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ORIENTAÇÕES INICIAIS
A presente versão da Matriz Curricular para o Ensino de Língua Portuguesa nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental não pretende alterar sua concepção,
apresentada na versão preliminar disponibilizada anteriormente pela SEE/MG. Como educadores que somos, sabemos que o tempo traz mudanças e uma
proposta curricular, documento vivo, deve se adequar, renovar-se, mas guardar o essencial de sua proposta e objetivo. Esta proposta, que se configura como
um documento inicial para ser discutido e modificado ao longo dos debates nas SRE, é fruto das ideias que temos ouvido em inúmeras visitas às escolas, das
discussões nos encontros e capacitações que temos realizado e do contato com colegas por esse imenso e diverso Estado.
Ao elaborarmos a “Matriz Curricular de Língua Portuguesa” para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, tivemos a intenção não só de dar continuidade ao
processo de atualização do Currículo de Língua Portuguesa, mas também de atender às expectativas dos professores em relação à definição de conteúdos
programáticos dessa área de conhecimento. Destacamos, porém, que além do acervo de conhecimentos a ser selecionado para direcionar o ensino, igualmente
importante é a maneira como se deve realizar este ensino, ou seja, a metodologia de trabalho nas escolas.
A linha de trabalho adotada para a elaboração das Orientações Pedagógicas priorizou a articulação entre alguns documentos, a saber: (I) - Matriz Curricular de
Língua Portuguesa da SEE/MG (versão preliminar); (II) - Direitos Gerais e Específicos PNAIC e (III) - outras Matrizes Curriculares de Língua Portuguesa.
Gostaríamos de lembrar o caráter norteador desse trabalho, que, de maneira alguma, exclui o papel mediador e a liberdade de escolha do professor – que
melhor do que ninguém conhece quais os pontos mais significativos para cada contexto sociocultural escolar. É esse professor – comprometido e entusiasmado
com o seu fazer – que dará o sentido maior às “orientações”. Ao refletir e colocar em prática a proposta, o professor se tornará, também, autor do trabalho.
Optamos por apresentar as capacidades fundamentais que darão base à continuidade e ao aprofundamento da aprendizagem em Língua Portuguesa nos Anos
Finais do Ensino Fundamental. Tal opção deve-se ao fato de compreendermos que as habilidades diretamente voltadas ao ensino da alfabetização em
Linguagem e em Matemática devem ser priorizadas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Acreditamos, portanto, que os textos e os conteúdos de que trata
o componente curricular Língua Portuguesa, ampliação do processo de alfabetização e letramento para a leitura com compreensão, devem ser trabalhados de
forma interdisciplinar, favorecendo o desenvolvimento das habilidades da Leitura com compreensão e da Produção Textual lógica e coerente de gêneros
textuais estudados e/ou de uso frequente na sociedade, favorecendo a aprendizagem das várias Linguagens, da Ciência e dos demais componentes do Ensino
Fundamental. Seguindo esse princípio, incluímos algumas capacidades e habilidades que julgamos atender às principais demandas dos professores em
exercício.
Quanto à estrutura dessa matriz, orientamos que as Capacidades podem facilmente ser identificadas por terem sido apresentadas em negrito e por
apresentarem verbos no infinitivo. As Habilidades que devem ser desenvolvidas pelos alunos estão relacionadas abaixo de cada capacidade e são antecedidas
por um hífen (-). Todas as capacidades da Matriz Curricular de Língua Portuguesa encontram-se distribuídas em seis Eixos que compreendem: Compreensão e
Valorização da Cultura Escrita; Análise Linguística: Apropriação do Sistema de Escrita Alfabética – SEA; Análise Linguística: Discursividade, Textualidade e
Normatividade; Leitura; Produção Escrita; Desenvolvimento da Oralidade. Apesar da distribuição das Capacidades nos Eixos, compreendemos que as
Habilidades e Conteúdos a serem trabalhados e que se encontram em um determinado eixo não são estanques e dialogam, a todo instante, com os demais
eixos e capacidades. Ao tratarmos de uma Capacidade/Habilidade, podemos, simultaneamente, possibilitar ao aluno a utilização de saberes já consolidados ou
em desenvolvimento de outros eixos. Tal distribuição das capacidades nos eixos e das habilidades nas capacidades teve, como principal objetivo, facilitar para o
professor a utilização e adequação dessas habilidades no seu planejamento, no desenvolvimento do processo pedagógico, nas avaliações diagnósticas e nas
ações de intervenção pedagógica que venha a realizar.
Incluímos, na Matriz, o campo “Orientações Pedagógicas” que traz sugestões para o professor trabalhar as habilidades referentes a cada capacidade. As
sugestões ali contidas partiram da experiência de sala de aula de nossos analistas, professores e de outras fontes. Essas sugestões não pretendem, de forma
alguma, esgotar as diversas possiblidades para se desenvolver as habilidades propostas. São apenas indicativos de possibilidades. O professor pode e deve
enriquecer o trabalho com as habilidades a partir de sua experiência, sensibilidade e de acordo com a realidade de cada escola e região. Ressalte-se que, nessas
orientações pedagógicas a nossa grande preocupação, dentro do ensino da Língua Portuguesa, além de garantir a consolidação do processo de alfabetização,
tem como realce o incentivo ao desenvolvimento da capacidade leitora e escritora de nossos alunos. Portanto há a indicação frequente de trabalho com textos
de diversos gêneros, sejam do campo literário - poesias, contos infantis, fábulas e de outros campos - cartazes, folhetos comerciais, notícias e artigos de jornais
e revistas, gráficos simples, mapas, fazendo uso do livro didático e de outros recursos das mídias eletrônicas e audiovisuais que permitam o crescimento de
nossos alunos como bons leitores e escritores.
