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Unidade 1 - Webaula 1 - O Ser Humano: um ser

nas culturas e sociedades

Olá! Tudo bem?


Seja bem-vindo(a) à Webaula 1 de Desenvolvimento Humano e Espiritualidade

APR ESEN TAÇÃO

Apresentação do Professor Autor

Declaração de Direitos Autorais

Apresentação do Ensino a Distância FURB

IN TR ODUÇÃO E OB JETIVOS

Introdução da Unidade

IN TR ODUÇÃO DA AULA

Introdução

TÓPICO 1
O Ser Humano: Um Ser de Con itos, Contradições e Paradoxos

TÓPICO 2

O Ser Humano: Um Ser no Mundo e com o Mundo

TÓPICO 3

O Ser Humano: Um Ser Temporal, Sujeito ao Tempo com uma Percepção Própria do seu Tempo
Subjetivo

R ESUMO

Resumo da aula

ATIVIDADE

Revisitando Conteúdos

R EFER ÊN CIAS

Referências

Créditos
Lição 1 de 12

Apresentação do Professor Autor

Lilian Blanck de Oliveira

Possui graduação em Pedagogia pela Fundação Educacional Regional Jaraguaense (1991) e doutorado
em Teologia pela Escola Superior de Teologia, área: Educação e Religião (2003). Atualmente é professora
titular do Programa de Pós Graduação (Mestrado e Doutorado) em Desenvolvimento Regional da
Fundação Universidade Regional de Blumenau; Líder do Grupo de Pesquisa: Ethos, Alteridade e
Desenvolvimento (GPEAD). Tem experiência na área de Sociedade, Culturas, Educação e Religião. Atua
nos temas: diversidades histórico-culturais, território e direitos humanos; culturas, ciência e
desenvolvimento; currículo e diferença; formação inicial e continuada de professores.
Suzan Alberton Pozzer
Doutoranda pela Universidad de Salamanca (Espanha). Mestre em Educação pela UFSC. Especialista em
Psicopedagogia pela UCDB. Graduação em Psicologia pela Faculdade de Psicologia de Joinville. Membro
dos Grupos de Pesquisa Helmantica Paideia (GIR-USAL), Hermenêuticas da cultura, mundo e educação
(UFSC), Grupo de Pesquisa SUR PAIDEIA e Ethos, Alteridade e Desenvolvimento (GPEAD/FURB). Possui
experiência como psicóloga e professora nas áreas de Psicologia e Educação, com ênfase nos seguintes
temas: psicologia, (de)colonialidade e infância.

Tarcísio Alfonso Wickert


Possui graduação em Filosofia pela Faculdade de Filosofia da Imaculada Conceição (1994), mestrado
em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1997) e doutorado em Filosofia
pela Universidade Federal de Santa Catarina (2013). Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase
em Ética e Alteridade, atuando principalmente nos seguintes temas: sagrado e profano, existência
humana, irracional e racional, ser humano e diversidade cultural-religiosa, democracia, Estado, política,
filosofia do direito.

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Declaração de Direitos Autorais

Todo o conteúdo constante nesse material como textos, figuras, gráficos, tabelas e demais conteúdos
que compõem a obra são de propriedade exclusiva da Universidade Regional de Blumenau -
FURB e Universidade Comunitária da Região de Chapecó – Unochapecó, produzido mediante
acordo de cooperação entre as Instituições de Ensino e está protegido pelas leis de direitos autorais.

A permissão para acesso, visualização e impressão deste conteúdo são de exclusividade dos
estudantes das Instituições citadas e é concedida apenas para uso educacional. É vedada sua utilização
para finalidades comerciais, publicitárias ou qualquer outra que contrarie a finalidade para o qual o
material foi produzido. É expressamente proibida sua reprodução, distribuição, transmissão, exibição,
publicação ou divulgação, total ou parcial, sem prévia e expressa autorização dos autores e das
Instituições de Ensino, sendo permitida somente a impressão de cópias para uso acadêmico e arquivo
pessoal, sem que sejam separadas as partes, permitindo dar o fiel e real entendimento de seu
conteúdo e objetivo.

Ao usar este material, o usuário deverá respeitar todos os direitos de propriedade intelectual e
industrial, bem como todos os direitos referentes a terceiros que porventura estejam, ou estiveram, de
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mesmos. O usuário assume toda e qualquer responsabilidade, de caráter civil e/ou criminal, pela
utilização indevida deste conteúdo.

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Apresentação do Ensino a Distância FURB

Olá! Você está iniciando um componente curricular na modalidade a distância na Universidade


Regional de Blumenau – FURB. Por isso, criamos esta apresentação com o objetivo de contextualizar
sobre a estrutura do nosso material e, assim, facilitar seu o estudo.

