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Técnico em Enfermagem
Assistência Domiciliar
Técnico em Enfermagem
Assistência Domiciliar
SUMÁRIO
9
Conteúdos:
Educação Corporativa e Comportamental no Domicílio
(Enfermagem x Equipe x Família);
Objetivo(s):
Propiciar ao profissional a maturidade no manejo de situações do
ambiente domiciliar como local de cuidado profissional;
10
Recursos de uma empresa
● Recursos físicos;
● Recursos financeiros;
● Recursos materiais;
● Recursos tecnológicos;
● Recursos processuais;
● Recursos humanos.
11
A pessoa: foco principal no processo de trabalho
De acordo com Chiavenato (2014), as pessoas
são os principais recursos de uma
organização.
12
Ambientes de trabalho na enfermagem
13
Comportamento no ambiente de trabalho
O comportamento de um profissional
poderá ser influenciado pelo ambiente de
trabalho em que ele está inserido.
14
A casa do paciente como local de trabalho
Diferente de ambientes tradicionais, como
hospitais e clínicas, no atendimento
domiciliar a casa do paciente é o local de
trabalho da equipe de enfermagem.
15
A casa do paciente como local de trabalho
16
A casa do paciente
como local de trabalho
Diante de tantas dificuldades identificadas quando a
casa do paciente é o ambiente de trabalho do
profissional de enfermagem, como é possível enfrentá-
las?
17
Educação, comportamento e ambiente de trabalho
É preciso que ações educativas sejam
realizadas para que os profissionais possam
se desenvolver e aplicar na prática os
conceitos fundamentais da empresa,
independente do local de atuação.
Treinamento de equipe.
18
Educação corporativa
A educação corporativa é um projeto de formação e
desenvolvimento de colaboradores, com o objetivo de
institucionalizar uma cultura de aprendizagem contínua.
19
Estratégias para a educação corporativa
Programa de educação continuada:
● treinamentos;
● capacitações;
● cursos;
● campanhas de endomarketing;
● parcerias com instituições de ensino
externas;
● avaliações e reavaliações das
necessidades da equipe.
20
Benefícios da educação
no comportamento
● Aumento da segurança na execução das atividades;
● Melhora nas relações humanas;
● Aumento na assertividade das ações;
● Melhora no engajamento e comprometimento da
equipe;
● Aumento da sensação de satisfação do colaborador.
21
Relato de caso
“Eu trabalho na casa da Maria, cuidando do João Pedro, que
tem cinco anos. Eu adoro o atendimento domiciliar.
Primeiro, eu não tenho chefe o dia inteiro no meu pé, dá
pra chegar uns minutinhos atrasada sem nenhum
problema, pois minha colega segura pra mim tranquilo. Ela
não trabalha em outro mesmo, eu atraso porque tenho que
trabalhar em dois. Chego lá e já coloco meu chinelo e vou
tomar café. Venho morrendo de fome do hospital.
22
Relato de caso
Tem dias que eu dou banho às 9 horas, tem dia que é às 10
horas, às vezes até às 11h. Trabalhar em casa é bom pois
não precisa do jaleco, eu detesto jaleco. Tem poucas
medicações e só um paciente para cuidar. A evolução é
bem simples e não precisa anotar tudo igual no hospital. A
Maria é minha amiga, ela sempre compra artesanato na
minha mão. Faço crochê para complementar a renda.
Trabalhando aqui dá até tempo de fazer algumas peças.
Trabalhar no Home Care é bom demais. Eu adoro!”
23
Dicas de comportamento no trabalho
Seja flexível: cada casa possui uma rotina e
devemos respeitá-las. Horários de banho,
alimentação e recreação, por exemplo,
sempre devem ser ajustados de acordo com
a rotina de cada casa.
24
Dicas de comportamento no trabalho
Atentar para a liberdade em excesso: Seu
papel na residência é profissional. Desta
forma, utilize o bom senso para saber até
que ponto poderá aceitar uma gentileza ou
liberdade dada pela família.
25
Dicas de comportamento no trabalho
Não se envolver em questões familiares:
não opine ou participe de questões que não
sejam os cuidados de enfermagem
prestados na casa.
26
Dicas de comportamento no trabalho
Valorizar o saber da família: é importante
valorizarmos o conhecimento da família, em
consideração à saúde do paciente.
27
Dicas de comportamento no trabalho
Atentar para as suas funções: não execute
os afazeres domésticos, pois sua função
dentro da casa é assistencial.
28
Dicas de comportamento no trabalho
Valorizar sua imagem profissional: seja
pontual, utilize as vestimentas adequadas,
execute suas tarefas como planejado e
registre todos os cuidados executados.
29
“Educação não transforma o
mundo. Educação muda
pessoas. Pessoas
transformam o mundo”.
- Paulo Freire
30
Materiais Complementares
31
Referências Bibliográficas
32
Aula 2
A trajetória histórica da
assistência domiciliar
33
Conteúdos:
Conceitos e histórico da assistência domiciliar no Brasil e no
Mundo.
Objetivo(s):
Contextualizar a história do atendimento domiciliar no Brasil e no
Mundo.
34
Você sabe o que é atenção domiciliar?
35
A atenção domiciliar
A atenção domiciliar (AD) é o conjunto de
ações em saúde oferecidos na casa do
paciente, que abrange:
● promoção;
● prevenção;
● tratamento;
● reabilitação.
Para garantir a continuidade do cuidado, esse
serviço é integrado à Rede de Atenção à Saúde.
36
A atenção domiciliar
De forma geral, a AD colabora para o
estreitamento de laços entre o paciente e seus
familiares, além de reduzir os desgastes físicos
e mentais do cuidador, vinculados à
permanência prolongada em um leito
hospitalar.
37
A atenção domiciliar
Os benefícios da AD são diversos e envolvem:
● melhoria da qualidade de vida dos pacientes;
● redução da ocupação de leitos hospitalares com menor
custo para o sistema de saúde;
● maior conforto e autoestima;
● redução do tempo de tratamento.
38
As origens da atenção domiciliar
no mundo
● Alguns registros e estudos mencionam a origem das ações
de assistência domiciliar. Uma delas foi a atuação de
Imhotep. Um médico que atuava no Egito, no século XIII
a.C., era responsável por cuidar de pessoas na residência e
até mesmo do faraó em seus aposentos luxuosos.
● Outros mencionam a Grécia antiga, como local em que o
médico Asclépios realizava o cuidado domiciliar de doentes.
39
A atenção domiciliar no mundo
● A Igreja Católica é conhecida por
promover ações com foco no cuidado de
pessoas mais vulneráveis;
● Em 1813, mulheres americanas
pertencentes à sociedade beneficente de
Charleston, começaram a visitar pessoas
doentes em situações precárias, como
um ato de amor ao próximo.
40
A atenção domiciliar no mundo
Em 1947, nos Estados Unidos, ocorreram
muitos casos de doenças infecto-contagiosas,
que acarretou em:
● superlotação dos leitos hospitalares,
fazendo com que encaminhassem os
paciente para casa;
● tratamentos em casa mediante a ação de
cuidadores informais, como parentes,
normalmente sem conhecimento
científico para atuarem na área.
Doenças infectocontagiosas.
41
A atenção domiciliar no mundo
A partir de 1970, a AD torna-se mais valorizada por gestores de
serviços privados de saúde, ao perceberem que proporciona:
● a redução de custos;
● uma alternativa ao internamento hospitalar.
42
A atenção domiciliar no mundo
Nos países europeus, a AD varia entre a
atenção à saúde e a assistência social, com:
● exclusividade para idosos com doenças
complexas;
● pacientes em cuidados paliativos;
● apoio moral e psicológico.
Na América latina, apesar de existirem diversos
formatos de AD, há precariedade de ações
federais voltadas para esse tipo de cuidado.
43
Histórico da atenção domiciliar brasileira
● No Brasil, as origens da atenção
domiciliar foram provenientes dos
médicos de família;
● Quem eram os médicos de família?;
● As pessoas que não possuíam condições
financeiras suficientes para pagar aos
médicos dependiam da filantropia, do
curandeirismo e da sabedoria popular;
44
Histórico da atenção domiciliar
brasileira
● A primeira prática domiciliar no Brasil foi através do Serviço
de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU), em
1949;
● Em 1963, a atenção domiciliar começou a ser executada
mediante planejamento do setor público, organizado no
Hospital de Servidores Públicos, em São Paulo.
45
Histórico da atenção domiciliar no Brasil
Processo de regulamentação e de políticas
públicas.
● Portaria nº 2.416, 1998: estabelece
requisitos para o credenciamento de
hospitais e critérios para realização de
internação domiciliar no SUS;
46
Histórico da atenção domiciliar no Brasil
● Na década de 2000, é criado o programa
de Atenção Domiciliar Terapêutica
para Aids (ADT-Aids) e o programa
direcionado à atenção dos idosos, que
possuíam legislações especiais;
● Algum tempo depois, foi instituída a Lei
nº 10.424, de 15 de abril de 2002, que
regulamentou a assistência domiciliar
no SUS;
Legislação brasileira.
47
Histórico da atenção domiciliar no Brasil
● Durante o período de 2006 a 2013, foram
publicadas mais portarias, com destaque
para o lançamento do Programa Melhor
em Casa, instituído pela Política Nacional
de Atenção Domiciliar no SUS em 2011;
48
Histórico da atenção domiciliar
no Brasil
● Atualmente, a Portaria que normatiza o funcionamento do
Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) no SUS é a
825/2016/GM/MS;
● O SAD demanda profissionais qualificados, pois esse tipo
de assistência exige boa interação com pacientes,
cuidadores, familiares e equipe, assim como, autonomia,
compromisso e habilidades técnicas e científicas.
49
Estrutura dos serviços de atenção domiciliar
● As ações de AD são executadas pelas
Equipes Multiprofissionais de Atenção
Domiciliar (EMAD) e Equipes
Multiprofissionais de Apoio (EMAP);
● A EMAD é formada por médicos,
enfermeiros, assistentes sociais e
fisioterapeutas;
● A EMAP possui fonoaudiólogos,
fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos,
fisioterapeutas e/ou assistentes sociais.
50
Considerando o histórico da AD e os
princípios éticos que norteiam o
trabalho do técnico de enfermagem e o
SUS, quais são os desafios da atuação
do técnico de enfermagem
atualmente?
51
Atuação na atenção domiciliar
Para atuar na AD, é preciso romper com o
modelo de ensino curativista, muito presente
em instituições de saúde.
Modelo curativista.
52
Atuação na atenção domiciliar
O cuidado no domicílio implica no
enfrentamento diário de muitos desafios,
como a elaboração do plano de cuidados do
paciente, que demanda:
● organização;
● comprometimento profissional;
● acolhimento.
53
Atuação na atenção domiciliar
No SUS, é preciso assegurar o apoio através da
Rede de Atenção à Saúde para concretizar os
princípios de universalidade e integralidade de
acesso a todos os pacientes em tempo
oportuno.
54
A realização do cuidado na atenção
domiciliar implica no olhar para o
paciente como ser que possui
sentimentos e que traz consigo
elementos complexos de vida.
55
Materiais Complementares
PROCÓPIO, L. C. R. et al. A atenção domiciliar no âmbito do
Sistema Único de Saúde: desafios e potencialidades. Saúde
debate, 2019. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/sdeb/a/Yz6YQWK9z67wqgrssVY7LB
k/?lang=pt. Acesso em: 28 jun. 2022.
57
Referências Bibliográficas
BRASIL. Lei nº 10.424, de 15 de abril de 2002. Acrescenta
capítulo e artigo à Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990,
que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção
e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento
de serviços correspondentes, e dá outras providências,
regulamentando a assistência domiciliar no Sistema Único
de Saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 abr. 2002.
Disponível em:
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2002/lei-10424-
15-abril-2002-330467-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso
em: 28 jun. 2022.
58
Referências Bibliográficas
CARVALHO, Luis Claudio de. A disputa de planos de
cuidado na atenção domiciliar. Dissertação (mestrado) -
Programa de pós-graduação em medicina. Universidade
Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: 2009. Disponível
em:
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraF
orm.do?select_action=&co_obra=154021. Acesso em: 28
jun. 2022.
59
Referências Bibliográficas
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria MS/GM nº 2.527 de 27 de
outubro de 2011. Redefine a atenção domiciliar no âmbito
do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União,
Brasília, DF, v. 1, n. 208, out. 2011. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt09
63_27_05_2013.html. Acesso em: 28 jun. 2022.
60
Referências Bibliográficas
REHEM, Tânia Cristina Morais Santa Bárbara; TRAD, Leny
Alves Bomfim. Assistência domiciliar em saúde: subsídios
para um projeto de atenção básica brasileira. Ciênc. Saúde
Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, 2005. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/csc/a/cPdZKCTvzRVcBxhNTjJLJRw/a
bstract/?lang=pt. Acesso em: 28 jun. 2022.
61
Aula 3
Políticas, Programas e
Redes de Apoio na Atenção
Domiciliar
62
Conteúdos:
Políticas, Programas e Redes de Apoio na Atenção Domiciliar.
Objetivo(s):
Conhecer a rede de atendimento que orienta a atuação no
atendimento domiciliar.
63
Serviço de atenção domiciliar no Brasil
O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) é um
dos componentes do Sistema Único de Saúde
(SUS). Atualmente, é regulamentado pela
portaria nº 825, de 25 de abril de 2016.
Ela orienta que o SAD seja organizado na
perspectiva das Redes de Atenção à Saúde
(RAS), em articulação com os outros pontos de
atenção à saúde, reduzindo a fragmentação da
assistência.
64
Serviço de atenção domiciliar no Brasil
Os objetivos do SAD são:
● reduzir a procura pelo atendimento
hospitalar;
● reduzir o tempo de permanência de
usuários internados;
● humanizar a atenção à saúde;
● otimizar os recursos financeiros e
estruturais da Rede de Atenção à Saúde.
65
Programa Melhor em Casa
O Programa Melhor em Casa, pertencente ao
SAD.
De acordo com a proposição da Portaria
Ministerial n° 1.600, de julho de 2011, o
programa é um dos componentes das Redes
de Atenção às Urgências e Emergências.
66
Solicitação de acesso ao SAD
Ela deve ser realizada em instrumento próprio e encaminhada ao
SAD. Na solicitação deve constar os aspectos clínicos, históricos,
exames, intercorrências e justificativas.
As solicitações de acesso ao SAD podem iniciar:
● pelo Judiciário;
● família;
● pacientes;
● pessoas conhecidas.
67
Pacientes indicados ao SAD
O SAD é indicado à pessoas clinicamente
estáveis que precisam de atenção por sua
condição restrita ao leito, necessitando, pelo
menos de:
● monitorização contínua;
● assistência contínua de enfermagem;
● tratamento cirúrgico urgente;
● uso de ventilação mecânica invasiva;
● propedêutica, que é referente ao
histórico clínico do paciente.
Seja em modo temporário, definitivo ou em Ventilação mecânica invasiva utilizada em
estado de fragilidade. pacientes em AD.
68
Níveis de assistência
A Atenção Domiciliar, no âmbito do SUS, deverá ser organizada
em três modalidades, com assistência prestada pelas suas
respectivas equipes:
● AD1: Equipes de Saúde da Família e do Núcleo de Apoio à
Saúde da Família (NASF);
● AD2: Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD)
e da Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP);
● AD3: mesmas equipes da AD2.
69
Perfil do paciente de Atenção Domiciliar 1
É aquele que recebe cuidados com menor
frequência, pois apresentam:
● problemas de saúde controlados;
● dificuldade ou impossibilidade física de
locomoção.
70
Perfil do paciente de Atenção Domiciliar 2
Recebe visitas com maior frequência para
evitar ou reduzir a hospitalização.
● Normalmente são pacientes:
● portadores de doenças agudas que
precisam de maior cuidado ou de
doenças crônico-degenerativas;
● em cuidados paliativos com necessidade
de acompanhamento semanal;
● bebês desnutridos, que precisam ganhar
peso.
A EMAD será responsável pelos cuidados de um
recém-nascido com baixo peso e que necessite
de um acompanhamento multiprofissional no
domicílio.
71
Perfil do paciente de Atenção Domiciliar 3
É o mesmo usuário da AD2, mas precisa de um
cuidado multiprofissional mais recorrente e
uso de equipamentos e procedimentos mais
complexos, como:
● ventilação mecânica;
● paracentese;
● nutrição parenteral;
● transfusão sanguínea.
72
Fluxos assistenciais
Se necessário, a AD2 e AD3 deverão ser garantidos por:
● transporte sanitário;
● retaguarda de unidades assistenciais de funcionamento 24
horas (definidas previamente como referência para o
usuário, nos casos de intercorrências).
73
Atenção domiciliar e intersetorialidade
O que é a intersetorialidade?
● Representa um dos princípios do SUS na
articulação entre diversos setores, com o
objetivo de enfrentar problemas
complexos;
● Seu objetivo é diminuir a fragmentação
dos conhecimentos, a fim de
potencializar a promoção à saúde.
74
Qual a relação entre intersetorialidade
e atenção domiciliar?
75
Atenção domiciliar e intersetorialidade
● A intersetorialidade envolve todo o
processo saúde-doença com uma visão
mais ampliada da saúde, sejam elas
sociais, econômicas ou culturais;
● Não se restringe apenas ao setor de
saúde, pois o paciente é visto de forma
holística;
● É fortalecida pelas diversas políticas
promovidas pelas instituições
governamentais e não governamentais.
76
Atenção domiciliar e intersetorialidade
É essencial a disposição dos serviços e
equipamentos sociais no ponto de vista das
Redes de Atenção à Saúde e na elaboração de
projetos terapêuticos que considerem o
indivíduo de forma singular.
77
O cuidado compartilhado e o trabalho em equipe
Para realizar o cuidado em ambiente
domiciliar, é necessária a articulação e
comunicação ativa entre os serviços de saúde.
O modo compartilhado de cuidado obriga os
profissionais de saúde a atuarem a partir de
modelos tecnoassistenciais mais horizontais.
78
O cuidado compartilhado e o trabalho em equipe
Existem elementos do paciente que devem ser
considerados ao realizar o cuidado
compartilhado entre equipes, como:
● o quadro do paciente, se necessita de
internação hospitalar ou de visitas
programadas;
● condições socioeconômicas, e sua
associação com as necessidades do
indivíduo na rede.
79
O cuidado compartilhado e o trabalho em equipe
A integralidade na assistência também diz
respeito à classificação de risco dos pacientes
em atenção domiciliar, envolvendo elementos
da rede como:
1. central de regulação de leitos;
2. serviços ambulatoriais de especialidades;
3. serviços para realização de exames
complementares;
4. serviço móvel de urgência.
Classificação de risco.
80
O cuidado compartilhado e o trabalho em equipe
A assistência à saúde está baseada no trabalho
que cause entendimento mútuo, e que
incorpore as fragilidades subjetivas do sujeito,
cuidadores e familiares de maneira ampla.
Desta forma, serão incentivados maiores graus
de autonomia e autocuidado dos indivíduos.
Autonomia do paciente.
81
82
Materiais Complementares
SAVASSI, Leonardo S. M. Os atuais desafios da Atenção
Domiciliar na Atenção Primária à Saúde: uma análise na
perspectiva do Sistema Único de Saúde. Revista Brasileira
de Medicina de Família e Comunidade, v. 11, n. 38, 2016.
Disponível em:
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/04/877913/1259-
8122-2-pb-1.pdf. Acesso em: 28 jun. 2022.
83
Referências Bibliográficas
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria GM/MS Nº 825, de 25 de
abril de 2016. Brasília, 2016.
84
Referências Bibliográficas
MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA GM/MS N° 1.600, DE
JULHO DE 2011. Brasília, 2011.
85
Aula 4
Aspectos éticos e legais da atenção
domiciliar
86
Conteúdos:
Aspectos éticos e legais da atenção domiciliar.
Objetivo(s):
Compreender os aspectos éticos e legais que orientam a
atuação no atendimento domiciliar.
87
Contexto da assistência domiciliar
A assistência domiciliar (AD), também
conhecida como home care, é um tipo de
cuidado, que é realizado no domicílio, por
uma equipe multiprofissional.
88
Importância da assistência domiciliar
A AD diminui as complicações clínicas,
reinternações, hiperlotação dos serviços de
emergência e óbitos.
89
Regulamentação da assistência domiciliar
A atenção domiciliar foi regulamentada pelo
Sistema Único de Saúde (SUS) em 2016.
90
Níveis de complexidade da AD
Menor Investigação do processo doença, prevenção,
complexidade promoção e manutenção do estilo de vida saudável.