O campo “Conteúdo” tem como objetivo relacionar as habilidades e capacidades apresentadas aos conteúdos de Língua Portuguesa, uma vez que só se
desenvolvem habilidades por meio do trabalho pedagógico com os conteúdos a elas relacionados. Assim, como nas Orientações Pedagógicas, não tivemos a
preocupação de listar todos os conteúdos implícitos nas habilidades, mas indicar possibilidades, facilitando o trabalho do professor.
Destacamos que, por diversas vezes, sugerimos o trabalho interdisciplinar. Acreditamos que esse trabalho seja uma metodologia significativa para potencializar
o processo de ensino e aprendizagem. Muitos de nossos conteúdos e habilidades guardam interfaces com os demais componentes curriculares e a construção
do trabalho interdisciplinar deve ser uma preocupação permanente de todo o corpo docente da escola.
Finalmente, ao incluirmos a “Gradação”- Introduzir, Aprofundar e Consolidar – I, A, C - distribuída para cada habilidade/capacidade em seu respectivo
ano/ciclo de escolaridade, reafirmamos o que já tem sido nossa prática cotidiana nos Anos Iniciais. Ao iniciar uma habilidade/capacidade, isto é, introduzir uma
habilidade através de novo conhecimento, o professor deve mobilizar os conhecimentos prévios, contextualizando-o, despertando a atenção e o apreço do
aluno para a temática. Em seguida, faz-se necessário aprofundar essa habilidade, num trabalho sistematizado, relacionando essas aprendizagens ao contexto e
a outros temas próximos. Por fim, consolidar aquela aprendizagem, tornando-a um saber significativo para o aluno com o qual ele possa se mobilizar para
desenvolver outras habilidades ao longo de seu processo educacional. Essas definições, já comuns para nós dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, foram
alinhadas com a proposta pedagógica do PACTO – Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
Assim, o importante é que o professor, permanentemente, ao longo do processo de ensino e aprendizagem, possibilite a seus alunos desenvolver as
habilidades, avalie como se deu o processo e faça as retomadas e as intervenções pedagógicas necessárias para que todos possam avançar rumo a uma
trajetória exitosa.
Bom trabalho!
- Conhecer e valorizar os diferentes prévio dos alunos em relação aos gêneros textuais com os quais convive
gêneros e suportes de textos escritos. no meio doméstico, escolar e comunitário, através de rodas de
- Conhecer os diversos modos de conversas, perguntando se sabem como são produzidos, onde circulam,
produção de gêneros e suportes para que servem e como podem ser adquiridos. Após esse momento, ele
textuais que circulam na sociedade. poderá planejar atividades, tais como: Vivência e
- Conhecer os modos de circulação de conhecimento
- excursões no entorno da escola, para observar o material escrito
diversos gêneros e suportes da escrita. dos espaços
- Reconhecer os diversos espaços existente nas ruas e identificar sua utilidade; em livrarias, bibliotecas de de circulação,
institucionais de manutenção, escolas e/ou da comunidade, com exploração coletiva dos diferentes manutenção,
A/C A/C C C C
preservação, distribuição e venda de gêneros textuais e suportes presentes naquele espaço; - pesquisa sobre preservação,
material escrito. o processo histórico do uso da escrita e dos diversos portadores de texto distribuição e
- Conhecer e utilizar as diversas utilizados pelo ser humano ao longo da história, bem como dos vendas de
formas de aquisição e acesso aos materiais
instrumentos utilizados para escrever; entrevista com funcionários de
textos. escritos.
bancas ou sede de jornais e revistas; organização de feira na escola,
- Conhecer e utilizar os diversos
onde os alunos poderão simular compra, venda ou troca de livros e
instrumentos e tecnologias utilizados
para o registro escrito. revistas;
- Utilizar os gêneros e suportes textuais Em todas as atividades, o professor poderá orientar os alunos para a
existentes para se comunicar em construção de um portfólio, onde eles deverão registrar os
sociedade. conhecimentos adquiridos durante as atividades propostas.
O trabalho interdisciplinar contribui para o desenvolvimento dessa
capacidade, além de possibilitar a construção de conhecimentos
específicos envolvendo todos os componentes curriculares.
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EIXO CAPACIDADES/HABILIDADES ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS CONTEÚDO ALFABETIZAÇÃO COMPLEMENTAR
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suportes textuais. como receitas, bilhetes, contos, poemas, entre outros, e garanta a
-Identificar as finalidades e funções da compreensão de suas diferentes funções sociais. O trabalho
leitura de textos, a partir da análise de interdisciplinar, envolvendo todos os componentes curriculares,
seus suportes. contribuirá para o desenvolvimento dessa capacidade.
Em roda de conversa, o professor poderá definir, com os alunos, quais
-Identificar as finalidades e funções dos
serão os gêneros a serem trabalhados em determinada etapa de ensino,
diversos gêneros textuais.
levando sempre em consideração o conhecimento prévio dos alunos.
