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Brincadeira do chapéu

Uma canção de roda, com a qual podemos intensificar a interação entre


as crianças, é a brincadeira do chapéu. Sugestão de canção: “Fui à Bahia
buscar meu chapéu …” Esta é uma atividade em que há necessidade de
contato entre as crianças. Trata-se de uma canção de roda em que entre
todos os membros do grupo, uma criança recebe um chapéu na cabeça, e
que deve passar o chapéu para o próximo da roda, escolhendo
aleatoriamente entre os colegas aquele que ficará com o chapéu. Antes de
iniciar qualquer atividade, explique bem às crianças como a brincadeira irá se
desenrolar. Depois inicie a brincadeira, interrompendo, quando necessário,
para corrigir eventuais falhas.
Nessa atividade, além de cantar e dançar na rodinha, as crianças
precisam estar atentas ao momento certo de passar o chapéu. Isso leva a um
verdadeiro exercício de harmonia e respeito ao outro e ao grupo. Todos
precisam participar para a brincadeira dar certo, e todos têm de respeitar a
hora de cada um fazer sua parte. Antes, todos tinham de bater pés ou palmas
no momento certo. Agora terão de respeitar a vez do outro, esperar a sua
própria vez, fazer a ação na hora certa. Com isso, estamos trabalhando o
contato e a socialização.
Não há dúvidas de que as canções de roda são uma das melhores
formas de iniciar e desenvolver o processo de musicalização de seus alunos.

Musicalização infantil - atividades rítmicas com instrumentos

Usando o tambor e o chocalho


O tambor é talvez o instrumento musical mais primitivo. Tem a ver com
o ritmo de qualquer música, mas também está associado à comunicação entre
as pessoas. Lembre-se de que os indígenas africanos se comunicam à
distância por tambores. Da mesma forma, o chocalho é outro instrumento de
percussão muito importante. Em nossa atividade, vamos fazer as duas coisas:
marcar o ritmo e nos comunicar usando o tambor e o chocalho.
Quanto ao tambor, você pode improvisá-lo com um balde, uma caixa de
papelão, ou mesmo confeccionar com sucata o seu próprio tambor. Já o
chocalho pode ser feito com uma lata de refrigerante cheia de pedrinhas ou
grãos de milho. Ou ainda um potinho plástico de iogurte, ou garrafa plástica
de bebida láctea. Enfim, use a criatividade para fazer seus instrumentos de
percussão usando sucata, aproveitando para reciclar o que seria descartado
como lixo.
Confeccionados os instrumentos de percussão, você poderá combinar
o tambor e o chocalho para fazer diversas atividades interessantes, e,
principalmente, utilizá-los na percussão em atividades de musicalização.

Tambor x Palmas

Nesta atividade você tocará compassos no tambor e pedirá para as


crianças repetirem os mesmos pulsos, na mesma velocidade, batendo
palmas. Primeiro, explique a atividade com toda a calma, certificando-se de
que todos entenderam o exercício. Depois, comece a praticar, como se
estivesse ensaiando. Toque os compassos, ouça o resultado e, se necessário,
faça as devidas orientações.
A seguir, você tornará a atividade um pouco mais complexa. Oriente as
crianças para que batam palmas, quando você bater no bumbo, e batam os
pés no chão, quando você bater a baqueta na lateral do bumbo. São dois
sons bastante diferentes, fáceis de serem intercalados.

Chocalho
Como a brincadeira do bumbo, esta é uma atividade para trabalhar a
concentração e a percepção. Você distribuirá chocalhos artesanais para todos
os alunos. Depois irá orientá-los da seguinte maneira: o professor tocará o
tambor, dando batidas seguidas, sendo que uma delas será mais forte; já os
alunos tocarão o chocalho toda vez que o professor bater mais forte.
Mais uma vez, oriente, ensaie e corrija os erros, e, depois, inicie a
atividade, de maneira simples no começo, tornando-a mais complexa com o
tempo.