91
Modalidades da AD
Atendimento domiciliar são ações educativas e assistenciais,
desenvolvidas pelos profissionais de enfermagem no domicílio,
direcionadas ao paciente e seus familiares.
Internação domiciliar é a prestação de cuidados
sistematizados no domicílio, de forma integral e contínua, para
pacientes que precisam de assistência semelhante àquela
oferecida em ambiente hospitalar.
92
Modalidades da AD
Visita domiciliar é o contato pontual da equipe de
enfermagem para avaliação das demandas exigidas pelo
usuário ou familiar, refere-se ainda ao ambiente onde vivem.
93
Prescrição do cuidado domiciliar
O enfermeiro é o responsável por realizar
funções assistenciais, administrativas,
educativas e de pesquisa.
94
Questões éticas
Beneficência e Agir em benefício dos outros, impedir males ou
não maleficência danos a eles e não causar mal ou dano às pessoas.
95
Composição da equipe
de enfermagem
A equipe de enfermagem é composta exclusivamente por:
● enfermeiros;
● técnicos de enfermagem;
● auxiliares de enfermagem.
Todos os profissionais da equipe devem estar cadastrados no
COREN de sua jurisdição.
96
Registros da enfermagem
no prontuário
● Resumo dos dados coletados sobre a pessoa, família ou
coletividade humana;
● Diagnósticos de enfermagem sobre as respostas da
pessoa, família ou coletividade humana;
● Ações ou intervenções de enfermagem realizadas de
acordo com os diagnósticos identificados;
97
Registros da enfermagem
no prontuário
● Resultados alcançados nas ações ou intervenções de
enfermagem realizadas;
● Registros, em documentos próprios da enfermagem, as
informações imprescindíveis sobre as condições
ambientais e os recursos humanos e materiais.
98
Registros da enfermagem no prontuário
99
Atribuições do técnico
em enfermagem
● Executar os procedimentos de acordo com as normas do
COREN;
● Manter o vínculo entre o paciente, família e equipe de
saúde;
● Estar atento ao paciente e às suas necessidade;
● Auxiliar e executar os cuidados de higiene do paciente;
100
Atribuições do técnico
em enfermagem
● Proporcionar cuidados com a alimentação;
● Auxiliar na locomoção do paciente e realizar sua
transferência da cama para cadeira e vice-versa;
● Realizar reposicionamento no leito e a massagem de
conforto;
● Administrar medicações;
101
Atribuições do técnico
em enfermagem
● Manipular a sonda vesical de demora;
● Comunicar a equipe de saúde sobre alterações no estado
do paciente;
● Realizar e trocar o curativo de acordo com a orientação do
médico ou enfermeiro responsável;
● Executar os planos de cuidados prescritos pelo
enfermeiro;
102
Atribuições do técnico
em enfermagem
● Manter o ambiente de trabalho organizado e limpo;
● Realizar a higienização dos equipamentos utilizados pelo
paciente;
● Realizar anotações clínicas sobre o quadro do paciente;
● Seguir corretamente o plano terapêutico;
103
Atribuições do técnico
em enfermagem
● Manter confidencialidade sobre o que é testemunhado na
residência;
● Dar suporte psicológico aos pacientes em AD;
● Agir com ética.
104
Direitos do profissional
Ter um local para realizar refeições fora do quarto do
paciente.
105
Programa melhor em casa
● Serviço de atendimento domiciliar oferecido pelo SUS;
● É um avanço no sistema de saúde do Brasil;
● Permite que a equipe conheça melhor e acompanhe a
realidade dos pacientes;
● É cômodo e confortável para o paciente;
106
Programa melhor em casa
● A economia com gastos hospitalares chega a 70%;
● São atendidos pacientes que necessitam de medicações
venosas, intervenções simples ou complexas;
● Criação de uma programação para implantação do
paciente e que ele ou o seu cuidador direto esteja de
acordo com a terapia planejada.
107
Referências Bibliográficas
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº
267/2001, de 12 de julho de 2001. Dispõe sobre as atividades
da Enfermagem em Domicílio-Home Care. Brasília, 12 jul.
2001. Disponível em: http://www.coren-ro.org.br/wp-
content/uploads/2014/06/Anexo-Resolucao-267.pdf. Acesso
em: 14 jun. 2022.
108
Referências Bibliográficas
SANTOS, Letícia Rosa; LEON, Casandra Genoveva Rosales
Martins Ponce de; FUNGHETTO, Silvana Schwerz. Princípios
éticos como norteadores no cuidado domiciliar. Ciência &
Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 2011. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S1413-81232011000700017. Acesso
em: 14 jun. 2022.
109
Aula 5
Perfil da criança e do adolescente
em assistência domiciliar I
110
Conteúdos:
Perfil da criança e do adolescente em Assistência Domiciliar I:
doenças congênitas, microcefalia, encefalopatia,
mielomeningocele, paralisia cerebral.
Objetivo(s):
Aprender os cuidados de Enfermagem ligados às doenças
congênitas.
111
Doenças congênitas
Surgem a partir de um grupo de alterações na
estrutura ou nas funções do corpo.
Mulher aguardando o
nascimento do filho.
112
Doenças congênitas
As causas incluem aspectos:
● genéticos;
● infecciosos;
● nutricionais;
● ambientais.
Pode ainda ser uma combinação desses aspectos.
As doenças ou anomalias congênitas mais comuns envolvem a
microcefalia, encefalopatia, mielomeningocele e a paralisia
cerebral.
113
Sinais e sintomas de doenças congênitas
Exemplos: distúrbios
Referente a alterações
metabólicos,
de uma determinada
Anomalias intelectuais,
parte do corpo,
funcionais causando deficiências
comportamentais,
degenerativos ou
no desenvolvimento.
imunológicos.
114
Doenças congênitas
O diagnóstico é realizado de acordo com a
etapa da vida na qual a criança se encontra.
115
Diagnóstico de doenças congênitas
Após o
Pré-natal No nascimento
nascimento
116
Tratamento de doenças congênitas
Realizado de acordo com as complicações
vindas das anomalias.
117
Prevenção de doenças congênitas
Inclui medidas individuais e coletivas em três níveis:
● primário — cujo objetivo é evitar problemas
embrionários e fetais;
● secundário — realizar intervenções precoces levando à
redução do número de crianças nascidas com anomalias
congênitas;
● terciária — detectar e manejar cedo as anomalias
identificadas no nascimento para melhorar a qualidade de
vida.
118
Doenças congênitas e os cuidados de enfermagem
Realizar os cuidados durante alimentação, manutenção
da respiração, cuidados com drenos e ostomias.
119
Microcefalia
Redução do tamanho da cabeça do recém-nascido devido ao
não desenvolvimento cerebral.
● Microcefalia: perímetro cefálico com mais de 2 desvios-
padrão, abaixo da média para idade gestacional e sexo;
● Microcefalia grave: perímetro cefálico a 3 desvios-padrão
abaixo da média para idade gestacional e sexo.
120
Comparação do cérebro com e sem microcefalia
121
Sinais e sintomas da microcefalia
Possui diferentes alterações, como:
● atraso no desenvolvimento;
● problemas de visão;
● problemas de audição;
● convulsões;
● dificuldades para se alimentar;
● problemas motores e de equilíbrio.
122
Fatores de risco da microcefalia
● Podem ser genéticos, patogênicos ou alterações
cromossômicas;
● Fatores ambientais, como infecções gestacionais por sífilis,
toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes e vírus
zika;
● Doenças ou condições da mãe, como diabetes e
desnutrição;
● Origem familiar podendo, ou não, ocorrer anomalias
cerebrais e alterações neurológicas.
123
Ciclo microcefalia causada por Zika vírus.
124
Microcefalia: prevenção
Os fatores de risco podem ser prevenidos das seguintes
formas:
● controle de doenças e condições maternas;
● controle dos mosquitos, como Aedes aegypti;
● vacinação para evitar infecção gestacional;
● prevenção de infecções sexualmente transmissíveis;
● abstinência de substâncias, como álcool, tabaco e
medicamentos.
125
Microcefalia e os cuidados de enfermagem
Realizar os cuidados durante a alimentação, manutenção da
respiração, cuidados com drenos e ostomias.
126
Mielomeningocele
● A mielomeningocele, ou espinha bífida, é uma má
formação do sistema nervoso central;
● Ocorre o fechamento parcial do tubo neural do embrião
com exposição da coluna vertebral;
● 75% dos casos são lombo sacra;
● Segunda causa de deficiência motora infantil;
● O diagnóstico é realizado por meio de ultrassonografia
fetal.
127
Mielomeningocele
128
Causas da mielomeningocele
● Alterações genéticas;
● Deficiência de vitaminas na gestação;
● Mulher diabética em uso de
anticonvulsivantes;
● Ingestão de álcool durante a gestação no
primeiro trimestre;
● Agentes anestésicos;
● Alimentos contaminados com
inseticidas.
129
Tratamento da mielomeningocele
● Realiza-se cirurgia para remover a bolsa,
presente nas costas;
● Em alguns casos, a cirurgia pode ser
realizada durante a gestação;
● Em outras situações, o quadro não se
reverte mesmo com a cirurgia.
130
Mielomeningocele e os cuidados de enfermagem
Realizar os cuidados durante alimentação, manutenção da respiração,
cuidados com drenos e ostomias.
131
Encefalopatia
● A encefalopatia é qualquer doença cerebral que causa
alteração da função cerebral ou de sua forma estrutural;
● É uma complicação de doenças hepáticas;
● Toxinas alimentares que não conseguem ser eliminadas
pelo fígado.
132
Causas da encefalopatia
Diversos problemas podem desencadear uma encefalopatia,
não havendo uma única causa definida.
Ela pode ser desenvolvida a partir de infecções, isquemias,
hipertensão, traumas etc.
133
Paralisia cerebral
● Doença permanente do sistema nervoso central, iniciada
na fase neonatal;
● Resultado de lesões não reversíveis;
● Chamada também de encefalopatia crônica não
progressiva (ECNP), a paralisia cerebral (PC) leva a
disfunções da motricidade;
● Manifesta-se antes dos 18 meses de idade.
134
Sinais clínicos da paralisia cerebral
Ausência de
movimentos
irrequietos.
MOVIMENTOS
Movimentos repetidos
com a boca.
135
Sinais clínicos da paralisia cerebral
POSTURAS
Punho cerrado
Extensão de braços e
pernas
136
Fatores de risco da paralisia cerebral
● Baixo peso ao nascer;
● Isquemia cerebral;
● Asfixia perinatal;
● Prolapso de cordão umbilical;
● Pré-eclâmpsia grave;
● Doença viral;
● Hemorragias antes do parto;
● Anormalidades morfológicas da
placenta.
137
Paralisia cerebral e os cuidados de enfermagem
Realizar os cuidados durante alimentação, manutenção da respiração,
cuidados com drenos, ostomias.
138
Materiais Complementares
BRASIL. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os
profissionais de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_r
ecem_nascido_v1.pdf. Acesso em: 15 jun. 2022.
139
Referências Bibliográficas
Bronzeri, Fernanda Graciano et al. Mielomeningocele e
nutrição: proposta de protocolo de atendimento. O Mundo
da Saúde, São Paulo, 2011. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/mielomeningocele_n
utricao_proposta_protocolo_atendimento.pdf> Acesso em: 15
jun. 2022.
140
Referências Bibliográficas
BRASIL. Anomalias congênitas. Ministério da Saúde, [s.l.], 22
mar. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/anomalias-congenitas> Acesso
em: 15 jun. 2022.
141
Referências Bibliográficas
DAMIANI, Daniel et al. Encefalopatias: etiologia, fisiopatologia
e manuseio clínico de algumas das principais formas de
apresentação da doença. Rev Bras Clin Med, São Paulo, 2013.
Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1679-
1010/2013/v11n1/a3392.pdf. Acesso em: 15 jun. 2022.
142
Aula 6
Perfil da criança e do
adolescente em Assistência
Domiciliar II
143
Conteúdos:
Perfil da criança e do adolescente em Assistência Domiciliar II:
síndromes convulsivas graves, sequelas, dificuldades de
locomoção, sofrimento mental.
Objetivo(s):
Conhecer os cuidados de Enfermagem ligados às síndromes
pediátricas.
144
Síndromes convulsivas graves
Os transtornos convulsivos são eventos
comuns na infância e podem apresentar
algumas variações.
145
Epilepsia neonatal familiar benigna
● Síndrome rara que envolve causas genéticas;
● As crises iniciam entre o segundo e terceiro dia de vida;
● Classificada entre as epilepsias e síndromes epilépticas
generalizadas idiopáticas.
146
Epilepsia neonatal não familiar
● Conhecida como crise convulsiva idiopática benigna do
neonato ou crises do quinto dia;
● É uma síndrome epiléptica rara;
● A primeira crise ocorre entre o quarto e o sexto dia de vida.
147
Encefalopatia mioclônica precoce ou neonatal
● Também conhecida como síndrome de
Aicardi;
● Classificada entre as epilepsias e
síndromes epilépticas generalizadas
sintomáticas;
● Atinge ambos os sexos;
● É definida por crises epilépticas de início
precoce (primeiras horas ou dias de vida).
148
Encefalopatia epiléptica infantil com surto-supressão
● A encefalopatia epiléptica infantil com
surto-supressão é também chamada de
síndrome de Ohtahara;
● As crises podem ocorrer nos primeiros
meses de vida;
● Em alguns casos, o resultado terapêutico
com Fenobarbital evolui para epilepsia
refratária.
149
Síndrome de West
● As causas podem estar relacionadas à
lesões cerebrais por asfixia perinatal ou
malformações cerebrais;
● O prognóstico, em geral, é de elevada
morbidade neurológica e mortalidade
nos primeiros dois anos de vida.
150
Síndrome de Lennox-Gastaut
● Mais frequente no sexo masculino;
● As causas podem envolver lesões estruturais decorrentes
de hipóxia perinatal, malformações cerebrais, displasias e
distúrbios de migração neuronal;
● As crises têm início antes dos 8 anos de idade, com pico
entre 3 e 4 anos.
151
Síndrome de Landau-Kleffner (SLK)
● Também conhecida como síndrome da epilepsia-afasia;
● O diagnóstico ocorre entre 3 e 7 anos de idade e é mais
presente no sexo masculino;
● Pode envolver alterações genéticas, infecções e/ou
traumatismos;
● Pode comprometer o comportamento verbal e social.
152
Síndrome de Dravet
● Conhecida como epilepsia mioclônica severa da infância ou
epilepsia mioclônica grave do lactente;
● Possui origem genética;
● É mais comum em pacientes do sexo masculino.
153
Síndrome de Doose
● É mais comum no sexo masculino, exceto quando as crises
iniciam antes de 1 ano, período em que a incidência torna-
se igual entre os gêneros;
● Pode ocorrer deterioração cognitiva e comportamental na
evolução do quadro do paciente, em especial, após as crises
mioclônicas.
154
Síndromes convulsivas graves
Existem outros transtornos que apresentam etiologias e
manifestações semelhantes, como:
● epilepsia rolândica;
● epilepsia occipital tipo Panayiotopoulos;
● epilepsia occipital tipo Gastaut;
● epilepsia ausência da infância;
● síndrome de Rasmussen;
● epilepsia mioclônica juvenil.
155
Cuidados de enfermagem
1. Abordagem humanizada;
2. Impedir contusões, aspiração e obstrução
de vias aéreas;
3. Atenção para lesão de coluna cervical;
4. Identifique as incapacidades do paciente
e como essas alterações podem
prejudicá-lo;
5. Atenção para o ambiente e os seus
perigos;
156
Cuidados de enfermagem em
síndromes convulsivas graves
● 6- Mantenha o paciente em decúbito dorsal, com a cabeça
lateralizada, sem forçar excessivamente qualquer posição;
● 7- Aspire secreções, caso necessário;
● 8- Limpe secreções salivares;
● 9- Verifique os sinais vitais e continue o monitoramento.
157
Materiais Complementares
PEDIATRIA URGENTE. Manejo clínico da crise convulsiva em
pediatria: do suporte ao estado de mal epiléptico
refratário. 19 jun. 2020. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ypv6n-e1-DU. Acesso
em: 29 jun. 2022.
158
Referências Bibliográficas
LIBERALESSO, P. B. N. Síndromes epilépticas na infância.
Uma abordagem prática. Resid Pediatr., V. 8, 2018.
Disponível em:
https://residenciapediatrica.com.br/detalhes/343/sindrom
es%20epilepticas%20na%20infancia-
%20uma%20abordagem%20pratica#:~:text=A%20SLG%20
%C3%A9%20definida%20clinicamente,entre%203%20e%20
4%20anos. Acesso em: 29 jun. 2022.
159
Referências Bibliográficas
OLIVEIRA, Natália Lúcia Lima de. Crianças e adolescentes
acamados no domicílio: tecnologia educativa para
cuidadores. Dissertação (mestrado). Curso de mestrado
profissional em saúde da criança e do adolescente.
Universidade Estadual do Ceará. Fortaleza, 2017.
Disponível em: http://www.uece.br/wp-
content/uploads/sites/95/2021/10/NATALIA_LUCIA_LIMA_D
E_OLIVEIRA.pdf. Acesso em: 29 jun. 2022.
160
Aula 7
Assistência domiciliar:
Manutenção da higiene e das
vias aéreas
161
Conteúdos:
● TQT,
● aspiração de vias aéreas,
● fisioterapia,
● higiene corporal, oral e nasal;
● troca de fixação de TQT.
Objetivo(s):
Compreender os cuidados de Enfermagem ligados ao manejo
da Via aérea e higiene corporal.
162
Procedimentos técnicos
assistenciais
Procedimentos técnico-assistenciais:
● higiene corporal, oral e nasal;
● cuidados com traqueostomia (TQT).
Seguem uma descrição padronizada e estruturada, chamada de
procedimento operacional padrão (POP).
163
A estrutura mínima do POP
● Objetivo;
● Responsabilidade;
● Descrição do procedimento técnico;
● Material necessário;
● Ação corretiva;
● Cuidados especiais em AD.
A construção do POP é de responsabilidade da equipe de AD,
para atingir um bom resultado.
164
Garantindo a boa realização dos
procedimentos
● Receber treinamento adequado para a sua realização;
● Ter clareza a respeito do procedimento;
● Reunir todo o material necessário para sua realização;
● Seguir o passo a passo correto;
● Higienizar as mãos sempre antes e após o procedimento.
165
Fixando a técnica de lavagem das mãos
166
O que é traqueostomia (TQT)?
167
Traqueostomia (TQT)
● Via aérea artificial e definitiva, onde é colocada uma
cânula de aço, alumínio, plástico ou silicone;
● Troca-se a cânula conforme as características individuais
do paciente e o material do dispositivo;
● A presença da cânula pode ocasionar lesões, infecção local
e ressecamento das secreções pulmonares.
168
Cuidados de enfermagem com a TQT
O técnico de enfermagem deverá:
● manter a subcânula limpa;
● realizar os cuidados com a pele;
● checar a área onde a TQT está inserida;
● manter a região seca;
● acompanhar e comunicar ao
responsável pela AD sobre o aumento
de secreção, coloração e odor diferentes
do habitual;
169
Cuidados de enfermagem com a TQT
● limpar a endocânula com soro fisiológico
e gaze estéril;
● retirar a endocânula com cuidado e,
após a limpeza, inserir até o travamento
do dispositivo;
● manter a fixação da cânula em boas
condições, ajustada ao pescoço do
paciente. Retirada da endocânula.
170
Troca de fixação da TQT
A fixação deve ser trocada diariamente, após o banho, sempre
que estiver molhada ou suja. Para isso, o técnico em
enfermagem precisa usar:
● luvas;
● fixador novo;
● gaze estéril;
● soro fisiológico.
171
Procedimento de troca de fixação
da TQT
● Informar ao paciente o que será realizado;
● Segurar a TQT com a mão não-dominante durante a troca;
● Limpar a região do pescoço ao redor da TQT com soro
fisiológico;
● Soltar umas das extremidades e passar o fixador novo;
● Realizar o mesmo na outra extremidade da cânula;
● Prender o fixador deixando 1 cm de folga entre o cordão e
a pele do paciente;
● Por duas gazes dobradas ao meio em cada lado da TQT;
● Realizar aspiração endotraqueal caso necessário.
172
Troca de fixação da TQT
Manter o paciente em
decúbito dorsal.
173
Aspiração de vias aéreas
É a remoção de secreção das vias respiratórias, cujo objetivo é:
● remover secreções acumuladas na TQT;
● promover conforto;
● auxiliar a oxigenação;
● prevenir infecções e obstruções.
