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ANHANGUERA DE CAMPINAS - CAMPUS OURO VERDE

FACULDADE DE FARMÁCIA

ALEX DE LIMA
RA: 382010012014

Relatório do Estágio de Manipulação.

Campinas
2023
RESUMO

O estágio de Manipulação é caracterizado por diversas sub-áreas, mesmo se tratando de um setor


específico. Valoriza diversas experiências em determinadas áreas da profissão do farmacêutico, onde o
mesmo pode atuar nas diversas áreas das etapas de fabricação de um medicamento, no meu caso escolhido
foi o de “Manipulação de Sólidos”, em específico observando a tecnologia de um Secador de Leito
Fluidizado, artigo criado para a Jornada Farmacêutica 2023. Esta área se enquadra no ramo de Tecnologia
Farmacêutica, Química Orgânica, Analítica, em diversos setores da Qualidade (Controle/Garantia),
Assistência Farmacêutica, e na produção, controle e qualificação da produção de medicamentos, em suas
diversas áreas.

Palavras-chaves: Estágio, Campos de Atuação, Manipulação, Conhecimento, Atuação,


farmacêutico/a,

SUMMARY
The Fields of Practice internship is focused on preparing for the pharmaceutical
journey, and on experiences in certain areas of the pharmaceutical profession. Regarding
the journey, it is a week of lectures organized by the students, where in addition to
promoting knowledge and interaction among the other students, it also provided them
with notions of teamwork, agreement and organization. As for Fields of Action, I decided
to work in the various areas of the manufacturing stages of a drug, in the chosen case
“Solid Handling”

Fields of Action fits into the field of pharmaceutical assistance, and in the
production, control and qualification of the production of medicines, in its various areas
and related to the journey, promoting information, through campaigns, extension projects
and lectures; During this week, I, along with the other organizers, aimed to share
information about the field of action of future pharmacists, promoting knowledge and
interaction through dynamic lectures. I had the opportunity to speak at one of the
presentations, and it was very rewarding for my professional future.

During the report, the means by which we obtain speakers, gifts and coffee breaks
will be explained, as well as the sectors of the Fields of Action of the Manipulation sector.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4
2. OBJETIVOS ............................................................................................................. 4
3. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 4
3.1 JORNADA FARMACEUTICA ............................. Erro! Indicador não definido.
3.1.1 PALESTRAS:...................................................... Erro! Indicador não definido.
3.2 CAMPOS DE ATUAÇÃO ..................................... Erro! Indicador não definido.
3.2.1 GRANULAÇÃO ................................................................................................. 4
3.2.2 MISTURA ........................................................................................................... 6
3.2.3 COMPRESSÃO .................................................................................................. 6
3.2.4 REVESTIMENTO .............................................................................................. 7
3.2.5 DRAGEAMENTO .............................................................................................. 8
4. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 8
5. REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 9
6. ANEXOS ................................................................................................................ 10
6.1 JORNADA FARMACEUTICA ........................ Erro! Indicador não definido.
6.2 CAMPOS DE ATUAÇÃO ................................ Erro! Indicador não definido.
1. INTRODUÇÃO
As diversas etapas de fabricação de um medicamento atingem diversos setores,
que podem ser estudados individualmente, direcionados em fases do desenvolvimento da
criação da forma farmacêutica, como Granulação (Úmida e a Seco), Mistura, Compressão,
Revestimento ou Drageamento, e todas as etapas de validação do processo pertinentes a
campanhas de tempo de uso, de limpeza, e de equipamento móvel para que a fabricação
destes seja realizada com sucesso, sem riscos de que a fabricação do medicamento
possuam desvios para o cliente final (paciente).
Já na jornada farmacêutica é um projeto da fac4, que visa um tempo de estudo
diferente com seus alunos, por meio dela é possível conhecer profissionais do ramo de
farmácia, abrir os horizontes para novas possibilidades, além de promover conhecimento.

