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ENZIMAS

célula

O2
Sacarose  CO2 e H2O

processo exergônico libera energia


livre (pensar, mover, sentir e ver)
Saco de açúcar  armazenado durante
anos
processo lento (favorável)

Sacarose   energia em
segundos

catálise
(tempo útil)
CATÁLISE

Sem a catálise, as reações químicas


necessárias para sustentar a
vida não ocorrem em escala
de tempo útil
Catalisador

substância que acelera as


reações químicas sem que ela própria
sofra modificações, o que significa que
pode ser utilizada repetidas vezes
Graças às enzimas, as células executam,
em milésimos de segundo, a síntese de
moléculas que, in vitro, sem enzimas,
necessitariam de semanas para serem
sintetizadas

Alto rendimento: no final da reação


gera-se apenas o produto desejado ou
alguns produtos – mas todos úteis às
células
Na síntese de laboratório, não-enzimática,
formam-se, moléculas desejadas e
numerosos subprodutos, originando-se
mistura, da qual a molécula
desejada deve ser separada

Se isso acontecesse no meio intracelular,


haveria produtos
indesejáveis que perturbaria o metabolismo
Sendo catalisadores eficientes, as enzimas
são usadas para síntese in vitro, em
laboratório experimental e na produção
industrial

As enzimas são proteínas e, como tais,


produzidas sob controle do DNA

são os efetores da informação genética


contida no DNA
Os catalisadores biológicos atuam:

temperatura do organismo

limites definidos de pH
1700 – catálise biológica reconhecida na
digestão da carne por secreções
do estômago

1800 – conversão do amido em açúcares


simples pela saliva e por extratos
vegetais
1850 – Louis Pasteur

concluiu que a fermentação do açúcar


em álcool pela levedura era
catalisada por “fermentos”
(enzimas)
1897 – Eduardo Buchner

descobriu que os extratos de levedura


podiam fermentar o açúcar
até álcool

 enzimas funcionavam mesmo


quando removidas da célula viva
1926 - James Sumner

 Isolou e cristalizou a urease;


urease
 Cristais eram de proteínas;
 Postulou que “todas as enzimas
são proteínas”
1930 - John Northrop e
Moses Kunitz

Cristalizaram a pepsina e
tripsina bovinas; e outras
enzimas digestivas

Concluíram que eram proteínas

Conclusão Sumner foi aceita


Nessa época: J.B.S. Haldane

ENZIMAS

As interações fracas que se


estabelecem entre a enzima e o
substrato poderiam ser usadas para
distorcer a molécula do
substrato e catalisar a reação
Cerne da catálise enzimática
Século XX

75 enzimas  isoladas e cristalizadas;

 Ficou evidenciado caráter protéico

 Atualmente + 2000 enzimas são


conhecidas
Aminoácidos:
ENZIMAS
H

Definição:
Catalisadores biológicos;
R C* COOH

Longas cadeias de pequenas NH2

moléculas de aminoácidos

Função:
Viabilizar a atividade das células,
quebrando moléculas ou juntando-
as para formar novos compostos.
Aminoácidos:
ENZIMAS
H

R C* COOH

Com exceção de um pequeno grupo


de moléculas de RNA NH2

(RIBOZIMAS) → propriedades
catalíticas

enzimas são PROTEÍNAS


PROPRIEDADES DAS ENZIMAS

1. Atividade catalítica depende


da integridade da sua conformação
protéica nativa

2. Enzima desnaturada ou dissociada


em subunidades a atividade
catalítica é destruída
PROPRIEDADES DAS ENZIMAS

3. Quando fracionada em aa
constituintes, a sua atividade
catalítica é sempre destruída

4. As estruturas protéicas primária,


secundária, terciária e quaternária
são essenciais para a atividade
catalítica
PESO MOLECULAR: ENZIMAS

Variam de 12.000 até mais de


1 milhão

1. Algumas enzimas: requerem


somente resíduos de aminoácidos
ENZIMAS

2. Outras enzimas:
co-fator (íons inorgânicos:
Fe2+, Mg2+, Mn2+, Zn2+)
+
coenzima (molécula orgânica
não protéica)
ENZIMAS