174
Materiais utilizados na aspiração de
vias aéreas
● Luva estéril;
● Sonda de aspiração estéril compatível com o tamanho da
cânula endotraqueal;
● Seringa de 10 ml com água destilada ou soro fisiológico;
● Luva de procedimento;
● Fonte de vácuo ou aspirador de secreções;
● Látex de aspiração;
● Água filtrada;
● Caneta azul ou preta.
175
Técnica de aspiração de vias aéreas
1. Conectar a sonda de aspiração na borracha do aspirador;
2. Ligar o aspirador;
3. Calçar a luva estéril;
4. Lubrificar o cateter com solução salina ou água destilada;
5. Introduzir o cateter de aspiração sem sucção;
6. Retirar o cateter com movimentos circulares e aspirar as
secreções;
7. Utilizar de 5 a 10 segundos;
8. Limpar a borracha do aspirador, aspirando água estéril
para lavar a extensão e proteger a ponta distal da
borracha;
9. Anotar os aspectos das secreções.
176
Aspiração de vias aéreas
CUIDADOS
NA
ASPIRAÇÃO
177
Higiene corporal
A higiene proporciona relaxamento, conforto,
manutenção da integridade física e estimula a
circulação sanguínea.
178
Materiais necessários para a
higiene corporal
● Luvas de procedimentos;
● Saco plástico;
● Jarro com água morna;
● Duas bacias (em caso de banho no leito);
● Sabonete líquido;
● Xampu e condicionador (se disponível e for preciso);
● Hidratante corporal;
● Roupas de cama limpas;
● Camisola ou pijama;
● Fralda descartável (se necessário);
● Toalhas.
179
Procedimentos de higiene no
paciente acamado
● Higienizar o cabelo e couro cabeludo, enxaguar com água
e secar com uma toalha;
● Lavar o rosto, orelhas e pescoço com água e sabonete e
enxaguar com água;
● Secar com a toalha;
● Higienizar o tórax e o abdome e, em seguida, os membros
superiores: axila, braço, antebraço e mão;
● Higienizar membros inferiores seguindo coxa, perna e pé;
● Lateralizar o paciente para higienizar o dorso e as
nádegas;
● Higienizar a região supra-púbica e inguinal;
● Terminar sempre pela higiene íntima.
180
Cuidados de enfermagem na higiene corporal
Encerrar a dieta 40 minutos
Proteger a TQT, se houver.
antes.
CUIDADOS
ANTES DO
Checar a temperatura da BANHO Informar o procedimento
água. ao paciente.
181
Higiene oral
Proporciona a limpeza de toda cavidade oral,
dentes e língua para prevenir infecções. Os
materiais que serão utilizados são:
182
Procedimento para realizar a
higiene oral
1. Posicionar o paciente;
2. Em pacientes inconscientes, colocá-los em decúbito
lateral;
3. Colocar a toalha na parte superior do tórax e pescoço;
4. Realizar a limpeza da boca toda do paciente, com a escova
e pasta de dente;
5. Utilizar bacia ou cuba rim para o paciente "bochechar", se
possível;
6. Limpar a língua;
7. Enxugar os lábios com uma toalha;
8. Realizar o procedimento após o café, almoço e jantar.
183
Cuidados de enfermagem na higiene corporal
Colocar lateralizado o paciente
Inspecionar a cavidade oral.
que for inconsciente.
CUIDADOS
HIGIENIZAÇÃO
Estimular a participação ORAL Informar o procedimento
dos pacientes conscientes. ao paciente.
184
Higiene nasal
Proporciona a limpeza das fossas nasais, previne complicações
respiratórias e promove o aumento da eficiência respiratória.
Os materiais que serão utilizados são:
● luvas de procedimentos;
● máscara;
● seringa com soro fisiológico 0,9% em temperatura
ambiente.
185
Procedimento para higiene nasal
1. Lavar as mãos;
2. Utilizar equipamentos de proteção individual;
3. Explicar o procedimento ao paciente ou acompanhante;
4. Posicionar o paciente com cabeceira elevada;
5. Colocar uma toalha abaixo do rosto do paciente;
6. Instilar solução fisiológica em uma das narinas, sem usar
pressão excessiva;
7. Em seguida, repetir o procedimento na outra narina.
186
Higiene nasal - cuidados de enfermagem
CUIDADOS
HIGIENIZAÇÃO
NASAL
187
Fisioterapia na atenção domiciliar
Os pacientes de AD em geral e,
principalmente, os que estão em ventilação
mecânica, necessitam receber
acompanhamento com o fisioterapeuta.
188
Cuidados de enfermagem durante
fisioterapia
● Informar ao profissional o quadro do paciente;
● Indicar onde está o material necessário para realizar a
sessão (luvas, ambu, sondas);
● Auxiliar na movimentação do paciente;
● Ficar atento a possíveis mudanças do quadro normal do
paciente;
● Deixar o material de aspiração já preparado;
● Realizar aspiração do paciente quando solicitado.
189
Conforto não consiste somente em estar
em um local macio.
190
Materiais Complementares
ITAMOTO, Caroline Harumi et al. Indicações e complicações
de traqueostomia em crianças. Brazilian Journal of
Otorhinolaryngology, [s.l.], 2010. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/bjorl/a/JcNvh8h85dbgDWvtrvBQ9gt/?l
ang=pt. Acesso em 22 jun. 2022.
191
Referências Bibliográficas
LIMA, Franciane Dantas de. Procedimento Operacional
Padrão: UTI-Neonatal. Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares, Rio de Janeiro, 2016. Disponível em:
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-
universitarios/regiao-sudeste/hugg-unirio/acesso-a-
informacao/documentos-institucionais/pops/cti-
neonatal/pop-3-4_aspiracao-de-traquestomia.pdf. Acesso em
22 jun. 2022.
192
Referências Bibliográficas
BRASIL. Profissionalização de Auxiliares de Enfermagem:
Fundamentos da Enfermagem. Ministério da Saúde, Brasília,
2003. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/profae/pae_cad3
.pdf. Acesso em: 22 jun. 2022.
193
Referências Bibliográficas
OLIVEIRA, Eniméia Rosana Evangelista Sirqueira de.
Procedimento Operacional Padrão: Higiene das fossas nasais
com soro fisiológico. Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares, Goiânia, 2021. Disponível em:
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-
universitarios/regiao-centro-oeste/hc-ufg/governanca/pops-e-
protocolos/gerencia-de-atencao-a-saude/divisao-de-apoio-
diagnostico-e-terapeutico/unidade-de-reabilitacao-1/pop-ur-
fisio-043-higiene-das-fossas-nasais-com-soro-fisiologico.pdf.
Acesso em: 22 jun. 2022.
194
Referências Bibliográficas
FERNANDES, Bernardo Gouvêa et al. Abordagens domiciliares
da fisioterapia na atencã̧ o básica: revisão de literatura.
Universidade Vale do Rio Doce, Governador Valadares, [s.d.].
Disponível em:
http://www.pergamum.univale.br/pergamum/tcc/Abordagens
domiciliaresdafisioterapianaatencaobasicarevisaodeliteratura
.pdf. Acesso em: 22 jun. 2022.
195
Aula 8
Prevenção de Acidentes
domésticos e apoio
psicológico em domicílio
196
Conteúdos:
Prevenção de acidentes domésticos / Apoio psicológico em
domicílio.
Objetivo(s):
Desenvolver o olhar crítico a respeito dos pontos de risco que o
ambiente domiciliar oferece e saber manejar com maturidade
situações que demandam apoio psicológico.
197
Apoio psicológico
em domicílio
198
Cuidados de enfermagem no domicílio
Os cuidados domiciliares realizados pela
equipe de enfermagem objetivam a promoção,
manutenção e recuperação da saúde do
indivíduo.
Assim como, o desenvolvimento e a adaptação
de suas funções, de maneira a proporcionar o
restabelecimento de sua independência e a
preservação da sua autonomia.
199
Desafios do cuidado domiciliar
● O cuidado domiciliar pode estar cercado por desafios, que
envolvem tanto a comunicação com paciente, família e/ou
equipe;
● Para que a comunicação seja efetiva, é preciso que os
profissionais de enfermagem realizem readaptações
constantes nos processos de trabalho, focando na
criatividade e na atitude interdisciplinar.
200
Assistência de enfermagem domiciliar
A assistência de enfermagem no domicílio precisa considerar as
fragilidades dos pacientes, cuidadores e familiares, de forma
ética e humanizada, sejam elas físicas ou emocionais.
201
Apoio emocional ao paciente
● O paciente é um ser autônomo
● As intervenções de enfermagem não
devem impor nada;
● O investimento na capacitação em
assistência domiciliar precisa ser
frequente, com foco na boa relação
interpessoal para ajudar nesses cenários.
202
Apoio emocional ao paciente
● Olhar para o indivíduo de forma holística,
integral.
● Esse olhar envolve o local em que está
inserido, como a moradia, seus hábitos e
relações, além de outras características
que façam parte de sua singularidade e
visão de mundo.
203
Apoio emocional ao paciente
● Para apoiar o paciente, é necessário identificar os padrões
culturais da pessoa, família e comunidade.
● Deve-se considerar seus hábitos e costumes, a fim de
promover o cuidado humanizado e a autonomia dos
envolvidos.
204
Apoio emocional no cuidado domiciliar
● Rompe com o modelo biomédico
centrado na doença, ao considerar que
os pacientes e familiares precisam ser
assistidos na esfera emocional;
● Estar doente pode ocasionar mudanças
no humor, crises de ansiedade,
problemas de autoestima, níveis elevados
de estresse, sensação de frustração,
inadequação e quadros depressivos;
205
Apoio emocional no cuidado domiciliar
● A família também pode demandar esse tipo de assistência;
● Os profissionais de saúde precisam saber conduzir as
situações que envolvem os familiares e os cuidadores, de
forma que ocorra a ampliação do modelo de cuidado.
206
Desafios ligados ao cuidador e família
● É comum que a família e os cuidadores apresentem
dúvidas, ansiedade e nervosismo no momento do
tratamento;
● Esse público também pode apresentar sobrecarga de
atividades, e muitas vezes demandam reorganização da
rotina.
207
Comunicação com pacientes e
familiares
● Um cuidado baseado na humanização proporciona melhor
qualidade de vida, conforto e diminuição da dor e do
sofrimento;
● A comunicação entre profissionais de enfermagem,
pacientes e familiares possibilita a interação entre os
envolvidos no processo do cuidado, estabelecendo o
vínculo e proporcionando o direito de decisão quanto ao
que o paciente quer para si;
208
Comunicação com pacientes e
familiares
● A enfermagem precisa promover uma comunicação
transparente, verídica, sem omissão de informações,
estabelecendo confiança, o que contribui para o sucesso da
assistência prestada;
● Esse tipo de informação verídica pode proporcionar alívio,
conforto, esperança, mas também, ocasionar piora ao
quadro clínico do paciente;
● Esteja pronto para qualquer cenário.
209
Prevenção de acidentes
domésticos
210
Acidentes domésticos
O acidente doméstico é um fator de risco e
agravo à saúde de pacientes em atenção
domiciliar, em especial nos casos de pessoas
mais vulneráveis como crianças e idosos.
211
Acidentes domésticos
● O acidente doméstico é a principal causa de mortalidade
infantil em menores de cinco anos nos EUA;
● No Brasil, esse evento é a principal causa de mortalidade
entre pessoas entre 1 a 14 anos de idade, ou seja, é muito
comum no cotidiano das famílias brasileiras;
212
Acidentes domésticos
● Representam um grave problema de saúde pública,
principalmente em pacientes que necessitam de cuidados
domiciliares, pois ficam mais expostos aos riscos de lesão;
● Esse processo torna a tarefa de manter um ambiente
totalmente livre de riscos muito difícil.
213
Acidentes domésticos
Os cuidadores precisam de orientações contínuas quanto à
prevenção desses acidentes, para promover a diminuição de
consequências graves ou casos fatais, e reduzir o tempo de
permanência hospitalar em casos de internações.
214
Cite ao menos três formas de acidentes
domésticos
215
Acidentes domésticos no domicílio
● quedas
● queimaduras
● envenenamentos por produtos de
limpeza
● plantas tóxicas
● medicamentos
● choques
● afogamentos
● lesões
● asfixia por brinquedos perigosos.
216
Prevenindo acidentes domésticos
● É importante que o ambiente tenha poucos adornos e
tapetes;
● Os móveis precisam ser arredondados e não ser de vidro;
● Mantenha os fios de energia presos ou embaixo de móveis;
● Mantenha tomadas fechadas para reduzir as chances de
choques;
● Colocar grades ou portões, como bloqueio em escadas,
para restringir a passagem das crianças.
217
Prevenindo acidentes domésticos
● Para reduzir o risco de queda, não deixe objetos
espalhados pelas escadas;
● Mantenha os corredores sempre iluminados e substitua o
piso mais liso pelo antiderrapante;
● Mantenha produtos de limpeza, remédios e plantas em
superfícies mais elevadas;
● Mantenha ambientes e o piso sempre secos;
● As camas devem ter altura ideal para o paciente;
● Os calçados devem sempre estar em boas condições de
uso.
218
Orientações aos familiares e cuidadores
Oriente os familiares e cuidadores a:
● Remover materiais potencialmente
perigosos, sejam eles pontiagudos,
ferramentas ou sacos plásticos;
● Controlar o acesso livre da criança à
cozinha, banheiro, lavanderia e fogão.
219
Papel do técnico de enfermagem
O técnico em enfermagem deve:
● Promover orientações de forma coletiva
● Permitir o acesso às informações pela comunidade a partir
de ações educativas, de forma que o cuidador se torne uma
peça útil e responsável nesse processo
● Contribuir para a redução de acidentes domésticos.
220
Materiais Complementares
ESCOLA DE ENFERMAGEM DA PAZ. Psicologia na
enfermagem: Entenda a importância. Rio Grande do Sul,
jul. 2019. Disponível em:
https://www.escoladapaz.com.br/blog/psicologia-na-
enfermagem-entenda-a-importancia/. Acesso em: 30 jun.
2022.
221
Referências Bibliográficas
PEDROSO, Andressa Cooper. Atuação da enfermagem em
cuidados paliativos: revisão Narrativa. Uruguaiana:
Universidade Federal do Pampa, 2017.
222
Aula 9
Assistência domiciliar: Cuidados
com dispositivos e materiais de
alimentação
223
Conteúdos:
● Alimentação,
● GTT,
● SNE,
● Mudança de decúbito,
● Higiene e proteção de ostomias,
● troca de fixação de SNG/SNE,
● higienização de frascos e equipos.
Objetivo(s):
Aplicar os cuidados de Enfermagem ligados ao manejo da
Alimentação parenteral, prevenção de lesões e cuidados com
ostomias.
224
Alimentação
A forma de se alimentar depende da saúde e
dos seus agravos, de cursos de doenças e das
fases da própria vida.
225
Alimentação
● A nutrição infantil sofre variações de acordo com o sexo e
a idade;
● A ingestão hídrica será avaliada pelo nutricionista de
acordo com cada indivíduo;
● A necessidade proteica de neonatos é maior;
● Os adolescentes necessitam de mais energia;
● A nutrição enteral requer cuidados com a fórmula que
será administrada, seja ela por meio de bolus ou
gravitacional.
226
Cuidados na manipulação de alimentos
Higienizar as mãos
para evitar
contaminações.
Manter frascos,
Verificar a validade do
equipamentos e
produto e preparar
seringas limpos e sem
em local limpo.
resíduos de fórmulas.
227
O que é e para que serve a sonda nasoenteral?
228
Sonda nasoenteral (SNE)
● Dispositivo maleável, com fio guia
metálico, flexível e radiopaco;
● É introduzida pela narina até o intestino
pelo enfermeiro;
● Administração de dietas e
medicamentos de acamados, com
reflexos diminuídos, inconscientes ou
com dificuldade de deglutição;
● Contraindicada em fraturas faciais.
229
Cuidados com a sonda nasoenteral (SNE)
O técnico em enfermagem ajuda o enfermeiro durante o
procedimento:
● posicionando o paciente em posição de Fowler 60º;
● lubrificando a sonda;
● protegendo a face do paciente das suas próprias mãos;
● colocando toalhas ou papel toalha no tórax do paciente;
● guardando o fio guia enrolado e identificado;
● conferindo o posicionamento da sonda;
● fixando o dispositivo na pele do paciente.
230
Troca de fixação da SNE
● Troca diária para evitar a retirada
acidental da SNE;
● Utilizar adesivo hipoalergênico;
● Limpar a pele com água e sabão;
● Verificar a marca de inserção da sonda.
● Colocar o novo adesivo e registrar.
231
Gastrostomia (GTT)
● É uma abertura feita cirurgicamente no estômago para o
meio externo;
● Facilita a alimentação enteral para o paciente e a
administração de líquidos e medicamentos quando não é
mais possível fazê-la por via oral;
● Indicada para o uso prolongado da nutrição enteral, após
a avaliação da equipe multiprofissional;
232
Gastrostomia (GTT)
● A troca pode ocorrer após três meses, podendo prorrogar
até um ano, de acordo com o material e o tipo de sonda;
● Deve ser substituída se houver rompimento do balão,
processos infecciosos, obstrução, perda ou exteriorização;
● A troca domiciliar é responsabilidade do enfermeiro.
233
Ostomias
A ostomia (ou estomia) de eliminação é um
procedimento cirúrgico que exterioriza parte
do sistema digestório (colostomia, ileostomia)
e urinário (cistostomia).
Colostomia.
234
Higiene e proteção de ostomias
235
Higiene e proteção de ostomias
● Observar a cor, o brilho, a umidade, o tamanho e a forma
do estoma;
● Limpar a pele ao redor com água e sabonete neutro, sem
esfregar;
● Esvaziar a bolsa quando estiver com 1/3 de sua
capacidade;
● Trocar as bolsas de colostomia a cada cinco dias;
● Certificar de que a placa esteja bem adaptada à pele e não
deixar pregas para evitar vazamentos;
● Para maior proteção da pele, utilize cremes barreiras, pós,
pastas ou protetores spray.
236
Higienização de frascos e equipamentos
Todos os utensílios utilizados para o preparo e a administração
das dietas (frascos, equipamentos, seringas) devem ser limpos
para diminuir a chance de contaminação, de diarreia e de
infecção.
É preciso trocar esses materiais e desprezá-los uma vez por dia,
lavar com esponja e escova e sabão, após cada dieta.
Para finalizar, enxágue novamente com água fervida.
Guardar secos na geladeira, em saco plástico fechado ou em
pote com tampa.
237
Prevenção de lesões com reposicionamento
Além de prevenir lesões, o reposicionamento do paciente no
leito irá:
● Manter e restaurar sua força e seu tônus muscular;
● Prevenir atrofias e contraturas;
● Prevenir deterioração de capacidades funcionais;
● Distribuir o peso corporal sobre superfície de apoio;
● Garantir circulação venosa livre.
É essencial utilizar travesseiros ou coxins, luvas de
procedimento, protetores de calcâneos de duas em duas horas.
238
Relógio de mudança de decúbito
239
Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde. Cuidados em terapia nutricional.
Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em:
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cader
no_atencao_domiciliar_vol3.pdf. Acesso em 29 jun. 2022.
240
Referências Bibliográficas
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Manual de
Orientacã ̧ o aos Serviços de Atenção às Pessoas Ostomizadas.
Vitória: Governo do Estado do Espírito Santo, 2017. Disponível
em:
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Consulta%20P%C3%BAbli
ca/Ostomizado/MANUAL_OSTOMIZADOS_Consulta%20public
a%202017%20(1).pdf. Acesso em: 29 jun. 2022.
241
Aula 10
Administração de
Medicamentos em Domicílio
242
Conteúdos:
● Administração de medicamentos em domicílio em
pediatria;
● Reconstituições e Diluições em pediatria,
● Gestão de medicamentos controlados e de estoque leito.
Objetivo(s):
Compreender os cuidados de Enfermagem ligados a
administração de medicamentos em pediatria e gerenciamento
dos medicamentos controlados e demais materiais assistenciais.
243
Administração de medicações
pediátricas
As crianças são mais propensas a receberem medicações
erradas.
Os maiores erros estão relacionados ao preparo e à
administração de medicamentos.
244
Administração de medicações
pediátricas
Para prevenir esses erros de prescrição, são utilizadas:
● prescrição informatizada;
● informação de dosagens;
● concentração ou volumes em quantidade métrica.
245
Quais são as vias que
podemos utilizar para
a administração de
medicamentos?
246
Vias de administração
● Oral;
● Venosa;
● Inalatória;
● GTT;
● Subcutânea.