- Relacionar os gêneros e suportes de
Vale lembrar que um mesmo gênero textual pode ser trabalhado do 1º ao
texto às práticas sociais que os
5º ano, progressivamente, e que a abordagem deve ser coerente com o
requerem.
nível de desenvolvimento da turma e do objetivo pedagógico. Uso social da I/A/
- Reconhecer e utilizar práticas de C
A/C C C C
O professor poderá, também, planejar: escrita
escritas pessoais e interpessoais. - exercícios de reflexão, análise e síntese, que possibilitam a construção
- Identificar e utilizar as escritas do conhecimento do gênero: formatação, recursos gráficos, como cores,
públicas que organizam as práticas tipo de letras, uso de imagens, linguagem, função social, meios de
sociais; produção e circulação, características presentes em todos os textos do
- Reconhecer a melhor maneira de mesmo gênero, semelhanças e diferenças com outros gêneros; assim
dispor um texto num determinado como os elementos contextualizadores, como data, local, a qual
suporte textual, considerando a função componente curricular está relacionado, a quem se destinam - de forma
comunicativa, os tipos de letras e os que o aluno seja capaz de identificar o gênero e sua utilização social,
recursos gráficos a serem utilizados; sem precisar de ler todo o seu conteúdo.
- Relacionar gêneros e suportes - atividades em que os alunos possam analisar índices, sumários,
textuais com elementos que os cadernos e suplementos de jornais, livros e revistas para identificar, na
caracterizam, como a variedade edição, textos de diferentes gêneros.
linguística e estilística e objetivo - produção de escritas pessoais (registro de compromissos em agendas)
comunicativo da interação.
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símbolos e outros sinais de O professor poderá, também, trabalhar o uso e função social dos sinais
comunicação utilizados pela de comunicação encontrados na sociedade, como placas de trânsito e
sociedade. indicação de locais, entre outros.
Pode-se trabalhar com o “tesouro da turma”: a cada dia, durante a roda
de conversa, o professor poderá explorar um gênero textual, pedindo ao
aluno que identifique, no texto, os números, desenhos, letras, símbolos
diversos, entre outros.
2.2 Compreender a orientação e o Uma habilidade importante para o desenvolvimento dessa capacidade é
alinhamento da escrita da língua compreender que o alinhamento da escrita se dá, como regra geral, da
portuguesa esquerda para a direita e de cima para baixo; porém, ela pode variar
- Compreender que a escrita, como dependendo do gênero e/ou suporte textual, como em revistas em
regra geral, se orienta da esquerda quadrinhos, poemas, propagandas impressas e televisivas, textos
para a direita e de cima para baixo. literários, textos veiculados pelo computador, entre outros.
- Compreender que a direção da Em roda de conversa, o professor pode pedir a um aluno que escolha um Orientação e
escrita pode variar, dependendo do texto no “Baú das Letras”; promover discussões sobre o tipo de gênero alinhamento I/A/C A/C C C C
gênero do texto e do suporte em que textual e como ele se organiza em seu portador. Nas histórias em da escrita.
ele circula. quadrinhos, por exemplo, é preciso que o aluno compreenda que
- Compreender que, como regra geral, primeiro lemos o balão que está mais acima e depois o que está abaixo.
a escrita ocupa, em sequência, a frente Pode-se também escrever um texto, em um cartaz, e pedir a um aluno
e o verso da folha de papel e escreve- que o leia para a turma; caberá ao professor acompanhar o texto com o
se dentro das margens, a partir da dedo para que todos observem a disposição do texto e a direção da
margem da esquerda. leitura: se da esquerda para a direita, de cima para baixo, o uso da frente
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- Dispor a escrita no papel, conforme e do verso da folha, limite de margens, onde o texto se inicia, onde
as convenções do gênero e do suporte termina, qual é a primeira palavra, qual é a última, entre outros.
em que ele circula, ao produzir textos.
Para o desenvolvimento dessa capacidade, é necessário que o aluno
compreenda a linearidade da fala: som depois de som, e da escrita: letra
depois de letra, palavra depois de palavra, frase depois de frase,
parágrafo depois de parágrafo, e suas diferenças, e que as frases são
delimitadas por sinais de pontuação. Outra habilidade necessária está
relacionada ao desenvolvimento da noção de palavras, frases e textos.
Apropriação do Sistema de Escrita Alfabética – SEA
unidades lexicais (palavras), nos textos do círculo formado pelos alunos, fazendo a leitura, utilizando a estratégia
escritos, é marcada por espaços em de indicar cada palavra com o dedo. O professor, então, pergunta à
branco. turma se todos concordam com a qualidade dada ao colega. Trocar a Segmentação
- Compreender que as frases ou partes ficha com o nome do aluno e escolher o nome de outro aluno. Retirar o de espaços em I/A/
A/C C C C
das frases são delimitadas por sinais cartão com a palavra “estudioso” e pedir que o colega da direita do aluno branco e C
de pontuação, nos diversos gêneros escolhido complete a frase com uma qualidade que o colega tem. pontuação
textuais. Escrever a palavra num cartão e completar a frase, desenvolvendo a
- Reconhecer palavras como unidade mesma estratégia citada acima, podendo colocar mais palavras na frase,
gráfica. como no exemplo seguinte: “Maria é muito bonita”. Após este momento,
- Compreender que, nos textos organizar todas as frases criadas e promover um momento em que eles
escritos, os conjuntos de frases são possam comparar e perceber as palavras como unidade gráfica. O
delimitados pela paragrafação. professor poderá questionar: quantas palavras têm a primeira frase? E a
- Ler, ajustando a pauta sonora ao segunda? Qual é mais longa? Qual é mais curta? Possibilitar aos alunos
escrito. concluírem que uma frase pode ser mais longa que outra, porque tem
mais palavras, mas que independente do seu tamanho, ambas têm
sentido completo. Explore outras frases dessa forma.