Coenzima ou íon metálico: ligada


à parte protéica da enzima é
chamada de

GRUPO PROSTÉTICO
Enzima considerada proteína
conjugada
ENZIMA: completa e ativa

HOLOENZIMA

Enzima + coenzima + cofator


ENZIMA

APOENZIMA OU APOPROTEÍNA

Parte protéica da enzima


ENZIMAS – ESTRUTURA
Estrutura Holoenzima
Enzimática

Proteína Cofator

Ribozimas
Apoenzima ou Pode ser:
Apoproteína • íon inorgânico
• molécula orgânica
RNA
Coenzima
Se covalente
Grupo Prostético
Fig. 5.6

(funcional – ativa)
COENZIMAS

transportadores transitórios de
grupos funcionais específicos

derivadas de vitaminas, nutrientes


orgânicos em pequena quantidade
na alimentação diária
ENZIMAS – COFATOR
 Algumas enzimas que contêm ou necessitam
de elementos inorgânicos como cofatores
ENZIMA COFATOR
PEROXIDASE Fe+2 ou Fe+3

CITOCROMO OXIDASE Cu+2

ÁLCOOL DESIDROGENASE Zn+2

HEXOQUINASE Mg+2

UREASE Ni+2
ENZIMAS – COENZIMAS
 Maioria deriva de vitaminas hidrossolúveis
 Classificam-se em:
- transportadoras de
hidrogênio
- transportadoras de
grupos químicos
 Transportadoras de hidrogênio
Coenzima Abreviatura Reação Origem
catalisada
Nicotinamida adenina NAD+ Oxi-redução Niacina ou
dinucleotídio Vitamina B3
Nicotinamida adenina NADP+ Oxi-redução Niacina ou
dinucleotídio fosfato Vitamina B3
Flavina adenina FAD Oxi-redução Riboflavina ou
dinucleotídio Vitamina B2
ENZIMAS – COENZIMAS
 Transportadoras de grupos químicos
Coenzima Abrev. Reação catalisada Origem
Coenzima A CoA-SH Transferência de Pantotenato ou
grupo acil Vitamina B5
Biotina Transferência de Biotina ou
CO2 Vitamina H
Piridoxal fosfato PyF Transferência de Piridoxina ou
grupo amino Vitamina B6
Metilcobalamina Transferência de Cobalamina ou
unidades de carbono Vitamina B12
Tetrahidrofolato THF Transferência de Ácido fólico
unidades de carbono
Tiamina TPP Transferência de Tiamina ou
pirofosfato grupo aldeído Vitamina B1
ENZIMAS – PROTEÍNA

Classificação proteínas

Proteínas globulares Proteínas fibrosas


Estrutura das proteínas

Primaria Secundaria Terciária Quaternária

ENZIMAS
Proteínas com alto peso
Proteínas globulares molecular, maioria entre 15 a
1000 Kilo Daltons Unit (KD)
OBS: 1 Dalton = 1 unidade de
peso molecular (AMU)
Estrutura terciária
ENZIMAS – CARACTERÍSTICAS GERAIS

Especificidade;
Produtos biológicos;
Reações viáveis economicamente e
seguras;
Aceleram a velocidade das reações;
Econômicas - reduzem a energia de
ativação;
Não são tóxicas;
ENZIMAS

Comparação das enzimas com catalisadores químicos.


Característica Enzimas Catalisadores Químicos
Especificidade ao substrato alta baixa

Sensibilidade à T e pH alta baixa

Custo de obtenção (isolamento e purificação) alto moderado

Formação de subprodutos baixa alta

Atividade Catalítica (temperatura ambiente) alta baixa


sim não
Presença de cofatores
ENZIMAS – CLASSIFICAÇÃO

 Subclasses

Exemplos de Tipo de reação catalisada Classe


Subclasses
Hidratases Adicionam H2O à ligas duplas Liases
Quinases Transferem fosforilas do ATP Transferase
Mutases Movem fosforilas dentro da Isomerase
mesma molécula
Sintases Síntese independente de ATP Transferases
Sintetases Síntese dependente de ATP Ligases
ENZIMAS – CATALISADORES

Aceleram reações químicas


Catalase
H2O2 H2O + O2
Ex: Decomposição do H2O2
Condições da Reação Velocidade
Relativa