Este conteúdo pedagógico foi produzido por um professor conteudista, com vínculo com nossa
Universidade ou Universidade parceira e será ministrado por um de nossos professores que também
têm domínio da área.

O conteúdo preparado para você está estruturado em webaulas, que contêm os autores principais da
temática trabalhada, conteúdos extras, dicas, e muito mais. Há, também, atividades de passagens para
que você teste e revise os conteúdos trabalhado. Essas atividades não valem nota na disciplina e a
resposta correta você acessa logo após responder às questão.

Caso surjam dúvidas sobre essas atividades, procure seu professor por meio dos fóruns, do canal de
mensagem ou nos momentos de encontros síncronos (simultâneos) programados por ele. Durante
todo o estudo desse componente você terá contato exclusivamente com o seu professor, é ele quem
faz a tutoria do conteúdo. Na FURB optamos pela tutoria feita pelo próprio professor ministrante, pois
sabemos que isso lhe proporcionará maior qualidade de aprendizagem.

Os conteúdos das webaulas são todos responsivos, ou seja, você pode acessá-los no celular com a
mesma qualidade que acessa no computador. Para organizar esses conteúdos e auxiliar na produção
do material a FURB conta com um setor, a Divisão de Modalidades de Ensino - DME, que possui uma
equipe multiprofissional que auxilia desde a concepção do material até a oferta dele no Ambiente
Virtual de Aprendizagem, que também é gerido por esse setor. Assim, se tiver dúvidas, sugestões ou
contribuições você pode encaminhar para dme@furb.br ou faça contato pelo (47)3321-0630, que
também funciona como Whatsapp.
Todo esse material foi preparado com muita dedicação e carinho. Esperamos que tenha ótimos
estudos com ele!

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Introdução da Unidade

Seja bem-vindo ao componente curricular Desenvolvimento Humano e Espiritualidades! Vamos iniciar


abordando os significados das expressões que nomeiam a disciplina. Primeiramente,
desenvolvimento é uma palavra que provém do latim e é composta de dois termos. O primeiro deles,
dis (des), quer dizer de "grande vitalidade", possuindo também o significado de uma coisa ou ação
contrária àquela que é considerada primitiva; cessação de algum estado primitivo ou de uma situação
anterior (desengano, desoprimir); coisa ou ação malfeita (desgoverno, desserviço); mudança de
aspecto (desfigurar). Serve ainda como elemento de reforço de um termo, uma ideia ou situação como,
por exemplo, ao invés de falar infeliz, usa-se como reforço muito infeliz. O outro termo é
võlvere (volver), que significa "mudar de posição ou direção de, voltar, revolver”. Neste sentido o termo
des-envolver indica: fazer crescer, progredir" (GERALDO,1982). A partir dessa etimologia percebemos
também que não podemos pensar o desenvolvimento sem o vocábulo envolver, ação de incluir algo, ou
seja, uma mudança de posição em relação a algo – o ato de mudar de direção, girar. Isso implica
pensarmos desenvolvimento como um movimento e/ou ação no sentido de permitir a saída ou o
aparecimento de algo que estava vinculado diretamente na realidade de cada um, seja para um tempo
do existir, maturação, cuidado e/ou negação.

 GLOSSÁRIO:

ETIMOLOGIA: Pesquisa e estudo da origem, da formação e da evolução de uma palavra


de determinada língua.

Espírito, por sua vez é um termo que também se origina no latim, da expressão "spiritus", significando
"respiração" ou "sopro", mas pode estar se referindo ainda a "coragem", "vigor". Segundo Hegel (2002),
espírito é o ser humano em sua totalidade, enquanto um ser que pensa, discute, decide – tem
identidade, subjetividade –, é sujeito. Espírito é o modo de ser de cada ser humano, que constrói a si
em relação e a interação com o Outro, a natureza, o universo. Para Hegel, espírito é liberdade em sua
essência e, para Heidegger (1991), além de liberdade, é também criatividade e mistério. Poderíamos
dizer então que “tudo o que produz vida, expande vida, defende a vida, se organiza em função da vida
é espiritualidade” (BOFF, 1994, p. 48).

No caminhar desta jornada de estudos e pesquisas, buscaremos compreender relações entre


desenvolvimento humano e espiritualidades e suas implicações nos processos de ensino e aprendizagem
da educação básica.

Para tanto, na primeira Unidade temática discutiremos questões relacionadas ao ser humano nas
culturas e sociedades – um ser de conflitos, contradições e paradoxos no mundo e com o mundo,
temporal, sujeito ao tempo, com uma percepção própria do seu tempo subjetivo.

Compreensões de sagrado, profano e finitude humana, representações na construção da


corporeidade e consciência espiritual do humano integram os debates e estudos da segunda Unidade
deste caderno.

