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1° Módulo: Introdução
1. Ética
Toda pessoa é dotada de uma consciência moral que a faz distinguir entre o certo e oerrado, entre o
bem e o mal, capacitando-a a avaliar suas ações no contexto a que é solicitado, ou seja, é capaz de
nortear suas atitudes pela ética, a qual pode-se dizer éum conjunto de valores, que se tornam deveres
em determinadas culturas ou grupos,sendo expressos em ações.
A ética é, normalmente, uma norma de cunho moral que obriga a conduta de uma determinada pessoa,
sob pena de sanção específica, mas pode também regulamentaro comportamento de um grupo
particular de pessoas, como, por exemplo, bombeiros, policiais, médicos, enfermeiros, etc. A partir
deste momento, estamos nos referindo à ética profissional, mais conhecida como deontologia, que
caracteriza-se como conjunto de normas ou princípios que têm por fim orientar as relações profissionais
entre pares, destes com os cidadãos, com sua guarnição de serviço, com as instituições a que servem,
entre outros.
Como a sua margem de aplicação é limitada ao círculo profissional, faz com que estas normas sejam
mais específicas e objetivas, gerando o advento dos Códigos de Ética elaborados por associações de
classe, como, por exemplo, o Código de Ética Médica Brasileiro.
Ao longo do Curso de Socorristas, são ensinadas normas técnicas que indicam fórmulas do fazer, que
são apenas meios de capacitação, levando o homem a atingirresultados. Todavia a técnica não deve
perder sua correlação natural com as normaséticas, que atenuam o sofrimento da vítima e humanizam
o atendimento.
O socorrista deve saber equilibrar os dois pratos da balança que formam seu caráterprofissional: o
lado técnico e o lado emocional. Caso haja uma prevalência de qualquer um dos lados, o atendimento
pode ser comprometido tanto pelo lado humano, quanto pelo lado científico. O bombeiro militar que
tenha completo domíniodo atendimento pré-hospitalar, mas que não tenha o discernimento
necessário para atuar com atenção especial nos casos que assim requeiram, não possui o caráter
ético-profissional para ser socorrista. O mesmo se aplica àquele que possua um equilíbrio emocional
e não saiba as técnicas pré-hospitalares.
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Para um atendimento pré-hospitalar satisfatório o socorrista deve possuir, além do
equilíbrio emocional e da competência técnico-científica, uma competência ética,
fundamental para a humanização do serviço.
● Socorrista e vítima;
As relações dos socorristas com outros militares e profissionais de saúde não trazem
muitos problemas, pois a formação militar facilita o relacionamento. Resta-nos analisar
e fundamentar os princípios para um relacionamento ético entre bombeiros e vítimas,
e bombeiros e parentes/conhecidos/outros envolvidos no trauma. Estes dois tipos de
relacionamentos estão baseados em três princípios fundamentais:
● Respeito à pessoa;
● Solidariedade;
Tendo por base estas três premissas, o socorrista saberá pautar suas atitudes e
considerar as alterações emocionais decorrentes do trauma. Não se deixará
influenciar pela conduta social da vítima incorrendo num julgamento errôneo (fará um
atendimento imparcial), atentará para os cuidados com a exposição da vítima, terá
atenção especial com crianças, e terá a seriedade como base para uma postura
profissional que se espera.
Parece estranho falar de humanização num campo em que deveria ser implícito o
“amor ao próximo”, como é o caso da medicina. Todavia, com o advento da vida
moderna, a explosão demográfica e os parcos e poucos recursos e investimentos na
área da saúde, fazem com que o profissional, muitas vezes, tenha uma sensação de
impotência frente ao sofrimento de milhares de pessoas, e, com isso faz crescer no
seu íntimo, mesmo que de modo imperceptível, mecanismos de defesa em que cria
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uma verdadeira “casca”, não vendo na vítima uma pessoa, mas um objeto que
necessita de seus cuidados profissionais, visto que não tem a solução para todas as
mazelas criadas por falta de políticas públicas de saúde.
Humanizar o atendimento não é apenas chamar a vítima pelo nome, nem ter um
sorriso nos lábios constantemente, mas também compreender seus medos, angústias
e incertezas, dando-lhe apoio e atenção permanente.
● Focalizar não somente o objeto traumático, mas também os aspectos globais que
envolvem o paciente, não se limitando apenas às questões físicas, mas também aos
aspectos emocionais;
● Manter sempre contato com a vitima, buscando uma empatia por parte da mesma;
● Prestar atenção nas queixas do paciente, tentando sempre que possível aliviar a dor
do paciente;
● Manter a vitima, sempre que possível, informada quanto aos procedimentos a serem
adotados;
1. Introdução
2. Direção e Segurança
A maioria dos acidentes de trânsito, decorrem em sua maioria de erros humanos, pelos
seguintes motivos:
● Descortesia no trânsito: ser cortês alivia o stress do trânsito, demonstra alto nível de
educação e elevação social.
● Condição física do condutor, como cansaço, sonolento e sob efeito de drogas em geral
(álcool, medicamentos, etc.)
Direção defensiva é dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das ações incorretas
(erradas) dos outros e das condições adversas (contrárias), que encontramos nas vias
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de trânsito.
Existem alguns elementos fundamentais para a boa prática da direção defensiva, com
a observação dos mesmos o risco é diminuído, são eles.
3.1. Conhecimento
É o ato de estar sempre consciente das noções exigidas para a habilitação, os
conteúdos do CTB (Código de Trânsito Brasileiro) e as informações sobre os riscos e a
melhor forma de evitá-los. Embora a experiência seja uma fonte importantíssima de
conhecimento, demonstra-se que, o programa de treinamento aumenta em muito a
capacidade defensiva do motorista.
3.2. Atenção
Enquanto dirige, o motorista tem que estar alerta o tempo todo, zelando pela sua própria
segurança, dos passageiros e da vítima que está transportando, bem como pelos
demais presentes no trânsito. Estar alerta significa estar com a atenção concentrada
todo o tempo no ato de dirigir, sem distrações, vendo tudo o que se passa adiante, atrás
(espelhos retrovisores) e nas laterais do veículo. O pensamento deve ocupar-se
exclusivamente do ato de dirigir e não de outros assuntos. Atento, o motorista pode
reconhecer situações de perigo potencial, reagir em tempo e agir de modo a prevenir
acidentes.
3.3. Previsão
3.4. Decisão
3.5. Habilidade
Reduz a possibilidade de ver e ser visto de todos os condutores, pelo acúmulo de água
nos para-brisas e pelo embaçamento dos vidros no carro fechado, causado pela
respiração de seus ocupantes. Além disso, deposita uma lâmina de água sobre a pista,
o que modifica a aderência dos pneus, dificultando a frenagem e favorecendo
derrapagens, proporcionando a ocorrência de hidro ou aquaplanagem.
● Aumente a distância com o veículo à frente, e evite ficar ao lado de outros veículos;
● Se possível, deixe dois centímetros das janelas abertas, para evitar o embaçamento
e acione os dispositivos desembaçadores disponíveis;
4.2. Aquaplanagem
● Observar com atenção presença de poças de água sobre a pista, mesmo não havendo
chuva;
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● Reduzir a velocidade antes de entrar na área empoçada;
● Quando o veículo estiver na poça, não utilize os freios, segure firmemente o volante,
procurando mantê-lo reto com a pista, até conseguir novamente a aderência do veículo;
4.3. Vento
Produzido por condições climáticas ou pela passagem de outros veículos, pode deslocar
o seu veículo, reduzindo e ocasionando a perda de estabilidade e o descontrole do
veículo.
● Ligue os faróis baixos (a luz alta causa o fenômeno da reflexão, causando ainda
menos visibilidade), ou a luz de neblina se tiver;
● Caso seja absolutamente necessário dirigir, procure seguir um veículo maior como
caminhão ou ônibus, com certa distância segura;
● Atenção com frenagens bruscas ou até mesmo paradas repentinas dos veículos à
frente.
4.5. Iluminação
A intensidade da luz modifica a possibilidade de ver e ser visto. A luz em excesso ofusca
a visão e a penumbra oculta as pessoas e outros veículos.
● Havendo excesso de luz, abaixe o papa sol, em certos casos use óculos escuros
(crepúsculo matutino ou vespertino);
● Desvie o olhar da fonte luminosa e busque referências, como o meio fio ou o traçado
lateral da via;
● À noite, use faróis baixos ao cruzar veículos e desvie o olhar do foco dos faróis que
cruzam com você;
● Em condições de penumbra deixe as luzes do veículo acessas, facilitando ser visto.
● Largura insuficiente;
● Ponte estreita;
● Trechos escorregadios;
● Má conservação da pista;
● Falta de acostamento;
● Força centrífuga;
● Drenagem insuficiente.
● A posição das mãos sobre o volante, deve estar na posição do relógio, às 09 horas e
15 minutos;
● Procure manter os calcanhares apoiados sobre o assoalho, evite manter os pés sobre
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os pedais quando não estiver usando-os;
● Evite dirigir após ter participado de discussões com seus familiares ou no trabalho;
● Evite dirigir logo após realizar refeições muito pesadas, que induzem ao sono;
● Certificar-se que não há nenhum objeto que possa ser deslocado quando em
movimento;
● Dirigir com roupas confortáveis, e adequadas a temperatura ambiente, para não sentir
muito frio e nem muito calor;
● Esteja sempre em dia com os exames oftalmológicos, para uso de óculos ou lentes
corretivas;
● Quando a ambulância em movimento, o rádio deverá ser acionado por outro integrante
da equipe;
6. Inspeção Veicular
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obrigatórios. A observação é simples seja pela inspeção do painel ou inspeção
visual/manual.
● Calibragem: deve ser feita para as ambulâncias, pelo menos uma vez a cada três dias,
siga as recomendações do fabricante para as libras de pressão necessárias (não
esqueça do estepe);
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como a troca ou complemento do óleo da e água, também deverá ser anotado para
controle. Percebendo qualquer tipo de situação anormal com a ambulância, barulhos
que não são normais, falhas de acionamento elétrico ou do motor, sons estranhos, etc.,
comunicar imediatamente, para evitar que o problema se agrave. Não se esqueça a
vítima pode ser você. Assim você estará fazendo a sua parte, cuidando do bem público,
aumentando a vida útil do veículo.
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Existem vários tipos de colisão que podem acontecer com o seu veículo, e os
comportamentos perigosos dos condutores nas vias também são bem variados, mas o
fator mais comum nos acidentes é não ter conseguido desviar ou parar a tempo o seu
veículo, evitando a colisão.
8. Como Parar
● Distância de seguimento – É aquela que você deve manter entre o seu veículo e o
que vai à frente, de forma que você possa parar, mesmo numa emergência, sem colidir
com a traseira do outro. O ideal é manter a distância de aproximadamente dois
segundos em relação a um ponto fixo.
● Distância de reação – É aquela que seu veículo percorre, desde o momento que você
vê a situação de perigo, até o momento em que pisa no freio. Ou seja, desde o momento
em que o condutor tira o pé do acelerador até colocá-lo no freio. Varia de pessoa para
pessoa, mas no geral está entre 0,75 e 1,5 segundos.
● Distância de frenagem – É aquela que o veículo percorre depois de você pisar no freio
até o momento total da parada. Você sabe que o seu veículo não pára imediatamente,
não é mesmo?
● Distância de parada – É aquela que o seu veículo percorre desde o momento em que
você vê o perigo e decide parar até a parada total do seu veículo, ficando a uma
distância segura do outro veículo, pedestre ou qualquer objeto na via. Ou seja, é a soma
da distância da reação com a distância da frenagem.
9. Distância Segura
Para você saber se está a uma distância segura dos outros veículos, vai depender das
condições climáticas (sol ou chuva), da velocidade, das condições da via, dos pneus e
do freio do carro, da visibilidade e da sua capacidade de reagir rapidamente.
