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emanuelle cardoso - cardosocmanu@gmail.com - CPF: 182.104.

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COMPREENSÃO DE TEXTOS

A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do texto. É


verificar o que realmente está escrito nele. Tem que estar escrito e não
imaginar o que o autor quis dizer, ou seja, todas as informações devem
estar presente no texto. Deve-se analisar os dados concretos e
objetivos do texto

Existem algumas expressões que fica claro que o que se quer


analisar é a compreensão do texto:

Segundo o autor….
Segundo o texto….
O texto informa que….
No texto…..
O autor afirma que….
De acordo com o autor….
De acordo com o texto….

Fica claro nas expressões acima que as respostas deverão estar


claras no texto, ou seja, você deve compreender o texto para tirar as
conclusões.

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

A interpretação de texto é quando estabelecemos uma relação


entre as informações presentes em um (ou mais) texto(s) a fim de
extrair uma explicação para ele(s). O processo de interpretação envolve
três fatores essenciais: a pré-compreensão, a compreensão e a
interpretação. Além disso, a noção de elementos contextuais e
estruturais da linguagem e a identificação do gênero textual nos ajudam
a explicar melhor o texto, ou melhor, a interpretá-lo.

Interpretação de texto é a capacidade de entender o que está


escrito, e, com base nessa compreensão, o leitor é capaz de refletir e
extrair elementos necessários para a visualização de um todo textual.
Faz parte do processo de interpretação o entendimento sobre a
finalidade do texto (sua função social) e a composição linguística
(recursos utilizados em sua elaboração). Assim, a compreensão dos
gêneros textuais e o uso de determinados recursos linguísticos
(elementos coesivos, figuras de linguagem etc.) auxiliam no processo
de interpretação do texto.

COMO SE FAZ A INTERPRETAÇÃO DE TEXTO?

Para o pensador Paul Ricoeur, a interpretação envolve alguns


processos. Assim, podemos dividi-la didaticamente em três etapas. São
elas:

Pré-compreensão: todos nós possuímos, por meio de nossas


vivências, uma série de informações prévias acerca de determinado
assunto. Nesse sentido, a pré-compreensão envolve justamente
esse conhecimento prévio que possuímos sobre certo tema ou
assunto.

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Compreensão: envolve as informações conhecidas (prévias, pré-
compreensão) e as desconhecidas. É no diálogo entre o que já
sabemos e o novo que podemos estabelecer a compreensão dos
textos.

Interpretação: é a última etapa da interpretação de texto. Isso


significa verificar o que a informação nova diz com base nos
conhecimentos prévios. O processo de interpretação envolve,
portanto, elementos linguísticos e extralinguísticos.

DICAS PARA UMA ÓTIMA INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

A noção das etapas de interpretação (pré-compreensão,


compreensão e interpretação) representa um início no percurso da
interpretação de texto. No entanto, há um conjunto de outros fatores
importantes na hora de se considerar uma ótima interpretação de
texto:

Domínio dos gêneros textuais: entender qual é o gênero é entender


não somente aspectos técnicos e estruturais mas ainda perceber os
objetivos do texto. Um gênero está associado, além de sua estrutura,
ao seu aspecto funcional. Compreender que um artigo de opinião
possui uma função social distinta da de um manifesto nos ajuda no
processo de interpretação de texto.

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Noção das formas de linguagem: a linguagem pode ser denotativa
ou conotativa, e isso muda tudo. Em um texto em que há um uso de
linguagem denotativa, preza-se pelos usos convencionais dos
termos. Por outro lado, uma linguagem conotativa possibilita o uso
de figuras de linguagem e uma multiplicidade de interpretações. Ver
essa diferença e identificar quais gêneros utilizam uma ou outra são
ações que nos ajudam também na interpretação de texto.

Condição de produção: em que contexto determinado texto foi


produzido? Responder a essa pergunta também nos oferece novos
elementos no processo de interpretação e compreensão de textos.
Um texto escrito em um contexto artístico e/ou revolucionário
produz um efeito muito distinto do de um texto escrito em um
contexto voltado para o consumo e com fins comerciais.

Além dessas dicas essenciais, pode-se implementá-las com o


hábito de ler uma diversidade de textos e a resolução de exercícios
voltados para interpretação como formas de melhorar a interpretação
de texto.

TIPOS TEXTUAIS

TEXTO NARRATIVO

A marca fundamental do texto narrativo é a existência de um


enredo, no qual são desenvolvidas as ações das personagens, marcadas
pelo tempo e pelo espaço.

Assim, a narração engloba o que chamamos de 5 elementos da


narrativa:

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Enredo: designa a história da narrativa. Dependendo de como a
trama é contada, ele é classificado em dois tipos: enredo linear
(sequência cronológica) e enredo não linear (não possui uma
sequência cronológica).

Narrador: também chamado de foco narrativo, representa a "voz do


texto", ou seja, determina quem está contando a história. Os tipos de
narrador são: narrador observador (não faz parte da história, sendo
somente um observador), narrador personagem (faz parte da
história) e narrador onisciente (conhece todos os detalhes da
narração).

Personagens: são aqueles que fazem parte da história e podem ser:


personagens principais (protagonista e antagonista) ou
personagens secundárias (adjuvante ou coadjuvante).

Tempo: marca o momento em que a trama está sendo desenvolvida.


Ele é dividido em dois tipos: tempo cronológico e tempo psicológico.

Espaço: representa o local (ou locais) onde se desenvolve a história e


que pode ser: físico, psicológico ou social.

ESTRUTURA DOS TEXTOS NARRATIVOS

Os textos narrativos possuem uma estrutura básica: apresentação,


desenvolvimento, clímax e desfecho.

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Apresentação: trata-se da introdução do texto, onde são
apresentadas algumas de suas principais características como o
tempo, o espaço e as personagem que fazem parte da trama.

Desenvolvimento: designa a maior parte do texto, onde são


desenvolvidas as ações das personagens numa sequência de
acontecimentos.

Clímax: representa a parte mais emocionante, surpreendente e


tensa da narrativa.

Desfecho: é a parte final da trama, determinada pelo arremate de


toda a história. Nela, é revelado o destino das personagens.

ALGUNS EXEMPLOS DE TEXTOS NARRATIVOS

Conto

Fábula

Romance

Novela

Crônica

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TEXTO DESCRITIVO

O texto descritivo é um tipo de texto que apresenta a descrição de


algo, seja de uma pessoa, um objeto, um local, etc. Assim, ele expõe
apreciações, impressões e observações de algo indicando os aspectos,
as características, os detalhes singulares e os pormenores.
Alguns recursos linguísticos relevantes na estruturação dos textos
descritivos são: a utilização de adjetivos, verbos de ligações, metáforas
e comparações.

ESTRUTURA DOS TEXTOS DESCRITIVOS

De forma geral, os textos descritivos seguem a estrutura básica:

Introdução: apresentação sobre o que (ou quem) será descrito.

Desenvolvimento: realização da descrição (objetiva ou subjetiva) de

algo.

Conclusão: término da descrição.

TIPOS DE TEXTOS DESCRITIVOS

A descrição é classificada de 2 formas:

Descrição objetiva: descrição realista ou denotativa sobre algo sem


que haja algum juízo de valor.

Descrição subjetiva: descrição que envolve as impressões pessoais


do autor e, por isso, apresenta o sentido conotativo da linguagem.

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ALGUNS EXEMPLOS DE TEXTOS DESCRITIVOS

Diário

Relatos

Biografia

Notícia

Cardápio

TEXTO DISSERTATIVO

O texto dissertativo busca defender uma ideia e, logo, é baseado na


argumentação e no desenvolvimento de um tema. Geralmente, os
textos dissertativos-argumentativos, além de serem opinativos,
buscam persuadir o leitor.

ESTRUTURA DOS TEXTOS DISSERTATIVOS

A estrutura dos textos dissertativos é dividida em três partes


fundamentais:

Introdução: também chamada de tese, essa é uma pequena parte


do texto que apresenta a ideia, o tema ou assunto principal que será
dissertado.

Desenvolvimento: também chamada de antítese (ou anti tese), é a


maior parte do texto em que é apresentado os argumentos contra e
a favor sobre o tema.

Conclusão: também chamada de nova tese, essa parte sugere uma


nova ideia, que pode ser uma solução sobre o tema exposto.

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TIPOS DE TEXTOS DISSERTATIVOS

Os textos dissertativos são classificados de duas maneiras:

Dissertativo-expositivo: foco na exposição de alguma ideia, fato,


tema ou assunto. Nesse caso, não há a intenção de persuadir o leitor.

Dissertativo-argumentativo: a persuasão é o principal ponto dessa


categoria de textos dissertativos. Assim, o uso de argumentações e
contra argumentações são fundamentais.

ALGUNS EXEMPLOS DE TEXTOS DISSERTATIVOS

Resenha

Artigo

Ensaio

Monografia

Editorial

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TEXTO EXPOSITIVO

O texto descritivo é um tipo de texto que apresenta a descrição de


algo, seja de uma pessoa, um objeto, um local, etc. Assim, ele expõe
apreciações, impressões e observações de algo indicando os aspectos,
as características, os detalhes singulares e os pormenores.
Alguns recursos linguísticos relevantes na estruturação dos textos
descritivos são: a utilização de adjetivos, verbos de ligações, metáforas
e comparações.

TIPOS DE TEXTOS EXPOSITIVOS

Os textos expositivos são classificados em dois tipos:

Texto informativo-expositivo: tem como objetivo a transmissão de


informações, sem que haja juízo de valor.

Texto expositivo-argumentativo: foca na exposição de tema com


defesa de opinião.

ALGUNS EXEMPLOS DE TEXTOS EXPOSITIVOS

Seminários

Entrevistas

Palestras

Enciclopédia

Verbete de dicionário

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TEXTO INJUNTIVO

O texto Injuntivo ou instrucional está pautado na explicação e no


método para a realização de algo.

Assim, um dos recursos linguísticos marcantes desse tipo de texto


é a utilização dos verbos no imperativo, de modo a indicar uma "ordem".

EXEMPLOS DE TEXTOS INJUNTIVOS

Regulamento

Propaganda

Receita culinária

Bula de remédio

Manual de instruções

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GÊNEROS TEXTUAIS

São estruturas relativamente estáveis de composição, com as quais


realizamos intervenções sociais, tanto por escrito quanto por meio da
fala, ou seja, os gêneros são as ferramentas, os instrumentos que
utilizamos para podermos exercer os atos comunicativos em geral: uma
curta mensagem via Whatsapp, e-mails corporativos, produção de
reportagens, entrevistas, contos, páginas de diário, receitas de bolo,
artigos científicos, seminários, teses etc.

Podem ser definidos como unidades formadoras de sentido, com


determinados propósitos e intencionalidades discursivas. Nesse
sentido, a vontade do emissor (locutor) poderá ser revelada por meio do
discurso: informar, convencer, contar uma história, persuadir,
posicionar-se, opinar etc.

Para entendermos melhor o contexto dos gêneros textuais,


podemos construir a seguinte imagem: os gêneros são elementos
constitutivos de grandes conjuntos, uma vez que reúnem determinadas
sequências linguísticas em sua composição, mas se diferem com
relação à intencionalidade, e trazem também outras características que
se desenvolvem considerando o contexto cultural e temporal a que
estão submetidos.

DIFERENÇA ENTRE GÊNERO E TIPO TEXTUAL

Enquanto os gêneros são formas flexíveis de textos, os tipos, por


sua vez, caracterizam-se pela rigidez, pela estruturação pautada em
sequências linguísticas, pelo uso de vocabulário específico, por relações
lógico-semânticas com propriedades mais fixas, sendo os grandes
conjuntos nos quais estão contidos os gêneros textuais.

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Os estudos linguísticos, em sua maioria, reconhecem pelo menos os
seguintes tipos ou tipologias textuais: narração, argumentação,
descrição, injunção e exposição. Quando conseguimos reconhecer os
tipos textuais, temos mais condições de interpretá-los com eficácia,
uma vez que os efeitos de sentido produzidos pelos textos estão
também relacionados à forma como estruturam-se.

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ALGUNS GÊNEROS TEXTUAIS
COBRADOS EM CONCURSOS

CRÔNICA

A crônica é um gênero textual curto escrito em prosa, geralmente


produzido para meios de comunicação, por exemplo, jornais, revistas,
etc. Além de ser um texto curto, possui uma "vida curta", ou seja, as
crônicas tratam de acontecimentos corriqueiros do cotidiano.

CONTO

Conto é uma narrativa curta que, em geral, apresenta apenas um


conflito. Algumas subdivisões desse gênero são: o conto fantástico e o
conto de fadas. O conto possui características específicas e é bastante
comum na tradição literária brasileira.

ARTIGO DE OPINIÃO

Trata-se de um julgamento pessoal, de um pensamento em relação


a algo, é um maneira de pensar. Veja o exemplo: A médica prescreveu
um remédio muito caro ao paciente. Observe nesse último exemplo que
a expressão “muito caro” trata-se de uma opinião relativa ao fato de a
médica ter prescrito um remédio ao paciente.

EDITORIAL

Um editorial é um artigo que apresenta a opinião de um grupo sobre


determinada questão; por causa disso, ele normalmente não é assinado.