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frase, mesmo curta, tem sentido, tem que comunicar alguma coisa, como
quando se diz “Socorro”; dar exemplo e explorar, utilizando, inicialmente,
nome e ações dos alunos. Um exemplo seria com a frase: “Laura viu
uma borboleta amarela”. O aluno deverá responder: a frase contou o
que? De quem? O que ela viu? O professor então poderá retirar partes
da frase e perguntar se ela continua com sentido: “Viu uma borboleta
amarela”: quem? O que ele fez? Laura viu. Quem? O que ela viu?
2. Análise linguística:
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- Compreender que nem todas as ordem e qual a forma gráfica. Oportunizar a mesma análise com palavras
Apropriação do Sistema de Escrita Alfabética – SEA
letras podem ocupar certas posições de um determinado texto lido pelo aluno ou pelo professor.
no interior das palavras. Ele poderá, também, organizar um círculo com os alunos e distribuir
- Compreender que nem todas as diversos suportes e gêneros textuais. Pedir que recortem letras do
letras podem vir juntas de quaisquer alfabeto, com foco naquelas que apresentam pequenas variações, como
outras na formação de sílabas. p, q, b, d. Orientar para a elaboração, no caderno, de tabelas para
2. Análise linguística:
- Compreender que uma letra pode se registrar a atividade. Poderá utilizar a mesma estratégia para trabalhar os
repetir no interior de uma palavra e em diferentes formatos das letras (maiúsculas, minúsculas, cursivas, de
diferentes palavras. forma) ou, então, o reconhecimento de que não se pode escrever
- Compreender que distintas palavras qualquer letra em qualquer posição numa palavra.
compartilham as mesmas letras. Em determinado texto trabalhado em sala de aula, o professor poderá
- Relacionar as variações gráficas com pedir que os alunos analisem qual o valor posicional de determinada letra
a variação funcional das letras. no contexto de uma palavra previamente escolhida, ou seja, na análise
- Compreender que palavras diferentes de palavras de um texto, como uma mesma letra se organiza ou em que
variam quanto ao número, repertório e sequência de letras ela se apresenta. Dessa forma, ele concluirá também
ordem de letras. que as letras se repetem em diferentes palavras e que algumas letras,
como o “ç”, nunca podem iniciar a palavra. Outras observações poderão
ser feitas, como o “ml” que não forma sílabas.
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Para que o aluno faça uso social da escrita, é necessário que o aluno
tenha domínio dos instrumentos, assim como das formas de registro
alfabético e conhecer as formas e tipos de letras. Para isso, o professor
poderá, em roda de conversa, distribuir diversos suportes e gêneros
textuais e promover discussões em que sema oportunizados, aos alunos,
2.7 Conhecer e utilizar diferentes uma análise e comparação dos tipos de letras. Esta atividade propicia,
também, ampliar os conhecimentos a respeito dos usos sociais da
Apropriação do Sistema de Escrita Alfabética – SEA
- Traçar os diferentes tipos de letra, Dispor as fichas viradas para baixo. Apresentar a ficha com o nome
com domínio dos instrumentos da escrito com letra “Caixa Alta”; pedir a um aluno que escolha uma ficha e
que a vire; perguntar se sabem o que está escrito; comparar com o nome
escrita. Alfabeto –
escrito em “Caixa Alta”; orientar o trabalho até que os alunos concluam
-Identificar os meios de circulação de diferentes tipos I/A/C A/C A/C C C
que o nome é o mesmo, porém escrito com outro tipo de letra. Proceder
letras de imprensa e letras cursivas. de letras
da mesma forma com as outras fichas e com outros nomes.
- Utilizar os tipos de letras, de acordo
- oportunizar aos alunos momentos de jogos, como Jogo da Memória,
com as exigências do gênero que está
Quebra-Cabeça, Jogo do Mico, em que eles precisem formar pares,
sendo produzido.
utilizando letras diferentes.
- Identificar as letras de traços - oportunizar aos alunos momentos de trabalho sistemático, como:
ascendentes e descendentes, em elaborar 5 conjuntos de fichas, com diversas letras e tipos de letras do
relação à linha do caderno, das letras alfabeto (A, a, A, a). Organizar a turma em 5 grupos e entregar um
cursivas minúsculas. conjunto para cada um. Cada grupo deverá escolher “palavras-chave”,
- Distinguir e fazer uso dos variados que compõem um determinado texto estudado em sala de aula ou
gêneros e suportes textuais que história lida e, em seguida, formar a palavra, utilizando um tipo de letra,
utilizam a ordem alfabética. previamente definido pelo professor. Após esta atividade, o professor
poderá organizar os resultados no quadro, enquanto os alunos fazem o
registro no caderno.
- Pedir ao aluno que, a partir de um determinado texto, faça a
transposição escrita de caixa alta/imprensa para letra cursiva/imprensa, e
outras disposições.
