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Plano de aula 201: Percurso com tiras de

papel

O que fazer antes?

Contextos prévios:

Combine com o professor de outro agru-


pamento de faixa etária diferente, para que
possam realizar a proposta de forma inte-
grada. Essa socialização é de suma impor-
tância, pois os bebês menores espelham-
-se nos maiores, o que favorece a imitação.
Possibilite que eles já tenham feito uma
exploração prévia com tiras de papel. Por
exemplo, rasgando folhas de revista em um
momento de exploração sensorial ou colo-
cando tiras de tamanhos e larguras diver-
sas, com a proposta de andarem sozinhos
ou emduplas. Ou, até mesmo, colocando
tiras com extensões diferentes, diversifi-
cando as experiências. Pense também em
como propor uma exploração prévia em re-
lação à tenda. Solicite aos familiares fotos
significativas ou use imagens de revistas
com temas de interesse das crianças (por
exemplo, de animais) para colar por todo o
percurso. (ACESSE AQUI O MODELO DE BI-
LHETE)

Este plano faz parte de uma sequência de


cinco. São eles:

1. Percurso com tiras de papel (link)

2. Percurso com túnel e bolinhas coloridas


(link)

3. Percurso com colchões (link)

4. Percurso inclinado (link)

5. Percurso e muitos desafios motores (link)

Materiais:

Papel resistente em tiras e fita adesiva para


fixá-las no chão. Fotos dos bebês e suas fa-
mílias e/ou outras imagens (de revista, por
exemplo). Plástico autoadesivo e papel car-
tão ou papelão, para que as fotos fiquem
mais resistentes. Tecidos e uma, ou mais,
mesas(para cobrir e fazer a tenda).

Espaços:
A proposta pode ser realizada na sala ou no
corredor da escola. Organize o espaçopre-
viamente, para que seja disponibilizado aos
bebês empequenos grupos. Mescle as fai-
xas etárias presentes, para que os menores
possam interagir com os maiores. Se possí-
vel, utilize um tecido (partido no meio, por
exemplo) na entrada do local, para que os
bebês possam passar por dentro. Ao prepa-
rar a tenda com os tecidos, monte de forma
que as crianças tenham a possibilidade de
alcançar o teto.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Fique atento às reações e expressões dos


bebês no decorrer do percurso. Que tipo de
explorações as crianças fazem? Como utili-
zam seus corpos nessas explorações?

2. Os bebês se comunicam de formas dife-


rentes através de expressões faciais, olha-
res, gestos, movimentos, balbucios e até
das primeiras palavras. Quais são os ele-
mentos que mais provocam interações?

3. O percurso desafia as crianças em sua


autonomia e quanto a descoberta de novas
formas de explorar envolvendo movimen-
tos e gestos?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Garanta a participação de
todos os bebês, incluindo os que não se lo-
comovem com autonomia, Ofereça apoio
quando necessário, colocando as fotos
penduradas em tiras presas em bambolês
ou dispostas ao redor deles, para que pos-
sam explorar.

O que fazer durante?


1

Converse com ogrupo todode bebês, infor-


mando que estão indo da sala para o local
organizado previamente. Explore com eles
todo o caminho, conduzindopequenos gru-
posde cada vez, com auxílio de outros adul-
tos responsáveis. Quando chegar, convide-
-os a passarem pelo acesso onde estará o
tecido. Permita que os bebês explorem a
entrada, cada um à sua maneira (auxilie, se
necessário, garantindo que todos consigam
participar) e observe atentamente até que
um deles avance para o percurso em si.

Durante o percurso, os bebês podem ma-


nifestar interesses diversos. Por exemplo,
eles podem explorar os tecidos da tenda ou
permanecer no percurso por mais tempo
e explorar as fotos/imagens. Esteja atento
aos interesses e especificidades dos bebês.
Destaque suas curiosidades. Aproveite os
momentos de exploração deles para fazer
boas intervenções, chamando atenção dos
demais, pontuando o que encontraram
no percurso e fazendo essa mediação en-
tre as diferentes idades que ali interagem.
Registre toda a riqueza desses momentos
por meio de fotos ou vídeos, para estudo e
escrita de documentação pedagógica. Pro-
cure estar disponível caso alguma criança
queira dividir observações feitas ao apre-
ciar as fotos no decorrer do percurso.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Olhem! Vamos ver as fotografias do per-
curso? Quem será que é esse bebê? O que
será que ele está fazendo? Essa é a sua fa-
mília? Quem encontraremos logo à frente?
Venham, vamos ver!

Possibilite a livre exploração dos bebês


pelos tecidos da tenda. Observe o encan-
tamento em seus olhos ao longo das ten-
tativas de sentirem a textura no tecido. Fa-
voreça os bebês que não têm autonomia,
garantindo acesso às fotos dispostas pelo
percurso e fazendo com que seu corpo sir-
va de suporte para suas explorações. Du-
rante a observação da proposta, coloque
em destaque as ações dos bebês, para que
o grupo avance em suas pesquisas explora-
tórias. Para aquelas crianças que iniciaram
a finalização da sua participação, disponi-
bilize uma uma caixa de brinquedos sobre
colchonetes.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: O que será que há dentro da tenda, o
bebê está lá dentro, vamos ver juntos?

Para finalizar:

Com a aproximação da finalização da pro-


posta, avise os bebês qual será o próximo
acontecimento do dia. Convide-os para
participarem na organização do espaço,
antes de seguirem para a próxima vivência.
Organize, com eles, os materiais (caixa de
brinquedos).

Desdobramentos
Essa vivência pode ser apresentada com
outros materiais. Como, por exemplo: col-
chonetes (espaçados ou unidos), caixas de
papelão (viradas para cima ou para baixo),
bambolês (pendurados na altura das crian-
ças ou dispostos no chão) etc. Utilize tam-
bém objetos presentes no mobiliário da
escola, como mesas e cadeiras, propondo
outros desafios motores que ampliam cada
vez mais o repertório dos bebês.

Engajando as famílias
Como as fotos que foram enviadas pelas
famílias são muito significativas, convi-
de os familiares para montarem, junto às
crianças, um grande mural ou um tapete.
O mural ou tapete pode ser fixado na sala
ou levado para os ambientes escolares que
sejam acessíveis a todos. Posteriormente,
mostre aos familiares qual foi a reação das
crianças ao terem contato com o material,
com a proposta e quais foram as observa-
ções feitas.
Plano de aula 202: Percurso com túnel e
bolinhas coloridas

O que fazer antes?

Contextos prévios:

É desejável que as crianças tenham tido


momentos de exploração prévia com as
bolinhas e com as caixas de papelão. São
exemplos de atividades dessa natureza:
proposta de exploração livre para brincar
com as bolinhas, entrar e sair das caixas,
colocar e tirar brinquedos delas. Solicite a
participação das famílias e peça para que
doem caixas de papelão já recortadas, com
os buracos necessários para a proposta.
Faça isso por meio de bilhete, do mural de
avisos da sala (na entrada) ou utilize outros
meios de comunicação comuns da escola.
Monte as caixas formando um túnel para o
percurso exploratório. Garanta buracos de
tamanhos e formas diferentes, pois neles
tanto as bolas quanto os bebês passarão.

Este plano faz parte de uma sequência de


cinco. São eles:
1. Percurso com tiras de papel (link)

2. Percurso com túnel e bolinhas coloridas


(link)

3. Percurso com colchões (link)

4. Percurso inclinado (link)

5. Percurso e muitos desafios motores (link)

Materiais:

Bolinhas coloridas, de piscina ou feitas com


meias. Tesoura para cortar os espaços nas
caixas. Caixas de papelão de vários tama-
nhos já recortadas pelas famílias, nas quais
as crianças consigam passar por dentro.
Tubos de papelão, que podem ser de pa-
pel higiênico, daqueles maiores e por onde
passe uma bola de cerca de 10 cm de diâ-
metro, ou feitos com papel cartão enrola-
do, por exemplo. Para unir as caixas, faça
pequenos furos e utilize tiras de TNT, teci-
do ou barbante. Outra opção é colar fita de
velcro grosso nelas, para que não soltem
com o movimento dos bebês.
Espaços:

A proposta pode ser realizada no corre-


dor da escola ou em outro espaço externo
compatível. Organize o local com as caixas
doadas pelas famílias e montadas previa-
mente na escola por você, com a ajuda dos
colaboradores do berçário. Elas devem ser
exploradas pelos bebês.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Os bebês movimentam o corpo para viver


variadas experiências, ampliando as possi-
bilidades de exploração de diversos obje-
tos. Como ocorre essa exploração?

2. Os bebês aprendem de muitas formas,


uma delas é pela exploração do espaço em
que ele está inserido. De que maneira as
habilidades motoras dos bebês são poten-
cializadas, uma vez que observamos seus
deslocamentos pelo ambiente?
3. As crianças se relacionam conosco e
com seus pares de muitas formas. Observe
como esse diálogo acontece. Como é a in-
teração dos bebês com os adultos que es-
tão no ambiente? Ela acontece da mesma
forma entre as crianças?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir
que uma criança ou o grupo participe e
aprenda. Reflita e proponha apoios para
atender às necessidades e às diferenças de
cada criança ou do grupo. Encoraje todos
os bebês a participar da vivência.Coloque
os que ainda não andam juntos à proposta
e observe seus interesses e necessidades.
Deixe acessível uma caixa de papelão com
bolinhas coloridas dentro. Permita que as
crianças explorem de acordo com suas pre-
ferências, habilidades motoras e com seu
próprio tempo.

O que fazer durante?


1

Compartilhe com os bebês do grupo todo a


proposta que será realizada no corredor ou
na área externa: brincar com as caixas que
as famílias enviaram para a escola e que
agora estão dispostas em forma de túnel.
Conte que eles poderão entrar, se movi-
mentar e brincar com as bolinhas. Leve-os
em pequenos grupos até esse espaço. Leve
o grupo de bebês que ainda não sabem an-
dar para próximo dos demais e garanta que
estejam à vontade para se engajarem em
suas descobertas e tentativas de conquis-
tas de posições e movimentos. Encoraje a
participação de todos, observando e aten-
dendo individualmente cada um em suas
necessidades.
2

Permita que explorem livremente e obser-


ve como acontece essa interação inicial.
Há uma afinidade entre os bebês? De que
forma acontece a interação das crianças e
dos adultos presentes durante a proposta?
Quais movimentos corporais as crianças
fazem? Como passam pelo percurso? Se
possível, fotografe, faça pequenos vídeos
ou breves anotações durante a atividade e
termine o registro escrito após seu término.

