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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

SUBSECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA


SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL
DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL

PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA/ALFABETIZAÇÃO NO TEMPO CERTO – PIP/ATC


MATRIZ CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CICLO DA ALFABETIZAÇÃO E COMPLEMENTAR - 1º AO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Fonte: Matriz Curricular da SEE/MG (versão preliminar), Direitos de Aprendizagem Gerais e Específicos PNAIC , Outras Matrizes Curriculares

ORIENTAÇÕES INICIAIS

Caro Professor e Analista,

A presente versão da Matriz Curricular para o Ensino de Língua Portuguesa nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental não pretende alterar sua concepção,
apresentada na versão preliminar disponibilizada anteriormente pela SEE/MG. Como educadores que somos, sabemos que o tempo traz mudanças e uma
proposta curricular, documento vivo, deve se adequar, renovar-se, mas guardar o essencial de sua proposta e objetivo. Esta proposta, que se configura como
um documento inicial para ser discutido e modificado ao longo dos debates nas SRE, é fruto das ideias que temos ouvido em inúmeras visitas às escolas, das
discussões nos encontros e capacitações que temos realizado e do contato com colegas por esse imenso e diverso Estado.

Ao elaborarmos a “Matriz Curricular de Língua Portuguesa” para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, tivemos a intenção não só de dar continuidade ao
processo de atualização do Currículo de Língua Portuguesa, mas também de atender às expectativas dos professores em relação à definição de conteúdos
programáticos dessa área de conhecimento. Destacamos, porém, que além do acervo de conhecimentos a ser selecionado para direcionar o ensino, igualmente
importante é a maneira como se deve realizar este ensino, ou seja, a metodologia de trabalho nas escolas.

A linha de trabalho adotada para a elaboração das Orientações Pedagógicas priorizou a articulação entre alguns documentos, a saber: (I) - Matriz Curricular de
Língua Portuguesa da SEE/MG (versão preliminar); (II) - Direitos Gerais e Específicos PNAIC e (III) - outras Matrizes Curriculares de Língua Portuguesa.

Igualmente importantes foram:


- O apoio e as contribuições dos Analistas da SEE/MG da Equipe Central - especialistas e responsáveis pela implementação dos CBC de Língua Portuguesa;
- A leitura criteriosa da Coordenação Central do PIP da SEE/MG;
- O estudo e trabalho dedicado do grupo de Analistas do PIP ATC que revisou e reeditou a versão preliminar, propiciando a elaboração deste documento que
ora lhes apresentamos.

Gostaríamos de lembrar o caráter norteador desse trabalho, que, de maneira alguma, exclui o papel mediador e a liberdade de escolha do professor – que
melhor do que ninguém conhece quais os pontos mais significativos para cada contexto sociocultural escolar. É esse professor – comprometido e entusiasmado
com o seu fazer – que dará o sentido maior às “orientações”. Ao refletir e colocar em prática a proposta, o professor se tornará, também, autor do trabalho.
Optamos por apresentar as capacidades fundamentais que darão base à continuidade e ao aprofundamento da aprendizagem em Língua Portuguesa nos Anos
Finais do Ensino Fundamental. Tal opção deve-se ao fato de compreendermos que as habilidades diretamente voltadas ao ensino da alfabetização em
Linguagem e em Matemática devem ser priorizadas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Acreditamos, portanto, que os textos e os conteúdos de que trata
o componente curricular Língua Portuguesa, ampliação do processo de alfabetização e letramento para a leitura com compreensão, devem ser trabalhados de
forma interdisciplinar, favorecendo o desenvolvimento das habilidades da Leitura com compreensão e da Produção Textual lógica e coerente de gêneros
textuais estudados e/ou de uso frequente na sociedade, favorecendo a aprendizagem das várias Linguagens, da Ciência e dos demais componentes do Ensino
Fundamental. Seguindo esse princípio, incluímos algumas capacidades e habilidades que julgamos atender às principais demandas dos professores em
exercício.

Quanto à estrutura dessa matriz, orientamos que as Capacidades podem facilmente ser identificadas por terem sido apresentadas em negrito e por
apresentarem verbos no infinitivo. As Habilidades que devem ser desenvolvidas pelos alunos estão relacionadas abaixo de cada capacidade e são antecedidas
por um hífen (-). Todas as capacidades da Matriz Curricular de Língua Portuguesa encontram-se distribuídas em seis Eixos que compreendem: Compreensão e
Valorização da Cultura Escrita; Análise Linguística: Apropriação do Sistema de Escrita Alfabética – SEA; Análise Linguística: Discursividade, Textualidade e
Normatividade; Leitura; Produção Escrita; Desenvolvimento da Oralidade. Apesar da distribuição das Capacidades nos Eixos, compreendemos que as
Habilidades e Conteúdos a serem trabalhados e que se encontram em um determinado eixo não são estanques e dialogam, a todo instante, com os demais
eixos e capacidades. Ao tratarmos de uma Capacidade/Habilidade, podemos, simultaneamente, possibilitar ao aluno a utilização de saberes já consolidados ou
em desenvolvimento de outros eixos. Tal distribuição das capacidades nos eixos e das habilidades nas capacidades teve, como principal objetivo, facilitar para o
professor a utilização e adequação dessas habilidades no seu planejamento, no desenvolvimento do processo pedagógico, nas avaliações diagnósticas e nas
ações de intervenção pedagógica que venha a realizar.

Incluímos, na Matriz, o campo “Orientações Pedagógicas” que traz sugestões para o professor trabalhar as habilidades referentes a cada capacidade. As
sugestões ali contidas partiram da experiência de sala de aula de nossos analistas, professores e de outras fontes. Essas sugestões não pretendem, de forma
alguma, esgotar as diversas possiblidades para se desenvolver as habilidades propostas. São apenas indicativos de possibilidades. O professor pode e deve
enriquecer o trabalho com as habilidades a partir de sua experiência, sensibilidade e de acordo com a realidade de cada escola e região. Ressalte-se que, nessas
orientações pedagógicas a nossa grande preocupação, dentro do ensino da Língua Portuguesa, além de garantir a consolidação do processo de alfabetização,
tem como realce o incentivo ao desenvolvimento da capacidade leitora e escritora de nossos alunos. Portanto há a indicação frequente de trabalho com textos
de diversos gêneros, sejam do campo literário - poesias, contos infantis, fábulas e de outros campos - cartazes, folhetos comerciais, notícias e artigos de jornais
e revistas, gráficos simples, mapas, fazendo uso do livro didático e de outros recursos das mídias eletrônicas e audiovisuais que permitam o crescimento de
nossos alunos como bons leitores e escritores.

O campo “Conteúdo” tem como objetivo relacionar as habilidades e capacidades apresentadas aos conteúdos de Língua Portuguesa, uma vez que só se
desenvolvem habilidades por meio do trabalho pedagógico com os conteúdos a elas relacionados. Assim, como nas Orientações Pedagógicas, não tivemos a
preocupação de listar todos os conteúdos implícitos nas habilidades, mas indicar possibilidades, facilitando o trabalho do professor.
Destacamos que, por diversas vezes, sugerimos o trabalho interdisciplinar. Acreditamos que esse trabalho seja uma metodologia significativa para potencializar
o processo de ensino e aprendizagem. Muitos de nossos conteúdos e habilidades guardam interfaces com os demais componentes curriculares e a construção
do trabalho interdisciplinar deve ser uma preocupação permanente de todo o corpo docente da escola.

Finalmente, ao incluirmos a “Gradação”- Introduzir, Aprofundar e Consolidar – I, A, C - distribuída para cada habilidade/capacidade em seu respectivo
ano/ciclo de escolaridade, reafirmamos o que já tem sido nossa prática cotidiana nos Anos Iniciais. Ao iniciar uma habilidade/capacidade, isto é, introduzir uma
habilidade através de novo conhecimento, o professor deve mobilizar os conhecimentos prévios, contextualizando-o, despertando a atenção e o apreço do
aluno para a temática. Em seguida, faz-se necessário aprofundar essa habilidade, num trabalho sistematizado, relacionando essas aprendizagens ao contexto e
a outros temas próximos. Por fim, consolidar aquela aprendizagem, tornando-a um saber significativo para o aluno com o qual ele possa se mobilizar para
desenvolver outras habilidades ao longo de seu processo educacional. Essas definições, já comuns para nós dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, foram
alinhadas com a proposta pedagógica do PACTO – Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.

Assim, o importante é que o professor, permanentemente, ao longo do processo de ensino e aprendizagem, possibilite a seus alunos desenvolver as
habilidades, avalie como se deu o processo e faça as retomadas e as intervenções pedagógicas necessárias para que todos possam avançar rumo a uma
trajetória exitosa.

Bom trabalho!

Equipe Central do PIP/EF


SEE/MG
CICLO
EIXO CAPACIDADES/HABILIDADES ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS CONTEÚDO ALFABETIZAÇÃO COMPLEMENTAR
1º 2º 3º 4º 5º

O trabalho com esta capacidade possibilita a inserção do aluno no


mundo letrado. Portanto, ele precisa ser pautado em vivências de
1.1 Conhecer, utilizar e valorizar os diferentes práticas de leitura, de produção escrita e de familiarização
modos de produção e circulação da com ambientes letrados como bibliotecas, livrarias, banca de revistas,
escrita na sociedade. dentre outros. O professor poderá fazer o levantamento do conhecimento
1. Compreensão e valorização da cultura escrita

- Conhecer e valorizar os diferentes prévio dos alunos em relação aos gêneros textuais com os quais convive
gêneros e suportes de textos escritos. no meio doméstico, escolar e comunitário, através de rodas de
- Conhecer os diversos modos de conversas, perguntando se sabem como são produzidos, onde circulam,
produção de gêneros e suportes para que servem e como podem ser adquiridos. Após esse momento, ele
textuais que circulam na sociedade. poderá planejar atividades, tais como: Vivência e
- Conhecer os modos de circulação de conhecimento
- excursões no entorno da escola, para observar o material escrito
diversos gêneros e suportes da escrita. dos espaços
- Reconhecer os diversos espaços existente nas ruas e identificar sua utilidade; em livrarias, bibliotecas de de circulação,
institucionais de manutenção, escolas e/ou da comunidade, com exploração coletiva dos diferentes manutenção,
A/C A/C C C C
preservação, distribuição e venda de gêneros textuais e suportes presentes naquele espaço; - pesquisa sobre preservação,
material escrito. o processo histórico do uso da escrita e dos diversos portadores de texto distribuição e
- Conhecer e utilizar as diversas utilizados pelo ser humano ao longo da história, bem como dos vendas de
formas de aquisição e acesso aos materiais
instrumentos utilizados para escrever; entrevista com funcionários de
textos. escritos.
bancas ou sede de jornais e revistas; organização de feira na escola,
- Conhecer e utilizar os diversos
onde os alunos poderão simular compra, venda ou troca de livros e
instrumentos e tecnologias utilizados
para o registro escrito. revistas;
- Utilizar os gêneros e suportes textuais Em todas as atividades, o professor poderá orientar os alunos para a
existentes para se comunicar em construção de um portfólio, onde eles deverão registrar os
sociedade. conhecimentos adquiridos durante as atividades propostas.
O trabalho interdisciplinar contribui para o desenvolvimento dessa
capacidade, além de possibilitar a construção de conhecimentos
específicos envolvendo todos os componentes curriculares.