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fonológicas, como sílabas, rimas, poemas: “Batatinha quando nasce...”. O professor poderá criar situações
terminações de palavras, etc. lúdicas, que levem os alunos a refletir sobre as rimas, sílabas,
- Reconhecer o fonema, a sílaba, a aliterações e/ou assonâncias.
palavra e a frase como signos sonoros. No trabalho com rimas, o professor poderá ler histórias rimadas,
- Identificar o número de sílabas em oportunizando a reflexão sobre as características do suporte e do gênero
uma palavra. textual. Poderá também explorar a capa, as ilustrações, os dados sobre
2. Análise linguística:
- Comparar palavras quanto ao número autor e editora; ainda, a interpretação oral. Observar o que os alunos
de sílabas. pensam sobre a forma que o autor escolheu para escrever o texto:
- Identificar e comparar, oralmente, rimado. Explorar as rimas: por que as palavras combinam? Qual é o
sons de sílabas inicial, medial ou final, nome que se dá para esta combinação de palavras? Quando eu escrevo Consciência
combinando as palavras/sílabas, o que eu faço? Esta estratégia pode I/A/C A/C C C C
de palavras pertencentes a um mesmo Fonológica
campo semântico ou a campos ser utilizada com todos os tipos de gêneros textuais, até que os alunos
semânticos distintos, com diferentes se familiarizem com rimas.
estruturas silábicas. Em outro momento, o professor poderá dizer uma palavra e a turma terá
que fazer rimas. Quando a turma não encontrar mais rimas para a
- Identificar e construir rimas e
palavra dita pelo professor ele muda a palavra. A brincadeira pode ser
aliterações.
feita em equipes. Cada rima vale um ponto. Pode-se também brincar de
- saber repetir um fonema numa frase
falar trava-línguas, identificando a sílaba repetida; de falar aliteração,
ou numa palavra.
identificando a sílaba que se repete: “Quem com ferro fere, com ferro
- identificar o número de fonemas de será ferido”.
uma palavra ouvida. Ao trabalhar com sílabas iniciais ou finais, o professor poderá propor
uma organização em círculo e dizer que os alunos farão a brincadeira
dos nomes: o primeiro deverá falar o nome do colega sentado à sua
direita, batendo uma palma para cada “pedacinho” do nome: Re - uma
palma; na - outra palma; ta – mais uma palma. A primeira vez ele deve
falar as sílabas bem devagar, a segunda, falar bem depressa. Se o aluno
errar, pode-se combinar uma prenda.
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explica que irá dizer o primeiro som do nome de um aluno e que eles
devem tentar adivinhar qual é este nome. O nome inicia com R – R – R –
R (fazer o som do R). Se tiver mais de um aluno que tem o nome
iniciado com o mesmo som, será o momento de mostrar que um mesmo
fonema pode estar em nomes ou palavras diferentes. Repetir várias
vezes a brincadeira, variando as palavras.
2. Análise linguística:
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base em uma correspondência entre alunos devem repetir o nome devagar (sílaba por sílaba) batendo palmas
sons menores que as sílabas. para a esquerda, para a direita, para cima, para baixo. Repetir a
- Dominar a relação fonema/grafema. atividade, agora com os fonemas. Por exemplo: SÔNIA: 2 palmas para
Ortografia;
- Compreender que um fonema é “S Ô”, para a esquerda; 3 palmas para “N I A” (antes de fazer a dança
SEA – Sistema
representado graficamente por uma das palmas, o professor mostra os sons que formam as sílabas). I/A A/C C C C
de Escrita
letra ou por um conjunto de letras. - Dança dos pulos, em que os alunos, de pé, ouvem o nome que o
Alfabética
- Perceber que vogais estão presentes professor vai falar. Eles devem repetir o nome, devagar, dando um pulo
em todas as sílabas. para cada sílaba/fonema.
- Reconhecer que as sílabas podem
variar quanto às combinações entre - O Ninho, em que o professor faz círculos no chão e diz que são ninhos.
consoantes e vogais. O número de ninhos deve corresponder ao número de sílabas do maior
- Compreender a posição da letra na nome da turma. Os ninhos devem ser numerados. A professora fala o
palavra e o fonema que ela representa. nome de um aluno. Neste momento, aqueles que têm o nome
- Analisar palavras quanto à correspondente ao número de sílabas do nome falado, devem correr
quantidade de sílabas, letras e para o ninho que o representa. Por exemplo: o professor diz: SUELI.
fonemas. Todos os alunos cujos nomes têm 3 sílabas devem correr para o ninho
- Dominar as correspondências entre de número 3. Repetir a brincadeira utilizando outros números de sílabas.
letras ou grupos de letras e seu valor Perguntar se os mesmos alunos que foram para o ninho 3, no primeiro
sonoro. momento, foram também para o outro ninho (por exemplo, de 5 sílabas),
do segundo momento. Relacionar as duas situações, possibilitando ao
aluno perceber o número de sílabas e letras, de fonemas e grafemas,
entre outros.
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3.5 Reconhecer diferentes variantes apresenta os diversos tipos, formas e linguagens de um gênero textual a
de registro da fala e da escrita, em ser trabalhado – por exemplo, o “convite”, e promove uma discussão
um mesmo gênero textual e mesma sobre suas características, pedindo aos alunos que selecionem as
situação de uso. informações que são comuns a todos os tipos apresentados. Ele pode
perguntar: quais são os elementos comuns a todos os tipos de convite?
- Reconhecer um gênero textual com
Mesmo sendo diferentes, todos são convites? Pedir aos alunos que Discursividade I/A A/C C C C
formatação diferente do padrão usual.
comparem um convite tradicional com um convite com o formato de
- Saber selecionar informações para a “anúncio”, por exemplo. Perguntar: mesmo em forma de um anúncio, ele
produção de texto, considerando as continua a ser convite? Por quê? Quais são as diferenças entre convite e
especificidades do gênero textual, dos anúncio? Nesse momento, ele poderá, então, trabalhar as características
objetivos, do suporte, do destinatário. do gênero “anúncio”, ampliando a compreensão.
Também, as atividades de produção de gêneros textuais contribui para o
desenvolvimento dessa capacidade, como pedir que produzam o
calendário do mês com características de uma agenda, em que se
diferencia a formatação e a linguagem, preservando as características do
calendário.