Continue observando atentamente as


crianças em seus gestos, expressões e ini-
ciativas de interação. Esteja disponível caso
alguém queira dividir suas descobertas e/
ou conquistas. Apoie as ações delas e brin-
que, à medida que for sendo convidado pe-
los bebês. Se aproxime e faça comentários
como: Quem está brincando no percurso?
Como você está brincando? Vamos lá brin-
car também! Nesse momento, os bebês
podem explorar o percurso sozinhos, em
duplase em pequenos grupos.
Possíveis falas do professor neste momen-
to: Vamos ver até onde você chega? O que
será que encontramos lá no final? Que ami-
go você encontrou no caminho?

No decorrer do trajeto, encoraje os bebês


a percorrer toda a extensão do labirinto e
a entrar e sair por todo o túnel. Convide
para entrar aqueles que estiverem olhan-
do e sorrindo, mas que ainda permanecem
do lado de fora. Descreva o que está acon-
tecendo, envolva as crianças na atividade
transmitindo segurança e oferecendo sua
presença, caso queiram participar. Leve
aqueles que não andam até o túnel, possi-
bilitando a passagem pelo percurso. Colo-
que-os sentados, sempre com seu apoio.
Observe interesses e necessidades deles.

Até esse momento da proposta, as crian-


ças devem estar envolvidas no percurso
explorando de diferentes formas. Ofereça
bolinhas e peça que elas as coloquem nos
tubos, para que outros bebês possam en-
contrá-las. Para os que não andam, deixe
acessível uma caixa de papelão com as bo-
linhas coloridas, para que as coloquem, ti-
rem e aproximem quando necessário.

Observe atentamente as reações dos bebês


ao jogar as bolinhas. Eles vão para o outro
lado para ver se reencontram o objeto até
então perdido? Quais são as reações ao en-
contrarem? Eles repetem as ações? Eviden-
cie que não só as bolinhas, mas outros ob-
jetos podem ser escondidos e encontrados,
colocando ou retirando dos tubos.

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: uma criança coloca a mão no tubo e
olha pelo buraco. Outra se aproxima e ob-
serva curiosa.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: olha só o que temos aqui, uma mão! De
quem será que é? Será que sente cócegas?

Para finalizar:

Próximo ao momento de finalizar, avise os


bebês qual será a próxima atividade do dia.
Convide-os para organizar o espaço antes
de seguirem para a nova vivência. Inicie
a organização e observe quais bebês têm
iniciativa. Use uma música que marque o
momento de arrumação com o grupo, por
exemplo, “Nós vamos guardar”, de Fabiana
Goddoy.

Desdobramentos
É muito importante ter a possibilidade de
repetir esta atividade com os bebês, fazen-
do algumas alterações. Como parte da pro-
posta inclui conceitos como entrar e sair,
dentro e fora, apresente a eles cestos ou
novas caixas de papelão. Dessa forma eles
podem permanecer na proposta, amplian-
do o repertório de brincadeiras. O percur-
so pode ser montado na sala ou na área
externa da escola, próximo à natureza e às
árvores, por exemplo. Você também pode
utilizar brinquedos que já existem na sala
ou bolinhas feitas de jornais ou revistas.
Ao convidar os familiares das crianças para
montar o percurso com as caixas, sugira a
confecção das bolinhas com esses papéis.

Engajando as famílias
Convide as famílias para participar dessa
exploração junto aos bebês em suas casas.
Relembre que as caixas de papelão, bem
como os tubos, foram disponibilizados por
elas. Incentive as famílias a cuidarem das
caixas de papelão em casa. Peça aos pais
que façam registros sobre como foi a expe-
riência com essa proposta. Os materiais en-
viados farão parte de um mural no corredor
da escola, onde constará o relato de obser-
vação dos professores e os enviados pelas
famílias, compondo um rico registro com
as vozes de familiares e da comunidade es-
colar.
Plano de aula 203: Percurso com colchões

O que fazer antes?

Contextos prévios:

Oportunize situações de explorações pré-


vias dos materiais sugeridos nesta propos-
ta, bem como do local onde será realizada
a vivência (que pode ser dentro ou fora da
sala). Tenha o cuidado de escolher um es-
paço significativo para os bebês.

Este plano faz parte de uma sequência de


cinco. São eles:

1. Percurso com tiras de papel (link)

2. Percurso com túnel e bolinhas coloridas


(link)

3. Percurso com colchões (link)

4. Percurso inclinado (link)

5. Percurso e muitos desafios motores (link)

Materiais:
Colchões, materiais de largo alcance (teci-
dos coloridos e potes, por exemplo), filma-
dora ou câmera fotográfica para registrar
a experiência (se pos?ivel, pode usar o seu
celular).

Espaços:

Disponha os colchões pelo ambiente estra-


tegicamente, de forma a favorecer a pes-
quisa exploratória motora por parte dos
bebês: engatinhar, andar, escalar, descer,
escorregar, passar para o outro lado, ir e vir.

Coloque um colchão, em seguida dois (um


sobre o outro), e na sequência três (em-
pilhados um sobre os outros), de forma a
proporcionar desafios que visam ampliar
as habilidades motoras dos pequenos. Or-
ganize o espaço potencializando o que os
bebês já sabem e proponha movimentos
corporais que ampliem o repertório motor
deles de forma segura.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 50 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:

1. Os movimentos corporais propiciam di-


versas experiências, possibilidades de ex-
ploração e ampliação de pesquisa por par-
te dos bebês. Como utilizam seus próprios
corpos nessa proposta?

2. Os interesses dos bebês proporcionam


ao professor identificar quais podem ser os
próximos desafios a serem oferecidos de
forma significativa. Quais materiais desper-
taram mais os interesses dos bebês, am-
pliando suas possibilidades motoras?

3. Os bebês relacionam-se com os adultos,


seus pares e com o meio que os cerca de
muitas maneiras. Observe como funciona
essa tríade, de que maneira ocorre essa in-
teração durante a proposta?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
às necessidades e às diferenças de cada
criança ou do grupo. Convide os bebês e
incentive a participação de todos. Propicie
um espaço com segurança aos bebês que
ainda não se locomovem com autonomia.
Esteja disponível e perto deles para que
possam avançar quando bem desejarem.
Narre o que está acontecendo e faça com
que seu corpo sirva de suporte para os mo-
vimentos deles e, também, para acolhê-los
quando for necessário.

O que fazer durante?

Converse com o grupo todo de bebês sobre


a proposta. É muito importante que todas
as ações e situações sejam explicadas aos
bebês previamente. Comece oferecendo os
materiais de largo alcance, tirando e colo-
cando os tecidos coloridos nos potes, por
exemplo. Deixe que explorem livremente e
que tenham iniciativa própria. Depois, re-
tome as orientações nos pequenos grupos,
conforme forem participando do percurso.

Nesta proposta será necessária a colabora-


ção de mais de um adulto presente. Convi-
de um pequeno grupo para iniciar a explo-
ração do percurso. Oportunize aos bebês
ficarem descalços para uma efetiva esta-
bilidade e para uma maior relação corpo,
espaço e objeto. Esteja atento, disponível e
recíproco a eles. Incentive a participação de
todos, oferecendo apoio quando necessário
e conversando com os bebês, para que sin-
tam segurança e iniciem o percurso. Leve
no colo os que ainda não andam até os col-
chões, para que eles possam fazer as explo-
rações dentro de suas possibilidades moto-
ras, potencializando descobertas, a fim de
ampliar seu repertório. Faça esse percurso
junto com eles, observando os momentos
de maior interesse.

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: O bebê balbucia, olha o colchão, sobe e
tenta pular. Outro bebê que está p?oximo
balbucia, sorri e estende sua mão em uma
tentativa de ajudá-lo a passar para o outro
lado.
Possíveis falas do professor neste momen-
to: Você está ajudando o seu amigo, isso
é ótimo! Vamos! Nos encontramos logo à
frente!

Reserve esse tempo para que explorem o


percurso.Observe atentamente o que fa-
zem, apoie a iniciativa deles, evitando ao
máximo dirigir suas ações. Impulsione-as
tomando por base as habilidades motoras
já adquiridas e identifique quais novas fo-
ram adquiridas. Potencialize as conquistas,
incentivando-os a superar os obstáculos
propostos e a descobrir seus limites corpo-
rais. Proponha uma exploração individu-
alou em dupla. Fotografe, faça pequenos
vídeos ou breves anotações durante a ati-
vidade e termine o registro escrito após a
finalização da proposta. Atente-se, em se-
guida, ao grupo de bebêsque está chegan-
do ao final do trajeto, observando suas rea-
ções, por exemplo: o bebê que bate palma,
balbucia e sorri ao passar pelo último obs-
táculo.

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: O bebê passa para o outro lado do col-
chão, balbucia e demonstra satisfação em
ter conseguido.

Para finalizar:

Com a aproximação da finalização da pro-


posta, fale para os bebês que irão começar
a organizar o espaço. Para ajudar na locali-
zação temporal, avise-os qual será o próxi-
mo acontecimento do dia, garantindo uma
predição do que irá acontecer. Informe o
quanto é importante organizar o espaço
antes de seguir para a próxima experiência.
Valorize e encoraje as iniciativas dos bebês
neste momento.

Desdobramentos
Parte da proposta inclui engatinhar, subir,
passar para o outro lado etc. Reapresente
essa vivência aos bebês, fazendo algumas
alterações, utilizando materiais disponíveis
na sua escola como pneus, rampas, mesas,
cadeiras etc. Proponha outros desafios mo-
tores que possam ampliar cada vez mais o
repertório deles. O percurso pode ser mon-
tado na sala ou na área externa, próximo à
natureza (considere sempre um local signi-
ficativo para os bebês).

Engajando as famílias
Proponha aos familiares uma continuação
da proposta em casa, utilizando os mobili-
ários existentes, cada qual em sua residên-
cia. Podem ser utilizadas mesas, cadeiras,
almofadas etc.

Convide as famílias para uma exposição


e mostre o mural que foi confeccionado,
onde serão anexados os registros de obser-
vação que compõe a documentação pe-
dagógica, como fotos, relatos e vídeos (se
possível, exiba o vídeo em um computador
ou monitor ao lado do mural). Esse material
pode ser compartilhado também em reu-
nião com as famílias. Assim, os familiares
poderão ler o que foi observado e assistir
como foi o desenvolvimento da vivência, se
inspirando para fazer atividades como essa
em casa também! Solicite que registrem
esses momentos para que o professor pos-
sa também ampliar as formas de brincar
com os pequenos.
Plano de aula 204: Percurso inclinado

O que fazer antes?