Musicalização infantil - atividades lúdicas

Inicialmente, vamos definir as atividades lúdicas como sendo aquelas


desenvolvidas por meio de jogos e brincadeiras. São atividades que
normalmente são muito bem recebidas pelas crianças, e trazem resultados
fantásticos em termos de envolvimento. Uma das brincadeiras pode ser feita
com cones de plástico, que são sucatas de confecções. Esta é uma atividade
em que a criatividade e a improvisação se mostram como fatores
fundamentais para o trabalho de musicalização.

Brincadeira com cones plásticos


Distribua um cone de plástico para cada criança, e passe a orientá-las
sobre o que fazer com os cones. Primeira peça para que batam o cone em pé
sobre a mesa uma vez, prestando atenção no ruído produzido. Repita isso
várias vezes, e peça para que cada aluno descreva o que ouviu. Depois peça
para que o cone seja batido de cabeça para baixo, o que vai alterar
completamente o som emitido. Novamente, pergunte o que a turma ouviu,
ajudando nessa descrição.
A seguir, peça para que todos virem o cone de lado, e novamente
batam sobre a mesa. Comente com as crianças suas impressões: “Vocês
notaram que o barulho tem hora que é grosso e tem hora que é mais fino?
Vamos repetir batendo em cada posição.”
Após a repetição, confirme com cada criança o que foi que ouviu e
solicite novos comentários. Depois disso, oriente as crianças a colocarem o
cone no ouvido, como se fosse um fone, com a parte mais fina voltada para o
ouvido, e pergunte o que estão ouvindo. Ouça os comentários e incentive
todos os alunos a falarem. Tente ajudá-los a perceber que o som é
amplificado.
Os cones podem ser usados para se perceber variações do som,
grave, agudo, alto, baixo, entre outros. No entanto, o professor deve participar
das brincadeiras, como no caso dos cones, não apenas demonstrando para
as crianças, mas também brincando junto.
O próximo passo é utilizar o cone como se fosse um microfone, com a
parte mais fina virada para a boca. Peça para as crianças falarem ou emitirem
ruídos com a boca e espere as reações. Motive-os a comentar a experiência.
Faça comentários como: “O que houve com sua voz? ” Parece que a voz da
gente aumentou de volume também né? Vocês viram que, tanto no ouvido
como na boca, ele parece que aumenta o volume do som.”

Uma música para o cone

Você pode terminar a atividade dos cones cantando a canção do cone,


que incentiva as crianças a imaginarem e utilizarem o cone de diferentes
maneiras. No entanto, certifique-se de que cada criança estará com seu
próprio cone. Explique para as crianças que será tocada uma música e que
elas irão fazer com o cone o que a letra da música está sugerindo: “Vai virar
um chapéu, um violão, um microfone,...”
Repita a canção, uma ou duas vezes, em uma única aula, e toda a
brincadeira, mais duas ou três vezes, em outras aulas. Não se esqueça de
verificar se todos estão participando e de incentivar o grupo a se envolver com
a brincadeira.

Musicalização infantil - temas musicais

Há diversos temas musicais que podem ser incorporados ao cotidiano


da escola e de cada turma, utilizando atividades cada vez mais complexas.

Vejamos alguns temas:

Canções folclóricas

Uma das coisas mais importantes no trabalho de musicalização, e isso


nós temos destacado em nosso trabalho, a todo instante, é o resgate da
nossa cultura. É a busca por divulgar o que o brasileiro tem de melhor,
tentando diminuir o impacto da cultura do entretenimento e do consumo que
predomina na sociedade nos tempos atuais. Não que as crianças tenham de
ser isoladas disso, vivendo em um mundo fora da realidade. Não. Na verdade,
temos, sim, é que equilibrar. Tentar reduzir o consumismo, e valorizar cada
vez mais a nossa cultura.
Um dos objetivos da musicalização é desenvolver nas crianças o senso
estético, ao mesmo tempo que desenvolvemos o senso ético sabendo
discernir o que é realmente útil e o que é apenas um impulso de consumo.
Isso é muito importante em um mundo em que a música é tratada como um
produto comercializável como outro qualquer, que se sujeita às leis de
mercado, da mesma maneira que roupas, alimentos ou automóveis.
Para isso, você deve procurar, na sua comunidade, as canções mais
populares, que fazem parte da cultura da criança. Pesquise, por exemplo,
canções regionais, do estado ou município onde está situada a escola, sejam
escolas urbanas ou rurais. Busque, entre estudiosos, pessoas idosas, grupos
folclóricos, e outros mais, as canções que melhor se encaixam no seu projeto
educacional e de musicalização, que contribuirão para o enriquecimento da
cultura das crianças. Sem contar que você estará fazendo um trabalho
importante de resgate dessa cultura que corre o risco de cair no
esquecimento.
Não há dúvida de que essa será uma experiência enriquecedora para o
professor, para os alunos, para a escola, para os pais e para toda a
comunidade. Além das músicas que você encontra no folclore e na cultura
regional, você pode usar canções tradicionais do folclore brasileiro.