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CICLO
EIXO CAPACIDADES/HABILIDADES ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS CONTEÚDO ALFABETIZAÇÃO COMPLEMENTAR
1º 2º 3º 4º 5º

1.2 Desenvolver capacidades


necessárias para o uso da escrita Para que os alunos desenvolvam a capacidade necessária para o uso da
em diferentes contextos sociais. escrita em diferentes contextos sociais, é necessário que o professor
-Reconhecer e classificar, pelo oportunize, durante suas aulas, o manuseio e a familiarização com os
formato, os diversos gêneros e diferentes gêneros e suportes textuais REAIS existentes na sociedade,
1. Compreensão e valorização da cultura escrita

suportes textuais. como receitas, bilhetes, contos, poemas, entre outros, e garanta a
-Identificar as finalidades e funções da compreensão de suas diferentes funções sociais. O trabalho
leitura de textos, a partir da análise de interdisciplinar, envolvendo todos os componentes curriculares,
seus suportes. contribuirá para o desenvolvimento dessa capacidade.
Em roda de conversa, o professor poderá definir, com os alunos, quais
-Identificar as finalidades e funções dos
serão os gêneros a serem trabalhados em determinada etapa de ensino,
diversos gêneros textuais.
levando sempre em consideração o conhecimento prévio dos alunos.
- Relacionar os gêneros e suportes de
Vale lembrar que um mesmo gênero textual pode ser trabalhado do 1º ao
texto às práticas sociais que os
5º ano, progressivamente, e que a abordagem deve ser coerente com o
requerem.
nível de desenvolvimento da turma e do objetivo pedagógico. Uso social da I/A/
- Reconhecer e utilizar práticas de C
A/C C C C
O professor poderá, também, planejar: escrita
escritas pessoais e interpessoais. - exercícios de reflexão, análise e síntese, que possibilitam a construção
- Identificar e utilizar as escritas do conhecimento do gênero: formatação, recursos gráficos, como cores,
públicas que organizam as práticas tipo de letras, uso de imagens, linguagem, função social, meios de
sociais; produção e circulação, características presentes em todos os textos do
- Reconhecer a melhor maneira de mesmo gênero, semelhanças e diferenças com outros gêneros; assim
dispor um texto num determinado como os elementos contextualizadores, como data, local, a qual
suporte textual, considerando a função componente curricular está relacionado, a quem se destinam - de forma
comunicativa, os tipos de letras e os que o aluno seja capaz de identificar o gênero e sua utilização social,
recursos gráficos a serem utilizados; sem precisar de ler todo o seu conteúdo.
- Relacionar gêneros e suportes - atividades em que os alunos possam analisar índices, sumários,
textuais com elementos que os cadernos e suplementos de jornais, livros e revistas para identificar, na
caracterizam, como a variedade edição, textos de diferentes gêneros.
linguística e estilística e objetivo - produção de escritas pessoais (registro de compromissos em agendas)
comunicativo da interação.

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CICLO
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1º 2º 3º 4º 5º

e interpessoais (bilhetes); produção de escritas públicas, como os


documentos (dinheiro, cheque, contas a pagar, vale-transporte, carteira
de identidade, carteira de estudante, entre outros) ou escritas de
divulgação de informações (letreiro de ônibus, rótulos de produtos,
embalagens, avisos, bulas de remédio, manuais de instrução, boletim
escolar, entre outros); produção de escritas públicas que registram
compromissos (contratos, combinados da turma, caderno de fiados);
produção de escritas públicas de comunicação a distância (jornais,
revistas, televisão, jornal mural, cartazes, entre outros); produção de
1. Compreensão e valorização da cultura escrita

escritas públicas de convivência social (leis, regimentos, propostas


curriculares oficiais); produção de escritas públicas relacionadas à
ciência, filosofia, religião, bens culturais (livros, enciclopédias, bíblia)
Para o desenvolvimento desta habilidade, é preciso que o professor faça,
1.3 Conhecer os usos da escrita na inicialmente, um levantamento dos conhecimentos prévios da turma
cultura escolar. sobre a utilização dos instrumentos e suportes de escrita e suas
- Conhecer os suportes e instrumentos particularidades físicas, nos diversos ambientes escolares: caderno,
de escrita do cotidiano escolar. livro didático, livros de histórias, papel ofício, cartazes, lápis, borracha,
- Compreender a finalidade e a entre outros.
utilização dos objetos de escrita do Se houver, na escola, alunos que não tenham tido a oportunidade de
cotidiano escolar. frequentar a Educação Infantil, caberá ao professor garantir sua inserção
- Compreender a necessidade do uso nas práticas de letramento, que envolvem os usos da escrita na cultura
da escrita, no espaço escolar, para a escolar.
comunicação entre os sujeitos que ali Com relação aos materiais escolares utilizados pelo aluno, o professor
atuam. poderá pedir aos alunos que coloquem todos os seus objetos em cima
Uso escolar da
- Identificar os gêneros e suportes da mesa; o professor fala item por item, enquanto os alunos mostram o I/A/C A/C C C C
escrita.
textuais utilizados no espaço escolar. material correspondente. Nesse momento, ele poderá, também,
- Utilizar-se da escrita presente no conversar sobre a importância de cuidar dos materiais escolares.
espaço escolar para locomoção e Outra atividade é organizar uma excursão, dentro da escola, para que os
utilização de suas dependências. alunos observem os ambientes onde a escrita é utilizada, enquanto se
- Compreender a interação entre a discute o objetivo de cada uma, como ela está disposta no suporte
linguagem verbal e as linguagens textual, como se apresenta a linguagem visual e qual a sua relação com
visuais utilizadas no ambiente escolar. a linguagem verbal, entre outros. Então, poderá realizar uma roda de
- Compreender a utilização da escrita conversa, para socialização das observações feitas, ampliando as
para registros legais e funcionais, no discussões para o uso da escrita na sala de aula.
cotidiano escolar. O trabalho interdisciplinar com os diversos componentes curriculares
poderá contribuir para um trabalho integrado e ampliação dos
conhecimentos dos alunos.

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CICLO
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1º 2º 3º 4º 5º

Para o desenvolvimento dessa habilidade, o professor poderá, numa


conversa informal, orientar para várias questões relacionadas à melhor
forma de usar os objetos de escrita:
- ao apresentar um caderno, mostrar como se deve passar as folhas, o
cuidado para não deixá-las com “orelhas de burro”, a função das linhas e
margens, a posição do caderno na carteira, a posição das mãos, dos
braços;
1.4 Saber usar os objetos de escrita - a forma correta de pegar o lápis de escrever e de cor, utilizando a força
presentes na cultura escolar necessária para se escrever; o cuidado para que não se quebrem as
1. Compreensão e valorização da cultura escrita

-Saber segurar e manipular os pontas;


materiais escolares. - a forma correta de utilizar a borracha e a régua;
-Saber manusear os livros didáticos e - como a postura correta na carteira escolar pode ajudar escrever com Uso escolar da I/A/C A/C C C C
de literatura infantil. firmeza e ter uma letra legível. escrita.
- Saber usar o mouse e o teclado do - como manusear um livro didático e garantir sua conservação;
computador. - por que é necessário organizar a escrita nos textos produzidos,
- Saber sentar corretamente na carteira garantindo a legibilidade e o capricho;
escolar. Poderá também utilizar estratégias como:
- pedir aos alunos que observem escritas feitas com os critérios de
legibilidade e escritas sem esses critérios, oportunizando uma análise
comparativa;
Vale lembrar que os componentes curriculares de Educação Física e
Artes contribuem para um trabalho interdisciplinar, ao propor atividades
de coordenação motora fina (mãos e dedos) e grossa (corpo), de
esquema corporal, entre outros.
Para o desenvolvimento desta capacidade, são importantes as atividades
1.5 Desenvolver capacidades de coordenação motora, envolvendo, também, os componentes
específicas para escrever. curriculares de Educação Física e Artes, num trabalho interdisciplinar.
-Compreender a importância de uma As atividades devem garantir que o aluno compreenda que o que se
escrita legível e de uma apresentação escreve é para ser lido, portanto, eles devem se esforçar para
estética. desenvolver uma caligrafia legível e com boa apresentação estética.
Essa capacidade é desenvolvida quando o professor solicita aos alunos Escrita. I/A/C A/C C C C
-Demonstrar desenvolvimento
que observem, nos diversos gêneros textuais presentes em sala de aula,
psicomotor ao fazer uso da escrita
a disposição dos textos, a apresentação estética, o tipo de letra, a
manual ou através do computador.
legibilidade. Também, quando eles elaboram cartazes e/ou murais, com
-Escrever, traçando corretamente as a mediação do professor; quando as práticas de escrita são favorecidas,
letras de fôrma ou cursiva. em sala de aula, na produção de etiquetas, crachás, agendas, entre
outros.

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1º 2º 3º 4º 5º

Os alunos deverão compreender que a escrita alfabética difere de outras


formas gráficas disponíveis na sociedade e que, mesmo assim, todas
elas são utilizadas para garantir a comunicação.
O professor poderá iniciar, por exemplo, levantando os conhecimentos
prévios dos alunos sobre as diferenças entre escrita e outras formas
2.1 Compreender diferenças entre a
gráficas. Após este momento, ler uma história, com entonação, fazendo
escrita alfabética e outras formas
uso de todos os recursos que a história oferece: onomatopeias, imagens,
gráficas.
ilustrações, pontuação. Após a leitura, perguntar aos alunos: por que
- Identificar as diferenças entre letras,
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levantei a voz ao perguntar? Qual a pontuação, no texto, que indica uma


números, desenhos e símbolos pergunta?
gráficos. Outra atividade é, antes da leitura de qualquer gênero textual, apresentá-
- Reconhecer os usos sociais das Alfabeto I/A/C A/C C C C
lo aos alunos, discutir suas características e representações gráficas
letras, números e sinais gráficos, em existentes: pontuação, acentuação, desenhos, ilustrações, letras,
diferentes gêneros e suportes textuais. números, inclusive o número da página, oportunizando observar as
- Reconhecer o significado dos diferenças.
2. Análise linguística:

símbolos e outros sinais de O professor poderá, também, trabalhar o uso e função social dos sinais
comunicação utilizados pela de comunicação encontrados na sociedade, como placas de trânsito e
sociedade. indicação de locais, entre outros.
Pode-se trabalhar com o “tesouro da turma”: a cada dia, durante a roda
de conversa, o professor poderá explorar um gênero textual, pedindo ao
aluno que identifique, no texto, os números, desenhos, letras, símbolos
diversos, entre outros.
2.2 Compreender a orientação e o Uma habilidade importante para o desenvolvimento dessa capacidade é
alinhamento da escrita da língua compreender que o alinhamento da escrita se dá, como regra geral, da
portuguesa esquerda para a direita e de cima para baixo; porém, ela pode variar
- Compreender que a escrita, como dependendo do gênero e/ou suporte textual, como em revistas em
regra geral, se orienta da esquerda quadrinhos, poemas, propagandas impressas e televisivas, textos
para a direita e de cima para baixo. literários, textos veiculados pelo computador, entre outros.
- Compreender que a direção da Em roda de conversa, o professor pode pedir a um aluno que escolha um Orientação e
escrita pode variar, dependendo do texto no “Baú das Letras”; promover discussões sobre o tipo de gênero alinhamento I/A/C A/C C C C
gênero do texto e do suporte em que textual e como ele se organiza em seu portador. Nas histórias em da escrita.
ele circula. quadrinhos, por exemplo, é preciso que o aluno compreenda que
- Compreender que, como regra geral, primeiro lemos o balão que está mais acima e depois o que está abaixo.
a escrita ocupa, em sequência, a frente Pode-se também escrever um texto, em um cartaz, e pedir a um aluno
e o verso da folha de papel e escreve- que o leia para a turma; caberá ao professor acompanhar o texto com o
se dentro das margens, a partir da dedo para que todos observem a disposição do texto e a direção da
margem da esquerda. leitura: se da esquerda para a direita, de cima para baixo, o uso da frente

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CICLO
EIXO CAPACIDADES/HABILIDADES ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS CONTEÚDO ALFABETIZAÇÃO COMPLEMENTAR
1º 2º 3º 4º 5º

- Dispor a escrita no papel, conforme e do verso da folha, limite de margens, onde o texto se inicia, onde
as convenções do gênero e do suporte termina, qual é a primeira palavra, qual é a última, entre outros.
em que ele circula, ao produzir textos.
Para o desenvolvimento dessa capacidade, é necessário que o aluno
compreenda a linearidade da fala: som depois de som, e da escrita: letra
depois de letra, palavra depois de palavra, frase depois de frase,
parágrafo depois de parágrafo, e suas diferenças, e que as frases são
delimitadas por sinais de pontuação. Outra habilidade necessária está
relacionada ao desenvolvimento da noção de palavras, frases e textos.
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A leitura dos textos se dá com ajuda do professor, que vai mostrando,


2.3 Compreender a função de com o dedo, onde e como as palavras estão escritas. Para que ele
segmentação dos espaços em desenvolva a noção de palavra, o professor pode organizar a
branco e da pontuação de final de brincadeira: “Qual é a qualidade”, em que os alunos ficam em círculo. O
frase. professor escolhe o nome de um aluno e cria uma frase como, por
- Compreender a linearidade da fala. exemplo, “Paulo é estudioso”. Em cada cartão ou ficha, ele escreve uma
- Compreender que a delimitação das palavra, com qualquer número de sílabas, e organiza a frase no centro
2. Análise linguística:

unidades lexicais (palavras), nos textos do círculo formado pelos alunos, fazendo a leitura, utilizando a estratégia
escritos, é marcada por espaços em de indicar cada palavra com o dedo. O professor, então, pergunta à
branco. turma se todos concordam com a qualidade dada ao colega. Trocar a Segmentação
- Compreender que as frases ou partes ficha com o nome do aluno e escolher o nome de outro aluno. Retirar o de espaços em I/A/
A/C C C C
das frases são delimitadas por sinais cartão com a palavra “estudioso” e pedir que o colega da direita do aluno branco e C
de pontuação, nos diversos gêneros escolhido complete a frase com uma qualidade que o colega tem. pontuação
textuais. Escrever a palavra num cartão e completar a frase, desenvolvendo a
- Reconhecer palavras como unidade mesma estratégia citada acima, podendo colocar mais palavras na frase,
gráfica. como no exemplo seguinte: “Maria é muito bonita”. Após este momento,
- Compreender que, nos textos organizar todas as frases criadas e promover um momento em que eles
escritos, os conjuntos de frases são possam comparar e perceber as palavras como unidade gráfica. O
delimitados pela paragrafação. professor poderá questionar: quantas palavras têm a primeira frase? E a
- Ler, ajustando a pauta sonora ao segunda? Qual é mais longa? Qual é mais curta? Possibilitar aos alunos
escrito. concluírem que uma frase pode ser mais longa que outra, porque tem
mais palavras, mas que independente do seu tamanho, ambas têm
sentido completo. Explore outras frases dessa forma.

