ativadas, liberam numerosos mediadores
inflamatórios potentes que conferem defesa contra infecções por parasitas helmínticos ou
produzem os sintomas das doenças alérgicas. Seu citoplasma contém numerosos grânulos
ligados à membrana, repletos de mediadores inflamatórios préformados, como a histamina.
- Quais são os tipos de células linfóides inatas e quais são suas funções
Vários estímulos podem ativar os mastócitos e fazê-los liberar os conteúdos dos grânulos
citoplasmáticos no espaço extracelular, bem como sintetizar e liberar citocinas e mediadores
lipídicos inflamatórios. A histamina e os outros mediadores liberados promovem alterações
nos vasos sanguíneos que causam inflamação. Os mastócitos expressam receptores na
membrana plasmática com alta afinidade por um tipo de anticorpo denominado IgE, e
geralmente são recobertos por esses anticorpos. Quando os anticorpos presentes na
superfície do mastócito se ligam ao antígeno, são induzidos eventos sinalizadores que levam
à ativação do mastócito. Os mastócitos também são ativados quando reconhecem produtos
microbianos, independentemente da IgE, atuando nesse sentido como sentinelas do sistema
imune inato.

• Basófilos: Os basófilos são granulócitos sanguíneos que apresentam muitas similaridades


estruturais e funcionais com os mastócitos. Assim como outros granulócitos, os basófilos
derivam de precursores hematopoéticos, amadurecem na medula óssea (a partir de
progenitores distintos daqueles dos mastócitos) e circulam no sangue. Os basófilos
constituem menos de 1% dos leucócitos sanguíneos (ver Tabela 2.1). Embora normalmente
estejam ausentes nos tecidos, os basófilos podem ser recrutados para alguns sítios
inflamatórios. Essas células também contêm grânulos que se ligam a corantes básicos (ver
Figura 2.1C) e são capazes de sintetizar muitos mediadores que também são sintetizados
pelos mastócitos. Como estes, os basófilos expressam receptores de IgE, ligam-se à IgE e
podem ser ativados pela ligação do antígeno a IgE. Como o número de basófilos nos tecidos
é baixo, sua importância na defesa do hospedeiro e nas reações alérgicas é incerta.

• Eosinófilos: Os eosinófilos são granulócitos que expressam grânulos citoplasmáticos


contendo enzimas nocivas às paredes celulares de parasitas, mas que também podem
danificar os tecidos do hospedeiro. Os grânulos dos eosinófilos contêm principalmente
proteínas básicas que se ligam a corantes ácidos, como a eosina, e assim apresentam uma
cor avermelhada em esfregaços sanguíneos e cortes de tecido corados (ver Figura 2.1D). Os
eosinófilos são derivados da medula óssea e circulam no sangue, de onde podem ser
recrutados para os tecidos. Alguns eosinófilos normalmente estão presentes nos tecidos
periféricos, em especial nos revestimentos de mucosa dos tratos respiratório, gastrintestinal
e geniturinário, e seu número pode aumentar por meio do recrutamento a partir do sangue
que ocorre no contexto da inflamação.

- CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENOS (APCs): : Se refere à célula que apresenta os


antígenos aos linfócitos T. *FUNÇÃO: capturam microrganismos e outros antígenos,
apresentam-nos aos linfócitos e fornecem sinais que estimulam a proliferação e
diferenciação dos linfócitos. Principal APC envolvido na iniciação das respostas do linfócito T
e a célula dendrítica.
• Obs: OBS.: célula dendrítica folicular apresenta antígenos aos linfócitos B na fase humoral da
resposta imune.
• Macrófagos apresentam antígenos aos linfócitos T nas respostas imunes celulares
(mediadas por linfócito T). Linfócitos B apresentam antígenos aos linfócitos T nas respostas
imunes humorais (mediadas por linfócito B).
• FUNÇÃO 2: células dendríticas e macrófagos ligam as reações imunes inatas às respostas
imunes adaptativas. * Reconhecem e respondem aos microrganismos durante as reações
imunes inatas e ligam às respostas imunes adaptativas.