A terceira Unidade aborda e problematiza temas como desenvolvimentos, espiritualidades e


aprendizagens humanas, enquanto dinâmicas em constante movimento a requerer dos educadores
uma ética cuja estética traga e reflita vida e dignidade para e com todos.

Nesse percurso você terá contato com alguns termos e conceitos que podem ser novos e/ou que
poderão ser ampliados e aprofundados. Neste sentido, propomos que você faça um caderno de
registros ou bloco de notas com fichamentos, mapas mentais, glossário e resenhas, entre outros,
usando as técnicas de estudo com que você tem mais familiaridade.

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Introdução

Olá! Seja bem-vindo à primeira aula de Desenvolvimento Humano e Espiritualidades. Esperamos


que todos que acessarem os materiais e propostas de atividades aqui compartilhadas sintam-se
incluídos e desafiados a estudar, pesquisar e refletir sobre este tema, que faz parte da vida de todas as
pessoas em seu cotidiano.

É próprio do humano a curiosidade e um empenho na busca de novas experiências em sua vida.


Somos seres imersos em diferentes contextos e, neles e com eles, envolvidos por simbologias,
linguagens e artes. Somos humanos porque integramos e desenvolvemos um senso de pertencimento
com universos, narrativas, discursos, memórias e legados morais via processos culturais e experiências
espirituais, o que não quer dizer que sejam experiências de ordem religiosa.

Entretanto, estes processos e experiências não esgotam as perguntas centrais elaboradas pelo ser
humano através dos tempos, como, por exemplo:
Fonte: DME/FURB, 2021;

Quem somos? No que acreditamos? Em quem acreditamos? Onde se fundamentam e estruturam


nossa vida e nossa existência? Somos seres de linguagens? De cultura? De ciência? O que somos
capazes de realizar, pensar, elaborar e construir em nossa vida e para a vida do universo como um
todo? Qual perspectiva e expectativa de vida somos capazes de deixar como legado para o universo?
Como lemos e interpretamos o mundo, o Outro e a nós mesmos? Quais são as percepções, sensações
e emoções que impulsionam a nossa vida e nossas experiências estéticas?

Pensar e nos sentir não é uma tarefa simples e muito menos algo instantâneo, mas exige muito
empenho, silêncio, sinceridade, serenidade e humildade, para não criarmos caminhos e especulações
puramente racionais e dogmáticas. O desafio e a chave para a busca de algumas respostas a essas
questões é o exercício e a presença da autenticidade e sinceridade em nossas experiências sensoriais.
 Glossário

DOGMÁTICA: Relativo a dogma.

DOGMA: Qualquer doutrina (religiosa, política, filisófica, etc.) sustentada por princípios
indiscutíveis e que devem, portanto, ser aceitos por todos como expressão da verdade.

fonte: Michaelis online.

Neste sentido, já a partir desta primeira aula e ao longo de toda a primeira Unidade, buscamos refletir
o ser humano como um ser de conflitos, relações e interações, complexidades e singularidades,
atuando em diferentes contextos, culturas e sociedades – no cotidiano da vida humana.

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O Ser Humano: Um Ser de Conflitos,


Contradições e Paradoxos

Todo ser humano, dentro de seus parâmetros, convicções e crenças, procura compreender e resolver
conflitos e contradições da vida. Não há unanimidade em relação às fontes e mecanismos que os
humanos utilizam para resolver seus problemas e compreender a si mesmos. Isso implica uma
individuação (aquilo que caracteriza a natureza de cada indivíduo) e individualidade (modo e jeito de
ser de cada indivíduo), onde cada qual se situa em um contexto, nele vive, se experiencia e
experimenta o mundo em seu entorno.

Nossas vivências ocorrem no âmbito dos nossos campos de energia e vibrações. Muitas coisas nós
sentimos, mas não conseguimos identificar, pois estão no campo espiritual – portanto, o campo das
energias. Este texto busca nos conduzir a uma reflexão sobre a validade e qualidade da pergunta:

Quem é o ser humano?

Se essa pergunta não fosse uma tautologia, qual seria esse sentido de perguntar sobre nós mesmos?
Falar e refletir sobre o ser humano é mergulhar em nós mesmos, em nossa alma, em nossas entranhas,
e a partir de lá ouvimos as falas e clamores de nosso ser inserido em um determinado contexto –
tempo, espaço e lugar.

 Glossário
TAUTOLOGIA

1 Forma de linguagem que consiste em usar palavras diferentes para expressar a


mesma ideia ou pensamento.

2 Expressão que, embora use termos diferentes, repete os mesmos conceitos ou ideias
já emitidos, sem aclarar ou aprofundar seu entendimento.

3 Proposição que se mantém sempre verdadeira, uma vez que o atributo é uma
repetição do sujeito: A água é molhada.

Fonte: Michaelis online.