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CICLO
EIXO CAPACIDADES/HABILIDADES ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS CONTEÚDO ALFABETIZAÇÃO COMPLEMENTAR
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Para que ele desenvolva a noção de frase, o professor poderá


conversar com os alunos sobre o seu conceito, explicando que uma
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frase, mesmo curta, tem sentido, tem que comunicar alguma coisa, como
quando se diz “Socorro”; dar exemplo e explorar, utilizando, inicialmente,
nome e ações dos alunos. Um exemplo seria com a frase: “Laura viu
uma borboleta amarela”. O aluno deverá responder: a frase contou o
que? De quem? O que ela viu? O professor então poderá retirar partes
da frase e perguntar se ela continua com sentido: “Viu uma borboleta
amarela”: quem? O que ele fez? Laura viu. Quem? O que ela viu?
2. Análise linguística:

Apresentar outras frases, faltando o sujeito ou o predicado, e perguntar


se são frases; fazer comparação com as frases anteriores.
Para que ele desenvolva a noção de texto, o professor poderá
apresentar uma parlenda, escrita em um cartaz e explorar o suporte e o
gênero textual, a finalidade e a função do texto, entre outras habilidades.
Os alunos deverão compreender que o texto é formado por um conjunto
de palavras/frases com sentido e que comunicam algo. Em sequência,
explorar o texto: quantas frases, como é a formatação do texto, como se
usa a pontuação, o que cada frase comunica, entre outras.
Outros gêneros textuais, como bilhetes, anúncios, histórias infantis,
romances com muitas e poucas páginas, reportagens, poderão ser
apresentados aos alunos, para permitir uma análise comparativa. Eles
deverão compreender que o tamanho do texto se deve ao número de
palavras/frases que possuem. No entanto, o fato de um texto ter poucas
palavras/frases não prejudica o seu sentido.
2.4 Conhecer o alfabeto. É necessário consolidar essa capacidade ainda no início do processo de
- Reconhecer o alfabeto como um alfabetização. Inicialmente, o professor poderá levantar o conhecimento
conjunto estável de símbolos, que prévio dos alunos em relação ao alfabeto. As atividades que envolvem o
utilizamos para fazer notações. reconhecimento das letras do nome têm significado para o aluno.
 - Compreender que o alfabeto é Comparar as letras dos nomes dos alunos: nome com mais e/ou menos
composto por 26 letras, com as quais letras, letras comuns entre os nomes, entre outras. Ampliando as
podemos escrever todas as palavras discussões, outras questões precisam ser levantadas: se sabem quantas Alfabeto. I/A/C A/C C C C
da língua portuguesa. letras existem em nossa língua e o nome delas; o que as letras devem
- Perceber que o nome de cada letra representar, para que existe o alfabeto. Ao apresentar uma frase ou
tem relação com pelo menos um dos pequeno texto, perguntar se sabem quantas letras foram utilizadas, se há
sons da fala. sinais gráficos e por que, se estes fazem parte do alfabeto. Poderá,
também, apresentar o alfabeto em fichas, letra por letra, nomeando-as
juntamente com os alunos. Após este momento, contá-las para que os

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CICLO
EIXO CAPACIDADES/HABILIDADES ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS CONTEÚDO ALFABETIZAÇÃO COMPLEMENTAR
1º 2º 3º 4º 5º

alunos confiram se realmente o alfabeto tem 26 letras. Em outro


momento, o professor poderá mostrar um livro bem grosso e uma ficha
com uma frase e perguntar: será que, para escrever esta frase, o escritor
usou as 26 letras do alfabeto? E para escrever este livro, os escritores
usaram as 26 letras do nosso alfabeto? Se alguém responder que não,
deixar que procurem, nos textos de livros, letras diferentes das que o
alfabeto contém. Concluir, com os alunos, que podemos escrever
qualquer texto utilizando, apenas, as 26 letras do alfabeto.
Num outro momento, aprofundando o nível de conhecimento, é
importante, também, a elaboração de atividades em que o aluno tenha a
oportunidade de perceber que cada letra tem relação com, pelo menos,
um dos sons da fala que ela pode representar na escrita (a, bê, cê, dê, e,
efe, entre outros).
Com o conhecimento que o aluno já tem das letras do alfabeto, ele
poderá nomear as letras do alfabeto, quando apresentadas
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isoladamente, em ordem alfabética ou, ainda, contextualizadas.


2.5 Reconhecer e nomear as letras O professor poderá desenvolver oficinas em que ele pede aos alunos
do alfabeto. que procurem e recortem, em jornais e revistas, as letras ditadas por ele,
- Identificar as letras do alfabeto presentes em um determinado texto a ser trabalhado, registrando os
apresentadas isoladamente, em resultados em tabelas e/ou gráficos, num trabalho interdisciplinar com
sequências de letras ou no contexto de Matemática. Outra atividade é dividir a turma em duas equipes. Um aluno Alfabeto. I/A A/C C C C
2. Análise linguística:

palavras. da equipe A mostra a um aluno da equipe B, a letra D, escrita ou


- Conhecer a ordem alfabética. impressa em fichas. Ao acertar o nome da letra, a equipe ganha um
ponto. Num jogo como esse, o professor poderá levantar um diagnóstico
dos conhecimentos já adquiridos pela turma.
Estratégias que envolvem o eixo de “Música”, do componente curricular
de Artes, poderão levar o aluno a conhecer e memorizar a ordem
alfabética.
2.6 Compreender a categorização É necessário que o aluno compreenda que as letras variam na forma
gráfica e funcional das letras. gráfica e no valor funcional e que as variações gráficas seguem padrões
estéticos, mas são também controladas pelo valor funcional que as letras
- Compreender que as letras têm
têm. As atividades precisam considerar a relação entre o processo de
formatos fixos e que pequenas
alfabetização e o processo de letramento. O professor, ao desenvolver Alfabeto. I/A A/C C C C
variações produzem mudanças na
atividades com crachás, etiquetas, listas e/ou outros gêneros textuais
identidade das mesmas.
que fazem sentido para os alunos, poderá promover a análise de letras
- Compreender que as letras variam
que devem ser usadas para escrever determinadas palavras, em que
quanto ao seu valor funcional.

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CICLO
EIXO CAPACIDADES/HABILIDADES ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS CONTEÚDO ALFABETIZAÇÃO COMPLEMENTAR
1º 2º 3º 4º 5º

- Compreender que nem todas as ordem e qual a forma gráfica. Oportunizar a mesma análise com palavras
Apropriação do Sistema de Escrita Alfabética – SEA

letras podem ocupar certas posições de um determinado texto lido pelo aluno ou pelo professor.
no interior das palavras. Ele poderá, também, organizar um círculo com os alunos e distribuir
- Compreender que nem todas as diversos suportes e gêneros textuais. Pedir que recortem letras do
letras podem vir juntas de quaisquer alfabeto, com foco naquelas que apresentam pequenas variações, como
outras na formação de sílabas. p, q, b, d. Orientar para a elaboração, no caderno, de tabelas para
2. Análise linguística:

- Compreender que uma letra pode se registrar a atividade. Poderá utilizar a mesma estratégia para trabalhar os
repetir no interior de uma palavra e em diferentes formatos das letras (maiúsculas, minúsculas, cursivas, de
diferentes palavras. forma) ou, então, o reconhecimento de que não se pode escrever
- Compreender que distintas palavras qualquer letra em qualquer posição numa palavra.
compartilham as mesmas letras. Em determinado texto trabalhado em sala de aula, o professor poderá
- Relacionar as variações gráficas com pedir que os alunos analisem qual o valor posicional de determinada letra
a variação funcional das letras. no contexto de uma palavra previamente escolhida, ou seja, na análise
- Compreender que palavras diferentes de palavras de um texto, como uma mesma letra se organiza ou em que
variam quanto ao número, repertório e sequência de letras ela se apresenta. Dessa forma, ele concluirá também
ordem de letras. que as letras se repetem em diferentes palavras e que algumas letras,
como o “ç”, nunca podem iniciar a palavra. Outras observações poderão
ser feitas, como o “ml” que não forma sílabas.

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1º 2º 3º 4º 5º

Para que o aluno faça uso social da escrita, é necessário que o aluno
tenha domínio dos instrumentos, assim como das formas de registro
alfabético e conhecer as formas e tipos de letras. Para isso, o professor
poderá, em roda de conversa, distribuir diversos suportes e gêneros
textuais e promover discussões em que sema oportunizados, aos alunos,
2.7 Conhecer e utilizar diferentes uma análise e comparação dos tipos de letras. Esta atividade propicia,
também, ampliar os conhecimentos a respeito dos usos sociais da
Apropriação do Sistema de Escrita Alfabética – SEA

tipos de letras em textos de


diferentes gêneros e suportes escrita. O registro pode ser feito através de relatórios, tabelas, gráficos,
textuais. num trabalho interdisciplinar com Matemática.
- Identificar tipos variados de letras, em Ele poderá:
diversos gêneros e suportes textuais. - organizar os alunos em círculo; escolher o nome de um aluno e
- Relacionar uma letra com suas escrevê-lo em fichas, utilizando os variados tipos de letras: letras de
diversas formas gráficas. imprensa maiúsculas e minúsculas, cursivas maiúsculas e minúsculas.
2. Análise linguística:

- Traçar os diferentes tipos de letra, Dispor as fichas viradas para baixo. Apresentar a ficha com o nome
com domínio dos instrumentos da escrito com letra “Caixa Alta”; pedir a um aluno que escolha uma ficha e
que a vire; perguntar se sabem o que está escrito; comparar com o nome
escrita. Alfabeto –
escrito em “Caixa Alta”; orientar o trabalho até que os alunos concluam
-Identificar os meios de circulação de diferentes tipos I/A/C A/C A/C C C
que o nome é o mesmo, porém escrito com outro tipo de letra. Proceder
letras de imprensa e letras cursivas. de letras
da mesma forma com as outras fichas e com outros nomes.
- Utilizar os tipos de letras, de acordo
- oportunizar aos alunos momentos de jogos, como Jogo da Memória,
com as exigências do gênero que está
Quebra-Cabeça, Jogo do Mico, em que eles precisem formar pares,
sendo produzido.
utilizando letras diferentes.
- Identificar as letras de traços - oportunizar aos alunos momentos de trabalho sistemático, como:
ascendentes e descendentes, em elaborar 5 conjuntos de fichas, com diversas letras e tipos de letras do
relação à linha do caderno, das letras alfabeto (A, a, A, a). Organizar a turma em 5 grupos e entregar um
cursivas minúsculas. conjunto para cada um. Cada grupo deverá escolher “palavras-chave”,
- Distinguir e fazer uso dos variados que compõem um determinado texto estudado em sala de aula ou
gêneros e suportes textuais que história lida e, em seguida, formar a palavra, utilizando um tipo de letra,
utilizam a ordem alfabética. previamente definido pelo professor. Após esta atividade, o professor
poderá organizar os resultados no quadro, enquanto os alunos fazem o
registro no caderno.
- Pedir ao aluno que, a partir de um determinado texto, faça a
transposição escrita de caixa alta/imprensa para letra cursiva/imprensa, e
outras disposições.