247
Fases da administração de
medicações pediátricas
● Prescrição: escolha apropriada para cada situação clínica
de cada criança, como a melhor via de administração, peso,
alergias etc;
● Dispensação: distribuição do medicamento do
farmacêutico para o domicílio;
248
Fases da administração de
medicações pediátricas
● Preparo: consiste em preparar e administrar o
medicamento para a criança, considerando o conhecimento
da ação medicamentosa e as necessidades de diluições;
● Administração: aplicação do medicamento no paciente;
● Monitoramento: monitorar o efeito do medicamento no
paciente.
249
Cuidados antes de administrar
medicações
● História da criança, como alergias ou outras reações;
● Idade;
● Peso, utilizado para o cálculo das doses;
● Formas de administração;
● Vias de administração.
Para evitar erros de administração de medicações, é essencial
seguir os nove “certos” para administração de medicações.
250
Nove “certos” para administração de medicações
251
Graduações de seringas de diferentes
volumes
● 20 mL: graduação mínima de 1 mL, numeração a cada 5
mL;
● 10 mL: graduação mínima de 0,2 mL, numeração a cada 1
mL;
● 5 mL: graduação mínima de 0,2 mL, numeração a cada 1
mL;
● 3 mL: graduação mínima de 0,1 mL, numeração a cada 1
mL;
● 1 mL: graduação mínima de 0,02 mL, numeração a cada 0,1
mL.
252
Reconstituição e diluição em
pediatria
Tratam-se de processos semelhantes com objetivos diferentes.
● Reconstituição: transformar um medicamento em pó
liofilizado em forma líquida;
● Diluição: alterar a concentração de medicamento, já em
estado líquido, podendo ser uma solução, uma suspensão
ou um pó reconstruído.
Nos dois processos são utilizados diluentes SF 0,9%, água estéril
e glicose 5%.
253
Gestão de medicamentos controlados
Os medicamentos controlados, potencialmente perigosos
(MPP) ou de alta vigilância (MAV):
● maior risco de causar danos permanentes ou a morte, em
caso de falha na sua administração.
254
Gestão de medicamentos controlados
Formas de prevenir a falha na administração dessas
medicações:
● identificá-las com etiquetas vermelhas, mantê-las em
recipientes separados das demais medicações do paciente;
● manter as medicações do paciente em seu ambiente,
separadas dos utensílios do restante da família.
255
Lista de MAV encontrados no domicílio
Soluções
Hipoglicemiantes
Anticoagulantes Quimioterápicos Nutrição
Orais
Parenteral
Opioides em
Insulinas Epinefrina Morfina
Geral
256
Gestão de medicamentos controlados
É de extrema importância evitar que esses medicamentos sejam
ingeridos por outros membros da família.
É essencial atentar que outras crianças do domicílio podem
ingeri-los por acidente, então devemos deixá-los em local fora do
seu alcance.
O técnico de enfermagem precisa ter conhecimento das
medicações e das suas potencialidades.
257
Gestão de estoque leito
Todo material e medicação fornecidos ao paciente necessita de
controle.
Dentro do ambiente domiciliar, o responsável por esse
gerenciamento é a atenção domiciliar.
258
Gestão de estoque leito
Tudo que é dispensado para um domicílio segue um padrão de
contagem para determinado período.
O técnico de enfermagem é responsável por conferir se os
materiais e medicações serão suficientes para o período vigente.
259
Gestão de estoque leito
É de extrema importância que o técnico confira todos os
materiais em estoque na residência para evitar faltas.
No caso de falta de material ou medicação, deve ser informada à
equipe de atenção domiciliar para que o paciente não seja
prejudicado.
260
Referências Bibliográficas
CAMARGO, Priscyla Tainan; RENOVATO, Rogério Dias;
GANASSIN, Fabiane Melo Heinen (orgs.). Guia cuidativo-
educativo para prevenção de erros de medicação em
pediatria. Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul,
Dourados, 2019. Disponível em:
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/559714/2/
produto%20t%C3%A9cnico.pdf. Acesso em: 1 jul. 2022.
261
Aula 11
Desafios da atenção domiciliar e
o lazer como promotor da saúde
262
Conteúdos:
Desafios da atenção domiciliar: perspectivas para o setor.
Objetivo(s):
Compreender como o lazer pode ser um promotor de saúde e
conhecer perspectivas futuras para o setor do atendimento
domiciliar.
263
Desafios da atenção domiciliar:
264
Perspectivas futuras para o
atendimento domiciliar
● A atenção domiciliar articula as ações desde os níveis
preventivos, até os assistenciais;
● Atua com reabilitação, cuidados paliativos e educação em
saúde;
● Pode ser uma expansão da capacidade hospitalar, ou seja,
uma possibilidade de descongestionamento de leitos;
● É diverso, pois pode ser desenvolvido nos âmbitos público e
privado;
● A assistência domiciliar se opõe aos modelos curativistas de
atenção à saúde.
265
Mudanças demográficas e o impacto
na AD
● As modificações demográficas e epidemiológicas no Brasil e
no mundo obrigam a transformação das formas de cuidado
em saúde.
266
Cite pelo menos duas mudanças
demográficas e epidemiológicas que
favorecem a ampliação da assistência
domiciliar.
267
Mudanças demográficas e o impacto
na AD
● A demanda por serviços de atenção domiciliar estimula os
sistemas de saúde a se adequarem à realidade
populacional;
● A transição demográfica, caracterizada pelo aumento da
expectativa de vida ao nascer e o envelhecimento das
pessoas, é um fator que faz emergir novas formas de
cuidar.
268
Públicos atendidos na assistência domiciliar
● População idosa;
● Cuidados em caso de prematuridade,
indivíduos que apresentam sequelas ou
doenças permanentes;
● Indivíduos com doenças crônico-
degenerativas;
● Cuidados em situações de terminalidade
de vida, de suporte ou de reabilitação.
269
Perspectivas futuras para o atendimento domiciliar
A necessidade de implantar serviços de
cuidado domiciliar é atual e constante, pois
esses serviços contribuem para a
transformação de práticas na área da saúde.
270
Vantagens do atendimento domiciliar
● Redução dos custos em saúde;
● Capacidade de ofertar cuidado com qualidade, bem-estar e
conforto;
● Promove autonomia através do acolhimento e do
desenvolvimento de corresponsabilidades entre paciente e
cuidador;
● Criação de um planejamento singular de cuidado para o
paciente, oferecendo um atendimento personalizado.
271
Cuidados para um atendimento adequado na AD
● Capacitação de profissionais
comprometidos com a ciência;
● Educação em saúde, para auxiliar e
orientar o paciente, cuidador e família;
● Cuidado integral do paciente por meio de
uma equipe multidisciplinar.
272
O lazer como um fator
que promove a saúde.
273
Lazer como elemento promotor da
saúde
● O lazer desempenha um papel essencial na promoção do
bem-estar psicológico do indivíduo;
● O paciente em cuidado domiciliar precisa manter alguns
hábitos e atividades de lazer;
● O profissional de saúde precisa avaliar os determinantes
socioculturais envolvidos na promoção desse bem-estar.
274
Lazer como elemento promotor da
saúde
O lazer amplia o entendimento do processo saúde-doença, com
menor enfoque na excessividade das condutas clínicas e com
perspectivas de superar a visão exagerada na doença.
275
Lazer como elemento promotor da
saúde
De acordo com a Política Nacional de Promoção da Saúde e a
Política Nacional de Atenção Básica, consideradas marcos para a
promoção da saúde no Brasil, o lazer é um elemento
potencializador da saúde humana.
276
Lazer como elemento promotor da saúde
O lazer está registrado como um direito social
na Constituição Federal (1988) e como um
determinante vinculado à saúde pela Lei
Orgânica de Saúde (8080/90).
277
Lazer como elemento promotor da saúde
● Para alcançar esse direito, é necessária a
combinação de apoios educacionais e
ambientais para atingir a qualidade da
atenção à saúde;
● É preciso considerar os determinantes de
saúde, sejam eles genéticos, ambientais,
relacionados ao serviço de saúde, estilo
de vida e as múltiplas intervenções ou
formas de apoio e cuidado.
278
Materiais Complementares
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção domiciliar no Sistema
Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
Disponível em:
https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/7677/9788
533422049_por.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em:
29 jun. 2022.
279
Referências Bibliográficas
KERBER, Nalú Pereira da Costa; KIRCHHOF, Ana Lúcia
Cardoso; CEZAR-VAZ, Marta Regina. Considerações sobre a
atenção domiciliária e suas aproximações com o mundo
do trabalho na saúde. Cadernos de Saúde Pública, [s. l.], v.
24, n. 3, mar. 2008. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/csp/a/qDsjQHTrk3nKwF4prhRQd4
m/?lang=pt. Acesso em: 29 jun. 2022.
280
Referências Bibliográficas
RAJÃO, Fabiana Lima; MARTINS, Mônica. Atenção Domiciliar
no Brasil: estudo exploratório sobre a consolidação e uso
de serviços no sistema único de saúde. Ciência & Saúde
Coletiva, [s. l.], v. 25, n. 5, maio 2020. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/csc/a/wqxNqstXftvkTvLxzHz3gJn/?la
ng=pt. Acesso em: 29 jun. 2022.
281
Aula 12
Promoção do autocuidado,
reabilitação e transição de
cuidados
282
Conteúdos:
Promoção do autocuidado, reabilitação e transição de
cuidados.
Objetivo(s):
Promover ações de autocuidado e de promoção à saúde na
reabilitação do paciente.
283
O que é
autocuidado?
284
Autocuidado
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o
autocuidado é a capacidade individual de promover e
manter a saúde, prevenir e lidar com doenças com ou sem o
apoio de um profissional.
Além disso, o autocuidado é considerado pela OMS um
direito do cidadão.
285
Benefícios do autocuidado
● Controle do nível adequado do bem-estar
físico e psicológico;
● Redução da morbimortalidade e da utilização
e dos custos dos serviços de saúde;
● Autonomia e independência individual
saudável.
286
Promoção do autocuidado
A educação em saúde promove ações de autocuidado, pois contribui com a
autonomia do indivíduo.
Isso também ajuda na integração entre o paciente e o profissional que o assiste.
287
Os sete pilares do autocuidado
288
Reabilitação do paciente
Ao colocar o paciente na AD, verificamos as suas necessidades de
reabilitação para traçar um plano de cuidados.
A equipe interdisciplinar elege as intervenções e intensificação da
reabilitação. O prognóstico é discutido com os cuidadores após a
avaliação do potencial de reabilitação.
Estão envolvidos na reabilitação: fisioterapeutas, enfermeiros,
técnicos em enfermagem, fonoaudiólogos, médico, TO e
nutricionista.
289
Reabilitação do paciente
● Plegias;
● Distúrbios fonoaudiológicos;
● Necessidade de cuidados de reabilitação
fisioterápica;
● Adaptação de órteses e próteses em AD.
290
Reabilitação neurofuncional e motora
As condições mais comuns de serem abordadas pelo técnico em
enfermagem no domicílio são:
● higiene brônquica;
● transferências;
● posicionamento sentado e deitado;
● autocuidado;
● motricidade (ganhos funcionais e prevenções de
complicações);
● disfagia;
● distúrbios de comunicação.
291
Transição de cuidados
A transição de cuidados (TC) envolve ações para manutenção da
continuidade da assistência à saúde.
Ocorre quando o paciente transita entre diferentes profissionais,
serviços de saúde, ambientes ou níveis de atendimento.
A TC aumenta a qualidade de atendimento, reduz os eventos
adversos, aumenta a satisfação dos usuários, aplica as terapias
propostas e reduz os custos institucionais.
292
Transição de cuidados
Principais atividades da equipe de saúde na
transição do cuidado:
● planejamento de cuidados para a alta;
● auxílio na reabilitação social;
● educação em saúde;
● articulação com os demais serviços;
● acompanhamento pós-alta.
293
Transição de cuidados - ações de
organização
● Construir um plano de cuidados adequado que abranja as
necessidades do paciente e dos seus familiares;
● Promover a educação do cuidador até que ele demonstre
total compreensão;
● Garantir que o cuidador saiba identificar sinais de alerta
que indicam piora da condição clínica do paciente;
● Garantir o uso das medicações prescritas, orientando o uso
correto de cada uma;
● Comunicação efetiva entre os profissionais de saúde;
● Realizar alta hospitalar segura;
● Qualificação dos profissionais de saúde envolvidos no
cuidado ao paciente em relação à transmissão de cuidados.
294
Transição de cuidados entre a
equipe hospitalar e a equipe
primária/domiciliar
● Notificação de data de alta prevista;
● Ofertar sumário de alta completo;
● Fornecimento de cópia da nota da alta;
● Conferir as medicações de uso no domicílio com os
prescritos;
● Orientação de cuidados sobre o quadro clínico;
● Traçar plano de retorno com especialistas;
● Realizar contato telefônico 72 horas após alta;
● Acompanhar paciente.
295
Materiais Complementares
FERNANDES, Leiliane Teixeira Bento. Ações de autocuidado
apoiado a crianca
̧ s e adolescentes com doenca ̧ s cron
̂ icas.
Texto Contexto Enferm, [s.l.], v. 28, 2019. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/tce/a/HmGzFpdKXvP36DD3zxVhWB
y/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 15 jul. 2022.
296
Referências Bibliográficas
BRASIL. Caderno de atenção domiciliar. Brasília: Ministério
da Saúde, 2013. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_aten
cao_domiciliar_melhor_casa.pdf. Acesso em: 15 jul. 2022.
BRASIL. Atenção Domiciliar na Atenção Primária à Saúde.
Brasília: Ministério da Saúde, 2020. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_domi
ciliar_primaria_saude.pdf. Acesso em: 15 jul. 2022.
297
Referências Bibliográficas
FERNANDES, Fernanda Pereira. Educação em saúde para
promoção do autocuidado. 2019. Monografia
(Especialização) Gestão do Cuidado em Saúde da Família,
Universidade Federal de Minas Gerais, Campos Gerais.
Disponível em:
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/
FERNANDA-PEREIRA-FERNANDES.pdf. Acesso em 15 jul.
2022.
VIEIRA, Karolina. O que é autocuidado: veja os 5 pilares
para a saúde e a autoestima. Globo Esporte, 5 out. 2020.
Disponível em: https://ge.globo.com/eu-
atleta/saude/noticia/o-que-e-autocuidado-veja-os-5-
pilares-para-a-saude-e-a-autoestima.ghtml. Acesso em: 15
jul. 2022.
298
Assistência Domiciliar
do Adulto e Idoso
Aula 1
Envelhecer: anatomia e fisiologia
do envelhecimento.
300
Conteúdos:
Anatomia e fisiologia do envelhecimento e processo do
envelhecimento.
Objetivo(s):
Conhecer a anatomia e a fisiologia do envelhecimento.
301
Quem é o idoso de hoje?
● Indivíduos de idade igual ou superior
a 60 anos;
● Aproximadamente 10% da população
brasileira.
302
O envelhecimento
São muitos os desafios no cuidado da saúde do
idoso. Para superá-los, é preciso um olhar crítico
sobre os cenários de saúde apresentados com o
envelhecimento.
Proporção de Idosos na
população brasileira.
303
O envelhecimento
Estudos sobre o envelhecimento mostram que
a saúde na velhice está ligada aos hábitos e aos
cuidados que a pessoa recebeu na vida adulta,
na infância e até mesmo antes de nascer. Essas
pesquisas comprovam que envelhecer não é
uma doença.
304
O envelhecimento
O envelhecimento varia de indivíduo para indivíduo. Esse processo
pode ser mais lento ou mais rápido, dependendo de fatores como
estilo de vida, condições socioeconômicas e doenças crônicas.
305
O envelhecimento
Em geral, pessoas idosas são mais vulneráveis a doenças e, quando adoecem, demoram mais
na recuperação.
306
Formas do processo de envelhecimento
● Biológico: relacionado à degradação nos planos molecular,
celular, tecidual e orgânico do indivíduo;
● Psicológico: ligado às reduções nas dimensões cognitivas e
psicoafetivas nas relações vivenciadas durante a velhice.
307
O envelhecimento
A anatomia e a fisiologia corporal se alteram ao longo da vida,
mas essas mudanças nem sempre causam limitações.
Estimular adaptações e construir ambientes seguros é
essencial para um envelhecimento natural e saudável.
308
Senescência
● É um processo fisiológico e universal;
309
Senescência
● Os declínios físico e mental são lentos e
gradativos e não têm idade definida
para se estabelecer;
310
O envelhecimento
Como em todas as fases da vida, no envelhecimento sofremos
algumas mudanças, que são consideradas normais ou
esperadas para a idade.
311
A pele
Perde a elasticidade e produz menos suor e
sebo. É comum que ela fique mais fina, seca
e áspera, sendo mais fácil surgirem feridas
de pequenos traumas.
312
O andar
Fica mais lento, a flexibilidade e os reflexos
diminuem, o que faz com que seja mais
difícil se proteger das quedas.
313
Os ossos
O conteúdo de cálcio nos ossos, a massa e
força muscular podem diminuir.
314
A saliva
A saliva diminui e os movimentos de deglutição
ficam mais lentos.
315
O sistema imunológico
O sistema que defende o indivíduo contra infecções fica
mais fraco e o idoso se torna mais suscetível a algumas
infecções, como pneumonia e tuberculose.
316
O sistema de adaptação de pressão
arterial e temperatura
O sistema de adaptação de pressão arterial e temperatura
também muda, sendo comum:
317
O cérebro
O cérebro reduz de tamanho, levando a uma
diminuição da memória em idades muito
avançadas. Isso está mais relacionada à falta
de estímulos e de atividades do que a uma
incapacidade de lembrar.
318
O coração
O coração pode bater mais lento, mesmo em
situações em que deveria acelerar. A capacidade
de adaptação ao estresse também diminui.
319
O pulmão
O pulmão reduz sua capacidade de ventilar e a
habilidade de tossir fica prejudicada.
320
Os rins
Os rins diminuem sua reserva funcional,
ficando mais sensíveis aos medicamentos.
321
O sono
O sono fica alterado, por isso é comum
que idosos durmam menos à noite e
tirem cochilos durante o dia, sobretudo
quando não há nenhuma atividade
agendada.
322
O envelhecimento
Ser idoso não é uma doença, mas uma fase da vida
caracterizada pela diminuição das reservas funcionais e da
capacidade do organismo em se adaptar às mudanças
bruscas. Este organismo fica mais suscetível a infecções,
quedas, desidratação e aos efeitos colaterais dos medicamentos.
323
Senilidade
É um processo patológico e pode surgir
com o envelhecimento, porém não está
condicionado a ele.
324
Senilidade
● Acomete idosos e jovens, já que é caracterizada pela perda de capacidade de
memorização, déficit de atenção, discursos incoerentes, desorientação, perda da
capacidade de controle do esfíncter anal e incontinência urinária;
● Com o tempo, o indivíduo senil tem sua vida limitada ao leito.
325
Senilidade
Envelhecimento Patológico
Senescência
Envelhecimento Natural
326
O envelhecimento
Dessa forma, podemos dizer que os
profissionais da saúde procuram promover
uma senescência e prevenir a senilidade.
327
Fatores de saúde dos idosos
● Ausência ou controle de doenças;
● Saúde mental;
● Manutenção das funções;
● Apoio adequado.
328
O envelhecimento
Apesar de sabermos dessas alterações naturais da
velhice, temos que estar atentos a situações que fujam
do habitual e que caracterizem doenças.
329
Vamos refletir...
Eu quero morrer jovem.
330
Materiais Complementares
331
Referências Bibliográficas
332
Referências Bibliográficas
333
Aula 2
Transição demográfica e
epidemiológica no Brasil e o
envelhecimento
334
Conteúdos:
● Processo de Transição da população: epidemiológica e
demográfica
Objetivo(s):
● Compreender a transição epidemiológica e
demográfica brasileira dos últimos anos
335
O que é transição?
Segundo o dicionário Aurélio,
transição é a passagem de um estado
de coisas para outro. Ou seja, é um
processo de mudança.
336
Transição no Brasil
Com que
idade os pais
Qual foi a dos seus avós
causa da morreram?
morte dos
pais dos seus
avós?
Quais doenças
matavam
quando seus
avós eram
crianças?
Nas últimas décadas, o Brasil vem passando por um processo de transição populacional,
isto é, de mudança na população.
337
Taxa de fecundidade
● É uma estimativa do número
médio de filhos que uma
mulher teria até o fim de seu
período reprodutivo;
● No Brasil, essa taxa vem
caindo. Segundo o IBGE, ela foi
de 1,76 em 2021, ficando
abaixo da taxa de reposição.