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ampliando a compreensão. diversos. O professor poderá escolher um texto que contenha tanto
- Reconhecer o gênero textual pela informações explícitas, quanto implícitas, orientando, para que o aluno
estrutura composicional do texto. tenha a oportunidade de aprender a encontrar e/ou inferir informações.
- Reconhecer os recursos linguísticos, O conhecimento prévio do aluno a respeito do tema do texto a ser
expressivos e literários empregados estudado contribui para que ele estabeleça as relações que se formam
no texto e sua finalidade. entre as informações do texto, assim como uma análise da estrutura
- Reconhecer as relações de causa, de composicional (organização em partes), os recursos linguísticos
tempo e espaço, de condição, (discurso direto/indireto, tempos verbais), expressivos e literários (rimas,
oposição, conclusão, comparação, que linguagem figurada, jogos de palavras). A atuação do professor, nesse
se formam no texto, e suas finalidades. momento, como mediador e orientador, contribui sobremaneira para
- Estabelecer relações entre garantir o desenvolvimento dessa capacidade.
informações que aparentemente não Antes de fazer a leitura de um texto, o professor poderá pedir aos alunos
estão interligadas, construindo pontes que identifiquem o suporte e o gênero textual, através de suas Discursividade
entre elas. I/A A/C C C C
características. Nesse momento, o planejamento deverá levar em conta Textualidade
Inferir informações em textos não os conhecimentos prévios e quais os gêneros que eles já dominam.
verbais. Analisar, com eles, a estrutura composicional do texto, os recursos
- Ler textos que conjugam linguagem linguísticos e literários; fazer a leitura da ilustração. Após esta
verbal e não verbal realizando exploração, ler novamente o texto ou pedir que os alunos leiam
inferências. atentamente, se isso já for possível. Levantar questões, oportunizando a
- Identificar os efeitos de ironia ou pesquisa e análise das informações contidas no texto e as diversas
humor em textos variados. situações apresentadas, das variedades linguísticas e estilísticas, da
- Compreender o que é fato e o que é reflexão sobre atitudes e comportamentos. Muitas vezes, o texto contém
opinião em um texto. informações que, parecem, não estão interligadas. Caberá ao professor
- Distinguir fato de opinião sobre o fato. ajudar o aluno a “construir” pontes intertextuais e garantir a
- Compreender o que é tese e o que é compreensão. Quando o planejamento prevê as perguntas a serem
argumento em um texto. feitas sobre o texto, a aula se torna dinâmica e os resultados, eficientes.
- Identificar tese e argumentos em um A “Pausa Protocolada” também é uma estratégia eficaz, assim como o
texto. trabalho com textos lacunados, que podem ser estudados em dupla ou
grupo, com registro no caderno. As piadas e histórias em quadrinhos são
gêneros textuais que privilegiam a capacidade de inferir informações. O
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textuais, a partir de seu suporte. compreensão, porque orienta adequadamente as expectativas do leitor
diante do texto. Assim, antes de uma leitura - feita em voz alta pelo Objetivos da
- Reconhecer os suportes textuais de I/A/C A/C A/C C C
professor, de forma individual ou coletiva - o professor poderá planejar leitura
gêneros específicos.
-Identificar finalidade de gêneros perguntas, como: O texto que vamos ler vem num jornal? Num livro?
diversos a partir de elementos Num folheto? Numa caixa de brinquedo? Que espécie (gênero) de texto
contextuais, como data, autor, será esse? Para que ele serve? Quem é que conhece outros textos
destinatário. parecidos com esse? Onde podemos encontra-lo? Outro tipo de
-Reconhecer a função procedimento para desenvolver a capacidade de compreensão é buscar
sociocomunicativa de um texto ou informações sobre o autor do texto, a época em que ele foi publicado,
gênero textual. com que objetivos foi escrito.
- Selecionar procedimentos de leitura
adequados a diferentes objetivos e
interesses e às características do
gênero.
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4.4 Antecipar conteúdos de textos a A capacidade de antecipar conteúdos de textos a serem lidos em função
serem lidos em função do do reconhecimento de seu suporte, seu gênero e sua contextualização
reconhecimento de seu suporte, facilita o trabalho de interpretação e compreensão do texto, porque
seu gênero e sua contextualização. possibilita ao aluno elaborar hipóteses antes da leitura e estabelecer Gêneros
- Formular hipóteses sobre o conteúdo relação entre as informações disponíveis e suas próprias vivências. O textuais, tipos
do texto a ser lido, pelo professor poderá planejar a brincadeira: Qual é a surpresa? Ele prepara textuais,
reconhecimento do seu suporte e de uma caixa com livros, lápis, balas. Os alunos deverão ser desafiados a suportes
descobrir o conteúdo dela, a partir de dicas dadas pelo professor,
I/A/C A/C C C C
seu gênero textual. textuais e
- Formular hipóteses sobre o conteúdo relacionadas ao formato da caixa, ao barulho que fazem ao serem contexto de
do texto a ser lido, através da leitura de sacudidas, entre outras. O professor poderá também apresentar um texto circulação dos
imagens, do título e do autor. e pedir que os alunos identifiquem o suporte e o gênero do texto, a partir textos.
- Formular hipóteses sobre o conteúdo da análise de suas características. Identificado o gênero, o professor
do texto, pelos objetivos e funções deverá elaborar perguntas para antecipar o conteúdo do texto.
comunicativas.
