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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL


ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

Disciplina BIOQUÍMICA

Enzimas

Profa Katia Hoffmann

2023
CONTEÚDO

 Características
 Classificação
 Nomenclatura
 Cinética das reações
Enzimas
Tem enzimas que não são proteínas, Ex: cabelo, unha, etc..

▪ Manutenção da vida celular depende de


rx químicas.
▪ Devem cumprir:

 Ocorrer em velocidades adequadas


 Altamente específicas
Enzimas

1700 – Catálise biológica reconhecida


na
1700 – Catálise biológica reconhecida na
digestão da carne por secreções
do estômago.

1800 – Conversão do amido em açúcares


simples pela saliva e por extratos
vegetais.
carne por secreções
do0 – Conversão do amido em
Enzimas

1850 – Louis Pasteur

A fermentação do açúcar
em álcool pela levedura era
catalisada por “fermentos”
(enzimas).
1897 – Eduardo Buchner

→ Descobriu que os extratos de levedura


podiam fermentar o açúcar até álcool.

→ Enzimas funcionavam mesmo


quando removidas da célula viva.
1926 - James Sumner

♦ Isolou e cristalizou a urease;


♦ Cristais eram de proteínas;
♦ Postulou que “todas as enzimas são
proteínas”.
Enzimas

▪ Catalisadores: aumentam várias ordens


de grandeza a velocidade das rx que
catalisam.

▪ Existem outros catalisadores não


protéicos: moléculas específicas de RNA
(ribozimas). FORAM AS PRIMEIRAS ENZIMAS.
Enzimas

▪ As enzimas são catalisadores


biológicos.

▪ Catalisador é uma substância que


acelera as rx químicas sem se modificar.
Enzimas

• A atividade enzimática é quanto produto é produzido


na presença da enzima por unidade de tempo em
condições químicas definidas (temperatura, pH,
composição de sais...): O QUE É ATIVIDADE ENZIMATICA?
A atividade enzimática refere-se à capacidade de
uma enzima catalisar uma reação química
específica. As enzimas são proteínas que
mmol / segundo . aceleram as reações químicas nos seres vivos,
(milimol de produto por segundo) sendo altamente específicas em relação ao
substrato que atuam. A atividade enzimática pode
Ou
ser influenciada por diversos fatores, como
µmol /minuto concentração do substrato, temperatura, pH,
(micromol de produto por minuto) presença de inibidores ou ativadores, entre outros.
A medição da atividade enzimática é importante
para entender como as enzimas funcionam e
como podem ser utilizadas em diversas aplicações.
Velocidade enzimática
Enzimas

▪ As enzimas são proteínas ou


glicoproteínas que têm um ou mais
lugares denominados sítios ativos.
SE UNEM AO SUBSTRATO "S".

▪ Esses sítios ativos se unem ao substrato


(S), substância sobre a qual a enzima
atua. Sítios ativos em enzimas são regiões específicas na estrutura da proteína
enzimática que permitem a ligação e a transformação de substratos em produtos.
Esses sítios são altamente específicos para cada substrato, garantindo que
apenas moléculas com a forma e a carga corretas possam se ligar à enzima e
sofrer a reação química catalisada por ela. A interação entre o substrato e o sítio
ativo envolve várias interações químicas, incluindo ligações de hidrogênio,
interações iônicas e forças de Van der Waals. A presença de co-fatores e
moduladores alostéricos também pode afetar a atividade dos sítios ativos das
enzimas.
Enzimas

▪ As enzimas têm pesos moleculares


variando entre 12.000 até mais de 1
milhão.
▪ Algumas requerem de cofatores: Fe+2,
+2 +2 são moléculas inorgânicas, como os íons metálicos que se ligam a enzimas
Mg , Mn para catalisar reações químicas. Atuam como transportadores de elétrons ou
prótons durante as reações.
▪ Ou molécula orgânica complexa:
coenzimas. São moléculas orgânicas mais complexas e derivadas de vitaminas, que
atuam como transportadoras de grupos químicos específicos durante as
reações.
▪ Algumas enzimas requerem ambos.
Exemplos de coenzimas: são a NAD+ (Nicotinamida adenina dinucleotídeo) e a FAD (flavina adenina dinucleotídeo), que
são derivados da vitamina B3 e atuam como transportadores de elétrons.
Enzimas