Sem catalisador 1

Platina superfícies 2,77 x 104

Enzima Catalase 6,51 x 108


ENZIMAS – CATALISADORES

Não são consumidos na reação

Catalase
H2O2 H2O + O2

E+S E+P
ENZIMAS – CATALISADORES

Atuam em pequenas concentrações

decompõe
1 molécula de Catalase 5 000 000 de moléculas
de H2O2
pH = 6,8 em 1 min

Número de renovação = n° de moléculas de


substrato convertidas em produto por uma única
molécula de enzima em uma dada unidade de tempo.
PROPRIEDADES DAS ENZIMAS

Em geral, as reações químicas que liberam


energia podem ocorrer sem acréscimo de
energia externa

Tais reações ocorrem com velocidades


baixas, porque as moléculas não possuem a
energia necessária para iniciar a reação
Exemplo: embora a oxidação da glicose
libere energia, esta não ocorre, a
menos que a energia para iniciar reação
esteja disponível

ENERGIA DE ATIVAÇÃO

Energia necessária para iniciar uma


reação
Energia de ativação

pode ser considerada


como uma barreira que as moléculas devem
superar para que uma reação seja iniciada
Exemplo
por analogia, uma rocha em
repouso numa depressão no topo de uma
colina rolaria facilmente se empurrada
para fora da depressão.

A energia de ativação
é semelhante à energia necessária para
retirar a rocha de dentro da depressão
• Para ativar uma reação, a maneira geral é
aumentar a temperatura – aumentando
conseqüentemente o movimento das
moléculas

Ex: quando risca um palito de fósforo. Se a


energia de fricção (riscando) é adicionada
aos reagentes na cabeça do palito de fósforo,
a temperatura aumenta, e o palito se
acende
• nas células, uma reação como esta,
aumentaria a temperatura de modo a
desnaturar as proteínas e evaporar os
líquidos

as enzimas diminuem a energia de ativação,


de modo que as reações podem ocorrer em
temperaturas moderadas nas células vivas
ENZIMAS – CATALISADORES

Não alteram o estado de equilíbrio


•Abaixam a energia de ativação;
Energia

Energia de ativação sem enzima


Energia de ativação com
Diferença entre S enzima
a energia livre P
de S e P

Caminho da Reação
AÇÃO ENZIMÁTICA

A molécula da enzima possui um ou mais


centros ativos (sítio ativo ou de ligação –
superfície onde as reações ocorrem)

Sítio ativo: região onde a enzima forma


fraca associação com seu substrato
• Substrato: substância na qual a enzima atua

a molécula de substrato possui energia


cinética e colide com várias outras
moléculas dentro da célula

Quando colide com o sítio ativo de sua


enzima, forma-se um complexo enzima-substrato

o substrato sofre alteração química, e o


produto ou produtos são formados
ENZIMAS –
COMPONENTES DA REAÇÃO

E+S ES P+E

Substrato se liga ao
SÍTIO ATIVO
da enzima
As enzimas possuem alto grau de
especificidade – catalisam apenas um tipo de
reação, e a maioria atua em apenas um
substrato específico

-estrutura terciária,
-forma e carga elétrica do sítio ativo

interfere na especificidade
Quando uma enzima atua em mais de um
substrato, estes possuem o mesmo
grupamento funcional ou o mesmo tipo de
ligação química

Ex: enzimas proteolíticas – clivam proteínas,


atuam em s proteínas, mas sempre nas
ligações peptídicas
enzimas – denominadas adicionando-se o
sufixo ase ao nome do substrato no qual
atuam

Ex: Fosfatases – atuam em fosfatos


Sucrase – cliva a sacarose
Lipases – lipídeos
Peptidases – ligações peptídicas
Local onde atuam

1) Endoenzimas – ou enzimas intracelulares,


atuam dentro da célula que as produziu

2) Exoenzimas – extracelulares, são


sintetizadas na célula, mas atravessam a
membrana celular para atuar no espaço
periplasmático ou nas imediações da
célula
ENZIMAS –
LIGAÇÃO ENZIMA - SUBSTRATO

Emil Fischer (1894): Chave-Fechadura 


alto grau de especificidade
a enzima possui sitio ativo complementar ao substrato
ENZIMAS –
ATIVIDADE ENZIMÁTICA

Fatores que alteram a velocidade de reações


enzimáticas:
- pH;
- temperatura;
- concentração das enzimas;
- concentração dos substratos;
- presença de inibidores.
ENZIMAS –
INFLUÊNCIA DO pH