Meio ambiente e ecologia

Não apenas as canções didáticas e folclóricas têm espaço como tema


musical no processo de musicalização infantil. As músicas que trabalham a
questão do meio ambiente também devem ser valorizadas. Elas são
importantes eticamente para a formação das crianças, ao mesmo tempo em
que atraem e motivam a musicalização.
Primeiro podemos conversar com as crianças sobre o tema ecologia,
que é muito atrativo para elas, como a fauna, a flora, os rios, as florestas e as
montanhas. Depois vamos cantar a música para as crianças e observar as
reações delas. Trata-se da canção do Curupira, que é o defensor da floresta e
é um personagem muito conhecido no folclore brasileiro.
Musicalização infantil - formação do coral infantil

Todas as atividades apresentadas até agora podem ser utilizadas de


uma forma coordenada, enriquecendo diversas atividades na escola. Você
pode, por exemplo, formar um coral com as crianças.
Formar um coral não é uma iniciativa tão difícil. Você irá, na verdade,
formar grupos de crianças, por turma, que irão cantar juntas. Você irá se
preocupar muito mais com a interação entre as crianças e a música, do que
com a técnica musical.
Não pretendemos formar um coral que seja perfeito na técnica. Vamos,
sim, despertar a alegria de cantar. Depois, em um estágio mais avançado, a
técnica começa a ser passada aos alunos, em uma etapa em que a presença
de um professor de música especializado é importante.
Além disso, precisamos fazer com que as crianças escutem muitas
canções bonitas e aprendam a cantá-las, sem que ainda se tenha um coral
formalmente criado. Depois, à medida que avançamos na musicalização,
quando a turma já canta junto, há alguns meses, e já tem uma certa
intimidade com a música, aí, sim, vamos formalizar o grupo como um coral.
A partir desse momento, vamos propor às crianças fazer ensaios
semanais, e vamos escolher cinco ou seis músicas para ensaiar mais
intensamente. A diferença do coral para as atividades de musicalização do dia
a dia, é que, antes, as crianças cantavam para elas mesmas e agora
passarão a se apresentar cantando para os colegas. No entanto, é preciso
que os alunos cantem de forma espontânea, com prazer por cantar.
Você pode montar um figurino só para o coral, que seja um traje
colorido, e sirva também de incentivo. O figurino pode, inclusive, adaptar-se
aos temas ou às ocasiões da apresentação, como as datas comemorativas.
Para organizar o grupo, nos ensaios e nas apresentações, coloque os alunos
menores, na frente, e os maiores, atrás, para facilitar a visualização para você
e para eles.
Na organização do coral, temos excelentes experiências, utilizando a
seguinte estratégia: o desenvolvimento de projetos dos mais variados temas,
escolhidos por turma. São escolhidas uma ou mais canções que tenham a ver
com o projeto. Você cria novas canções, usa canções já existentes ou adapta
a letra de acordo com o tema escolhido. A partir daí temos um pequeno coral
em cada turma.
Eles podem cantar, inicialmente, para um público mais conhecido e
restrito: os próprios pais são uma alternativa para começar. Depois, em datas
importantes, cada turma canta sua música para as outras turmas. Essa
organização vai evoluindo, e começamos a identificar aqueles que gostam
mais de participar e que querem se envolver mais. A partir daí, podemos
formar um grupo que reúne alunos de diversas turmas. Ou seja, a partir desse
momento, estaremos formando o coral da escola.
Diferença: Musicalização Infantil x Recreação Musical
O que é Recreação Musical?