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1º 2º 3º 4º 5º

Para se apropriar do Sistema de Escrita Alfabética, é necessário levar o


aluno a refletir, através de jogos e brincadeiras, sobre as unidades
sonoras das palavras, com diferentes estruturas silábicas (Cv, CCv, CvC,
v, vC, ditongo etc.). O professor poderá iniciar, levantando os
conhecimentos prévios dos alunos e trabalhando com unidades
fonológicas que fazem parte do acervo dos alunos, mesmo antes de
2.8 Reconhecer unidades entrar para a escola, como cantigas de roda: “Ciranda, Cirandinha”, ou
Apropriação do Sistema de Escrita Alfabética – SEA

fonológicas, como sílabas, rimas, poemas: “Batatinha quando nasce...”. O professor poderá criar situações
terminações de palavras, etc. lúdicas, que levem os alunos a refletir sobre as rimas, sílabas,
- Reconhecer o fonema, a sílaba, a aliterações e/ou assonâncias.
palavra e a frase como signos sonoros. No trabalho com rimas, o professor poderá ler histórias rimadas,
- Identificar o número de sílabas em oportunizando a reflexão sobre as características do suporte e do gênero
uma palavra. textual. Poderá também explorar a capa, as ilustrações, os dados sobre
2. Análise linguística:

- Comparar palavras quanto ao número autor e editora; ainda, a interpretação oral. Observar o que os alunos
de sílabas. pensam sobre a forma que o autor escolheu para escrever o texto:
- Identificar e comparar, oralmente, rimado. Explorar as rimas: por que as palavras combinam? Qual é o
sons de sílabas inicial, medial ou final, nome que se dá para esta combinação de palavras? Quando eu escrevo Consciência
combinando as palavras/sílabas, o que eu faço? Esta estratégia pode I/A/C A/C C C C
de palavras pertencentes a um mesmo Fonológica
campo semântico ou a campos ser utilizada com todos os tipos de gêneros textuais, até que os alunos
semânticos distintos, com diferentes se familiarizem com rimas.
estruturas silábicas. Em outro momento, o professor poderá dizer uma palavra e a turma terá
que fazer rimas. Quando a turma não encontrar mais rimas para a
- Identificar e construir rimas e
palavra dita pelo professor ele muda a palavra. A brincadeira pode ser
aliterações.
feita em equipes. Cada rima vale um ponto. Pode-se também brincar de
- saber repetir um fonema numa frase
falar trava-línguas, identificando a sílaba repetida; de falar aliteração,
ou numa palavra.
identificando a sílaba que se repete: “Quem com ferro fere, com ferro
- identificar o número de fonemas de será ferido”.
uma palavra ouvida. Ao trabalhar com sílabas iniciais ou finais, o professor poderá propor
uma organização em círculo e dizer que os alunos farão a brincadeira
dos nomes: o primeiro deverá falar o nome do colega sentado à sua
direita, batendo uma palma para cada “pedacinho” do nome: Re - uma
palma; na - outra palma; ta – mais uma palma. A primeira vez ele deve
falar as sílabas bem devagar, a segunda, falar bem depressa. Se o aluno
errar, pode-se combinar uma prenda.

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Para trabalhar fonemas iniciais e finais, o professor poderá organizar


rodas de conversa e brincar de “De quem é o nome?”: o professor
Apropriação do Sistema de Escrita Alfabética – SEA

explica que irá dizer o primeiro som do nome de um aluno e que eles
devem tentar adivinhar qual é este nome. O nome inicia com R – R – R –
R (fazer o som do R). Se tiver mais de um aluno que tem o nome
iniciado com o mesmo som, será o momento de mostrar que um mesmo
fonema pode estar em nomes ou palavras diferentes. Repetir várias
vezes a brincadeira, variando as palavras.
2. Análise linguística:

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Para o desenvolvimento dessa capacidade, o professor poderá elaborar


atividades em que os alunos tenham a oportunidade de refletir e discutir
suas hipóteses, que, inicialmente, são a de que cada letra representa
2.9 Compreender a natureza uma sílaba, e concluindo, ao final, pela compreensão do princípio
alfabética do sistema de escrita alfabético, ou seja, de que cada som: “fonema” é representado por uma
letra “grafema”. Por isso, a importância do aluno, nesse momento, já
- Compreender que o nosso sistema de saber identificar a quantidade de letras de uma palavra. As atividades
Apropriação do Sistema de Escrita Alfabética – SEA

escrita é alfabético. deverão, também, levar em consideração a compreensão, pelos alunos,


- Identificar a quantidade de letras de de que as sílabas variam quanto às combinações entre consoantes e
uma palavra. vogais (CV, CCV, CVV, CVC, V, VC, VCC, CCVCC), mas a estrutura
- Compreender que existe relação predominante no português é a sílaba CV: consoante/vogal.
entre a escrita e a pauta sonora. Para isso, algumas brincadeiras poderão contribuir, como:
- Compreender que se escreve com - Dança das palmas, em que o professor diz o nome de um aluno. Os
2. Análise linguística:

base em uma correspondência entre alunos devem repetir o nome devagar (sílaba por sílaba) batendo palmas
sons menores que as sílabas. para a esquerda, para a direita, para cima, para baixo. Repetir a
- Dominar a relação fonema/grafema. atividade, agora com os fonemas. Por exemplo: SÔNIA: 2 palmas para
Ortografia;
- Compreender que um fonema é “S Ô”, para a esquerda; 3 palmas para “N I A” (antes de fazer a dança
SEA – Sistema
representado graficamente por uma das palmas, o professor mostra os sons que formam as sílabas). I/A A/C C C C
de Escrita
letra ou por um conjunto de letras. - Dança dos pulos, em que os alunos, de pé, ouvem o nome que o
Alfabética
- Perceber que vogais estão presentes professor vai falar. Eles devem repetir o nome, devagar, dando um pulo
em todas as sílabas. para cada sílaba/fonema.
- Reconhecer que as sílabas podem
variar quanto às combinações entre - O Ninho, em que o professor faz círculos no chão e diz que são ninhos.
consoantes e vogais. O número de ninhos deve corresponder ao número de sílabas do maior
- Compreender a posição da letra na nome da turma. Os ninhos devem ser numerados. A professora fala o
palavra e o fonema que ela representa. nome de um aluno. Neste momento, aqueles que têm o nome
- Analisar palavras quanto à correspondente ao número de sílabas do nome falado, devem correr
quantidade de sílabas, letras e para o ninho que o representa. Por exemplo: o professor diz: SUELI.
fonemas. Todos os alunos cujos nomes têm 3 sílabas devem correr para o ninho
- Dominar as correspondências entre de número 3. Repetir a brincadeira utilizando outros números de sílabas.
letras ou grupos de letras e seu valor Perguntar se os mesmos alunos que foram para o ninho 3, no primeiro
sonoro. momento, foram também para o outro ninho (por exemplo, de 5 sílabas),
do segundo momento. Relacionar as duas situações, possibilitando ao
aluno perceber o número de sílabas e letras, de fonemas e grafemas,
entre outros.

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Dominar grafias de palavras com correspondências regulares diretas


é compreender que a cada grafema corresponde apenas um fonema,
como o p, b, t, d, f, v.
Dominar grafias de palavras com correspondências regulares
3. Análise linguística: discursividade, textualidade e normatividade

contextuais é compreender que a relação letra-som é determinada pela


posição em que a letra aparece dentro da palavra, como /C/ em Casa e
/qu/ em Pequeno.
Dominar grafias de palavras com correspondências regulares
morfológico-gramaticais é compreender que são os aspectos
3.1 Dominar regularidades
gramaticais que determinam o grafema que será usado: terminação de
ortográficas
todos os verbos, sem exceção, conjugados no pretérito perfeito, é
- Conhecer e fazer uso das grafias de sempre com “u”, como nas palavras “pegou” e “lavou”; também o sufixo
palavras com correspondências “eza”, que pode ser escrito com s ou z, dependendo da classificação
regulares diretas. gramatical: Portugal = portuguesa; rico = riqueza.
- Conhecer e fazer uso das grafias de O professor poderá elaborar projetos literários e favorecer o contato dos
palavras com correspondências alunos com todos os tipos de linguagem e de vocabulário, com textos de
regulares contextuais. Ortografia;
todos os componentes curriculares, pois, enquanto lê, ele observa,
- Conhecer e fazer uso das grafias de Sistema de
analisa e memoriza, com consequente domínio da capacidade. I/A A C C C
palavras com correspondências Escrita
Ao trabalhar com os gêneros e suportes textuais, o professor poderá
regulares morfológico-gramaticais. Alfabética
também favorecer a pesquisa e análise das palavras dos textos, como
- Memorizar palavras com quando pede aos alunos que recortem em jornais e revistas palavras
correspondências regulares diretas, cuja letra “c” tenha o som de /k/.
contextuais e morfológico-gramaticais. O “Jogo das Sete Chaves” também contribui para o desenvolvimento
dessa capacidade: o professor deverá desenhar uma tabela, no quadro,
com 7 colunas. Escreve uma palavra, ortograficamente incorreta, nas 6
colunas. A palavra da 7ª coluna só deverá ser escrita ao final do jogo,
pelo professor.
Dividir a turma em 2 grandes grupos: A e B. Um representante do Grupo
A vai até o quadro, escolhe uma das 6 palavras e escreve, na linha
abaixo, a mesma palavra, agora de forma correta. Se acertar o grupo
ganha 1 ponto. Se errar, perde 1. Se, ao final, houver empate, o
professor deverá sortear o grupo que irá à frente preencher a 7ª coluna.
Escrever, então, a palavra, que deverá ser a mais desafiadora de todas.
Se o grupo sorteado acertar, ganha o jogo. Se errar, ganha o outro
grupo.

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Dominar irregularidades ortográficas é compreender que fonemas podem


ser representados por diferentes grafemas e, também, que um mesmo
3. Análise linguística: discursividade,

grafema pode corresponder a diferentes fonemas.


O professor poderá desenvolver atividades que levem o aluno a
textualidade e normatividade

3.2 Dominar irregularidades conhecer, memorizar e utilizar palavras com correspondências


ortográficas. irregulares, tais como:
- Conhecer palavras com - quando o fonema pode assumir vários grafemas como no caso do
correspondências irregulares, de fonema /s/ antes de vogal, no começo de palavras – sapo, diante de /e/ e
Ortografia;
uso frequente. /i/;
Sistema de
- Memorizar palavras com - palavras como cego e ciranda, em sílabas no meio de palavras – I I/A A/C C C
Escrita
correspondências irregulares, de oceano, ossada, exceto, espaço, nascimento, antes de vogal e depois
Alfabética
uso frequente. das letras n e l, o fonema /s/ pode ser escrito com o grafema c – vencem,
- Utilizar palavras com ou s – pensem, ou ç – abençoar.
correspondências irregulares, de - que o grafema x pode ser representado por vários fonemas e que,
uso frequente. estando entre vogais, ele corresponde ao fonema /z/, como na palavra
exame.
Jogos ortográficos, como palavras cruzadas, charadas, caça-palavras,
também oportunizam a reflexão e a pesquisa, quando os alunos são
estimulados a buscar as soluções em dicionários ou através da Internet.
3.3 Compreender o significado e o O dicionário em sala de aula é instrumento de busca e pesquisa, inerente
sentido das palavras em textos ao processo de desenvolvimento da leitura e compreensão de textos.
lidos, através de dicionário. Para garantir essa compreensão, é necessário que o aluno saiba buscar
- Compreender a função e a a grafia correta e o significado de palavras que ainda não fazem parte do
organização de um dicionário. seu vocabulário, com o cuidado de analisar cada definição e escolher
aquela que preserva o sentido do texto.
- Saber buscar a grafia correta das
O professor poderá, após a leitura inicial de um texto, fazer um estudo de Discursividade
palavras, no dicionário.
parágrafo por parágrafo, com os alunos, oportunizando que, a cada Textualidade I A/C C C
- Reconhecer que algumas palavras palavra não conhecida, eles possam pesquisar em dicionários, Normatividade
podem assumir sentidos distintos, registrando no caderno as conclusões.
dependendo do contexto de uso. Outra atividade é organizar grupos e pedir que os alunos reescrevam um
- Saber escolher, entre as acepções texto previamente escolhido, substituindo palavras ou expressões
apresentadas no dicionário, aquela definidas pelo professor, por outras que não mudam o sentido do texto.
que for mais adequada ao texto, Para tanto, o aluno precisará fazer uso do dicionário e analisar os
para preservação de sentido. significados no contexto do texto lido.

