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Tutoria Direito Processual Penal

Ma lde Braz Teixeira

Sujeitos Processuais

Arguido

Pessoa que é formalmente cons tuída como sujeito processual e rela vamente a quem
corre processo como eventual responsável pelo crime que cons tui objeto do
processo. 57º, 59º, 1º/1e), 61º CPP
A cons tuição de arguido opera mediante comunicação feita ao visado por uma
autoridade judiciária ou OPC (58/2º)
Não confundir com suspeito

O suspeito não é um sujeito processual, faltando-lhe


Cons tuição de Arguido os poderes picos dos SP, de conformação concreta
do processo, dado que não pode intervir a vamente
 É obrigatória nos termos do 59º
no processo nem deduzir RAI
o Feita pela autoridade
judiciária ou OPC Goza de proteção conferida pelo 59º e as suas
competente para o ato garan as estão asseguradas.
o Tem sempre lugar mediante
comunicação.
 Suspeito tem direito a pedir para ser cons tuído arguido (59/2)
 Desde que haja fundada suspeita da prá ca de um crime por uma pessoa, ela
deve ser cons tuída arguida.
 Surge no processo para exercer um direito
 Arguido assume-se como tal de forma obrigatória (58º, 59º); com a acusação ou
RAI assistente.
 A falta de cons tuição, quando devida, é mera irregularidade, 118º/2; 123º/2

Direitos e Deveres do Arguido

 60º e 61º. A enumeração do 61º não é exaus va.


 Todos os direitos do 61/1 reconduzem-se ao direito de defesa
 Todos os deveres do 61/3 são deveres especiais a quem fica sujeito desde a sua
cons tuição
 O 32/2 CRP garante ao arguido a presunção de inocência (direito fundamental).
 Arguido tem de ser informado e esclarecido dos seus direitos (141/4) e
garan ndo-lhe a presença de defensor (64/1a)
 Arguido deve ser sujeito a interrogatório judicial, caso se jus fique medida de
coação. Se não jus ficar, é interrogatório não judicial
 OPC não podem interrogar antes do 1º interrogatório e não podem interrogar
em liberdade (144º)
Tutoria Direito Processual Penal
Ma lde Braz Teixeira

Defensor

O Direito ao defensor é uma garan a de defesa do arguido (32º/3 CRP)

 Enquanto sujeito processual é um elemento essencial à administração da


jus ça, na medida em que é do interesse da jus ça que a defesa seja eficaz
(208º CRP)
 É o sujeito processual através do qual (ou com auxílio do qual) pode, e nalguns
casos deve, ser exercida a função defensiva do arguido.
 A defesa oficiosa é de interesse público, estando o defensor obrigado a cumprir
os deveres deontológicos dos advogados.
 Ar go 64º refere os casos obrigatórios de assistência do defensor.

A a vidade de defesa é a atuação processual que tem por fim favorecer o arguido.


 Defesa formal: defesa a cargo do próprio arguido e defensor
 Defesa material: abrange a a vidade do próprio tribunal enquanto dirigida à
realização da jus ça mediante a comprovação da inocência do arguido ou a
aplicação de regras jurídicas rela vamente à exigência de uma prova qualificada
para condenação e dos elementos privilegiados de defesa.

Estatuto do Defensor

 O defensor assiste o arguido, como garante ou consultor, à defesa pessoal,


representa-o nos casos em que a defesa não tem carater pessoal e atua como
órgão da jus ça para que também se deva defender o arguido, respeitando as
exigências da jus ça.
 É órgão de administração da jus ça
 Colabora com o tribunal na descoberta da verdade, mas atuando
exclusivamente em favor do arguido
 Presta ao arguido o mais completo e esclarecedor conselho de que for capaz
 Um arguido que seja advogado, deve ser defendido por advogado que não ele
(Acórdão TC 578/2001)

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