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Meu corpo tem som

Fonte:https://planosdeaula.novaescola.org.br/educacao-infantil/creche/meu-corpo-tem-som/4684
O que fazer antes?
Contextos prévios:
Para esta atividade antecipe algumas canções que possam potencializar a escuta dos sons do corpo. Uma
sugestão é a obra do Barbatuques, grupo brasileiro de percussão corporal. Outra opção são as músicas do
grupo Trii, baseadas em percussão corporal e acompanhadas de instrumentos musicais de percussão.
Materiais:
Rádio ou outro aparelho de som;
Músicas que inspiram descobrir os sons do corpo, tais como: Samba lelê, Peixinho (grupo Barbatuques) e
Tamborês (grupo Triii);
Objetos sonoros como pulseiras ou tornozeleiras com pequenos guizos, sinos, tampas de latas de alumínio ou
plástico;
Máquina fotográfica ou celular para registro das atividades;
Fita crepe;
Fórmica de 1m (pode ser mural, madeira compensada, forro ou outro que tiver na sua escola);
Furadeira para furar o painel (ou outra ferramenta que dê conta de perfurá-lo);
Arame, presilhas e ganchos para prender os objetos.
Espaços:
Inicialmente prefira realizar esta proposta na sala de referência ou em um ambiente cuja acústica possa
favorecer a percepção das crianças com relação aos sons emitidos pelo próprio corpo. Sendo assim, evite
desenvolver a atividade em ambientes muito abertos e com interferências sonoras.
Tempo sugerido:
Aproximadamente 40 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Como as crianças comunicam suas descobertas a partir dos sons produzidos com o próprio corpo? E com os
objetos do ambiente?
2. Observe o envolvimento das crianças com as diferentes fontes sonoras. De que modo eles demonstram a
percepção da relação de seus movimentos aos sons produzidos? Manifestam preferência por algum material
para acompanhar as propostas?
3. De que modo as crianças interagem? Imitam gestos e movimentos?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo
participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança
ou do grupo. Antecipe as condições necessárias para os que não se sentam nem se locomovem com
autonomia sejam favorecidos nos processos de interação com os colegas e com materiais de forma segura.
Garanta espaços de mobilidade para aqueles que engatinham ou andam, com ou sem autonomia.
O que fazer durante?
1Inicie enquanto as crianças estão explorando materiais e recursos disponíveis na sala de referência.
Apresente a proposta chamando a atenção deles por meio da canção Tiquequê, do grupo Barbatuques. Para
isso, utilize do recurso das palmas. Observe como os pequenos reagem a essa alteração sonora do ambiente.
Incentive aqueles que de forma espontânea dançam e batem palmas. Encoraje os que apenas observam para
que se movimentem e dancem com os colegas.
Possíveis ações das crianças neste momento: Uma criança ouve a música e começa a balançar os braços.
Outro, ao escutar o ritmo, sacode o objeto que está em suas mãos. Uma criança vem até você e começa a
balançar o corpo. Outra bate palmas e sorri animada.

2Terminada essa canção, pause o CD ou diminua o volume do rádio. Note se as crianças tiverem percepção da
ruptura do som neste momento e, na sequência, diga as crianças que vocês irão dançar e brincar de fazer som
com o corpo. Coloque uma música que potencialize o envolvimento deles por meio de sua corporeidade. Uma
sugestão é Sambalelê, na interpretação do grupo Barbatuques. Deixe que as crianças escutem e explorem os
movimentos do próprio corpo. Se aproxime delas, nos pequenos grupos ou individualmente, interaja com
elas, valide seus movimentos e inspire novos partindo do que apresentam e do que a música propõe, como:
palmas ritmadas, passos de samba, estalos e assobios.

3Disponha um tecido no centro da sala e convide as crianças para se aproximar, de modo a se acomodarem
próximo a ele para ouvir a próxima música (Peixinho do Mar - grupo Barbatuques). Priorize apenas o recurso
da percussão corporal provocado na música. Valorize as iniciativas das crianças, brinque junto deles fazendo

2
sons com o corpo, com a boca, com as mãos, com os pés. Possibilite a construção da autoria de pensamentos
e ações das crianças, favorecendo o processo de criação delas.