Poderíamos somar e refletir juntamente com Souza (2004, p. 11):

“ O que quer dizer hoje, ainda, humano?” [...] “Haverá ainda lugar, possibilidade para pensar em tal
coisa, apesar de toda a dimensão desumana que estruturas macro-geopolíticas parecem querer
imprimir ao ritmo do progresso da realidade, das relações entre nações, entre povos, entre as
etnias, entre grupos específicos?”

(SOUZA, 2004, p. 11)

A fragilidade humana e, paradoxalmente , a força e vigor do ser humano, estão sempre lado a lado,
independentemente de suas escolhas morais, espirituais ou religiosas. Forças opostas e contraditórias
são inerentes à condição de sermos humanos, pois somos seres contraditórios em nossa natureza
essencial. É exatamente isso que nos torna humanos, fortes e frágeis ao mesmo tempo. Está aqui o
grande e fértil terreno de nossa construção de humanos e da humanidade.
 Glossário

PARADOXO:

Pensamento ou argumento que contraria os princípios que costumam nortear o


pensamento humano ou desafia o conhecimento e a crença da maioria dos seres
humanos.

Somos limitados no sentir, realizar, construir, mas ilimitados no desejar, pensar, imaginar e projetar.
Somos o eterno encontro da finitude e da infinitude em nós, como seres em movimento e inacabados.
O sentido de ser sempre mais ser é o desejo de alcançar o infinito, capturá-lo e aprisioná-lo para
dominá-lo. É certo não apostar nessa luta de nos eternizar, mas é legítimo lutar para compreender
cada vez mais e melhor a infinitude, que perpassa a nossa própria finitude.

Sejamos autênticos e humildes para perceber que caminhamos na estrada da infinitude. Não é a
infinitude que quer subsumir a finitude, mas é a finitude que quer ser infinita. Essa é a eterna luta dos
desejos e sentimentos, que findam nesta vida, mas essa paradoxalidade somente se resolve a partir de
uma vivência espiritual serena.

Nessa perspectiva e contexto encontram-se o debate e a busca de compreensão do desenvolvimento


do ser humano e suas espiritualidades:
Fonte: O Autores, adaptado por DME/FURB 2021.

 Glossário

ONTOLÓGICA:

Relativo à ontologia.

ONTOLOGIA:

1 Teoria ou ramo da filosofia cujo objeto é o estudo dos seres em geral, o estudo das
propriedades mais gerais e comum a todos os seres; metafísica ontológica.

2 Estudo ou conhecimento dos seres e dos objetos enquanto eles mesmos, em


oposição ao estudo de suas aparências e atributos.

Uma leitura do ser humano numa perspectiva analítica percebe o ser humano como um conjunto de
partes, ou seja, fragmentado. Essa leitura surge na Grécia clássica antiga, com Parmênides de Eleia
(515/510 a.C.) e atinge seu coroamento no mundo moderno, com o sistema cartesiano-racional, que
permanece presente em nosso cotidiano nos mais variados espaços das ciências e da vida cotidiana.

 Saiba mais

Dualismo Cartesiano:
http://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/2737
Figura 1 - Parménides de Eleia

Disponível em: https://www.netmundi.org/filosofia/2013/parmenides-o-ser-e-o-nao-


ser/parmenides-3/

Nesse sentido, “Parmênides é [...] o primeiro a fazer com que a Razão incida sobre uma noção formal e
abstrata do Ser, distanciando-o das injunções físico-sensíveis" (SANTOS, 2001, p. 63). Essa leitura linear,
racional do ser humano não se realiza como uma leitura da totalidade do ser humano, mas
fragmentado.
Quando se coloca o ser humano nessa perspectiva, tira-se dele a possibilidade de contradições e de
oposições. Logo, lhe é tirado um direito fundamental, que é o direito à manifestação e à rebeldia. “Cale-
se” significa o fim da democracia e da voz, que ecoa no silêncio de um horizonte longínquo. Tirar a voz
e a vez é decepar simbolicamente a língua, cerzir a boca, arrancar os olhos e o coração da vitalidade e
do exercício político. Não poder se expressar é a ditadura da razão antidemocrática instalada no cerne
de nossa carne e de nossos ossos, ou seja, a negação do que é essencial no ser humano: as
contradições e os paradoxos.

O ser humano é um ser da/de diversidade, da/em alteridade, portanto um diferente em suas
diferenças, único em suas experiências e vivências sensoriais, emoções e intuições. Leituras e olhares
numa perspectiva de “formatação” do ser humano – universalização – não são saudáveis, pois toda
homogeneidade por si só já é uma violência.