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Os sinais de pontuação são recursos gráficos essenciais para estruturar


os textos e estabelecer as pausas e as entonações da fala, delimitar final
3. Análise linguística: discursividade, textualidade e

de frases e parágrafos e separar palavras e expressões. O sinal de


pontuação, utilizado de forma adequada na produção escrita, garante a
coerência e a coesão do texto, evitando ambiguidades de sentido.
Para desenvolver essa capacidade, o professor poderá, após a
exploração dos elementos estruturais de um texto, pedir que os alunos
façam uma leitura atenta, observando a pontuação utilizada pelo autor; o
3.4 Compreender a pontuação como
que pode ser feito com gêneros textuais de todos os componentes
elemento de coerência e coesão na
curriculares. Planejar, então, questões que favorecem análise e reflexão:
normatividade

produção de sentido de texto.


Como vocês sabem que este texto é um diálogo? Por que existe um
parêntese nesse parágrafo? E os três pontinhos ao final da frase? Por Normatividade
que esta frase não tem vírgula? Qual é a pontuação que mais marca o I A/C C C C
Pontuação
texto? Por quê? Entre outras.
- Produzir textos escritos com o uso Em outro momento, ele poderá escolher um texto e recortar os
adequado da pontuação. parágrafos. Dividir a turma em grupos. Entregar, a cada grupo, um
desses parágrafos, para leitura, análise e reflexão sobre a pontuação
utilizada. O grupo que estiver com o primeiro parágrafo deverá escolher
um representante que irá à frente fazer a leitura, demonstrando, através
da fala, onde tem pausa, exclamação, interrogação, entre outros. Em
sequência, apresentam os outros grupos, devendo o professor garantir
que, ao final, os alunos tenham feito a leitura do texto completo, com
compreensão.

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Reconhecer variantes de registro da fala e da escrita é compreender


que, tanto a formatação, quanto a linguagem utilizada em determinado
gênero textual podem variar, dependendo de quem o produz e dos
3. Análise linguística: discursividade,

objetivos, porém, as especificidades do gênero escolhido são


preservadas. O professor trabalha esta capacidade quando ele
textualidade e normatividade

3.5 Reconhecer diferentes variantes apresenta os diversos tipos, formas e linguagens de um gênero textual a
de registro da fala e da escrita, em ser trabalhado – por exemplo, o “convite”, e promove uma discussão
um mesmo gênero textual e mesma sobre suas características, pedindo aos alunos que selecionem as
situação de uso. informações que são comuns a todos os tipos apresentados. Ele pode
perguntar: quais são os elementos comuns a todos os tipos de convite?
- Reconhecer um gênero textual com
Mesmo sendo diferentes, todos são convites? Pedir aos alunos que Discursividade I/A A/C C C C
formatação diferente do padrão usual.
comparem um convite tradicional com um convite com o formato de
- Saber selecionar informações para a “anúncio”, por exemplo. Perguntar: mesmo em forma de um anúncio, ele
produção de texto, considerando as continua a ser convite? Por quê? Quais são as diferenças entre convite e
especificidades do gênero textual, dos anúncio? Nesse momento, ele poderá, então, trabalhar as características
objetivos, do suporte, do destinatário. do gênero “anúncio”, ampliando a compreensão.
Também, as atividades de produção de gêneros textuais contribui para o
desenvolvimento dessa capacidade, como pedir que produzam o
calendário do mês com características de uma agenda, em que se
diferencia a formatação e a linguagem, preservando as características do
calendário.

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Para que os alunos desenvolvam a habilidade de buscar pistas textuais,


3.6 Buscar pistas textuais, intertextuais e contextuais para ler entre linhas – inferência -, é
intertextuais e contextuais para ler necessário desenvolver atividades que estimulem uma leitura atenta,
nas entrelinhas (fazer inferências), com reflexão e compreensão, através de gêneros textuais e suportes
3. Análise linguística: discursividade, textualidade e normatividade

ampliando a compreensão. diversos. O professor poderá escolher um texto que contenha tanto
- Reconhecer o gênero textual pela informações explícitas, quanto implícitas, orientando, para que o aluno
estrutura composicional do texto. tenha a oportunidade de aprender a encontrar e/ou inferir informações.
- Reconhecer os recursos linguísticos, O conhecimento prévio do aluno a respeito do tema do texto a ser
expressivos e literários empregados estudado contribui para que ele estabeleça as relações que se formam
no texto e sua finalidade. entre as informações do texto, assim como uma análise da estrutura
- Reconhecer as relações de causa, de composicional (organização em partes), os recursos linguísticos
tempo e espaço, de condição, (discurso direto/indireto, tempos verbais), expressivos e literários (rimas,
oposição, conclusão, comparação, que linguagem figurada, jogos de palavras). A atuação do professor, nesse
se formam no texto, e suas finalidades. momento, como mediador e orientador, contribui sobremaneira para
- Estabelecer relações entre garantir o desenvolvimento dessa capacidade.
informações que aparentemente não Antes de fazer a leitura de um texto, o professor poderá pedir aos alunos
estão interligadas, construindo pontes que identifiquem o suporte e o gênero textual, através de suas Discursividade
entre elas. I/A A/C C C C
características. Nesse momento, o planejamento deverá levar em conta Textualidade
Inferir informações em textos não os conhecimentos prévios e quais os gêneros que eles já dominam.
verbais. Analisar, com eles, a estrutura composicional do texto, os recursos
- Ler textos que conjugam linguagem linguísticos e literários; fazer a leitura da ilustração. Após esta
verbal e não verbal realizando exploração, ler novamente o texto ou pedir que os alunos leiam
inferências. atentamente, se isso já for possível. Levantar questões, oportunizando a
- Identificar os efeitos de ironia ou pesquisa e análise das informações contidas no texto e as diversas
humor em textos variados. situações apresentadas, das variedades linguísticas e estilísticas, da
- Compreender o que é fato e o que é reflexão sobre atitudes e comportamentos. Muitas vezes, o texto contém
opinião em um texto. informações que, parecem, não estão interligadas. Caberá ao professor
- Distinguir fato de opinião sobre o fato. ajudar o aluno a “construir” pontes intertextuais e garantir a
- Compreender o que é tese e o que é compreensão. Quando o planejamento prevê as perguntas a serem
argumento em um texto. feitas sobre o texto, a aula se torna dinâmica e os resultados, eficientes.
- Identificar tese e argumentos em um A “Pausa Protocolada” também é uma estratégia eficaz, assim como o
texto. trabalho com textos lacunados, que podem ser estudados em dupla ou
grupo, com registro no caderno. As piadas e histórias em quadrinhos são
gêneros textuais que privilegiam a capacidade de inferir informações. O

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professor poderá organizar, uma vez por semana, ao final da aula, a


“Sessão Piada”, em que um aluno conta uma piada e o professor
- Relacionar sons, imagens, gráficos e
promove discussões sobre as informações explícitas e implícitas
tabelas, com as informações verbais
contidas no texto. Este poderá ser escrito em cartaz para, no dia
explícitas ou implícitas em um texto.
seguinte, favorecer a análise da estrutura composicional e os recursos
- Interpretar efeitos de sentido
linguísticos, expressivos e literários. Outras habilidades para o
decorrentes de variedades linguísticas
desenvolvimento dessa capacidade poderão ser desenvolvidas através
e estilísticas usadas em um texto.
de gêneros textuais, como artigos de jornal ou informações científicas,
-Reconhecer estratégias de
que contribuem para trabalhar fato e opinião e/ou tese e argumento. Em
modalização e argumentatividade
todos os momentos de estudo de interpretação dos textos, o professor
usadas em um texto e seus efeitos de
precisará levar em conta os recursos e elementos coesivos que
sentido. (4º e 5º anos)
constroem o sentido do texto, como pronomes pessoais, sinônimos,
- Reconhecer, em um texto, estratégias
conjunções, entre outros.
e/ou marcas explícitas de
Uma análise criteriosa do texto vai favorecer também o aprendizado das
intertextualidade com outros textos,
regras de concordância verbal e nominal, o que pode ser feito quando o
discursos, produtos culturais ou
professor oportuniza uma análise comparativa de textos. O professor
linguagens e seus efeitos de
poderá dividir a turma em quatro grupos. Para um grupo, entregar um
sentido..(4º e 5º anos)
pequeno texto na 1ª pessoa do singular. Para o outro grupo, entregar o
- Conhecer e usar palavras ou
mesmo texto, transposto pelo professor para a 3ª pessoa do singular.
expressões que retomam, com coesão,
Para um terceiro grupo, o mesmo texto na 1ª pessoa do plural e para o
o que já foi escrito.
quarto grupo, na 3ª pessoa do plural. Após a leitura individual, os alunos
- Conhecer as regras de concordância
deverão discutir questões previamente planejadas pelo professor e,
nominal e verbal e usá-las de forma
após, pedir que um representante de cada grupo leia o seu texto em voz
adequada.
alta. Assim, todos poderão compará-los e perceber as flexões. O
- Reconhecer a presença de diferentes
professor poderá dividir o quadro em quatro partes, para que as
enunciadores nos textos lidos,
observações e questionamentos sejam registrados, enquanto os alunos
identificando as marcas linguísticas
também escrevem em seus cadernos.
que sinalizam suas vozes.
As estratégias que oportunizam ao aluno comparar textos que discutem
- Comparar textos diversos, quanto a
um mesmo tema são relevantes para o desenvolvimento dessa
forma de se tratar um mesmo tema (4º
capacidade, porque eles podem apresentar fatos e opiniões algumas
e 5º anos)
vezes divergentes. Outras vezes, os textos não divergem, porém os
- Reconhecer marcas de identificação
autores utilizam linguagens e vocabulários diferentes, o que favorece
política, religiosa, ideológica ou de
uma análise reflexiva e consequente ampliação da compreensão.
interesses econômicos do produtor.
A análise de informações políticas, religiosas, ideológicas ou
(introduzir no 4º ano).
econômicas, em um determinado texto, contribui para desenvolver a
habilidade de inferir informações, ampliando a compreensão de um texto.

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Desenvolver atitudes e disposições favoráveis à leitura é percebê-la


4.1 Desenvolver atitudes e como ato prazeroso e necessário. O “Cantinho da Leitura” é uma
disposições favoráveis à leitura. estratégia utilizada em sala de aula, que contribui para incentivar o aluno
para as práticas de leitura, especialmente quando o professor organiza
- Compreender a leitura como um ato
campanhas para aquisição de livros, revistas, gibis, junto à comunidade
prazeroso e necessário.
escolar e, também, cria um ambiente confortável, para propiciar uma
- Reconhecer e utilizar livrarias e leitura agradável.
bancas como locais de acesso a livros, A rodinha para leitura de textos diversos e de interesse dos alunos; o Concepção de
jornais e revistas. I/A/C A/C C C C
planejamento de horários de leitura e empréstimos de livros da Leitura
- Utilizar a biblioteca para manuseio, biblioteca; a excursão aos diversos ambientes da escola, para incentivar
leitura e empréstimo de livros, jornais, a leitura dos de cartazes, artigos, entre outros; a excursão a livrarias e
revistas. bancas de jornal e revista; a contação de histórias; o sarau musical e/ou
- Utilizar o computador e a internet poético, são estratégias utilizadas pelo professor e que contribuem para
para leituras, pesquisas, comunicação, o desenvolvimento dessa capacidade, especialmente quando o aluno
4. Leitura

outros. participa das produções e ajuda na organização dos espaços de leitura,


em interação com os colegas.
Para desenvolver essa capacidade, o aluno precisa ter domínio da
relação fonema-grafema, que é o princípio básico de construção do
nosso sistema de escrita. Todas as situações em que se oportuniza ao
4.2 Saber ler palavras e textos aluno a leitura de palavras ou pequenos textos, no ambiente da sala de
escritos. aula, oportunizam esse aprendizado, como quando o professor coloca
fichas de identificação nos objetos da sala, para que eles possam tentar
- Dominar as relações entre grafema e Leitura de
decodificar o que está escrito nas fichas. Uma brincadeira poderá ser:
fonema, em palavras e textos escritos. palavras e I I/A C C C
“Chicotinho Queimado”, em que um aluno sai da sala, enquanto a turma
- Saber ler, reconhecendo globalmente textos
escolhe um rótulo de embalagem e o esconde. O aluno que saiu retorna
as palavras de seu cotidiano, sem e deve encontrar o rótulo escondido. Enquanto procura, ao se aproximar
análise das partes que as compõem. do local onde o rótulo está, a turma diz: “Está quente!” Quando se afasta
do local, a turma diz: ”Está frio!” Quando o aluno o encontra, a turma diz:
“Chicotinho Queimado!” O aluno deve ler o nome do produto. Se não
conseguir, paga uma “prenda” e a turma lê o nome do produto.