Contextos prévios:

Em um momento anterior à proposta, peça


aos familiares dos bebêsmateriais de largo
alcance, tais como caixas de diversos tama-
nhos, tampinhas de produtos de consumo
em casa etc. Faça isso por meio de bilhete
no mural de avisos da sala (na entradae/ou
saída) ou utilize outros meios de comunica-
ção comuns na sua escola. Informe que se-
rão utilizados na escola para a montagem
de uma rampa com inclinação pequena,
onde os bebês possam subir e descer, que
será o percurso inclinado para exploração.
Providencie a montagem do percurso com
auxílio dos adultos do berçário. Utilize o
material que escolher como base (papelão
bem grosso, MDF ou similar) e forre de ma-
neira a dar aderência aos bebês que irão
subir e descer.

Este plano faz parte de uma sequência de


cinco. São eles:
1. Percurso com tiras de papel (link)

2. Percurso com túnel e bolinhas coloridas


(link)

3. Percurso com colchões (link)

4. Percurso inclinado (link)

5. Percurso e muitos desafios motores (link)

Materiais:

Materiais de largo alcance (caixas de diver-


sos tamanhos, tampinhas de produtos de
consumo em casa, por exemplo) que serão
utilizados na montagem da rampa. Cones
de papelão (bobina de linha) e os rolos de
papelão (de fita adesiva larga, papel higiê-
nico ou de lençol hospitalar) que serão utili-
zados nos cantos. Cola universal que adere
a diversos materiais. Madeira, MDF ou pa-
pelão bem resistente para fazer a rampa.

Espaços:

Organize o local onde acontecerá a propos-


ta, garantindo um ambiente significativo
para os bebês com o qual eles já tenham
familiaridade. Pode ser a sala referência ou
a área externa. Disponha nos cantos os ma-
teriais de largo alcance, de modo que fi-
quem acessíveis para todo o grupo durante
a vivência do percurso para que as crianças
possam investigá-los. Em um canto, orga-
nize os cones de papelão (bobina de linha),
em outro, os rolos de papelão (de fita ade-
siva larga ou papel higiênico ou de lençol
hospitalar). Atente-se para que essa ges-
tão organizacional dos objetos oportunize
locais de pesquisa, mas que não chamem
mais a atenção do que a proposta em si.
Por isso a familiarização prévia é importan-
te.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. O desenvolvimento corporal acontece


de forma significativa na primeira infância.
Como a proposta instiga as crianças a am-
pliarem seu repertório de movimentos cor-
porais?
2. Oportunizar a pesquisa aos bebês é im-
portante para que eles possam criar hipó-
teses e testá-las. Que tipo de explorações
eles fizeram?

3. Observe atentamente e perceba: como a


movimentação corporal dos bebês comu-
nica suas emoc?o?es, necessidades e dese-
jos?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Encoraje todos os bebês
a participarem da vivência. Propicie um
espaço com segurança para os bebês que
ainda não se locomovem com autonomia.
Esteja disponível para que possam avan-
çar no percurso quando desejarem. Convi-
de individualmente cada um e narre o que
está acontecendo, fazendo com que seu
corpo sirva de suporte para os movimentos
deles e, também, para acolhê-los quando
for necessário.

O que fazer durante?

Converse com o grupo todo sobre a expe-


riência que irão vivenciar. É muito impor-
tante que todas as ações e situações sejam
explicadas aos bebês previamente. Comece
oferecendo os materiais de largo alcance,
empilhando os cones de papelão (bobina
de linha), os rolos de papelão (de fita ade-
siva larga ou papel higiênico ou de lençol
hospitalar.

Após a conversa e a exploração inicial com


os materiais de largo alcance, convide os
bebês em pequenos grupos para partici-
parem do percurso inclinado. Permita que
explorem livremente. Atente-se a forma de
exploração dos bebês neste trajeto. Nessa
proposta será necessária a colaboração de
mais de um adulto presente. Registre as
interações que aparecem e como isso se
dá. Veja se algum bebê já inicia a atividade
escalando a rampa ou se engatinha inicial-
mente, para depois escalar.Encoraje a parti-
cipação de todos, observando e atendendo
individualmente cada um em suas necessi-
dades.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Olha o que eu trouxe para vocês brin-
carem! Um percurso inclinado! Vamos ver
como podemos brincar nele?

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: O bebê acompanha com o olhar o adul-
to próximo a rampa. Ele sorri, observa ao
redor os demais bebês e se dirige ao per-
curso.

Posteriormente à exploração livre, reorga-


nize os bebês para explorarem toda a ex-
tensão do percurso em duplas ou sozinhos.
Apoie suas ações e esteja próximo a eles,
participando quando necessário. Leve os
bebês que ainda não andam no colo, apro-
ximando-os da rampa para que possam
fazer suas pesquisas dentro de suas possi-
bilidades motoras, fortalecendo suas des-
cobertas. Registre a atividade com fotos,
vídeos e pequenas anotações para reflexão
posterior.

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: O bebê explora os materiais na rampa e
quando chega no meio do trajeto se engaja
por um tempo, tentando abrir a tampa da
caixa com os dedinhos. Após algumas ten-
tativas, segura a caixa e começa a balançar.
Ao perceber que uma pontinha da tampa
da caixa se levanta, retoma a exploração
com os dedos e consegue abri-la.

Em seguida, atente-se ao grupo de be-


bês que está chegando ao final do trajeto
e como eles estão engajados na proposta.
Veja quais foram os pontos de maior inte-
resse, por quais objetos eles já passaram
e quais importantes incentivos você pode
proporcionar. Até esse momento, as crian-
ças devem estar envolvidas no percurso de
diferentes formas em suas explorações.

Para finalizar:

Com a aproximação da finalização da pro-


posta, fale para os bebês que irão começar
a organizar o espaço. Convide-os para par-
ticipar de forma conjunta. Para ajudar na
localização temporal, avise-os sobre qual
será o próximo acontecimento do dia, ga-
rantindo uma predição do que irá aconte-
cer. Informe o quanto é importante orga-
nizar o espaço antes de seguirem para a
próxima experiência. Valorize e encoraje
as iniciativas dos bebês neste momento.
Para auxiliar na determinação do momento
de arrumação, você pode utilizar a música
“Para arrumar a bagunceira”, do grupo Pa-
lavra Cantada.

Desdobramentos
Parte da proposta inclui subir, descer, en-
gatinhar, escalar etc. Outras propostas
podem ser reapresentadas aos bebês no
próprio percurso inclinado, para ampliar as
experiências: fechos de lencinho com ima-
gens ou fotos deles, texturas diversas (saco
com gel, bolinhas, aquecido, gelado etc.),
trechos com tecido de textura áspera e ou-
tras ideias. O percurso pode ser montado
na sala de referência, no corredor ou na
área externa da escola, propondo sempre
em um local que seja significativo para os
bebês.

Engajando as famílias
Convide as famílias para participarem des-
ta vivência trabalhando as habilidades mo-
toras com os bebês no quintal de casa, no
parque da cidade, na pracinha do bairro, ou
até mesmo entrando na escola, utilizando
o parque com os bebês. Peça às famílias
um relato contando como foram essas ricas
experiências para compor um mural coleti-
vo na escola, onde possam ser colocados os
depoimentos enviados, os registros feitos e
a reflexão realizada por parte dos professo-
res.
Plano de aula 205: Brincando de usar o ba-
nheiro

O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para realizar esta atividade, é importante


que você solicite à família, por meio de car-
ta ou diálogo, um relato sobre o desfralde.
Identifique se esse tema já se iniciou por
parte da família ou da criança, como tem
sido esse processo e como ele tem evoluí-
do.

Materiais:

Cadeiras, tecido (TNT, lençol etc.) bacia,


bonecas, fraldas, potes, rolos de papel hi-
giênico, barbante, garrafas pet. Utilize o
espaço da sala para criar um cenário onde
as crianças brinquem de banheiro, explo-
rando seus usos por meio do faz de conta.
Por isso, é preciso contar com materiais
que representem um vaso sanitário, uma
pia, o papel higiênico, a cortina, o penico
etc. Organize a sala em forma de estações
ou cantos, incluindo bonecas sentadas nos
penicos de potes de garrafa pet e outras
usando fraldas.

Espaços:

Antes do início da atividade, será necessá-


ria criar um ambiente de simbolização do
banheiro. As cadeiras podem ser utilizadas
como vasos e penicos. Disponibilize rolos
de papel higiênico e, ainda, uma bacia para
simbolizar uma pia para a higienização das
mãos. O barbante pode ser colocado de
uma parede até a outra, dividindo o espa-
ço ao meio, assim, somente o espaço da
porta ficará coberto pelo tecido e você po-
derá observar como as crianças brincam
desse faz de conta. Considere também que
elas vão brincar, explorar e investigar com
a representação do banheiro e com a brin-
cadeira de bonecas com uso de penicos e
fraldas.

Tempo sugerido:

Entre 30 minutos e uma hora.

Perguntas para guiar suas observações:


1. As crianças conseguem falar sobre sua
relação com a fralda, o desfralde e o uso do
banheiro? Há distorções em relação aos re-
latos trazidos pelas famílias? Elas escutam
os colegas?

2 .Como as crianças se relacionam com os


materiais e com o cenário na brincadeira
de faz de conta? Quais as representações
que fazem? Como essas representações se
relacionam com as manifestações nas ro-
das de conversa?

3. Quais apoios as crianças buscam, tanto


nas conversas como nas brincadeiras, do
adulto e de outras crianças?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
às necessidades e às diferenças de cada
criança ou do grupo. Atente-se para que a
simbolização do ambiente de banheiro seja
acessível para todas as crianças. Tenha o
mesmo cuidado com a disponibilização das
bonecas, dos penicos e das fraldas. Observe
interesses e necessidades de forma indivi-
dual e do grande grupo. Ofereça apoio às
crianças que têm mais dificuldades em se
comunicar nos momentos de conversa no
grande grupo, assim como na exploração e
no compartilhamento de materiais e de en-
redos com colegas durante as brincadeiras.

O que fazer durante?

Convide o grande grupo para explorar os


brinquedos, os cenários, os espaços e as
brincadeiras propostas de maneira livre. In-
centive a interação de modo simbólico e a
organização em pequenos grupos de inte-
resse. Observe a brincadeira de exploração,
a intimidade e a segurança de interação
das crianças, em especial quais estratégias
elas usam no faz de conta com todos os
objetos ofertados na figuração do banhei-
ro e com as bonecas. Apoie a curiosidade
delas acompanhando seus encantamentos
e as possíveis descobertas do faz de conta,
sempre brincando junto com as crianças.