4. Leitura
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4.6 Construir compreensão global Para o desenvolvimento dessa capacidade, é preciso que o aluno saiba
do texto lido, unificando e inter- produzir uma visão global do texto, de tal modo que, ao final da leitura, o
relacionando informações explícitas leitor saiba do que o texto fala, por onde ele começa, que caminhos ele
e implícitas, produzindo inferências. percorre, como ele se conclui. Isso significa ser capaz de resumir o texto
- Identificar o assunto do texto lido. lido e de recontá-lo ou repassá-lo para alguém. É também importante ser
capaz de explicar e discutir o texto, demonstrando em que se sustenta a
- Recontar o texto lido.
própria interpretação. Essa compreensão global é resultado de uma
- Explicar o texto lido abordando seus leitura atenta, em que o aluno percorre etapas de formulação e
principais elementos: do que fala; por comprovação de hipóteses, interliga informações, produz inferências. A
onde começa; que caminho percorre; capacidade de fazer inferências merece um trabalho especial na sala de
como se conclui. aula: o professor poderá instigar os alunos a prestarem atenção e
- Explicar o texto lido fazendo explicarem os não ditos do texto, a descobrirem e explicarem os
inferência dos não ditos no texto. porquês, a explicitarem as relações entre o texto e seu título. Tudo isso
4. Leitura
- Relacionar título e subtítulos a um deve começar a ser desenvolvido antes de os alunos serem capazes de
texto ou partes de um texto. Análise de
ler com autonomia, e acontece a partir da leitura oral feita pelo professor
textos I/A/C A/C A/C C C
- Justificar o título de um texto ou de ou da leitura feita em grupo, com a mediação do professor ou de um
diversos.
partes de um texto. colega mais avançado nesse nível de compreensão da leitura.
- Reconhecer informações explícitas As narrativas, como as fábulas, são gêneros textuais que contribuem
em um texto. para o desenvolvimento dessa capacidade, pois apresentam um enredo,
-Localizar informações explícitas em uma trama, assim como elementos que caracterizam o tempo, o espaço,
textos de maior extensão e de gêneros as personagens e suas ações. Outro ponto relevante para a
e temas menos familiares. compreensão global de um texto é a identificação do conflito gerador, em
- Inferir informações implícitas em narrativas, ou seja, do fato que desencadeia as ações da história. Esses
textos. elementos são observados ao oportunizar uma leitura atenta, com
estratégias planejadas pelo professor.
- Relacionar informações explícitas e
implícitas em textos.
- Identificar os elementos que
constroem a narrativa.
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- Identificar os elementos anafóricos, Marcas linguísticas ou recursos gráficos podem contribuir para Relações
em textos em que predominam compreender as relações lógico-discursivas, como quando o professor lógicas entre
I A/C A/C C C
sequências narrativas ou expositivo- pergunta, durante a leitura de um determinado texto, por que partes de
argumentativas. determinada palavra ou expressão se apresenta numa linguagem textos
- Identificar efeito de sentido, diferenciada, ou em caixa alta ou grifada, em itálico, negrito ou
decorrente de recursos gráficos e sublinhado. Nesse momento, ele deverá questionar por que o autor
repetição. utilizou tais recursos, o que quer frisar, se não tivesse utilizado os
- Identificar marcas linguísticas que recursos, o que mudaria na produção de sentido? Quando ele trabalha
evidenciam o enunciador no discurso com historias em quadrinhos, o aluno poderá identificar o humor ou a
direto ou indireto. ironia, através dos recursos gráficos.
- Reconhecer estratégias de As relações lógico-discursivas também podem ser compreendidas se o
ordenação temporal do discurso em aluno tem a oportunidade de observar, com a mediação do professor, as
um texto ou sequência narrativa. marcas linguísticas, nas quais ele pode se valer para descobrir quem é
que está contando determinada história, se o autor, se um personagem,
através da colocação de pronomes e verbos, pontuação, entre outras. A
compreensão global do texto se efetiva quando o aluno sabe observar,
em uma narrativa, as palavras e expressões que marcam a sequência
temporal dos fatos: era uma vez, por enquanto, durante, antigamente,
entre outros.
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literárias infantis. demanda da turma. Todos os tipos de gêneros e textos precisam ser
Literatura;
- Realizar leitura e interpretação de favorecidos.
Letramento I A/C C C C
textos teatrais, presentes nas obras O hábito de contar histórias para os alunos, todos os dias, contribui para
literário
literárias infantis. a conscientização de que ler é um ato prazeroso e que é através da
leitura que se adquire os conhecimentos disponibilizados pela
humanidade.
O “reconto” contribui para o desenvolvimento dessa capacidade, quando
o professor elabora estratégias, como: organizar os alunos em círculo. O
aluno que fizer o reconto terá o “direito” de fazer três perguntas sobre o
que foi recontado. Quem não responder de forma coerente, poderá
pagar uma “prenda”.
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gênero textual e suas especificações. e se, nesse momento, será com ajuda de escriba.
- Definir previamente a organização Outra habilidade que poderá garantir o desenvolvimento dessa
temática adequada aos contextos de capacidade é saber organizar as ideias do tema, no texto, levando em
produção, circulação e recepção do consideração o gênero textual definido.
texto a ser produzido. Atividades que envolvem trabalhos em grupo contribuem para esse
trabalho. O professor, junto com os alunos, escolherá o tema do texto.
Para o planejamento da escrita, dividir a turma em grupos. Um grupo
planeja o que escrever; outro, para que; outro para quem; o terceiro
grupo define o gênero, e assim sucessivamente. A partir dessas
informações, o professor orienta uma produção coletiva.
Se os alunos ainda não conhecem o gênero textual com o qual o
professor quer iniciar uma produção de texto, em primeiro lugar, será
necessário perguntar como eles acham que se deve organizar o texto.