Existem tabelas e fórmulas para você calcular esta distância, principalmente nas
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rodovias, mas como elas variam muito, e dependem além do tipo e peso do veículo, de
outros fatores que também variam muito, o melhor é manter-se o mais longe possível
(dentro de um juízo de bom senso), para garantir a sua segurança.
Porém, para manter uma distância segura entre os veículos nas rodovias, sem a
utilização de cálculos, fórmulas ou tabelas, vamos lhe ensinar a usar "o ponto de
referência fixo":
● Quando o veículo que está à sua frente passar por este ponto, comece a contar
pausadamente: mil e um, mil e dois. (mais ou menos dois segundos).
● Se o seu veículo passar pelo ponto de referência antes de contar (mil e um e mil e
dois), deve aumentar a distância, diminuindo a velocidade, para ficar em segurança.
● Se o seu veículo passar pelo ponto de referência após você ter falado as seis palavras,
significa que a sua distância, é segura.
● Este procedimento ajuda você a manter-se longe o suficiente dos outros veículos em
trânsito, possibilitando fazer manobras de emergência ou paradas bruscas necessárias,
sem o perigo de uma colisão.
● Ser habilitado, atualmente o CTB, exige a categoria “D”, para ser motorista de
ambulância;
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● Ter feito pelo menos um curso de direção defensiva;
● Decidir-se pelo caminho mais rápido e seguro e dirigir-se diretamente para o local;
● Usar o caminho menos acidentado e mais direto para o hospital destinado a receber
vítima;
A sinalização tem limitações no seu alcance, não garante que todos irão percebela, nem
tampouco garante que aqueles que perceberam vão colaborar e lhe dar passagem. Ou
seja, embora usando toda a sinalização disponível, ainda assim o condutor da
ambulância deve tomar todos os cuidados prescritos pela prática da direção defensiva.
A luz vermelha é mais eficaz como sinalização dirigida para os veículos que transitam
em sentido oposto. A sirene é mais efetiva para alertar os motoristas dos veículos à
frente da ambulância, devendo ser ligada com antecedência, para ser ouvida de longe
(acionar a sirene logo atrás do veículo da frente pode assustar o motorista, fazendo-o
frear bruscamente, com risco de colisão). O comportamento desejado (e nem sempre
produzido) é de que o condutor do veículo à frente libere a passagem, retirando seu
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veículo o mais o para a direita possível e parando até que o veículo de emergência
ultrapasse. Quando mais de um veículo de emergência está em deslocamento, a
distância mínima entre eles deve ser de 150 metros. Veículos de emergência não devem
se ultrapassar.
Nas emergências em que o diagnóstico pré-hospitalar da vítima não seja muito grave
(nível 1 e 2), portanto, em que a urgência seja relativa, o deslocamento suave impede
que as lesões apresentadas pela vítima sofram agravos secundários, decorrentes de
solavancos, deslizamentos e deslocamentos, sendo de todo desejável. Isto é
particularmente verdadeiro se a vítima apresenta fraturas, especialmente aquelas com
lesão associada de vasos sangüíneos e nervos.
Nos pacientes com problemas cardiológicos, o tranporte deve ser o menos turbulento
possível. São pacientes que experimentam uma aguda sensação de morte iminente,
que pode ser acentuada pela remoção tumultuada. Em princípio está contra indicado o
uso da sinalização da ambulância, especialmente a sirene. Se o paciente encontra-se
em parada cardio-respiratória, é claro que há urgência em se chegar ao hospital.
Entretanto, a equipe não pode manter uma RCP adequada se a ambulância estiver se
deslocando em alta velocidade, o que impede manobras efetivas.
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● Posicionar as viaturas de forma a proteger as guarnições;
● Isolar a área;
● Informar o COBOM sobre as áreas de estacionamento, e qualquer informação que
auxilie as outras viaturas que poderão ser deslocadas ao sinistro.
1. Introdução
Trauma é uma lesão caracterizada por uma alteração estrutural ou fisiológica resultante
da ação de um agente externo que resulta na exposição a uma energia (mecânica,
térmica, elétrica), esta energia pode ter origens bio-físico-químicas.
As mortes ocasionadas por traumas ocupam entre a segunda ou terceira posição geral
na morbidade dos países, (perdendo apenas para as doenças cardiovasculares e
neoplasias). Porém entre os indivíduos das faixas etárias inferiores a 40 anos é a
principal causa de morte.
Cada vítima de trauma aparenta ter suas próprias apresentações de lesões, mas na
verdade muitos pacientes possuem métodos similares de traumatismos. O
conhecimento destes mecanismos de lesões permitirão ao médico e socorrista um
rápido diagnóstico ou pelo menos a suspeita das lesões através de métodos usuais.
Mas, por que este repentino início ou parada de movimento resulta em trauma ou
lesões? Esta questão é respondida por um segundo princípio da Física:
“A energia pode ser transformada de uma forma em outra em um sistema isolado, mas
não pode ser criada ou destruída; a energia total do sistema sempre permanece
constante”. Considerando-se o movimento de um carro como uma forma de energia
(energia cinética), quando o carro colide, esta forma de energia é transformada em
outras (mecânica, térmica, elétrica, química).
Conclui-se que quanto maior a velocidade, maior a troca de energia resultando assim
em maiores danos aos organismos envolvidos.
Para que um objeto em movimento perca velocidade é necessário que sua energia de
movimento seja transmitida a outro objeto. Esta transferência de energia ocorre quando,
por exemplo um objeto em movimento colide contra o corpo humano ou quando o corpo
humano em movimento é lançado contra um objeto parado, os tecidos do corpo humano
são deslocados violentamente para longe do local do impacto pela transmissão de
energia, criando uma cavidade, este fenômeno chama-se cavitação. A avaliação da
extensão da lesão tecidual é mais difícil quando não existe penetração cutânea do que
quando há uma lesão aberta. Por exemplo, um soco desferido no abdome pode
deformar profundamente a parede abdominal sem deixar marcas visíveis externamente,
mas com lesão de órgãos abdominais internos. Por isso é obrigatório pesquisar a
história do evento traumático. Uma cavidade com deformação visível após um impacto
é definida como permanente. Já uma cavidade (ou deformidade) não visualizada
quando o socorrista ou médico examina a vítima é definida como temporária, na qual o
tecido retorna para a sua posição normal. A diferença entre as duas está relacionada a
elasticidade dos tecidos.
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Analisando o mecanismo de trauma é possível ao socorrista estimar o tamanho da
cavidade no momento do impacto, assim como as demais lesões decorrentes do
mesmo.
● Forma com que estas forças afetaram o paciente. (Exemplo: altura da queda, calibre
da arma, tamanho da lâmina).
2.3. Pós-colisão: As informações conseguidas nas fases anteriores são usadas para
melhor abordagem da vítima na fase pós-colisão, fase esta que inicia tão logo a energia
se extingua ou deixe de atuar sobre o organismo da vítima.
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Está diretamente relacionado ao tamanho da superfície de contato do objeto contra o
corpo no momento do impacto.
Se toda a energia do objeto está concentrada numa pequena área de contato com a
superfície do corpo, se espera que a pele se rompa e o objeto penetre no corpo (trauma
penetrante). Por outro lado, um objeto grande, a energia vai se espalhar por uma grande
área da superfície corporal e a pele pode não ser rompida (trauma contuso). Da mesma
forma podemos concluir que o trauma contuso cria uma cavidade temporária, já no
trauma penetrante a cavidade pode ser temporária ou definitiva. Por exemplo: um projétil
de arma de fogo, rompe e penetra na pele cavidade definitiva — e no seu trajeto pelo
corpo pode provocar deslocamento de tecidos no sentido frontal e lateral — cavidade
temporária.
De acordo com o exposto, podemos deduzir que o efeito do conjunto de forças que
resulta em lesões corporais está diretamente relacionado ao conhecimento da anatomia
do corpo humano e das diversas formas de energia.
4. Mecanismos de Lesão
4.1.2. Tórax e Abdômen: Durante uma colisão, o movimento do corpo é suspenso, mas
os órgãos da cavidade torácica e abdominal tendem a continuar o movimento para
frente, estando sujeitos a se romperem no ponto onde estão ligados à parede torácica
e abdominal, como no pedículo vascular de órgãos (aorta ascendente, rins, baço,
intestino delgado e grosso). Outra situação em conseqüência da desaceleração é a
laceração do fígado, geralmente pela compressão do abdômen contra o volante. Com
o aumento de pressão no abdômen, pode haver ruptura do diafragma.
4.1.3. Joelho: Quando o ocupante do veículo continua o movimento para a frente e para
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baixo depois que o carro para, o impacto do joelho contra o painel do veículo resulta em
sua fratura ou luxação, com lesão de vasos que, se não detectada, pode levar até à
amputação da perna.
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4.3. Acidente Automobilístico – Colisão Lateral
O veículo sofre colisão na sua lateral, causando deslocamento no sentido do impacto.
Toda a lataria do veículo é lançada sobre o lado do ocupante, que sofrerá lesões por
duas maneiras:
Recebendo o impacto no tórax, haveria fratura de costelas pelo lado da colisão, além
de contusão pulmonar, tórax instável, ruptura de fígado ou baço. A compressão do
ombro contra a clavícula causaria fratura desse osso.
A força lateral aplicada pela porta do veículo sobre a cabeça do fêmur, forçando-o
medialmente, resultaria em sua fratura e em fratura da pelve.
A coluna cervical está sujeita a flexão lateral e rotação pelo impacto lateral, e a
combinação desses dois movimentos é responsável por lesões graves de coluna
cervical.
Num capotamento, o carro sofre uma série de impactos em diferentes ângulos, assim
como os ocupantes do veículo e seus órgãos internos. Assim, todos os tipos de
ferimentos mencionados anteriormente podem ser esperados, além da probabilidade de
trauma de coluna vertebral. Se as vítimas forem ejetadas do veículo (por estarem sem
cinto de segurança), a situação geralmente é grave.
A maior parte das vítimas com as lesões descritas anteriormente não estava utilizando
o cinto de segurança. Vinte e sete por cento (27%) das mortes que ocorrem nos
acidentes de trânsito se devem ao fato de as vítimas serem ejetadas do veículo. Estas
têm seis vezes mais chances de morrer. Entre as vítimas que não vão a óbito, grande
parte sofre trauma de coluna e fica com seqüelas graves.
Quando o cinto utilizado apóia somente a pelve, a energia do impacto é absorvida pelos
tecidos moles da cavidade abdominal, em retroperitônio, predispondo a lesões de
órgãos abdominais internos.
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Ainda assim, seguramente, as lesões são menos graves do que as de quem não usa
qualquer cinto de segurança.
Para crianças até 10 anos de idade é obrigatória a permanência no banco traseiro do
veículo, e ainda existem cuidados especiais conforme a tabela abaixo:
4.6. "Airbag"
Bastante útil na colisão frontal, o air bag absorve a energia lentamente, aumentando a
distância de parada do corpo na desaceleração rápida, o que amortece o impacto do
corpo contra o interior do veículo.
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4.7. Acidente Automobilístico – Acidente de Motocicleta
Na criança, pelo fato de ser menor em altura, o fêmur ou pelve pode sofrer o primeiro
impacto e fraturar já na primeira fase. Seguem trauma de tórax, cabeça e face. Lesões
intratorácicas em crianças inicialmente seriam assintomáticas, devendo o socorrista
estar atento a essa possibilidade.
4.9. Quedas
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● altura da queda;
● tipo de superfície com que a vítima colidiu. Exemplos: gramado, concreto etc.;
Como referência, considera-se grave a queda de altura três vezes maior que a altura da
vítima.
Chamamos de "síndrome de Don Juan" a queda de altura com aterrissagem pelos pés.