O efeito do pH sobre a enzima deve-se às variações


no estado de ionização dos componentes do sistema
à medida que o pH varia
ENZIMAS –
INFLUÊNCIA DO PH
A estabilidade de uma enzima ao pH depende:
- temperatura;
- força iônica;
- natureza química do tampão;
- concentração de íons metálicos;
- concentração de substratos;
- concentração da enzima
ENZIMA pH ÓTIMO

Pepsina 1,5

Tripsina 7,7

Catalase 7,6

Arginase 9,7

Fumarase 7,8
ENZIMAS –
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA

 temperatura dois efeitos ocorrem:

(a) velocidade de reação aumenta, como se observa na


maioria das reações químicas;

(b) estabilidade da proteína decresce devido a


desativação térmica.
ENZIMAS –
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA

Temperatura ótima para que atinja sua atividade


máxima,
temperatura máxima = a enzima possui atividade
constante por um período de tempo
ENZIMAS –
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA

O efeito da temperatura depende:

- pH e a força iônica do meio;


- presença ou ausência de ligantes

ENZIMA TEMPERATURA ÓTIMA (°C)

Pepsina 31,6

Tripsina 25,5

Urease 20,8
ENZIMAS –
CINÉTICA ENZIMÁTICA

 Victor Henri (1903): E + S  ES

1913
Leonor Michaelis -Enzimologista
Maud Menten - Pediatra

K1 Kp
E+S ES E+P
K-1
ENZIMAS –
CINÉTICA ENZIMÁTICA

 Cinética Enzimática

 Determinar as constantes de afinidade do S e


dos inibidores;
 Conhecer as condições ótimas da catálise;
 Ajuda a elucidar os mecanismos de reação;
 Determinar a função de determinada enzima
em uma rota metabólica.
ENZIMAS –
INIBIÇÃO COMPETITIVA

Inibidor competitivo concorre com o S pelo sítio ativo da E


livre

I  análogo não metabolizável, derivado de


um S verdadeiro (intermediário),
S substituto da E ou
um P da reação
 Essa molécula não-substrato atua como inibidor
competitivo da reação

 compete, com o substrato, pelo sítio ativo


ENZIMAS –
INIBIÇÃO COMPETITIVA

I compostos com estrutura


molecular lembra S

afinidade da enzima pelo


substrato

[substrato] necessária para


obter a mesma [ES]
1) [substrato] e a [ inibidor]

os sítios ativos de algumas moléculas


enzimáticas são ocupados pelo inibidor
e a velocidade da reação é apenas
levemente reduzida
2) [substrato] e a [ inibidor]

os sítios de muitas moléculas enzimáticas


são ocupados pelo inibidor, e a
velocidade da reação é bastante
reduzida
Ex: as sulfas são inibidores competitivos

as células bacterianas convertem o ácido p-


aminobenzóico (PABA) em ácido fólico
(vitamina essencial)

se as sulfas estão presentes, elas


competem com o PABA pelo sítios ativos
das enzimas

 quanto maior a [sulfas] > a inibição da


síntese de ácido fólico
As enzimas também podem ser inibidas
por substâncias chamadas inibidores não-
competitivos

Alguns inibidores não-competitivos se


ligam à enzima no sítio alostérico

Sítio alostérico = diferente do sítio ativo


ENZIMAS –
INIBIÇÃO NÃO-COMPETITIVA
 Inibidor não-competitivo se liga reversivelmente,
aleatória e independentemente em um sítio que lhe é
próprio.
I não tem semelhança
estrutural com o S

[substrato] não diminui a


inibição

Vmax na presença do
inibidor
Tais inibidores distorcem a estrutura
terciária da proteína e alteram o formato do
sítio ativo

Qualquer molécula enzimática modificada não


pode mais se ligar ao substrato, logo não
pode catalisar a reação
alguns inibidores não-competitivos se ligam
reversivelmente,

outros de modo irreversível e inativa


permanentemente a molécula enzimática –
reduz bastante a velocidade da reação
irreversível e inativa
Ex: chumbo, mercúrio e outros
metais pesados, podem se ligar a
molécula enzimática
– alteram permanentemente sua
forma e conseqüentemente
inativando-a
Inibição por feedback – não-competitiva
reversível - regula a velocidade de muitas
vias metabólicas