- CÉLULAS DENDRÍTICAS: As DCs são células residentes nos tecidos e também circulantes que
detectam a presença de microrganismos e iniciam reações de defesa imune inata, além de
capturarem as proteínas microbianas para exibi-las às células T e assim iniciar as respostas
imunes adaptativas. A localização das DCs nos epitélios e tecidos em que os microrganismos
adentram, sua capacidade de capturar antígenos e levá-los aos linfonodos nos quais as
células T circulam, e suas rápidas respostas aos microrganismos colocam, conjuntamente,
essas células em uma posição singular no sistema imune, atuando como sentinelas de
infecção que iniciam a rápida resposta inata, mas também ligando as respostas inatas ao
desenvolvimento das respostas imunes adaptativas(A maioria das células dendríticas na
pele, mucosa e parênquima de órgãos (células dendríticas clássicas ou convencionais),
responde aos microrganismos migrando para os linfonodos, onde elas apresentam antígenos
aos linfócitos T).
• Outra população de células, denominada células dendríticas foliculares, exibem uma
morfologia dendrítica, mas não derivam de precursores na medula óssea, não apresentam
antígenos proteicos às células T e não devem ser confundidas com DCs. As FDCs estão
envolvidas na ativação das células B nos centros germinativos dos órgãos linfoides
secundários.

- OUTRAS CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENO: MACRÓFAGOS E LINFÓCITOS B:


*Macrófagos apresentam antígenos para os linfócitos T auxiliares nos locais de infecção
-> ativação da célula T auxiliar -> produção de moléculas que ativarão os macrófagos ->
erradicação de microrganismos que são ingeridos pelos fagócitos, mas resistem à morte
-> as células T auxiliares aumentam grandemente as atividades microbianas dos macrófagos.

* Células B apresentam antígenos às células T auxiliares -> cooperação das células T


auxiliares com as células B -> respostas de anticorpos aos antígenos proteicos.

- LINFÓCITOS: Únicas células da imunidade adaptativa. Os linfócitos, células ímpares da


imunidade adaptativa, são as únicas células no corpo que expressam receptores antigênicos
clonalmente distribuídos, cada qual específico para um determinante antigênico diferente.
Cada clone de linfócitos T e B expressa receptores antigênicos com especificidade única,
diferentemente das especificidades dos receptores presentes nos outros clones. Existem
milhões de clones de linfócitos no corpo, capacitando qualquer indivíduo a reconhecer e
responder a milhões de antígenos estranhos.
• LOCALIZAÇÃO: 2% estão no sangue, 4% na pele, 10% na medula óssea, 15% nos tecidos
linfoides mucosos dos tratos gastrintestinal e respiratório e 65% nos órgãos linfoides
(principalmente baço e linfonodos).
• PRODUÇÃO: medula óssea e timo.
• Linfócitos B (produzem os anticorpos) e são derivados da medula óssea.
• Linfócitos T (mediadores da imunidade celular) surgem na medula óssea e migram para e
amadurecem no timo (T de timo).
• FUNÇÃO 1: receptores clonalmente distribuídos, altamente diversos e específicos para
antígenos são produzidos pelos linfócitos.

