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Biotransformação (Parte 2)

Edilson Martins
Biotransformação

REAÇÕES DE OXIDAÇÃO

Enzima ou reação específica Localização

Álcool desidrogenase Citosol


Aldeído desidrogenase Mitocôndria, citosol
Aldeído oxidase Citosol
Xantina oxidase Citosol
Monoamina oxidase Mitocôndria
Diamina oxidase Citosol
Peroxidase Microssomas, lisossomas, saliva
Flavina-monooxigenases Microssomas
Citocromo P450 Microssomas
Biotransformação

Reações oxidação de álcool, aldeído e cetona:

• Realizada por várias enzimas: álcool desidrogenase, aldeído


desidrogenase, enzimas contendo molidênio, aldeído oxidase, xantina
desidrogenase/oxidase e citocromo P450.
• Álcool desidrogenase (ADH): contém zinco, citosólica presente em
diversos tecidos (fígado, com níveis, rins, pulmões e mucosa gástrica).
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• Aldeído desidrogenase (ALDH): oxida aldeídos a ácidos


carboxílicos com NAD+ como co-fator. Também possuem atividade de
esterase.

• Polimorfismo da aldeído desidrogenase (ALDH): % de


população no Japão, na China, em Taiwan e no Vietnam (45-53%) são
deficientes de ALDH2 devido a uma mutação pontual (Glu487 Lys487)
síndrome corada (formação rápida de acetaldeído dilatação dos
vasos sanguíneos faciais pela liberação de catecolaminas).
Biotransformação

• A oxidação de etanol por ADH e ALDH conduz à formação de ácido


acético que é oxidado rapidamente a gás carbônico e água.
• Em certos casos, álcoois são convertidos para ácidos carboxílicos
tóxicos, como no caso de metanol e etilenoglicol (via intermediários
aldeídicos): ácido fórmico e ácido oxálico, respectivamente.
• Tratamento de intoxicação por metanol ou etilenoglicol: administração
de álcool etílico (inibição ADH e ALDH) ou de 4-metilpirazol
(fomepizol) (inibição da ADH).
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• Formaldeído desidrogenase: oxida especificamente formaldeído que


complexado com glutationa (não é uma aldeído desidrogenase e sim uma
álcool desidrogenase).

• Molibdênio hidroxilases (molibdo-enzimas): aldeído oxidase e


xantina oxidoredutase (XOR, tb conhecida como xantina oxidase).

Professora Janete Eliza Soares de Lima


Aldeído Tamoxifeno Ácido tamoxifeno
Biotransformação
• Reações catalisadas por Molibdênio
hidroxilases (molibdoenzimas): aldeído oxidase e
xantina oxidase

Vanilina

6-desoxiaciclovir aciclovir

Alopurinol Aloxantina
Ácido vanílico
• Monoamina oxidase (MAO), diamina oxidase (DAO) e poliamina
oxidase (PAO): desaminação oxidativa de aminas primárias, secundárias e
terciárias.

N-desisopropilpropranolol

Oxidação Redução
4-hidroxipropranolol

Professora Janete Eliza Soares Ácido


de Lima
carboxílico Glicol
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• Peroxidases:

• A biotransformação oxidativa de xenobióticos geralmente requer a redução de


cofatores nucleotídeos piridina, NADPH e NADH.

• Exceção: PEROXIDASES, enzimas heme que acoplam a redução de peróxido de


hidrogênio (ou um hidroperóxido lipídico) à oxidação de outros substratos.

• Papel importante em toxicidade dos xenobióticos, especialmente, a ativação de


drogas associadas com hepatotoxicidade idiossincrática, discrasias de sangue (por
exemplo, agranulocitose, anemia de aplástica), erupções cutâneas e a ativação de
xenobióticos (inclusive a ativação de carcinógenos aproximados aos carcinógenos
finais) em pele, bexiga, medula óssea, e vários outros tecidos de extrahepáticos.
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Fígado

Benzeno Fenol Hidroquinona

Medula óssea estimulação

Ligação a proteína
e DNA levando à PHS mieloperoxidase
supressão da
medula

Radical fenoxil Hidroquinona


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• Flavina monooxigenase (FMO):

• Presentes no fígado, rim, intestino, cérebro, e pulmão: uma ou mais FMO


contendo FAD.