Ex: quando o produto final de uma via se


acumula, freqüentemente se liga e inativa
a enzima que catalisa a primeira reação da
via
Aumento do produto
final – desacelera
toda a via

Inibidor específico
ENZIMAS –
INIBIÇÃO IRREVERSÍVEL

 I se combina com um grupo funcional, na molécula


da E, que é essencial para sua atividade.
 Podem promover a destruição do grupo funcional
 Forma-se uma ligação COVALENTE entre o I e a E.
 Vmax   parte da E é completamente removida do
sistema.
K1 K2
E+S ES E+P
+
I

EI
ENZIMAS - IMOBILIZADAS

 Enzimas Livres versus Enzimas Imobilizadas

 Livres  Imobilizadas

 Instabilidade  Reutilização

 Rápida perda da  Maior estabilidade


atividade catalítica (faixas mais amplas de
pH e temperatura)
 Não podem ser
recuperadas  Menor interferência de
inibidores e/ou
ativadores
ENZIMAS - IMOBILIZADAS

 A enzima livre é imobilizada em um suporte inerte


como vidro poroso, alginato, etc.

 O principal interesse em imobilizar uma enzima é


obter um bio-catalisador com atividade e
estabilidade que não sejam afetadas durante o
processo, em comparação à sua forma livre.
ENZIMAS - IMOBILIZADAS
ENZIMAS - IMOBILIZADAS
Vantagens da utilização de enzimas imobilizadas
- As enzimas podem ser reutilizadas

- Os processos químicos podem ser continuamente operados e


prontamente controlados

- Os produtos podem ser facilmente separados

- Os problemas com efluentes e manipulações de materiais são


minimizados

- A reprodutibilidade do procedimento analítico pode ser


aumentada

- Em alguns casos, as propriedades enzimáticas (atividade e


estabilidade operacionais) podem ser alteradas
ENZIMAS - IMOBILIZADAS
 Medida da atividade:
 Atividade da enzima imobilizada é mais fraca
que a das enzima nativa, mas a estabilidade é
maior.

 Influencia das condições operacionais:


 imobilizada  resistem melhor a variações de pH
e tratamentos térmicos;
Obs: origem da enzima, suporte utilizado e método de fixação
ENZIMAS - IMOBILIZADAS
 Indústria de alimentos:
 Glicose isomerase fixada para a produção de
xaropes com alto teor de frutose;
 Celulase  Conversão de celulose em açúcares
solúveis;
 (Sacharomices cerevisae)  álcoois puros.

 Uso Industrial:
 Fonte para produção de penicilinas sintéticas.
ENZIMAS - IMOBILIZADAS

 Lipases imobilizadas:

Imobilizadas em carvão de coco, bauxita e gel de


ágar utilizadas na transformação de óleo de soja
em biodisel.
ENZIMAS - IMOBILIZADAS

 Em desenvolvimento:

 Estudos de filtros que utilizam enzimas


imobilizadas na superfície do meio filtrante para o
tratamento do ar dos ambientes.

 Recentes avanços na imobilização de enzimas por


argilas, utilizadas em biorremediação.
ENZIMAS – APLICAÇÕES
Origem vegetal
Origem animal
Origem microbiana
ENZIMA FONTE APLICAÇÃO

Papaína mamão Ajuda na digestão, Médica,


bebidas, carnes

Bromelina abacaxi Ajuda na digestão, Médica,


bebidas, carnes

Diastase malte Panificação, xarope

Pepsina mucosa gástrica Amaciamento de carne


suíno

Lipase Candida rugosa Tratamento de efluentes


ENZIMAS – APLICAÇÕES
 Proteases

 Leite: na preparação do leite de soja.

 Carnes e Peixes: recuperação de proteínas do


osso ou espinha.

 Vinhos: clarificação.

 Queijo: coagulação da caseína.


ENZIMAS – APLICAÇÕES
 Lactase
 Sorvete: prevenção da cristalização da lactose.

 Leite: estabilização das proteínas do leite em leites


congelados por remoção da lactose.

 Hidrólise da lactose, permitindo o uso por adultos


deficientes na lactase intestinal e em crianças com
deficiência em lactase congênita.
ENZIMAS – APLICAÇÕES
 -amilase
 Fermentados: conversão do amido a maltose
por fermentação. Remoção da turbidez do amido

 Chocolate/cacau: liquefação do amido


ENZIMAS – APLICAÇÕES

 Peroxidase
 Deterioração - Frutas: contribui na reação de
escurecimento.