2. OBJETIVOS
O objetivo é transmitir conhecimento para a comunidade de farmacêuticos, de
vários modos, no entanto o objetivo se estende e abrange trabalho em grupo, organização,
relacionamento interpessoal, responsabilidade, solução de problemas, comunicação,
estudo, estratégia e responsabilidade, transmitindo conhecimento e despertando evolução,
buscando farmacêuticos de diferentes áreas para mostrar a versatilidade da função. Foram
abordadas diversas oportunidades de melhoria contínua nos processos dos diversos
setores envolvidos.

3. DESENVOLVIMENTO

3.1 GRANULAÇÃO

Granulados podem representar um produto intermediário decisivo na elaboração


de formas farmacêuticas sólidas. O conhecimento das características ligadas às diversas
metodologias de produção constitui, portanto, fator necessário no momento de escolha da
técnica a ser empregada. Descrevo aqui os métodos de granulação acompanhados,
abordando também os princípios de formação e as propriedades dos produtos.

A granulação tem por objetivo transformar partículas de pós cristalinos ou


amorfos em agregados sólidos de resistência e porosidade variadas. Em comparação a
uma simples mistura de pós, o granulado apresenta algumas vantagens:

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*melhor conservação da homogeneidade de distribuição dos componentes e das fases
granulométricas;
*maior densidade;
*facilidade superior de escoamento;
*maior reprodutibilidade em medições volumétricas;
*maior compressibilidade;
*resistência mecânica superior (LE HIR, 1997).
O granulado ideal deve apresentar forma e cor as mais regulares possíveis, estreito grau
de distribuição granulométrica, menos que 10 % de partículas primárias livres ou
aglomerados de baixa granulometria, boa fluidez, suficiente resistência mecânica,
determinado grau de umidade, não inferior a 3 %, e solubilidade em água ou fluidos
biológicos. Estas características, assim como a forma e textura da superfície e a
porosidade, são influenciadas pelos constituintes da formulação e pelas metodologias e
equipamentos empregados (VOIGT e FAHR, 2000).
As metodologias de granulação podem ser classificadas quanto aos passos tecnológicos
ou quanto ao agente de aglutinação (tab. 1) (BAUER et al., 1999). No primeiro caso,
considera-se a formação ou não de um produto intermediário agregado. A granulação por
desagregação conduz a obtenção de uma massa que será dividida em granulados,
enquanto a granulação por agregação leva a formação do granulado diretamente a partir
da mistura de pós (fig. 1).

Figura 1. Esquema geral da granulação (PETROVICK, 2000)

A Granulação por via seca o agente efetor é a pressão, que origina uma densificação do
leito pulvéreo. Na granulação, a rigidez ou coesividade é representada pela resistência
mecânica dos grânulos e traduz a intensidade e a efetividade das forças coesivas no seu

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interior. Estas forças podem ser ativas, agindo durante a compactação contribuindo para
o processamento, ou residuais, que atuam na manutenção da forma após a cessão da força
de compactação.
Já na granulação por via úmida convencional, o líquido de umedecimento, mais
usualmente a água ou outros solventes orgânicos voláteis, isolados ou contendo
substâncias aglutinantes, é adicionado à mistura pulvérea em misturadores ou
malaxadores, devendo promover dissolução apenas parcial de um ou mais constituintes
da mistura de pós. A substância aglutinante pode ser adicionada à mistura de pós à seco,
ou dispersa num solvente. Ao avaliarem comparativamente os dois métodos, D’ALONZO
e col. (1990) constataram uma forte correlação linear positiva entre o tamanho do grânulo
de celulose microcristalina e a concentração de povidona, como aglutinante, quando o
mesmo foi previamente misturado à celulose microcristalina, antes do umedecimento, e
associaram a maior formação e crescimento dos grânulos à resistência mecânica exercida
pela pá de agitação durante a adição de água, como líquido de granulação.