• Oxidam heteroátomos nucleofílicos (nitrogênio, enxofre e fósforo) de uma


variedade de xenobióticos: nicotina, clorpramazina, flufenazina, cocaína,
trimetilamina, cimetidina, aldicarbi, difenilmetilfosfina, etc.
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• Reações catalisadas por flavinas monooxigenases:

Nicotina 1’-N-óxido de nicotina

Cimetidina S-óxido de cimetidina

Difenilmetilfosfina Óxido de difenilmetilfosfina


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• Citocromo P450:

• Diversos tipos de reações de oxidação são catalisadas:

1. Hidroxilação de carbono aromático e alifático.


2. Epoxidação de ligação dupla.
3. (S-, N- e I-) oxigenação de heteroátomo e N-hidroxilação.
4. (O-, S- e N-)desalquilação de heteroátomo.
5. Transferência de grupo oxidativo.
6. Clivagem de ésteres.
7. Dehidrogenação.
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• Reações catalisadas pelo P450:

Tolbutamida Hidroximetiltolbutamida

Testosterona
6 -hidroxitestosterona
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• Reações catalisadas pelo P450:

Cumarina 7-hidroxicumarina

Cumarina Orto-hidroxifenilacetaldeído
3,4-epóxido cumarina
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• Reações catalisadas pelo P450:

Nor-diazepam

Diazepam

Paration Paraoxon
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Reações de conjugação ou de síntese:

Tipo de Enzima Ação enzimática

Reações
Sintetases Síntese do doador de grupo químico
de Fase II

Transferência de grupo químico do


Transferases doador ao substrato ou ao produto da
Fase I

Exemplos: glicuronilação ou glucuronidação, sulfatação ou sulfonação, acetilação ou


acilação, metilação e conjugações com glutationa e com aminoácidos.
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Glicuroniltransferases:

• Substância (substrato) + ácido uridinodifosfato glicurônico (AUDPG)


glicuronatos (substrato-glicuronil) polares excreção renal e
hepática.

AUDPG* = Doador de glicuronila

* UDP-glicose, UDP-xilose,
UDP-galactose
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Glicuroniltransferases:

• Principal caminho de biotransformação de xenobióticos em


mamíferos (com exceção dos felinos, como leões, linces e gatos domésticos).
• Ocorrem nos retículos endoplasmáticos: fígado, rins, TGI, pulmões,
próstata, glândulas mamárias, pele, cérebro, baço, e mucosa nasal.
• Vários tipos de UDP-glicuronil-transferases.
• Substratos: álcoois aromáticos e alifáticos, ácidos carboxílicos, amina 1ª e
2ª e grupos sulfidrílicos livres.
• Glicuronatos: N-glicuronatos, O-glicuronatos e S-glicuronatos.
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Glicuroniltransferases:

• Reduzidas as concentrações de glicuroniltransferases em recém-


nascidos intoxicação por hiperbilirrubinemia.
• Microbiota intestinal -glicuronidase degrada o
complexo substrato-glicuronila (glicuronato) reabsorção da
aglicona (CICLO ENTERO-HEPÁTICO).
• Os N-glicuronatos são os mais resistentes às -glicuronidase.
• Hidrólise ácida ou básica: degrada o complexo substrato-
glicuronato.
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Biotransformação
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Sulfotransferases:

• ATP + sulfato inorgânico 3’-fosfoadenosina-5’-fosfossulfato


(PAPS)
Doador do grupo sulfato

• Substrato + PAPS sulfatos orgânicos ionizados excreção renal.


• Substratos: moléculas com OH fenóis e álcoois alifáticos.
• Encontram-se: enzimas solúveis do fígado, rins, intestino, pulmões
entre outros.
• Atividade: com a idade e o sexo dos organismos.
Biotransformação
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Tipos de
Substratos
sulfotransferases
Fenóis, catecolaminas,
Arilsulfotransferases
hidroxiaminas orgânicas

Hidroxiesteróides
Hidroxiesteróides, álcool 1º e 2º
sulfotransferases
Esteróides com grupos fenólicos
Estrona sulfotransferases
e anel aromático
Transferases de sais Ácidos biliares conjugados e não
biliares conjugados
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Metilação:

• Metiltransferases: N-metiltransferases, O-metiltransferases e S-


metiltransferases.

• Substratos: aminas aromáticas e alifáticas, N-heterocíclicos, fenóis


mono e polihídricos e compostos com grupos sulfidrílicos.

• Grupo doador de metila: S-adenosil-metionina (síntese na fração


solúvel do fígado).
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S-adenosil-metionina (SAM)
Biotransformação
N-metilação

Nicotina Íon N-metilnicotínio


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Tipos de reações Substratos

O-metilação catecolaminas

serotonina, bezilamina,
N-metilação
anfetamina e piridina

S-metilação dietilditiocarbamato
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Acetilação:

• Enzimas: N-acetiltransferases no citosol.


• Substrato: arilaminas (aminas 1ª aromáticas), hidrazinas (R–
NH–NH2), hidrazidas (R–NH–NH–COCH3), sulfonamidas
e certas aminas alifáticas 1ª (cisteína conjugada).