Uma leitura conduzida por um olhar mais aberto e construtivo-crítico se configura e constitui um
diálogo-dialógico-contraditório denominado dialética. Ao invés do “cale-se”, grite, fale, diga o que pensa
e sente, por mais contraditório que possa parecer aos seus ouvidos e olhos, e aos dos outros também.
Os conflitos e contradições são o esteio e o coração da pessoa, de sua personalidade e de suas
características próprias.

Somos movimentos contínuos e contraditórios sempre – entre o sentir e o falar, entre o pensar e o
agir. Mas isso não nos torna melhores ou piores, apenas nos demonstra o quanto somos humanos.
Revela-nos nossa própria consciência, limites e criatividades, nossa humildade e generosidade, nossa
sabedoria e senso de justiça social.

O princípio da diferença é a alma da democracia, do respeito, do


amor e do reconhecimento mútuo.

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O Ser Humano: Um Ser no Mundo e com o


Mundo

Podemos dizer que o ser humano é um ser de atributos e, em função de sua própria constituição se
relaciona e interage com os outros seres e contextos, que o completam e ou cercam. Por isso, o ser
humano é um agente transformador, mas não se submete inteiramente às forças da natureza e é
capaz de ampliar os limites que ela lhe impõe. Fabrica artefatos e cria significados. Através dos
conhecimentos, indivíduos e comunidades o ser humano vai se modificando em níveis cada vez mais
profundos e complexos (ANDRE; LOPES, 2002).

O esforço humano vai com a natureza e na natureza, embora muitas vezes tenha se colocado como
superior ou fora dela. É necessário perceber-se como parte integradora da natureza, numa perspectiva
sistêmica, pois é a terra que se faz memória e a memória que se faz permanente à terra. Enquanto
humanos, somos natureza em movimento, seres de natureza e em natureza. Não podemos ser
espectadores dos fenômenos da natureza, mas ser essencialmente elementos em/na natureza, uma
totalidade na comunidade de homens e mulheres, unidos num esforço comum para salvaguardar o
direito ao Ser. Por mais contraditório e conflitivo que a vida se apresente e revele, devemos enfrentar o
desafio de superar os individualismos produzidos pela fragmentação racional da modernidade.

Nós somos um mundo, um mundo somos nós.

Mas que mundo é esse?


O mundo das contradições, dos grandes e profundos extremos, onde poucos têm e dominam através
do acúmulo de capital em detrimento da indigência e pobreza da grande maioria da população do
mundo. Vivemos no mundo do aprisionamento e do descaso, do humano descartável, um mundo no
qual impera o fator econômico e o poder da exclusão, onde o humano não tem mais o direito de ser e
viver dignamente. Vivemos o esquecimento da outridade do outro – a reificação. O meu próximo mais
próximo, este que está ao meu lado, seja no meu habitat, morada do ethos, seja como habitante do
universo, está legado ao abandono de sua própria sorte.

O conceito de outridade é analisado a partir de Levinas (1906-1995), em sua obra central: Totalidade e
infinito. Nela o autor faz uma longa exposição sobre a “exterioridade”, querendo dizer que a outra
pessoa se apresenta a mim, portanto é exterior a mim de modo totalmente singular e peculiar. Seus
jeitos, modos e sentidos de percepção são apenas dela, suas diferenças fazem dela um ser diferente de
mim, não melhor do ponto de vista moral, mas tão diferente que praticamente em nada se iguala a
mim – apenas poderá se assemelhar, mas nunca será igual. Isso nós denominamos outridade, pois é o
jeito de ser Outro, não fixo e capturável, mas em movimento, flexível e não capturável. Essa é a
alteridade que exige nosso respeito sempre em movimento. Respeitar o Outro em suas diferenças nos
coloca no seu sentido real de humanidade.

Empreendemos, muitas vezes, grande parte da nossa vida para construir uma estrutura básica
material, causando um desgaste imenso de nossa saúde física e mental, e investindo tudo
posteriormente para poder recuperar a saúde desejada. Parece pouco lógico, pois primeiro adoecemos
e depois queremos ter de volta a saúde que nós mesmos destruímos. Então empreender deve servir
para viver mais e melhor, não para ter mais. Diminuímos nosso potencial de vida em função do ter,
mas isso é lutar contra nós mesmos, contra toda a Mãe Terra, contra o Universo, pois ter mais significa
explorar mais, poluir e destruir mais. Ser mais deve ser a orientação básica da própria consciência no
universo.

A vida é muito curta, temos tanto para compartilhar e redistribuir ao desumano que ainda domina
nosso mundo. Esperemos que a Mãe Terra suporte isso até nossa total integração – para que não lhe
sejamos mais um peso, mas uma unidade na sua sustentação –, da qual somos essencialmente parte.
Nada está fora da Mãe Terra, ela é a única força Absoluta existente em nós e conosco. O choro dela é o
nosso choro, pois ela pacientemente aceita todas as agressões a ela impostas – em última instância,
uma violência e agressão para nós, produzida por nós mesmos.
A Terra como matéria, energia, calor, espírito, sopro, luz, escuridão, tenra e solidária, conjuga os
contraditos elementares de nossa própria existência. Essência divina e humana, amor eterno,
autonegação e sofrimentos, ela acolhe e hospeda a todos, dá alento aos que sofrem e vivem na
indigência produzida pelos próprios humanos em nome do mercado e do poder econômico.