- Classes de linfócitos:
• Subpopulações de linfócitos B: As principais subpopulações de células B são células B
foliculares, células B da zona marginal e células B-1, cada uma das quais encontrada em
localizações anatômicas distintas junto aos tecidos linfoides. As células B foliculares, o tipo
de células B mais numeroso, são encontradas nos tecidos linfoides e no sangue. Elas
expressam conjuntos de anticorpos altamente diversificados e clonalmente distribuídos, que
atuam como receptores antigênicos de superfície celular e como moléculas efetoras-chave
secretadas da imunidade adaptativa humoral. As células B foliculares originam a maioria dos
anticorpos de alta afinidade e as células B de memória que protegem as pessoas contra
infecções repetidas pelos mesmos microrganismos. Em contraste, as células B-1 e as células
B da zona marginal constituem uma minoria das células B e produzem anticorpos com
diversidade limitada.
• Subpopulações de linfócitos T: As duas subpopulações principais de células T são definidas
pela expressão das proteínas CD4 e CD8 na superfície celular (Figura 2.7). Células T são as
mediadoras da imunidade celular: células T CD4+ são linfócitos T auxiliares ou seus
precursores naive, enquanto células T CD8+ são CTLs ou seus precursores. 1. CÉLULAS T
AUXILIARES (CD4+): em resposta à estimulação antigênica, secretam citocinas, que são
responsáveis por muitas das respostas celulares da imunidade inata e adaptativa,
funcionando como “moléculas mensageiras” do sistema imune. As citocinas secretadas
pelos linfócitos T auxiliares estimulam a proliferação e diferenciação das próprias células T e
ativam outras células, incluindo células B, macrófagos e outros leucócitos. 2. LINFÓCITOS T
CITOTÓXICOS - CTL (CD8+): matam as células que produzem antígenos estranhos, tais como
células infectadas por vírus e outros microrganismos intracelulares.
*OBS.: CÉLULAS T REGULATÓRIAS: funcionam principalmente para inibir as respostas
imunes. As classes de linfócitos estão descritas na tabela 2.4

- Desenvolvimento dos linfócitos: Os linfócitos, assim como todas as células sanguíneas,


surgem, após o nascimento, a partir de células-tronco da medula óssea. Todos os linfócitos
passam por estágios de maturação complexos, durante os quais expressam receptores
antigênicos e adquirem as características funcionais e fenotípicas das células maduras
(Figura 2.8). Os sítios anatômicos em que ocorrem as principais etapas do desenvolvimento
dos linfócitos são chamados órgãos linfoides geradores (ou primários ou, ainda, centrais).
Esses órgãos incluem a medula óssea, em que os precursores de todos os linfócitos e as
células B amadurecem; e o timo, em que as células T amadurecem. As células T
completamente maduras deixam o timo, mas as células B imaturas deixam a medula óssea e
completam seu amadurecimento nos órgãos linfoides secundários.
Baço
- Populações de linfócitos distinguidas pela história de exposição aos antígenos: Os linfócitos
naive que amadureceram na medula óssea ou no timo migram para os órgãos linfoides
secundários (periféricos), nos quais são ativados por antígenos para então proliferarem e se
diferenciarem em células efetoras e de memória (Figura 2.9 e Tabela 2.5). As células T
maduras que emergem do timo são chamadas linfócitos T naive. As células B passam a maior
parte do seu desenvolvimento na medula óssea, mas as etapas finais que geram os linfócitos
B naive ocorrem no baço. Os linfócitos naive são funcionalmente quiescentes, mas, após a
ativação pelo antígeno, proliferam e sofrem alterações drásticas no fenótipo e na atividade
funcional. A ativação dos linfócitos naive segue uma série de etapas sequenciais que
começam com a síntese de novas proteínas, como os receptores de citocina e as citocinas,
os quais são necessários para muitas das alterações subsequentes. As células então entram
em proliferação, resultando em expansão dos clones antígeno-específicos, em um processo
chamado expansão clonal. Essa rápida expansão clonal dos linfócitos microrganismo-
específicos se faz necessária para acompanhar a capacidade dos microrganismos de se
replicar rapidamente. Concomitantemente com a proliferação, os linfócitos estimulados
pelos antígenos começam a se diferenciar em células efetoras, cuja função é eliminar o
antígeno. Muitas das células efetoras migram para os sítios de infecção tecidual, enquanto
algumas permanecem nos órgãos linfoides secundários. Outra progênie de linfócitos T e B
antígeno-estimulados se diferenciam em células de memória de vida longa, cuja função é
mediar as respostas rápidas e intensificadas (i. e., secundárias) a exposições subsequentes
aos antígenos. Os linfócitos naive, efetores e de memória podem ser distinguidos por vários
critérios funcionais e fenotípicos (ver Tabela 2.5).