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NOTÍCIA

A notícia é um texto jornalístico que relata um fato socialmente


relevante para amplo público, com intuito de acessibilizar as
informações consideradas relevantes. A notícia abrange todas as áreas
que são coletivamente importantes, como política, economia, cultura,
segurança, saúde, educação, meio ambiente e outros.

REPORTAGEM

A reportagem é um gênero textual cujo escopo é dar destaque a


informação, passar conteúdos para o público, e assim, além de passar
informações a narrativa tem por intuito levantar um questionamento no
público, criando uma opinião no leitor, trazendo um impacto que pode
modificar a forma de pensar.

ACENTUAÇÃO

MONOSSÍLABOS TÔNICOS

Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em


“A(s)”, “E(s)” e “O(s)”

Ex: pá, chá, cá, lá, má, fá, gás, trás, fé, ré, rês, lê, vê, mês, três, pó, dó,
nó, vó, nós, vós, pôs, vô.

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Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados nos ditongos:
“EI(s)”, “OI(s)” e “EU(s)” (se abertos).

Ex: méis, réis, dói, mói, sóis, céu, réu (réus), véu.

OXÍTONOS

Acentuam-se os oxítonos terminados em


“A(s)”, “E(s)”, “O(s)”, “EM” e “ENS”.

Ex: Amapá, abará(s), alvará(s), cajá(s), Pará, vatapá(s), amém, até,


café(s), cipó(s), jiló(s), paletó(s), alguém, armazém, armazéns,
Belém, desdém, ninguém, parabéns, também.

Acentuam-se os oxítonos terminados nos ditongos:


“EI(s)”, “OI(s)” e “EU(s)” (se abertos).

Ex: anéis, bacharéis, coronéis, papéis, caubói(s), herói(s), dodói(s),


chapéu(s), Ilhéus, troféu(s).

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PAROXÍTONAS

DICA MNEMÔNICO: R Ã N O L I X ÃO PS

Acentuam-se os paroxítonos terminados em “Ã(s)” e “ÃO(s)”.

Ex: ímã(s), órfã(s), órfão(s), órgão(s), acórdão(s), sótão(s).

Acentuam-se os paroxítonos terminados em “I”, “IS” e “US”.

Ex: biquíni, grátis, íris, júri, táxi, lápis, tênis, lótus, ônus, bônus, Vênus,
vírus.

Acentuam-se os paroxítonos terminados em “L”, “N(s)”, “R”, “X” e


“PS”.

Ex: ágil, difícil, incrível, réptil, túnel, hífen, íons, elétrons, lúmen, pólen,
açúcar, âmbar, caráter, éter, revólver, córtex, fênix, látex, tórax,
bíceps, fórceps, tríceps.

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PROPAROXÍTONOS

Temos as proparoxítonas, com a tônica na antepenúltima sílaba.

A regra é simples: todas são acentuadas.

Assim, essa regra prevalece sobre qualquer outra, pois não leva em
conta a terminação da palavra ou a separação silábica.

ORTOGRAFIA OFICIAL
Com o Novo Acordo Ortográfico, houve uma alteração do alfabeto
português, com a inclusão das letras “k”, “w” e “y”. Com isso, o total de
letras no alfabeto oficial passou de 23 para 26, a saber.

VOGAIS E CONSOANTES

Vogais: A, E, I, O e U;

Consoantes: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W, X, Y e Z.

USO DO TREMA NA ORTOGRAFIA OFICIAL

O uso do trema foi abolido com a reforma ortográfica do


português. Portanto, não se usa mais o trema, exceto em nomes
próprios estrangeiros ou derivados, como por exemplo:

Antes: lingüiça, freqüente e Müller;

Depois: linguiça, frequente e Müller.

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ACENTUAÇÃO NA ORTOGRAFIA OFICIAL

Os ditongos abertos EI e OI das palavras paroxítonas — palavras


com a penúltima sílaba tônico, ou seja, a penúltima sílaba é a sílaba mais
“forte” a ser pronunciada — perderam o acento agudo:

Antes: colméia e bóia;


Depois: colmeia e boia;

As palavras paroxítonas perderam os acentos colocados nas vogais


I e U tônicos quando essas vogais vierem depois de ditongo:

Antes: feiúra;
Depois: feiura.

Perdem o acento as palavras paroxítonas terminadas em EEM (leem,


veem, deem, creem) nem em palavras com o hiato OO:

Antes: vôo e lêem;


Depois: voo e leem.

Perde o acento o U tônico das formas verbais rizotônicas (com


acento na raiz) nos grupos que/qui e gue/gui.

Antes: argúi;
Depois: argui.

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ACENTO DIFERENCIAL

Com o Novo Acordo, o acento diferencial — acento usado para


distinguir duas palavras com a fonética igual, mas significados
diferentes, isto é, palavras homógrafas —, usado em palavras
paroxítonas com vogal tônica aberta ou fechada, foi abolido na maioria
dos casos.

Dessa forma, não existem mais distinção entre as duplas: pára/para,


pólo/polo, pêlo/pelo, pêra/pera…

Antes: pára (verbo)/para (preposição) e pêlo (substantivo)/pelo


(preposição);

Depois: para (verbo)/para (preposição) e pelo (substantivo)/pelo


(preposição).

MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS

LETRA MAIÚSCULA

A letra maiúscula deve ser usada no início de uma frase ou de um


período.

Na ortografia oficial para concursos, a letra maiúscula deverá ser


utilizada em nomes próprios de: pessoas, animais, lugares — cidades,
países, continentes… —, acidentes geográficos, rios, instituições e
entidades. nomes de festas e festividades, em nomes astronômicos, em
títulos de periódicos e em siglas, símbolos ou abreviaturas. Nos nomes
dos pontos cardeais deverá ser usada apenas se estiverem indicando
uma região.

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LETRA MINÚSCULA:

Com a reforma ortográfica, a letra minúscula passou a ser utilizada


nos nomes dos dias de semana, meses e estações do ano, nos nomes
dos pontos cardeais (quando utilizados genericamente, indicando uma
direção) e nas palavras fulano, sicrano e beltrano.

ENCONTRO VOCÁLICO
O encontro vocálico é um fenômeno que ocorre quando uma ou
mais vogais aparecem em sequência, ou seja, juntas em uma palavra.

DITONGO

Ocorre quando há o encontro de duas vogais na mesma sílaba.

O ditongo pode ser crescente ou decrescente e oral ou nasal:

Crescente: O som é crescente, isto é, parte da vogal mais fraca


(semivogal) para a mais forte (vogal).
Por exemplo: linguiça e língua;

Decrescente: o encontro de uma vogal e uma semivogal. O som é


crescente, isto é, parte da vogal mais forte (vogal) para a mais fraca
(semivogal).
Por exemplo: cadeira e peixe;

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TRITONGO

O tritongo ocorre quando há o encontro de apenas três vogais na


mesma sílaba. Nesse tipo de encontro vocálico, apenas uma das letras é
a vogal, enquanto as outras são semivogais.

Assim, o tritongo pode ser oral ou nasal:

Oral: a palavra é pronunciada e o som do encontro vocálico tem o ar


passando somente pela boca. Por exemplo: Paraguai e Uruguai;

Nasal: a palavra é pronunciada e o som do encontro vocálico tem o


ar passando pela boca e pelo nariz. Por exemplo: quão e saguão;

HIATO

Nesse tipo de encontro vocálico, as duas letras são vogais e não


podem ficar na mesma sílaba.
Em suma, o hiato ocorre quando há: “vogal + vogal”. Por exemplo: ba–ú,
sa–ú-de, hi–a-to, Sa–a-ra.

DÍGRAFO

O dígrafo é um fenômeno que ocorre quando duas letras são


usadas para representar um único fonema, isto é, um único som.

“Carro” (dígrafo consonantal)


“Guia” (dígrafo consonantal)
“Limpo” (dígrafo vocálico)

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Consonantal: as letras têm um único fonema com som de
consoante. ( CH, LH, NH, RR, SS, SC, SÇ, XC, XS, GU e QU)
Ex.: gueRRA, caCHoeira…

Vale ressaltar que alguns dígrafos consonantais se separam.

Vocálico: as vogais são sucedidas das consoantes M ou N,


representando fonemas vocálicos nasalizados, isto é, em um único
fonema com som de vogal. Assim, podem ser formados pelas
seguintes letras: AM, EM, IM, OM, UM, AN, EN, IN, ON e UN.
Ex.: UMbigo, ONça…

HOMÔNIMOS
Assim, homônimos ou palavras homônimas são palavras que
possuem a mesma pronúncia (homófono) e/ou a mesma grafia
(homógrafo), mas com significados diferentes.

Homônimos perfeitos: as palavras possuem a escrita e a pronúncia


iguais, mas com significados diferentes. Por exemplo: manga (da
roupa) e manga (fruta);

Homógrafos: as palavras possuem a mesma escrita, mas a


pronúncia é diferente. Por exemplo: colher (talher / pronúncia
aberta “colhér”) e colher (fazer colheita / pronúncia fechada

Homófonos: as palavras são escritas de maneira diferente, porém


possuem o mesmo som. Por exemplo: cela (jaula) / sela (de cavalo).

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PARÔNIMOS
Parônimos ou palavras parônimas são palavras que possuem
pronúncia e a grafia parecidas e possuem significados diferentes.

Por exemplo: cavaleiro (anda de cavalo) / cavalheiro (educado) e


cumprimento (saudação) / comprimento (tamanho).

CLASSE DE PALAVRAS

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CLASSES VARIÁVEIS X INVARIÁVEIS
Uma palavra é considerada variável quando apresenta variação
de gênero, ou seja, pode ter forma feminina e forma masculina. Por
exemplo: garoto, garota.

Estão presentes nas classes variáveis, as seguintes classes de


palavras e todas suas possibilidades de flexões:

Artigo;
Substantivo;
Adjetivo;
Pronome
Numeral; e
Verbo.

Uma palavra é considerada invariável quando não apresenta


mudança em sua estrutura. Apesar disso, pode ser polissêmica e
apresentar mais de um sentido dependendo do contexto.
Isso não torna a palavra variável, pois o que muda é o significado e não a
estrutura da palavra.

Estão presentes nas classes invariáveis, as seguintes classes de


palavras:

Conjunção;
Advérbio;
Preposição; e
Interjeição.

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EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS

SUBSTANTIVO

O substantivo é a classe gramatical que utilizamos para dar nome


aos objetos e às coisas. Por exemplo: caderno, mulher, gato, casa, pipa,
avião.

Esses substantivos podem ser divididos em:

Concretos: dão nome aos objetos, coisas, lugares, animais e plantas;

Abstratos: são referentes a ações, sentimentos, estados e

qualidades;

Próprios: são nome a pessoas, países ou seres;

Comuns: nomeia seres sem identidade específica;

Coletivos: fazem referência a uma coleção de objetos, seres ou

coisas;

Primitivos: não é derivado de outra palavra;

Derivados: derivam dos substantivos primitivos;

Compostos: possuem mais de um radical em sua estrutura;

Simples: possuem apenas um radical em sua estrutura;

Ela é uma classe variável, ou seja, são palavras capazes de serem


flexionadas em número, gênero e grau. Por exemplo: casa, casinha,
casas, casarão.

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CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS

Substantivo comum: designam um ser qualquer representativo de


uma espécie, de maneira genérica.
Exemplos: homem, mulher, carro, cidade, rio.

Substantivos próprios: designam um indivíduo específico da


espécie, sendo grafados com letra inicial maiúscula.
Exemplos: João, Marta, Ford, São Paulo, Tietê.

Substantivo primitivo: são aqueles que não se originam de outra


palavra, ou seja, não são derivados de outros vocábulos.
Exemplos: carro, cabelo, madeira.

Substantivos derivados: são aqueles derivados de outras palavras.


Exemplo: carrão, cabeleireiro, madeireira.

Substantivo simples: é aquele que possui apenas uma única palavra,


ou seja, é formado apenas por um radical.
Exemplos: flor, carro, homem.

Substantivos compostos: são formados por mais de uma palavra,


possuindo, assim, mais de um radical.
Exemplos: beija-flor, carro-forte, homem-bomba.

Substantivo concreto: designa um ser real, concreto, autônomo,


que existe por si só, seja material, espiritual, real ou imaginário.
Exemplos: carro, casa, boneco, fada.

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substantivo abstrato: é aquele relacionado à ação, sentimento,
estado, qualidade, conceito.
Exemplo: medo, alegria, liberdade.

Substantivo coletivo: são utilizados para designar um


grupo/conjunto de seres, de uma mesma espécie.
Exemplos: matilha (conjunto de cães de raça), alcateia (conjunto de
lobos), colmeia (conjunto de abelhas), frota (conjunto de veículos),
álbum (conjunto de fotos).

FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS

NÚMERO DOS SUBSTANTIVOS

Singular: o singular é utilizado para designar apenas um único ser


Exemplos: mulher, carro, açougue.

Plural: por sua vez, o plural é utilizado para designar vários seres.
Exemplos: mulheres, carros, açougues.