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4.3 Identificar as finalidades e O aluno precisa conhecer e reconhecer a diversidade de suportes:


funções da leitura em função do jornais, revistas, livros; e gêneros textuais: histórias, poemas, notícias,
reconhecimento do suporte, do artigos, disponibilizados na sociedade, identificando, em cada um deles,
gênero e da contextualização do as finalidades e funções da leitura. O professor é o mediador nesse
texto. processo, garantindo, ao aluno, o conhecimento de todo o acervo que a
- Identificar gêneros textuais diversos, sociedade oferece. Portanto, é importante oportunizar discussões em
a partir de suas características. que sejam abordadas as características gerais desses gêneros, como:
- Reconhecer os gêneros textuais, a Do que eles tratam? Como costumam se organizar? Quais os recursos
partir de seu contexto de produção, linguísticos e para que servem?
circulação e recepção. A capacidade de reconhecer diferentes gêneros textuais e identificar
-Identificar a finalidade dos gêneros suas características gerais favorece bastante o trabalho de
4. Leitura

textuais, a partir de seu suporte. compreensão, porque orienta adequadamente as expectativas do leitor
diante do texto. Assim, antes de uma leitura - feita em voz alta pelo Objetivos da
- Reconhecer os suportes textuais de I/A/C A/C A/C C C
professor, de forma individual ou coletiva - o professor poderá planejar leitura
gêneros específicos.
-Identificar finalidade de gêneros perguntas, como: O texto que vamos ler vem num jornal? Num livro?
diversos a partir de elementos Num folheto? Numa caixa de brinquedo? Que espécie (gênero) de texto
contextuais, como data, autor, será esse? Para que ele serve? Quem é que conhece outros textos
destinatário. parecidos com esse? Onde podemos encontra-lo? Outro tipo de
-Reconhecer a função procedimento para desenvolver a capacidade de compreensão é buscar
sociocomunicativa de um texto ou informações sobre o autor do texto, a época em que ele foi publicado,
gênero textual. com que objetivos foi escrito.
- Selecionar procedimentos de leitura
adequados a diferentes objetivos e
interesses e às características do
gênero.

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4.4 Antecipar conteúdos de textos a A capacidade de antecipar conteúdos de textos a serem lidos em função
serem lidos em função do do reconhecimento de seu suporte, seu gênero e sua contextualização
reconhecimento de seu suporte, facilita o trabalho de interpretação e compreensão do texto, porque
seu gênero e sua contextualização. possibilita ao aluno elaborar hipóteses antes da leitura e estabelecer Gêneros
- Formular hipóteses sobre o conteúdo relação entre as informações disponíveis e suas próprias vivências. O textuais, tipos
do texto a ser lido, pelo professor poderá planejar a brincadeira: Qual é a surpresa? Ele prepara textuais,
reconhecimento do seu suporte e de uma caixa com livros, lápis, balas. Os alunos deverão ser desafiados a suportes
descobrir o conteúdo dela, a partir de dicas dadas pelo professor,
I/A/C A/C C C C
seu gênero textual. textuais e
- Formular hipóteses sobre o conteúdo relacionadas ao formato da caixa, ao barulho que fazem ao serem contexto de
do texto a ser lido, através da leitura de sacudidas, entre outras. O professor poderá também apresentar um texto circulação dos
imagens, do título e do autor. e pedir que os alunos identifiquem o suporte e o gênero do texto, a partir textos.
- Formular hipóteses sobre o conteúdo da análise de suas características. Identificado o gênero, o professor
do texto, pelos objetivos e funções deverá elaborar perguntas para antecipar o conteúdo do texto.
comunicativas.
4. Leitura

O aluno que se envolve em práticas de leitura se sentirá desafiado ao se


deparar com as diversas situações do enredo de um texto. Sua
curiosidade se torna aguçada e, naturalmente, levantará hipóteses,
prevendo os acontecimentos que se seguirão.
4.5 Levantar e confirmar hipóteses Quando o professor elabora atividades e estratégias de leitura, como a
relativas ao conteúdo do texto que pausa protocolada, ele contribui para o desenvolvimento dessa
está sendo lido. capacidade.
O aluno faz a leitura e levanta suas hipóteses e as avalia, baseados nas
- Ler, com envolvimento. Hipóteses na
informações contidas no parágrafo anterior, pela linguagem do narrador I/A/C A/C C C C
- Saber avaliar a pertinência das leitura
ou do personagem, dos sinais de pontuação, das inter-relações entre
hipóteses levantadas. textos e através de situações por ele vividas. O professor poderá
- Saber verificar se as hipóteses questionar, após a leitura do parágrafo de um texto: o que vocês acham
levantadas se confirmam ou não. que vai acontecer agora? Por que vocês acham isso? É importante que
eles saibam avaliar a pertinência de suas hipóteses: é coerente com o
tema? Está de acordo com a lógica dos acontecimentos? Após esta
avaliação, confirmar as hipóteses levantadas, enquanto se constrói o “fio
da meada”, que permite ao leitor compreender o texto.

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4.6 Construir compreensão global Para o desenvolvimento dessa capacidade, é preciso que o aluno saiba
do texto lido, unificando e inter- produzir uma visão global do texto, de tal modo que, ao final da leitura, o
relacionando informações explícitas leitor saiba do que o texto fala, por onde ele começa, que caminhos ele
e implícitas, produzindo inferências. percorre, como ele se conclui. Isso significa ser capaz de resumir o texto
- Identificar o assunto do texto lido. lido e de recontá-lo ou repassá-lo para alguém. É também importante ser
capaz de explicar e discutir o texto, demonstrando em que se sustenta a
- Recontar o texto lido.
própria interpretação. Essa compreensão global é resultado de uma
- Explicar o texto lido abordando seus leitura atenta, em que o aluno percorre etapas de formulação e
principais elementos: do que fala; por comprovação de hipóteses, interliga informações, produz inferências. A
onde começa; que caminho percorre; capacidade de fazer inferências merece um trabalho especial na sala de
como se conclui. aula: o professor poderá instigar os alunos a prestarem atenção e
- Explicar o texto lido fazendo explicarem os não ditos do texto, a descobrirem e explicarem os
inferência dos não ditos no texto. porquês, a explicitarem as relações entre o texto e seu título. Tudo isso
4. Leitura

- Relacionar título e subtítulos a um deve começar a ser desenvolvido antes de os alunos serem capazes de
texto ou partes de um texto. Análise de
ler com autonomia, e acontece a partir da leitura oral feita pelo professor
textos I/A/C A/C A/C C C
- Justificar o título de um texto ou de ou da leitura feita em grupo, com a mediação do professor ou de um
diversos.
partes de um texto. colega mais avançado nesse nível de compreensão da leitura.
- Reconhecer informações explícitas As narrativas, como as fábulas, são gêneros textuais que contribuem
em um texto. para o desenvolvimento dessa capacidade, pois apresentam um enredo,
-Localizar informações explícitas em uma trama, assim como elementos que caracterizam o tempo, o espaço,
textos de maior extensão e de gêneros as personagens e suas ações. Outro ponto relevante para a
e temas menos familiares. compreensão global de um texto é a identificação do conflito gerador, em
- Inferir informações implícitas em narrativas, ou seja, do fato que desencadeia as ações da história. Esses
textos. elementos são observados ao oportunizar uma leitura atenta, com
estratégias planejadas pelo professor.
- Relacionar informações explícitas e
implícitas em textos.
- Identificar os elementos que
constroem a narrativa.

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- Estabelecer relações de continuidade


temática: a que se refere os pronomes
(ela, ele, nós, nos, etc.), a que se
referem as elipses (omissão de uma ou
mais palavras que facilmente se
subentendem no contexto).
- Identificar, em textos argumentativos,
o assunto do texto, a posição
defendida, os argumentos
apresentados para convencer o leitor e
a conclusão.
- Relacionar o texto que está sendo
lido a outros textos orais e escritos.
- Inferir informações (dados, fatos,
argumentos, conclusões...) implícitas
em um texto.
-Inferir o significado de palavras e
expressões usadas em um texto.

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Compreender as relações lógico-discursivas envolve habilidades que


garantem uma leitura com continuidade, em que há progressão das
informações do texto, em que as informações estejam coesas e
coerentes com o tema proposto. É ter a habilidade de reconhecer, em
uma narrativa, em que espaço a trama se desenvolve, em qual tempo e
lugar, o que causou um determinado fato ou situação, qual foi a sua
4.7 Compreender as relações consequência. São aspectos em que o professor terá a oportunidade de
lógicas que se estabelecem entre dialogar com os alunos, levando-os a aprofundar na leitura do texto,
partes de textos de diferentes através de estratégias individuais ou coletivas.
gêneros e temáticas. Compreender as relações lógico-discursivas também é perceber como
- Identificar marcas linguísticas que se dispõem os elementos anafóricos presentes no texto, como quando
expressam relações de tempo, lugar, se pede aos alunos que leiam frases como: “Antônia e Camila, apesar de
causa e consequência, em textos em serem gêmeas, são muito diferentes. Por exemplo, esta é calma, aquela
que predominam sequências narrativas é explosiva”. Caberá ao professor discutir a quem se referem os
ou expositivo-argumentativas, pronomes, advérbios ou expressões adverbiais dispostos no texto.
4. Leitura

- Identificar os elementos anafóricos, Marcas linguísticas ou recursos gráficos podem contribuir para Relações
em textos em que predominam compreender as relações lógico-discursivas, como quando o professor lógicas entre
I A/C A/C C C
sequências narrativas ou expositivo- pergunta, durante a leitura de um determinado texto, por que partes de
argumentativas. determinada palavra ou expressão se apresenta numa linguagem textos
- Identificar efeito de sentido, diferenciada, ou em caixa alta ou grifada, em itálico, negrito ou
decorrente de recursos gráficos e sublinhado. Nesse momento, ele deverá questionar por que o autor
repetição. utilizou tais recursos, o que quer frisar, se não tivesse utilizado os
- Identificar marcas linguísticas que recursos, o que mudaria na produção de sentido? Quando ele trabalha
evidenciam o enunciador no discurso com historias em quadrinhos, o aluno poderá identificar o humor ou a
direto ou indireto. ironia, através dos recursos gráficos.
- Reconhecer estratégias de As relações lógico-discursivas também podem ser compreendidas se o
ordenação temporal do discurso em aluno tem a oportunidade de observar, com a mediação do professor, as
um texto ou sequência narrativa. marcas linguísticas, nas quais ele pode se valer para descobrir quem é
que está contando determinada história, se o autor, se um personagem,
através da colocação de pronomes e verbos, pontuação, entre outras. A
compreensão global do texto se efetiva quando o aluno sabe observar,
em uma narrativa, as palavras e expressões que marcam a sequência
temporal dos fatos: era uma vez, por enquanto, durante, antigamente,
entre outros.