338
Taxa de reposição
● É a quantidade de crianças que precisam nascer para
equilibrar a quantidade populacional;
● Ela precisaria ser de 2,1 para manter o equilíbrio de duas
crianças para substituírem seus pais e de 0,1 para
compensar a taxa de pessoas que morrem antes da fase
adulta.
339
Expectativa de vida
É o cálculo aproximado da quantidade
de tempo que um grupo de indivíduos
nascidos no mesmo ano irá viver.
340
Transição no Brasil
Expectativa de vida
Envelhecimento
populacional
Número de nascimentos
341
Transição demográfica
É baseada nas variações entre a taxa de
natalidade e a de mortalidade.
342
Transição demográfica
Ele acontece de diferentes formas ao redor do mundo.
● Países europeus: início precoce;
● América Latina e Caribe: iniciação tardia;
● Países africanos: ainda não iniciaram o processo.
343
Transição demográfica
● O Brasil e os países da América
Latina e Caribe começaram
seu processo de transição
demográfica há 50 anos;
● Mapeando a população idosa
no Brasil, vemos que 55,7%
são mulheres e 84,1% vivem
nas cidades, sendo a pessoa
de referência em 63,7% dos
domicílios.
A população mundial está envelhecendo.
344
Transição no Brasil
345
Transição demográfica
Em 2000, os idosos representavam
8,5% da população geral, em 2010
passaram a ser 8,8%, em 2021 eram
15,7%, e em 2050 estima-se que serão
31,9% da população.
346
Transição demográfica
● As projeções indicam que, em 2050, a população brasileira
será a quinta maior população do planeta, abaixo apenas da
Índia, China, EUA e Indonésia;
● A demanda dos serviços de saúde será composta de 30% a
40% por pessoas acima dos 60 anos.
347
Transição demográfica:
feminização da velhice
No Brasil, as mulheres vivem mais que os homens. Segundo o
IBGE, em 2021, desconsiderando a pandemia, as mulheres tinham
a expectativa de vida de 80 anos, e os homens de apenas 73.
348
Transição demográfica e a COVID-19
De acordo com o IBGE, devido à
pandemia pelo novo coronavírus, a
expectativa de vida do brasileiro
sofreu alterações.
● Em 2019, a média de longevidade
brasileira era de 76,6 anos;
● Entre março de 2020 e dezembro
de 2021, caiu para 72,2 anos.
349
Transição demográfica e a COVID-19
Outros impactos gerados pela COVID-19 na demografia brasileira:
● diminuição de mão de obra nos próximos anos;
● aceleração da queda da taxa de natalidade, pois casais
adiaram o planejamento de ter filhos;
● diminuição da população brasileira.
350
Transição epidemiológica: o que é?
351
Transição epidemiológica
São as mudanças que ocorrem nos padrões de morte, morbidade
e invalidez de uma população em um período de tempo.
352
Transição epidemiológica
● Geralmente acompanha as transformações as
transformações sociais e econômicas de uma população;
● Reflete nas formas de adoecimento dos indivíduos;
● Deslocamento da carga de morbimortalidade dos grupos
mais jovens aos grupos mais idosos;
353
Transição epidemiológica
● Manutenção de doenças como
dengue, febre amarela,
tuberculose e hanseníase,
mesmo com a diminuição da
mortalidade em decorrência
dessas doenças;
● Aumento expressivo de causas
externas de mortalidade, como
violência urbana e acidentes;
● Aumento na prevalência de
Algumas doenças se tornaram menos letais.
doenças cardiovasculares.
354
Transição epidemiológica
e a COVID-19
Com a pandemia houve uma mudança na morbidade e
mortalidade dos brasileiros. Segundo o Sistema de Informações
sobre Mortalidade (SIM), em 2020, as principais causas de morte
entre os idosos foram as doenças circulatórias, infecciosas e
parasitárias e neoplasias.
355
Morte de idosos: doenças infecciosas
e parasitárias
2018
31.308
2019
33.626
356
Materiais Complementares
AZEVEDO, Cristina. Seminário aborda envelhecimento e
mudanças demográficas na pandemia. Fundação Oswaldo Cruz,
2021. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/seminario-
aborda-envelhecimento-e-mudancas-demograficas-na-pandemia.
Acesso em: 5 maio 2022.
357
Referências Bibliográficas
358
Aula 3
Anatomia e fisiologia do aparelho
oculomotor: principais doenças do
envelhecimento
359
Conteúdos:
As principais doenças do envelhecimento - sistema
musculoesquelético e nervoso: osteoporose, artrite e artrose /
Órteses e próteses / Demências / Alterações do sono / E os
cuidados de enfermagem.
Objetivo(s):
Aprender as principais doenças que atingem o sistema
musculoesquelético e nervoso dos idosos.
360
Envelhecer significa
adoecer?
361
Recordando
É natural que com o envelhecimento o indivíduo desenvolva
algumas alterações no sistema músculo esquelético, como:
362
Recordando
● marcha com passos curtos e lentos e
menor movimento de braços;
● perda da elasticidade e da altura dos
discos intervertebrais;
● aumento da cifose dorsal;
● redução da altura corporal, sendo 1 cm
por década vivida a partir dos 40 anos;
● diminuição da densidade óssea.
Envelhecimento articular.
363
Envelhecimento
ALTERA
A força,
a densidade óssea,
a capacidade aeróbica
364
Recordando
Após os 60 anos de idade o peso corporal total tende a reduzir e
pode ocorrer a diminuição da massa óssea, aumentando a
fragilidade e o risco de fraturas.
365
Envelhecimento e o sistema musculoesquelético
Os idosos estão mais vulneráveis a doenças
musculoesqueléticas, como osteoporose,
osteoartrite e osteoartrose.
366
Artrite
É uma enfermidade de natureza inflamatória que incide especificamente nas
articulações, em especial nos joelhos, tornozelos, cotovelos e ombros.
367
Artrite
Nos processos crônicos, o tecido cartilaginoso se deteriora, levando o indivíduo a sentir
dor ao se mover.
A doença não tem cura, mas as dores podem ser amenizadas com fisioterapia e uso de
medicamentos.
368
Artrite reumatoide
Doença autoimune que leva à deformidade e
destruição das articulações por causa de
erosões ósseas e da cartilagem.
369
Artrite reumatoide
Acomete grandes e pequenas articulações em associação com
manifestações sistêmicas, como:
● rigidez matinal;
● fadiga;
● perda de peso.
370
Artrose
Também conhecida como osteoartrose,
osteoartrite, artrite degenerativa e
doença articular degenerativa, é uma
doença reumática que atinge,
principalmente, as articulações dos
joelhos, coluna, quadril, mãos e
dedos.
371
Artrose
É considerada a mais comum das doenças
reumáticas e pode atingir tanto homens como
mulheres.
372
O que podemos fazer?
● Incentivar a movimentação das
articulações e a prática de exercícios
físicos, previamente orientados pelo
médico ou fisioterapeuta;
● Dar maior atenção às articulações já
atingidas, procurando maior
flexibilização;
373
O que podemos fazer?
● Usar cremes apenas com prescrição médica;
● Envolver a articulação dolorida com um cachecol, para que
ela fique mais aquecida;
● Usar luvas especiais ou as que são confeccionadas com
tecidos elásticos para aliviar a dor nas mãos;
● Evitar que o paciente carregue peso;
374
O que podemos fazer?
● Orientar o acompanhamento médico periódico, com
consultas no mínimo duas vezes ao ano;
● Proteger as articulações com instrumentos específicos;
● Fazer banhos e compressas nas regiões com água
aquecida, para diminuir o processo inflamatório;
375
O que podemos fazer?
● Realizar alongamentos e hidroterapias, auxiliando no
controle da dor e processo inflamatório;
● Promover adaptações ambientais para facilitar a realização
das atividades do paciente;
● Seguir corretamente a administração das medicações
prescritas.
376
Osteoporose
Condição metabólica em que ocorre a
diminuição progressiva da densidade óssea e o
aumento do risco de fraturas.
377
Osteoporose
Na maioria dos casos, é uma condição relacionada com o envelhecimento.
378
Osteoporose
As mulheres que passaram pela menopausa estão mais
propícias, por causa da queda na produção do estrógeno.
379
O que podemos fazer?
● O principal objetivo do tratamento da osteoporose é a
prevenção de fraturas;
● Oferecer uma alimentação saudável e equilibrada, com a
ingestão adequada de cálcio,
● Evitar o uso de álcool e cigarro;
380
O que podemos fazer?
● Realizar banhos de sol todos os dias, por
cerca de 15 minutos, para garantir a
absorção da vitamina D.
● Exercícios físicos de baixo impacto, como
caminhadas e hidroginástica.
381
Envelhecimento e o sistema nervoso
FUNÇÕES COGNITIVAS
382
Envelhecimento e o sistema nervoso
● Cognição: capacidade mental de compreender e resolver
adequadamente os problemas do cotidiano;
● Comunicação: capacidade de estabelecer trocas de
informações, manifestar desejos, ideias e sentimentos
através da visão, audição e produção orofacial, que inclui a
voz, a fala e a mastigação ou deglutição.
383
Incapacidade cognitiva
É a perda da capacidade de compreender e
resolver os problemas do cotidiano. Pode ter
várias causas sindrômicas, como a demência, a
depressão, o delirium e a doença mental, que
compõem didaticamente os quatro D’s da
incapacidade cognitiva.
Perda cognitiva.
384
Incapacidade cognitiva
A perda da cognição é, portanto, o
desmoronamento ou apagamento da
identidade que nos define como seres
pensantes.
Apagamento mental.
385
Demência
Perturbação psicológica causada pela deterioração progressiva
da função cognitiva. A condição afeta milhões de idosos.
386
Sinais
Às vezes tidos como inerentes à velhice, esses sinais
jamais devem ser negligenciados, pois podem ser as
primeiras manifestações de demência:
● alterações de comportamento;
● depressão;
● confusão mental;
● perda da capacidade de executar tarefas
rotineiras.
387
Alzheimer
Associada à deterioração progressiva
da memória, a doença evolui para
outros prejuízos cognitivos, alterações
de comportamento e incapacidades.
390
Fatores ligados à demência
● Metabólicos e degenerativos;
● Endocrinológicos;
● Nutricionais;
● Infecciosos;
● Cardiovasculares e outras.
391
O que podemos fazer?
A prevenção é a melhor medida. Essas atitudes estão ligadas aos
hábitos de vida desenvolvidos ao longo da vida, como:
392
O papel do profissional
O profissional tem que desenvolver atividades distintas:
● Paciência;
● Criatividade;
● Entendimento da progressão e irreversibilidade da doença.
393
O papel do profissional
É necessária a assistência da equipe de enfermagem devido à
complexidade dos cuidados requeridos. O tratamento é
multidisciplinar e inclui várias medidas.
394
Materiais Complementares
395
Referências Bibliográficas
396
Aula 4
Anatomia e fisiologia do aparelho
oculomotor: Postura, Marcha e
Dispositivos auxiliares
397
Conteúdos:
● Anatomia e fisiologia do aparelho locomotor / Postura /
Marcha / Dispositivos auxiliares / Prevenção de quedas /
síndrome da imobilidade
Objetivo(s):
● Identificar e reconhecer os principais órgãos e funções do
aparelho locomotor e os dispositivos auxiliares relacionados
a esse sistema.
398
Aparelho locomotor
É o sistema que permite a nossa
movimentação e sustentação, sendo
composto por músculos esqueléticos, ossos
e articulações.
399
Músculos
● São estruturas que movem os
segmentos do corpo;
● Além de tornar possível o movimento,
a musculatura mantém as peças ósseas
unidas e a posição e postura do
esqueleto.
400
Sistema musculoesquelético
● Está ligado às cartilagens e aos ossos
por meio de tendões ou aponeuroses;
● Sua ativação é voluntária, ou seja,
comandada pela vontade do indivíduo;
● É distribuído em todo o nosso corpo.
401
Sistema esquelético
Sistema esquelético
Ossos Esqueleto
São peças rígidas que possuem É o conjunto de ossos e cartilagens
número, coloração e forma variáveis. que se interligam para formar o
Em conjunto formam o esqueleto. arcabouço do corpo.
402
Funções do sistema esquelético
● Dá forma e sustentação ao corpo;
● Protege os órgãos internos;
● Age como reserva de minerais (cálcio e
fósforo);
● É um sistema de alavanca, que auxilia
no deslocamento do corpo;
● Atua na hematopoiese: formação de
células sanguíneas.
403
Articulações
● São áreas de contato entre dois ossos
distintos, mediados por diferentes
tipos de tecidos conjuntivos;
● Elas mantêm os ossos estáveis e
permitem a movimentação dos
segmentos do corpo.
404
Hora de praticar!
405
Em seu caderno desenhe um corpo humano com os
principais músculos e ossos responsáveis pela execução das
seguintes situações:
● caminhada;
● comer;
● tomar banho.
406
Postura e marcha
Para que uma pessoa se desloque de forma independente,
é necessário que a postura, a marcha e a transferência
estejam funcionando de maneira saudável.
407
Marcha
● É o conjunto de movimentos rítmicos e
alternados do tronco e dos membros
superiores e inferiores, que contribui
para o deslocamento do corpo;
● Para que ela aconteça, é necessário
que os sistema nervoso,
osteomuscular, circulatório e
respiratório trabalhem em conjunto.
408
Postura
É a forma de suportar o próprio peso corporal, a
posição ou maneira que o corpo encontra para
realizar uma atividade específica.
409
Alterações na marcha e postura
Elas podem sofrer alterações por diversos fatores,
dentre eles estão:
● a sarcopenia, que é a diminuição da massa
muscular;
● redução do equilíbrio e dos reflexos posturais
decorrentes do envelhecimento.
410
Doenças que causam alterações na marcha
411
Alterações na marcha e postura
Caso haja alteração, alguns dispositivos podem ser
prescritos por médicos, fisioterapeutas e terapeutas
ocupacionais para auxiliar o indivíduo no deslocamento.
412
Dispositivo de auxílio na marcha: bengalas
413
Dispositivo de auxílio na marcha: andador
414
Dispositivo de auxílio na marcha: muletas
415
Dispositivo de auxílio na marcha: cadeira de rodas
416
É normal o idoso cair?
417
Quedas em idosos
● É uma mudança de posição não intencional e inesperada;
● São omitidas pelo idoso e negligenciadas por alguns profissionais da saúde;
● As quedas não devem ser julgadas como sinal de negligência do idoso ou do seu
cuidador. Devem ser vistas como um problema de saúde a ser investigado e tratado.
418
Causas de quedas em idosos
Medicamentos
419
Comportamentos de risco nas quedas
● Subestimar o risco de queda;
● Calçar meias e chinelos em pé;
● Carregar objetos pesados;
● Caminhar desatento;
● Subir em bancos, escadas, cadeiras ou
no telhado;
● Usar roupas muito compridas que
arrastam no chão;
● Ficar longos períodos sem se alimentar.
420
Prevenção de quedas
● Os ambientes devem ter iluminação
adequada;
● Durante a noite deve-se deixar uma luz
acessa, principalmente no caminho
para o banheiro;
● Evitar superfícies escorregadias como
piso molhado ou tapetes soltos ou com
dobras;
● Evitar móveis inadequados. Por
exemplo, camas e sofás muito baixos;
421
Prevenção de quedas
● Colocar barras no banheiro próximo do
vaso sanitário e chuveiro;
● Evitar trafegar em via pública,
utilizando sempre a calçada;
● Calcular o tempo de travessia na faixa
de pedestres;
● Quando for andar de ônibus, deixar
para pegar o documento depois que
estiver sentado. Ao ficar em pé, segurar
firme com as duas mãos.
422
Investigação das quedas
O profissional de saúde deve realizar perguntas para
entender a queda e facilitar o diagnóstico e tratamento.
● Qual o local da queda?
● Precisou de ajuda para levantar?
● Sente alguma dor decorrente da queda?
● Houve perda de consciência, desmaio ou
convulsão?
423
Síndrome da imobilidade
424
Síndrome da imobilidade
● Imobilidade é a perda total ou parcial da capacidade
individual de deslocamento e de manipulação do meio;
● É sempre consequência de problemas graves de saúde;
425
Síndrome da imobilidade
● Quando acontece com um idoso,
acaba sendo associada à idade e não
recebe a devida atenção;
● Apesar de muitas vezes ser
considerada tira um processo
irreversível e terminal, existem
intervenções que podem ser
realizadas.
426
Causas da síndrome da imobilidade
Pode surgir de maneira aguda, tendo uma instalação
súbita gerada por:
● quedas;
● fraturas de fêmur;
● AVC;
● pós-operatório complicado;
● descompensação cardíaca.
427
Causas da síndrome da imobilidade
Pode surgir de maneira crônica, principalmente
quando as causas súbitas não são tratadas ou
durante a fase avançada de doenças como
demências, Parkinson, osteoartrite ou
insuficiência cardíaca.
428
Atuação da enfermagem
● O técnico de enfermagem atua na
prevenção de complicações da
imobilidade;
● Orienta e conversa com o idoso sobre
suas limitações;
● Estimula a independência de acordo
com o potencial do idoso;
● Nunca deve substituir uma tarefa que o
idoso ainda consiga fazer, mesmo que
com lentidão.
429
Materiais Complementares
UNIMED JUIZ DE FORA. Idosos e o risco de quedas. 10 maio 2017.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=969RVLljaAo.
Acesso em: 4 maio 2022.
430
Referências Bibliográficas
431
Aula 5
Avaliação geriátrica
432
Conteúdos:
Avaliação geriátrica / Conceitos: Atividades de vida diária (AVD)
e atividades instrumentais da vida diária (AIVD)
Objetivo(s):
Aplicar a avaliação geriátrica ao idoso
433
Envelhecimento e funcionalidade
A saúde dos idosos está relacionada,
principalmente, aos fatores:
434
Envelhecimento e funcionalidade
Ser idoso não é uma doença, mas uma fase da vida em que
ocorre a diminuição das reservas funcionais e da capacidade
do organismo de se adaptar a mudanças bruscas.
435
Envelhecimento e funcionalidade
Nessa fase da vida também é comum ocorrer:
● diminuição da rede social de apoio e do suporte social;
● perda de papéis das pessoas idosas;
● isolamento;
● solidão;
● depressão;
● perda da autonomia;
● falta de sentido para a própria vida.
436
Envelhecimento e funcionalidade
A autonomia está relacionada com fatores
pessoais, sociais e ambientais, assim como
representado no esquema a seguir:
437
Envelhecimento e funcionalidade
Atualmente, a saúde dos idosos não é mais avaliada pela
presença ou ausência de doenças, mas pelo grau de preservação
da capacidade funcional. (RAMOS, 2002)
438
Capacidade funcional
Pode ser definida como o potencial dos idosos de decidirem e
atuarem em suas vidas de forma independente.
439
Capacidade funcional
De acordo com Marines Aires (2010), a avaliação tem sido o foco
nos exames do idoso e em um indicador de saúde mais amplo
que a morbidade, pois se correlaciona com a qualidade de vida.
Essa capacidade envolve, além da saúde física e mental, as
condições socioeconômicas e o autocuidado.
440
Incapacidade funcional
É entendida como a dificuldade ou necessidade que o
indivíduo tem para executar suas tarefas cotidianas.
Esse conceito abrange dois tipos de atividades:
● Atividades de Vida Diária (AVD);
● Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD).
Atividades diárias.
441
As Atividades de Vida Diária
442
Independentes e dependentes
Nesse cenário, a funcionalidade global do indivíduo é
fundamental para a classificação dos idosos, que foram divididos
em independentes ou dependentes para as AVDs básicas.
443
Níveis de dependência
444
As Atividades Instrumentais de Vida
Diária (AIVDs)
É preciso avaliar, também, as atividades mais complexas, como
cozinhar e lavar roupa, por exemplo.
445
Níveis de dependência
446
As Atividades de Vida Diária (AVDs)
Avaliar as AVDs é tão importante quanto a avaliação das doenças.
447
Avaliação Geriátrica Ampla (AGA)
● Identificar condições que possam causar a perda de
capacidade funcional do idoso;
● Diagnosticar precocemente problemas de saúde e de
condições de vida, além da capacidade funcional.
448
AGA
Os componentes de avaliação da AGA são:
● saúde física;
● habilidade funcional geral;
● saúde psicológica;
● parâmetros sociais e ambientais.
449
Materiais Complementares
AVD - Laboratório de Atividades da Vida Diária. YouTube:
ABBR - Assoc. Brasileira Benef. de Reabilitação, 2019.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Lc_R8EUiUmM. Acesso
em: 18 mar. 2022.
ESCALA de Katz - Prepsiq memorize. YouTube: Prepsiq, 2021.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=XCvYz833vOA. Acesso em:
18 mar. 2022.