• Co-fator: acetil-coenzima A.
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Acetilação:

• Como a metilação, acetilação torna o produto formado menos solúvel


em água.
• Alguns xenobióticos apresentam aumento de sua excreção renal:
isoniazida.
• Ausentes nos cães.
• No homem, camundongos, coelhos e alguns macacos há polimorfismo
(acetiladores rápidos e lentos de acordo com a acetilação da isoniazida).
• Suscetibilidade ao câncer por aminas aromáticas: dependente de
polimorfismos destas enzimas.
• Acetiladores lentos mais suscetíveis ao câncer de bexiga induzido
por benzidina e corantes aromáticos.
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Conjugação com a Glutationa:

• Substrato + glutationa S-transferase + glutationa (co-fator GSH:


glicina, ácido glutâmico e cisteína).

Ácido -glutâmico Cisteína Glicina

GLUTATIONA
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Conjugação com a Glutationa:

• Carbono eletrofílico do substrato + grupo sulfidril nucleofílico da


glutationa.
• Localização da glutationa S-transferase: citoplasma e no retículo
endoplasmático (fígado, intestino, rins e adrenais).
• Atividade da glutationa S-transferase citosólica 5-40 glutationa
S-transferase microssômica.
Biotransformação

R-Cl + glicina-cisteína-ácido glutâmico


glutationa S-transferase (- Cl )
glicina-(cisteína-R)-ácido glutâmico
-glutamiltranspeptidase (- ácido glutâmico)
glicina-(cisteína-R)
cisteinil glicinase (- glicina)
cisteína-R (= cisteína conjugada)
N-acetiltransferase + acetilcoenzima A
N-acetilcisteína-R
(= N-acetilcisteína conjugada = ác. mercaptúrico)

Eliminação renal
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Conjugação direta com a glutationa:

1,2-dicloro-4-nitrobenzeno

Maleato de dietila
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Situação problema:

• Bromobenzeno e clorofórmio + Citocromo P-450 metabólitos ativos.


• Seus metabólitos ativos + macromoléculas dos hepatócitos ou GSH.

• Duas situações:

1) GSH por algum fator pode estar diminuída no organismo.


2) Depleção da GSH pelos metabólitos ativos promoção da peroxidação
lipídica com lesões teciduais (GSH é cofator da glutationa peroxidase).
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Paraquat oxidado Paraquat reduzido

NADPH-CITOCROMO - REDUTASE

Ânion superóxido
radical livre
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Peroxidação lipídica

Morte celular
Biotransformação

da membrana celular

Lipoperoxidação
(processo de reação
em cadeia)

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P450 e variação biológica:

Variações de expressão e regulação da enzimas P450:


• Cozimento da carne determinadas aminas heterocíclicas
bioativadas
• Determinadas aminas heterocíclicas + CYP1A2 (membro da
superfamília do P450, presente em humanos e nos ratos e ausente nos
macacos cinomolgos) produtos genotóxicos (tumores no colo).
Polimorfismos genéticos:
• Variante do gene na CYP2D6 hidroxilação deficiente ou extensa da
debrisoquina.
Biotransformação
Fatores que modificam a biotransformação
Fatores Internos constitucionais
•N-hidroxilação do praguicida N-2-fluorenilacetamida e
formação de tumores: (+) ratos, (+) camundongos, (+)
cão, (-) cobaias.
•Velocidade variada de oxidação de hexobarbital
(barbitúrico de ação curta) em variedades de ratos:
Espécie e tempo de sonos variados.
raça;
Fatores •Mesma dose de isoniazida em indivíduos humanos:
genéticos níveis plasmáticos velocidades de acetilações .
•Acetilação lenta em caucasianos (X = 55%).
•Acetilação rápida em orientais.
•Hidrólise da atropina pela atropinesterase: (+) coelhos,
no homem ausência da enzima.
Biotransformação
Fatores Internos constitucionais

•Melhor observada em ratos e camundongos.


•Ratos machos: metabolização de
hexobarbital 40% cit.P-450 maior que as
fêmeas.
•Ratos machos: hepatoxicidade do CCl4 e
Sexo halotano.
•Camundongos machos: nefrotoxicidade do
halotano.
•Ação anabólica dos hormônios sexuais
masculinos nestes animais. No humano: nada
acentuado.
Biotransformação
Fatores Internos constitucionais