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O desenvolvimento dessa capacidade está diretamente relacionado a um


planejamento sistemático e diário de estratégias de leitura, que auxiliam
o aluno a serem expressivos e adquirirem fluência. Desde o início do
processo de alfabetização, é necessário que o professor, durante a
contação de histórias, ou mesmo durante a leitura de textos escolares,
fazê-los com muita expressividade, realçando a pontuação, pois é ela
que produz sentido a um texto escrito.
A leitura silenciosa é uma estratégia que contribui para o
desenvolvimento da fluência, quando o professor orienta para uma
análise reflexiva, que deverá ser feita pelo aluno, individualmente,
enquanto está lendo. Após essa leitura, ele poderá pedir que os alunos
4.8 Ler oralmente com autonomia, digam como se avaliaram: se leram com rapidez, se se prenderam em
fluência, compreensão e detalhes, se identificaram as informações explícitas ou implícitas, ou
4. Leitura

expressividade. seja, se compreenderam, de fato, o que o texto quer passar.


- Ler o texto, silenciosamente ou em Ele poderá, também, solicitar aos alunos que assistam a jornais da
Leitura I A A/C C C
voz alta, com fluência, ritmo e rapidez. televisão, em casa ou na própria sala de aula, pedindo que observem
- Ler o texto em voz alta, com como os repórteres se apresentam: se a postura corporal está adequada,
expressividade e fluência. assim como o tom de voz e a entonação; se leem as notícias, se falam
- Ler o texto com compreensão. naturalmente ou se memorizam; se são expressivos, fluentes na leitura;
entre outras observações. Poderá organizar a turma em círculos, abrir
para discussões, enquanto um grupo fica responsável em registrar os
resultados. Ao final, perguntar, então, o que é necessário para que eles
sejam capazes de ler ou falar com fluência e expressividade.
- Montar o jornal falado da sala: os alunos podem fazer uma televisão
com uma caixa de papelão e, com a mediação do professor, organizar e
escrever as notícias da escola, do bairro, da cidade, entre outras. Toda
semana, o professor poderá sortear uma dupla de apresentadores e
formar as novas equipes de apoio para o preparo do jornal falado, para
que todos tenham a oportunidade de vivenciar as variadas funções,
sempre com a mediação do professor.

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Para garantir um leitor proficiente, que se posiciona criticamente e


4.9 Ler obras literárias com gosto e extrapola as informações lidas, é essencial o incentivo à leitura de obras
compreensão. literárias. Ler obras literárias é se preparar para a vida, pois o aluno terá
- Realizar leitura e interpretação de a oportunidade de trazer a situação da leitura para suas experiências do
textos visuais presentes nas obras cotidiano e refletir sobre a sua própria postura perante o mundo.
literárias infantis. Para o desenvolvimento dessa capacidade, o professor poderá,
- Realizar leitura e interpretação de inicialmente, levantar o acervo, de acordo com a faixa etária de seus
textos em prosas, presentes nas obras alunos, e fazer uma leitura crítica, escolhendo as obras de acordo com a
4. Leitura

literárias infantis. demanda da turma. Todos os tipos de gêneros e textos precisam ser
Literatura;
- Realizar leitura e interpretação de favorecidos.
Letramento I A/C C C C
textos teatrais, presentes nas obras O hábito de contar histórias para os alunos, todos os dias, contribui para
literário
literárias infantis. a conscientização de que ler é um ato prazeroso e que é através da
leitura que se adquire os conhecimentos disponibilizados pela
humanidade.
O “reconto” contribui para o desenvolvimento dessa capacidade, quando
o professor elabora estratégias, como: organizar os alunos em círculo. O
aluno que fizer o reconto terá o “direito” de fazer três perguntas sobre o
que foi recontado. Quem não responder de forma coerente, poderá
pagar uma “prenda”.

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Desenvolver essa capacidade é descobrir que as coisas que se leem nos


textos podem fazer parte de nossas vidas, serem úteis e relevantes no
dia a dia, o que implica num aprendizado afetivo e atitudinal. Ao ler um
texto e refletir sobre um tema, o professor favorecerá que o aluno faça
4.10 Avaliar afetivamente o texto, extrapolações pertinentes, ou seja, que imagine ou crie ideias ou
fazer extrapolações. situações que podem ir além do que se apresenta no texto lido.
- Avaliar afetivamente o texto lido, Tais reflexões contribuem, também, para ele desenvolva a habilidade de
projetando o sentido do texto para apreciar a leitura e saber se posicionar diante de um determinado tema,
outras vivências, outras realidades. de forma crítica, no que se refere aos valores éticos, políticos, estéticos e
4. Leitura

ideológicos apresentados no texto lido. Apreciação e


- Avaliar afetivamente o texto lido,
Para trabalhar com essa capacidade, o professor poderá, todos os dias, exploração de
buscando outros textos do mesmo
levar um texto para ser lido: uma notícia interessante, fábulas, textos lidos.
autor, ou sobre o mesmo tema.
horóscopo, previsão do tempo, histórias, entre outros. Após a leitura,
- Fazer extrapolações pertinentes, sem incentivá-los a avaliar o tema, afetivamente: vocês gostaram do texto?
perder o texto de vista. Por que? Vocês já viveram algo parecido com o que o texto fala? Como
- Posicionar-se criticamente diante de foi? Vocês já ouviram outros textos parecidos com este? Em que eles
um texto. eram parecidos? Onde vocês encontraram esse texto? O que você
aprendeu para a sua vida, com essa história? Vocês concordam com a
postura dos personagens, ou do autor? Como podemos ajudar outras
pessoas que vivem esta situação a compreender que é necessário
buscar soluções? E outras questões pertinentes.

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Compreender e valorizar as funções sociais da escrita é uma


aprendizagem relacionada aos planos conceitual, procedimental e
atitudinal, que pode ter início desde os primeiros momentos da chegada
da criança à escola e deve continuar até o final de sua formação
estudantil. Trata-se do conhecimento da utilidade da escrita na vida
individual e coletiva e da apropriação de seus usos, de maneira
gradativa, sempre com possibilidade de ampliação e atualização.
5.1 Compreender e valorizar o uso Os alunos precisam saber que se escreve para registrar e preservar
da escrita com diferentes funções, informações e conhecimentos, para documentar compromissos, divulgar
5. Produção Escrita

em diferentes gêneros. conhecimentos e informações, para partilhar sentimentos, emoções,


vivências, para organizar rotinas coletivas e particulares. E que essas
- Reconhecer a utilidade da escrita na Compreensão
funções da escrita se realizam através de diferentes formas – os gêneros
vida individual e coletiva. e valorização
textuais –, que circulam em diferentes grupos e ambientes sociais, em
- Valorizar os diferentes usos e funções das funções I/A/C A/C /C C C
diferentes suportes ou portadores de textos, Isso pode ser feito na sala
da escrita, em diferentes contextos sociais da
de aula desde os primeiros dias do Ciclo Inicial de Alfabetização.
sociais. escrita
Ao ler em voz alta, para os alunos, histórias, notícias, propaganda,
- Selecionar e utilizar os diferentes avisos, cartas circulares para os pais, entre outros, o professor
gêneros textuais nas produções de oportunizará o desenvolvimento dessa capacidade. Ele poderá, também,
escrita. levar para a sala de aula textos escritos de diferentes gêneros, em
diversos suportes e explorar esse material com os alunos: para que
servem, a que leitores se destinam, onde se apresentam, como se
organizam, de que tratam, que tipo de linguagem utilizam; poderá
também envolver os alunos no uso da escrita em sala de aula, com
diferentes finalidades: registro da rotina do dia no quadro de giz,
anotação de decisões coletivas, pauta de organização de trabalhos,
jogos e festas coletivos, combinados, entre outros.

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O professor poderá desenvolver atividades que favorecem a percepção e


o contato do aluno com a escrita, favorecendo o letramento, tais como:
- confeccionar crachás, onde escreverão o texto já combinado
anteriormente.
- etiquetar o material da sala de aula: caixa de revistas, caixa de lápis, de
borracha, de livros;
- orientar a escrita de textos significativos para o aluno, que possibilitam
a aprendizagem do traço das letras: a princípio Caixa Alta e depois
5.2 Dispor, ordenar e organizar o Cursiva, com atenção para a organização do texto no papel: margem,
próprio texto de acordo com as sentido da esquerda para a direita, escrita até o final da linha, outros.
convenções gráficas apropriadas. - orientar para a uma escrita correta e uma letra legível.
5. Produção Escrita

- Escrever de acordo com as O professor, também, poderá orientá-los para a organização da


convenções gráficas adequadas ao produção de texto, através dos questionamentos:
gênero e ao suporte. - Para que vamos escrever?
Organização
- Escrever com letra legível. - Para quem vamos escrever? I A A/C C C
textual
- Qual o gênero textual mais adequado?
- Escrever segundo o princípio
- O que a gente vai dizer?
alfabético e com correção ortográfica.
- Como vamos começar o texto?
- Produzir textos com organização - E agora, o que vamos escrever?
temática adequada aos contextos de - Como vamos terminar o texto?
produção, circulação e recepção. Outra atividade é a história seriada, em que o professor incentivará os
alunos dizendo que trouxe uma história diferente. E que ela não será
contada através de um texto escrito, mas de desenhos. O professor
deverá apresentar uma cena por vez e explorar cada uma delas; ao
terminar, os alunos poderão dramatizá-la ou recontá-la. Numa
construção coletiva, os alunos poderão ser desafiados a serem os
escritores da história, transformando os desenhos em um livro, em que a
escrita será sempre mediada pelo professor, garantindo correção
ortográfica e legibilidade.
5.3 Planejar a escrita do texto Esta é uma capacidade em que o aluno aprenderá a planejar a escrita
considerando o tema central e seus com autonomia: escolherá o tema, o gênero textual, selecionará as
desdobramentos. informações necessárias, de acordo com o contexto de produção,
- Planejar a escrita de textos circulação e recepção do texto. Para isso, o professor deverá ser o Planejamento I/A/C A/C A/C A/C A/C
considerando o gênero escolhido, o mediador em todas as situações de produção, orientando na da escrita
suporte e o contexto de produção. organização, na seleção das informações e planejar a escrita definindo o
- Selecionar informações para a que será escrito, para que e para quem, através de qual gênero textual,
produção de um texto, considerando o considerando o destinatário, os objetivos, modos de circulação e por que;

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1º 2º 3º 4º 5º

gênero textual e suas especificações. e se, nesse momento, será com ajuda de escriba.
- Definir previamente a organização Outra habilidade que poderá garantir o desenvolvimento dessa
temática adequada aos contextos de capacidade é saber organizar as ideias do tema, no texto, levando em
produção, circulação e recepção do consideração o gênero textual definido.
texto a ser produzido. Atividades que envolvem trabalhos em grupo contribuem para esse
trabalho. O professor, junto com os alunos, escolherá o tema do texto.
Para o planejamento da escrita, dividir a turma em grupos. Um grupo
planeja o que escrever; outro, para que; outro para quem; o terceiro
grupo define o gênero, e assim sucessivamente. A partir dessas
informações, o professor orienta uma produção coletiva.
Se os alunos ainda não conhecem o gênero textual com o qual o
professor quer iniciar uma produção de texto, em primeiro lugar, será
necessário perguntar como eles acham que se deve organizar o texto.
Poderá explicar sua estrutura organizacional e características, sua
função e finalidade, os elementos que o compõem, entre outros,
5. Produção Escrita

conforme a demanda. Utilizar de várias situações reais para promover o


5.4 Organizar os próprios textos, conhecimento do gênero e a construção de textual coletiva: convites,
segundo os padrões de composição cartazes, reportagens, relatórios.
usuais na sociedade. Os alunos deverão ter a oportunidade de manusear as várias Gêneros e I/A/C A/C A/C C C
- Conhecer os padrões composicionais formatações do gênero textual a ser estudado. Se for uma carta, eles suportes
dos gêneros e suportes textuais. poderão comparar vários tipos, analisando as diferenças.
O planejamento para a produção de texto deverá ser feita, com
questionamentos, como: o que, para que, para quem, qual o gênero,
outros. Se for uma carta, ela se compõe de data, endereçamento,
vocativo, abertura, corpo, fechamento e assinatura. Esses padrões são
pontos de referência, não formas fixas, obrigatórias: comportam alguma
flexibilidade e podem se adaptar às circunstâncias especificas de uso e
mudam com o tempo.
5.5 Usar a variedade linguística Ser capaz de fazer uso da variedade linguística apropriada é reconhecer
apropriada à situação de produção e as variedades da fala e também da escrita, que se apresentam
de circulação. diversificadas, dependendo de quem se fala ou em qual região. É saber
- Selecionar vocabulário diversificado e escolher as palavras e expressões a serem escritas ou faladas em cada
Produção e
adequado ao gênero e às finalidades tipo de situação. O aluno deverá compreender que se pode contar uma I/A A/C A/C C C
circulação
propostas. notícia para um amigo de forma coloquial, familiar. Porém, ao redigir esta
mesma notícia para ser publicada no jornal da escola, deverá usar outro
tipo de vocabulário e outra estruturação gramatical.