Permita que as crianças se organizem den-


tro dos centros de interesse da maneira
livre e de acordo com o desejo delas, de
brincar sozinhas, em duplas, trios ou pe-
quenos grupos. Durante as brincadeiras
busque diálogos desafiadores e que aju-
dem as crianças no protagonismo delas
diante do desfralde e informe que esse é
um aprendizado construído em parceria
com as famílias delas, para que elas se sin-
tam seguras e acolhidas nessa decisão.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Acho que minha filha está pronta para
dar tchau para a fralda dela, porque ela já
tem a sua idade, dois anos, e já me conta
quando fez xixi e cocô. Que legal, seu filho
já não usa mais fralda, vejo que tem o aju-
dado muito, você é um papai muito bom.

Continue brincando junto com as crianças


como forma de engajar todas elas no tema
e de ajudá-las a encontrar um ponto de ex-
ploração dentro dos espaços proporciona-
dos.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Faz de conta que eu estou muito aper-
tada para fazer xixi. Olha um banheiro ali,
ai que bom, estou apertada para fazer xixi
pois bebi muito suco. Diante da interação
com o banheiro e o brincar simbólico.
Minha filha hoje vai usar o penico pela pri-
meira vez, diante da interação com as bo-
necas e o brincar simbólico.

Para finalizar:

Avise que o momento de exploração do


ambiente termina em dez minutos. Após
cinco minutos avise novamente. Ao fim dos
cinco minutos, informe ao grande grupo
qual será a próxima atividade e que preci-
samos preparar a sala para ela, assim, con-
vide as crianças para ajudar nessa arruma-
ção.Ao perceber que alguma criança não
está ajudando, entregue um brinquedo na
mão dela, peça ajuda para guardá-lo e in-
dique onde ela pode fazer isso. Cante uma
canção que marque com o grupo os mo-
mentos de arrumação.

Sugestão: Nós Vamos Guardar, de Fabiana


Godoy

Desdobramentos
Monte o cenário do banheiro em um canti-
nho da sala e deixe-o disponível por vários
dias, assim, esse faz de conta pode ser ex-
perimentado diversas vezes. Bem como a
disposição das bonecas, fraldas e penicos.
Durante o brincar livre, utilize esse espa-
ço para retomar o faz de conta do tema do
desfralde de maneira lúdica. Desse modo
você pode acompanhar, ajudar e incentivar
crianças e famílias durante cada etapa do
processo.

Engajando as famílias
Conte aos responsáveis que foram feitas
muitas brincadeiras de faz de conta na es-
cola e que elas podem continuar em casa.
Avise que os cenários e as brincadeiras pro-
postas hoje ficarão disponíveis na sala e
que serão repetidas e incentivadas. E que
cartas, ou diálogos com a família, serão
mantidas como forma de comunicação e
de estabelecimentos de combinados co-
muns no encaminhamento do processo de
desfralde. Assim, dúvidas e esclarecimen-
tos ficam mais fáceis nessa troca entre fa-
miliares e escola. Convide os responsáveis
para conversar sobre o tema com as crian-
ças, peça que as incentivem e encorajarem
as tentativas de acerto.
Plano de aula 206: Conversando sobre o ba-
nheiro

O que fazer antes?


Contextos prévios:

É importante que o professor conheça as


crianças e saiba em que fase cada uma se
encontra em relação ao processo de des-
fralde, por meio de informações trocadas
entre escola e família.

Materiais:

Imagens de crianças com características fí-


sicas diversas que demonstrem estar aper-
tadas para ir ao banheiro; aliviadas após fa-
zer xixi ou cocô; fazendo caras e expressões
corporais ao fazerem cocô; correndo para
chegar ao banheiro ou fazendo a higieniza-
ção das mãos. Barbante e pregadores.

Espaços:

Planeje que a atividade comece com uma


roda de conversa com o grande grupo so-
bre as expressões corporais realizadas an-
tes e após o xixi e o cocô. As imagens de-
vem estar na altura das crianças e atender
a amplitude corporal e gestual da turma.
Elas podem estar dispostas de diferentes
formas: nas paredes, no chão, em mesas ou
penduradas, como em um varal.

Tempo sugerido:

Entre 20 minutos e 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Quais conhecimentos básicos relativos


aos conceitos: agora, antes, durante, de-
pois, rápido e devagar as crianças demons-
tram ter? Como expressam esses conheci-
mentos?

2. Quais as estratégias usadas pelas crian-


ças para comunicar a necessidade de uso
do banheiro?

3. Como as crianças expressam suas per-


cepções e compreensões acerca do tema?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
às necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Tenha um olhar atento
para as crianças que necessitam de apoio e
acolhimento afetivo para lidar com o tema
do desfralde, a partir do conhecimento pré-
vio que possui sobre o grupo. Durante o
uso do banheiro, ajude e promova a auto-
nomia em todas as etapas do uso social do
banheiro.

O que fazer durante?

Convide o grande grupo para se sentar em


roda no chão. Conte que vamos fazer uma
investigação por nossos rostos e corpos,
para descobrir como eles se comunicam
conosco antes e depois do uso do banheiro.
Durante essa conversa, proponha desafios
de interpretação de comunicação facial e
corporal, proporcionando o protagonismo
das crianças no reconhecimento dos sinais
do corpo.

Converse com as crianças de modo a aco-


lher seus depoimentos, dúvidas e curiosi-
dades. Proporcione momentos de falas in-
dividuais para as que manifestaram desejo
de se expressarem. Pergunte quem já usa o
banheiro e questione quais estratégias elas
desenvolveram para saber que o cocô e o
xixi estão vindo.

Coloque à disposição imagens de crianças


com características físicas diversas, que
demonstrem: estar apertadas para ir ao
banheiro; aliviadas após fazer xixi ou cocô;
fazendo caras e expressões corporais, ao fa-
zer cocô; correndo para chegar ao banhei-
ro; fazendo a higienização das mãos. Dei-
xe que cada criança tenha uma imagem e
proponha um rodízio entre elas. Enquanto
a turma observa as fotos, informe que elas
ficarão disponíveis na sala de atividades e
que todos poderão consultá-las em outros
momentos.

Possíveis falas do professor nesse momen-


to: Eita, acho que está acontecendo algu-
ma coisa com essa criança da figura! Vejam
como estão as pernas e o rosto dela. Será
que ela está com pressa de chegar em al-
gum lugar? Quem já ficou assim também?
Quem ela poderia chamar para ajudá-la a
ir ao banheiro? Será que ela vai conseguir
chegar a tempo? E se não for possível, o
que pode acontecer?

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: elas podem, por exemplo, apontar para
as figuras, tentando imitá-las ou procuran-
do alguma forma de indicar que reconhe-
cem a expressão.

Durante a rotina diária, ao notar que al-


guma criança está apertada para o xixi ou
o cocô, convide-a para a observar as ima-
gens. Esse momento de observação pode
ajudar a criança a verbalizar e validar a ne-
cessidade de ir ao banheiro. Leve a criança
ao banheiro e, ao retornar, convide-a para
observar novamente as imagens. Conver-
se sobre como ela se sente após o uso do
banheiro. Para finalizar, pergunte se ela de-
seja mostrar as imagens do antes e depois
para os amigos. Apoie a criança no que ela
precisar nesse momento do desfralde.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Vejo que você não está conseguindo se
concentrar nessa brincadeira. Suas pernas
não param quietas, o que será que seu cor-
po quer te dizer? Será que algumas dessas
imagens está parecida com você agora?
Diante do varal das imagens: Pronto, ago-
ra que você usou o banheiro, vai conseguir
brincar com tranquilidade e conforto.
Para finalizar:

Avise ao grande grupo que dentro de dez


minutos todos irão guardar os materiais,
pois uma atividade vai começar. Depois de
cinco minutos, avise novamente. Passa-
do o tempo, convide o grande grupo para
guardar os brinquedos e organizar a sala.
Ao perceber que alguma criança não está
ajudando, entregue um brinquedo na mão
dela, peça ajuda para guardar e indique
onde ela pode fazer isso. Cante uma can-
ção que marque com o grupo os momen-
tos de arrumação.

Sugestão: Nós Vamos Guardar, de Fabiana


Godoy.

Desdobramentos
O incentivo ao reconhecimento de expres-
sões faciais e corporais é muito importante
e desperta muito interesse nas crianças.
Por isso, disponibilize essas imagens no ba-
nheiro também. Caso alguma criança ou
grupo goste de observar essas fotos, pro-
ponha a imitação das expressões corporais
e faciais, de acordo com o interesse das
crianças.

Engajando as famílias
Compartilhe com as famílias a proposta de
ajudar as crianças a reconhecerem sinais
corporais, como a necessidade de uso do
banheiro. Explique quais são esses sinais,
como elas podem ajudar os pequenos nes-
se processo do desfralde e disponibilize as
imagens da atividade para os pais interes-
sados.
Plano de aula 207: Visita e exploração do
banheiro

O que fazer antes?


Contextos prévios:

É importante que o professor conheça as


crianças e saiba em que fase cada um se
encontra em relação ao processo de des-
fralde, inclusive com informações trocadas
entre escola e família.

Materiais:

Materiais do cotidiano das crianças, que


podem ser encontrados na própria unida-
de: bonecas que apresentem diferentes ca-
racterísticas físicas, penicos, que podem ser
representados por potes de garrafas pet,
fraldas e outros objetos que julgar bons
componentes dentro desse ambiente de
brincar simbólico. Um livro referente ao
desfralde, caso a escola tenha no acervo, e
demais livros da preferência da turma. Ta-
pete, manta ou TNT.

Espaços:
Utilize o espaço da sala do grupo para criar
estações ou centros de brincadeiras

com bonecas sentadas em penicos, bone-


cas de fraldas e bonecas sem fraldas.

Produza outro ambiente convidativo à


leitura e à exploração dos livros, decora-
do com tapete e almofadas, livros que as
crianças gostem e sobre o tema do desfral-
de.

Tempo sugerido:

Entre 30 e 45 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como as crianças demonstram interesse


em usar o banheiro? Quais as estratégias
usadas pelas crianças nessa comunicação?

2. Quantas crianças da turma já fazem co-


municação verbal anterior ou posterior do
xixi ou cocô na fralda?

3.Quantas crianças verbalizam ou comu-


nicam, por expressões faciais e corporais,
algum desconforto com o tema do desfral-
de?

4. De que maneira é possível perceber a


maturidade da criança para o início do des-
fralde durante os momentos de brincar li-
vre e simbólico?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
às necessidades e às diferenças de cada
criança ou do grupo.Ajude as crianças na
exploração do ambiente do banheiro e no
uso social dele (descer a roupa, sentar no
vaso, limpar as partes íntimas, subir a rou-
pa e higienizar as mãos). Atente-se para
expressões corporais e faciais das crianças
durante as brincadeiras simbólicas e livres.