Mãe Terra, ainda seremos os filhos que tanto desejas e buscas encontrar. Estamos cientes que a dor e
o sofrimento têm cor preta e gênero feminino. Como é possível alguém sofrer o jugo de Outro que vive
em condições existenciais iguais? Como podem a cor e o gênero servir de referência para um catálogo
de listas para a exclusão? Não apenas a exclusão, mas os desprezos sociais produzem as mortes que
são coadjuvadas pelo preconceito e pelas intolerâncias. Isso nos leva a crer que a natureza humana é
discutível, mas não a natureza da Terra.

 Saiba mais

Dualismo Cartesiano:
http://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/2737

Esses tensionamentos e contradições são próprios de nós como seres humanos, porém é necessário
aprender que sermos diferentes e contraditórios faz parte de nossa própria vida. Ser vida e ser
consciência são os elementos de aprendizagem mais urgentes em nossos novos tempos. Diante disso
devemos nos fortalecer, essencialmente em nossa espiritualidade, abandonando gradativamente a
espetacular e fantástica noção de ter bons exemplos para ser um bom exemplo. Pensar menos e
melhor, para viver mais e melhor e sermos mais humanos. Esta leitura passa necessariamente pela
compreensão de nós mesmos, em nossas sociedades e em nossos contextos de vida e morte. Viver
mais, aventurar-se mais, criar possibilidades e oportunidades é afastar de nós o medo da morte sobre
a qual nada podemos fazer, a não ser aguardar sua chegada.

Enquanto isso, não fique parado, movimente-se e faça a vida transbordar o seu ser. Ser vida para servir
a vida. Por mais paradoxal e desafiador que isso pareça ser, é possível e deve valer a pena.

Neste sentido, que possamos ser e seguir nas estradas e caminhos da e para a vida.
Fonte: Unsplash

PARA REFLETIR

Raul Seixas tinha um estilo musical chamado de "contestador e místico", em grande parte em função
dos ideais que ele defendia, como a sociedade alternativa – apresentada no álbum Gita, lançado em
1974, sob a influência de figuras como o ocultista britânico Aleister Crowley. Cético e agnóstico,
interessava-se por filosofia (principalmente metafísica e ontologia), psicologia, história, literatura e
latim. Algumas ideias dessas correntes circulam em suas letras, fato que aguçava a curiosidade do
público, trazendo-lhe uma boa recepção.
Através do vídeo abaixo, você poderá ouvir e refletir sobre a letra da música de Raul Seixas: Eu nasci há
dez mil anos atrás.

 https://www.youtube.com/watch?v=Y80GfK_mFDw

A letra desta música busca trazer-nos à memória os encantos da vida, história, alegrias, tristezas, dores
e sofrimentos, além de nos conduzir para a próxima etapa dos nossos estudos, referente às
temporalidades concernentes ao ser humano.

Sugerimos que num primeiro momento você ouça com muita atenção a música e estabeleça uma
relação com sua vida, sua história de vida pessoal. Registre via palavras-chave, metáforas, traços,
símbolos e/ou imagens – fatos x fotos, lembranças e acontecimentos – memórias relacionadas ao
seu nascimento e história pessoal. Compreendemo-nos melhor como seres humanos na medida em
que nos compreendemos na temporalidade.

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Lição 8 de 12

O Ser Humano: Um Ser Temporal, Sujeito ao


Tempo com uma Percepção Própria do seu
Tempo Subjetivo

Quando nos debruçamos para uma reflexão sobre o Ser Humano, é preciso entender que o termo “Ser
Humano” vem carregado de muitos sentidos e significados. Porém, a história do pensamento humano
filosófico-antropológico-cultural tem feito longas e intensas investigações sobre o fenômeno da
existência humana. Um dos recortes ao qual nos dedicaremos neste momento é o de colocarmos o Ser
Humano sob o olhar da temporalidade.

 Glossário

TEMPORALIDADE:

Qualidade, característica ou condição do que é temporal ou provisório.