GRAU DO SUBSTANTIVO

Diminutivo: é quando há o acréscimo de um sufixo que indica uma


diminuição. Geralmente são utilizados os sufixos: -inho(a), -zinho(a).
Exemplos: animalzinho, carrinho, namoradinhos.

Aumentativo: há o acréscimo de sufixo que indica um aumento.


Geralmente são utilizados os sufixos: -ão, -aço, -ona.
Exemplos: casona, casarão, filmaço, filmão.

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FICA A DICA

Perceba que o aumentativo e diminutivo são frequentemente


utilizados para designar afetividade ou desprezo.

GÊNERO DOS SUBSTANTIVOS

Substantivos biformes: são aqueles que se flexionam de acordo


com o gênero, ou seja, há diferentes palavras para designar o
masculino e o feminino.
Exemplo: cachorro/cachorra, capitão/capitã, poeta/poetiza,
amigo/amiga.

Substantivos uniformes: não variam de acordo com o gênero,


possuindo apenas uma palavra para designar tanto o masculino
quanto o feminino.
Exemplos: o estudante/a estudante, o chefe/a chefe, gavião, cobra.

Epicenos: são os que se referem a animais, os quais possuem


apenas uma palavra/gênero para indicar tanto o masculino quanto o
feminino.
Exemplos: a cobra, a foca, a girafa, o besouro
Perceba que não existe: o cobra, o foca, o girafa, a besouro.

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Sobrecomuns: são aqueles que apresentam apenas um gênero para
designar determinados tipos de pessoas.
Exemplos: a criança, a vítima, o monstro.
Não existe: o criança, o vítima, a monstro.

Comuns de dois gêneros: são os que possuem apenas uma única


palavra para masculino e feminino, entretanto, há a realização da
distinção do gênero pelo artigo.
Exemplos: o estudante/a estudante, o chefe/a chefe, o artista/a
artista.

FLEXÃO DE NÚMERO

Quanto ao número, os substantivos podem ser flexionados em:


singular ou plural. O indicativo de um substantivo no plural é a
terminação “s”:

Exemplos: o colega > os colegas


a menina > as meninas

Há algumas particularidades no que diz respeito ao plural dos


substantivos. Vejamos algumas:

No geral, os substantivos terminados em al, el, ol, ul, troca-se o “l” por
“is”:
Exemplos: jornal > jornais
papel > papéis
barril > barris
anzol > anzóis
azul > azuis

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Os substantivos terminados em “r” e “z” são acrescidos de “es” para
o plural:
Exemplos: amor > amores
luz > luzes

Caso o substantivo terminado em “s” for paroxítono, o plural será


invariável. Caso seja oxítono, acrescenta-se “es”:
Exemplos: ônibus > ônibus
país > países

Os substantivos terminados em “n” formam o plural em “es” ou “s”:


Exemplos: abdômen > abdômens
pólen > polens

Os substantivos terminados em “m” formam o plural em “ens”:


Exemplos: homem > homens
viagem > viagens

Os substantivos terminados em “x” são invariáveis no plural:


Exemplos: tórax > tórax
xérox > xérox

Os substantivos terminados em “ão” têm três variações para o


plural: “ões”, “ães” e “ãos”:
Exemplos: eleição > eleições
pão > pães

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FLEXÃO DE GRAU
Quanto ao grau, os substantivos podem variar entre aumentativo e
diminutivo.

Os graus aumentativo e diminutivo podem ser formados através de


dois processos:

Sintético – acréscimo de sufixos ao grau normal.


Exemplo: amor: amorzinho; amorzão.

Analítico – o substantivo será modificado por adjetivos que


transmitem ideia de aumento ou diminuição:
Exemplo: urso: urso grande; urso pequeno.

ARTIGO
O artigo é um vocábulo que se antepõe aos substantivos para
designar seres determinados ou indeterminados, ou seja, um artigo
sempre se refere a um substantivo. São eles:

Artigos Definidos: indicam conhecimento prévio, por parte dos


interlocutores, do ser ou do objeto mencionado (o, a, os, as). Ex.:
Adotei o gato.

Artigos Indefinidos: denotam desconhecimento, por parte de um


dos interlocutores, do ser ou do objeto (um, uma, uns, umas). Ex.:
Adotei um gato.

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ADJETIVO

Adjetivo é palavra modificadora do substantivo que denota


qualidade, defeito, estado, condição, característica, entre outros.
Por exemplo: Pessoa boa, gato lindo, livro rosa.

CLASSIFICAÇÃO DOS ADJETIVOS

Simples: Possui apenas um radical.


Ex.: Grande, sorridente, americano, sulista, bonito.

Composto: É formado por um ou mais radicais, separado ou não por


hífen.
Ex.: Luso-brasileiro, latino-americano, ultravioleta, psicossomático....

Pátrios: Se referem a países, cidades, estados, continentes.


Ex.: Brasileiro, carioca, luso-brasileiro, mineiro, porto-alegrense…

Primitivo: É a forma original da palavra, ou seja, não deriva de


nenhuma outra palavra.
Ex.: Grande, pequeno, bom, mau…

Derivado: Adjetivo que tem origem em outra palavra.


Ex.: Pequenino, grandioso, bondoso, maldoso…

Explicativo: Exprime uma qualidade que é própria do ser.


Ex.: Água molhada, noite escura, inverno gelado, neve fria, sol brilhante…

Restritivo: Exprime uma qualidade que não é comum de todos os


seres de uma mesma espécie/grupo/família, destacando-o entre os
seus semelhantes.
Ex.: Água gelada, fruta podre, banana prata, homem careca, mulher
tatuada...

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LOCUÇÃO ADJETIVA

É um grupo de duas ou mais palavras com valor equivalente à de


um adjetivo, formada geralmente de uma preposição e um substantivo.

Veja os exemplos para maior compreensão.

Ex.: Tratamento de água de rio (tratamento de água fluvial).


Ex.: Calhas para coletar água da chuva (calhas para coletar água
pluvial).
Ex.: Médicos de Cuba (médicos cubanos).
Ex.: Homens com coragem (homens corajosos).
Ex.: Bancos de trás (bancos traseiros).

FLEXÃO DOS ADJETIVOS

Adjetivo: Flexão de Gênero

Quanto ao gênero, os adjetivos são bem mais simples que o


substantivo, pois possuem apenas duas formas (uniforme e biforme).

Uniforme: Há apenas uma forma para ambos os sexos (masculino e


feminino). Ex.: Homem/mulher feliz, alegre, cruel...

Biforme: Há duas formas distintas conforme o gênero. Ex.:


Homem/mulher maldoso/maldosa, bonito/bonita, feio/feio,
bondoso/bondosa...

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DICA BOA

Quanto a variação dos adjetivos conforme seu gênero, é que em


adjetivos compostos, nunca varia o primeiro termo (geralmente ele fica
no masculino e singular), apenas podendo variar o segundo radical, caso
ele for biforme, é claro, caso contrário nem este varia:

Ex.: É uma guerra político-econômica / É um combate político-


econômico (varia)

Note que nos casos acima há alguns substantivos usados como


adjetivos.

Adjetivo: Flexão de Número

Quanto à variação em número dos adjetivos, eles podem variar do


singular (apenas um) ou plural (mais de um).

Uma dica importante é que substantivos usados como adjetivos


sempre ficam invariáveis, tanto em gênero quanto em número e grau.

Ex.: Obras relâmpago, jogadores pulmão, peças chave... Todos esses


substantivos (relâmpago, pulmão e chave) estão sendo usados
como adjetivos, por isso não variam em gênero, número e grau.

Para a flexão de adjetivos compostos, conforme já havíamos visto,


somente o último elemento varia em número e gênero. Lembrando, o
primeiro termo nunca se altera.

Ex.: Olhos azul-claros, índio afro-americanos, lutadores greco-


romanos...

O primeiro termo jamais varia. A única exceção novamente é


"surdos-mudos e surdas-mudas".

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Adjetivo: Flexão de Grau

Grau comparativo: É utilizado para comparar qualidades entre


seres. Há três formas distintas:

1) De igualdade: Geralmente expresso por "tão/tanto + adjetivo +


quanto"... Ex.: Ela é tão alta quanto eu.

2) De superioridade: Geralmente expresso por "mais + adjetivo + do


que/que"... Ex.: Ele é mais rico do que eu.

3) De inferioridade: Geralmente expresso por "menos + adjetivo + do


que/que"... Ex.: Ele é menos rápido que eu.

O grau comparativo pode ser ainda analítico ou sintético.

Forma analítica: Quando você estiver se referindo a um ser e for


exprimir duas qualidades do mesmo, comparando-as, você deve
usar a forma analítica, determinando o grau do adjetivo (já vista em
substantivo).
Ex.: Ele é mais bom partido do que interessante. Apesar de estranho na
frase, está correto usar mais bom ao invés de melhor, pois você afirma
que ele é mais uma coisa do que outra.

Forma sintética: Quando você for comparar dois seres em grau,


deve-se obrigatoriamente usar a forma sintética. Veja:
Ex.: Ele é maior que eu (não se diz mais grande que eu).
Ex.: Ele é melhor que eu (não se diz mais bom que eu).

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Grau superlativo ou apenas superlativo : Como o próprio nome diz,
superlativo é que torna algo muito amplo/aumenta. O grau
superlativo é usado quando tratamos de uma
característica/qualidade (adjetivo) expressa a um substantivo que
geralmente não é comparada a outros elementos (portanto
absoluta), ou então se comparado é usado para intensificar
características/qualidades de uma maneira muito expressiva (a
maior, a melhor, o melhor...).

Superlativo absoluto: Conforme dito não se compara a outros seres,


mas deixa claro o extremo da qualidade/característica expressa.

1) Analítico: Duas ou mais palavras.


Ex.: Esta prova é muito difícil.
Ex.: Esta fruta é extremamente doce.

2) Sintético: Apenas uma palavra.


Ex: Esta prova é dificílima.
Ex: Este refrigerante é dulcíssimo.

Superlativo relativo: É quando se exprime uma qualidade


relacionando a outros elementos (comparando). Conforme citado,
compara com outros seres destacando o substantivo citado de
maneira expressiva.

1) De superioridade: João é o mais esperto da classe.

2) De inferioridade: Luísa e Ana são as menos capacitadas para o


trabalho.

Uma dica do grau relativo é que geralmente se coloca o artigo na


frente.

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PRONOMES

Os pronomes são palavras que representam (substituem) ou


acompanham (determinam) um termo substantivo. Esses pronomes
vão poder indicar pessoas, relações de posse, indefinição, quantidade,
familiaridade, localização no tempo, no espaço e no texto, entre outras.

Os pronomes podem ser substantivos ou adjetivos. Quando


acompanham um substantivo, são classificados como “pronomes
adjetivos”. Quando substituem um substantivo, são classificados como
“pronomes substantivos”. Ex: Estes livros são do Mario, aqueles são do
Ricardo.

PRONOMES INTERROGATIVOS
Os pronomes interrogativos servem basicamente para fazer
interrogativas diretas (com ponto de interrogação) ou indiretas (sem
ponto de interrogação, mas com “sentido/intenção de pergunta”.
São eles: “Que, Quem, Qual(is), Quantos”.

PRONOMES INDEFINIDOS

Os pronomes indefinidos são classes variáveis que se referem à 3ª


pessoa do discurso e indicam quantidade, sempre de maneira vaga:
ninguém, nenhum, alguém, algum, algo, todo, outro, tanto, quanto,
muito, bastante, certo, cada, vários, qualquer, tudo, qual, outrem, nada,
mais, menos, que, quem, um (quando em par com “outro”)…
Ex: Recebi mais propostas e tantos elogios.

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PRONOMES POSSESSIVOS
Esses pronomes tem sentido de posse e geralmente aparecem em
questões sobre ambiguidade ou referência, pois podem se referir à
primeira pessoa do discurso: meu(s), minha(s), nosso(s) nossa(s); à
segunda: teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s); ou à terceira: seu(s), sua(s).

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

São pronomes demonstrativos: este(s), esta(s), esse(s), essa(s),


aquele(s), aquela(s), aqueloutro(s), aqueloutra(s), isto, isso, aquilo, o, a,
os, as; mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s), tal, tais,
semelhante(s)…

PRONOMES RELATIVOS

Os principais são: que, o qual, cujo, quem, onde. Esses pronomes


retomam substantivos antecedentes, coisa ou pessoa, e, por isso, têm
função coesiva (retomar ou anunciar informação) e se prestam a evitar
repetição. Podem ser variáveis, quando se flexionam (gênero, número),
ou invariáveis, quando trazem forma única.

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DICA RESUMIDA

Os pronomes relativos introduzem orações subordinadas adjetivas,


que levam esse nome por terem a função de um adjetivo e muitas vezes
podem ser substituídas diretamente por um adjetivo equivalente:

Ex: O menino estudioso passa = O menino que estuda muito passa


Ex: Eu quero um carro que seja potente = Eu quero um carro potente

Por isso recebem esse nome de “relativos”, porque relacionam


orações.

Como o “que” faz referência a um termo anterior, podemos dizer


que tem função anafórica.

Os pronomes “que”, “o qual”, “os quais”, “a qual”, “as quais” são


utilizados quando o antecedente for coisa ou pessoa.