Conforme a altura, acontece fratura bilateral de calcâneos. Após os pés, as pernas são
as próximas partes a absorver a energia - fratura de tornozelos, ossos longos e quadril.
No terceiro momento, verificar fratura com compressão de coluna torácica e lombar.
Essas lesões, antes relacionadas somente aos períodos de guerra, estão tornando-se
cada vez mais comuns no mundo civilizado, visto acontecerem em refinarias, lojas de
fogos de artifício, estaleiros, indústrias, minas e também em domicílios, pela explosão
de botijões de gás.
5. Traumas Penetrantes
A gravidade dos ferimentos por arma branca depende das regiões anatômicas atingidas,
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da extensão da lâmina e do ângulo de penetração, lembrando que o ferimento no
abdômen superior pode atingir o tórax, e ferimentos abaixo do quarto
Calibre - diâmetro interno do tambor, que corresponde ao calibre da munição usada por
aquela arma em particular.
Órgãos altamente densos, como ossos, músculos e fígado, sofrem mais danos do que
os menos densos, lembrando que, ao percorrer o corpo, a trajetória da bala nem sempre
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será retilínea, sofrendo desvios e atingindo órgãos insuspeitados, considerando os
orifícios de entrada e saída.
Ferida de entrada; Geralmente óbvia, pode não ser identificada se a vítima não for
completamente despida e examinada.
Ferida de saída; Nem sempre existe (se o projétil não abandonar o corpo) e pode ser
múltipla para um único projétil, devido à sua fragmentação ou à de ossos. Geralmente
a ferida de saída é mais larga que a de entrada e apresenta bordos lacerados.
Feridas internas; Projéteis em baixa velocidade danificam principalmente os tecidos
com os quais entram em contato. A alta velocidade produz prejuízos a distância, lesando
tanto os tecidos com que o projétil faz contato, como transferindo energia cinética aos
tecidos em redor. Nesse caso, a lesão é produzida por ondas de choque e pela formação
de uma cavidade temporária ao redor da bala, com diâmetro trinta a quarenta vezes
maior que o dela própria, criando imensa pressão nos tecidos.
Com relação ao atendimento de paciente com ferimento por arma de fogo, transportá-
Io rapidamente ao hospital, principalmente se o ferimento atingir cabeça, tórax e
abdômen. Mesmo pessoas atingidas enquanto usavam coletes à prova de bala podem
apresentar contusões orgânicas graves, sendo mais sérias a miocardíaca e a pulmonar.
1. Introdução
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● Macas e acessórios;
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● Equipamento de segurança no local – este conjunto de equipamentos destinam-se
a garantir a segurança das guarnições no local do acidente, bem como, das vítimas
envolvidas e da população em geral; destacam-se entre esses materiais os cones de
sinalização, lanternas, fitas para isolamento e extintores de incêndios.
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● Cânula orofaríngea ou Cânula de Guedel – equipamento destinado a garantir a
permeabilidade das vias áreas em vítimas inconscientes devido a queda da língua
contra as estruturas do palato, promovendo a passagem de ar através da orofaringe.
Possui vários tamanhos.
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● Equipamento de administração de oxigênio portátil – unidade portátil destinada a
dar suporte de oxigênio a vítima acidentada no local da ocorrência inicial, com
capacidade de 300 litros e fluxômetro a fim de dosar a administração de pelo menos 12
litros de oxigênio por minuto. Toda a ambulância possui uma segunda unidade fixa com
capacidade de armazenamento maior, possibilitando a continuação da administração
de oxigênio durante o deslocamento até o pronto socorro.
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3.4. Equipamentos de Imobilização e Fixação de Curativos
● Tala articulada de madeira e tala de papelão – são equipamentos indispensáveis
na imobilização de fraturas e luxações.
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• Colete de imobilização dorsal (ked)- equipamento destinado a retirada de vítimas do
interior de veículos que estiverem sentadas, objetivando a imobilização da coluna
cervical, torácica e lombar superior. Sua fixação dá-se através de tirantes flexíveis fixos
e móveis.
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3.6. Materiais de Uso Obstétrico
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● Oxímetro de pulso portátil - aparelho eletrônico destinado a medição da saturação
periférica de oxigênio.
OBS: a Classificação do DEA, neste grupo deve-se ao mesmo atuar também como
monitor cardíaco, identificando o padrão de atividade elétrica do coração, é um material
de uso de pessoal treinado, mas não necessariamente de profissional de saúde, o que
o diferencia do cardioversor.
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3.8. Macas e Acessórios
Pode estar disponível no próprio veículo de emergência ou em uma maleta médica que
é transportado pelo médico quando se dirige à cena. Inclui:
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● Monitor cardíaco – equipamento destinado ao monitoramento das atividades
cardíacas da vítima, objetivando o acompanhamento da melhora ou não do quadro
clínico do paciente.
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5° Módulo: Sinais Vitais
Os sinais vitais são indicadores das funções vitais e podem orientar o diagnóstico inicial
e o acompanhamento da evolução do quadro clínico da vítima. São eles:
● Pulso;
● Respiração;
● Pressão arterial;
● Temperatura.
● Condições ambientais, tais como temperatura e umidade no local, que podem causar
variações nos valores;
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descalibrados podem resultar em valores falsos.
1. Pulso
Pulso é a onda provocada pela pressão do sangue contra a parede arterial cada vez
que o ventrículo esquerdo se contrai. Em locais onde as artérias de grosso calibre se
encontram próximas à superfície cutânea, pode ser sentido à palpação. Cada onda de
pulso sentida é um reflexo do débito cardíaco, pois a freqüência de pulso equivale à
freqüência cardíaca. Débito cardíaco é o volume de sangue bombeado por cada um dos
lados do coração em um minuto.
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1.1. Taquicardia
1.2. Bradicardia
Os melhores locais para se palpar o pulso são onde artérias de grosso calibre se
encontram próximas à superfície cutânea e possam ser comprimidas contra uma
superfície firme (normalmente um osso). As artérias radiais, ao nível dos punhos, são
mais comumente usadas na checagem do pulso em vítimas conscientes. As artérias
carótidas, ao nível do pescoço, são normalmente usadas para palpação do pulso em
vítimas inconscientes.
Pode-se também sentir o pulso palpando as seguintes artérias: femoral na raiz da coxa,
braquial no braço, axilar na axila e pedioso no dorso do pé. Também podermos medir o
pulso pela ausculta cardíaca, no ápice ou ponta do coração, no lado esquerdo do tórax,
levemente abaixo do mamilo (pulso apical).
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1.4. Procedimentos para Palpação do Pulso
1) Relaxe a vítima. Para palpar o pulso radial, mantenha o braço da vítima descansando
confortavelmente, preferencialmente cruzando a parte inferior do tórax. Para o pulso
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carotídeo, palpe a cartilagem tireóide no pescoço (pomo de Adão) e deslize os dedos
lateralmente até sentir o pulso.
2) Use dois ou três dedos para encontrar e sentir o pulso. Use somente a ponta dos
dedos e nunca o polegar (usando o polegar o examinador poderá sentir seu próprio
pulso digital).
Em vítima com doença cardíaca, o ideal é medir o pulso durante um minuto. Sentir o
pulso de uma criança muito pequena é difícil: o pescoço de comprimento curto e,
algumas vezes, rico em gordura, torna difícil localizar o pulso carotídeo, sendo
recomendável que seja pesquisado o pulso braquial. Com o crescimento torna-se
possível a palpação dos vasos periféricos. Ao atender uma criança pesquise os diversos
locais de pulso até encontrar aquele mais acessível.
2. Respiração
● Crianças – 20 a 30 mrpm;
● Bebês – 30 a 60 mrpm.
Outros fatores podem alterar a respiração como exercícios físicos, hábito de fumar, uso
de medicamentos e fatores emocionais.
2) Aproxime sua face do rosto da vítima, olhando para o seu tórax. Com o tato da pele
do seu rosto e com a sua audição você vai perceber o movimento da corrente de ar
mobilizada pela respiração e com a visão você irá observar os movimentos de subida e
descida do tórax e/ou do abdome.
43
3) Conte com os movimentos respiratórios durante um minuto (use relógio com
marcação de segundos). Ao mesmo tempo observe o caráter e o ritmo da respiração.
3. Pressão Arterial
A pressão arterial (PA) é a pressão exercida pelo sangue no interior das artérias.
Depende da força desenvolvida pela sístole ventricular, do volume sangüíneo e da
resistência oferecida pelas paredes das artérias.
O sangue sempre está sob pressão no interior das artérias. Durante a contração do
ventrículo esquerdo (sístole) a pressão está no seu valor máximo, sendo chamada
pressão sistólica ou máxima. Durante o relaxamento do ventrículo esquerdo (diástole)
a pressão está no seu valor mínimo ou basal, sendo chamada pressão diastólica ou
mínima.
A posição em que a vítima se encontra (em pé, sentado ou deitado), atividade física
recente e manguito inapropriado também podem alterar os níveis da pressão.
44
Vítimas particularmente sob o risco de alteração dos níveis tencionais são aqueles com
doença cardíaca, doença renal, diabetes, hipovolemia ou com lesão craniana ou coluna
espinhal.
O local mais comum de verificação da pressão arterial é no braço, usando como ponto
de ausculta a artéria braquial. Os equipamentos usados são o esfigmomanômetro e o
estetoscópio.
Uma pressão sangüínea normal não deve ser considerada como uma clara indicação
de estabilidade. Os pacientes saudáveis e jovens são particularmente propensos a
compensar o déficit de volume.
Deve-se explicar para a pessoa o que será realizado. É comum entre profissionais de
saúde ocultar da vítima o valor medido. Isto costuma resultar em grande ansiedade para
a vítima e, algumas vezes, em desconforto afetivo para ambos. O mais correto é, se a
vítima perguntar o valor da pressão, informá- lo de forma neutra e imparcial.
A pressão sangüínea é difícil de ser obtida em crianças. O manguito deve ter largura de
dois terços em relação ao comprimento da porção da extremidade onde será medida a
PA (manguitos maiores dão leituras falsamente baixas e manguitos menores dão
leituras falsamente elevadas). Os dois métodos a seguir descritos (palpatório e
auscultatório) são usados para obter a PA em crianças. O estetoscópio deve ter um
diafragma pequeno o suficiente para cobrir apenas a área sobre o ponto do pulso
(estetoscópios pediátricos são úteis).
45
3.1.1. Método Auscultatório
1) Posicione a vítima com o braço apoiado a nível do coração. Use, sempre que
possível, o braço não traumatizado.
10) Desinsufle o manguito de modo que a pressão caia de 2 a 3 mmHg por segundo.
Este método de medir a PA aplica-se somente é pressão sistólica e não é muito preciso.
Em um veículo em movimento, toda via, ele poderá ser o único método viável,
permitindo observar a tendência geral da pressão sistólica que, a rigor, é a que
realmente importa no atendimento pré-hospitalar do traumatizado.
46
1) Coloque as pontas dos dedos no pulso radial. Sinta o pulso.
● Estetoscópio danificado.
4. Temperatura
1) Controle de cena;
48
2) Abordagem primária;
3) Abordagem secundária;
1. Controle de Cena
Antes de iniciar o atendimento propriamente dito, a equipe de socorro deve garantir sua
própria condição de segurança, a das vítimas e a dos demais presentes. De nenhuma
forma qualquer membro da equipe deve se expor a um risco com chance de se
transformar em vítima, o que levaria a deslocar ou dividir recursos de salvamento
disponíveis para aquela ocorrência.
1.2. Mecanismo de Trauma
2. Abordagem Primária
● Risco de desabamento.
49
de sobrevida.
3) Simultaneamente palpar pulso radial (em vítima inconsciente palpar direto o pulso
carotídeo) e definir se está presente, muito rápido ou lento. Se ausente, palpar pulso de
artéria carótida ou femoral (maior calibre) e, caso confirmado que a vítima está sem
pulso, iniciar manobras de reanimação cardiopulmonar (ver capítulo 9).