 Polifenoloxidase

 Chá/Café: desenvolvimento do escurecimento


durante fermentação.

 Deterioração - Frutas e Vegetais: reação de


escurecimento e perda de vitaminas.
ENZIMAS – APLICAÇÕES
 Enzimas utilizadas em rações para aves.
Enzima Substrato Efeitos

Celulases Celulose Degradação da celulose e liberação de nutrientes

Proteases Proteínas Degradação mais eficiente de proteínas.

Amilases Amido Degradação mais eficiente do amido.

Fitase Ácido fítico Melhora a utilização do fósforo dos vegetais.

Lipases Lipídios e Melhora a utilização de gorduras animais e vegetais


ácidos graxos
ENZIMAS – APLICAÇÕES

Tratamento de efluentes

 Preocupação ambiental desencadeou procura


por outras alternativas, as chamadas "tecnologias
limpas“.
ENZIMAS – APLICAÇÕES
 Enzimas utilizadas em tratamento de efluentes
Enzima e fonte Poluentes e efluentes
Azorredutase (Pseudomonas luteola) Indústria de tinta

Catalase (Baccilus sp.) Remoção de H2O2 em efluentes de


branqueamento de tecidos
-glicosidase e Manganês peroxidase Remoção de corantes azo na industria de
alimentos e industria têxtil
Polifosfatase e Fosfotransferase Remoção de fosfato biológico de efluentes

Protease pronase (Pseudomonas Inativação de vírus bacteriófago Cox A9 de


aeruginosa) efluentes, para reutilização da água
Naftaleno-dioxigenase Remoção de naftaleno
Lipase (Penicillium P4) Remoção do teor de DQO de efluentes de óleo
de oliva
(Candida rugosa) Redução do teor de lipídeos e DQO efluentes
avícolas
(pâncreas de porco) Redução do teor de lipídeos e SS de efluentes
da indústria de derivados lácteos
ENZIMAS – APLICAÇÕES

Indústria de detergentes;
Indústria têxtil;
Indústria de papel e celulose;
Curtumes;
Biorremediação: polímeros, hidrocarbonetos e
clorados.
ENZIMAS – APLICAÇÕES
Aplicação da Lipase no tratamento de águas
residuárias com elevados teores de lipídeos
JUSTIFICATIVA

 Efluentes com  teores de gorduras e óleos -


enzimas capazes de hidrolisar os triglicerídeos

 Etapa é lenta e nem sempre há m.o. específicos


para a produção de lipase

formação de uma camada gordurosa sobre as lagoas


ENZIMAS – APLICAÇÕES
OBJETIVO

aplicação de um pré-tratamento
enzimático
Caracterizar o efluente
 Caracterizar as propriedades catalíticas das enzimas

 Testar ≠ tempos de hidrólise na formação de ácidos


graxos (2h, 4h, 8h, 12h e 24h)
 Avaliar o impacto do tratamento enzimático por
meio de testes de biodegradabilidade expressa pela
DQO e atividade metanogênica.
ENZIMAS – APLICAÇÕES
MATERIAL E MÉTODOS
Determinação da Atividade Hidrolítica


Substrato: Controle = azeite de oliva
Efluente = efluente de indústria
de produtos avícolas
Incubados em banho-maria sob agitação
Tampão e solução enzimática (5mg/mL). Branco
Solução de etanol:acetona – parar a reação
Ácidos graxos liberados titulados com KOH (0,02M)
e indicador fenolftaleína
ENZIMAS – APLICAÇÕES
RESULTADOS

Influência do pH na atividade hidrolítica das lipases


LNU e LKM
700 235
LKM - Ef luente
600 220
LNU - Ef luente
Atividade (U)

500 205

400 190

300 175

200 160

100 145

0 130
5,5 6 6,5 pH 7 7,5 8 8,5
ENZIMAS – APLICAÇÕES
RESULTADOS
Influência da concentração de substrato na atividade
hidrolítica das lipase LKM e LNU

900

800 Lipase Pancreatina (LKM)

700
Atividade (U)

600

500
Lipase Pancreatina (LNU)
400

300
10 20 30 40 50 60
concentração (%)

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