450
Referências Bibliográficas
AIRES, Marinês; PASKULIN, Lisiane Manganelli Girardi;
MORAIS, Eliane Pinheiro de. Capacidade funcional de idosos
mais velhos: estudo comparativo em três regiões do Rio
Grande do Sul. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2010. Disponível
em:
https://www.scielo.br/j/rlae/a/fKYSpJT5nqDCYRVVXzrwMsj/?fo
rmat=pdf&lang=pt. Acesso em: 18 mar. 2022.
RAMOS, Luiz Roberto. Fatores determinantes do
envelhecimento saudável em idosos residentes em centro
urbano: Projeto Epidoso, São Paulo. Cadernos de Saúde
Pública, 2002. Disponível em:
https://www.scielosp.org/article/csp/2003.v19n3/793-797/pt.
Acesso em: 18 mar. 2022.
451
Referências Bibliográficas
VERAS, Renato Peixoto. Guia dos Instrumentos de Avaliação
Geriátrica. 2019. Disponível em:
http://www.unatiuerj.com.br/Guia%20dos%20instrumentos%
20Avaliacao%20Geriatrica.pdf. Acesso em: 18 mar. 2022.
MORAES, E. N. Avaliação multidimensional do Idoso. Belo
Horizonte: Folium, 2016.
452
Aula 6
Suporte nutricional e doenças
gastrointestinais no idoso
453
Conteúdos:
Suporte Nutricional / Disfagia / Desidratação / Inapetência /
Constipação
Objetivos:
Aprender os cuidados ligados a disfagia, desidratação, inapetência
e constipação no idoso.
454
“Que o teu alimento seja o teu remédio, e que o teu remédio
seja o teu alimento”
Hipócrates
455
Alimentação e saúde
A alimentação está inserida em nosso
cotidiano desde o nascimento, associada
a momentos de prazer e de socialização.
O ato de se alimentar é muito
importante para o bem-estar do idoso,
principalmente para os que estão em
situação de fragilidade.
456
Alimentação e saúde
457
Envelhecimento, alimentação e nutrição
Quando o corpo envelhece, a acuidade
sensorial (visão, audição, olfato, gustação
e tato) diminui, aumentando a dificuldade
na capacidade de mastigar, engolir e
digerir os alimentos, além da função
intestinal ficar mais lenta.
458
Envelhecimento, alimentação e
nutrição
A pessoa idosa apresenta risco de
subnutrição, diminuição da massa
magra e aumento da gordura.
459
Orientações para alterações gustativas e olfativas
● Aumentar o uso de temperos
naturais, como alho, cebola, cheiro
verde, louro entre outros;
● Espremer algumas gotas de limão
na comida;
● Consumir frutas inteiras, de
preferência as maduras.
460
Orientações para alterações na saliva
● Consumir pequenas quantidades de
suco de limão sem açúcar antes das
refeições, pois alimentos azedos
estimulam a produção de saliva;
● Chupar gelo, borrifar água dentro da
boca ao longo do dia;
● Consumir alimentos com bastante
caldo ou molho;
● Comer frutas mais secas (banana,
maçã, pêra).
Algumas estratégias podem ser utilizadas
para estimular a produção de saliva.
461
Orientações para alterações gástricas
Realizar de cinco a seis refeições por dia;
Reduzir o volume de comida nas principais
refeições;
Refeições ricas em fibras podem retardar
o esvaziamento gástrico;
Não beber líquidos durante as principais
refeições;
Comer devagar, em local tranquilo e
mastigar bem os alimentos.
É importante reduzir o volume de
comida e manter uma alimentação
saudável.
462
Ovo: vilão ou mocinho?
463
O mito do ovo
Além de ser fonte de proteína, contém
outros nutrientes, como vitaminas e
minerais;
Acreditava-se que ele deveria ser evitado
para prevenir doenças cardíacas, por
conta da sua elevada quantidade de
colesterol;
464
O mito do ovo
Pesquisas apontam que o consumo de um ovo por dia
não aumenta os níveis de colesterol sanguíneo nem
gera risco cardiovascular.
465
Estado nutricional do idoso: como acompanhar?
466
Estado nutricional do idoso: como acompanhar?
Com o envelhecimento, a quantidade de
massa muscular e de água diminuem.
Os idosos podem desenvolver a
sarcopenia, um tipo de desnutrição que
causa alteração muscular,
comprometendo o desempenho físico,
mas nem sempre aparentam magreza ou
desnutrição.
467
Sintomas da sarcopenia
468
Estado nutricional do idoso: como
acompanhar?
É importante acompanhar as seguintes medidas:
● peso;
● altura;
● circunferência da panturrilha e da cintura.
469
Estado nutricional do idoso: como
acompanhar?
● É esperado que haja um aumento do Índice de
Massa Corporal (IMC) devido ao aumento
progressivo de gordura corporal, redução da
atividade física e alterações endócrinas;
● Existe outra classificação de IMC para a pessoa
idosa.
470
Índice de Massa Corporal (IMC)
471
Alimentação do idoso
Deve ser composta de alimentos naturais
ou minimamente processados;
Possuir poucas quantidades de açúcar,
óleo e sal;
Os alimentos processados podem fazer
parte da alimentação em pequena
quantidade;
Os ultraprocessados não devem ser
consumidos;
As porções devem ser pequenas e com
alimentos saudáveis.
472
Alimentação do idoso
Hidratação: o idoso não sente sede
devido às alterações decorrentes do
envelhecimento. É muito importante
observar a ingestão diária de água que
deve ser de 30 ml por kg do peso atual.
Por exemplo: 60 kg = 1800 ml/dia;
Indicações: água mineral, água de coco,
sucos naturais, chás (de 8 a 10 copos/dia);
473
Alimentação do idoso
Fibras: aveia, frutas, legumes e verduras;
474
Alimentação do idoso
Massas, pães, cereais e arroz (integrais)
são fontes de carboidrato (energia);
475
Alimentação do idoso
Leite e derivados são fontes de proteína,
que servem para a construção e
manutenção de células e tecidos. Além
disso, são importantes fontes de cálcio,
que ajuda a prevenir a osteoporose;
476
Alimentação do idoso
Hortaliças, frutas e legumes são fontes de
vitaminas, minerais e fibras, que auxiliam
no funcionamento do intestino;
477
Alimentação do idoso
Carnes, ovos e grãos são fontes de
proteína.
478
Alimentação do idoso: cuidados especiais
Devem ser oferecidas cinco refeições
diárias;
As refeições devem ser feitas junto à
família ou com amigos;
Incentivar o consumo de proteínas;
Sempre que possível, expor ao sol para
absorver vitamina D. Caso não seja
possível, o uso de suplementação deve ser
avaliado.
A exposição ao sol é de extrema importância.
479
Possíveis distúrbios no sistema gastrointestinal
480
Disfagia ou engasgo
É quando um alimento sólido, pastoso ou
líquido entra nas vias respiratórias,
podendo ocasionar aspiração e
sufocamento.
481
Disfagia ou engasgo
482
Disfagia ou engasgo: o que fazer?
483
Cuidados na disfagia ou engasgo
● Posicionar o idoso assentado à 90 graus;
● Ofereça comida em pequenas quantidades,
somente se o idoso estiver acordado ou alerta.
Observe se há alimentos na boca antes de
oferecer mais;
● Respeitar o tempo do idoso;
● Evitar alimentos secos;
● Fazer higiene oral a cada refeição.
484
Inapetência: cuidados com a perda de apetite
485
Inapetência: cuidados com a perda de apetite
Pode ocorrer devido ao uso contínuo de
medicamentos, que também causam
desconforto gástrico;
Alimentos que fornecem grande
quantidade de nutrientes devem ser
incluídos na dieta e oferecidos em
pequenas porções;
486
Inapetência: cuidados com a perda de
apetite
Suplementação nutricional pode ser necessária;
Ao observar sinais de desnutrição como perda de
apetite, de peso e fraqueza, o médico e o nutricionista
precisam ser consultados.
487
Constipação
488
Características
Diminuição da frequência de evacuações;
Esforço para evacuar;
Diminuição do volume fecal;
Endurecimento anormal das fezes;
Sensação de plenitude abdominal.
489
Sintomas
Menos de três evacuações por semana;
Distensão abdominal;
Dor ao evacuar.
490
Complicações
Passar muito tempo sem evacuar pode originar
fecaloma, uma massa de fezes endurecida e seca
acumulada no reto ou na porção final do intestino;
Procedimentos cirúrgicos podem ser necessários para
retirar o fecaloma.
491
Constipação: cuidados de enfermagem
● Incentivar a escolha de um horário
para evacuar;
● Estimular à prática de atividades
físicas;
● Aumentar a ingestão de líquidos;
● Evitar a ingestão de alimentos
constipantes, como massas com
farinhas refinadas, batata, goiaba,
caju etc;
492
Constipação: cuidados de enfermagem
● Aumentar o consumo de alimentos
laxativos, como mamão e ameixa;
● Evitar uso de medicamentos
laxativos.
493
Você se sente preparado para prestar
assistência à pessoa idosa?
494
Materiais Complementares
CELANO R. M. G.; LOSS S. H., NEGRÃO R. J. N. Terapia Nutricional
para Pacientes na Senescência (Geriatria). Associação Médica
Brasileira, São Paulo, 2011. Disponível em:
https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/terapia_nutricional_par
a_pacientes_na_senescencia_geriatria.pdf. Acesso em: 24 maio
2022.
495
Referências Bibliográficas
MINISTÉRIO DA SAÚDE; SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE;
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA. Guia alimentar para a
população brasileira. Ministério da Saúde, Brasília, 2. ed., 2014.
FEIJÓ, A. V.; RIEDER, C. R. M. Distúrbios da deglutição em idosos.
Revinter, Rio de Janeiro, 2004.
496
Aula 7
As principais doenças do
envelhecimento - sistema
digestório e geniturinário
497
Conteúdos:
As principais doenças do envelhecimento - sistema digestório e
geniturinário: infecção do trato urinário e incontinências.
Objetivo(s):
Conhecer as principais doenças que atingem os idosos nos sistemas
digestório e geniturinário.
498
Recordando
Com o envelhecimento, há um declínio
físico natural, que não tem uma idade
definida para começar a acontecer.
499
As principais doenças do aparelho gastroenteral
e geniturinário
500
Incontinência
O comprometimento da mobilidade resulta na incontinência
esfincteriana, que é a perda involuntária de urina pela uretra
(incontinência urinária) ou de fezes (incontinência fecal).
501
Incontinência urinária
Apesar de afetar pessoas de qualquer idade,
tem maior frequência nos idosos, em que
está presente em mais de 30% das mulheres.
502
Incontinência urinária
Na pessoa do sexo masculino, o aumento da próstata é o principal
responsável pelas alterações do fluxo urinário. Entre os principais
sintomas estão:
● fluxo de urina fraco;
● dificuldade para começar a urinar;
● gotejamento involuntário;
● sensação de que não consegue esvaziar a bexiga.
503
Incontinência urinária
Na pessoa de sexo feminino, a principal
alteração é a redução da pressão máxima
de fechamento da uretra, devido à atrofia
muscular. Os sinais mais comuns são:
● vontade urgente de urinar;
● urinar mais de 8 vezes ao dia, e 2 ou
mais vezes à noite;
● sensação constante de bexiga cheia;
● perda de urina ao mínimo esforço.
504
Incontinência urinária
Sintomas em ambos os sexos:
● dor;
● necessidade de chegar rápido ao banheiro;
● urinar durante o sono;
● vontade súbita de urinar;
● infecções urinárias frequentes;
● fugas recorrentes de urina.
505
Incontinência urinária
Apesar da alta incidência, o problema é pouco detectado. Muitos
pacientes têm dificuldade de relatar os sintomas por se sentirem
constrangidos.
506
Predisposição
● Infecções do trato urinário e genital;
● Maceração da pele;
● Formação de úlceras por pressão;
● Disfunção sexual;
● Alteração da qualidade do sono;
● Quedas e fraturas;
● Isolamento social e depressão.
507
Incontinência fecal
Muitas vezes está associada à incontinência urinária,
mas causa mais danos físicos, mentais e sociais.
508
Complicações
● Infecção do trato urinário de repetição;
● Úlcera de pressão;
● Isolamento social;
● Aumento da mortalidade.
509
Incontinência fecal
Apesar da alta morbidade, a IF, assim como a IU,
ainda é pouco relatada pelos pacientes.
510
Incontinência fecal
É importante lembrar que o ritmo intestinal em uma pessoa idosa
sadia pode não ser diário.
511
Incontinência fecal
Para evitar esse tipo de ocorrência, é importante criar uma rotina
de levar o paciente ao banheiro para evacuar sempre no mesmo
horário.
512
Infecção do trato urinário (ITU)
A ITU é a invasão do sistema urinário, previamente estéril, por bactérias, fungos ou
vírus. Essa avaliação é feita pelo médico.
513
Infecção do trato urinário (ITU)
Existem alguns fatores de risco que facilitam o
acometimento, como:
● imobilidade;
● menopausa;
● insuficiência de hormônios;
● uso de fraldas.
514
Infecção do trato urinário (ITU)
515
Infecção do trato urinário (ITU)
Além dos sintomas mais comuns, os idosos também podem
apresentar:
● prostração e sonolência;
● mal-estar indefinido;
● falta de apetite;
● fraqueza;
● calafrios, febre baixa ou ausência de febre;
● confusão mental (delirium).
516
Infecção do trato urinário (ITU)
As bactérias mais frequentes são aquelas presentes no trato
digestivo.
517
Medidas de prevenção
● Ingerir bastante líquido, em média dois
litros por dia;
● Evitar a retenção da urina, evacuando
sempre que a vontade surgir;
● Evitar o uso indiscriminado de antibióticos,
sem indicação médica.
518
Obstipação intestinal
Também chamada de constipação, ou prisão de ventre, é
uma situação que prejudica a qualidade de vida do paciente
e provoca grande desconforto.
519
Obstipação intestinal
A frequência pode variar numa mesma pessoa, de acordo com a
alimentação, a disponibilidade de sanitários e seu estado
emocional. Quando a pessoa idosa está com constipação, ela:
● elimina fezes endurecidas;
● tem grande esforço para evacuar
● apresenta uma frequência inferior a 1 vez na semana.
520
Obstipação intestinal
A movimentação intestinal na pessoa idosa é mais lenta.
521
Outras causas
● Problemas hormonais;
● Doenças renais;
● Tumores no intestino;
● Hemorroidas ou fissuras no ânus;
● Derrame cerebral ou doença de Parkinson;
● Depressão ou ansiedade;
● Diabetes.
522
Para prevenir e tratar
● Ofereça uma alimentação rica em fibras;
● Garanta a hidratação do idoso;
● Incentive exercícios físicos, como caminhadas diárias
de até 30 minutos;
● Criar o hábito de frequência ao vaso sanitário;
● Ficar atento ao aspecto das fezes;
● Não usar laxantes sem prescrição médica;
● Não esperar a piora do quadro do paciente para
acionar o médico;
523
Materiais Complementares
524
Materiais Complementares
525
Referências Bibliográficas
526
Aula 8
Preparo de dietas e cateterismo
vesical na atenção domiciliar
527
Conteúdos:
● Manipulação de dietas
● Cateterismo vesical de alívio
Objetivo(s):
Assimilar e executar as técnicas de preparo de dieta e de
cateterismo vesical de alívio.
528
Nutrição
A alimentação saudável é importante para a
saúde e ajuda na qualidade de vida das pessoas,
pois influencia:
● no bem estar físico e mental;
● no equilíbrio emocional;
● na prevenção de agravos à saúde;
● no tratamento de pessoas doentes.
529
Nutrição
● É através da alimentação que o nosso organismo recebe
todas as substâncias (nutrientes) necessárias para o seu
bom funcionamento;
● A quantidade de porções de cada grupo (proteína,
gordura e carboidrato) que uma pessoa pode utilizar
depende da quantidade total das calorias necessárias
para o seu organismo.
530
531
Nutrientes
● fornecem energia;
● pacientes desnutridos admitidos nos serviços
de saúde, apresentam, em geral, quadros
clínicos mais graves, com maior tempo de
internação e maior custo financeiro.
532
Cuidados com as dietas
Em cada refeição principal (café da manhã, almoço e jantar)
deve estar presente pelo menos um alimento do grupo dos
energéticos, um dos reguladores e um dos construtores.
533
Cuidados com as dietas
As dietas são adaptadas às condições dos
pacientes e devem considerar:
● hábitos alimentares;
● situação socioeconômica;
● órgãos ou sistemas que estejam alterados.
534
Nutrição inadequada
Pode contribuir para o desenvolvimento:
● desnutrição
● emagrecimento;
● obesidade;
● desidratação
535
Desnutrição
A desnutrição calórico-proteica persiste em decorrência de
fatores fisiológicos, psicológicos e sociais.
536
Desnutrição
Quando o emagrecimento em um mês for superior a 5% do peso
habitual, ou 10% em seis meses, é preciso ficar alerta e investigar.
537
Cuidados com a manipulação
dos alimentos e com as dietas
Durante a oferta dos alimentos aos pacientes, é essencial que o
técnico de enfermagem esteja atendo aos seguintes cuidados:
● observar a alimentação do paciente;
● seguir as recomendações de dieta dos profissionais de
saúde;
● ser criativo na preparação dos pratos, incentivando a
ingestão satisfatória dos alimentos;
● verificar seu apetite e qualquer alteração no seu hábito
alimentar e digestivo (náuseas, vômitos, diarréia, intestino
preso ou sangue nas fezes);
538
Cuidados com a manipulação
dos alimentos e com as dietas
● atentar a toda medicação usada pela pessoa idosa;
● coletar o peso periodicamente e informar os valores à
equipe de saúde;
● estar atento aos sinais e sintomas da desidratação;
● oferecer diuréticos (medicamentos e chás) só após
recomendação médica.
539
Dietas enterais
As dietas enterais podem ser caseiras ou
industrializadas. Cabe ao técnico de
enfermagem observar:
● manutenção e controle de via escolhida
● volume administrado;
● atenção às reações que o paciente possa
apresentar.
540
Administração das dietas enterais
Em bolus:
● administração da dieta enteral com o auxílio
de uma seringa de 50 ml;
● método que deve ser utilizado com muito
rigor para evitar transtornos digestivos
devido a uma administração rápida demais.
541
Administração gravitacional
Administração da dieta em frasco por
gotejamento, suspenso em suporte:
● permite uma utilização mais lenta que o
bolus e costuma ser melhor tolerada;
● requer cuidados com a higienização da
conexão (sonda-equipo) e a troca periódica
dos equipamentos.
542
Administração contínua
● Realizada através de gotejamento contínuo com bomba
de infusão.
● A dieta pode ser administrada em períodos de 12 a 24
horas, dependendo da necessidade do paciente.
543
Cuidados com a manipulação
das dietas
Técnico de enfermagem precisa estar atento a alguns cuidados
na manipulação dessas dietas:
● receber a solução enteral e assegurar a sua conservação
até a completa administração;
● fazer a inspeção visual da solução enteral antes de
administrá-la;
● avaliar e assegurar a administração da solução enteral,
observando os princípios da assepsia;
544
Cuidados com a manipulação das dietas
● detectar, registrar e comunicar à equipe
multiprofissional as intercorrências;
● inserir todas as informações no prontuário;
● acompanhar as informações relacionadas à
administração e a evolução do usuário quanto aos
dados antropométricos (principalmente o peso );
● aferir os sinais vitais diariamente;
545
Cuidados com a manipulação
das dietas
● avaliar a tolerância digestiva;
● garantir a fixação da sonda enteral, com troca do curativo
de fixação diariamente;
● assegurar que qualquer outra droga prescrita seja
administrada, preferencialmente, na via lateral da sonda.
546
Eliminação renal
O equilíbrio do organismo depende do bom funcionamento de
todos os órgãos, mas também do equilíbrio entre a matéria
assimilada e a matéria eliminada.
547
Eliminação renal
Eliminação pela pele:
● As glândulas sudoríparas, consideradas anexos da
pele, são órgãos importantes na retenção ou
eliminação de calor, de água e de eletrólitos.
Eliminação pulmonar:
● O gás carbônico é o mais abundante de todos os
produtos terminais do metabolismo, sendo eliminado
pela respiração.
548
Eliminação renal
Eliminação intestinal:
● A produção das fezes é resultado da máxima absorção
dos nutrientes e líquidos ingeridos.
Eliminação renal:
● O trabalho renal básico é o de produzir e eliminar a urina.