3.2 MISTURA
Após a granulação adicionam-se lubrificantes que impedem a aderência de pós nos
punções da compressora e aglutinantes que aglutinam os grânulos para a formação do
comprimido. Prossegue-se com a compressão que pode ser realizada sem que haja a
granulação a seco e a úmido. Sendo um processo mais moderno, baseia-se na utilização
de adjuvantes que permitem a compressão direta de uma mistura de pós (FERRAZ, 2017;
LEITE, 2014).

3.3 COMPRESSÃO
A compressão inicia-se com a alimentação do material na câmara de compressão na qual
o peso e dureza do comprimido dependem da força e do volume da câmara de
compressão, sendo essa o espaço formado pela matriz e pelo punção inferior (a coesão do
material e a pressão exercida influenciam essa etapa). O comprimido é ejetado pelo
movimento ascendente da punção inferior e o sucesso dessa etapa é relacionado com a
ausência de propriedades abrasivas. As máquinas de compressão podem ser excêntricas
que apresentam uma matriz e um par de punções e são utilizadas em escala piloto, ou
máquinas rotativas que apresentam várias matrizes e jogos de punçoes e são utilizadas
em larga escala. A configuração errônea dessas máquinas como existência de folgas entre

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a matriz e os punções, absorção de umidade durante a compressão, emprego de punções
e matrizes riscados e lubrificantes insuficientes pode gerar comprimidos com
irregularidades (LEITE, 2014).
Os parâmetros das operações unitárias descritas devem ser ajustados para cada tipo de
formulação sólida em busca da otimização do processo e qualidade do produto final.
Geralmente esse refinamento se dá em pequena escala e não é necessariamente
reproduzido na planta industrial uma vez que as formulações otimizadas em escala de
bancada apresentam alterações em suas propriedades físicas quando produzidas em escala
industrial.

3.4 REVESTIMENTO
A utilização de revestimentos por película em comprimidos é caracterizada pela
deposição de uma camada de fina espessura contendo polímeros. O revestimento é
aplicado sobre o núcleo em forma líquida, pulverizado por spray. Durante a etapa de
secagem, sob condições controladas, ocorre a evaporação do diluente do polímero. A
película tem como objetivos melhorar a estabilidade do princípio ativo por oferecer
proteção contra agentes externos, como ar, umidade e luz; mascarar sabor e odor
desagradáveis; oferecer textura lisa, facilitando a administração do medicamento;
melhorar a aparência do comprimido; possibilitar uma rápida identificação do produto
por parte do fabricante, dispensador e paciente, através da utilização de diferentes agentes
de coloração; proporcionar maior resistência mecânica ao comprimido e assim facilitar o
acondicionamento automático e minimizar a chance de contaminação cruzada por
resíduos de pó por esfarelamento; melhorar a robustez do produto, uma vez que
comprimidos revestidos são mais resistentes ao manuseio indevido (abrasão e atrito);
desenvolver medicamentos de liberação modificada e entérica. A película é obtida pela
dissolução ou dispersão de um polímero em solvente apropriado, que é pulverizado na
forma de uma névoa fina sobre o núcleo, seguindo-se fenômenos físico-químicos até a
formação do revestimento, como mostra a Figura 2.

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Figura 2 - Desenho esquemático do processo de revestimento de comprimidos
por película

3.5 DRAGEAMENTO

As drágeas são comprimidos, só que revestidos com camadas isolantes como


xarope de açúcar e goma de laca. As drágeas têm aspecto liso, brilhante e são fáceis de
engolir. São utilizadas quando a substância ativa do medicamento não resiste a condições
do ambiente ou se deteriora se não for protegida. É o caso, por exemplo, de substâncias
que absorvem água ou que se degradam com umidade, calor e luz. Remédios que devem
ser absorvidos pelo intestino também contêm tal “forma farmacêutica” protegendo-se,
assim, da assimilação estomacal.
As drágeas também são conhecidas como “comprimidos de liberação
prolongada”, capazes de controlar a velocidade com a qual o comprimido se dissolve no
corpo humano e atinge a corrente sanguínea. Elas são úteis pois aumentam a adesão do
paciente ao tratamento, visto que podem dispensar a necessidade do consumo de vários
comprimidos ao dia.