Quando olhamos diante de um espelho, ou de um plano que reflete nossa imagem, vemos nele a nós
mesmos. O que ali se reflete não é apenas o nosso rosto de carne e ossos, mas essencialmente a
expressão do tempo guardado e presente no instante do olhar refletido. Eu me vejo no tempo
refletido no espelho de minha face, ou seja, estou olhando para o meu próprio rosto. Meus olhos e
rosto revelam o tempo e as experiências vivenciadas, ao longo de minha história de vida. Isso quer
dizer que estamos sujeitos ao tempo, mas não sujeitos do tempo. Não dominamos o tempo, apenas
percebemos a durabilidade dos eventos, fatos de nossa vida e seus contextos.
Ao colocarmos o humano na trilha do tempo, mais dúvidas e inseguranças surgem em nossa
existência. Esse é um cenário bem apropriado para a reflexão –colocarmos um sentido na vida
enquanto percepção do aqui e agora, da projeção para o futuro e da recordação feita memória e
linguagens simbólicas. Isso mostra que nem tudo pode ser resolvido por um itinerário racional, mas
que muitas coisas ainda são mistérios para a razão, inclusive o tempo. Cronometrar o tempo não é
dominá-lo, é apenas entender como os nossos movimentos da vida e da existência estão submetidos à
temporalidade. De acordo com (SOUZA, 2004, p. 15),

“ A temporalidade é o que nos constitui; somos, no dizer de Rosenzweig, a própria temporalidade,


uma temporalidade que flui, que corre e que acumula em si o seu passado. Somos revelados a nós
mesmos quando encontramos o nosso próprio tempo. [...] Sem o tempo, somos nada mais do que
miragens em uma lógica de ideias e um mosaico multicor que nada mais é dos sonhos, sonhos
longínquos de uma razão sintética absoluta.”

(SOUZA, 2004, p. 15)

A nota acima mostra que a questão do tempo, kronos para os gregos, não é algo tão simples de ser
pensado e digerido por nós, pois resolver a questão do tempo é resolver a questão da própria
humanidade. Se “a temporalidade é o que nos constitui”, é nela que somos diluídos e integrados ou
divididos, decididamente. Não é possível nos entendermos sem compreender a natureza essencial de
nós mesmos: o tempo. Havia um tempo na história onde o tempo era absoluto, conduzido ao abismo
do temor, do terror e do medo. Entretanto,

“ Vivemos agora um tempo de desagregação das certezas, um tempo crítico no sentido mais
etimológico do termo, que remonta, como já foi referido, pelo início do século XIX [...]. E vivemos em
um tempo que não aceita simplesmente que a concretude retorne ou seja subsumida a uma ideia.
Esse sonho otimista-moderno, excessivamente confiante na potência de uma razão que seria capaz
de sintetizar o que existe na ideia do que existe, esse tempo é passado; o tempo que nós vivemos é
o tempo da descoberta da temporalidade. ”

(SOUZA, 2004, p. 16)


Parece que estamos diante de um grande desafio, pois entender o passado da história implica
entendermo-nos no tempo presente. Isso é determinante para nossa vida enquanto seres temporais.
Descobrir a temporalidade é perceber em nós o movimento do tempo e sentir o movimento que o
tempo faz em/para nós. Não movemos o tempo, mas somos dependentes dele, sem ele somos apenas
fagulhas no universo, sem sentido de existir. Damos sentido ao que envolve a nossa vida e nossa
existência através e na temporalidade, seja ela subjetiva (kairós) ou cronológica (kronos).

Falar de temporalidade é refletir essencialmente sobre memória. Todos nós temos uma memória, ou
memórias. Podemos chamá-las de transumanas, pois a terra em nós é a memória que faz o vínculo
com o nosso exterior numa perspectiva conectiva de totalidade. Mas é fundamental lembrarmos que o
acesso a esse mundo em nosso subconsciente composto pelas nossas memórias nem sempre é
simples, e o imaginário é uma ferramenta central para abrir caminhos ao mundo desconhecido da
mente humana – desconhecido, mas poderoso na condução de nossas vidas e da nossa felicidade. Por
isso, criar imagens é como reorganizar nosso subconsciente, nossa memória, pois o imaginário é um
estimulante sagaz para a nossa criatividade.

Toda nossa humanidade é nossa memória, nossa imaginação, nossa criatividade. Nesse sentido,
somos essencialmente nossa memória espiritual – lembranças, registros, vivências e experiências
vividas por nós ou adquiridas. Somos o resultado de conexões de vidas e histórias semelhante a um
processo sináptico que ocorre em nosso sistema nervoso central.

 Glossário

SINÁPTICO

Relativo à sinapse.

SINAPSE

Região de contato entre neurônios, onde os impulsos nervosos passam de uma célula
nervosa para outra.
Nossa vida é um movimento que oscila entre as temporalidades, passado, presente e futuro,
sensações e percepções sensoriais e mentais, abstratas e materiais. Somos encontro e desencontro
contínuos, esse é o paradoxo do próprio sentido de existir. O mundo imaginário cria o presente e
possibilita as nossas vivências e experiências no aqui e agora, mas é prudente entendermos que o que
determina a nossa vida é a nossa memória, legado do nosso próprio ser. Somos o movimento da
nossa própria memória. Nada muito além disso.