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1º 2º 3º 4º 5º

O professor poderá trabalhar com o baú de textos. Proporcionar aos


alunos manusear os tipos de gêneros textuais, identificando todos os
elementos que os compõem comparando as linguagens utilizadas. Ler
um dos textos para a turma e questionar: tipo de linguagem, por que o
autor a escolheu; se são utilizadas frases curtas ou longas e se são
coerentes com a linguagem; se o texto contém gírias e por que; como
estão colocadas as expressões de tratamento, se for o caso; se se utiliza
de metáforas; tipo de concordâncias verbais e nominais, tempos dos
verbos, entre outros.
Caberá ao professor oportunizar que o aluno se familiarize com
diferentes variedades e estilos. Para isso, ele poderá fazer leituras de
textos de gêneros diversos, com entonação e utilizando dos recursos
estilísticos. O aluno, ao ouvir o professor, perceberá a estruturação do
texto. De forma paralela, o professor apresentará exemplos, nos textos
lidos, e orientará o emprego de recursos específicos, ao produzirem
textos.
5.6 Usar recursos expressivos Usar recursos expressivos é atender aos objetivos de produzir
adequados ao gênero e aos encantamento, comover, fazer rir. Caberá ao professor levantar um
objetivos do texto. acervo de textos que apresentam tais recursos. Poderá trabalhar com o
gênero textual “propaganda”, pedindo aos alunos que indiquem os Recursos
- Identificar, em textos diversos,
recursos utilizados para seduzir as pessoas e convencê-las a comprar o expressivos,
recursos de estilo ou literários, I/A A/C A/C C C
produto; em uma revista em quadrinhos, os recursos para fazer o leitor estilísticos e
utilizados pelo autor.
achar graça; em uma história, os recursos utilizados para comover o literários
5. Produção Escrita

- Utilizar recursos de estilo ou leitor; em um cartaz sobre meio ambiente, os recursos utilizados para
literários, adequados ao gênero e aos convencer o leitor a cuidar melhor da natureza; em sarais de poesias, os
objetivos do texto, ao produzir textos. recursos literários de encantamento e de comoção, entre outros.
5.7 Revisar e reelaborar a própria Esta capacidade se desenvolve quando o aluno tem a oportunidade de
escrita, segundo critérios revisar sua produção, relendo cuidadosamente; assim, também, quando
adequados aos objetivos, ao ele pode avaliar sua produção e reelabora-la, caso necessário. Ao avaliar
destinatário e ao contexto de a utilização das convenções gráficas, ele deverá verificar a correção
circulação. ortográfica, a estruturação das frases, a pertinência do vocabulário, a Revisão e
disposição da escrita no papel, entre outros. reelaboração I A A/C A/C C
Todas as situações de escrita em sala de aula podem ser utilizadas, textual
- Avaliar a adequação do texto aos como a escrita do crachá com o nome; a escrita de textos, palavras,
objetivos, ao destinatário, ao modo e frases, parlendas, poesias, produção de listas, entre outras. Após uma
ao contexto de circulação. produção de texto, os alunos poderão ser levados a uma atitude
- Avaliar a utilização adequada das reflexiva: o que eu escrevi está grafado corretamente? A letra está
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convenções gráficas. legível, com traços corretos e de tamanho adequado? A disposição, no


- Avaliar a coerência textual. papel, está adequada?
- Avaliar a estrutura composicional e
os recursos expressivos. Em um texto coletivo, o professor poderá ser o escriba, retomando as
partes já escritas e planejando, junto com os alunos, os trechos
seguintes.
Para desenvolver essa capacidade, o aluno deverá ser capaz de ler com
fluência e compreender o texto lido.
O professor poderá favorecer o contato do aluno com os vários tipos de
resumo disponíveis na sociedade, identificando e discutindo, com eles,
5. Produção Escrita

5.8 Produzir resumos de textos as diferenças e semelhanças e as características próprias, como o uso
lidos. da 3ª pessoa, a indicação dos autores, a fidelidade ao texto original,
- Ler com fluência e compreensão. entre outros.
O professor poderá orientar uma leitura atenta do texto original,
- Conhecer o gênero textual “resumo”. Síntese. I A A/C A/C
garantindo a compreensão por parte dos alunos. Pedir a eles que
- Identificar as características do sublinhem as ideias principais. A partir desse momento, ajudar os alunos
gênero textual “resumo”. a estruturar o resumo, suprimindo ou substituindo palavras ou frases,
- Avaliar a produção do resumo. sempre respeitando a ordem das ideias.
Uma atividade que contribui para o desenvolvimento dessa capacidade
é, ao final de cada aula, convidar um aluno a dizer, de forma resumida, o
que aconteceu durante a aula de determinado componente curricular.

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Todas as situações em sala de aula favorecem a interação e poderão


garantir a participação ativa do aluno, que poderá questionar, sugerir e
argumentar, para defender suas ideias, de forma consciente, sabendo
respeitar e ouvir também os colegas, se preparando para as regras de
convivência sociais. Para desenvolver a capacidade de ouvir com
atenção e compreensão, o professor poderá desenvolver atividades e
6.1 Participar das interações
brincadeiras, tais como:
cotidianas em sala de aula.
6. Desenvolvimento da oralidade

- telefone sem fio;


- Ouvir com atenção e compreensão. - ouvir música e bater palmas em determinada parte dela;
- Participar das interações orais em - cochicho, em que a professora fala alguma coisa com a turma,
sala de aula. diminuindo cada vez mais o tom de sua voz e a turma tem de repetir o
que ela disse;
- Dar respostas, opiniões e sugestões - ao trabalhar com cálculos orais da matemática, o professor bate com o
pertinentes às discussões abertas em lápis na mesa duas vezes e os alunos contam, silenciosamente. Discurso oral I/A/C A/C C C C
sala de aula, falando de modo a ser Pergunta: todos contaram? Agora vou bater mais. Bate três vezes e
entendidos, respeitando os colegas e o pergunta: Contaram? Agora respondam: quantas batidas eu dei ao todo?
professor e aguardando sua vez de Pode-se deixar que um aluno dê as batidas e os outros contem e façam
falar. a operação.
- Saber interagir verbalmente segundo - promover disputas dividindo a turma em dois grupos. Um aluno do
as regras de convivência dos grupo adversário dá as batidas e o outro faz a operação mental. Ganha o
diferentes ambientes e instituições. ponto, quem responder corretamente.
Também caberá ao professor ensinar os alunos a ouvir e emitir opiniões
sobre as diversas situações do dia a dia: como organizar a sala; onde
colocar um cartaz; como escrever as fichas com os nomes deles; relato
das atividades dos alunos durante o recreio ou sobre a merenda.
Ao final da aula, o professor poderá fazer uma avaliação das atividades
do dia, dando voz e vez a todos.

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6.2 Respeitar a diversidade das Esta capacidade desenvolverá, no aluno, a consciência de que é preciso
formas de expressão oral reconhecer e identificar as variedades linguísticas, respeitando a forma
manifestas por colegas, de falar de cada um e exigindo respeito também à sua própria maneira
6. Desenvolvimento da oralidade

professores e funcionários da de falar. Respeitar a diversidade linguística é aceitar as diferenças


escola, bem como por pessoas da culturais, regionais, de faixa etária, de gênero, dentre outras.
comunidade extraescolar. O professor poderá levar para a sala de ala revistas em quadrinhos da
- Compreender e valorizar a Turma da Mônica, pedindo aos alunos que observem as formas de falar
colaboração da família e comunidade, do Cebolinha e do Chico Bento, e como os outros personagens tratam
no processo de aprendizagem das essas diferenças de formas de expressão. As rodas de conversa também Características
contribuem para esse trabalho, ao permitir a discussão sobre as variadas I/A/C A/C C C C
formas de expressão oral das pessoas. do texto oral
maneiras das pessoas falarem: crianças, velhos, adultos, jovens,
- Identificar marcas das variedades adolescentes, entre outros; o uso de gírias e expressões regionais.
regionais, sociais e de faixa etária, na
fala das pessoas.
- Respeitar a diversidade linguística
relacionada às diferenças culturais,
regionais, sociais, de faixa etária, de
gênero, dentre outras.
6.3 Usar a língua falada em O professor desenvolverá essa capacidade, ao pedir aos alunos que
diferentes situações escolares, deem um recado ao Diretor ou a um colega de outra turma ou peça a ele
buscando empregar a variedade que busque alguma informação a alguém da escola, mostrando como
linguística adequada. planejar a fala.
- Saber adequar o modo de falar às Ele poderá planejar, junto com os alunos, a dramatização de situações,
O texto oral
circunstâncias da interlocução. nas quais o aluno precisará empregar a variedade linguística: conversa
como prática I A A/C C C
- Narrar casos e histórias da cultura entre amigos, entre o diretor e a professora, médico e paciente, padre e
discursiva
popular, adequando a fala às ou pastor e fiéis, mães e filhos, cidadãos e autoridades, etc.
circunstâncias de comunicação.
- Saber transmitir recados e avisos,
oralmente, com coerência e
objetividade.

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O aluno precisa compreender a mensagem veiculada em textos de


jornais de TV e rádio, entrevistas e declarações, para reproduzi-los
oralmente, quando solicitado.
Para desenvolver essa capacidade, o professor poderá:
- contar pequenas histórias e, em seguida, orientar sua dramatização;
6. Desenvolvimento da oralidade

6.4 Realizar com pertinência tarefas - dispor tampinhas de refrigerante na mesa e, num trabalho
cujo desenvolvimento dependa de interdisciplinar com o componente curricular de Matemática, pedir a cada
escuta atenta e compreensão. aluno que pegue a quantidade de objetos que corresponde à quantidade
de batidas que der com o lápis.
- Saber ouvir e compreender os
- ao trabalhar “Esquema Corporal e Lateralidade”, no componente
diversos gêneros da oralidade. curricular de Ciências, o professor poderá jogar, com os alunos, o Jogo Escuta e
I I/A A/C C C
do “Quem escuta bem?”, em que ele planeja algumas ações que os compreensão
- Executar tarefas que dependam da alunos terão que executar: ele poderá dividir a turma em dois grupos;
escuta atenta de orientações, para sua chamará o representante de um grupo, pedindo a execução de uma
realização. ação: por exemplo, que ele vá até a porta e olhe para a direita. Em
sequência, o professor acrescenta mais uma tarefa: “Vá até a porta, olhe
para a direita, vire-se para a esquerda”. E assim sucessivamente.
- a cada final de aula, convidar um aluno a contar para a turma algo que
foi estudado durante o dia.
- brincar de ouvir também é uma forma de trabalhar com esta
capacidade: o professor poderá pedir que todos fiquem em silêncio,
ouvindo os barulhos da sala, da escola, da rua, etc.
O professor, ao oportunizar ao aluno o planejamento de sua fala, ou seja,
6.5 Produzir textos orais de
que tipo de linguagem vai empregar, qual o tom de voz, a forma como vai
diferentes gêneros, com diferentes
falar, vai contribuir para o desenvolvimento dessa capacidade. Todas as
propósitos.
situações de fala, na escola, precisam ser valorizadas, para que o aluno
- Reconhecer a existência de diversos
perceba que em algumas situações, a fala precisa ser planejada.
textos orais, assim como suas
O professor poderá solicitar que o aluno vá a outras salas de aula dar
finalidades e características.
uma informação ou anunciar algo para os outros alunos; fazer uma Discursividade I I/A A/C C C
- Planejar a fala em situações formais.
entrevista com a Especialista para conhecer o seu trabalho, homenagear
- Produzir, coletiva ou oralmente,
o Diretor em uma data especial, planejar um agradecimento a alguém,
textos orais de diferentes gêneros,
preparar a fala para uma visita ao Prefeito da cidade, entre outras.
com diferentes propósitos, sobretudo
Diversos gêneros textuais poderão ser utilizados para esse trabalho,
os mais formais, comuns em
como entrevista, notícia, propaganda, relato de experiências orais,
instâncias.
debate, dentre outros.

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