Tenho visto que algumas pessoas desenvolvem um trabalho que tem


como objetivo apenas entreter e divertir as crianças com a música. É o que
chama de recreação musical. São atividades em que o profissional não possui
um plano traçado para alcançar um alvo que seja, de fato, relacionado a
competências musicais. O objetivo básico é pegar um violão e cantar algumas
canções, fazendo uso de alguns brinquedos ou até mesmo instrumentos.
Isso não é ruim. Porém, não se pode dizer que a criança está sendo
musicalizada quando um profissional lhe propõe apenas uma atividade
recreativa.

O que é Musicalização Infantil?


Numa aula de musicalização, a criança realiza diversas atividades cuja
proposta é trabalhar, dentre outras coisas, os parâmetros do som (curto e
longo, grave-médio-agudo, forte e fraco, rápido e devagar), além de
movimentos sonoros de subidas e descidas e o próprio silêncio (muitas vezes
esquecido).
A musicalização também permite trabalhar padrões rítmicos (seja num
tambor, no corpo ou com o corpo), a escuta sonora, o timbre (lançando mão
do som emitido pelos instrumentos, animais, meios de transporte, etc.). Além
disso, existe uma preocupação com o tom escolhido para as músicas, a fim de
preservar da melhor forma a voz da criança.

Música e brincadeiras infantis

Ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda, realizar


brinquedos rítmicos, jogos de mão etc., são atividades que despertam,
estimulam e desenvolvem o gosto pela atividade musical, além de atenderem
a necessidades de expressão que passam pelas esferas afetiva, estética e
cognitiva.
Aprender música significa integrar experiências que envolvem a
vivência, a percepção e a reflexão, encaminhando-as para níveis cada vez
mais elaborados.
A rica e extensa cultura musical brasileira se manifesta também nos
acalantos, brincadeiras de roda e brincadeiras infantis cantadas, conhecidos
em todo país ou característicos das diferentes regiões e comunidades do
Brasil.
Cultura que circulava nos quintais e nas ruas, nos espaços de
brincadeiras e de relações estabelecidas pelas crianças, na
contemporaneidade é a escola, principalmente nos centros urbanos, que terá
a responsabilidade de apresentar e divulgar às crianças este repertório.
O contato com essa cultura musical infantil pode ser a porta de entrada
para o desenvolvimento de uma cultura musical mais ampla, à medida que as
crianças crescem. Este repertório fornece rico material de trabalho que
permite às crianças vivenciarem ludicamente conceitos musicais relacionados
à forma (introdução, desenvolvimento, refrão); dinâmica (mais suaves, mais
enérgicas); bem como variações de ritmo, além de suas lindas e pungentes
melodias.
Em seu livro Música na Educação Infantil, Brito (2003) apresenta vários
exemplos de como as canções infantis podem ser trabalhadas com as
crianças. É o caso, por exemplo, da canção Samba-lelê, presente em todo o
país:
Samba-lelê tá doente, tá co’a cabeça quebrada. Samba lelê precisava é
de umas boas lambadas.
Refrão: Samba, samba, samba ô lelê, pisa na barra da saia, ô lelê. Ô,
morena bonita, como é que se namora? Põe o lencinho no bolso deixa a
pontinha de fora…
Com base na música Samba lelê, é possível analisar a construção das
frases musicais, não só como sugestão para o desenvolvimento deste
trabalho com as crianças, mas como ponto de partida para a realização de
exercícios similares, de percepção de análise, durante o trabalho com outras
canções.
A estrutura das canções ajuda-nos a perceber o fraseado musical. Em
Samba lelê identificamos quatro frases musicais, que podem ser subdivididas
em duas partes: pergunta e resposta. A canção apresenta frases musicais
com texto diferente e frases musicais iguais como texto igual.
EXEMPLO:
FRASE 1
(PERGUNTA) Samba lelê tá doente (RESPOSTA) Tá co’a cabeça
quebrada
FRASE 2
(PERGUNTA) Samba lelê precisava (RESPOSTA) É de umas boas
lambadas
A frase 1 tem a mesma melodia da frase 2, mas o texto é diferente. O
refrão apresenta a mesma melodia e a mesma letra.
Você pode trabalhar essa canção com as crianças cantando,
dançando, dramatizando, acompanhando com instrumentos, etc.…