O que fazer durante?


1

Mostre ao grande grupo que organizou um


grande espaço de brincadeiras e um outro
espaço aconchegante, para interação com
livros e leitura de histórias. Permita que as
crianças se organizem da maneira como
preferirem, em duplas, trios, individual-
mente ou em pequenos grupos. Durante
esse momento tenha um olhar atento para
cada criança e seus possíveis sinais corpo-
rais de necessidade de usar o banheiro.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Nossa você está mexendo muito as per-
nas, por que será que você está assim. Pre-
cisa de ajuda?
Olha só, você está muito agitado, não con-
segue nem aproveitar a brincadeira, vamos
ao banheiro fazer esse xixi e depois você
volta para brincar com tranquilidade?

Possíveis ações da criança neste momento:


Negação diante do convite de conhecer o
banheiro. Demonstrar satisfação, entusias-
mo. Olhar investigativo e explorador.

Ao chegar ao banheiro, converse sobre


como esse espaço é usado dentro da cul-
tura das crianças. Observe-as, apoie a au-
tonomia e instigue as curiosidades, acom-
panhando encantamentos e possíveis
descobertas. Deixe que a criança use o ba-
nheiro no tempo dela e, caso necessário,
ofereça ajuda para descer ou subir a roupa,
limpar a genitália e fazer a higienização das
mãos. Converse sobre a necessidade de pri-
vacidade e sobre o cuidado que o adulto
precisa ter com a criança ao ajudar nesse
momento. Dúvidas e curiosidades quanto
às características físicas podem surgir. Faça
o acolhimento e ajude as crianças a perce-
ber que as pessoas têm características físi-
cas diferentes, respeitando essas diferen-
ças.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Quando podemos vir ao banheiro? De-
pois que deixamos de usar fraldas o ba-
nheiro é o lugar onde devemos ir para faxer
xixi e cocô. Não é legal fazer xixi na grama
ou na rua pois pode causar doenças. Vou
ajudar você a se limpar agora, tá!?

Possíveis falas das crianças neste momen-


to: Por que ele faz xixi em pé?

Possíveis ações da criança neste momento:


Ficar contente por ter usado o banheiro.

Durante o brincar simbólico, observe quais


brincadeiras são iniciadas pelas crianças
com os ambientes, brinquedos e materiais
disponíveis. Você pode investigar se exis-
te uma necessidade de trabalhar o brincar
simbólico dos meninos com as bonecas
(caso não seja de interesse de muitos deles
interagir em brincadeiras com elas), o tema
do desfralde e o cuidado um com o outro.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Do que vocês estão brincando? Que le-
gal, então essa criança já não usa mais fral-
da? Diante de uma brincadeira onde uma
boneca seja colocada no penico. Os meni-
nos podem fazer de conta que são papais
das bonecas”. Apesar de termos algumas
diferenças no nosso corpo, todos nós pode-
mos cuidar uns dos outros.

Possíveis falas da criança neste momento:


Quem cuida dos bebês é a mãe. Bonecas
são brinquedos de meninas. Diante de ou-
tros meninos que se mostrem interessados
e engajados na brincadeira com as bone-
cas.

Possíveis ações da criança neste momen-


to: Ignorar o tema ou mostrar desconforto.
Nesse caso, busque indicar outras brinca-
deiras disponíveis, desenho livre e os livros.

No caso de alguma criança demonstrar


desconforto e insegurança diante do seu
convite de ida ao banheiro, busque acolhê-
-la com muito cuidado e afetividade. Tente
investigar o porquê da negação, ofereça
ajuda, busque acolhê-la e tornar a ida ao
banheiro mais atrativa para ela, respeitan-
do seus limites.

Possíveis ações da criança neste momento:


Isolamento, choro e agressividade.

Possíveis falas da criança neste momento:


Não estou com vontade de fazer nem xixi e
nem cocô. Não preciso ir ao banheiro.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Tudo bem, eu estou aqui com você, eu
te ajudo. Podemos apenas ir visitar o ba-
nheiro, quando você chegar na privada,
pode ser que a vontade apareça.
Para finalizar:

Avise ao grande grupo que dentro de dez


minutos iremos guardar os materiais para
nossa próxima atividade. Depois de cinco
minutos, avise novamente. Ao final dos cin-
co minutos, convide o grande grupo para
guardar os brinquedos e organizar a sala.
Ao perceber que alguma criança não está
ajudando, entregue um brinquedo na mão
dela, peça ajuda para guardá-lo e indique
onde ela pode fazer isso. Cante uma can-
ção que marque com o grupo os momen-
tos de arrumação.

Sugestão: Nós Vamos Guardar, de Fabiana


Godoy .

Desdobramentos
O uso do banheiro deve ser feito todas as
vezes que a criança sinalizar ou o que pro-
fessor perceber a necessidade disso.

Engajando as famílias
A educação das crianças é uma ação con-
junta entre família e escola. Informe aos
pais sobre o desenvolvimento do desfralde
e sobre como as crianças reagiram. Se co-
loque à disposição para ajudar os respon-
sáveis a encontrar alternativas que possam
facilitar a abordagem desse tema com a
criança, como uma troca de livros sobre o
assunto entre as famílias e a escola.
Plano de aula 208: O que tem dentro da
sua fralda?

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Para realizar essa leitura, prepare um am-


biente aconchegante com uma colcha ou
tapete, que pode ser um lençol, TNT ou to-
alhas de banho. Coloque o livro no meio
da roda. Se a Unidade de Educação Infantil
possuir almofadas, espalhe algumas delas
pelo tapete. Deixe a disposição das crian-
ças bonecas, pelúcias, penicos de garrafa
pete, fraldas e outros brinquedos disponí-
veis na sala que sejam da preferência delas.

Materiais:

Livro “O que tem dentro da sua fralda?”.


Penicos, que podem ser representados por
potes de garrafa pete, bonecas, fraldas, pe-
lúcias e brinquedos disponíveis na sala. Te-
cidos para serem usados como tapete e al-
mofadas, caso esteja disponível na Unidade
de educação Infantil.

Espaços:
Sala ou área externa.

Tempo sugerido:

Entre 30 minutos e 1 hora.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como as crianças se relacionam com o


livro? Quais observações fazem diante da
história?

2. As crianças conseguem acompanhar o


crescimento dos personagens ao longo da
história? Quais estratégias elas usam para
demonstrar isso?

3. Como as crianças expressam suas per-


cepções e compreensões acerca do tema?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Convide as crianças mais
agitadas e que podem necessitar de uma
invocação constante a abrirem as abas das
fraldas ao longo da história, para consegui-
rem manter a concentração na leitura.

O que fazer durante?

Planeje que a leitura de histórias aconteça


com o grande grupo reunido em círculo no
tapete. Mostre para as crianças que orga-
nizou um aconchegante espaço de leitura
e que em seguida elas poderão brincar li-
vremente. Após a leitura, mostre ao grande
grupo que alguns brinquedos estão à sua
disposição. Neste primeiro momento, deixe
que as crianças sejam as protagonistas das
brincadeiras. Observe como elas interagem
com os penicos, fraldas, bonecas e demais
brinquedos, e se o brincar simbólico está
presente nessas interações. Após o início
das brincadeiras você pode se introduzir
devagar nos pequenos grupos, trazendo
elementos da história.

Com o grande grupo reunido, inicie a lei-


tura criando entonações diferentes para a
narração e para cada personagem ao longo
da história. Com perguntas, crie suspense
em relação a investigação das fraldas dos
amigos desenvolvida por Ratinho e convide
as crianças para abrirem as abas.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Vocês também são curiosos, investigam
todos os brinquedos aqui da sala. Como o
cachorro fala? Au! Au! Au! pode sim Au! Au!

Essa fala pode ser repetida com os demais


animais da história: Eita, o que será que
tem dentro da fralda do cachorro? Como
será o cocô do bezerro? Será que todos os
animais fazem cocô? Quem já usou o peni-
co? Olha, o ratinho já não é mais um bebê,
ele está crescido e deu tchau para a fralda
dele. Olha que legal, Ratinho ajudou todos
os seus amigos a usar o penico!

Possíveis falas da criança neste momento:


O cocô da cabra é engraçado. Acho que na
fralda do porco tem xixi. Meu cocô é assim.
Eu também faço cocô na fralda.

Possíveis ações da criança neste momento:


Risadas dos cocôs. Expressões de expecta-
tivas diante da abertura das fraldas.

Durante a brincadeira com as bonecas, fral-


das, pelúcias, penicos e demais brinquedos
iniciadas pelas crianças.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Minha filha está querendo dar tchau
para a fralda dela, será que o Ratinho pode-
ria ajudar ela também? O que tem dentro
da fralda da sua boneca? O que posso fazer
quando meu filho crescer mais um pouco e
o penico ficar pequeno para ele?
Possíveis falas da criança neste momento:
Essa pelúcia faz cocô igual ao do coelho.
Meu cocô parece com o do cachorrinho.
Vou tirar a fralda dessa boneca e colocar ela
para fazer cocô no penico, igual na história.

Possíveis ações da criança neste momento:


Permanecer na roda de leitura convidando
outras crianças a escutarem a história no-
vamente. Investigação do livro em peque-
nos grupos. Investigar a fralda dos amigos.

Para finalizar:

Ao perceber que a maioria das crianças es-


tão cansadas ou iniciando outras brinca-
deiras fora do tema, avise ao grande grupo
que dentro de 5 minutos irão guardar os
materiais para a próxima atividade. Depois
de 5 minutos, avise que está na hora de
guardar os brinquedos e organizar a sala.
Convide um pequeno grupo de 3 crianças
para te ajudar a dobrar o tapete. Ao perce-
ber que alguma criança não está ajudando,
entregue um brinquedo na mão dela, peça
ajuda para guardar e indique onde pode
guardar. Cante uma canção que marque
com o grupo os momentos de arrumação.
Sugestão: “Nós Vamos Guardar, de Fabiana
Godoy” .

Desdobramentos
Esse livro pode fazer parte do acervo da
sala durante um tempo. Dessa forma, essa
atividade poderá ser ouvida várias vezes.
Uma boa hora para fazer a contação dessa
história é durante os momentos de espera
entre uma atividade e outra.

O professor pode propor que cada criança


escolha um animal do livro, desenhe o cocô
dele e faça uma exposição na área ou no
corredor da sala. Repita essa atividade por
mais vezes, de acordo com o interesse das
crianças pelo livro.