▪ Em geral, as enzimas levam o nome do


substrato que elas modificam ou o da
atividade que exercem mais o sufixo “-
ase” .
Classes de enzimas
Classe Tipo de reação Sub-classes
Dehidrogenases,
oxidases,
peroxidases,
redutases

Transferases,
glicosiltransferases,
aminotransferases

Esterases,
glicosidases,
peptidases,
amidases

C-C - Liases
C-O - Liases
C-N - Liases
C-S - Liases

Epimerases,
Cis trans
isomerases

C-C - Ligases
C-O - Ligases
C-N - Ligases
C-S - Ligases
TRANSFERENCIA ADIÇÃO

FORMAÇÃO
REAÇÃO

Classificação das enzimas


No Classe Tipo de rx catalisada
1 Oxidorredutases Transferência de e-
2 Transferases Transferência de grupos
3 Hidrolases Reações de hidrólise
4 Liases Adição de grupos em ligações duplas ou
formação de ligações duplas pela
remoção de grupos
5 Isomerases Transferência de grupos dentro da
mesma molécula
6 Ligases Formação de ligações C-C, C-S
Enzimas

Algumas enzimas necessitam de


cofatores são moléculas inorgânicas, como os íons metálicos que se ligam a enzimas
para catalisar reações químicas. Atuam como transportadores de elétrons
ou prótons durante as reações.

▪ Chamadas de coenzimas.
 NAD+ ou NADP+
 FAD

 Numerosas coenzimas são vitaminas


pertencentes ao grupo B.
Enzimas

Algumas enzimas necessitam de


cofatores são moléculas inorgânicas, como os íons metálicos que se ligam a enzimas
para catalisar reações químicas. Atuam como transportadores de elétrons ou
prótons durante as reações.

▪ A coenzima pode também ser um metal


ou outro grupo prostético que se
encontra ligado de forma covalente à
enzima.
Grupo prostético é um componente de natureza não-proteica de proteínas conjugadas que é
essencial para a atividade biológica dessas proteínas. Os grupos prostéticos podem ser
orgânicos (como por exemplo uma vitamina ou um açúcar) ou inorgânicos (por exemplo, um íon
metálico) e encontram-se ligados de forma forte ou covalente com a enzima para auxiliar as
reações químicas. Alguns exemplos de grupos prostéticos incluem o grupo heme da
hemoglobina e os derivados de vitaminas tiamina, pirofosfato de tiamina e biotina.
Enzimas

Elementos inorgânicos como cofatores

Elemento Enzima
Fe+2 ou Fe+3 Citocromo oxidase, catalase, peroxidase
Cu+2 Citocromo oxidase
Zn+2 Anidrase carbônica
Mg+2 Hexoquinase, glicose-6-fosfatase
Mn+2 Arginase, ribonucleotídeo redutase
K+1 Piruvato quinase
Ni+2 Urease
Enzimas

▪ Uma coenzima (ou íon metálico) que está


covalentemente ligada à parte protéica
da enzima é chamada de grupo
prostético.

▪ Uma enzima completa, cataliticamente


ativa, unida à sua coenzima e/ou íons
metálicos, é chamado de holoenzima.
e são combinadas
Enzimas

▪ A parte exclusivamente protéica desta


enzima é chamada de apoenzima ou
apoproteína.

▪ As coenzimas funcionam como


transportadoras transitórias de grupos
funcionais específicos.

são moléculas orgânicas derivadas de vitaminas, em especifico do


grupo B (B1, B2, B3, B6)
Coenzimas que funcionam como transportadores

Coenzima Exemplos Precursor


Tiamina pirofosfato Aldeídos Tiamina (vitamina B1)
Flavina adenina Elétrons Riboflavina (vitamina B2)
dinucleotídeo
Nicotinamida Íon hidreto (:H-) Ácido nicotínico (niacina)
adenina
dinucleotídeo
Coenzima A Grupos acila Ácido pantotênico
Piridoxal fosfato Grupos amino Piridoxina (vitamina B6)
Tetraidrofolato Unidades Folato
monocarbônicas
Enzimas

▪ Muitas vitaminas, nutrientes orgânicos


são precursores de coenzimas.