Música como ferramenta didática

Ao falar sobre aprendizagem não podemos esquecer de mencionar


sobre os conhecimentos prévios das crianças, autoestima, motivação, bem-
estar, assimilação, significação e sentido. Podemos dizer que estes pontos
estão relacionados a fatores que possibilitam a aquisição de um bom
aprendizado, pois diante deles a criança compreenderá melhor os conteúdos
em geral.
A aprendizagem pode ser mecânica ou significativa, no que segundo
Bock (1999), a aprendizagem mecânica tem como base um novo
conhecimento que é transmitido, mas que não necessariamente foi
assimilado, diante dos conceitos já existentes na estrutura cognitivas da
criança, já a aprendizagem significativa é retratada por um novo conceito,
sendo ele compreendido por um processo de assimilação dos conceitos
anteriores da estrutura cognitiva.
Por meio disso é visto a importância de levarmos em consideração os
conhecimentos prévios das crianças, pois diante deles se pode aprimorar os
saberes de maneira significativa, possibilitando que elas atribuam sentido no
que está sendo transmitido.
Mediante a isto pode dizer que a música pode ser considerada como
suporte para a aquisição desta aprendizagem satisfatória, pois a partir da
musicalidade as crianças se sentem motivadas e constantemente bem
consigo mesma e além disso pode –se dizer que ela está relacionada como
um dos saberes próprios das mesmas, pelo fato da música corresponder a um
elemento que sempre esteve em contado com os indivíduos.
Jeandot (2002) retrata que as crianças até mesmo, antes do seu
nascimento já tem o contato com o mundo sonoro, a partir da pulsação do
coração da mãe, à medida que a criança nasce o mundo propicia a ela outros
meios sonoros, no que por estas razões faz com que ao passar do tempo a
criança começa a ter o prazer dela mesma descobrir os diferentes sons que
estão ao seu redor, por meio do contado com os objetos.
Diante desta afirmação, podemos observar que a música pode
contribuir para o aprendizado dos indivíduos, favorecendo a compreensão dos
conteúdos e para com sua própria autoestima.
De acordo com Montovani (2006), crianças que adquirem criatividade,
motivação e um bom desempenho referente ao desenvolvimento psicomotor
são normalmente crianças que obtém um contato maior com a música.
Além destes pontos mencionados Gordon (2000) afirma que a música
pode contribuir na fase da alfabetização, perante a escuta, ou seja, através do
escutar a criança consegue assimilar melhor os fonemas de cada palavra,
proporcionando o aprimoramento da escrita.
É visto a importância de inserir a música como ferramenta didática, pois
diante dela podemos observar os inúmeros benefícios em relação ao
processo de ensino-aprendizagem.

Qualquer pessoa pode ensinar música na Educação Infantil?