Engajando as famílias
Conte para as famílias como foi prazerosa a
leitura da história, as conversas e investiga-
ções sobre o cocô, fraldas e penicos. Incen-
tive os responsáveis a conversarem com
as crianças sobre o tema. Proponha que,
durante o restante da semana, essa ativi-
dade possa ser repetida com os livros das
crianças, e que, para isso, os pais poderão
colocar um livro na mochila do filho para a
leitura. Informe que ao final da semana ele
será devolvido.
Plano de aula 209: Orientações para des-
fralde

O que fazer antes?


Contextos prévios:

O tema do desfralde é um processo mui-


to importante para as crianças, que pode
gerar muita ansiedade, tanto nos respon-
sáveis quanto na criança. Por isso, é impor-
tante não ter pressa e envolver a criança
em situações lúdicas relacionadas ao uso
do banheiro. Família e escola necessitam
caminhar juntas nesse processo. Diálogos,
alinhamentos e trocas de experiências são
iniciativas muito importantes. As crian-
ças geralmente têm uma rotina para fazer
cocô. É necessário conhecê-la, fazer nota
de horários, frequência e passar essas in-
formações para o professor. É importante
saber que o controle das necessidades de
fazer xixi e cocô é um processo que integra
fatores biológicos, emocionais e cogniti-
vos. É preciso respeitar o tempo da criança
nesse processo.O início do desfralde, prefe-
rencialmente, é combinado entre família,
escola e criança. A família inicia no fim de
semana e a escola dá continuidade, sem-
pre buscando alinhamentos. Caso a famí-
lia queira retroceder ao desfralde é funda-
mental que a escola apoie e a ajude. No
entanto, buscando compreender toda a si-
tuação da criança, avaliando juntos os pró-
ximos passos para essa conquista.

Materiais:

Materiais utilizados para uso do banheiro


e desfralde. Indique que os responsáveis
mandem mais mudas de roupas, calcinhas
ou cuecas.

Espaços:

Escola e contexto familiar.

Tempo sugerido:

Primeira semana inicial do desfralde até


enquanto o professor e família observar
que existe a necessidade de acolher o pe-
queno grupo ou a criança nesse aspecto.

Perguntas para guiar suas observações:

1. De que maneira a criança demonstra os


sinais iniciais de maturidade para o desfral-
de? Exemplo: avisar sobre o xixi e cocô an-
tes ou após fazer; aumento no tempo em
que permanece com a fralda seca; incômo-
do com a fralda cheia.

2. Como a criança demonstra interesse em


relação ao banheiro?

3. A criança apresenta um nível de matura-


ção no controle motor do corpo propício ao
desfralde? De que maneira? Consegue an-
dar, abaixar, levantar, girar sobre si mesma,
correr e parar com certa desenvoltura?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. As duas primeiras semanas
do desfralde requerem mais atenção quan-
to a manutenção de convites para uso do
banheiro em intervalos pequenos. Apoie a
criança em suas necessidades no proces-
so de desfralde de acordo com o uso social
da sua cultura. Alinhamento entre a família
e a escola ajudam a tornar esse momento
mais confortável e seguro para a ambos. Os
ritmos do desfralde podem variar entre as
crianças, busque acolher, ajudar e atender
todas as demandas de maneira única.

O que fazer durante?

O desfralde preferencialmente acontece


quando a criança já dá sinais de preparo
emocional e corporal. Dentro da escola, não
precisa ser feito com todo o grande grupo
ao mesmo tempo, mas sim de acordo com
o preparo de cada criança ou grupo de
crianças e a demanda da família.Se a famí-
lia iniciou o desfralde em casa, assim que a
criança chegar na escola parabenize com
entusiasmo mais essa conquista. Pergunte
se ela quer compartilhar com seus amigos
e o que tem achado de usar o banheiro. No
caso do desfralde ser iniciado pela escola,
aproveite um momento onde esse tema
esteja sendo abordado para fazer o convite
de retirada da fralda, como em uma conta-
ção de história ou brincadeira de bonecas,
fraldas e penicos. Assim, o convite de retirar
a fralda e ir ao banheiro acontece de ma-
neira lúdica e sem pressão. Nessa etapa, as
crianças podem pedir para ir ao banheiro
várias vezes em intervalos muito pequenos,
segurar xixi e cocô por intervalos muito
grandes e ter escapes de cocô e xixi.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Hoje iremos visitar o banheiro algumas
vezes para você fazer xixi ou cocô, tudo
bem? Quando você sentir que a vontade
de fazer xixi ou cocô está chegando pode
me chamar que eu ajudo você, certo?

Possíveis falas da criança neste momento:


Entusiasmo, curiosidade de manutenção
do desfralde se reconhecendo como capaz
de superar desafios. Negação quanto ao
uso do banheiro para o cocô ou xixi.

Nos dias que se seguirem, proporcione mo-


mentos de reconhecimento da linguagem
corporal sobre a necessidade de fazer cocô
ou xixi. Busque conhecer o sentimento da
criança em relação ao fato de conseguir
usar a privada para o xixi ou cocô. Mante-
nha contato de alinhamento com a família
sobre o processo do desfralde pela agenda,
bilhete ou pessoalmente nos momentos de
chegada e saída.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Vejo que você não está conseguindo se
concentrar na brincadeira, você está sapa-
teando muito, será que seu corpo não está
tentando te falar que está na hora de ir ao
banheiro? Vou te ajudar a ir no banheiro
agora, já deve ter muito xixi na sua barri-
ga. Pronto, agora que você foi ao banheiro
pode voltar a brincar e se concentrar.
3

Converse com a criança sobre quais mo-


mentos a fralda poderá ser colocada nova-
mente, para ajudá-la a ficar mais segura e
confortável ou no caso de não ter banhei-
ros por perto. Soneca do dia e da noite,
passeios longos dentro de meios de trans-
portes e possíveis dificuldades em fazer
cocô. Assim que a fralda passar a ficar seca
durante a noite toda, ou a criança passar
a acordar diante da necessidade de usar o
banheiro, a fralda noturna e a do sono du-
rante o dia podem ser retiradas. Comuni-
que essa retirada com a criança e as famí-
lias e busque conhecer seus sentimentos
diante de mais uma conquista.

Nas semanas seguintes avalie como o des-


fralde tem acontecido e aspectos como:

A criança está avisando sobre a necessida-


de de usar o banheiro? Tem conseguido
fazer xixi e cocô na privada? Sua rotina de
cocô ou xixi variou muito nesses dois pri-
meiros dias? O processo tem gerado muita
ansiedade, de que forma é possível perce-
ber essa ansiedade? Os escapes são mais
frequentes que as idas ao banheiro com
sucesso, principalmente para o xixi?
Siga levando ascriançasao banheiro mes-
mo que digam que não estão com vonta-
de, dizendo que é importante ir para ver se
a vontade vem ao sentar na privada. Apro-
veitar todas as idas ao banheiro para lavar
mãos, escovar dentes etc. para oferecer o
uso da privada. Por vezes orientar que se
despeçam do coco e do xixi ao terminarem
e darem a descarga. Levar uma criança
em processo de desfralde para o banheiro
junto com uma que já é experiente no uso
do banheiro e já realizou o desfralde ajuda
bastante.

Durante o processo do desfralde é impor-


tante a realização de momentos de brinca-
deira de faz de conta com bonecas, massi-
nha de modelar, penicos, fraldas, leituras e
contação de histórias relacionadas ao tema
do desfralde. Essas atividades ajudam as
crianças a demonstrar imagem positiva de
si e confiança em sua capacidade para en-
frentar dificuldades e desafios.

O papel da escola é o de apoiar e ajudar as


famílias, portanto ajudando com diálogos,
literaturas e apoiando em suas dúvidas e
angústias relacionadas ao processo.

De acordo com o seu conhecimento da ro-


tina de xixi e cocô da criança, busque ob-
servar em quais contextos a criança não
comunica a necessidade de ir ao banheiro.
Quando há uma criança que deixa esca-
par sempre, mesmo após um período lon-
go de desfralde, pode ser por ainda não
compreender os sinais de comunicação do
corpo relacionados ao xixi ou cocô ou por
não querer parar a brincadeira para ir ao
banheiro. Neste caso, não trocar imediata-
mente um escape de xixi, para que fique
incomodada com a calça molhada, e con-
versar sobre como elas perdem mais tem-
po tendo que trocar a roupa do que paran-
do a brincadeira para avisar que precisam
fazer xixi podem ajudar essa criança a se
organizar melhor. Ela pode estar acostu-
mada a fazer o cocô de uma forma que o
uso social do banheiro não contempla ou
apresentar medo da privada. Uma mudan-
ça assim na rotina pode trazer estranha-
mento e negação. Apoie emocionalmente
para que ela perca esse medo e construa
com a criança uma reorganização dessa
rotina do cocô usando a privada, de acordo
com a cultura dela.

Para finalizar:

Durante todo o processo do desfralde man-


tenha uma rotina de convites para ir ao
banheiro. Observe se a criança continua
comunicando a necessidade de uso do ba-
nheiro com uma boa frequência para o xixi
e cocô e como tem ficado a fralda durante
os momentos de sono. É comum que, após
o desfralde, a criança desenvolva ainda
mais seu controle dos esfíncteres no xixi e
no cocô, aumentando o intervalo de ne-
cessidade do uso do banheiro. As crianças
apresentam ritmos diferentes em relação
ao desfralde e o professor deve ficar atento
para não fazer cobranças e comparações
que geram mais ansiedade e não ajudam
na construção de uma imagem positiva de
si. Converse com a criança sobre seu de-
senvolvimento diante do desfralde, suas
conquistas e como gradativamente esse
desfralde será completo.
Desdobramentos
A cada criança, dupla ou trio que for des-
fraldar, o professor deve repetir os proce-
dimentos.Outra sugestão interessante é
a montagem de um ambiente na sala do
grupo para a construção de um banheiro
simbólico, para que as crianças brinquem
de faz de conta fazendo apropriação do uso
social do banheiro.

Engajando as famílias
Mantenha um diálogo constante com a fa-
mília quanto ao desfralde da criança. Pro-
ponha que ela também ofereça no con-
texto familiar leituras e momentos lúdicos
onde o tema do desfralde seja abordado.
Também é possível propor um convite às
famílias para um rodízio de leitura de his-
tórias na sala das crianças. Considere que
a família pode querer retroceder no pro-
cesso, mesmo depois de conversar com a
escola. Se isso acontecer, acolha a família
e trabalhe de forma mais individualizada
para que todos possam agir juntos, em prol
da criança
Plano de aula 210: Cantigas com os nomes
das crianças

O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para que esta atividade seja realizada, é ne-


cessária a rotina de cantar músicas que en-
volvam nomes próprios.

Sugestões: Música “Bom dia, com alegria” .