▪ As enzimas são classificadas pelas rx


que elas catalisam.
Enzimas

As enzimas na cinética das rx

▪ As enzimas aceleram a velocidade da rx


por diminuir sua energia de ativação.

Em resumo, a energia de ativação da enzima é a


quantidade mínima de energia necessária para
ACELERA A VELOCIDADE
que uma reação química ocorra na presença da
DA REAÇAO E DIMINUI A
enzima. A enzima reduz a energia de ativação
ENERGIA DE ATIVAÇÃO
necessária para a reação ocorrer, acelerando a
velocidade da reação química.
Enzimas

▪ Numa rx espontânea, que mostra a


variação de energia livre do sistema em
função de um parâmetro genérico da rx
que mede a sua progressão.

▪ A energia livre dos produtos é menor do


que a dos reagentes.
Enzimas
o reagente só vai se transformar em produto quando passar por um estado de
maior energia livre.

▪ O reagente para se transformar em


produto deve passar por um estado
intermediário, de maior energia livre.

▪ Para reagir, as moléculas devem ter uma


quantidade de energia que lhes permita
atingir o estado reativo: estado de
transição.
as moléculas só iram reagir quando tiver uma quantidade de energia que lhes permite atingir o
ESTADO REATIVO, CONHECIDO COMO ESTADO DE TRANSIÇÃO.
Variação de energia livre
Enzimas

▪ A velocidade de uma rx química pode ser


aumentada:

 Aumentando a concentração do reagente


 Elevando a T
 Diminuindo a energia de ativação
Enzimas
QUANDO A VELOCIDADE DA REAÇAO É
AUMENTADA A TEMPERATURA VAI SER
MAIOR , VAI AUMENTAR A CONCENTRAÇAO
DE REAGENTE E VAI DIMINUIR A ENERGIA
DE ATIVAÇÃO.

Energia de atv vai diminuir

Variação de temperatura
Enzimas

Variação de temperatura e energia


Enzimas

Variação na distribuição de energia


Enzimas

▪ O substrato é modificado quimicamente


e convertido em um ou mais produtos
(P).
▪ Essa rx geralmente é reversível:

E+S [ES] E+P


Enzimas

▪ As enzimas podem formar ligações


covalentes entre átomos do substrato
(síntese) ou podem rompê-las
(degradação).

▪ As enzimas aceleram a rx até que seja


alcançado um ponto de equilíbrio.
as enzimas vão continuar acelerando a reação até chegar a um ponto de equilíbrio.
Enzimas

▪ A velocidade de rx pode ser 108 a 1011


vezes mais rápida do que na ausência
de catalisador.

▪ Característica importante da atividade


enzimática: especificidade.
As enzimas possuem um sítio ativo, uma região específica da proteína que se liga à
Enzimas
molécula alvo da reação química, chamada de substrato. Quando o substrato se liga ao
sítio ativo da enzima, ocorre uma mudança conformacional na enzima, que reduz a
energia de ativação necessária para a reação ocorrer. A redução da energia de ativação
permite que a reação ocorra a uma velocidade muito maior do que ocorreria na ausência
da enzima.
Os substratos se ligam ao sítio ativo das
enzimas
▪ A enzima e o substrato exibem uma
interação semelhante à de uma
fechadura com sua chave.
quando se ligarem vai haver uma mudança na enzima e vai diminuir a energia
de ativação
▪ A enzima possui um sítio ativo,
complementar a um dos domínios do
substrato. região específica da proteína, que
se liga e transforma os substratos
em produto.
Enzimas

▪ O sítio ativo da enzima se faz


complementar ao substrato somente
depois de ter se unido a ele; é o
chamado encaixe induzido.
só vai ocorrer quando o sítio ativo de complementar ao substrato

▪ A ligação com o substrato induz uma


mudança de conformação na enzima, e
somente os grupos catalíticos entram em
contato íntimo com o substrato.
vai ocorrer essa mudança quando o sítio ativo de ligar ao substrato
Enzimas

Mudança da conformação da enzima


Enzimas

Encaixe induzido
Enzimas

▪ A concentração do substrato afeta a


velocidade das reações enzimáticas.