PRONOMES DE TRATAMENTO

Os pronomes de tratamento são formas de cortesia e reverência no


trato com determinadas autoridades. A cobrança normalmente se
baseia no pronome adequado a cada autoridade ou aspectos de
concordância com as formas de tratamento.

Vossa Senhoria (V. S.a ou V. S.as): usado para pessoas com um grau
de prestígio maior. Usualmente, os empregamos em textos escritos,
como: correspondências, ofícios, requerimentos etc.

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Vossa Excelência (V. Ex.a V. Ex.as ) : Usado para grandes autoridades:
Presidente da República, Senadores, Deputados, Embaixadores,
Oficiais de Patente Superior à de Coronel, juízes de Direito, Ministros,
Chefes de Poder.

Vossa Excelência Reverendíssima (V. Ex.a Rev.ma V. Ex.as Rev.mas ):


usado para Bispos e arcebispos.

Vossa Eminência (V. Em.a V. Em.as ) : usado para Cardeais.

Vossa Alteza (V. A. VV. AA.) : usado para autoridades monárquicas em


geral, Príncipes, duques e arquiduques. Para Imperador, Rei ou
Rainha, usa-se Vossa Majestade (V. M. VV. MM.)

Vossa Santidade (V.S. ) : usado para o Papa.

Vossa Reverendíssima (V. Rev.ma V. Rev.mas ): usado para


Sacerdotes em geral.

Vossa Paternidade (V. P. VV. PP). : usado para Abades, superiores de


conventos.

Vossa Magnificência (V. Mag.a V. Mag.as ) : usado para Reitores de


universidade acompanhado pelo vocativo: Magnífico Reitor.

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PRONOMES PESSOAIS

Pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, nós, vós, eles) costumam
substituir sujeito: Ex: João é magro>Ele é magro.

Pronomes pessoais oblíquos átonos (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos)
substituem complementos verbais: o, a, os, as substituem somente
objetos diretos (complemento sem preposição); me, te, se, nos, vos
podem ser objetos diretos ou indiretos (complemento com
preposição), a depender da regência do verbo. Já o pronome –lhe (s)
tem função somente de objeto indireto. Ex: Já lhe disse tudo. (disse a
ele)

Os pronomes OBLÍQUOS TÔNICOS são pronunciados com força e


precedidos de preposição. Costumam ter função de complemento.

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NUMERAL

O numeral é uma classe de palavras que exprime quantidade


exata, ordem, múltiplos ou frações dos números. Existem quatro tipos,
são eles:

Cardinais: um, dois, cem, mil;

Ordinais: primeiro, segundo, terceiro;

Fracionários: três quartos, meio;

Multiplicativos: dobro, triplo.

VERBO
O verbo costuma apresentar dois elementos básicos: o radical e a
terminação. A terminação pode ser formada por dois elementos: a vogal
temática e a desinência, podendo esta última ser de dois tipos: modo-
temporal e número-pessoal.

Radical: é a parte do verbo que expressa seu significado básico.

Vogal temática: é a parte do verbo que indica o tipo de conjugação,


baseado na terminação do verbo.

Verbos de 1ª conjugação terminam em -ar;

verbos de 2ª conjugação terminam em -er;

verbos de 3ª conjugação terminam em -ir. Assim, as vogais


temáticas podem ser -a, -e ou -i.

Desinência modo-temporal: é a parte final do verbo que indica o


modo e o tempo em que ele é conjugado.

Desinência número-pessoal: é a parte final do verbo que indica o


número e a pessoa da conjugação.

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FLEXÃO DO VERBO

1ª pessoa (a que fala),


2ª pessoa (aquela para quem se fala)
3ª pessoa (aquela de quem se fala ou aquilo de que se fala, quando
esse assunto não for nem a 1ª nem a 2ª pessoa).

Número: singular ou plural.

Modo: indicativo, subjuntivo ou imperativo.

Tempo: passado (pretérito), presente ou futuro.

Voz: ativa, passiva ou reflexiva.

MODOS VERBAIS

Modo indicativo

Presente: ação ocorre no momento da fala.


Ex.: Eu falo muito.

Pretérito perfeito: ação ocorreu em momento anterior ao da fala e


foi finalizada.
Ex.: Eu falei muito.

Pretérito imperfeito: ação ocorria regularmente em momento


anterior ao da fala e foi interrompida.
Ex.: Eu falava muito.

Pretérito mais-que-perfeito: ação ocorrera em momento anterior


ao próprio passado. É uma ação que ocorreu em um passado
distante, o passado do passado.
Ex.: Eu falara muito sobre aquilo na época, mas desisti há algum tempo.

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Futuro do presente: ação ocorrerá em momento posterior ao da
fala.
Ex.: Eu falarei no evento.

Futuro do pretérito: ação ocorreria em momento posterior ao de


uma situação do passado, sendo o futuro do passado.
Ex.: Eu falaria no evento, mas ele foi cancelado.

Modo subjuntivo

Presente: expressa a suposição de que a ação ocorra.


Ex.: Tomara que eu fale bem na apresentação!

Pretérito imperfeito: expressa a suposição de como seria se a ação


ocorresse.
Ex.: Se eu falasse bem, faria a apresentação.

Futuro: expressa a suposição de quando a ação ocorrer.


Ex.: Quando eu falar, todos se surpreenderão!

Modo imperativo

Presente: expressa a ordem, a proibição ou o conselho no momento


da fala.
Ex.: Fale apenas quando necessário.

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FORMAS NOMINAIS DO VERBO
O verbo apresenta formas nominais, que expressam a ação de
maneira impessoal e invariável, não estando conjugada, e, portanto,
sem aplicação de modo e tempo verbal nem de pessoa e número.

Infinitivo: a ação por si só. Ex.: cantar, beber, dirigir.

Gerúndio: a ação em execução. Ex.: cantando, bebendo, dirigindo.

Particípio: a ação finalizada. Ex.: cantado, bebido, dirigido.

CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS

Os verbos são classificados de acordo com o tipo de conjugação


que têm.

Verbos regulares: apresentam conjugação padronizada, não


havendo muitas alterações nas formas com que são conjugados. As
mudanças costumam se limitar apenas ao radical de cada verbo.
Ex.: amar, comer, decidir.

Verbos irregulares: apresentam conjugação fora do padrão,


apresentando mudanças mais frequentes entre um verbo e outro.
Em alguns casos, até o radical pode mudar de forma.
Ex.: odiar, perder, sair.

Verbos anômalos: são verbos irregulares que apresentam


conjugação completamente irregular, não sendo possível
estabelecer uma tendência em suas formas conjugadas.
Ex.: ser e ir.

Verbos abundantes: apresentam mais de uma conjugação para


algumas de suas formas.
Ex.: algumas formas dos verbos aceitar, pagar, fazer, prender.

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Verbos defectivos: não é possível conjugá-los em todas as pessoas,
modos e tempos verbais.
Ex.: doer e colorir.

Verbos impessoais: são verbos defectivos que expressam ideias


sem um sujeito, sendo conjugados apenas na 3ª pessoa do singular.
É o caso de fenômenos da natureza.
Ex.: chover, ventar.

Há três vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva.

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ADVÉRBIO

Os advérbios indicam as circunstâncias dos verbos.

Advérbios de Tempo:
Exemplo: hoje, ontem, agora, sempre, tarde, cedo.
Hoje quero paz.

Advérbios de Modo:
Exemplo: rapidamente, bem, mal, facilmente, assim.
Ele saiu bem do concurso.

Advérbios de Lugar:
Exemplo: aqui, ali, acima, abaixo, longe, perto.
Não estarão lá como pedido.

Advérbios de Intensidade:
Exemplo: muito, pouco, bastante, demais, mais.
Estamos bastante decepcionados.

Advérbios de Afirmação:
Exemplo: sim, certamente, realmente, verdadeiramente.
Adriana está, certamente, no caminho certo.

Advérbios de Negação:
Exemplo: não, jamais, de modo algum, nem.
Jamais pense que estará livre.

Advérbios de Dúvida:
Exemplo: talvez, provavelmente, possivelmente.
Ela está, possivelmente, estudando.

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DICA RESUMIDA

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LOCUÇÃO ADVERBIAL

Quando duas ou mais palavras juntas têm a função de uma só


palavra, temos uma “locução” e, no caso dos advérbios, uma locução
adverbial ocorre quando a junção de uma preposição com um
substantivo, um adjetivo ou advérbio tem os mesmos valores
semânticos do advérbio.

Locução adverbial de lugar: Ocorre com as seguintes junções: por


dentro, por fora, por cima, por baixo, em cima, por perto, à direita, à
esquerda, ao lado. Exemplo: Por favor, mantenha-se à esquerda.

Locução adverbial de Tempo: Ocorre com as seguintes junções:


depois de amanhã, em breve, de manhã, à noite, de repente, de vez
em quando, de madrugada: Exemplo: Estaremos juntos à noite.

Locução adverbial de modo: Ocorre com as seguintes junções: às


pressas, às claras, à vontade, à toa, em silêncio, de cor. Exemplo:
Fique à vontade para fazer perguntas.

Locução adverbial de dúvida: Ocorre com a junção: quem sabe.


Exemplo: Quem sabe a situação fique melhor.

Locução adverbial de afirmação: Ocorre com as seguintes junções:


com certeza, sem dúvidas, por cento. Exemplo: Com certeza estarei
lá no domingo.

Locução adverbial de negação: Ocorre com as seguintes junções:


de modo algum, de jeito nenhum. Exemplo: De modo algum tive a
intenção de interromper a reunião.

Locução adverbial de intensidade: Ocorre com as junções: muito


mais, muito menos, em excesso: Exemplo: Ela está muito mais

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FICA A DICA

Existem alguns advérbios que indicam exclusão, inclusão e ordem.


São eles:

Exclusão: somente, salvo, só, exclusivamente, apenas.

Inclusão: inclusivamente, também, mesmo, até, ainda.

Ordem: ultimamente, depois, primeiramente.

PREPOSIÇÃO
A preposição dá coesão ao texto, portanto, tem valor semântico
imprescritível para compreensão textual, unindo o emaranhado de
palavras.

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INTERJEIÇÃO

A interjeição pode cumprir duas funções, sendo elas:

Função exclamativa: exprime alegria, tristeza, dor, entre outras


(VIRA APOSTO)

Função apelativa (VIRA SENTIMENTO)

TIPOS DE INTERJEIÇÃO

Interjeição de Agradecimento: Obrigado! Graças a Deus!

Agradecido! Valeu! Valeu a pena! Muito obrigada!

Interjeição de Afugentamento: Fora! Roda! Toca! Xô pra lá! Xô!

Passa! Sai! Arreda! Rua! Cai fora!

Interjeição de Advertência: Atenção! Fogo! Olha lá! Olhe! Alto lá!

Devagar! Sentido! Calma! Alerta! Vê bem! Volta aqui! Cuidado!

Interjeição de Alegria: Ah! Eh! Que bom! Oh! Oba! Uhu! Eba! Olá! Olé!

Eta! Viva! Eita! Eia!

Interjeição de Alívio: Uf! Ah! Arre! Eh! Puxa! Nossa senhora! Ainda

bem! Ufa!

Interjeição de Ânimo: Força! Coragem! Ânimo! Bora! Avante! Vamos!

Firme! Eia! Inteirinho!

Interjeição de Chamamento: Olá! Alô! Psiu! Ó! Psit!

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Interjeição de Concordância: Hã-hã! Certo! Sem dúvida! Claro!

Ótimo! Então! Sim! Pois não! Tá!

Interjeição de Apelo: Socorro! Ei! Ô! Oh! Eh!! Misericórdia!

Interjeição de Aplauso: Bravo! Bis! É isso aí! Isso! Parabéns! Muito

bem! Boa! Ótimo! Apoiado! Viva! Fiufiu! Bem!

Interjeição de Contrariedade: Droga! Credo! Porcaria!

Interjeição de Desculpa: Desculpa! Desculpe! Opa! Foi mal! Perdão!

Interjeição de Dor: Ai! Ai de mim! Ui! Oh! Meu Deus! Ah!

Interjeição de Dúvida: Hum? Hein? Hã? Epa! Ué!

Interjeição de Desejo: Oxalá! Quisera! Tomara! Quem me dera!

Queira Deus!

Interjeição de Despedida: Adeus! Tchau! Até amanhã! Até logo!

Interjeição de Espanto: Oh! Quê! Nossa! Virgem! Puxa! Caramba! Xi!

Nossa mãe! Meu Deus! Senhor Jesus! Ui!

Interjeição de Estímulo: Ânimo! Vai nessa! Coragem! Firme! Avante!

Vamos! Adiante! Eia! Força! Toca! Upa!

Interjeição de Saudação: Alô! Adeus! Oi! Olá! Tchau! Viva! Salve! Ave!

Interjeição de Silêncio: Psiu! Bico fechado! Shh! Basta! Silêncio!

Chega! Calado! Quieto!

Interjeição de Medo: Oh! Ui! Cruzes! Ai! Uh! Jesus! Barbaridade!

Credo! Socorro! Que medo!,

Interjeição de Satisfação: Viva! Bem! Oba! Boa! Bom! Ah! Upa!