50
2) Passo “B” (Breathing) – Respiração (existente e qualidade);
Lembre-se de somente passar para próximo passo após ter completado o passo
imediatamente anterior. Durante toda a abordagem da vítima o controle cervical deve
ser mantido. Suspeitar de lesão de coluna cervical em toda vítima de trauma.
Se observar sinais de respiração difícil (rápida, profunda, ruidosa), reavaliar vias aéreas
(passo "A") e solicitar a presença do médico no local. A necessidade de intervenção
médica é muito provável. Se observar sinais que antecedam parada respiratória
(respiração superficial, lenta ou irregular), ficar atento para iniciar respiração artificial.
Iniciar a administração de oxigênio a 12 litros por minuto, sob máscara de contorno facial
bem-ajustado. Garantir que os passos "A" e "B" não sejam interrompidos antes de
passar ao exame da circulação ("C").
2.2.3.1. Pulso
Em vítima consciente, verificar inicialmente o pulso radial; se este não for percebido,
51
tentar palpar o pulso carotídeo ou o femoral; em vítima inconsciente, examinar o pulso
carotídeo do lado em que você se encontre.
A avaliação do pulso dá uma estimativa da pressão arterial. Se o pulso radial não estiver
palpável, possivelmente a vítima apresenta um estado de choque hipovolêmico
descompensado, situação grave que demanda intervenção imediata. Se o pulso femoral
ou carotídeo estiver ausente, iniciar manobras de reanimação cardiopulmonar. Estando
presente o pulso, analisar sua qualidade: lento ou rápido, forte ou fraco, regular ou
irregular.
O registro evolutivo do estado neurológico tem grande valor. A vítima que não apresente
alterações neurológicas num dado momento, mas passe a apresentá-las
progressivamente, seguramente está em situação mais grave que outra cujo exame
inicial tenha mostrado algumas alterações que permaneçam estáveis no tempo.
Deve sempre ser avaliado o nível de consciência porque, se alterado, indica maior
necessidade de vigilância da vítima no que se refere às funções vitais, principalmente à
respiração. A análise do nível de consciência é feita pelo método “AVDI”, de acordo com
o nível de resposta que a vítima tem dá aos estímulos:
52
● A – Vítima acordada com resposta adequada ao ambiente.
O estímulo doloroso deve ser aplicado sob a forma de compressão intensa na borda do
músculo trapézio, na região póstero-lateral do pescoço.
3. Abordagem Secundária
Finalmente, no passo "E", expor a vítima, à procura de lesões. Entretanto, em nível pré-
hospitalar, as roupas da vítima só serão removidas para expor lesões sugeridas por
suas queixas ou reveladas pelo exame segmentar, respeitando seu pudor no ambiente
público. No hospital, ao contrário, é imperdoável deixar de despir completamente a
vítima antes de iniciar a abordagem secundária.
53
Só iniciar a abordagem secundária depois de completada a abordagem primária.
Examinar todos os segmentos do corpo, sempre na mesma ordem (exame segmentar):
crânio, face, pescoço, tórax, abdômen, quadril, membros inferiores, membros
superiores e dorso. Nesta fase, realizar:
1) Cabeça: palpar o crânio com os polegares fixos na região frontal, mantendo o controle
cervical. Palpar as órbitas. Simultaneamente, inspecionar cor e integridade da pele da
face, hemorragia e liqüorragia pelo nariz e ouvidos, hematoma retroauricular (sugestivo
de fratura de coluna cervical alta ou base de crânio), simetria da face, hemorragia e
laceração dos olhos e fotorreatividade pupilar (não a valorize em olho traumatizado).
Retirar corpos estranhos (lentes de contato e próteses dentárias móveis) eventualmente
remanescentes.
54
3) Tórax: inspecionar a caixa torácica (face anterior), buscando simetria anatômica e
funcional, respiração paradoxal, áreas de palidez, eritema ou hematoma (sinais de
contusão) e ferimentos. Palpar as clavículas separadamente, buscando dor e
crepitação. Palpar os arcos costais e esterno em busca de rigidez muscular, flacidez e
crepitação. Examinar até a linha axilar posterior. Realizar ausculta pulmonar e cardíaca
(procedimento médico).
6) Membros inferiores: inspecionar e palpar da raiz das coxas até os pés. Observar
ferimento, alinhamento, deformidade, flacidez, rigidez e crepitação. Cortar a roupa onde
suspeitar de ferimento ou fratura. Retirar calçados e meias. Examinar a mobilidade
articular ativa e passiva. Executar movimentos suaves e firmes de flexão, extensão e
rotação de todas as articulações. Palpar pulsos em tornozelos e pés. Testar
sensibilidade, motricidade e enchimento capilar.
56
Obs.: Impossível avaliar resposta verbal de vítima que não possa falar (trauma de face
ou intubação oro traqueal). Nesse caso, registrar a impossibilidade no formulário próprio
(RAS).
Sempre que na avaliação da Escala de Trauma, for obtido resultado menor que 9 (nove),
torna-se necessário o acionamento de apoio médico no local da ocorrência.
As vias aéreas têm como função principal conduzir o ar entre o meio ambiente e os
pulmões (alvéolos pulmonares), proporcionando a entrada de ar filtrado, aquecido e rico
em oxigênio, assim como a saída de ar rico em dióxido de carbono do aparelho
respiratório, participando assim do processo da respiração.
● Laringe.
● Traquéia;
● Brônquios/bronquíolos;
58
● Pulmões/alvéolos pulmonares.
O acesso às vias aéreas superiores é direto e sua visualização é quase completa,
exceto pela nasofaringe (região posterior à cavidade nasal e póstero-superior à úvula -
"campainha”).
As vias aéreas superiores terminam e as inferiores têm início na laringe, com a epiglote,
estrutura que protege a abertura das vias aéreas inferiores, obstruindo-a durante o
reflexo de deglutição e abrindo-a para a passagem do ar. Seu acesso e visualização
dependem de procedimento médico denominado laringoscopia.
59
2. Obstrução de Vias Aéreas
O atendimento pré-hospitalar da vítima de trauma tem por objetivo, após rápida
verificação do mecanismo de trauma e das condições de segurança no local, prestar
suporte básico e avançado de vida, iniciando-se com a avaliação de vias aéreas (A).
Esse processo denominado avaliação primária ou “ABCD” prioriza a abordagem das
vias aéreas que, se estiverem comprometidas, de imediato afetam as funções vitais –
respiração (B) e circulação (C).
A avaliação e o controle das vias aéreas se fazem mediante condutas rápidas e simples,
não exigindo inicialmente qualquer equipamento, bastando a aplicação de técnicas
manuais de controle e desobstrução, sem a necessidade de aguardar equipamentos ou
pessoal.
Entende-se por obstrução de vias aéreas toda situação que impeça total ou
parcialmente o trânsito do ar ambiente até os alvéolos pulmonares. A restauração e
manutenção da permeabilidade das vias aéreas nas vítimas de trauma são essenciais
e devem ser feitas de maneira rápida e prioritária.
A vítima de trauma pode ter as vias aéreas comprometidas direta ou indiretamente por
mecanismos distintos, sendo os principais os enumerados a seguir:
2.1. Inconsciência
3.1. Causas
3.1.1. Causas de OVACE em Adultos
Os lactentes (até 1 ano de idade) são as principais vítimas de morte por aspiração de
corpo estranho na faixa etária pediátrica.
3.2. Reconhecimento
A obstrução das vias aéreas pode ser parcial (leve) ou total (grave). Na parcial, a vítima
pode ser capaz de manter boa troca gasosa, caso em que poderá tossir fortemente,
apesar dos sibilos entre as tossidas. Enquanto permanecer uma troca gasosa
satisfatória, encorajar a vítima a persistir na tosse espontânea e nos esforços
respiratórios, sem interferir nas tentativas para expelir o corpo estranho.
Em adultos, a obstrução por corpo estranho deve ser suspeitada em toda vítima que
subitamente pare de respirar, tornando-se cianótica e inconsciente, sem razão aparente.
Deve-se tomar cuidado na diferenciação de OVACE e parada cardiorespiratíria (ver
capítulo específico – Ressuscitação Cardiopulmonar).
Em crianças a OVACE deve ser suspeitada nos seguintes casos: dificuldade respiratória
61
de início súbito acompanhada de tosse, respiração ruidosa, chiado e náusea. Se essa
obstrução se tornar completa, ocorre agravamento da dificuldade respiratória, cianose
e perda de consciência.
Em pouco tempo o oxigênio disponível nos pulmões será utilizado e, como a obstrução
de vias aéreas impede a renovação de ar, ocorrerá a perda de consciência e,
rapidamente, a morte.
62
Esta manobra consiste em lateralizar a vítima em monobloco, trazendo-a do decúbito
dorsal para o lateral, com o intuito de remover secreções e sangue das vias aéreas
superiores.
4.1.2. Aspiração
A unidade de sucção fixa instalada deve ter potência suficiente para um fluxo de 30 litros
por minuto na extremidade final do tubo de entrada e um vácuo acima de 300 mm de
mercúrio quando o tubo é fechado. Controlar a pressão de sucção em crianças e vítimas
intubadas. Para a sucção traqueal, utilizar um tubo em "V" ou ''T', com abertura lateral
para controlar a aspiração intermitente.
63
Quando aspirando a boca ou a faringe, mover o cateter de sucção de tal modo que atinja
todas as áreas acessíveis, evitando que se fixe na mucosa e perca sua eficácia.
Durante a avaliação das vias aéreas, o socorrista pode visualizar corpos estranhos,
passíveis de remoção digital. Somente remover o material que cause obstrução se for
visível.
É difícil o uso dos dedos para remover corpos estranhos das vias aéreas. Em muitos
casos é impossível abrir a boca da vítima e inserir os dedos para esse propósito, a
menos que a vítima esteja inconsciente. Em alguns casos, especialmente envolvendo
crianças e lactentes, um dedo adulto pode aprofundar o corpo estranho, causando a
obstrução completa.
64
4.2.2. Manobras de Desobstrução de Vias Aéreas em Adultos
São manobras realizadas manualmente para desobstruir vias aéreas de sólidos que lhe
ficarem entalados.
65
Também chamada manobra de Heimlich, consiste numa série de quatro compressões
sobre a região superior do abdômen, entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical.
● Vítima em pé ou sentada:
2) Segurar o punho da sua outra mão e aplicar compressão contra o abdômen, entre o
apêndice xifóide e a cicatriz umbilical no sentido superior (tórax), por quatro vezes;
● Vítima deitada:
2) Ajoelhar-se ao lado da vítima, ou a cavaleiro sobre ela no nível de suas coxas, com
seus joelhos tocando-lhe lateralmente o corpo;
66
A compressão torácica é utilizada quando a compressão abdominal é inviável ou contra-
indicada, como nos casos de obesidade com circunferência abdominal muito larga e
gestação próxima do termo. Consciente em uma série de quatro compressões torácicas
sobre o terço inferior do esterno, logo acima do apêndice xifóide.
● Vítima em pé ou sentada:
2) Segurar o punho da sua outra mão e aplicar compressão contra o esterno, acima do
apêndice xifóide, por quatro vezes;
● Vítima deitada:
A remoção manual de material que provoque obstrução sem ser visualizado não é
recomendada.
67
Para crianças maiores de um ano, aplicar a manobra de Heimlich, de forma semelhante
à do adulto; nos lactentes, uma combinação de palmada nas costas (face da criança
voltada para baixo) e compressões torácicas (face voltada para cima), sempre apoiando
a vítima no seu antebraço; mantenha-o com a cabeça mais baixa que o tronco, próximo
a seu corpo.