▪ A concentração do substrato [S] varia


durante o curso de uma dada rx à medida
que o substrato é convertido em produto.
As reações enzimáticas são frequentemente catalisadas em duas etapas principais: a formação do
Enzimas
complexo enzima-substrato (ES) e a conversão do ES em produto (P) e enzima livre. Essas etapas
são conhecidas como etapa de ligação e etapa de reação, respectivamente.

▪ O comportamento cinético de muitas


enzimas é definido pelos parâmetros
Vmáx e Km

▪ As rx enzimáticas são catalisadas em


duas etapas.
Enzimas

1. Corresponde à ligação da enzima com


o substrato: ETAPA DE LIGAÇÃO
K1
E+S [ES]
K2
Na primeira etapa, o substrato se liga ao sítio ativo da enzima para formar o complexo ES. A
afinidade da enzima pelo substrato é determinada pela constante de afinidade (Km), que é a
concentração de substrato necessária para que a enzima atinja metade de sua velocidade
máxima (Vmax). Quanto menor o valor de Km, maior a afinidade da enzima pelo substrato.

Quanto maior o valor de km, menor afinidade da enzima com pelo substrato.
Enzimas
Na segunda etapa, o complexo ES sofre uma reação química para produzir o produto P e a
enzima livre. A velocidade máxima (Vmax) da reação é alcançada quando todos os sítios ativos
da enzima estão ligados a moléculas de substrato. A partir daí, a velocidade da reação não pode
ser aumentada, pois a enzima está saturada com substrato

2. O complexo ES se desdobra no
produto e a enzima. ETAPA DE REAÇÃO
K3
[ES] E+P
K4

▪ K1, K2, K3 e K4 são constantes de


velocidade das rx.
Enzimas
a velocidade de uma reação vai ser determinada pela concentração do reagente
(S) e por uma constante de velocidade (k).

▪ A velocidade de qualquer rx é
determinada pela concentração do
reagente (S) e por uma constante de
velocidade (k).
▪ Para a rx unimolecular S-P, a velocidade
da rx V:
V=k[S] Depende só de 1 substrato

▪ Denominado rx de 1ª ordem
Enzimas

▪ Se a velocidade de rx depende da
concentração de dois compostos
diferentes, a rx é conhecida como de 2ª
ordem, k é uma constante de velocidade
de 2ª ordem

V=k[S1] [S2] quando depende de 2


substrato
Enzimas

▪ V = Vmáx [S]
-------------
Km + [S]

▪ Km é a constante de Michaelis-
Menten
A constante de Michaelis-Menten (KM) é definida como a concentração
de substrato necessária para que metade da velocidade máxima da
reação seja atingida. O KM de um substrato para uma enzima
específica é característico e fornece um parâmetro de especificidade
deste substrato em relação à enzima
Cinética de Michaelis–Menten
A cinética de Michaelis-Menten é uma teoria que descreve a taxa de reação de uma enzima catalisando
uma reação química. Segundo a teoria, a velocidade de uma reação enzimática depende da
concentração de substratos. Quando a concentração de substratos é baixa, a velocidade da reaçao
aumenta proporcionalmente a concentração dos substratos. Porém, quando a concentração de
substratos aumenta, a velocidade da reação atinge um limite máximo, conhecido como Vmáx.

Quando:

A cinética de Michaelis-Menten também descreve a relação entre a concentração de substratos e a


constante de Michaelis, que é uma medida da afinidade da enzima pelo substrato. A constante de
Michaelis é definida como a concentração de substrato na qual a velocidade da reação é igual a
metade da velocidade máxima (Vmáx/2).
Cinética de Michaelis–Menten

• Velocidade x concentração de substrato


• Vmax: velocidade máxima
• Km: concentração de substrato na qual a reação acontece na metade da velocidade máxima
• Na Vmax virtualmente todas as moléculas de enzima estão com seus sitios ativos ocupados
• No Km (constante de Michaelis) metade das moléculas de enzima presentes no meio de
reação estão com seus sítios ocupados.
• Km é uma medida da afinidade da enzima pelo substrato, quanto menor o Km maior a
afinidade.
Cinética enzimática
É o estudo de como a velocidade da enzima varia em função da concentração de
substrato
100mmol/min

100 [S] Velocidade


mmol/L mmol/min.
Velocidade mmol/min.