549
Eliminação renal
Todo o volume sanguíneo passa pelos rins para ser
processado. Os três processos bioquímicos são:
● reabsorção;
● seleção;
● síntese, que forma a urina.
550
Eliminação renal
A urina é o produto final da filtragem sanguínea. Ela auxilia na:
● desintoxicação: através da eliminação de resíduos
metabólicos. ex.: uréia, creatinina e ácido úrico;
● equilíbrio hídrico: atua para conservar ou eliminar líquido;
● equilíbrio eletrolítico: quantidades de sais minerais. ex.:
sódio, potássio;
● equilíbrio ácido-básico: os rins regulam o grau de acidez.
551
Eliminação renal
Processos inflamatórios, infecciosos e casos de
crescimento tumoral podem impactar na
eliminação da urina e das fezes, fazendo com que
seja necessário o uso de sondas vesicais para a
eliminação da urina ou confecção cirúrgica,
formando assim uma ostomia urinária. As
intervenções mais comuns são:
● cistostomia;
● nefrostomia.
552
Cateterismos vesicais
A sondagem vesical é a introdução de uma
sonda ou cateter na bexiga, que pode ser
realizada através da uretra ou por via supra-
púbica, e tem por finalidade a remoção da urina.
Pode ser dividida como:
● cateterismo vesical de alívio;
● cateterismo vesical de demora.
553
Cateterismos vesicais
Segundo o Parecer Normativo (Resolução Cofen nº 450/2013), a
inserção de cateter vesical é função privativa do enfermeiro, em
função dos seus conhecimentos científicos e do caráter invasivo
do procedimento.
554
Cateterismos vesicais
É comum que técnicos de enfermagem sejam contratados para
realizar esses cuidados domiciliares
555
O cateterismo vesical de alívio
A sondagem vesical de alívio também pode ser delegada para
o técnico de enfermagem enquanto cuidador responsável e
devidamente capacitado, tanto em ambiente hospitalar como
em domicílio. Bem como é permitido ao enfermeiro capacitar o
paciente, família ou cuidador na realização do autocateterismo
vesical intermitente. (Parecer Coren – BA N⁰ 028/2014)
556
O cateterismo vesical de alívio
Dessa forma, é importante que o técnico de enfermagem
conheça e saiba realizar o cateterismo vesical de alívio
intermitente.
557
Vamos praticar?
558
Materiais Complementares
SUA SAÚDE NA REDE. Alimentação por sonda enteral | Sua
Saúde na Rede. YouTube, 28 abr. 2015. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=DYbVe-MNcuA&t=29s.
Acesso em: 25 maio 2022.
559
Materiais Complementares
SOCIEDADE BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO PARENTERAL E
ENTERAL. Terapia Nutricional Domiciliar. Associação Médica
Brasileira e Conselho Federal de Medicina, 2011. Disponível
em:
https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/terapia_nutricional_
domiciliar.pdf. Acesso em: 25 maio 2022.
560
Referências Bibliográficas
NAKAMAE, Djair Daniel. Eliminação: uma necessidade básica
do homem. Rev. Bras. Enferm.,1976. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/reben/a/kHxsqfjfkNc5pDH64Y8hy6N/?l
ang=pt. Acesso em: 25 maio 2022.
561
Aula 9
Violência Contra a Pessoa Idosa
562
Conteúdos:
Violência Contra Pacientes em Atendimento Domiciliar
Objetivo(s):
Entender as diferentes formas da violência contra o idoso e
como identificar sinais as mesma.
563
O que é violência?
Segundo a Organização Mundial da Saúde,
violência é compreendida como qualquer ato ou
ausência de uma ação que ocasione dano,
incômodo, sofrimento ou prejuízo à pessoa.
564
Tipos de violência
565
Tipos de violência
● Física;
● Psicológica;
● Sexual;
● Negligência;
● Econômica;
● Autoinfligida;
● Autonegligência.
566
Violência física
567
Sinais de alerta físicos
A agressão física é a mais fácil de ser
identificada, pois, é comum que deixe sinais
visíveis no corpo da vítima, incluindo:
● hematomas;
● cicatrizes;
● entorses;
● ossos quebrados.
568
Violência física
● É o tipo de violência mais fácil de ser
identificada;
● Tapas, murros, cortes, queimaduras e
empurrões são algumas ações da
violência física;
● Esse tipo de violência pode ocorrer no
ambiente familiar, na rua, e em
instituições públicas e privadas.
569
Violência psicológica
570
Violência psicológica
● Frequentemente é acompanhada com
outros tipos de abuso;
● É uma violência mais difícil de ser detectada,
tanto pela vítima quanto por terceiros;
● É realizada com a intenção de provocar dano
mental ou emocional ao idoso.
571
Sinais de alerta psicológicos
● Exemplos desse tipo de violência são as agressões verbais,
ameaças, insultos e humilhações;
● O uso do tom infantil com o idoso também é uma forma
de violência psicológica, pois o induz a uma aceitação
passiva da dependência;
● É comum que os idosos vítimas desse tipo de violência
apresentem alterações de comportamento.
572
Violência sexual
573
Violência sexual
É todo contato sexual não consentido pela vítima, por meio da:
● força;
● ameaça;
● deterioração cognitiva da vítima, incapacitando-a de
negar ou consentir.
574
Violência sexual
Há subnotificação desse tipo de violência, por motivos como:
● vergonha;
● dependência;
● estar sob a “proteção” e responsabilidade do agressor;
● preconceito, pois, socialmente, o idoso não é visto como alvo
de desejo sexual e a possibilidade de abuso não é debatida.
575
Negligência
576
Negligência
É um tipo de violência que ocorre pela falta de cuidado com o
idoso.
Geralmente, a negligência é praticada pela pessoa responsável,
seja um cuidador, profissional da saúde ou parente.
577
Negligência
Os principais exemplos de negligência são:
● não higienizar o idoso dependente;
● deixar de fornecer medicamentos;
● não oferecer alimentação;
● oferecer alimentação inadequada e
insuficiente.
578
Negligência
Sinais de negligência:
● desnutrição;
● desidratação;
● falta de higiene;
● apatia.
579
Violência econômica
580
Abuso econômico, financeiro
e patrimonial
Se comparado aos demais tipos de agressões, o abuso
financeiro é um tipo sutil de violência, pois seus sinais são
difíceis de serem identificados.
581
Abuso econômico, financeiro e patrimonial
Exemplos de violência econômica:
● fazer saques não autorizados nas contas
bancárias dos idosos;
● usar os bens dos idosos em prol de terceiros,
sem o consentimento dele;
● expulsar o idoso do seu domicílio;
● vender os bens e imóveis do idoso sem seu
consentimento;
● forçar assinaturas e mudança de testamento.
582
Autonegligência e violência autoinfligida
583
Autonegligência e violência
autoinfligida
Autonegligência é a falta de autocuidado. Ela pode gerar danos
à saúde e à segurança do idoso.
Ela está relacionada às agressões cometidas contra si, além da
idealização, tentativas e realização de suicídio.
584
Suicídio em idosos: fatores associados
● Sobrecarga financeira;
● Abusos e desqualificações;
● Morte e adoecimento de parentes;
● Adoecimento físico;
● Deficiência;
● Transtornos mentais;
● Isolamento social.
585
Prevenção do suícidio
● Valorizar o envelhecimento e a contribuição do idoso;
● Evitar isolamento social;
● Apoiar no luto de entes queridos;
● Atenção à depressão;
● Dar suporte em situações de perdas materiais;
● Dar apoio nos casos de perda da independência funcional.
586
Órgãos de proteção ao idoso
587
Órgãos de proteção ao idoso
● Delegacia do idoso e/ou delegacia comum;
● Ministério Público;
● Conselho Municipal do Idoso;
● Disque 100.
588
Técnico de enfermagem
Se houver suspeita ou confirmação de maus-
tratos ao idoso, o técnico de enfermagem é
obrigado a notificar e comunicar a situação
aos:
● órgãos competentes;
● demais profissionais de saúde
responsáveis pelo idoso.
589
Técnico de enfermagem
A notificação pode ser feita pela equipe de saúde ou pelo
profissional responsável pela instituição.
Essa comunicação deve ser feita através do preenchimento da
Ficha de Notificação de Violência Interpessoal/Autoprovocada.
590
Proteção aos idosos
O Dia Mundial da Conscientização da Violência
Contra a Pessoa Idosa é comemorado no dia
16 de junho.
591
Materiais Complementares
MINISTÉRIO DA SAÚDE. 15/6 – Dia Mundial de
Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa.
Biblioteca Virtual em Saúde, s.d. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/15-6-dia-mundial-de-
conscientizacao-da-violencia-contra-a-pessoa-idosa-2/. Acesso
em: 23 maio 2022.
592
Referências Bibliográficas
MINAYO, Maria C. S. Manual de enfrentamento à violência
contra a pessoa idosa. É possível prevenir. É necessário
superar. Brasília, Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República, 2014.
593
Aula 10
Banho, troca de fraldas e
imobilização
594
Conteúdos:
● Tipos de banho: aspersão e imersão
● Troca de fralda
● Imobilização e contenção no leito
Objetivos:
Aprender e executar as técnicas de banhos de aspersão e imersão;
de troca de fraldas; imobilização e contenção do idoso
595
Higiene do paciente
De acordo com a lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, o
cuidado cotidiano de higiene e conforto, incluindo a higiene
bucal, é uma atribuição da equipe de enfermagem com
capacidade técnica, sob orientação e supervisão do
enfermeiro. (BRASIL, 1986)
596
Higiene
● Importante para a recuperação, conforto e
bem estar do paciente;
● Algumas pessoas idosas, doentes ou com
incapacidades podem, às vezes, se recusar
a tomar banho. É preciso identificar as
causas.
597
Higiene bucal
Lavagem:
● próteses (dentaduras e pontes);
● dentes naturais;
● gengivas;
● bochechas (mucosa oral);
● língua.
Escova dura: para próteses.
Escova macia: para gengiva.
598
Higiene bucal
O técnico de enfermagem, deve:
● realizar a higiene diariamente;
● usar escovas macias, creme dental e
enxaguante bucal;
● escovar as próteses, caso o paciente
tenha.
599
Higiene corporal
Tem como objetivo:
● a limpeza da pele do paciente;
● a promoção da amplitude dos seus
movimentos (movimentação ativa e
passiva).
600
Higiene do corporal
Durante a realização do asseio cotidiano (banho, troca de fraldas e higiene
bucal), deve-se aproveitar para fazer a avaliação de todos os segmentos do
corpo da pessoa idosa.
601
Banho
● Está diretamente ligado à mobilidade dos
usuários, principalmente daqueles mais
dependentes e incapacitados;
● Durante o banho, ocorre a ativação da
circulação sanguínea, promovendo o
relaxamento muscular e diminuindo a
fadiga;
● Após o banho, é comum percebermos os
pacientes mais tranquilos e melhores com
a sua auto-imagem.
602
Nessa aula vamos aprender
603
Banho de aspersão
● Promove a higiene completa;
● Maior sensação de bem-estar;
● Traz maior autonomia;
● Pode ser promovido em pessoas
adultas e idosas que andam
sozinhas, com andador, com
muletas, de cadeira de rodas ou com
ajuda.
604
Banho de aspersão
● Ao iniciar o banho, dependendo do grau de autonomia
da pessoa, deve-se pedir para que ela se dispa e auxiliá-
la, caso necessário;
● Também é importante providenciar um espelho para que
a pessoa possa ver o seu reflexo, pentear os cabelos e
fazer solicitações quando precisar.
605
Banho de aspersão
Após o banho, o técnico de enfermagem deve
oferecer a toalha e providenciar a secagem,
principalmente entre os dedos dos pés e nas
dobras do corpo.
Com o corpo seco, é preciso aplicar um creme
hidratante, oferecer roupas limpas e ajudar o
paciente no que for necessário.
606
Banho de imersão
● Oferece relaxamento;
● Pacientes vítimas de grandes
queimaduras se beneficiam desses
banhos;
● Pode ser feito em casa, desde que haja
uma banheira adequada;
● É preciso estar atento à segurança
durante esse procedimento.
607
Banhos de imersão e aspersão
1. Providenciar a colocação de barras
de apoio ao lado do vaso sanitário e
nas paredes internas do boxe;
2. Providenciar a colocação de suporte
de sabonete e outros acessórios que
fiquem ao alcance da pessoa idosa;
3. Garantir um piso não escorregadio
ou o uso de tapete antiderrapante;
4. Garantir boa iluminação;
608
Banhos de imersão e aspersão
5. Procurar eliminar os degraus
no acesso ao banheiro;
6. Sempre verificar se a temperatura da
água está adequada ao clima;
7. Dar preferência aos sabonetes
hidratantes;
8. Colocar uma cadeira de base firme no
interior do boxe;
9. Procurar dar o banho sempre no
mesmo horário;
609
Banhos de imersão e aspersão
10. No preparo do banho, deve-se
explicar todas as ações à pessoa idosa;
11. Incentivar e motivar o
autocuidado;
12. Assegurar privacidade à pessoa
que pode banhar-se sozinha;
13. Durante o banho, observar e
avaliar a integridade da pele;
14. Seguir o sentido púbis para o
anus (de frente para trás);
610
Banhos de imersão e aspersão
15. Após o banho, hidratar a pele, fazendo
massagens para ativar a circulação;
16. Se os pelos pubianos estiverem
grandes e volumosos, devem ser aparados
com tesoura;
17. Observar as eliminações durante a
higiene e anotar.
611
Troca de fraldas
612
Troca de fraldas
Não se deve colocar fraldas no adulto ou idoso para ter
menos trabalho com o seu cuidado.
Se a pessoa tem controle das suas eliminações, procure levá-
la ao banheiro em intervalos regulares.
Durante a noite, deve-se avaliar os benefícios do uso da
fralda, considerando a facilidade ou dificuldade da pessoa
em ir até o banheiro.
613
Uso de fraldas
● Útil para pessoas que apresentam incontinência
urinária ou fecal;
● Pode causar constrangimento e vergonha;
● Explique a importância e a necessidade do uso para
promover o entendimento e melhorar a aceitação;
● Lembre-se que estar de fralda pode representar
para o adulto ou idoso um sinal de piora do seu
quadro de saúde;
● Procure ter o apoio de outro técnico de enfermagem
ou de um familiar para realizar a troca de fraldas;
● Cuidado ao realizar a troca de fraldas.
614
Troca de fraldas
As fraldas devem ser trocadas sempre
que necessário. Não se deve aguardar
por um número específico de micção ou
defecação para realizar a troca.
Manter o paciente sujo configura maus
tratos e contribui para o surgimento de
lesões e infecções.
615
Troca de fraldas
Durante as trocas, avalie toda a região pélvica e genital,
realizando a higiene íntima em cada troca.
Esses cuidados também previnem o surgimento de
lesões, como as assaduras, e de infecções urinárias.
616
Imobilização e contenção
617
Imobilização e contenção
● Medidas que devem ser utilizadas somente após
a avaliação cuidadosa da equipe médica;
● Quando essas recomendações não são seguidas,
pode-se estar submetendo o paciente a maus
tratos e promovendo violência contra a pessoa
adulta ou idosa.
618
Contenção do paciente
● Medida que deve ser usada de forma adequada e específica;
● Ações que visam limitar a habilidade do movimento quando
oferece perigo ao próprio paciente ou a terceiros;
● Indicada quando o paciente encontra-se agitado ou confuso;
● Ajuda a prevenir a automutilação, as quedas e a
contaminação e retirada dos cateteres e das sondas
hospitalares;
● Utilizada quando outras medidas preventivas não se
mostrarem eficazes;
● Deve ser prescrita pelo médico e registrada em prontuário.
619
Contenção do paciente
Outras medidas que devem ser realizadas antes de conter
os pacientes são:
● abordagem verbal, procurando explicar ao paciente a
importância da assistência;
● contenção química, através de medicamentos
sedativos e calmantes;
● eliminação de fatores externos que possam estar
gerando o quadro de agitação ou confusão mental;
620
Contenção do paciente
● deve-se ter humanização durante todo o
procedimento de contenção;
● o paciente deve ser esclarecido sobre o que está
sendo feito;
● a contenção física se dará a partir da contenção da
movimentação do paciente, segurando-o ou limitando
seus movimentos com ataduras e talas específicas.
621
Contenção do paciente
Durante a contenção física deve-se estar atento a alguns
cuidados, como:
● não utilizar cordas, cordões e faixas menores que 10
cm de largura;
● atentar para o estado de limpeza e conservação dos
lençóis e das ataduras;
● evitar garroteamento de membros;
622
Contenção do paciente
● Verificar o local da contenção com frequência,
observando a perfusão periférica e a integridade
cutânea;
● Remover ou afrouxar a restrição em casos de edema,
lesão, palidez ou cianose;
● Retirar a restrição no mínimo uma vez ao dia
(preferencialmente durante o banho), realizando a
limpeza do local e restringindo novamente, se
necessário.
623
Materiais Complementares
DESENVOLVIMENTO ASF SUL. Contenção Física e Mecânica - passo
a passo. YouTube, 31 mar. 2022. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=-bhoAfIzp-A. Acesso em: 03
jun. 2022.
624
Referências Bibliográficas
BORN, Tomiko (org.). Cuidar Melhor e Evitar a Violência: Manual do
Cuidador da Pessoa Idosa. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos
Humanos, 2008. Disponível em:
http://www.observatorionacionaldoidoso.fiocruz.br/biblioteca/_ma
nual/12.pdf. Disponível em: 03 jun. 2022.
POTTER, Patricia A; PERRY, Anne G. Fundamentos de Enfermagem.
Ed. 8ª. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
PRADO, LS. Concepções ético-legais acerca da restrição física de
pacientes, e os fatores relacionados a esta prática em unidade de
terapia intensiva. UFMG - Belo Horizonte, 2010.
http://www.cofen.gov.br/lei-n-749886-de-25-de-junho-de-
1986_4161.html
625
Referências Bibliográficas
PRADO, Leilane Souza. Concepções ético-legais acerca da restrição
física de pacientes, e os fatores relacionados a esta prática em
unidade de terapia intensiva. 2010. Trabalho de Conclusão de
Curso (Especialização em Enfermagem Hospitalar) - Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2010. Disponível em:
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-
9JUNVL/1/monografia_de_especializa__o_leilane_souza_prado.pdf.
Acesso em: 03 jun. 2022.
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Lei nº 7.498/86, de 25 de
junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da
Enfermagem e dá outras providências. Brasília, 25 jun. 1986.
Disponível em: http://www.cofen.gov.br/lei-n-749886-de-25-de-
junho-de-1986_4161.html. Acesso em: 03 jun. 2022.
626
Aula 11
Banho no leito, mudança de
decúbito e transferências
627
Conteúdos:
● Banho de leito
● Mudança de decúbito e movimentação no leito
● Mobilização e transferência
Objetivos:
Compreender e aplicar as técnicas de banho de leito; mudança de
decúbito e movimentação do idoso
628
Banho no leito
629
Banho no leito
Deve ser realizado quando a pessoa:
● é dependente de outra;
● apresenta dificuldade de se mover;
● é pesada;
● apresenta dores ao mudar de
posição.
630
Banho no leito
● É importante ter outra pessoa para ajudar além do técnico
de enfermagem, evitando acidentes e cansaço físico;
● Deve ser feito com a pessoa de costas, auxiliando na retirada
das roupas e protegendo-a com o lençol;
● É preciso estar atento às capacidades do paciente,
solicitando que ele auxilie no que conseguir realizar;
● Deve-se manter a privacidade do paciente, deixando
descobertos apenas os segmentos corporais que estão
sendo higienizados;
631
Banho no leito
● Auxilie ou faça a higiene bucal e, depois, coloque o forro
plástico embaixo da cabeça para a lavagem dos cabelos;
● O corpo deve ser higienizado com os retalhos umedecidos e
ensaboados, tomando sempre o cuidado de remover a
espuma;
● Deve-se secar o paciente com uma toalha seca, priorizando
as dobras e entre os dedos;
● Aproveite para trocar os lençóis da cama;
● A higiene dos genitais e região anal deve ser feita na parte
final do banho e em todas as vezes que o paciente tiver
eliminação urinária e fecal.
632
Higiene dos órgãos sexuais
Para as pessoas do sexo feminino, é preciso limpar toda a
genitália, incluindo os grandes e pequenos lábios, lavando de
dentro para fora e de cima para baixo.
Já nas pessoas do sexo masculino, é necessário expor a glande,
limpando no sentido de cima para baixo, percorrendo todo o
pênis e o saco escrotal.
Em ambos os casos, não esqueça de secar bem toda a região para
evitar proliferação de germes, que podem gerar infecções.