Poderá explicar sua estrutura organizacional e características, sua
função e finalidade, os elementos que o compõem, entre outros,
5. Produção Escrita
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- Utilizar recursos de estilo ou leitor; em um cartaz sobre meio ambiente, os recursos utilizados para
literários, adequados ao gênero e aos convencer o leitor a cuidar melhor da natureza; em sarais de poesias, os
objetivos do texto, ao produzir textos. recursos literários de encantamento e de comoção, entre outros.
5.7 Revisar e reelaborar a própria Esta capacidade se desenvolve quando o aluno tem a oportunidade de
escrita, segundo critérios revisar sua produção, relendo cuidadosamente; assim, também, quando
adequados aos objetivos, ao ele pode avaliar sua produção e reelabora-la, caso necessário. Ao avaliar
destinatário e ao contexto de a utilização das convenções gráficas, ele deverá verificar a correção
circulação. ortográfica, a estruturação das frases, a pertinência do vocabulário, a Revisão e
disposição da escrita no papel, entre outros. reelaboração I A A/C A/C C
Todas as situações de escrita em sala de aula podem ser utilizadas, textual
- Avaliar a adequação do texto aos como a escrita do crachá com o nome; a escrita de textos, palavras,
objetivos, ao destinatário, ao modo e frases, parlendas, poesias, produção de listas, entre outras. Após uma
ao contexto de circulação. produção de texto, os alunos poderão ser levados a uma atitude
- Avaliar a utilização adequada das reflexiva: o que eu escrevi está grafado corretamente? A letra está
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5.8 Produzir resumos de textos as diferenças e semelhanças e as características próprias, como o uso
lidos. da 3ª pessoa, a indicação dos autores, a fidelidade ao texto original,
- Ler com fluência e compreensão. entre outros.
O professor poderá orientar uma leitura atenta do texto original,
- Conhecer o gênero textual “resumo”. Síntese. I A A/C A/C
garantindo a compreensão por parte dos alunos. Pedir a eles que
- Identificar as características do sublinhem as ideias principais. A partir desse momento, ajudar os alunos
gênero textual “resumo”. a estruturar o resumo, suprimindo ou substituindo palavras ou frases,
- Avaliar a produção do resumo. sempre respeitando a ordem das ideias.
Uma atividade que contribui para o desenvolvimento dessa capacidade
é, ao final de cada aula, convidar um aluno a dizer, de forma resumida, o
que aconteceu durante a aula de determinado componente curricular.
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6.2 Respeitar a diversidade das Esta capacidade desenvolverá, no aluno, a consciência de que é preciso
formas de expressão oral reconhecer e identificar as variedades linguísticas, respeitando a forma
manifestas por colegas, de falar de cada um e exigindo respeito também à sua própria maneira
6. Desenvolvimento da oralidade
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6.4 Realizar com pertinência tarefas - dispor tampinhas de refrigerante na mesa e, num trabalho
cujo desenvolvimento dependa de interdisciplinar com o componente curricular de Matemática, pedir a cada
escuta atenta e compreensão. aluno que pegue a quantidade de objetos que corresponde à quantidade
de batidas que der com o lápis.
- Saber ouvir e compreender os
- ao trabalhar “Esquema Corporal e Lateralidade”, no componente
diversos gêneros da oralidade. curricular de Ciências, o professor poderá jogar, com os alunos, o Jogo Escuta e
I I/A A/C C C
do “Quem escuta bem?”, em que ele planeja algumas ações que os compreensão
- Executar tarefas que dependam da alunos terão que executar: ele poderá dividir a turma em dois grupos;
escuta atenta de orientações, para sua chamará o representante de um grupo, pedindo a execução de uma
realização. ação: por exemplo, que ele vá até a porta e olhe para a direita. Em
sequência, o professor acrescenta mais uma tarefa: “Vá até a porta, olhe
para a direita, vire-se para a esquerda”. E assim sucessivamente.
- a cada final de aula, convidar um aluno a contar para a turma algo que
foi estudado durante o dia.
- brincar de ouvir também é uma forma de trabalhar com esta
capacidade: o professor poderá pedir que todos fiquem em silêncio,
ouvindo os barulhos da sala, da escola, da rua, etc.
O professor, ao oportunizar ao aluno o planejamento de sua fala, ou seja,
6.5 Produzir textos orais de
que tipo de linguagem vai empregar, qual o tom de voz, a forma como vai
diferentes gêneros, com diferentes
falar, vai contribuir para o desenvolvimento dessa capacidade. Todas as
propósitos.
situações de fala, na escola, precisam ser valorizadas, para que o aluno
- Reconhecer a existência de diversos
perceba que em algumas situações, a fala precisa ser planejada.
textos orais, assim como suas
O professor poderá solicitar que o aluno vá a outras salas de aula dar
finalidades e características.
uma informação ou anunciar algo para os outros alunos; fazer uma Discursividade I I/A A/C C C
- Planejar a fala em situações formais.
entrevista com a Especialista para conhecer o seu trabalho, homenagear
- Produzir, coletiva ou oralmente,
o Diretor em uma data especial, planejar um agradecimento a alguém,
textos orais de diferentes gêneros,
preparar a fala para uma visita ao Prefeito da cidade, entre outras.
com diferentes propósitos, sobretudo
Diversos gêneros textuais poderão ser utilizados para esse trabalho,
os mais formais, comuns em
como entrevista, notícia, propaganda, relato de experiências orais,
instâncias.
debate, dentre outros.
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