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CONJUNÇÕES

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

As conjunções coordenativas são aquelas conjunções que ligam


orações que possuem sentido completo. Ou seja, as duas orações
fazem sentido sozinhas. A conjunção coordenativa pode ser:

Aditiva: apresenta a ideia de adição. Veja: e, nem, não só… mas


também, bem como, mas ainda, etc.
Exemplo: Maria gosta de ler, mas também de assistir televisão.

Adversativa: conjunção que apresenta sentido de oposição, como:


mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante,
etc.
Exemplo: João chegou cedo, porém saiu novamente 30 minutos depois.

Alternativas: conjunções que dão sentido de alternância. São elas:


ou, ora…ora, quer… quer, seja… seja, etc.
Exemplo: Ou você dorme cedo ou está proibida de ficar vendo televisão.

Conclusivas: apresentam ideia de conclusão ou consequência. São


elas: logo, portanto, pois (depois do verbo), por isso, por
conseguinte, assim, etc.
Exemplo: Tenho me exercitado bastante, por isso emagreci.

Explicativas: Apresentam sentido de explicação. São elas: que,


porque, pois (antes do verbo), porquanto, etc.
Exemplo: Eu cheguei cedo, porque não gostei da festa.

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CONJUNÇÕES SUBORDINATUVAS

As conjunções subordinativas ligam uma oração à outra também,


porém estas orações não são independentes. Assim, elas não fazem
sentido quando sozinhas e precisam uma da outra para ficarem
completas. Esta ligação entre as duas exige a aplicação de uma
conjunção que dê sentido lógico para as frases.

A oração que depende da principal é chamada de oração


subordinada. Elas são divididas entre integrantes e adverbiais.

Integrantes: estas são as que não atribuem para as orações um


papel semântico. Elas apenas ligam ambas sintaticamente. É o caso
de ‘que’ e ‘se’.
Exemplos: Camila não avisou se viria
Bruno avisou que chegará mais tarde do trabalho hoje.

Causais: Estas conjunções introduzem uma oração que indica ação


causada por uma outra, tomada na oração principal. Veja: porque,
que, como (porque, no início da frase), visto que, porquanto, uma
vez que, já que, etc.
Exemplo: Gabriel gosta de ler, uma vez que ele está sempre na
biblioteca.

Concessivas: ideia de concessão, como: embora, ainda que, se bem


que, mesmo que, conquanto, posto que, por mais que, etc.
Exemplo: Ela não vai faltar, mesmo que atrase.

Condicionais: conecta a uma oração que tem sentido de condição.


São elas: se, caso, desde que, a menos que, contanto, sem que, etc.
Exemplo: Você pode vir, desde que venha sozinha.

Conformativas: ideia de conformidade entre as orações: conforme,


segundo, como (conforme), consoante, etc.
Exemplo: Conforme informado, a reunião será às 18h.

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Comparativas: indicam ideia de comparação. São elas: como, tal
como, assim como, que nem, tal qual, que (combinado com “menos”
e “mais”), etc.
Exemplo: Assim como a mãe, Julianne adora dançar.

Consecutivas: apresentam ideia de consequência de uma ação


iniciada na oração principal. Veja: de forma que, de modo que, de
sorte que, que (antecedido por “tal”, “tanto”, “tão”, “cada”), etc.
Exemplo: Ele não trabalhará mais na empresa, de modo que assinou
contrato com outra companhia.

Finais: ideia de finalidade. Veja: a fim de que, para que, que, etc.
Exemplo: Eu estarei lá para que tudo ocorra da melhor forma.

Proporcionais: expressa fato que ocorreu de forma proporcional ao


da oração principal. São elas: à medida que, ao passo que, à
proporção que, quanto mais… (mais), etc.
Exemplo: À medida que o tempo passa, ela fica mais bonita.

Temporais: apresenta ideia de tempo entre as orações. Veja:


quando, enquanto, agora, logo que, depois que, antes que, sempre
que, assim que, desde que, mal (assim que), etc.
Exemplo: Quando tudo acabar, vamos ter paz.

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CRASE

Ela ocorre quando há o encontro de vogais iguais => a + a = à.


Acontece, em geral, em três casos:

a) Encontro da preposição “a” com os artigos definidos “a” ou “as”;

b) Encontro do pronome demonstrativo “a” com a preposição “a”;

c) Encontro dos pronomes demonstrativos aquele, aquela e aquilo


com a preposição “a”.

Quando isso ocorre, devemos usar o acento grave em cima da letra


“a”. Uma dica importante para saber quando ocorre ou não crase é
estudar a regência dos verbos, para saber quais pedem a preposição
(ex: No que tange a x No que tange à).

QUANDO NÃO USAR A CRASE?

Antes de verbo - Ex: começou a clarear e eu ainda não tinha


pregado os olhos.

Lembrando o que é crase e que só é usada quando há o artigo “a”,


não deve ser usada antes de palavras masculinas - Ex: caminhava a
esmo por todos os cantos da cidade.

Antes de artigo indefinido (mesmo os femininos) - Ex: A discussão


levou a uma briga generalizada.

Antes de pronomes de tratamento que tenham VOSSA ou SUA


Ex: dirijo-me a Vossa Excelência para apresentar minha defesa.
OBS: A crase pode ser utilizada antes dos pronomes senhora e dona.

Entre palavras repetidas - Ex: cara a cara, frente a frente, ponta a


ponta, dia a dia.

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Antes de pronomes indefinidos e dos demonstrativos “esta” e
“essa” - Ex: Não chegamos a nenhuma conclusão depois da reunião.

Antes dos pronomes relativos “quem” e “cujo” - Ex: Esta aula a cuja
professora se referiu foi uma das melhores que já assisti.

USO FACULTATIVO DA CRASE

Há três casos em que há crase facultativa.

Antes de nomes próprios femininos:


Ex: referi-me à Maria ou Referia-me a Maria.

Antes de pronomes possessivos femininos no singular:


Ex: cheguei à sua casa ou Cheguei a sua casa.

Depois de até:
Ex: cheguei até à praia ou Cheguei até a praia.

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SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
Frase - é um enunciado que possui sentido completo, podendo ter
apenas uma palavra ou várias, com ou sem verbo.

Ex.:
Venha!
O ônibus já vai passar.
Fique quieta!
Ridículo!

Oração - Uma frase pode ser uma oração. Para isso, é preciso que
ela tenha verbo em sua composição e também que seja dotada de
sentido completo.

Oração: Como está chovendo hoje!


Frase: Socorro!

ORAÇÃO SIMPLES E ORAÇÃO COMPOSTA

São simples quando possuem apenas uma frase e são compostas


quando apresentam duas ou mais frases na mesma oração. Veja:

Oração simples: “Como está chovendo hoje!”


Oração composta: “Está chovendo muito hoje e não tenho guarda-
chuva”.

Período: O período é composto por uma ou mais orações, sempre


com sentido completo. O período também pode ser simples ou
composto:

Período simples: Vejo você no sábado.


Período composto: Vejo você no sábado, ou ficarei com muitas
saudades.

Para saber se um período é simples ou composto, lembre-se de que


um período é composto por uma ou mais orações, e a oração é uma
frase que possui um verbo.

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TERMOS ESSENCIAIS

Sujeito é sobre quem diz o resto da oração.


Exemplo: João esqueceu o dinheiro para o lanche.

Predicado é o restante da oração, isto é, a parte que informa algo


sobre o sujeito. É a parte onde o verbo está presente.
No nosso exemplo, o predicado é “esqueceu o dinheiro para o lanche”.

CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO:

Sujeito simples - possui apenas um núcleo, ou seja, um termo


principal (substantivo, palavra substantivada ou pronome):
Ex.: As minhas férias acabam de começar.

Sujeito composto - Possui mais de um núcleo (substantivo, palavra


substantivada ou pronome):
Ex.: Cristina, minha mãe e meu irmão decidiram morar em Angola.

Sujeito oculto - Também conhecido como sujeito implícito, elíptico


ou desinencial, o sujeito oculto não está explícito e só pode ser
identificado por meio da desinência do verbo:
Ex.: Agimos com ética, por isso somos os melhores. (NÓS)

Sujeito indeterminado - Apesar de existir, ele não pode ser


identificado quando o verbo estiver flexionado na terceira pessoa do
plural e não apresentar nenhum sujeito expresso:
Ex.: Diziam que Camila era uma artista francesa. (QUEM DIZIA?)

Oração sem sujeito - A oração não possui sujeito quando apresenta


verbo relacionado a um fenômeno natural. Veja a seguir:
Ex.: Trovejou a tarde inteira.

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Ou quando for composta pelo verbo “haver”, com o significado de
“existir” ou com a ideia de tempo decorrido:
Ex.: Tenho certeza de que havia dez barras de chocolate na minha
gaveta.
Há um ano, ninguém diria que eu ficaria tão famoso.

Também é inexistente o sujeito de oração com o verbo “fazer”,


usado para indicar a passagem do tempo ou a temperatura:
Ex.: Só sei que faz cinco anos que não vejo meus filhos.

PREDICADOS VERBAIS

Os predicados verbais são o resultado da ligação entre o sujeito e o


verbo, ou entre o verbo e os complementos.

VERBO INTRANSITIVO

Não necessita de complemento, pois é dotado de sentido


completo.

Exemplo: O carro não funcionou.

A oração foi entendida, mas poderá ser acrescentado um termo


para complementar a informação, como “O carro não funcionou pela
manhã“.

Esse complemento pode ser de tempo (quando); de modo (como);


ou de local (onde).

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VERBO TRANSITIVO

Nesse caso, o verbo precisa de complemento para ser entendido.

Ele é chamado de transitivo porque transita, ou seja, deve ir adiante


para passar a informação adequada.

Exemplo: Os filhos de João precisam.

VERBOS DE LIGAÇÃO

Os verbos de ligação expressam características de estado ao


sujeito. Podem expressar:

Estado permanente: Alice é adulta.

Estado de transição: Rodrigo está desempregado.

Estado de mutação: Fabiana ficou doente.

Estado de continuidade: Eduarda continua linda.

Estado aparente: Tatiana parece bem.

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PREDICADOS NOMINAIS
O predicado nominal é aquele onde o núcleo significativo da oração
é um nome (substantivo ou adjetivo).

Além disso, ele se caracteriza pela indicação de estado ou


qualidade, e é formado por um verbo de ligação mais o predicativo do
sujeito.

Exemplo: Joana é inteligente.

PREDICATIVO DO SUJEITO
O termo faz referência ao sujeito.

Ele pode ser:


Um adjetivo ou locução adjetiva: Joana é inteligente . A comida está
sem sal (locução adjetiva).

Substantivo ou palavra substantivada: Meu caderno parece uma


agenda.
A vida é um constante recomeçar (verbo substantivado).

Pronome substantivo: Meu caderno não é esse.

Numeral: Eles estão em vinte.

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PREDICADO VERBO-NOMINAL
É aquele que apresenta tanto um verbo quanto um nome como
núcleos significativos.

Para ser predicado verbo-nominal, o predicado deve apresentar


sempre um predicativo do sujeito, além de uma ação ou atividade do
sujeito mais uma qualidade sua.

Exemplo: Os alunos saíram mais cedo da aula. Por isso, estavam


sorridentes.

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO

COMPLEMENTOS VERBAIS:

Os complementos verbais completam o sentido de verbos, como o


nome diz, sendo objetos diretos ou indiretos.

Objeto Direto: Completa verbos transitivos diretos, ou seja, que não


necessitam de preposição para entendimento.

O objeto direto pode ser também:

Um substantivo ou expressão substantivada: EX.: Eu abri as portas.


Ela contemplou o amanhecer.

Um pronome oblíquo direto: Ex.: Convidei-o para a festa de amanhã.

Qualquer pronome substantivo: Ex.: A garota que possui cachecol


vermelho me chamou.

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Objeto Indireto: complementa verbos transitivos indiretos,
necessitando de preposição.

Os complementos verbais também podem ser objetos transitivos


indiretos, se o verbo assim pedir.

Exemplo: Eu preciso de carinho.

O verbo “precisar” necessita de complemento com preposição


para fazer sentido. Afinal, não é correto dizer “eu preciso carinho”, por
exemplo.

COMPLEMENTOS NOMINAIS:

Os complementos de uma oração também podem ser nominais,


isto é, completam o sentido de uma palavra sem ser um verbo.

Eles podem ser substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre


acompanhados de preposição.

Exemplo 1: César estava orgulhoso de seus alunos.


“Orgulhoso” é um adjetivo, tendo “de seus alunos” como complemento
nominal.

Exemplo 2: Carla tem inveja de Luiz.


Nesse caso, “inveja” é um substantivo.

Exemplo 3: Bernadete caminhou vagarosamente pelo beco.


“Vagarosamente” é advérbio de modo.

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AGENTES DA PASSIVA

Os agentes da passiva são os termos de uma oração que praticam


a ação expressa pelo verbo, quando este está na voz passiva.
Desse modo, costumam ser acompanhados pelas preposições “por” e
“de“. Vamos pegar os exemplos acima para você acompanhar.

Os alunos foram motivo de orgulho de César.

Luiz foi alvo de inveja de Carla.

O beco foi caminhado vagarosamente por Bernadete.

TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO

ADJUNTOS ADVERBIAIS

Os adjuntos adverbiais são aqueles que modificam um verbo,


adjetivo ou advérbio.

Os adjuntos adverbiais podem ser:

Advérbios (muito, pouco, bastante, longe, ali, ligeiramente).


Locuções adverbiais (no mar, na varanda, o tempo todo).
Orações: Quando o leite ferver, desligue (advérbio de tempo).

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São variadas as classificações dos adjuntos adverbiais. Veja cada
uma abaixo, acompanhada de um exemplo:

Acréscimo: Além de bonita, é simpática.


Afirmação: Certamente irei ao colégio hoje.
Causa: Por vergonha, nos calamos.
Companhia: Fui ao cinema com meu namorado.
Concessão: Apesar do calor, eu gostei do passeio.
Condição: Se eu for junto, você poderá ir.
Conformidade: Conforme contato telefônico, confirmo minha
presença.
Dúvida: Talvez eu vá à formatura.
Finalidade: Viajei a fim de espairecer.
Frequência: Vou ao trabalho todos os dias.
Instrumento: Escreva a prova à caneta.
Intensidade: Chovia muito quando saí do bar.
Limite: Vá daqui ao ponto de ônibus.
Lugar: Morei em São Leopoldo.
Matéria: O anel é feito de ouro.
Meio: Vim até aqui de metrô.
Modo: O sol esquentou suavemente a colina.
Negação: Não aceito trabalho incompleto.
Preço: O preço dos apartamentos está muito alto.
Substituição ou Troca: Por conta do preço da gasolina, deixou o
carro em casa e foi trabalhar de ônibus.
Tempo: O escritório fecha ao meio-dia.

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ADJUNTO ADNOMINAL

O adjunto adnominal especifica o substantivo, com função de


adjetivo. Por esse motivo, pode ser expresso por adjetivos, locuções
adjetivas, artigos, pronomes adjetivos ou numerais adjetivos.

Aposto

O aposto se relaciona com o sujeito, caracterizando-o,


complementando uma informação já completa, mas que trará ainda
mais dados a ele.

Exemplo 1: Roberto Carlos, o rei, fez sua apresentação de Natal.

VOCATIVO

O vocativo não possui ligação sintática com o sujeito e nem com o


predicado. Ele serve para chamar ou interpelar um ouvinte, se
relacionando com a segunda pessoa do discurso.

Exemplo 1: Neymar, faça um gol para mim!

Exemplo 2: Joana, fique quieta!

Exemplo 3: Ó, Jesus, intercedei por nós!

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PONTUAÇÃO
Os sinais de pontuação são, em definição, sinais gráficos que
representam na escrita recursos específicos da língua falada.

TIPOS DE PONTUAÇÃO

Ponto (.) - O ponto final é utilizado para encerrar uma frase ou


período.
Ex.: O Rio de Janeiro é uma bela cidade.

Dois pontos (:) - Os dois pontos são empregados para introduzir


uma enumeração, uma fala ou uma explicação sobre algo dito
anteriormente.
Ex.: Existem seis elementos essenciais na comunicação: emissor,
interlocutor, mensagem, assunto, canal e código.
Pedro explicou: – Devemos nos preocupar com a doença mesmo sem
apresentar os sintomas.

Ponto e vírgula (;) - O ponto e vírgula tem, basicamente, a mesma


função da vírgula. No entanto, é utilizado como recurso estilístico
para marcar uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto.
Ex.: João gosta de doces; Pedro, de salgados.

Vírgula (,) - A vírgula é o sinal de pontuação mais complexo, pois seu


uso envolve diversas regras:

1) Isolar o vocativo.
Ex.: Bruna, venha aqui!

2) Isolar o aposto explicativo


Ex.: Dilma Rousseff, primeira presidente mulher do Brasil, sofreu
impeachment.

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3) Marcar a elipse de um termo
Ex.: Breno foi ao mercado; Rafael, à farmácia. (A vírgula marca a
supressão do verbo “foi”, evitando, assim, a repetição).

4) Isolar expressões explicativas (“ou seja”, “isto é”, “ou melhor”)


Ex.: Todos temos deveres como cidadão, ou seja, devemos cumprir com
nossas obrigações.

5) Enumerar mais de dois elementos


Ex.: “No Descomplica, você encontra aulas ao vivo diárias, correção de
redação, monitorias e muito mais!”

6) Isolar termos (adjuntos adverbiais e conjunções) deslocados na


frase
Ex.: Fica claro, portanto, que medidas são necessárias para resolver o
problema.
Miguel, todos os dias, ia ao mercado pela manhã.

Exclamação (!) - É utilizado, normalmente, acompanhando


interjeições ou em frases que denotam sentimentos, como ordem,
espanto, surpresa e etc.
Ex.: Volte para casa agora!

Interrogação (?) - É utilizado, no final das frases, para marcar uma


pergunta/indagação.
Ex.: Por que você saiu cedo da festa?

Reticências (…) - As reticências (famoso “três pontinhos”) são


utilizadas para marcar uma reflexão, suprimir palavras e ideias e
indicar a incompletude de uma frase.
Ex.: Não tenho certeza… é preciso refletir ainda sobre isso.

Aspas (“ “) - As aspas são utilizadas para marcar a fala ou


pensamento de outras pessoas, assim como citações. Além disso,
também podem marcar o sentido não-literal de um termo.
Ex.: Segundo Lavoisier, “nada se cria, tudo se transforma”.

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Travessão (—) - O travessão é utilizado para marcar a fala de alguém
em diálogos e, também, substituindo parênteses ou dupla vírgula
com valor explicativo.
Ex.: Chico e Patrícia se cruzaram na rua. Chico perguntou:
— Como vai, Patrícia?

Parênteses ( ) - Os parênteses são utilizados com intuito explicativo


ou para acrescentar alguma informação acessória.
Ex.: Juca (primeiro aluno a se formar naquele ano) ainda não conseguiu
um emprego.

CONCORDÂNCIA VERBAL

A concordância verbal está relacionada ao comportamento do


verbo diante de diferentes tipos de sujeitos, predicados, etc.

CONCORDÂNCIA COM SUJEITO SIMPLES

O sujeito simples é aquele que possui apenas um núcleo, o verbo


concorda em número e pessoa com o sujeito simples,
independentemente da localização do verbo ou do sujeito na frase.

Ex.: Ele foi ao shopping.

O sujeito e o verbo estão distantes um do outro:

Ex.: Meus irmãos, os quais são muito inteligentes, passaram no mesmo


concurso.

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CONCORDÂNCIA COM PARTITIVOS

As expressões partitivas são: a maioria de, a minoria de, a metade


de, um grande número de, entre outras expressões.

Nessa situação, a concordância verbal pode ser realizada em


relação ao núcleo do sujeito, que é o partitivo, bem como com o núcleo
do determinante do partitivo.

Ex.: A maioria dos membros do clube desistiu da inscrição.

A maioria dos membros do clube desistiram da inscrição.

CONCORDÂNCIA COM COLETIVOS

Quando estamos falando de coletivos, temos que ter atenção à


estrutura da frase.

Caso o coletivo não tenha um determinante, o verbo irá concordar


com o coletivo:

Ex.: A manada passou pela rodovia.


As manadas passaram pela rodovia.

Caso ele esteja especificado, poderá haver a concordância tanto


com o sujeito coletivo, quanto com o determinante:

Ex.: A manada de elefantes passou pela rodovia.

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Mais de um, menos de um, cerca de, etc.

Nesse caso, a concordância é realizada com o numeral que


acompanha a expressão.

Ex.; Mais de um aluno faltou.

Mais de dois alunos faltaram.

Menos de dois alunos faltaram.

Cerca de 50 alunos faltaram.

CONCORDÂNCIA COM VERBO TER E VIR

Os verbos ter e vir, bem como os seus derivados, como manter e


provir, recebem acento diferencial quando estiverem no plural: Elas
têm/vêm/mantêm/provêm.

Ex.: Ele tem um barco. / Eles têm um barco.


Ele mantém um asilo. / Eles mantêm um asilo.

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VERBOS HAVER E EXISTIR

O verbo haver, no sentido de existir, é impessoal, ou seja, não há


sujeito, e tudo após o verbo é considerado objeto direto. Desse modo,
ele permanecerá no singular.

Ex.: Há pessoas na rua.

Havia alunos na escola.

Houve muitos desastres nos últimos anos.

Outros verbos impessoais também ficarão no singular, como verbos


que indicam passagem de tempo ou fenômenos da natureza:

Trovejou bastante ontem.

Faz 5 anos que não a vejo.

CONCORDÂNCIA COM PRONOME “QUE” E “QUEM”

Quando o sujeito for modificado pelo pronome relativo “que”, a


concordância do verbo será de acordo com o antecedente do pronome.

Ex.: O padeiro que fez o pão é simpático.

Os padeiros que fizeram o pão são simpáticos.

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CONCORDÂNCIA COM LOCUÇÃO VERBAL

Locução verbal é formada por um verbo principal e um auxiliar,


sendo que apenas o verbo auxiliar irá concordar com o sujeito, ficando o
verbo principal invariável:

Ex.: Eles podem ser médicos.

Veja que o verbo “poder” é o auxiliar, concordando com o sujeito. Já


o verbo “ser” é o principal, ficando invariável.

CONCORDÂNCIA COM NOMES PRÓPRIOS NO PLURAL

Nesse caso, a concordância sempre será feita em relação ao artigo.


Caso não haja artigo, o verbo ficará no singular:

Ex.: Os Estados Unidos retiraram as tropas do Afeganistão.

Estados Unidos retirou as tropas do Afeganistão.

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CONCORDÂNCIA COM SUJEITO COMPOSTO

Sujeito composto, que é aquele que possui mais de um núcleo, os


quais, juntos, formam apenas um sujeito.

Em regra, caso o sujeito venha antes do verbo, haverá a


concordância no plural:

Ex.: Eu e você iremos ao cinema.

Tudo, nada, pouco, muito, ao indicar distância e quantidade

Nesse caso, o verbo ficará no singular


Ex.: 10 dias é muito para fazer esse trabalho.
2 tempos é pouco para um jogo de futebol.
5 kg é tudo que eu preciso.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Em regra, haverá a concordância em número e gênero com o


substantivo:

Ex.: Ela é bonita.


Elas são bonitas.

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ADJETIVO SE REFERINDO A 2 OU MAIS SUBSTANTIVOS

Quando um mesmo adjetivo se referir mais de um substantivo, a


concordância poderá ser realizada com o substantivo mais próximo ou
com o todo:

Ex.: Eu vi vários professores e professoras educadas.


Eu vi vários professores e professoras educados.

Quando o adjetivo está exercendo a função de predicativo,


também poderá haver a concordância no plural, além da concordância
em relação ao mais próximo:

Ex.: Estavam gostosas as sobremesas e o prato principal.


Estavam gostosos as sobremesas e o prato principal.

ADJETIVO COMPOSTO

Apenas o segundo termo irá variar, concordando com o


substantivo:

Ex.:Os estudantes luso-brasileiros chegaram hoje.

Quando houver algum substantivo na composição do adjetivo, ele


ficará invariável:

Ex.: Sapatos amarelo-ouro.


Camisas verde-limão.

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FICA A DICA

Alguns são sempre invariáveis, como cor-de-rosa, zero-quilômetro,


azul-marinho, entre outros.

Quando os dois termos forem adjetivos, os dois serão flexionados:

Ex.: A menina surda-muda.


Os meninos surdos-mudos.
Camisas verde-limão.

DEMAIS CONCORDÂNCIAS

A presença de expressões como “É possível”, “É necessário”, “É


proibido”, em regra, eles não serão flexionados.

Porém, caso eles sejam seguidos por artigo, haverá a


concordância:

Ex.: É necessário estudar.


É necessária a presença dos alunos.

“Em anexo”, irá concordar com o termo a que se referem:

Ex.; Seguem anexas as imagens.

Segue anexo o relatório.

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REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
É o campo da língua portuguesa que estuda as relações de
concordância entre os verbos (ou nomes) e os termos que completam
seu sentido. Ou seja, estuda a relação de subordinação que ocorre entre
um verbo (ou um nome) e seus complementos.

A regência é necessária visto que algumas palavras da língua


portuguesa (verbo ou nome) não possuem seu sentido completo.

Regência nominal é quando um nome (substantivo, adjetivo)


regente determina para o nome regido a necessidade do uso de uma
preposição, ou seja, o vínculo entre o nome regente e o seu termo
regido se estabelece por meio de uma preposição.

FICA A DICA

A relação entre um nome regente e seu termo regido se estabelece


sempre por meio de uma preposição.

Exemplo: Os trabalhadores ficaram satisfeitos com o acordo, que foi


favorável a eles.

Quando um pronome relativo (que, qual, cujo, etc.) é regido por um


nome, deve-se introduzir, antes do relativo, a preposição que o nome
exige.