Em tese, nem presente nem futuro existem. Existe tão somente o passado, pois o presente já é o
próprio passado registrado em nós mesmos. Por isso, compreender nossa temporalidade é nos
entendermos. Somos acolhidos e determinados pelo/no tempo. Ao mesmo tempo que nos
constituímos no tempo, somos em princípio o próprio tempo registrado em nossas memórias e em
nossas células. A corporeidade é uma expressão vital do tempo numa durabilidade temporal de nossa
vivência e existência. Portanto, não somos deuses do tempo, mas é o tempo que se faz divindade
em nós através da consciência, que o reverencia em nossa alma e memórias.

Sejamos acima de tudo humanos no tempo e no espaço, pois na medida em que humanos nos
tornamos a divindade se humaniza. Devemos fazer do tempo o nosso aliado, não o nosso opositor,
inimigo. Viver e experienciar o tempo é experienciar a própria vida e a existência, por isso o
desenvolvimento humano é benéfico somente se for integral e humanitário.

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Resumo da aula

O percurso de nossa primeira caminhada na jornada em desenvolvimento nos propôs uma pequena
reflexão sobre o ser humano, a partir de um olhar para nós mesmos. Percebemos que somos
desenvolvimento, e estamos em desenvolvimento a partir de uma lógica do apreender sempre, um
contínuo revelar e velar da memória do/no ser humano.

Estamos presentes na cultura e presentes para as culturas, pois somos seres realizantes e realizadores
de culturas. Isso nos coloca sempre em movimento, tanto do ponto de vista social quanto do
ontológico, tanto na coletividade quanto nas singularidades de cada um. Vivemos e experienciamos o
mundo e nossas vidas a partir de sua transitoriedade, suas contradições e paradoxos. Estamos e
somos falíveis, por isso há uma tentativa inerente em nós de não errar, mas talvez poucas vezes o
consigamos. Essa é a paradoxalidade da própria existência – vivemos tentando acertar-errando, ou
errando-acertar.

Inserida nessa temporalidade a vida é um verdadeiro empreendimento de descobrir a temporalidade


que somos nós. É como olhar no espelho de nossa alma e nem perceber que lá existe uma alma, é
como viver a vida sem perceber que a mutabilidade é parte integrante de nós mesmos. Portanto,
sendo humanos, somos tempo, essencialmente, tempo passado. Aprendamos a sentir e experienciar o
nosso tempo em nosso desenvolvimento, seja ele cronológico ou subjetivo.

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Revisitando Conteúdos

A partir da aula sobre “O ser humano, um ser nas culturas e sociedades”, é correto afirmar
que:

1. ( ) O ponto chave da aprendizagem para Piaget é o desenvolvimento, para Vygotsky é a


aprendizagem, e para Wallon é a emoção.

2. ( ) O ser humano é um ser acabado e fechado.

3. ( ) As sociedades são exclusivamente formadas por humanos.

4. ( ) As culturas são dogmas imutáveis

5. ( ) O ser humano é construtor de culturas, do seu desenvolvimento e de seus contextos.

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Referências

ANDRE, Maristela G.; LOPES, Regina Pereira. A construção do humano. In: MARTINI, Antonio et al. O
humano, lugar do sagrado. 7. ed. São Paulo: Olho d’Água, 2002. p. 5-14.

BOFF, Leonardo. Espírito e corpo. In: BOFF, Leonardo; BETTO, Frei. Mística e espiritualidade. Rio de
Janeiro: Rocco, 1994.

GERALDO, Antonio da Cunha. Dicionário etimológico Nova Fronteira da língua portuguesa. 2. ed.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.

HEGEL, Georg W. F. A fenomenologia do espírito. Trad. de Paulo Meneses, com a colaboração de Karl
Heinz Efken e José Nogueira Machado, SJ. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes; Bragança Paulista: USF, 2002.

HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. In: REALE, Giovanni, Antisere, Dario. História da filosofia. São Paulo:
Edições Paulinas, 1991. v. 3.

LEVINAS, Emmanuel. Totalidade e infinito. Lisboa: Edições 70, 1980.

SANTOS, Mário José dos. Os pré-socráticos: caderno de textos. Juiz de Fora: UFJF, 2001.

SOUZA, Ricardo Timm de. As fontes do humanismo latino. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004. v. 2.

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Créditos

Reitora Design Instrucional


Profa. Marcia Cristina Sardá Espindola Profa. Dra. Alessandra Hernandes
Ogeda
Profa. Dra. Clarissa Josgrilberg
Vice-Reitor
Pereira
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Prof. Me. Francisco Adell Péricas
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Lilian Blanck de Oliveira


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