Esta pergunta tem uma resposta óbvia, mas sabemos que o que
acontece na realidade é bem diferente. Poucas escolas de Educação Infantil
possuem professores especialistas em música para ministrar as aulas.
Se consideramos a atividade de exploração sonora como o início de um
processo de educação musical, complementado pela escuta, ela será o ponto
de partida para que as crianças possam enriquecer progressivamente seu
conhecimento musical, mediadas pelo adulto.
Dessa forma, as experiências de exploração musical na escola não
devem ser apenas espontâneas. Pelo contrário, podem e devem se refletidas
e organizadas pelos professores, levando em consideração que é preciso
orientar, completar e enriquecê-las, já que muitas vezes o repertório musical
das crianças provém apenas de seu contato com a televisão e outros veículos
de comunicação.
Não podemos nos esquecer de que a experiência de vida de qualquer
pessoa estará sempre impregnada de referências musicais, e com as crianças
não é diferente.
Uma música, portanto, nunca será apenas uma partitura interpretada
mecanicamente, ou a reprodução técnica de uma melodia na qual um certo
número de instrumentos tem lugar e vez, numa determinada forma de
organização.
A música sempre estará em intersecção com outras experiências e
campos de conhecimento humanos, como a literatura, a escrita e outras artes
como o teatro, o desenho, a pintura e a dança.
A possibilidade de que os professores compreendam a música como
discurso, que por definição, não pode ser nunca um monólogo. Cada aluno
traz consigo um domínio de compreensão musical quando chega a nossas
instituições educacionais.
Não os introduzimos totalmente à música, eles já chegam com uma
certa familiarização com a mesma.
A curiosidade e o interesse sobre música dificilmente serão
despertados se o professor oferecer apenas informações sobre o seu aspecto
técnico ou histórico aos alunos. Deve haver espaço para a experimentação,
para a escolha, para a tomada de decisões, para o trabalho coletivo.
A partir dessas considerações, uma questão que se coloca é: Como o
professor polivalente de Educação Infantil pode realizar um bom trabalho em
Música, sem ser um especialista nesta linguagem?
Antes de tudo, é preciso pensar no estímulo às vivências lúdicas e
ligadas às brincadeiras, pois estas são a ponte para a sensibilização das
crianças e para o início do conhecimento gradual da música como linguagem
expressiva.
Nesse sentido, é importante que conheça canções do repertório infantil,
popular e de concerto brasileiro, mas também de outras culturas.

O ambiente é a melhor escola de aprendizagem musical!

As habilidades aprendidas na primeira infância serão de fundamental


importância para o desenvolvimento musical.
Mesmo que em um determinado momento da vida ela venha a
abandonar seu instrumento, sua mente já absorveu conteúdos e conceitos
preciosos para uma aprendizagem musical.
Quando uma criança inicia o seu processo de aprendizagem musical
em um instrumento como o violão ou teclado, terá maior capacidade de
concentração e atenção na parte técnica do mesmo.
Muitos pensam que colocar uma criança de 3 a 6 anos em um curso
musical formal é a melhor saída, mas estão completamente enganados.
Acontece com frequência, que pais tomam esta atitude e em pouco
tempo veem seus filhos desistirem. Muitas crianças não querem nem saber
mais do instrumento e nem de música, muitos pais se frustram com esta
tentativa fracassada.
Esta não é a melhor maneira de musicalizar as crianças, pois as
consequências podem ser negativas.
Mas já mencionado: O ambiente é a melhor escola de aprendizagem.
Não quer dizer que uma criança não pode brincar, assistir televisão, ou
seja, ter uma vida normal, mas apenas apontando que a música pode
favorecer o desenvolvimento de uma criança em diversas vertentes.
É claro que para uma criança ter uma boa desenvoltura intelectual,
cultural, artística, não é só a música que deverá preencher estas
necessidades, mas com certeza a música é uma delas.
Por isso, apresente a música para as crianças, sejam eles seus filhos,
sobrinhos, afilhados, alunos. Você estará plantando uma semente que
produzirá excelentes frutos.
REFERENCIAS:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Musicaliza%C3%A7%C3%A3o
https://www.cpt.com.br/cursos-educacao-infantil/artigos/musicalizacao-infantil-
a-importancia-da-musica-na-primeira-infancia
https://www.cpt.com.br/artigos/musicalizacao-infantil-formacao-do-coral-infantil
https://www.cpt.com.br/artigos/musicalizacao-infantil-temas-musicais
https://www.cpt.com.br/artigos/musicalizacao-infantil-atividades-ludicas
https://www.cpt.com.br/artigos/musicalizacao-infantil-atividades-ritmicas-com-
instrumentos
https://www.cpt.com.br/artigos/musicalizacao-infantil-cancoes-de-roda
https://www.cpt.com.br/artigos/musicalizacao-infantil-atividades-ritmicas-
usando-o-corpo
https://www.cpt.com.br/artigos/musicalizacao-infantil-aptidoes-da-crianca
http://www.papodaprofessoradenise.com.br/musicalizacao-infantil-x-
recreacao-musical-voce-sabe-a-diferenca/
http://musicaplena.com/musica-e-brincadeiras-infantis/
http://musicaplena.com/a-musica-na-escola/
http://musicaplena.com/qualquer-pessoa-pode-ensinar-musica-na-educacao-infantil/

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