Exemplo: A proposta a que éramos favoráveis não foi discutida na


reunião. (quem é favorável, é favorável a alguma coisa/alguém)

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NOMES QUE EXIGEM USO DA PREPOSIÇÃO “A”

Acessível, acostumado, adaptado, adequado, afeição, agradável,


alheio, alusão, análogo, anterior, apto, atento, atenção , avesso,
benéfico, benefício, caro, compreensível, comum, contíguo, contrário,
desacostumado desagradável, desatento, desfavorável, desrespeito,
devoto, equivalente, estranho, favorável, fiel, grato, habituado, hostil,
horror, idêntico, imune, inacessível, indiferente, inerente, inferior,
insensível, Junto , leal, necessário, nocivo, obediente, odioso, ódio,
ojeriza, oneroso, paralelo, peculiar, pernicioso, perpendicular, posterior,
preferível, preferência, prejudicial, prestes, propenso, propício,
proveitoso, próximo, rebelde, rente, respeito, semelhante, sensível,
simpático, superior, traidor, último, útil, visível, vizinho…

NOMES QUE EXIGEM USO DA PREPOSIÇÃO “DE”

Abrigado, amante, amigo ávido, capaz, certo, cheio, cheiro, comum,


contemporâneo, convicto, cúmplice, descendente, desejoso,
despojado, destituído, devoto, diferente, difícil, doente, dotado, duro,
êmulo, escasso, fácil, feliz, fértil, forte, fraco, imbuído, impossível,
incapaz, indigno, inimigo, inocente, inseparável, isento, junto, livre, longe,
louco, maior, medo, menor, natural, orgulhoso, passível, piedade,
possível, prodígio, próprio, querido, rico, seguro, sujo, suspeito,
temeroso, vazio…

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NOMES QUE EXIGEM USO DA PREPOSIÇÃO “SOBRE”

Opinião, discurso, discussão, dúvida, insistência, influência,


informação, preponderante, proeminência, triunfo,

NOMES QUE EXIGEM USO DA PREPOSIÇÃO “EM”

Abundante, atento, bacharel, constante, doutor, entendido,


erudito, fecundo, firme, hábil, incansável, incessante, inconstante,
indeciso, infatigável, lento, morador, negligente, perito, pertinaz, prático,
residente, sábio, sito, versado…

NOMES QUE EXIGEM USO DA PREPOSIÇÃO “CONTRA”

Atentado, Blasfêmia, combate, conspiração, declaração, luta, fúria,


impotência, litígio, protesto, reclamação, representação…

NOMES QUE EXIGEM USO DA PREPOSIÇÃO “PARA”

Mau, próprio, odioso, útil…

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REGÊNCIA VERBAL

Nas relações de regência verbal, o vínculo entre o verbo e seu


termo regido (complemento verbal) pode ser dado com ou sem a
presença de preposição.

Ex.: Nós assistimos ao último jogo da Copa.

FICA A DICA

A regência verbal requer que tenhamos conhecimentos anteriores


a respeito do verbo e seus complementos, conhecer a transitividade
verbal.

Basicamente precisamos saber que:

Um verbo pode ter sentido completo, sem necessitar de


complementos. São os verbos intransitivos.

Há verbos que não possuem sentido completo, necessitam de


complemento. São os verbos transitivos.

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VERBO “ASSISTIR”

Sentido: “Auxiliar”, “caber, pertencer” e “ver, presenciar, atuar como


expectador”. É nesse último sentido que ele é usado.

VARIEDADE PADRÃO: Ele não assiste a filme de violência;


Pela TV, assistimos à premiação dos atletas olímpicos.

Assistir com significado de ver, presenciar: É verbo transitivo


indireto (VTI), apresenta objeto indireto iniciado pela preposição a.
Quem assiste, assiste a (alguma coisa).

VARIEDADE COLOQUIAL : Ela não assiste filmes de violência.

Assistir com significado de ver, presenciar: É verbo transitivo direto


(VTD); apresenta objeto direto. Assistir (alguma coisa)

VERBO “IR” E “CHEGAR”

VARIEDADE PADRÃO - No domingo, nós iremos a uma festa;


O prefeito foi à capital falar com o governador;
Os funcionários chegam bem cedo ao escritório.

Apresentam a preposição a iniciando o adjunto adverbial de lugar: Ir


a (algum lugar), Chegar a (algum lugar)

VARIEDADE COLOQUIAL - No domingo, nós iremos em uma festa;


Os funcionários chegam bem cedo no escritório.

Apresentam a preposição em iniciando o adjunto adverbial de lugar:


Ir em (algum lugar), Chegar em (algum lugar)

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VERBO “OBEDECER” E “DESOBEDECER”

VARIEDADE PADRÃO A maioria dos sócios do clube obedecem ao


regulamento;
Quem desobedece às leis de trânsito deve ser punido.

São VTI; exigem objeto indireto iniciado pela preposição a. Obedecer


a (alguém/alguma coisa), Desobedecer a (alguém/alguma coisa)

VARIEDADE COLOQUIAL - A maioria dos sócios do clube obedecem o


regulamento;
Quem desobedece as leis de trânsito deve ser punido.

São transitivos direto (VTD); apresentam objeto sem preposição


inicial. Obedecer (alguém/alguma coisa), Desobedecer
(alguém/alguma coisa

VERBO “PAGAR” E “PERDOAR”

Sentido: Obs.: Se o objeto for coisa (e não pessoa), ambos são


transitivos direto, tanto na variedade padrão, como na coloquial.
Você não pagou o aluguel.

O verbo pagar também é empregado com transitivo direto e


indireto. (Pagar alguma coisa para alguém). A empresa pagava
excelentes salários a seus funcionários.

VARIEDADE PADRÃO: A empresa não paga aos funcionários faz dois


meses;
É ato de nobreza perdoar a um amigo.

São VTI quando o objeto é gente; exigem preposição a iniciando o


objeto indireto. Pagar a (alguém), Perdoar a (alguém)

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VARIEDADE COLOQUIAL A empresa não paga os funcionários faz
dois meses;
É um ato de nobreza perdoar um amigo.

São VTD, apresentam objeto sem preposição (objeto direto): Pagar


(alguém), Perdoar (alguém)

VERBO “PREFERIR”

VARIEDADE PADRÃO : Os brasileiros preferem futebol ao vôlei;


Você preferiu trabalhar a estudar.
Prefiro silêncio à agitação da cidade.

É VTDI; exige dois objetos: um direto e outro indireto (iniciado pela


preposição a. Preferir (alguma coisa) a (outra)

–VARIEDADE COLOQUIAL: Os brasileiros preferem mais o futebol


que o vôlei; Você preferiu (mais) trabalhar que estudar;
Prefiro (muito mais) silêncio do que a agitação da cidade.

É empregado com expressões comparativas (“mais…que”, “muito


mais …que”, “do que”, etc.). Preferir (mais) (uma coisa) do que (outra).

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VERBO “VISAR”

Sentido: O emprego mais usual do verbo “visar” é no sentido de


“objetivar, ter como meta”.

VARIEDADE PADRÃO -Todo artista visa ao sucesso; Suas pesquisas


visavam à criação de novos remédios.

É VTI, com preposição a iniciando o objeto indireto. Visar a (alguma


coisa)

VARIEDADE COLOQUIAL : Todo artista visa o sucesso;


Suas pesquisas visavam a criação de novos remédios.

É VTD, apresenta objeto sem preposição (objeto direto). Visar


(alguma coisa)

VERBO “ASPIRAR”

Sentiu fortes dores quando aspirou o gás. (inalar)


O Ex-governador aspirava ao cargo de presidente.(desejar)

VERBO “ASSISTIR”

Rapidamente os paramédicos assistiram os feridos. (cuidar)


Você assistiu ao filme? (ver)
O direito de votar assisti a todo cidadão. (direito)

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VERBO “INFORMAR”

Algumas rádios informam as condições das estradas aos motoristas.

Algumas rádios informam os motoristas das condições das estradas

VERBO “QUERER”

Todos queremos um Brasil menos desigual.

Isabela queria muito aos avós.

VERBO “VISAR”

O atacante, ao chutar a falta, visou o ângulo do gol.

Por favor, vise todas as páginas do documento.

Esta fazenda visa à produção de alimentos orgânicos.

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SIGINIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

DENOTAÇÃO

Também conhecido como sentido próprio ou denotativo das


palavras.

Sentido literal da palavra ou expressão. Ela não precisa do contexto


para que você a compreenda, ou seja, tem o mesmo sentido do
dicionário. Como ela normalmente é usada.

Exemplo: Comprei uma flor na floricultura.

CONOTAÇÃO

Também conhecido como sentido figurado ou conotativo das


palavras

Já é uma palavra que depende do contexto para entender o seu


significado. Este contexto pode mudar o sentido literal da palavra ou
expressão. Quando a palavra é usada de modo criativo ela aumenta as
possibilidades de interpretações. É muito usado em campanhas
publicitárias.

Utilizando as mesmas palavras dos exemplos anteriores ficará mais


claro;

Exemplo: A Raquel é uma flor de menina.

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ANTÔNIMO

Antônimos (Antonímia): palavras que possuem significados


diferentes, ou seja, significados opostos.

Exemplos: feliz e infeliz, simpático e antipático, simétrico e


assimétrico, progressão e regressão

SINÔNIMO

Sinônimos (Sinonímia): palavras que possuem significados iguais ou


semelhantes.

Exemplos: carro e automóvel, comprido e longo, inteiro e completo,


desenvolver e crescer.

HOMÔNIMO

Homônimos são palavras com escrita ou pronúncia iguais, mas


significado diferente.

Exs.: caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar) e rio (curso de


água) e rio (verbo rir);

Homônimos perfeitos: Têm a mesma grafia e som, mas com


significados diferentes
Ex.: cedo (com antecedência) e cedo (verbo ceder)

Homônimos homógrafos: Têm a mesma grafia e som diferente e


com significados diferentes.
Ex.: apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar)

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Homônimos homófonos: Têm grafia diferente e mesmo som e com
significados diferentes
Ex: cela (cadeia) e sela (arreio)

PARÔNIMOS (PARONÍMIA)

Parônimos são palavras com escrita e pronúncia parecida, mas com


significado diferente.

Exs.: Deferi (conceder) e diferir (ser diferente) e discriminar


(especificar) e descriminar (inocentar)

AMBIGUIDADE

A ambiguidade também é conhecida como anfibologia e ela ocorre


quando o texto não está claro dando uma duplicidade de sentido em
palavras ou expressões do texto.

O pai pediu ao filho que arrumasse o seu quarto.

POLISSEMIA

Polissemia: Prefixo poli= muitos e sufixo semia= sentidos, ou seja,


muitos sentidos

É uma palavra ou expressão que tem muitos significados (vários


sentidos).

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Geralmente são da mesma classe gramatical, mesmo campo
semântico ou são relacionados entre si.

Ex.: Letra

João de Barro que escreveu a letra da música Carinhoso.

A letra inicial de Maria é “M”.

MONOSSEMIA

A monossemia indica que determinadas palavras apresentam


apenas um significado.

Estetoscópio (instrumento médico)

HIPERONÍMIA

A hiperonímia é representada por aquelas palavras que dão ideia de


um todo, ou seja, de significado mais abrangente.

O hiperônimo é uma palavra superior pois permite a formação de


subclasses relacionadas a ele.

Constitui as características gerais de uma classe.

Exemplos: Cor, esportes, animais e veículos.


Classe: Cor (hiperônimo)
Subclasse: Rosa, amarelo, verde, vermelho

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HIPONÍMIA

A hiponímia é representada por aquelas palavras que dão a ideia de


uma parte de um todo, tendo um sentido mais restrito, por isso, é
considerada uma palavra inferior pois ela se originou de outra.

O hipônimo seria as palavras da subclasse do hiperônimo.

Exemplos: Rosa, vólei, cavalo e carro


Classe: esportes (hiperônimo)
Subclasse: Natação, futebol e tênis (hipônimos)

CORRESPONDÊNCIA OFICIAL
(CONFORME MANUAL DE REDAÇÃO DA
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA) PADRÃO
OFÍCIO

ASPECTOS GERAIS DA REDAÇÃO OFICIAL

Na redação oficial, quem comunica é sempre o serviço público


(este/esta ou aquele/ aquela, Ministério, Secretaria, Departamento,
Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto
relativo às atribuições do órgão que comunica; e o destinatário dessa
comunicação é o público, uma instituição privada ou outro órgão ou
entidade pública, do Poder Executivo ou dos outros Poderes. Além disso,
deve-se considerar a intenção do emissor e a finalidade do documento,
para que o texto esteja adequado à situação comunicativa.

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REDAÇÃO OFICIAL

Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela


qual o Poder Público redige comunicações oficiais e atos normativos.
Neste Manual, interessa-nos tratá-la do ponto de vista da administração
pública federal.

ATRIBUTOS DA REDAÇÃO OFICIAL

A redação oficial deve caracterizar-se por:

Clareza e precisão: clareza é um texto que possibilita imediata


compreensão pelo leitor e a precisão complementa a clareza, que
significa que o texto é bem articulado.

Objetividade: Ser objetivo é ir diretamente ao assunto que se deseja


abordar, sem voltas e sem redundâncias.

Concisão: Conciso é o texto que consegue transmitir o máximo de


informações com o mínimo de palavras.

Coesão e coerência: Percebe-se que o texto tem coesão e


coerência quando se lê um texto e se verifica que as palavras, as
frases e os parágrafos estão entrelaçados, dando continuidade uns
aos outros.