75
0 0
0,2 25
50 0,5 50
1,0 74
0,5mmol/L 2,0 85
25 3,0 90
4,0 94
5,0 97
0
0 6,0 99
1 2 3 4 5 6
[S] mmol/L
Parâmetros cinéticos
Velocidade máxima (Vmáx): é a velocidade máxima alcançada pela enzima
Km: é a concentração de substrato que faz com que a enzima funcione na metade da Vmáx
Diferentes concentrações de substrato
Enzimas

Variação dos componentes da rx


quando a concentração de subst. é baixa, a Enzimas
velocidade da reação vai ser mais rápida, e
a concentração de substratos vai aumentar
proporcionalmente.

▪ A velocidade da rx é diretamente
proporcional à concentração da enzima.

▪ A dosagem de uma enzima é obtida pela


medida de sua atividade.
Enzimas

▪ 1. A força catalítica das enzimas é


derivada da energia livre liberada na
formação das múltiplas ligações fracas
e interações que ocorrem entre a
enzima e seu substrato.
fazem interações
Enzimas

▪ Essa energia de ligação provê tanto


especificidade quanto catálise.

▪ 2. As interações fracas atingem o estado


ótimo no estado de transição da rx.
Enzimas

▪ A atividade enzimática pode ser


diminuída por numerosas substâncias,
denominadas de inibidores.

▪ Algumas dessas substâncias são


constituintes normais das células.

▪ Outras são estranhas aos organismos.


Enzimas

▪ Os inibidores enzimáticos cumprem um


papel regulador importante.

▪ A atividade das enzimas sensíveis à sua


ação dependerá da concentração do
inibidor em um determinado instante.
Enzimas

▪ Como estes inibidores são produzidos


pelas próprias células, a variação de
sua concentração é um recurso para o
controle da velocidade.
Enzimas

Os inibidores das enzimas são muito


específicos

▪ As enzimas podem ser inibidas


reversível ou irreversivelmente.

▪ Duas formas de inibição reversível:


competitiva e não competitiva.
Inibidores irreversíveis
Inibidores irreversíveis inativam as enzimas
de forma definitiva ou por um longo período
Enzimas

Inibidor competitivo
▪ Concorre com o substrato pelo sítio
ativo da enzima.
▪ A rx não ocorre enquanto o inibidor (I)
estiver ligado à enzima.
▪ Durante o tempo em que o inibidor
ocupa o sítio ativo ele impede a ligação
do substrato.
Enzimas

Inibidor competitivo

▪ Como a inibição e reversível, a


competição pode se tornar favorável
ao substrato, adicionando ao meio
mais substrato.
Enzimas

Inibição competitiva
Inibição competitiva

Inibidor tem estrutura molecular semelhante à do substrato

 [S] deslocar inibidor do


sítio ativo e manter Vmax

V max é constante na presença do inibidor devido à


grande quantidade de substrato
Enzimas

Inibição não competitiva

▪ Esses inibidores não apresentam


semelhança estrutural com o substrato
da rx que inibem.

▪ Seu efeito é provocado por ligação a


radicais que não pertencem ao centro
ativo.
Enzimas

Inibição não competitiva

▪ Essa ligação altera a estrutura da


enzima.
▪ Inviabiliza a catálise.
▪ Ação inespecífica.