4. CONCLUSÃO

Adquiri diversos conhecimentos nos diversos setores pesquisados, pois fui


auxiliado por departamentos como Garantia da Qualidade, Farmacotécnica, Validação de
Equipamentos, Sistemas e Documentação Técnica.
Atualmente a indústria farmacêutica apresenta várias dificuldades tais como a
obtenção de comprimidos que sofrem os efeitos capping, picking e sticking e dificuldades
nos processos de scale up e compressão. Como oportunidade para fortalecer o

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conhecimento sobre as fragilidades que possam evitar e/ou saber lidar com os problemas
e avaliar se a substituição de insumos de funcionalidades semelhantes e características
físicas diferentes afetaria o processo de fabricação de comprimidos, esse trabalho
apresenta uma demonstração dos diversos setores do comportamento de pré-misturas
formuladas com adjuvantes farmacêuticos baseada nos princípios de materiais
particulados, para que se possam avaliar futuros projetos voltados a melhoria contínua do
processo.

5. REFERÊNCIAS

Normas ABNT 2023 – pré-textuais, textuais e pós-textuais


https://www.normasabnt.org/normas-abnt-2023/ <acessado em 19 de fevereiro de 2023>.
Como fazer um Relatório Científico: 8 passos, ABNT e modelo de exemplo. Disponível
em: https://projetoacademico.com.br/relatorio-cientifico/#2_Introducao <acessado em 19
de fevereiro de 2023>.
Referência autoral
ALENCAR, J., R., B.; SOUZA, M., B. Monitoramento da produção de formas
farmacêuticas sólidas usando técnica híbrida de modelagem neural e controle
estatístico de processo. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. v.89, nº4. São
Paulo, 2008. Disponível em: <
http://www.rbfarma.org.br/files/pag_279a289_monitoramento.pdfs> Acesso em: out.
2017.
BERNARDES, L. A Granulação de Materiais. GranTec - Tecnologias Para
Homogeneização e Granulação de Materiais. São Paulo, 2006.
DIAS, V., H., R. Produção de granulados em leito fluidizado de acordo com uma
concepção experimental. Trabalho de Mestrado, Faculdade de Lisboa, 2007. Disponível
em: < http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/251/1/3674_Tese_final.pdf> Acesso em:
set. 2018.
FERRAZ, G., H. Formas farmacêuticas sólidas: comprimidos e comprimidos
revestidos. FCF/USP. São Paulo, 2017. Disponível em: <
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3500709/mod_resource/content/0/Comprimido
s%20 e%20comprimidos%20revestidos.pdf> Acesso em: out. 2017.
LABASTIE, M. Considerações sobre pré-misturas de pós farmacêuticos. Revista
Brasileira De Farmácia, 76(3): 82-88, INCQS, Fundação Oswaldo Cruz, 1995.
PAULA, I., C.; RIBEIRO,J., L., D. Problemas de scaling up no desenvolvimento de
produtos farmacêuticos em empresas brasileiras. Produto & Produção. Vol.5, n. 3, p.
17-32. 2001.

9
SILVA, D. C. Ensaios físicos dos excipientes e avaliação das farmacopeias.
Monografia de Pós-Graduação. Instituto de Tecnologia de Fármacos –
Farmanguinhos/FIOCRUZ. Rio de Janeiro. 2013.

https://repositorio-api.fei.edu.br/server/api/core/bitstreams/fe58b1b7-4702-4855-a06a-
eb1229bef249/content

https://lume.ufrgs.br/handle/10183/19356

https://revistas.ufg.br/REF/article/download/25567/17126/135154

https://www.isaude.com.br/noticias/detalhe/noticia/drageas-comprimidos-e-capsulas/

6. ANEXOS

SETOR DE GRANULAÇÃO

SETOR DE MISTURA

SETOR DE COMPRESSÃO

SETOR DE DRAGEAMENTO/REVESTIMENTO

BANNER da Jornada Farmaceutica

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