● Técnica:
1) Utilizar a região hipotenar das mãos para aplicar até 05 palmadas no dorso do lactente
(entre as escápulas);
2) Virar o lactente segurando firmemente entre suas mãos e braços (em bloco);
Os métodos de controle de vias aéreas são de três tipos: manual , mecânico e cirúrgico,
sendo que o método mecânico se subdivide em básicos, avançados e alternativos.
68
natureza e, na grande maioria dos casos, os métodos manuais conseguem promover e
manter a permeabilidade das vias aéreas.
Essa técnica tem como vantagens ser tecnicamente mais fácil de executar se
69
comparada à manobra de tração de mandíbula e o socorrista, mesmo sozinho,
consegue manter a manobra sem perder o controle cervical.
1) Manter o controle cervical com uma das mãos posicionada sobre a região frontal da
vítima;
2) Posicionar o polegar da outra mão no queixo e o indicador na face inferior do corpo
da mandíbula;
5.2.1. Básicos
Inserir a cânula com a concavidade para cima, dirigindo sua extremidade para o palato
duro ("céu da boca"), logo atrás dos dentes incisivos superiores. Não permitir que a
cânula toque o palato, aplicando um movimento de rotação helicoidal de 180º (em
parafuso) sobre ela mesma, posicionando-a sobre a língua. Um abaixador de língua
pode ser útil para impedir que a cânula empurre a língua para trás durante sua inserção.
5.2.2. Avançado
Procedimento médico que se define como via aérea definitiva, através da inserção de
cânula endotraqueal por via oral ou nasal. É o meio mais efetivo de proteção de vias
aéreas contra aspiração e permite uma ventilação pulmonar adequada.
Esse procedimento está indicado quando não se consegue manter via aérea permeável
por outros métodos ou se pretendem proteger as vias aéreas inferiores contra a
aspiração de sangue ou vômito.
Dessa forma consegue-se manter uma melhor ventilação da vítima utilizando balão
auto-inflável (ambu) ou respirador para manter ventilação artificial enriquecida com
oxigênio.
● Guia;
71
5.2.3. Alternativos
É um dispositivo composto de uma máscara facial que cobre boca e nariz, adaptada a
um tubo com balonete na extremidade oposta. O tubo é passado por via oral e se
localizará no esôfago, o qual será obliterado pela insuflação do balonete. A vitima será
ventilada através da máscara que deve estar bem adaptada à sua face.
5.2.3.2. Combitube
5.3.1. Cricotireoidostomia
72
Procedimento médico que se define como via aérea definitiva cirúrgica, por meio de
inserção de agulha ou cânula traqueal através da membrana cricotireoidea (primeiro
sulco transversal abaixo do "pomo de Adão", na face anterior do pescoço).
Esse procedimento está indicado quando não é factível a intubação traqueal, como, por
exemplo, nos casos de edema de glote, fratura de laringe, ferimentos faciais graves ou
grande hemorragia orofaríngea.
5.3.2. Traqueostomia
1. Histórico
Em 1993 foi formada uma Aliança Internacional dos Comitês em Ressuscitação (ILCOR)
pelas Sociedade de Cardiologia Americana (AHA), pelo Conselho Europeu em
Ressuscitação (ERC), e pelo Comitê Australiano em Ressuscitação com o intuito de
realizar estudos a partir de evidências cientificas.
Esta tabela mostra a evolução da morte clínica até a morte biológica e os vários cenários
possíveis após a RCP, segundo o tempo decorrido entre a parada circulatória e a
restauração do fluxo sangüíneo espontâneo.
74
A viabilidade do cérebro é que define a vida humana. Na ausência de intervenção
terapêutica, a morte clínica é rapidamente seguida de lesão biológica tecidual
irreversível. Essa seqüência é um processo que se estende de 5 a 20 minutos no
cérebro, de 20 a 30 minutos no coração e por horas na pele. Devido à variação na
longevidade dos diferentes tecidos corporais, a morte encefálica tem sido considerada
o indicador da morte biológica (Fig 9.1).
3. Parada Respiratória
● Doenças do pulmão;
● Trauma;
● Afogamento;
● Inalação de fumaça;
● Epiglotite e laringite;
75
● Choque elétrico;
4. Parada Cardíaca
Doenças cardíacas são a principal causa de morte em todo o mundo e em cerca de 60%
destas mortes ocorre uma Parada Cardíaca Súbita (PCS). A parada cardíaca súbita
corresponde a 80% das paradas cardiopulmonares. Estas paradas cardíacas súbitas
tem como principal causa o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e durante o infarto a
grande maioria das vítimas apresenta algum tipo de fibrilação ventricular (FV) durante a
parada.
Nenhum tipo de RCP consegue reverter este quadro, mas garante a oxigenação dos
tecidos até a chegada de um desfibrilador. Um RCP aplicado com alta qualidade pode
dobrar ou triplicar as taxas de sobrevivência de PCS.
● Uso de Drogas.
São três os sinais que demonstram que uma vítima está em parada cardiopulmonar:
● Ausência de Pulso.
6. Delineação da idade
Crianças não devem ser vistas como pequenos adultos, nem tão pouco podemos
afirmar que uma criança de 8 anos é igual fisiologicamente a um bebe de menos de 1
ano. Com o objetivo de aplicar as técnicas conforme a idade da vítima é necessário
definir tal situação:
Como parte de um processo para diminuir as mortes por parada cardiopulmonar, tendo
em vista que algumas pessoas são muito jovens para morrer apesar de alguma falha no
76
coração, a American Heart Association (AHA) criou um fluxograma simples baseada em
uma corrente com 4 (quatro) elos: a Corrente da Sobrevivência (Fig 9.2).
Quem presencia uma parada cardiopulmonar pode prover 3 dos 4 elos se houver um
desfibrilador disponível. Como esta ainda não é a realidade no Brasil, o ensino da
corrente da sobrevivência é restrito aqueles que possam ter acesso a um desfibrilador,
normalmente profissionais da área de saúde.
77
● D – Desfibrilação: aplicação de um choque no coração para normalizar os batimentos
cardíacos que entram em movimentos descompassados como a fibrilação ventricular e
a taquicardia ventricular.
9. RCP em Adultos
A grande maioria das mortes em adulto é causada pela PCS e por mais bem feita que
seja, a RCP não consegue reverter este quadro. Caso o socorrista esteja sozinho no
local da ocorrência o acionamento ao SME, para a aplicação do desfibrilador, é
prioritário para então na seqüência iniciar o RCP.
A exceção fica para os casos de parada respiratória (OVACE, afogamento, etc) em que
o emprego imediato de ventilações tem prioridade sobre o acionamento do SME. O
socorrista se estiver sozinho deve então executar o RCP por pelos menos 2 (dois)
minutos antes de acionar o SME.
Estando a vítima em decúbito dorsal efetue a abertura das vias aéreas, o que muitas
vezes pode garantir o retorno da respiração se a vítima estava somente em parada
respiratória. Se ao verificar as VVAA você encontrar qualquer objeto (chicletes,
próteses) ou líqüido (vomito, sangue), retire com uma pinça, ou os dedos, ou aspirador,
ou ainda através do rolamento 90º. Não retire dentaduras bem fixas da vitima, pois ela
ajudam a manter os contornos da boca, auxiliando em uma boa vedação para a
ventilação.
Está é a técnica recomendada para abertura de VVAA em vítimas com suspeita de lesão
na coluna cervical ou TCE. Para a tração da mandíbula siga os seguintes passos:
78
● Deslize suas mãos para cada lado da cabeça e apóie as pontas dos dedos nos
ângulos da mandíbula (Fig 9.3).
● Com uma das mãos apóie na testa da vítima e exerça uma pequena tração para trás,
fazendo uma pequena extensão do pescoço;
● Ao mesmo tempo que você apóia a mão na testa com a outra mão faça uma pinça
com os dedos elevando o queixo e abrindo-o;
● Caso o ar não passe tente estender um pouco mais o pescoço e procure por OVACE
a cada procedimento.
79
● Meça o tamanho da cânula verificando desde o ângulo da mandíbula até a boca;
● Insera a cânula com a curva voltada para baixo e gire-a na posição correta após
verificar que a ponta já está na base da língua.
● Em crianças coloque a cânula diretamente na sua posição normal, auxilie com uma
puxador de língua se necessário.
É possível que a cânula fique obstruída por 03 (três) situações: parte da língua pode
obstruir a ponta da cânula, a cânula pode se alojar na vallecula, e as VVAA podem ficar
obstruídas com a oclusão da epiglote pela cânula.
9.1.4. Vias Aéreas Avançadas
VVAA avançadas são equipamentos que garantem uma maior ventilação ao pulmão,
pois elas conseguem direcionar o ar diretamente para a traquéia. A colocação destes
equipamentos são procedimentos exclusivos do profissional médico.
Intubação Endotraqueal
Intubação endotraqueal é o método preferido para estabelecer uma via aérea permeável
durante a RCP. Ela permite bom volume corrente, ventilação com altas frações de O² e
aspiração das vias aéreas inferiores, além de proteger a via aérea de aspiração de
conteúdo gástrico. A RCP não deve ser suspensa por mais de 30 segundos para tentar
a intubação (Fig 9.6).
80
Combitubo
O combitubo é uma VVAA avançada com um tubo de saída de ar e dois de entrada. Sua
grande vantagem é a de que não importa em qual canal o tubo entra, se a traquéia ou
o esôfago, sempre é possível efetuar a ventilação, pois a ventilação pode ser
direcionada pelos tubos de entrada. É indicada em casos de trauma onde a colocação
é de difícil acesso (Fig 9.7).
81
Máscara Laríngea
A máscara laríngea é como o próprio nome diz uma máscara conectada em um tubo,
mas diferentemente do obturador esofágico, a máscara é introduzida na laringe vedando
a entrada para a traquéia (Fig 9.8).
Cricotireoidostomia e traqueostomia
82
Se uma via aérea não-cirúrgica não for possível, a cricotireoidostomia de emergência
está indicada. A realização da traqueostomia durante as manobras de RCP é um
procedimento difícil e seguido de várias complicações. Nesta fase, a cricotireoidostomia
é o método cirúrgico de eleição (Fig 9.9).
Pressão Cricóide
83
● Localize a cartilagem tireóide (pomo-de-adão) com o dedo indicador.
● Deslize o dedo até a base da cartilagem e apalpe o anel horizontal logo abaixo desta
(cartilagem cricóide).
● Com o dedo indicador e a ponta do polegar pressione para baixo a cartilagem cricóide.
9.2. Ventilação
Após a abertura das VVAA, analise a respiração da vítima usando o método do Ver-
Ouvir-Sentir. Este exame não deve demorar mais do que dez segundos, se constatar
que não há respiração, ou a respiração é inadequada (respirações agônicas), ou ainda,
você não tem certeza se a respiração é adequada; inicie as ventilações artificiais.
● Pince o nariz da vítima usando o polegar e dedo indicador da mão que está na testa
da vítima;
84
● Ventile 2 (duas) vezes (cerca de 1 segundo para cada ventilação) a cada 30 (trinta)
compressões torácicas;
● Evite a hiperventilação, pois isto pode causar uma distensão gástrica reduzindo o
débito cardíaco.
Recomendada quando não é possível ventilar boca a boca, como: trauma de face, boca
disforme, ou boca-boca/nariz em lactentes:
Para a ventilação com VVAA avançadas conecte o ambu e assim que possível forneça
a bolsa e reservatório com O² para a vítima. Na ventilação com VVAA avançadas estas
devem ser aplicadas de 8 (oito) a 10 (dez) ventilações por minuto sem pausa nas
compressões torácicas.
86
Para verificar o pulso carotídeo localize a traquéia com dois dedos e deslize-os
suavemente entre a traquéia e os músculos laterais do pescoço, exercendo uma leve
compressão sem obstruir a artéria. Esta operação não deve demorar mais do que 10
(dez) segundos. O socorrista pode também procurar por pulso na artéria femural da
vítima inconsciente.