633
Mudança de decúbito
634
Mudança de decúbito
● Ação preventiva para descomprimir a área sob
proeminências ósseas;
● Previne a fadiga e complicações pulmonares e
circulatórias;
● Ajuda na manutenção do tônus muscular;
● Também inclui manejo das sondas, uso de
oxigênio e posições que não são possíveis
para o paciente devido à patologia.
● É uma das principais medidas de prevenção
de escaras;
635
Escaras
● São lesões de pressão ou úlceras de decúbito;
● Ocorrem em pessoas que não mudam de posição
com frequência;
● Acontece por causa dos grandes intervalos de
tempo, que criam áreas de pressão prolongada;
● Reposicionamento e mudança de decúbito
podem diminuir as feridas.
636
Transferências e mobilização
637
Transferências e mobilização
Deambular significa deslocar ou andar com suas próprias
pernas, sem o auxílio de equipamentos.
O técnico de enfermagem deve atentar para o manejo correto
do transporte de pessoas que não se deslocam sem auxílio,
procurando evitar quedas.
638
Transferências e mobilização
Se, mesmo com dificuldade, o paciente
consegue andar, é importante estimular
pequenas caminhadas, de preferência em
lugares arejados.
Para evitar escorregões, é importante que ele
use sapatos baixos, ajustados e amarrados.
639
Transferências e mobilização
Para auxiliar a pessoa cuidada a andar, é preciso
que o cuidador lhe ofereça apoio e segurança.
Para isso, pode-se colocar uma mão embaixo do
braço ou na axila da pessoa, segurando a mão
do paciente com a outra mão.
Pode-se também ficar em frente do paciente,
segurando-o firmemente pelos antebraços e
estimulando-o a caminhar olhando para frente.
640
Transferências e mobilização
● Mantenha os joelhos sempre semiflexionados e aumente a
distância entre os seus pés para evitar lesões na coluna;
● As grandes articulações como quadris, ombros e joelhos
são pontos facilitadores durante as transferências;
● O uso de técnicas corporais adequadas possibilita mover,
levantar ou transferir os pacientes com segurança;
● Atenção à ergonomia durante as transferências e
mobilizações dos pacientes, a fim de evitar lesões.
641
Transferências e mobilização
O técnico deve:
● elevar a grade lateral do lado oposto para prevenir que o
paciente caia da cama;
● elevar o nível da cama para uma altura que ajude na
movimentação do paciente;
● avaliar a mobilidade e a força do paciente para determinar
que tipo de ajuda ele pode oferecer durante a transferência;
● determinar a necessidade de ajuda de outros cuidadores;
● explicar o procedimento e descrever o que se espera do
paciente;
● avaliar o alinhamento correto do corpo e as áreas de
pressão depois de cada transferência.
642
Transferências e mobilização
● A equipe de enfermagem deve
reconhecer seus limites, pois mover
sozinho um paciente totalmente
imobilizado é difícil e perigoso;
● O técnico de enfermagem que está
aplicando as técnicas de transferência e
de movimento pela primeira vez deve
solicitar ajuda para reduzir o risco de
lesão no paciente e nele mesmo.
643
VAMOS PRATICAR?
644
Materiais Complementares
FILMESADVITA. Posicionamentos, Mobilidade e Transferências.
YouTube, 02 fev. 2016. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=pm4WWNUJx70. Acesso em:
07 jun. 2022.
645
Referências Bibliográficas
BORN, Tomiko (org.). Cuidar Melhor e Evitar a Violência: Manual do
Cuidador da Pessoa Idosa. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos
Humanos, 2008. Disponível em:
http://www.observatorionacionaldoidoso.fiocruz.br/biblioteca/_ma
nual/12.pdf. Acesso em: 07 jun. 2022.
POTTER, Patricia A; PERRY, Anne G. Fundamentos de Enfermagem.
Rio de. Janeiro: Elsevier, 2013.
646
Aula 12
Cuidados paliativos e o papel da
enfermagem
647
Conteúdos:
Cuidados Paliativos / Luto e processo de morte
Objetivo(s):
Conhecer os conceitos de cuidados paliativos e luto para
prestar cuidados ao idoso e família, durante o processo de
morte
648
O que a doença pode trazer?
Sintomas
Mudança no
papel familiar e Doença Mudança no
de papel social
relacionamento
Alterações
funcionais
649
O que significa a palavra paliativo?
650
Na inexistência de cura, o que se pode fazer?
Cuidados Paliativos
Ciência do cuidar
651
Conceito de cuidados paliativos
“assistência promovida por uma equipe
multidisciplinar, que objetiva a melhoria da
qualidade de vida do paciente e seus
familiares, diante de uma doença ou agravo
que ameace a continuidade da vida, por
meio da prevenção e alívio do sofrimento,
da identificação precoce, avaliação impecável
e tratamento de dor e demais sintomas
físicos, sociais, psicológicos e espirituais".
OMS, 2017
652
Algumas ideias sobre vida e morte
● Morte é o resultado do fracasso do conhecimento e da
técnica médica;
● Prolongar a vida a qualquer custo e de vencer a morte;
● Medicalização da vida;
● Carência da educação tanatológica;
● Irreais expectativas de cura;
● Perspectivas derrotistas quanto à superveniência da
morte.
653
Princípios dos cuidados paliativos
● Promover o alívio da dor e de outros
sintomas que causem desconforto;
654
Princípios dos cuidados paliativos
● Em cuidados paliativos não se pratica aceleração e
adiamento da morte;
● Considera os cuidados integrais, incluindo os aspectos
psicológicos e espirituais;
655
Princípios dos cuidados paliativos
● Proporcionar um conjunto de equipamentos que
possibilite ao paciente viver o possível e ativamente até o
momento da sua morte;
● Proporcionar um sistema de suporte para os familiares
durante a doença do paciente e o luto;
656
Princípios dos cuidados paliativos
● Considera o cuidado multiprofissional
para os pacientes e seus familiares,
incluindo acompanhamento no luto;
657
Princípios dos cuidados paliativos
● Deve-se iniciar os cuidados paliativos em pacientes que
possuem doenças que ameacem precocemente o curso
da vida;
● Em paralelo, deve-se implementar medidas de
prolongamento da vida, ao mesmo tempo que investiga e
controla a situação clínica do paciente.
658
Você sabe o que significam esses termos?
Ortotanásia Não-maleficência
659
Filosofia e fundamentos éticos
Beneficiência: evitar submeter o paciente a um sofrimento
maior que o benefício;
660
Filosofia e fundamentos éticos
Não-maleficência: evitar intervenções que desrespeitem a
dignidade do paciente como pessoa;
661
Filosofia e fundamentos éticos
Autonomia: capacidade do indivíduo tomar e ter ciência de
suas decisões;
662
Filosofia e fundamentos éticos
Eutanásia: provocar a morte de uma pessoa antes do previsto
pela evolução natural da doença. Essa prática é considerada
homicídio, mas muitas vezes, é feita como forma de piedade em
pacientes que sofrem;
663
Filosofia e fundamentos éticos
Distanásia: pode ser entendido como um sinônimo de
tratamento inútil. É toda clínica médica que, visando salvar a
vida do paciente terminal, expõe o paciente à dor e ao
sofrimento, contrariando a vontade do paciente ou de seu
representante legal.
664
Filosofia e fundamentos éticos
Ortotanásia: quando o profissional não mata a pessoa doente,
mas apenas o deixa morrer, praticando uma conduta de
omissão.
665
Fundamento ético para o profissional da saúde
2011 - CFM
reconhece a
Portaria MS Nº medicina
3150/2006 paliativa como
institui a área de atuação.
A Resolução
1805/2006 do Câmara Técnica
CFM em Controle da
regulamenta a Dor e Cuidados
prática da Paliativos.
ortotanásia
pelos médicos.
666
Fundamento ético para o profissional da saúde
Degraus a serem
subidos:
RESOLUÇÃO Educação
COFEN N° Permanente
Código de Ética 0570/20I8 Inserção da
dos Profissionais Institui como temática nos
de Enfermagem especialidade cursos de
(CEPE) Enfermagem em formação
Cuidados
Paliativos
667
Você sabe o que o Código de Ética de Enfermagem
diz sobre cuidados paliativos?
668
Código de Ética e cuidados paliativos
Art. 48 Prestar assistência de Enfermagem promovendo a
qualidade de vida à pessoa e família no processo do nascer,
viver, morrer e luto.
Parágrafo único. Nos casos de doenças graves incuráveis e
terminais com risco iminente de morte, em consonância com a
equipe multiprofissional, oferecer todos os cuidados paliativos
disponíveis para assegurar o conforto físico, psíquico, social e
espiritual, respeitada a vontade da pessoa ou de seu
representante legal.
669
Enfermagem e cuidados paliativos
670
Como cuidar de pacientes em cuidados paliativos?
671
Como cuidar?
● Acompanhamento contínuo dos sinais e
sintomas;
● Considerar as demandas dos pacientes e
seus familiares ;
● Estar em consonância com a equipe
multiprofissional no estabelecimento de
prioridades para cada paciente;
672
Como cuidar?
● Estar ciente da dinâmica familiar em relação às suas
potencialidades e desafios;
● Estar atento para a compreensão das orientações clínicas
e reforçar, caso seja necessário;
673
Como cuidar?
● Agir e reagir adequadamente frente à situação de morte
com o paciente e família;
● Valorizar o sofrimento e as conquistas do paciente;
674
Como cuidar?
● Empoderar o paciente e a família no cuidado;
● Preservar a integridade física, emocional, espiritual e
moral do paciente;
675
Atuação da equipe de enfermagem
● Controle da dor;
● Curativos nas lesões malignas
cutâneas, frequentemente ditas
“feridas tumorais”;
676
Atuação da equipe de enfermagem
● Técnicas de comunicação terapêutica;
● Cuidados espirituais;
677
Atuação da equipe de enfermagem
● Zelo pela manutenção do asseio e da higiene;
● Medidas de conforto;
678
Atuação da equipe de enfermagem
● Trabalho junto às famílias;
● Comunicação com a equipe multidisciplinar;
● Domínio da técnica de hipodermóclise.
679
“Ao cuidar de você no momento final da
vida, quero que você sinta que me importo
pelo fato de você ser você, que me importo
até o último momento de sua vida e,
faremos tudo que estiver ao nosso alcance,
não somente para ajudá-lo a morrer em paz,
mas também para você viver até o dia de
sua morte”
— Cicely Saunders
680
Materiais Complementares
ARANTES, Ana C. Q. A morte é um dia que vale a pena viver.
Oficina do livro, Portugal, 2019.
681
Referências Bibliográficas
CARVALHO, R. T.; PARSONS, H. A. Manual de Cuidados
Paliativos ANCP. Academia Nacional de Cuidados Paliativos
(ANCP), São Paulo, 2 ed., 2012.
682
Aula 13
Hipodermóclise
683
Conteúdos:
Hipodermóclise
Objetivo(s):
Saber como executar a punção de hipodermóclise.
684
O que é hipodermóclise?
Procedimento em que o medicamento é
aplicado por baixo da pele, no subcutâneo
ou no tecido hipodérmico.
685
Histórico da hipodermóclise
Azevedo, 2016
686
Hipodermóclise
687
Relembrando as funções da hipoderme
688
Como essa camada de tecido
pode absorver as soluções e os
medicamentos para a corrente
sanguínea?
689
Hipodermóclise
Ocorre através da difusão simples, que é a diferença de
gradiente de concentração entre o fármaco e o plasma.
690
Hipodermóclise
Esse procedimento tem as suas vantagens e limitações, como as
demais vias de administração de medicamentos. Ele se destaca por:
● oferecer conveniência e segurança;
● fazer o controle farmacológico dos sinais e sintomas inerentes
ao processo da morte;
● oferecer tratamento com conforto;
● ser uma técnica simples, rápida e que demanda menor tempo
na execução.
691
Outras vantagens da hipodermóclise
● Menos invasiva, de fácil inserção e
manutenção do cateter;
● Permite mais conforto e mobilidade
do que a via endovenosa;
● Não utiliza nenhum vaso do sistema
venoso ou arterial, diminuindo o risco
de trombose ou embolia e dispensa
heparinização;
692
Outras vantagens da hipodermóclise
● São raras as complicações e os efeitos adversos, como
rubor, edema e extravasamento;
● Infusões podem ser administradas por gravidade, evitando a
necessidade de bomba de infusão;
● Menor risco de hiper-hidratação;
● Melhor alternativa para pacientes na fase final de vida;
● Pode ser utilizada na atenção domiciliar.Volume e velocidade
de infusão limitado;
● Absorção variável (influenciada por perfusão e
vascularização);
● Limitação de medicamentos e eletrólitos que podem ser
infundidos.
693
Vias de administração de medicamentos
Fonte: Terapia subcutânea no câncer avançado. / INCA – Rio de Janeiro: INCA, 2009.
694
Hipodermóclise
São muitas as medicações que podem ser administradas
pela hipodermóclise a fim de dar conforto aos pacientes.
695
Tabela
697
Hipodermóclise
698
Hipodermóclise
699
Hipodermóclise
Material necessário:
● bandeja;
● luvas de procedimento;
● álcool 70%;
● algodão ou gaze;
● jelco 24G ou cateter de vialon 24G;
● flaconete de soro 0,9% ou ABD 10 ml;
700
Hipodermóclise
● agulha 40x12;
● seringa de 5 ml;
● filme plástico estéril;
● extensor (caso uso de jelco);
● material para identificação.
701
A técnica da punção hipodermóclise
1. Realizar o procedimento com técnica asséptica;
2. Explicar todo o procedimento ao paciente e obter o
consentimento dele;
3. Escolher o sítio adequado;
4. Realizar a antissepsia da pele com solução alcóolica
de gliconato de clorexidina > 0,5%, PVPI ou álcool
70%;
702
A técnica da punção hipodermóclise
5. Aplicar a solução usando a fricção e permitir que a área
seque ao ar durante 30 segundos;
703
Hipodermóclise
704
Hipodermóclise
● na suspeita de complicação local (sinais flogísticos,
extravasamento peri-cateter, hematoma,
sangramento, abscesso), ainda que a punção seja
recente, o cateter precisa ser removido
imediatamente;
● nova punção a pelo menos 3 a 5 cm da anterior, ou
fazer rodízio do local;
● trocar a cobertura transparente a cada troca de sítio.
Porém, se a integridade do curativo estiver
comprometida, a troca deve ser imediata.
705
Hipodermóclise
● trocar o local do acesso subcutâneo utilizado para
administração de medicamentos a cada sete dias e
quando for clinicamente indicado;
● trocar o local do acesso subcutâneo utilizado para
soluções de hidratação a cada 24 ou 48 horas ou
depois da infusão de 1,5 a 2 L.
706
Caso clínico
Prescrição médica pela via subcutânea: Morfina 50 mg em 24h (infusão contínua) / Midazolam
60 mg em 24h (infusão contínua) / Dexametasona 4 mg 8/8h / Metoclopramida 10 mg 8/8h.
707
Materiais Complementares
708
Referências Bibliográficas
709
Referências Bibliográficas
710
Referências Bibliográficas
711
Aula 14
Estatuto da criança e adolescente
e do idoso
712
Conteúdos:
Estatuto do idoso / Criança e adolescente - leis de direito do
paciente
Objetivos:
Aprender os direitos e deveres do idoso; como também do
profissional de saúde durante os cuidados às pessoas idosas
713
Estatuto do Idoso
714
Legislação do idoso
● A legislação do idoso garante direitos e
deveres a esse público;
● Apesar do número considerável de leis
e portarias, a incorporação das leis
dentro das políticas públicas é recente.
715
Legislação do idoso
716
Legislação do idoso
717
Estatuto do Idoso: principais tópicos
São direitos do idoso:
● acesso à saúde;
● ao trabalho;
● assegurar a igualdade;
● promoção da educação;
● participação política;
● viver livre da violência;
● acesso ao meio ambiente acessível.
718
Estatuto do idoso: crimes contra
os idosos
Os crimes praticados contra os idosos são referentes à
discriminação, como abandonar o idoso em hospital ou em
entidades de longa permanência, e reter o cartão bancário.
719
Estatuto do Idoso: principais tópicos
Responsabilização dos filhos com a subsistência dos pais idosos e
a tomada de decisão em relação a maus-tratos contra o idoso.
720
Estatuto do Idoso: direitos
● Desconto de pelo menos 50 % nos
ingressos para eventos;
● Vedada a discriminação de limite
máximo de idade para concursos.
721
Estatuto do Idoso: saúde
● Garante o acesso aos serviços de saúde de maneira
integral por meio do SUS;
● Garante o atendimento ambulatorial em serviços
especializados em geriatria e gerontologia;
● Gratuidade de medicamentos, especialmente de uso
contínuo, como próteses, órteses entre outros;
722
Estatuto do Idoso: saúde
● Previsão de atendimento domiciliar para os que
necessitam ou estejam impossibilitados de se locomover;
● Direito de acompanhante ao idoso internado;
● Quando o idoso está em posse de consciência e cognição
preservadas, o mesmo pode decidir sobre o tratamento
médico oferecido, caso não esteja, o cuidador ou os
familiares que decidirão.
723
E em casos de violência
contra o idoso, como o
profissional de saúde
deve proceder?
724
Como o profissional deve proceder?
PREENCHER A FICHA DE
SUSPEITA OU COMUNICAR AOS
NOTIFICAÇÃO
ÓRGÃOS: POLÍCIA,
CONFIRMAÇÃO DE COMPULSÓRIA DE
CONSELHOS DOS IDOSOS
VIOLÊNCIA VIOLÊNCIA INTERPESSOAL
E MINISTÉRIO PÚBLICO
OU AUTOPROVOCADA
725
Violência contra o Idoso
Instrumentos de denúncia.
● Disque 100;
● Delegacia Especializada no Atendimento e
Proteção aos Idosos;
● Núcleo de Atendimento do Ministério Público;
● Defensoria Pública;
● Conselho de Idoso.
726
Estatuto do Idoso: desafios
● É necessário que os idosos conheçam
seus direitos;
● Capacitar e sensibilizar os profissionais
que lidam com os idosos.
727
Estatuto da Criança e
do Adolescente
728
Estatuto da Criança e do Adolescente
Para o estatuto, são consideradas crianças
até os 12 anos de idade, e adolescentes
até os 18 anos;
Para efeito do estatuto, as leis configuram
até a idade de 18 anos;
729
Estatuto da Criança e do Adolescente
● O estatuto garante à criança o direito à
vida, acesso aos serviços de saúde,
educação com a presença na escola e a
profissionalização quando adolescentes;
730
Estatuto da Criança e do Adolescente
● Direito à alimentação;
● A prática de esporte e de lazer;
● Considerando o adequado desenvolvimento em
sociedade, a criança tem direito à cultura,
dignidade, respeito, liberdade e convivência
familiar e comunitária.
731
Estatuto da Criança e do
Adolescente: saúde
● O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê a
saúde como um direito fundamental. Dessa
maneira, o SUS deve atender a esse direito;
732
Estatuto da Criança e do
Adolescente: saúde
● A execução desse direito começa desde o
acompanhamento do pré-natal adequado,
atendimento no parto, no puerpério, até os 18
anos;
733
Estatuto da Criança e do
Adolescente: saúde
● Uma importante ação do estatuto é a
implementação da obrigatoriedade à vacinação;
● Apesar de ser um direito da criança, vivemos
atualmente uma baixa cobertura vacinal, devido ao
movimento antivacina e informações falsas;
734
Estatuto da Criança e do
Adolescente: saúde
● O SUS promove atendimento a diversas condições de
saúde, garantindo inclusive o atendimento odontológico;
● Prevê campanhas de educação sanitária para pais,
profissionais da educação e alunos.
735
A importância dos estatutos
● Considerando os estatutos, podemos
observar que eles garantem os direitos
de populações mais vulneráveis;
● Os estatutos norteiam que o estado
garanta políticas públicas para a
execução dos direitos.
736
“Ser digno significa ser merecedor, ser respeitável. Ser digno
significa amar o que sou, o que me tornei, o que fui capaz de fazer
com o que a vida fez comigo. Aceitar e acolher o que não depende
de mim e enfrentar com coragem as minhas dificuldades. Significa
manter e ver garantida a manutenção de uma condição tal,
perante si mesmo e a sociedade, que não enseje vergonha ou
constrangimento. Pelo contrário, seja motivo de orgulho e
admiração.Pois ficará velho se tiverem a graça de permanecer
vivos.”
— Karla Giacomin
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Materiais Complementares
ALMEIDA, Vera L. V. Direitos Humanos e Pessoa Idosa. Secretaria
Especial dos Direitos Humanos, Brasília, 2005.
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