Aqui, você pode colocar o nome da criança
no lugar da expressão “com alegria”.

Outras sugestões estão disponíveis neste


link

Materiais:

Fontes sonoras variadas: chocalhos, pandei-


ros, tambores, guizos, sinos etc. Materiais
construídos anteriormente pelas próprias
crianças também são bem-vindos. Alguns
exemplos: latas, pedaços de madeira, garra-
fas, panelas, colheres de pau e potes, entre
outros.
Se for possível, leve seu celular, uma má-
quina fotográfica ou uma filmadora para re-
gistrar a atividade.

Espaços:

Organize a sala e garanta que as crianças


possam se movimentar livremente pelo
espaço e manusear as diferentes fontes so-
noras disponibilizadas. Assegure que bebês
que ainda não engatinham estejam inseri-
dos na roda ou no centro delas, em cadei-
rinhas ou colchonetes. Você também pode
levá-los no colo, observando as manifesta-
ções deles.

Tempo sugerido:

40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como as crianças interagem com a pro-


posta? Apontam novas possibilidades de
brincadeiras com as cantigas? Quais? Elas
se expressam de que forma?

2. No convite ao manuseio das fontes so-


noras demonstram interesse, procuram
acompanhar as músicas e como o demons-
tram?

3. Por meio de quais ações as crianças indi-


cam que estão reconhecendo a si mesmas
quando chamadas pelos nomes próprios?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
às necessidades e diferenças de cada um.
Identifique se o espaço é tranquilo e silen-
cioso, de modo que as canções com nomes
próprios sejam ouvidas. Participe e promo-
va a interação e a ajuda mútua. Contem-
ple diferentes alternativas para que todos
os bebês escutem claramente as músicas.
Mude de lugar, aproxime as fontes sonoras
do corpo do bebê e observe as diferentes
formas de expressão de cada criança.

O que fazer durante?


1

Convide o grupo todo de bebês a se sentar


com você em roda e explique a proposta
da atividade. Garanta que todos estejam
confortáveis e inseridos na roda ou no cen-
tro dela, em cadeirinhas, em cima de um
colchonete ou no colo. Pergunte quem
quer iniciar alguma música em que você
possa colocar o nome deles. Faça, quando
possível, registros em vídeo e/ou fotos.

Comece a atividade cantando a música


que as crianças sugerirem. Cante cada
música proposta por elas e aproveite este
momento para ampliar o repertório dos be-
bês, incluindo novas canções. Não havendo
sugestão das crianças, proponha você as
músicas. Vá introduzindo o nome dos be-
bês nelas e observe como a turma se movi-
menta com os ritmos.

Convide os bebês para levantar e andar


pelo espaço e para manusear as fontes so-
noras oferecidas. Enquanto isso, nomeie os
instrumentos. Para quem ainda não cami-
nha, coloque as fontes sonoras próximas
e oportunize que escolham e explorem os
instrumentos. Garanta que os bebês ma-
nifestem interesses e promova a interação
deles. Caso algum balbucie ou bata palma,
lembre-se de que ele também está produ-
zindo uma fonte sonora.

Convide todos de volta à roda. Inicie uma


música utilizando os nomes deles e os ob-
jetos sonoros.

Para finalizar:
Diga às crianças, antes da última músi-
ca, quea proposta está chegando ao fim.
O professor irá falar o nome de bebê e ele,
quando solicitado, vai pegar seu objeto e
colocar dentro da caixa que está no centro
da roda. Conforme eles guardam, podem
andar pela sala em direção a um cantinho
de leitura ou a outro espaço com brinque-
dos. Peça ajuda de crianças que já andam,
para que guardem instrumentos para ou-
tros bebês que apenas engatinham e per-
ceba como todos reagem.

Desdobramentos
Repita ou acrescente músicas em outras
oportunidades. Outra sugestão é fazer a va-
riante da atividade com brincadeiras can-
tadas e sem fontes sonoras, apenas usan-
do gestos ou o próprio corpo para produzir
sons (bater palmas, bater o pé, bater com
as mãos na perna, na barriga). Convide ou-
tro grupo de crianças para participar dessa
brincadeira.

Engajando as famílias
Faça um mural com as letras das músicas,
no qual seja possível colocar também os
nomes das crianças.
Viabilize o vídeo realizado durante a ati-
vidade e convide as famílias para visitar a
sala. Sugira aos familiares que realizem a
atividade em casa, cantando os nomes das
pessoas que moram com o bebê. Elabore,
se possível, um CD com os registros sono-
ro e visual da atividade e presenteie pais e
responsáveis.
Plano de aula 211: Retratos das famílias

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Para realizar a atividade será necessário


pedir às famílias fotos 10x15: uma das crian-
ças, uma dos paise/ ou responsáveis, uma
dos irmãos e se houver mais familiares mo-
rando na mesma casa, enviar fotos deles
também, escrevendo o nome de cada um,
para que o professor possa saber e intera-
gir com as crianças. As fotos deverão ser
plastificadas com adesivo transparente ou
com sacos plásticos fechados com fita ade-
siva, visando a durabilidade do material a
ser explorado pelos bebês. Coloque velcro
atrás das fotos antes de realizar a atividade.
Monte previamente dois painéis: um com
as fotos das crianças e outro das famílias.
Na sala, providencie um local para a fixa-
ção dos dois painéisna altura das crianças,
permitindo a autonomia de cada uma para
acessar as fotos. Se possível, o painel pode
estar perto de um espelho, assim, os bebês
podem se reconhecer em ambos os mate-
riais. Organize os painéis com antecedência
cobrindo-os com feltro. Deve existir tam-
bém espaço livre para que todas tenham
acesso aos painéis.

Materiais:

Fotos enviadas pelas famílias, que serão


plastificadas pelo professor. Feltro para for-
rar os painéis , fotos com velcro, para que
possam ser colocadas e retiradas com faci-
lidade. Se possível, espelho de parede. Má-
quina fotográfica ou celular para realizar o
registro.

Espaços:

Organize dois espaços nas paredes da sala


de referência dos bebês para a montagem
de dois painéis na altura das crianças. Deve
existir também espaço livre para que todas
tenham acesso a eles.

Tempo sugerido:

De 40 a 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. As crianças demonstram curiosidade pe-


las fotos expostas e que possibilidades tra-
zem?

2. Quais as primeiras reações demonstra-


das quando se deparam com as imagens?
Interagem uns com os outros de que for-
ma?

3. Como demonstram reconhecer quem


está na foto? Como a atividade contribui
para a construção da identidade?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
às necessidades e às diferenças de cada
criança ou do grupo. Perceba se o espaço
está adequado para a atividade e se con-
templa movimentação individual ou do
grupo. Garanta que todos os bebês possam
acessar os painéis e se aproximar deles. Fa-
cilite a aproximação e descreva as imagens
contidas nas fotos. Observe as diferentes
formas de expressão de todas as crianças.
O que fazer durante?

Comece a atividade entrando na sala com


pequenos grupos,observe como notam os
painéis de feltro na parede e deixe-as li-
vres para se expressarem. Nesta atividade é
importante que na sala tenha mais de um
adulto. Facilite a aproximação de todos e,
se necessário, pegue bebês no colo, vá con-
versando e apontando para eles o espaço
que será organizado com as fotos. Observe
como reagem quando se deparam com as
imagens, como interagem com o espaço e
entre si.

2
Oportunize que possam interagir com os
painéis e as fotos. Convideos bebês, levan-
do-os a perceber as imagens das fotos. No
painel com as fotos das famílias, convide-
-os para visualizá-las e vá nomeando as
pessoas que estão nelas. Observe reações
e manifestações. Convide as crianças para
colocar as fotos nos painéis de feltro. Re-
gistre esses momentos e as expressões dos
bebês.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Olha só, quem está aqui nesta foto?
Quem conhece a família do (falar o nome
da criança)? Pegue a foto da sua família,
mostre para os amigos.

Deixe que as crianças, cada uma em seu


próprio tempo, percebam o que está ex-
posto. Após a percepção da etapa anterior,
encorajea interação das crianças com o
material, mostrando que as fotos podem
ser destacadas dos painéis e observe como
isso ocorre. Veja se elas se reconhecem e
reconhecem os amigos. Questione sobre
cada foto individual e dos familiares: per-
gunte quem são, o que estão fazendo e
valorize a ação de cada criança. Encoraje
a participação dos bebês. Registre de que
forma fazem isso.

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: Alguma criança poderá reconhecer a
foto de algum colega e levá-la até ele. Ou-
tra poderá apontar para o colega represen-
tado na foto. Entre os bebês, poderá se ini-
ciar um movimento de troca entre eles, no
qual vão comparar a foto com o colega que
está ao seu lado.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Olha só o que tem aqui. Vejam, são fo-
tos. Vocês sabem quem são essas pessoas?
Quem sabe me dizer quem é?

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: Algumas crianças irão se aproximar de
imediato e irão explorar as fotos, usando o
tato, e outras apenas apreciarão de longe.
Outras poderão sorrir e demonstrar alegria
ao vê-las, ou se expressar por meio de olha-
res, balbucios.

4
Converse com o pequenogrupo de bebês,
fazendo perguntas e chamando a atenção
para detalhes das fotos dos familiares, fa-
lando os nomes de cada um. Observe se
eles tentam falar os nomes, quais sons que
emitem e como expressam o reconheci-
mento de si e de seus pares.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Quem quer falar ou me mostrar alguma
foto? Quem está vendo o próprio papai? E
a mamãe? Irmão(ã)? (outros familiares) O
que eles estão fazendo? Estou gostando
muito de conhecer toda sua família.

Para finalizar:

Pergunte onde está a sua foto ou a de ou-


tro alguém, citando o nome. Convide o
bebê a tirá-la do painel. Garanta que todos
possam expressar, à sua maneira, onde
está a pessoa do nome citado. Finalize a
atividade reorganizando os painéis com a
turma.

Desdobramentos
Você pode usar as fotos para serem manu-
seadas pelas crianças, cada uma à sua pró-
pria maneira. Para isso, cole todas em papel
grosso e plastifique-as. Esconda-as pela
sala ou em suportes semelhantes a jane-
las ou caixas surpresa para que as crianças
descubram os conteúdos e propicie a par-
ticipação de todos. Outra alternativa pode
ser montar os painéis próximos a espelhos
e garantir que as crianças se reconheçam
por meio de sua imagem refletida.

Engajando as famílias
Convide as famílias para visitar a sala e
mostre os painéis e os registros realizados.
Sugira que, em casa, deixem fotos expos-
tas, para que as crianças possam observá-
-las e manuseá-las.
Plano de aula 212: A identificação nas pro-
duções artísticas como marcas de identida-
de

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Organize o espaço da sala ou área externa


com diferentes cantos forrados com papel,
e coloque as bacias de tintas comestíveis,
pincéis, rolos e esponjas. Imprima fotos
10x15 das crianças ou revele. Organize os
espaços para pequenos grupos, com três
membros, no máximo.