9.3.2. Posição do Corpo e das Mãos
Verificado que a vítima não possui pulso, o socorrista deve iniciar as compressões
torácicas:
● Certifique-se de que a vítima esteja em decúbito dorsal sobre uma superfície rígida;
● Exponha o peito da vítima e coloque uma das mãos no centro do peito na altura da
linha mamilar (Fig 9.16);
● Coloque a outra mão sobre a primeira e entrelace os dedos com esta, não aplique
nenhuma pressão sobre as costelas, o término do esterno, ou o abdômen;
● Posicione-se verticalmente sobre a vítima com os braços retos e seus ombros sobre o
peito da vítima e comprima o tórax de forma que o peso de seu corpo auxilie na
compressão.
● Comprima 30 (trinta) vezes o peito para cada 02 (duas) ventilações na vítima adulta,
independente de estar em 1 ou 2 socorristas;
87
● Tempo de compressão e descompressão devem ser iguais;
● Após 2 (dois) minutos ou 5 (cinco) ciclos de RCP reavalie a vítima, não demore mais
do que dez segundos nesta avaliação.
● A cada 2 (dois) minutos troque, se possível, o socorrista que comprime o tórax;
estudos comprovaram que mesmo sem referir cansaço o socorrista perde eficiência em
apenas dois minutos de compressão.
O RCP em crianças é quase o mesmo para adultos com algumas diferenças devido as
diferenças anatômicas e fisiológicas.
A corrente da sobrevivência para crianças e mesmo para jovens adultos (até 21 anos)
apresenta uma diferença em relação à corrente para o adultos. Como as mortes nesta
faixa etária são mais comuns devido ao trauma (acidentes de trânsito, afogamento,
queimadura, FAB, FAF), a prevenção ganha em importância para estes casos, pois uma
parada nestas situações só é revertida de 2 a 5% dos casos e a sua maioria desenvolve
alguma complicação neurológica (Fig 9.18).
Caso você tenha conhecimento de que a criança sofra de alguma doença cardíaca, o
acionamento do SME é prioritário à aplicação de RCP.
10.3. Ventilação
Após a abertura das VVAA aplique 2 (duas) ventilações efetivas na criança. Devido ao
tamanho da caixa torácica da criança ser menor do que do adulto menos ar é necessário
na respiração, ao ventilar forneça apenas ar suficiente para elevar o tórax da criança
(Fig 9.19).
Se houver pulso aplique de 12 (doze) a 20 (vinte) ventilações por minuto, pois a criança
normalmente possui uma freqüência respiratória mais elevada que o adulto. Com VVAA
avançadas efetue de 8 (oito) a 10 (dez) ventilações por minuto sem interrupção nas
compressões.
● Certifique-se de que a vítima esteja em decúbito dorsal sobre uma superfície rígida;
● Exponha o peito da vítima e coloque uma das mãos com o braço reto sobre o centro
do peito na altura da linha mamilar (Fig 9.20), se achar necessário é possível colocar as
duas mãos;
89
● Se estiver sozinho, comprima 30 (trinta) vezes o peito para cada 02 (duas) ventilações;
● Após 2 (dois) minutos ou 5 (cinco) ciclos de RCP reavalie a vítima, não demore mais
do que dez segundos nesta avaliação.
90
é indicada a colocação de uma pequena toalha sobre os ombros da criança para manter
as VVAA abertas devido a relação da cabeça da criança com o tórax .
11.2. Ventilação
● Se estiver sozinho o socorrista pode executar o RCP sentado com o bebê em seu
braço, apoiado em uma das pernas, porém a superfície rígida é mais apropriada;
● Comprima o tórax com 2 (dois) dedos sobre o esterno, ou se possível, com os dois
polegares, abraçando o peito da vítima com as mãos.
Procedimento igual ao da criança com a diferença de que logo após o parto se faz
necessário aspirar as VVAA por completo para retirar qualquer possibilidade de
obstrução pelo líqüido amniótico.
12.2. Ventilação
Mesma ventilação recomendada para crianças deve ser aplicada aos neonatos com a
diferença de que neste caso somente deve ser aplicada 1 (uma) ventilação antes de
iniciar as compressões.
93
● Afaste-se da vítima e aguarde o DEA analisar o ritmo cardíaco, alguns aparelhos
requerem que o operador aperte um botão para realizar a análise (Fig 9.27);
● Após a análise o DEA indicará o choque ou não, se não for indicado avalie a vítima e
inicie o RCP;
● Com o choque indicado afaste todos da vítima e aplique o choque (Fig 9.28);
Após o choque reinicie o RCP imediatamente com compressões torácicas, sem reavaliar
o pulso e sem retirar as pás. Após o primeiro choque com o DEA, mais de 90% dos
corações em FV respondem, retornando a um ritmo normal. Porém, muitas vezes o
coração não consegue estabelecer este ritmo por mais de um minuto e precisa da
aplicação de compressões torácicas para restabelecer o ritmo.
Nos casos em que o choque não é indicado reinicie com compressões e realize 2 (dois)
minutos ou 5 (cinco) ciclos de RCP. Após isto reative o DEA para analisar novamente o
ritmo cardíaco. Não é necessário retirar as pás durante o RCP.
95
● Rigidez cadavérica;
● Decapitação;
● Decomposição
● Esmagamento do tórax;
Leigos não conseguem identificar pulso e podem atrasar a aplicação da RCP por este
motivo, por isso somente estes dois sinais devem ser verificados:
A delineação da idade também difere, pois leigos normalmente não sabem identificar
caracteres sexuais secundários:
18.4. Ventilação
● Como os socorristas leigos não verificam o pulso, eles não devem aplicar a ventilação
96
artificial sem compressões torácicas;
● Caso o leigo fique relutante em efetuar ventilações, este deve pelo menos efetuar
compressões torácicas.
A corrente da sobrevivência não é um método de ensino que deve ser aplicado no Brasil,
pois não encontram-se muitos DEAs disponíveis em locais públicos. Aplique esta
metodologia somente se houver DEA no local do ensino.
Prefira o método: ligue por primeiro, RCP desde logo para adultos, e RCP por 2 minutos
e ligue para o SME para crianças e bebes.
● Verifique a respiração (Ver – Ouvir – Sentir), faça a abertura das vias aéreas e efetue
duas ventilações;
● Comprima o peito por 30 vezes, comprima forte, comprima rápido e permita o retorno
do tórax.
1. Introdução
1.1. Coração
97
ventrículos. Os átrios (direito e esquerdo), não se comunicam entre si. Da mesma forma
os ventrículos (direito e esquerdo). Entretanto os átrios comunicam-se amplamente com
os ventrículos correspondentes, comunicação esta que permite a divisão do coração em
duas partes completamente distintas; a esquerda por onde circula o sangue arterial
(oxigenado) e a direita por onde transita o sangue venoso (rico em gás carbônico).
1.2.1. Artérias
São os vasos que se afastam do coração levando o sangue arterial para distribuí-lo a
todos os órgãos do corpo. Desde a sua origem, no coração, as artérias ramificam-se de
modo sucessivo ficando progressivamente mais finas, isto é, diminuem de tamanho à
medida que se afastam do coração.
As paredes das artérias são grossas para melhor suportarem a pressão arterial; pulsam
conforme a sístole cardíaca. Quando lesadas, a hemorragia se faz por jatos
intermitentes.
1.2.2. Veias
O sangue que sai do coração, por intermédio das artérias, retorna ao mesmo pelas
veias. Portanto, veias são os vasos sangüíneos que trazem o sangue venoso dos
diversos órgãos de volta ao coração.
Como as veias convergem, são mais finas quanto mais distantes e mais calibrosas
conforme se aproximam do coração.
98
1.2.3. Capilares
São vasos muito finos que representam a transição entre artérias e veias. É nos
capilares que se dá a troca de oxigênio e nutrientes por gás carbônico e detritos, para
serem eliminados pelo sistema venoso.
99
A diminuição do volume sangüíneo afeta a perfusão. Uma falha na perfusão leva
os tecidos à morte.
1.3. Sangue
O sangue é constituído por uma parte líquida (plasma) e por elementos figurados
(glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas).
2. Hemorragia
2.1.1. Hemorragia externa – visível porque extravasa para o meio ambiente. Exemplos:
ferimentos em geral, hemorragia das fraturas expostas, epistaxe (hemorragia nasal).
2.1.2. Hemorragia interna – o sangue extravasa para o interior do próprio corpo, dentro
dos tecidos ou cavidades naturais. Exemplos: trauma contuso, ruptura ou laceração de
órgãos de tórax e abdômen, hemorragia de músculo ao redor de partes moles.
2.2.1. Arterial
Ocorre quando há perda de sangue de uma artéria. O sangue tem coloração viva,
vermelho claro, derramado em jato, conforme o batimento cardíaco, geralmente rápido
e de difícil controle.
2.2.2. Venosa
Ocorre quando há perda de sangue por uma veia. Sangramento de coloração vermelho
escuro, em fluxo contínuo, sob baixa pressão. Pode ser considerada grave se a veia
comprometida for de grosso calibre.
2.2.3. Capilar
Ocorre quando há sangramento por um leito capilar. Flui de diminutos vasos da ferida.
Possui coloração avermelhada, menos viva que a arterial, e facilmente controlada.
100
2.3. Fatores determinantes da gravidade da hemorragia
A perda de pequeno volume em geral não produz efeitos evidentes; já a perda de 1,5
litro em adulto ou 200 ml em criança pode ser extremamente grave, inclusive colocando
a vida em risco.
● Náusea e vômito;
101
● Respiração rápida e profunda;
● Choque
Quase todos os casos de hemorragia externa são controlados pela aplicação de pressão
direta na ferida, o que permite a interrupção do fluxo de sangue e favorece a formação
de coágulo. Preferencialmente, utilizar uma compressa estéril, pressionando-a
firmemente por 10 a 30 minutos; a seguir, promover a fixação da compressa com
bandagem. Em sangramento profuso, não perder tempo em localizar a compressa
(pressionar diretamente com a própria mão enluvada).
Quando uma extremidade é elevada, de forma que a área lesionada fique acima do nível
do coração, a gravidade ajuda a diminuir o fluxo de sangue. Aplicar este método
simultaneamente ao da pressão direta. Não o utilizar, porém, em casos de fraturas,
luxações ou de objetos empalados na extremidade.
Utilizar a pressão sobre pulso de artéria quando os dois métodos anteriores falharem ou
não tiver acesso ao local do sangramento (esmagamento, extremidades presas em
ferragens).
É a pressão aplicada com os dedos sobre os pontos de pulso de uma artéria contra uma
superfície óssea. É necessária habilidade do socorrista e conhecimento dos pontos
exatos de pressão das artérias.
102
Principais pontos: - artéria braquial - para sangramento de membros superiores (Fig
10.5) - artéria femoral - para sangramento de membros inferiores (Fig 10.6) – artéria
temporal- para sangramento de couro cabeludo(Fig 10.7) - artéria radial - sangramento
da mão(Fig 10.5)
2.5.5. Torniquete
Consiste numa bandagem constritora colocada em torno de uma extremidade até que
o fluxo sangüíneo pare por completo. Podem ser utilizados tubos de borracha, gravatas,
etc.
Apertado demais pode lesar tecidos, músculos, nervos e vasos. Deve ser colocado entre
a ferida e o coração, observado explicitamente o horário de aplicação. O membro abaixo
do torniquete deve tornar-se pálido, e o pulso arterial, abaixo do torniquete, desaparecer.
Caso não esteja apertado o suficiente pode interromper o fluxo venoso sem interromper
o fluxo arterial, dando como resultado maior sangramento pela ferida.