- Linfócitos naive: Os linfócitos naive são células T ou B maduras que jamais encontraram um
antígeno estranho. Os linfócitos naive são encontrados na circulação e nos órgãos linfoides
secundários. Os linfócitos naive e os linfócitos de memória são ambos chamados linfócitos
em repouso (resting), por não estarem se dividindo ativamente ou desempenhando funções
efetoras. Linfócitos naive normalmente vivem de 1 a 3 meses.
- Linfócitos efetores: Após os linfócitos imaturos serem ativados, eles se tornam maiores e
começam a proliferar. Algumas destas células se diferenciam em linfócitos efetores, que têm
a capacidade de produzir moléculas capazes de eliminar antígenos estranhos. Os linfócitos T
efetores incluem as células T auxiliares CD4+ e os CTLs CD8+, enquanto os linfócitos B
efetores são células secretoras de anticorpos, principalmente plasmablastos e plasmócitos.
As células T auxiliares ativam linfócitos B, macrófagos e DCs por meio de citocinas secretadas
que se ligam a receptores existentes nessas células e via moléculas de superfície. As células T
auxiliares ativam linfócitos B, macrófagos e DCs por meio de citocinas secretadas que se
ligam a receptores existentes nessas células e via moléculas de superfície, como CD40-
ligante (CD154), que engajam CD40 em outras células. Os CTLs têm grânulos citoplasmáticos
repletos de proteínas que, quando liberadas, matam as células reconhecidas pelos CTLs, as
quais geralmente são células infectadas por vírus ou células tumorais. Ambas as células T
efetoras, CD4+ e CD8+, geralmente expressam proteínas de superfície indicativas de
ativação recente, incluindo CD25 (um componente do receptor da IL-2, o fator de
crescimento das células T), e padrões alterados de moléculas que medeiam a migração
(selectinas, integrinas e receptores de quimiocinas, discutidos no Capítulo 3). A maioria dos
linfócitos T efetores diferenciados migra a partir dos órgãos linfoides secundários, nos quais
foram gerados, para os sítios teciduais das infecções, e tem vida curta.
• Os plasmócitos se desenvolvem em órgãos linfoides e em sítios de infecção, e alguns migram
para a medula óssea ou para os tecidos de mucosa, onde podem viver e secretar anticorpos
por longos períodos após a indução da resposta imune e até mesmo após a eliminação do
antígeno.

- Linfócitos de memória: As células de memória são geradas durante as infecções, mas podem
sobreviver em um estado funcionalmente quiescente ou de ciclagem lenta, durante meses
ou anos após a eliminação do microrganismo. s células T de memória, assim como as células
naive, e diferentemente das células T efetoras, expressam moléculas que regulam sua
migração para dentro e fora dos órgãos linfoides ou sítios de infecção tecidual e que variam
de acordo com a subpopulação. A frequência de células de memória aumenta com a idade,
porque os indivíduos são continuamente expostos a antígenos estranhos, como
microrganismos ambientais. Os linfócitos B de memória podem expressar certas classes
(isótipos) de Ig de membrana, como IgG, IgE ou IgA, como resultado da troca de isótipo.

- Células natural killer e células linfoides inatas secretoras de citocinas: O sistema imune inato
inclui várias subpopulações de células derivadas da medula óssea relacionadas entre si pelo
desenvolvimento, com morfologia linfoide e funções efetoras similares às das células T,
porém desprovidas de receptores antigênicos de célula T. As principais funções dessas
células são conferir defesa inicial contra patógenos infecciosos; reconhecer as células do
hospedeiro estressadas e lesionadas, e ajudar a eliminá-las; e influenciar a natureza da
resposta imune adaptativa subsequente. As células natural killer (NK) têm atividade
citotóxica similar à dos CTLs CD8+. Essas células circulam no sangue e estão presentes em
vários tecidos linfoides. As células linfoides inatas (ILCs; do inglês, innate lymphoid cells)
produzem citocinas similares àquelas secretadas pelas células T auxiliares CD4+. As células
indutoras de tecidos linfoides são um subgrupo de ILCs que produzem as citocinas
linfotoxina e TNF e são essenciais para a formação de tecidos linfoides secundários
organizados.
• As primeiras e mais bem caracterizadas células linfoides inatas são as células assassinas
naturais (NK, do inglês natural killer) que matam células infectadas e danificadas.