Impessoalidade: Conforme este princípio constitucional, a


Administração não deve privilegiar ou prejudicar ninguém
privilegiando o interesse público. Apesar de ser escrito por servidor
público (pessoalidade) deve expressar a vontade estatal.

Formalidade e padronização: As comunicações devem ser sempre


formais, isto é, obedecer a certas regras de forma, inclusive o uso
correto das formas de tratamento.

Uso da norma-padrão da língua portuguesa.

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PRONOMES DE TRATAMENTO

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FICA A DICA

No dia 11 de abril de 2019 foi publicado o decreto nº 9758 que retirou


o vocativo Excelentíssimo e o Vossa excelência nas correspondências
oficiais:

Pronome de tratamento adequado


Art. 2º O único pronome de tratamento utilizado na comunicação com
agentes públicos federais é “senhor”, independentemente do nível
hierárquico, da natureza do cargo ou da função ou da ocasião.
Parágrafo único. O pronome de tratamento é flexionado para o feminino
e para o plural.

CONCORDÂNCIA COM OS PRONOMES DE TRATAMENTO

Os pronomes de tratamento apresentam certas peculiaridades


quanto às concordâncias verbal, nominal e pronominal. Embora se
refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala),
levam a concordância para a terceira pessoa. Os pronomes Vossa
Excelência ou Vossa Senhoria são utilizados para se comunicar
diretamente com o receptor.

Exemplo: Vossa Senhoria designará o assessor.

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SIGNATÁRIO

Cargos interino e substituto

Na identificação do signatário, depois do nome do cargo, é possível


utilizar os termos interino e substituto, conforme situações a seguir:
interino é aquele nomeado para ocupar transitoriamente cargo público
durante a vacância; substituto é aquele designado para exercer as
atribuições de cargo público vago ou no caso de afastamento e
impedimentos legais ou regulamentares do titular. Esses termos devem
ser utilizados depois do nome do cargo, sem hífen, sem vírgula e em
minúsculo.

Exemplos: Diretor-Geral interino

Signatárias do sexo feminino

Na identificação do signatário, o cargo ocupado por pessoa do sexo


feminino deve ser flexionado no gênero feminino.

Exemplos: Ministra de Estado


Secretária-Executiva interina

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GRAFIA DE CARGOS COMPOSTOS

Escrevem-se com hífen:

Cargos formados pelo adjetivo “geral”: diretor-geral, relator-geral,


ouvidor-geral;

Postos e gradações da diplomacia: primeiro-secretário, segundo-


secretário;

Postos da hierarquia militar: tenente-coronel, capitão-tenente;

Cargos que denotam hierarquia dentro de uma empresa: diretor-


presidente, diretor-adjunto, editor-chefe, editor-assistente, sócio-
gerente, diretor-executivo;

Cargos formados por numerais: primeiro-ministro, primeira-dama;

Cargos formados com os prefixos “ex” ou “vice”: ex-diretor, vice-


coordenador.

VOCATIVOS

O vocativo é uma invocação ao destinatário. Nas comunicações


oficiais, o vocativo será sempre seguido de vírgula.

Em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder, utiliza-se a


expressão Excelentíssimo Senhor ou Excelentíssima Senhora e o cargo
respectivo, seguidos de vírgula.

Exemplos:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal,

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As demais autoridades, mesmo aquelas tratadas por Vossa
Excelência, receberão o vocativo Senhor ou Senhora seguido do cargo
respectivo.

Exemplos:
Senhora Senadora,
Senhor Juiz,
Senhora Ministra,

O PADRÃO OFÍCIO

Até a segunda edição deste Manual, havia três tipos de expedientes


que se diferenciavam antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o
aviso e o memorando. Com o objetivo de uniformizá-los, deve-se adotar
nomenclatura e diagramação únicas, que sigam o que chamamos de
padrão ofício.

A distinção básica anterior entre os três era:

Aviso: era expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para

autoridades de mesma hierarquia;

Ofício: era expedido para e pelas demais autoridades; e

Memorando: era expedido entre unidades administrativas de um

mesmo órgão.

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FICA A DICA

O ofício é um documento expedido por e para autoridades, com a


finalidade do tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da
Administração Pública entre si e também com particulares.

PARTES DO DOCUMENTO NO PADRÃO OFÍCIO

Cabeçalho

No cabeçalho deverão constar os seguintes elementos:

a) brasão de Armas da República: no topo da página.


b) nome do órgão principal;
c) nomes dos órgãos secundários, quando necessários, da maior para a
menor hierarquia; e
d) espaçamento: entrelinhas simples (1,0).

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Identificação do expediente

Os documentos oficiais devem ser identificados da seguinte maneira:

a) nome do documento: tipo de expediente por extenso, com todas as


letras maiúsculas;
b) indicação de numeração: abreviatura da palavra “número”,
padronizada como Nº;
c) informações do documento: número, ano (com quatro dígitos) e
siglas usuais do setor que expede o documento, da menor para a maior
hierarquia, separados por barra (/); e
d) alinhamento: à margem esquerda da página.

Local e data do documento

Na grafia de datas em um documento, o conteúdo deve constar da


seguinte forma:

a) composição: local e data do documento;


b) informação de local: nome da cidade onde foi expedido o
documento, seguido de vírgula.
Não se deve utilizar a sigla da unidade da federação depois do nome da
cidade;

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c) dia do mês: em numeração ordinal se for o primeiro dia do mês (1º) e
em numeração cardinal para os demais dias do mês (2,3,4…). Não se
deve utilizar zero à esquerda do número que indica o dia do mês;
d) nome do mês: deve ser escrito com inicial minúscula;
e) pontuação: coloca-se ponto-final depois da data; e
f) alinhamento: o texto da data deve ser alinhado à margem direita da
página.

Endereçamento

O endereçamento é a parte do documento que informa quem receberá


o expediente.

Nele deverão constar os seguintes elementos:

a) vocativo: na forma de tratamento adequada para quem receberá o


expediente
b) nome: nome do destinatário do expediente;
c) cargo: cargo do destinatário do expediente;
d) endereço: endereço postal de quem receberá o expediente, dividido
em duas linhas:

Primeira linha: informação de localidade/logradouro do destinatário ou,


no caso de ofício ao mesmo órgão, informação do setor;

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Segunda linha: CEP e cidade/unidade da federação, separados por
espaço simples. Na separação entre cidade e unidade da federação
pode ser substituída a barra pelo ponto ou pelo travessão. No caso de
ofício ao mesmo órgão, não é obrigatória a informação do CEP,
podendo ficar apenas a informação da cidade/unidade da federação; e

e) alinhamento: à margem esquerda da página.

O pronome de tratamento no endereçamento das comunicações


dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência terá a seguinte
forma: “A Sua Excelência o Senhor” ou “A Sua Excelência a Senhora”.

Quando o tratamento destinado ao receptor for Vossa Senhoria, o


endereçamento a ser empregado é “Ao Senhor” ou “À Senhora”.
Ressalte-se que não se utiliza a expressão “A Sua Senhoria o Senhor” ou
“A Sua Senhoria a Senhora”.

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Assunto

O assunto deve dar uma ideia geral do que trata o documento, de forma
sucinta.

Ele deve ser grafado da seguinte maneira:

a) título: a palavra Assunto deve anteceder a frase que define o


conteúdo do documento, seguida de dois-pontos;

b) descrição do assunto: a frase que descreve o conteúdo do


documento deve ser escrita com inicial maiúscula, não se deve utilizar
verbos e sugere-se utilizar de quatro a cinco palavras;

c) destaque: todo o texto referente ao assunto, inclusive o título, deve


ser destacado em negrito;

d) pontuação: coloca-se ponto-final depois do assunto; e

e) alinhamento: à margem esquerda da página.

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Texto do documento

O texto do documento oficial deve seguir a seguinte padronização de


estrutura:

I – nos casos em que não seja usado para encaminhamento de


documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura:

Tenho a honra de, Tenho o prazer de, Cumpre-me informar que. Prefira
empregar a forma direta: Informo, Solicito, Comunico;

b) desenvolvimento: em que o assunto é detalhado; se o texto contiver


mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas em
parágrafos distintos, o que confere maior clareza à exposição; e

c) conclusão: em que é afirmada a posição sobre o assunto.

II – quando forem usados para encaminhamento de documentos, a


estrutura é modificada:

a) introdução: deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o


encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver sido solicitada,
deve iniciar com a informação do motivo da comunicação, que é
encaminhar, indicando a seguir os dados completos do documento
encaminhado (tipo, data, origem ou signatário e assunto de que se
trata) e a razão pela qual está sendo encaminhado; e

b) desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer algum


comentário a respeito do documento que encaminha, poderá
acrescentar parágrafos de desenvolvimento.

III – tanto na estrutura I quanto na estrutura II, o texto do documento


deve ser formatado da seguinte maneira:

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a) alinhamento: justificado;

b) espaçamento entre linhas: simples;

c) parágrafos:

I espaçamento entre parágrafos: de 6 pontos após cada parágrafo;

II recuo de parágrafo: 2,5 cm de distância da margem esquerda;

III numeração dos parágrafos: apenas quando o documento tiver três ou


mais parágrafos, desde o primeiro parágrafo. Não se numeram o
vocativo e o fecho;

d) fonte: Calibri ou Carlito;

I corpo do texto: tamanho 12 pontos;

II citações recuadas: tamanho 11 pontos; e

III notas de Rodapé: tamanho 10 pontos;

e) símbolos: para símbolos não existentes nas fontes indicadas, pode-se


utilizar as fontes Symbol e Wingdings;

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Fechos para comunicações

O fecho das comunicações oficiais objetiva, além da finalidade óbvia de


arrematar o texto, saudar o destinatário. Os modelos para fecho
anteriormente utilizados foram regulados pela Portaria no 1, de 1937, do
Ministério da Justiça, que estabelecia quinze padrões.
Com o objetivo de simplificá-los e uniformiza, este Manual estabelece o
emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades
de comunicação oficial:

a) Para autoridades de hierarquia superior à do remetente, inclusive o


Presidente da República:
Respeitosamente,

b) Para autoridades de mesma hierarquia, de hierarquia inferior ou


demais casos:
Atenciosamente,

Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades


estrangeiras, que atendem a ritos e tradição próprios.

O fecho da comunicação deve ser formatado da seguinte maneira:

a) alinhamento: alinhado à margem esquerda da página;


b) recuo de parágrafo: 2,5 cm de distância da margem esquerda;
c) espaçamento entre linhas: simples;
d) espaçamento entre parágrafos: de 6 pontos após cada parágrafo; e
e) não deve ser numerado.

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Identificação do signatário

Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República,


todas as demais comunicações oficiais devem informar o signatário
segundo o padrão:

a) nome: nome da autoridade que as expede, grafado em letras


maiúsculas, sem negrito.
Não se usa linha acima do nome do signatário;

b) cargo: cargo da autoridade que expede o documento, redigido


apenas com as iniciais maiúsculas. As preposições que liguem as
palavras do cargo devem ser grafadas em minúsculas; e

c) alinhamento: a identificação do signatário deve ser centralizada na


página.

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Numeração das páginas

A numeração das páginas é obrigatória apenas a partir da segunda


página da comunicação.
Ela deve ser centralizada na página e obedecer à seguinte formatação:

a) posição: no rodapé do documento, ou acima da área de 2 cm da


margem inferior; e

b) fonte: Calibri ou Carlito.

Formatação e apresentação

Os documentos do padrão ofício devem obedecer à seguinte


formatação:

a) tamanho do papel: A4 (29,7 cm x 21 cm);

b) margem lateral esquerda: no mínimo, 3 cm de largura;

c) margem lateral direita: 1,5 cm;

d) margens superior e inferior: 2 cm;

e) área de cabeçalho: na primeira página, 5 cm a partir da margem


superior do papel;

f) área de rodapé: nos 2 cm da margem inferior do documento;

g) impressão: na correspondência oficial, a impressão pode ocorrer em


ambas as faces do papel. Nesse caso, as margens esquerda e direita
terão as distâncias invertidas nas páginas pares (margem espelho);

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h) cores: os textos devem ser impressos na cor preta em papel branco,
reservando-se, se necessário, a impressão colorida para gráficos e
ilustrações;

i) destaques: para destaques deve-se utilizar, sem abuso, o negrito.


Deve-se evitar destaques com uso de itálico, sublinhado, letras
maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra
forma de formatação que afete a sobriedade e a padronização do
documento;

j) palavras estrangeiras: palavras estrangeiras devem ser grafadas em


itálico;

k) arquivamento: dentro do possível, todos os documentos elaborados


devem ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior ou
aproveitamento de trechos para casos análogos. Deve ser utilizado,
preferencialmente, formato de arquivo que possa ser lido e editado pela
maioria dos editores de texto utilizados no serviço público, tais como
DOCX, ODT ou RTF.

l) nome do arquivo: para facilitar a localização, os nomes dos arquivos


devem ser formados da seguinte maneira:

tipo do documento + número do documento + ano do documento (com


4 dígitos) + palavras-chaves do conteúdo

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MODELO DE OFÍCIO

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