103
2.6. Métodos de controle da hemorragia interna
Para suspeitar que a vítima esteja com hemorragia interna, é fundamental conhecer o
mecanismo de lesão. Os traumas contusos são as principais causas de hemorragias
internas (acidentes de trânsito, quedas, chutes e explosões).
Alguns sinais de alerta para suspeitar de hemorragia interna: fratura da pelve ou ossos
longos (braços ou coxa), rigidez abdominal, área de equimose em tórax e abdômen,
ferida penetrante em crânio, tórax ou abdômen.
Para detectar hemorragia interna, conhecer o mecanismo de lesão, observar lesões que
possam provocar sangramento interno e estar permanentemente atento aos sinais e
sintomas que a vítima apresentar.
3. Choque
Para que esse sistema funcione de forma eficiente e adequada, é necessário que o
coração se mantenha bombeando o sangue, que o volume de sangue circulante seja
suficiente para encher os vasos e que o calibre dos vasos se ajuste às condições
normais.
Uma falha em qualquer desses fatores irá provocar falha na perfusão tecidual, levando
a vítima a desenvolver o estado de choque.
104
Com a diminuição de perfusão tecidual, os órgãos terão sua função prejudicada
basicamente pela falta de oxigênio, nutrientes e acúmulo de resíduos. A falha na
circulação cerebral leva à diminuição do nível de consciência da vítima, os rins diminuem
o débito urinário e o coração aumenta a freqüência de batimentos, num esforço para
manter o fluxo de sangue para órgãos vitais; com o agravamento do choque, o músculo
cardíaco comprometido desenvolve bradicardia e parada cardíaca.
105
● Ansiedade e inquietação;
● Náusea e vômito;
● Manter o paciente aquecido; certificar-se de que esteja coberto sob e sobre o corpo,
remover a roupa úmida, considerando a temperatura do meio ambiente para não
provocar sudorese.
De modo geral, taquicardia com extremidades frias e PA sistólica menor que 70 mmHg
são indicadores de choque na criança.
Os sinais e sintomas são semelhantes aos do choque hipovolêmico e o pulso pode estar
irregular. Já com relação aos cuidados de emergência, a vítima não necessita de
reposição de líquidos ou elevação de membros inferiores; freqüentemente respira
melhor semi-sentada. Administrar oxigênio e, se necessário, manobras de reanimação.
● Finalmente queda da pressão arterial, pulso fraco, tontura, palidez e cianose; - coma.
Numa infecção severa, toxinas são liberadas na circulação, provocando dilatação dos
vasos sangüíneos e conseqüente aumento da capacidade do sistema circulatório. Além
disso, ocorre perda de plasma pela parede dos vasos, diminuindo o volume sangüíneo.
1. Fraturas
Fratura é a lesão óssea de origem traumática, produzida por trauma direto ou indireto.
O conjunto de fragmentos ósseos produzidos pela fratura e os tecidos lesados em torno
da lesão é denominado foco de fratura. O osso é o único tecido do nosso organismo
que cicatriza com o mesmo tecido anterior à lesão. O processo de cicatrização óssea
denomina- se consolidação.
O risco de surgir uma fratura óssea nas mulheres é maior devido a osteoporose, são
fraturas resultantes de quedas de baixo impacto, portanto não resultantes de acidentes
graves. A massa óssea, principalmente das mulheres, começa a diminuir depois da
menopausa por influência dos hormônios.
Os homens também podem sofrer de osteoporose, depois dos 65 anos de idade, mas
a relação com os hormônios não é tão evidente. A qualidade de vida das pessoas
idosas, que sofrem fraturas, geralmente, piora muito, pois, a cicatrizarão é mais lenta e
a recuperação muscular é mais difícil.
Uma das fraturas mais grave no idoso é a do fêmur e para sua imobilização não está
indicado a utilização aparelho de tração de fêmur, assim como em fraturas expostas.
1.1. Classificação
Incompleta: ocorre a lesão óssea, mas não rompe a continuidade óssea; tipo de
ocorrência comum em crianças.
109
1.1.2. Quanto à exposição do foco de fratura
Fechada: o foco de fratura está protegido por partes moles e com pele íntegra.
Aberta ou exposta: o foco de fratura está em contato com o meio externo, com o osso
exteriorizado ou não. A pele, nestes casos, está sempre lesada. O grau de lesão dessas
partes moles permite classificar as fraturas expostas. A lesão da pele pode ocorrer pelo
trauma, pelos fragmentos ósseos e pelo manuseio intempestivo da vítima, tornando uma
fratura fechada em aberta.
Devido à comunicação do foco de fratura com o meio externo, as fraturas expostas são
sempre contaminadas, variando apenas o grau de contaminação, podendo causar
osteomielite (infecção óssea), que retarda ou impede a consolidação óssea; em casos
extremos, causa a perda do membro lesado. Em casos mais graves, a infecção
dissemina-se pelo organismo (septicemia) e, em pacientes debilitados, leva a óbito. A
fratura exposta é uma situação de urgência se não for acompanhada de choque.
110
1.1.3. Quanto à presença de lesões associadas
1.1.3.1. simples:
1.1.3.2 complicada
1.2.1. Dor
Devido ao trauma localizado, sempre haverá dor no local da fratura, que varia muito de
um paciente para outro, sendo aliviada por manobras de tração, alinhamento e
imobilização.
Devido ao trauma, ocorre uma lesão dos tecidos vizinhos à fratura, produzindo
sangramento local, detectado como um aumento de volume, produzindo, com o passar
do tempo, edema localizado. Em algumas fraturas, de fêmur e pélvis, por exemplo, o
sangramento pode causar choque hipovolêmico.
1.2.3. Deformidade
111
O segmento fraturado apresenta angulações, rotações e encurtamentos evidentes à
simples observação da vítima, comparando-se o membro lesado com o não afetado.
1.2.4. Impotência funcional
Sensação audível e palpável causada pelo atrito entre os fragmentos ósseos. Não deve
ser reproduzida intencionalmente, porque provoca dor e aumenta a lesão entre os
tecidos vizinhos à fratura.
1.3. Atendimento
Imobilize deformidades situadas próximas a articulações que não se corrijam com tração
suave na posição em que se encontram.
112
Inclua na tala a articulação proximal e distal à lesão.
1.3.5. As talas
Devem ser ajustadas e não apertadas, de maneira a não interromper a circulação local.
Forre toda a tala. Nos pontos de deformidade e nas saliências ósseas, coloque
estofamento extra.
2. Luxações
113
2.1. Sinais e sintomas
2.1.1. Dor
Geralmente intensa devido à compressão de estruturas locais; pode levar ao choque
neurogênico.
2.1.2. Deformidade
Sinal evidente à simples inspeção da vítima; deve ser comparada com o lado oposto.
2.1.4. Palidez
2.1.5. Edema
114
Ocorre por trauma indireto causado por queda com apoio sobre a mão. A vítima tem dor
intensa, com deformidade visível no nível da articulação do cotovelo e impotência
funcional. Sempre examinar o vásculo nervoso para detectar qualquer lesão dessas
estruturas.
Causada na maioria das vezes durante a prática esportiva, manifesta-se por dor,
deformidade, encurtamento e impotência para fletir o dedo.
Deve ser cuidadosamente rolada sobre uma tábua longa. Se necessário erguê-Ia
apenas o necessário para deslizar a tábua sob ela. Use almofadas e cobertores para
acolchoar
115
Causada por trauma indireto. A vítima apresenta grande deformidade, com dor intensa
e impotência funcional do segmento. Examinar o vásculo nervoso, pois existe grande
incidência de lesão arterial associada à luxação de joelho. Imobilizar a articulação na
posição de deformidade, usando tala que se estenda do quadril ao tornozelo e
acolchoando o joelho de forma a proteger a angulação local.
3.2. Passo 1
116
3.3. Passo 2
Alinhamento e tração do membro pelo socorrista 1. Preparo da tração com fixação dos
fechos de comprimento, abertura de todas as faixas e liberação da faixa de tração, pelo
socorrista 2.
3.4. Passo 3
3.5. Passo 4
3.6. Passo 5
O socorrista 1 somente soltará a tração após o socorrista 2 instalar e fixar a tração pela
catraca do equipamento.
3.7. Passo 6
117
3.8. Passo 7
Quando a vítima foi imobilizada com equipamento de tração portátil de fêmur e necessita
ser colocada em tábua dorsal, o procedimento de rolamento deve ser feito pelo lado
sem lesão.
4.1. Passo 1
4.2. Passo 2
4.3. Passo 3
Fixar o suporte elevado da tração com faixa ou bandagem, para que no transporte, não
haja movimentação.
4.5. Passo 5
TCE é o principal motivo de morte na população jovem, cujas causas mais freqüentes
compreendem acidentes automobilísticos e agressões interpessoais. Estima-se que
118
ocorra um TCE a cada 15 segundos e que um paciente morra devido ao TCE a cada
doze minutos.
Aproximadamente 50% das mortes de causa traumática estão associadas a TCE e mais
de 60% de mortes por acidente automobilístico se devem ao TCE.
1.1. Avaliação Inicial – muitos fatores influenciam na avaliação neurológica inicial; por
isso, a avaliação cardiopulmonar deve acompanhar o exame neurológico. O controle e
a manipulação das vias aéreas, respiração e circulação são prioritários.
O uso de álcool ou drogas que deprimam o sistema nervoso ou ainda fatores tóxicos
podem influenciar na avaliação inicial do paciente.
1.2. Avaliação dos Sinais Vitais – o TCE pode alterar os dados vitais, sendo muitas
vezes difícil saber se essas alterações se devem ao TCE ou a outros fatores.
1.4. Avaliação da Reação Pupilar - Avaliada por sua simetria e resposta igual à luz. A
diferença de mais de 1 mm no diâmetro das pupilas já é considerada anormal; uma
resposta lenta ao estímulo luminoso pode indicar lesão intracraniana.
● Assimetria motora
● Fratura de crânio
● Lesão focal
120
As fraturas são comuns, mas nem sempre associadas à lesão cerebral, apesar de
muitas lesões cerebrais graves ocorrerem sem fratura craniana. A identificação da
fratura de crânio é muito importante, pela possibilidade da presença ou do
desenvolvimento de hemorragia intracraniana, devendo esse paciente ficar sob
observação.
Lesão Axonal Difusa – caracterizada por coma prolongado, é uma lesão de alta
velocidade com estiramento ou chacoalhamento do tecido cerebral, com mortalidade de
33% e, nos casos mais severos, de 50%, geralmente causada por aumento da pressão
intracraniana secundária ao edema cerebral, causado por mini hemorragias (petequias)
em substancia branca. O diagnóstico é realizado em pacientes em coma, com posturas
de descerebração ou decorticação.
121
2.3. Lesão Focal
As lesões focais consistem em contusões, hemorragias e hematomas, normalmente
exigindo tratamento cirúrgico.
122
Ocasiona geralmente perda de consciência seguida de períodos de lucidez, de
depressão no nível de consciência e hemiparesia do lado oposto. Podese encontrar uma
pupila fixa e dilatada no mesmo lado da lesão ou, às vezes, alteração pupilar
contralateral ao hematoma.
Perda sangüínea – o sangramento por lesão de couro cabeludo pode ser extenso e,
especialmente em crianças, levar ao choque hipovolêmico; em adultos, sempre procurar
outra causa para o choque.
Inspeção da lesão – avaliar a lesão para detectar fratura de crânio, presença de material
estranho abaixo da lesão de couro cabeludo e perda de líquor.
3. Avaliação de Emergência
124
4. Tratamento de Emergência
125
5.2. Avaliação Secundária
● Inspeção
– Lacerações
● Palpação
– Fraturas
– Afundamento craniano
– Perda de substância
– Perda de líquor
– Resposta ocular
– Resposta verbal
– Resposta motora
– Freqüência
– Parâmetros usados
Lesões ósseas vertebrais podem estar presentes sem que haja lesões de medula
espinhal; por isso, mobilizar a vítima quando há qualquer suspeita de lesão medular,
126
mantendo- a assim até ser radiologicamente afastada qualquer suspeita de fraturas ou
luxações.