- ANATOMIA E FUNÇÕES DOS TECIDOS LINFOIDES: Os órgãos linfoides primários, também


chamados órgãos linfoides geradores ou centrais, incluem a medula óssea e o timo, e são os
sítios em que os linfócitos expressam pela primeira vez os receptores antigênicos e alcançam
a maturidade fenotípica e funcional (ver Figura 2.8). Os linfócitos B amadurecem
parcialmente na medula óssea; entram na circulação; migram para o baço, no qual
completam sua maturação; e então povoam os órgãos linfoides secundários. Os linfócitos T
amadurecem no timo, então entram na circulação e migram para os órgãos linfoides
secundários. Duas funções importantes compartilhadas pelos órgãos geradores são o
fornecimento de fatores de crescimento e outros sinais moleculares necessários à
maturação dos linfócitos e a apresentação de autoantígenos para reconhecimento e seleção
dos linfócitos em maturação.
• Os órgãos linfoides secundários (ou periféricos), incluindo os linfonodos, baço e
componentes do sistema imune de mucosa, são os locais em que as respostas dos linfócitos
a antígenos estranhos são iniciadas e se desenvolvem (ver Figura 2.8). Esses órgãos são
anatomicamente organizados de modo a facilitar as interações celulares necessárias à
iniciação das respostas imunes adaptativas. Os linfócitos e as APCs estão localizados e
concentrados em áreas anatomicamente definidas, que também são os sítios para onde os
antígenos estranhos são transportados e concentrados. Isso garante que antígenos e os
linfócitos naive antígeno-específicos possam se encontrar para iniciar as respostas imunes
adaptativas. A anatomia dos órgãos linfoides também permite que as células B e T interajam
após serem ativadas por antígenos.

- MEDULA ÓSSEA: A medula óssea é o sítio de geração de células sanguíneas circulantes,


incluindo hemácias, granulócitos e monócitos, bem como o sítio de maturação das células B.
A geração de todas as células sanguíneas, chamada hematopoese (Figura 2.13), ocorre
inicialmente durante o desenvolvimento fetal, nas ilhotas sanguíneas junto ao saco vitelínico
e mesênquima para-aórtico, mudando então para o fígado entre o 3° e o 4° mês de
gestação, até finalmente seguir para a medula óssea. A medula vermelha encontrada nesses
ossos consiste em uma estrutura esponjosa reticular localizada entre as trabéculas de ossos
longos. Os espaços existentes nessa estrutura contêm uma rede de sinusoides cheios de
sangue revestidos por células endoteliais presas a uma membrana basal descontínua. Fora
dos sinusoides, há aglomerados de precursores de células sanguíneas em vários estágios de
desenvolvimento, bem como células adiposas. Os precursores de células sanguíneas
amadurecem e então migram pela membrana basal sinusoidal e entre as células endoteliais,
para entrar na circulação vascular.
• Hemácias, granulócitos, monócitos, DCs, mastócitos, plaquetas, linfócitos B e T e ILCs se
originam, todos, de uma CTH comum na medula óssea (ver Figura 2.13). As CTHs são
multipotentes, ou seja, uma única CTH pode gerar todos os diferentes tipos de células
sanguíneas maduras. As CTHs também são autorrenováveis, porque, a cada divisão, pelo
menos uma célula-filha mantém as propriedades de uma célula-tronco, e as demais podem
se diferenciar em uma linhagem em particular

- Timo:

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