O inibidor não-competitivo altera a Vmax da


enzima mas, como não mexe no sítio ativo,
o Km não se altera.
Enzimas

Inibição não competitiva


Enzimas

Inibição não competitiva


Inibição não competitiva

Inibidor se liga em um
sítio diferente do centro
ativo, impede a reação do
complexo ES.
Enzimas

Inibição competitiva e não competitiva


Enzimas

As enzimas da célula estão


distribuídas em múltiplos
compartimentos

▪ As enzimas que intervêm em uma


cadeia de rx estão associadas e atuam
juntas sob a forma de um complexo
multienzimático.
Enzimas

As enzimas da célula estão


distribuídas em múltiplos
compartimentos

▪ Os sistemas multienzimáticos facilitam


as rx sucessivas porque estas ocorrem
a uma distância mínima entre si.
Enzimas

▪ As interações fracas entre enzimas e


substratos são otimizadas no estado
de transição.

▪ As enzimas usam a energia de ligação


para prover especificidade de reação e
efeito catalítico.
Enzimas

▪ Essa mesma energia de ligação que


fornece a energia para a catálise é
também quem faz a enzima específica.

▪ Especificidade: habilidade da enzima


de discriminar entre dois substratos
competidores.
Enzimas

Regulação da atividade enzimática

▪ Algumas enzimas são sintetizadas em


uma forma inativa: zimogênio.

▪ Isoenzimas são formas diferentes de


uma mesma enzima.
Regulação da atividade enzimática
1. Regulação pelo produto
(feedback negativo) 1.1 – Inibição pelo produto imediato da enzima
Sítio
regulador

1.2 – Inibição pelo produto final da via


S Enzima P
Quando produto da Quando o produto se liga ao
via se liga à enzima sítio regulador inativa a enzima
regulatória da via
inibe sua atividade...

Enz.
S Enzima 1 A Enz. 2 B C 4 P
...e, por conseqüência,
inibe a via Via metabólica
Regulação da atividade enzimática
2 - Regulação por fosforilação-defosforilação
ciclo fosforilação-defosforilação

forma ATP cinase ADP Forma


defosforilada fosforilada
fosforilação

OH OPO3-2
Enzima Enzima

Forma ativa defosforilação Forma inativa


(ou forma inativa) (ou forma ativa)

fosfatase
PO4-3
✓Cinase: enzima regulatória que fosforila outras enzimas
✓Fosfatase: enzima regulatória que defosforila outras enzimas
✓A fosforilação é uma modificação covalente reversível
Fatores que afetam a atividade enzimática:

1. Condições do meio que afetam estabilidade protéica


• pH
• temperatura

2. Tempo da reação

3. Concentração dos reagentes


• a enzima
• o substrato
• co-fatore(s)

Vários são os fatores que afetam o funcionamento das enzimas como catalisadores.
Alguns desses fatores são decorrentes da natureza proteica das enzimas, como o
efeito do pH e da temperatura. Para se estudar o efeito isolado de um dos fatores
acima, é necessário que todos os outros fatores sejam mantidos fixos.
Enzimas

Regulação da atividade enzimática

▪ A atividade enzimática é afetada pelo


valor do pH.
▪ A atividade enzimática é afetada pela
temperatura.
Efeito do pH

• pH ótimo.
• Protonação/desprotonação
do sítio ativo.
• Em pHs extremos a
proteína é inativada por
desnaturação.
Efeito da temperatura na atividade
enzimática

• O aumento de temperaura
geralmente acarreta um aumento
na atividade enzimática.
• Até um valor de temperatura em
que começa a haver
desnaturação e consequente
perda de atividade.
Enzimas e tratamento de
contaminantes

• As enzimas podem degradar contaminantes ambientais até a completa


mineralização, ou em outros casos, eliminar a toxicidade.

• Podem ser imobilizadas em suportes insolúveis (orgânicos ou


inorgânicos), de modo a permitir seu reuso, tanto em processos
contínuos ou em batelada.

• Podem atuar em sistemas de tratamento de água, efluentes


industriais, ou mesmo em remediação ambiental.
Degradação de contaminantes

Enzima Especificidade Degradam

Lyases Quebra de ligações: C-C, C-O Solventes orgânicos


e C-N diversos.

Descarboxilases Remoção de carbonila Pesticidas, medicamentos,


resinas.
Dehalogenases Remoção de halogênios Hidrocarbonetos aromáticos
policíclicos (PAH’s)
halogenados.

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