“O socorrista e o médico devem estar conscientes de que manipulação, movimentos e
imobilização inadequados podem causar dano adicional ao traumatismo de coluna
vertebral e piorar o prognóstico da lesão”
● cervical – Entre a quinta vértebra cervical (C5) e a primeira torácica (T1), geralmente
associado a TCE;
1. Avaliação Vertebral
127
● Dor localizada
● Deformidades ósseas
● Dor à palpação
● Edemas e equimoses
● Espasmo muscular
● Desvio de traquéia
2. Avaliação Medular
3. Avaliação do TRM
Solicitar que a vítima movimente suas extremidades-e testar sua força muscular sempre
comparando um lado com o outro. Evitar movimento de membros fraturados.
● Ausência de reflexos
● Respiração diafragmática
128
● Flexão apenas de membros superiores
● Parada Cardiorespiratória – Lesões de coluna cervical alta (C1 a C4) podem levar à
parada respiratória devido à paralisia de musculatura respiratória – diafragma.
Cuidados importantes na avaliação de vítimas com TRM:
● Luxações cervicais altas podem ocasionar desvio cervical com torcicolo, NÃO SE
DEVENDO TENTAR CORRIGIR A ROTAÇÃO.
4. Tratamento
1. Introdução
O traumatismo torácico nos dias atuais assume grande importância devido, em parte, à
sua incidência e, por outro lado, pelo aumento da gravidade e da mortalidade das
lesões. Isto se deve pelo aumento do número, poder energético e variedade dos
mecanismos lesivos, como por exemplo, a maior velocidade dos automóveis, a violência
urbana, e dentro desta, o maior poder lesivo dos armamentos, além de outros fatores.
As lesões de tórax são divididas naquelas que implicam em risco imediato à vida e que,
portanto, devem ser pesquisadas no exame primário e naquelas que implicam em risco
potencial à vida e que, portanto, são observadas durante o exame secundário.
2. Classificação
● Aberto: São, grosso modo, os ferimentos. Os mais comuns são os causados por arma
branca (FAB) e os por arma de fogo (FAF).
● Fechado: São as contusões. O tipo mais comum dessa categoria de trauma é
representado pelos acidentes automobilísticos.
● FAF
● FAB
● Acidentes Automobilísticos
● Outros
● Hemotórax
● Tamponamento Cardíaco
● Contusão Pulmonar
● Outros
3. Mecanismos de lesão
Vias aéreas – Aqui se deve certificar a permeabilidade das vias aéreas (a sensação tátil
e ruidosa pelo nariz e boca do paciente nos orienta sobre ela e também sobre distúrbios
na troca gasosa). Também pode ser notado sinais de insuficiência respiratória, como
tiragem de fúrcula, batimento da asa do nariz, etc. A orofaringe sempre deve ser
examinada à procura de obstrução por corpos estranhos, particularmente em pacientes
com alterações da consciência.
131
através da amplitude dos movimentos torácicos, presença de movimentos paradoxais
(afundamento torácico), simetria da expansibilidade, fraturas no gradeado costal,
enfisema de subcutâneo, etc.
Estes parâmetros são muito úteis para uma avaliação geral do sistema cárdio-
circulatório.
4.1. Fraturas
São as lesões mais comuns do tórax e assumem fundamental importância, pois a dor
causada por elas dificulta a respiração e levam ao acúmulo de secreção.
As etiologias mais comuns das fraturas são o trauma direto e a compressão do tórax.
Geralmente as lesões por trauma direto formam espículas que se direcionam para o
interior do tórax, logo com maior potencialidade de lesar a cavidade pleural. Nas lesões
por compressão, as espículas se direcionam para fora, diminuindo a potencialidade de
acometimento da cavidade pleural, porém, com maior chance de levar a um tórax
instável e lesões de órgãos internos.
É a mais comum das lesões ósseas da parede torácica, podendo ocorrer isoladamente
ou associada a pneumotórax ou hemotórax. Lembramos que as fraturas dos últimos
arcos costais podem se associar à lesão de fígado ou baço e a lesão dos primeiros
arcos se associam a traumas graves com possíveis lesões vasculares. Uma
particularidade do trauma pediátrico é que as crianças apresentam muito menos fraturas
costais pela maior elasticidade dos ossos, fazendo com que lesões internas por
compressão possam ocorrer sem o aparecimento de fraturas. 4.1.1.1. Diagnóstico
● Obs. Nem sempre na radiografia simples conseguimos ver a fratura. Ela deve ser
avaliada com bastante atenção, procurando-se bem a fratura e, nos casos de dúvida,
repetir a radiografia em outras incidências. Lembramos que a porção anterior e
cartilaginosa pode apresentar lesão não visível na radiografia.
4.1.1.2. Conduta
132
Medidas como enfaixamento torácico devem ser evitadas, por serem pouco eficientes e
por restringirem a mobilização torácica, dificultando a fisioterapia e predispondo a
infecções pulmonares.
Define-se como fraturas múltiplas à fratura de dois ou mais arcos costais em mais de
um local diferente, determinando perda da rigidez de parte ou de todo o envoltório ósseo
torácico, fazendo com que essa parte do tórax possa se movimentar de uma maneira
diferente do restante (movimento paradoxal do tórax).
● À palpação nota-se crepitação nos arcos costais à respiração, com intensa dor.
4.1.2.2. Conduta
O tratamento é feito pelo controle da dor e fisioterapia respiratória, sendo que nos casos
mais graves é indicada a entubação orotraqueal com ventilação mecânica assistida,
além de reposição volêmica. É importante, então, frisar que a terapêutica inicial inclui a
correção da hipoventilação, a administração de oxigênio e a reposição volêmica e a
terapia definitiva consiste em reexpandir o pulmão, garantir a oxigenação mais completa
possível, administrar líquidos judiciosamente e fornecer analgesia para melhorar a
ventilação. Deve-se lembrar que está totalmente contra-indicada a imobilização da caixa
torácica, pois esta, além de não proporcionar melhor prognóstico, ainda diminui a
amplitude respiratória e favorece o acúmulo de secreções.
São lesões raras, mas de alta mortalidade, devido à ocorrência de lesões associadas
(contusão cardíaca, ruptura traqueobrônquica, ferimentos musculares) que devem ser
pesquisadas concomitantemente.
5.1.1. Diagnóstico
● Aberto x Fechado;
● Simples x Hipertensivo.
Pode ser causado, no entanto, por, por exemplo, acidentes viários, devido à
"arrancamentos" de caixa torácica, o que é incomum.
134
Seu tratamento baseia-se no tamponamento imediato da lesão através de curativo
quadrangular feito com gazes esterilizadas (vaselinada ou outro curativo pouco
permeável ao ar) de tamanho suficiente para encobrir todas as bordas do ferimento, e
fixado com fita adesiva (esparadrapo, etc) em três de seus lados. A fixação do curativo
oclusivo em apenas três lados produz um efeito de válvula; desse modo, na expiração,
tem-se a saída de ar que é impedido de retornar na inspiração, evitando, assim, formar
um pneumotórax hipertensivo.
O tratamento preconizado para ele (ATLS) é a drenagem pleural feita no quinto ou sexto
espaço intercostal (EIC), na linha axilar média (LAM), a fim de se evitar complicações
como lesão de diafragma, fígado ou outros órgãos. Em casos onde há borbulhamento
persistente do selo d'água é indicado uma aspiração contínua com -20 a -30 cm de água
de pressão.
135
procedimentos de inserção de cateteres em veia subclávia ou jugular interna. É
caracterizado por dispnéia intensa, taquicardia, hipotensão, desvio da traquéia,
ausência de murmúrio vesicular unilateral, distensão das veias do pescoço (estase
jugular), hipersonoridade, desvio do ictus e cianose como uma manifestação tardia. Pela
semelhança dos sintomas, o PTX hipertensivo pode, inicialmente, ser confundido com
tamponamento cardíaco.
5.2.1. Diagnóstico
A toracotomia está indicada quando houver saída imediata na drenagem pleural de mais
de 1.500 ml de sangue (ou de mais de 20ml/kg de peso) ou, se na evolução, o
sangramento horário for maior de 300ml por hora no período de duas horas
consecutivas. A outra indicação é nos casos em que, apesar da drenagem, mantém-se
imagem radiológica de velamento com possíveis coágulos no tórax.
Além disso, a infusão de cristalóide para repor o volume sanguíneo perdido, deve ser
feita simultaneamente à descompressão da cavidade torácica e assim que possível
administra-se o sangue autotransfundido ou outro tipo-específico. Alguns autores
alertam que, na presença de sangramento persistente, caracterizado por esses por
drenagem inicial de 1.000 a 1.500 ml, seguido de sangramento contínuo de 200 a 300
ml/h, durante 4 horas consecutivas e em casos de HTX coagulado (ambas complicações
do HTX), devese fazer toracotomia de urgência (lembrando sempre que esta deve ser
feita por um cirurgião ou por um outro médico devidamente treinado e qualificado).
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5.3. Quilotórax
6. Traumatismo Cardíaco
Os traumatismos cardíacos podem ser divididos em duas condições básicas, que são o
tamponamento cardíaco e a contusão cardíaca.
6.1.1. Diagnóstico
● Fácies pletórica.
A ruptura incide mais na região do istmo aórtico, ou seja, logo após a emergência da
artéria subclávia esquerda e ocasiona enorme hemotórax. Os sobreviventes se mantém
vivos por um período, pois, há formação de grande hematoma periaórtico, tamponado
temporariamente pela pleura mediastinal e pulmão. O diagnóstico e a conduta cirúrgica
devem ser feitos rapidamente.
8.1. Diagnóstico
● Sinais de grande hemotórax esquerdo e choque nos casos de ruptura para a cavidade
pleural. Nos doentes em que a lesão está tamponada, o exame físico não mostra
alterações significativas.
9.1.1. Diagnóstico
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● Broncoscopia confirma o diagnóstico (se houver condições respiratórias).
9.1.2. Conduta
9.2.1. Diagnóstico
● Desconforto respiratório.
● Grande perda de ar pelo dreno após a drenagem pleural sob selo d’água (pode não
haver, caso a lesão esteja bloqueada pela pleura).
● Fibrobroncoscopia que irá confirmar o diagnóstico e mostrar o local da lesão.
9.2.2. Conduta
As principais etiologias que levam a esse tipo de lesão são a desaceleração horizontal
(força tipo momento), O diagnóstico é dado, principalmente, pela história clínica, pelo
tipo de trauma, pelo borbulhamento contínuo do selo d'água, por um enfisema
subcutâneo evidente e por episódios de hemoptise no início do quadro clínico.
O esôfago torácico pode ser traumatizado por dois mecanismos: em primeiro lugar de
uma maneira interna, na maioria das vezes iatrogênica pela passagem de sondas
enterais ou instrumentos para dilatação ou cauterização de varizes e, em segundo lugar,
menos freqüente, mas não menos importante, nos ferimentos externos torácicos,
principalmente por arma de fogo e transfixante latero-laterais no tórax.
10.1. Diagnóstico
● O diagnóstico deve ser um tanto quanto rápido, pois as lesões esofágicas podem ser
devastadoras se não tratadas rapidamente.
10.2. Conduta
● Na fase aguda deve ser abordado o esôfago por toracotomia e a lesão ser suturada,
mantendo-se o doente em jejum oral por, no mínimo sete dias (mantendo-se a
alimentação por sonda enteral).
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13° Módulo: Referências Bibliográficas
É dada permissão para copiar, distribuir e/ou modificar este documento sob os
públicada pela Free Software Foundation; sem Seções Invariantes, com os Textos da
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