•Fetos e recém-nascidos: sem ou pouca


capacidade de biotransformação.
•Idosos: da biotrans. e da capacidade de
excreção renal.
Idade • efeito miorelaxante do carisoprodol: em
recém-nascidos e animais mais idosos.
•Fetos humanos: aos 6 meses 20-50% da
ativ. do cit. P-450, mas com padrão de
isoenzimas qualitativa em relação ao adulto.
Biotransformação
Fatores Internos condicionais
•Desnutrição de proteínas, de Fe, Cu, Mg, Ca, Zn,
complexo B, vitamina C e tocoferol composição e
manutenção do P-450.
Estado • letalidade e hepatoxicidade da dimetilnitrosamina em
Nutricional ratos com dieta pobre em proteínas N-desmetilação
evitando a formação do agente alquilante.
• hepatoxicidade do paracetamol, bromobenzeno em
jejum de 1 dia: glutationa hepática.
•Doenças hepáticas: cirrose, icterícia obstrutiva,
Estado carcinomas e hepatite.
Patológico •Doenças cardiovasculares fluxo sanguíneo
hepático.
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Fatores externos

•Ação no sistema de oxidase de função mista.

•Hormônios esteróides, inseticidas clorados, barbitúricos

(fenobarbital), hidrocarbonetos aromáticos policíclicos

carcinogênicos (3,4-benzopireno), etc.

Indução •Acelera a biotransformação.


enzimática
•Estimula a síntese protéica tolerância bioquímica. atividade

da aril-hidrocarbonohidroxilase (AHH) ligação com receptores

de hidrocarbonetos (AhR) liga-se ao DNA. Ex. de indutor:

2,3,7,8-tetracloradibenzo-p-dioxina.
Biotransformação
Fatores externos
•Interações medicamentosas: rifampicina (IE) + warfarina da
warfarina no sangue.
•Interações medicamentosas: fenobarbital (IE) + propoxifeno,
paracetamol, hidroxizina atividade analgésica.
•Etanol, acetona, pirazol a conc. de CYP2E1 ativação de
Indução
enzimática metabólitos tóxicos (CCl4, dimetilnitrosamina). Fenobarbital: efetivo
no citoc. P-450 hepático (microssomal).
•HC arom. policíclicos: efetivos em tecidos extra-hepáticos
(pulmões, rins, TGI e pele) proteína citosólica induzíveis.
•Enzimas conjugantes citosólicas são de difícil indução. Exceção:
GSH-S-transferase.
Biotransformação
Fatores externos
•Mecanismos múltiplos: inibição da síntese
protéica, competição com os substratos nos
centros ativos das enzimas.
•Enzimas: colinesterases, monoaminooxidase
(MAO), aldeído-desidrogenase, álcool
desidrogenase (inibidor 3-metil-pirazol), citocromo
Inibição
P-450.
enzimática
•Intoxicação por metanol: deve-se formaldeído.
•Inibição da aldeído-desidrogenase pelo
dissulfiram: acúmulo de aldeído.
•Inibição da monoaminoxidase (MAO) pela
tranilcipromina: acúmulo de neurotransmissores
(serotonina, dopamina, norepinefrina).
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Fatores externos
•Inibição de colinesterases por neostigmina:
atividade muscarínica acelera o desbloqueio
neuromuscular após cirurgia (intestino, bexiga).
•Inibição da acetilcolinesterase pelos IOF: sudorese,
salivação, lacrimejamento, miose, diarréia.
Inibição •Inibição não competitiva do citoc. P-450 pelo
enzimática SKP525 (éster dietilaminoetanol do ácido
difenilpropilacético): efeito de substâncias
lipossolúveis (barbitúricos, analgésicos).
•Inibição do sistema enzimático do retículo
endoplasmático ( síntese protéica): dactinomicina,
cloranfenicol, tetraciclina.
Biotransformação
Fatores externos

• Dieta:

suco de toronja e erva-de-são-joão,


Hypericum perforatum (medicina popular no
tratamento da depressão) inibem o
metabolismo de vários xenobiótico.
Dieta e
ambiente Couve-de-Bruxelas aumentam o
metabolismo de vários xenobióticos.

• Ambiental:

Fumo de cigarros podem induzir o


metabolismo das enzimas do P450.
Biotransformação

Professora Janete Eliza Soares de Lima


Referências
 RANG, H.P.; DALE, M.M. Farmacologia. 6ª ed. Rio de
Janeiro: Editora Elsevier, 2008;
 HARDMAN, J.G.; LIMBIRD, L.E. Goodman & Gilman As
Bases Farmacológicas da Terapêutica. McGraw Hill, 11ª ed.
2006;
 OGA, S.; CAMARGO, M.M.A; BATISTUZZO, J.A.O.
(eds). Fundamentos de Toxicologia. 4ª edição. São Paulo:
Atheneu Editora, 2014.
 KLAASSEN, C. D. (ed). Casarett e Doull’s Toxicology: The
basic science of poisons. Texas: Mc Graw Hill Medical, 2008.
BIOTRANSFORMAÇÃO
 Oxidação via CitP450:

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