4Acrescente ao tecido alguns objetos sonoros, como pulseiras ou tornozeleiras com pequenos guizos, sinos,
tampas de latas de alumínio ou plástico. Deixe que as crianças explorem livremente esses materiais, para que
façam suas próprias descobertas. Acompanhe-os de perto nessa exploração, registre a interação deles com os
objetos e com o novo, veja se eles atribuem, ainda que não intencionalmente, uma função sonora a essas
peças, pois a convivência com diferentes sons traz descobertas, conhecimento e curiosidade.

5Familiarizados com os objetos, descubra com as crianças outras possibilidades de uso para eles, de modo que
possam ser ajustados ao corpo das crianças. Inicie colocando uma peça no seu próprio tornozelo. Mostre-a,
faça sons com ela e ofereça-a às crianças. Pergunte quem gostou da ideia e quem quer usá-la. Faça isso com
os demais objetos e deixe que as crianças explorem os sons de suas palmas ou marchas potencializadas por
meio destes objetos sonoros. Impulsione a proposta cantando com as crianças músicas tradicionais da cultura
infantil como: roda, roda, roda, pé, pé, pé, pé (Caranguejo) ou dando sequência com o repertório do grupo
Triii, ouvindo a música e fazendo a brincadeira proposta de Tamborês, dentre outras possibilidades. Observe o
interesse das crianças e favoreça as trocas de objetos entre eles.

Para finalizar:
Para finalizar a atividade, avise as crianças que vocês irão ouvir uma última música. A sugestão seria repetir
aquela com a qual eles mais se envolveram. Nesse contexto, compartilhe com eles o motivo da sua escolha e
comente que depois irão começar a guardar os objetos para seguirem uma proposta na área externa. Quando
a música terminar, conforme combinado anteriormente, solicite ajuda das crianças e disponibilize um
organizador para que, dentro das possibilidades deles, colaborem guardando os objetos. Tranquilize-os
deixando esse material em local acessível, para que possam brincar novamente com eles em outra
oportunidade.
Desdobramentos
Para promover novas experiências e ampliar o repertório das crianças, combine com um professor dos
subgrupos das crianças bem pequenas ou pequenas para vivenciar esse momento de exploração sonora junto
a eles. Para realizar a atividade com segurança e conforto a todos, opte por um espaço mais amplo, leve a
seleção de música trabalhadas, bem como o organizador contendo os objetos sonoros, sugira ao professor da
outra turma que também leve os objetos sonoros deles que não ofereçam riscos à integridade das crianças.

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Deixe que as crianças exploremos sons do corpo e do que é oferecido no ambiente por meio da interação
delas.
Engajando as famílias
Construa um painel sonoro com os objetos utilizados na atividade (na internet há boas e práticas sugestões).
Quando ele estiver pronto, acrescente o registro com fotos legendadas por você, contando brevemente as
experiências que as crianças vivenciaram. Uma outra opção é privilegiar a participação das crianças na
montagem do painel, para isso, distribua imagens aos pequenos, mostrando a possibilidade de grudar as
mesmas no suporte. Antecipe a ação das crianças fixando um elemento de ligação no painel, podem ser
rolinhos de fita adesiva ou de fita crepe, plástico adesivo virado com a cola para cima, ou ainda fita dupla face.
Valide a ação das crianças e deixe que o façam, ainda que a imagem fique meio tortinha, pois o mais
importante aqui é a participação. Entretanto, se as imagens estiverem plastificadas poderão, inclusive, ser
grudadas e desgrudadas, favorecendo a exploração. Essa ação preserva o painel, viabilizando uso dele em
outras exposições. Quando estiver pronto, deixe-o exposto para que os familiares possam prestigiar esse
momento tão especial.

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