Materiais:

Bacias com tintas comestíveis de cores e


texturas variadas. Bacias na quantidade
suficiente para que cada pequeno grupo
tenha acesso às diferentes cores. Pincéis
grossos, rolinhos e esponjas. Fotos 10x15
dos bebês já coladas em papel cartão du-
plo, para que fiquem em pé em formato
de”V” invertido, criando um plano inclina-
do. Se possível, use seu celular para realizar
o registro. Sugestão para pesquisa das re-
ceitas das tintas: www.tempojunto.com.br
Espaços:

A atividade pode ser realizada em sala ou


área externa, usando o chão. O espaço deve
prever a mobilidade dos bebês. Os peque-
nos grupos devem ser formados para per-
mitir que os bebês possam realizar as ex-
plorações dos materiais. Organize as fotos,
de forma que fiquem visíveis para todos os
bebês.

Tempo sugerido:

45 à 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Quando convidados a participar da ativi-


dade, como os bebês se organizaram? Re-
conheceram os amigos? Nomearam as fo-
tos de que maneira?

2. Quais expressões são utilizadas pelos be-


bês ao visualizarem o espaço das ativida-
des? Perceberam a presença de suas fotos?
O que fizeram?
3. Experimentaram as tintas? De quais ma-
neiras? Exploraram os materiais disponibili-
zados com quais possibilidades? Deixaram
suas marcas de que forma?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para aten-
der as necessidades e diferenças de cada
criança ou do grupo. Ajude na dinâmica
para que a criança sente no espaço onde
está sua foto. Propicie que todas as crian-
ças possam estar inseridas na atividade no
chão, colchonetes ou em cadeirinhas. Se
necessário, leve a criança no colo. Propo-
nha que se organizem e que ajudem umas
às outras. Garanta que todas as crianças se-
jam atendidas e inseridas ao seu pequeno
grupo.

O que fazer durante?


1

Convide as crianças para o ambiente onde


será realizada a atividade de pintura, no
qual o espaço de cada um estará identifi-
cado com sua foto. O uso da imagem é um
incentivo para que cada criança se reco-
nheça e encontre o local onde sentará. Du-
rante o convite, nomeie as fotos. Promova
as interações com os materiais e entre as
crianças. Deixe-as livres para se expressa-
rem. Registre as reações e como as crian-
ças se comunicam neste momento.

Apresente os materiais para a pintura. Leve


os bebês que não engatinham até os locais
com suas fotos e fique atento às reações,
para perceber se eles se reconhecem nas
fotos. Propicie que possam manusear e ex-
plorar as imagens. Sente com os pequenos
grupos (trios) e estabeleça uma conversa,
questionando sobre o que estão vendo.
Promova as experiências sensoriais com
as tintas, pincéis, esponjas e rolos. Observe
a interação dos bebês com os materiais e
com as outras crianças.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: olhem! Quanta cor e quantas coisas te-
mos aqui para usar. Quem quer experimen-
tar?

Possíveis ações das crianças: algumas


crianças irão se aproximar dos materiais
e das fotos rapidamente, já outras levarão
mais tempo para manusear os materiais
e iniciarem as explorações. Observe como
cada um se relaciona com esses materiais.

Garanta que todos tenham oportunidade


de se manifestar através da pintura e ob-
serve como o fazem, se expressam algo
através de gestos, balbucios ou fala. Avise
quando a atividade estiver chegando ao
final. Fique atento ao envolvimento e ritmo
de produção dos bebês. Propicie a intera-
ção entre as crianças, para que mostrem as
pinturas uns aos outros. Converse com to-
dos sobre as produções e valorize. Registre
cada momento desta interação.

Para finalizar:Ao final da atividade, conver-


se com as crianças sobre o que fizeram e
pergunte qual é sua pintura. Depois reco-
lha com elas as produções, apresente a pin-
tura, escreva os nomes e coloque no mural
da sala ou corredor, para que fiquem ex-
postas e vistas por todos. Peça ajuda para
os bebês que já andam para que levem as
produções daqueles que não andam ou
engatinham.

Desdobramentos
Ao realizar a atividade pela segunda vez,
ofereça diferentes materiais (rolhas, grave-
tos, folhas secas e flores). O objetivo é que
os bebês explorem as tintas, mudem as co-
res e texturas e façam a atividade em me-
sas com os materiais arrumados no meio,
com as fotos no encosto das cadeirinhas de
forma que eles as encontrem.

Engajando as famílias
Sugira às famílias que, em casa, usem fotos
das crianças para identificar os lugares que
a criança deve guardar seus brinquedos.
Pode ser na porta do quarto ou onde acha-
rem interessante, mas sempre se dirigindo
à criança e chamando-a pelo nome.

Convide-as para que vejam a atividades de


pintura no mural, escreva como se deu a
atividade e anexe os registros realizados.
Plano de aula 213: Usando fotos para identi-
ficar pertences pessoais

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Para a realização da atividade, será neces-


sária a impressão de ao menos três fotos
do rosto de cada criança (sugestão de ta-
manho: 10x15) na escola. Cole as fotos em
papel de gramatura mais grossa, que servi-
rão como etiquetas de identificação. Plas-
tifique-as com fita adesiva, papel contact
ou as coloque em sacos plásticos fechados
com fita, aumentando a durabilidade do
material. Prepare um canto com almofadas
e tapete para proporcionar aconchego e
acomode as fotos no chão.

Materiais:

Fotos 10x15 do rosto das crianças impres-


sas, coladas em papel de gramatura gros-
sa e plastificadas (com plástico ou Contact
transparente). Tapete e almofadas. Celular
ou máquina fotográfica, para registro da
atividade.
Espaços:Num canto da sala de referência
dos bebês, coloque um tapete, almofadas
e as fotos dispostas de modo que eles sin-
tam-se atraídos para se locomoverem até
elas. A atividade deve ocorrer em pequenos
grupos para que seja possível propiciar mo-
mentos de exploração significativa e para
que você possa observar se os bebês inte-
ragem entre si e com as fotos expostas.

Tempo sugerido:

Entre 40 a 50 minutos

Perguntas para guiar suas observações:

1. De que forma os bebês interagem quan-


do se dirigem ao tapete? Gesticulam, bal-
buciam para se comunicar uns com os ou-
tros e com o professor? De que maneira
iniciam a exploração?

2. Como se reconhecem, se nomeiam nas


fotos e como demonstram isso?

3. Como ocorre a interação entre eles e o


professor após a descoberta das fotos e
que novas possibilidades trazem?
Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Apoie os bebês garantindo
um ambiente em que todos possam se co-
municar, explorar, interagir e reconhecer a
si e aos colegas por meio da manipulação
das fotos, segundo suas próprias preferên-
cias, ritmos e possibilidades.

O que fazer durante?

Para esta atividade, será preciso mais de


um adulto em sala para que possa ser re-
alizada em pequenos grupos egarantindo
que todos tenham apoio. Convide os bebês
para irem até o tapete. Reserve o tempo
necessário para que as explorações das fo-
tos sejam realizadas de forma atrativa e as
descobertas aconteçam. Garanta que os
bebês menoresestejam acomodados perto
das fotos e tenham acesso a elas. Enquanto
um grupo realiza a atividade, os outros po-
dem manusear/explorar um cesto de livros
em outro canto da sala. Comece o registro
da atividade com fotos ou filmagem.

Pegue uma foto e manuseie. Observe se os


bebês se mostram curiosos, se aproximam
das fotos, se reconhecem a si mesmos e re-
conhecem os colegas e como ocorre a inte-
ração entre eles. Apoie suas ações. Garanta
que todos os bebês estejam posicionados e
tenham tempo para explorar e se comuni-
car sobre as fotos espontaneamente, com
falas, gestos ou balbucios.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Vejam, encontrei uma foto? De quem
será que é? Alguém sabe? Querem me
contar?

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: Um bebê observa sentado nas almofa-
das os outros bebês que estão perto dele e
balbucia alguma coisa quando olha a foto
que está com o professor. Ele olha como
se estivesse procurando e esperando a res-
posta do bebê que está nela. Observe quais
interações acontecem aqui. O bebê tenta
se comunicar com o professor, com outro
bebê ou se apenas fica observando.

Convide o pequeno grupo para fazer a


brincadeira de “Escondeu - Achou” e orien-
te como ela acontece. Escolha uma foto
e a esconda embaixo de uma almofada.
Ache-a e nomeie o bebê encontrado. Fale
o nome de cada bebê e convide-os para
que brinquem uns com os outros. Varie o
tom e a entonação da sua voz. Observe se
começam a tentar esconder as fotos que
escolhem, como se dão as interações e co-
municação entre eles e se trazem outras
brincadeiras ou explorações. Amplie a brin-
cadeira e proponha aos bebês uma varia-
ção, embaralhando as fotos. Pegue uma
foto, descreva o que vê e perceba se eles
identificam o colega através da descrição.
Promova a ação das crianças solicitando
que cada uma pegue uma foto e aponte
quem é o colega que sorteou.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Eu tenho em minhas mãos a foto de
uma menina. Ela tem cabelos pretos, olhos
castanhos e hoje está usando um vestido
rosa. Adivinha quem é? É a (diga o nome
da criança).

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: Os bebês poderão olhar uns aos outros
a procura do colega que está sendo descri-
to. Ao ser revelada a identidade da foto e
nomeada pelo professor, a criança poderá
apontar o colega ou a si mesma, compa-
rando com a foto mostrada.

Proponha que juntos peguem suas fotos


e levem até o local onde são guardadas as
mochilas. Identifique com os bebês o local
e mantenha as fotos no espaço para com-
por a organização. Garanta que tenha espa-
ço suficiente para a locomoção de todos. É
importante que as crianças realizem toda a
movimentação com autonomia, fiquem en-
volvidas e interajam. Avise que a atividade
está chegando ao fim.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Onde será que estão guardadas as mo-
chilas? Quem quer ir guardar sua foto lá?

Para finalizar:

Quando todas as crianças tiverem guarda-


do suas fotos identificando o local dos seus
pertences, finalize a atividade convidando
a todas para que escolham outra brincadei-
ra na sala de referência e promova a troca
do grupo.

Desdobramentos
Repetir atividades como estas, nas quais
os bebês usam suas fotos para se nomea-
rem ou para reconhecerem seus perten-
ces, são muito importantes no cotidiano
pois ajudam na construção da identidade.
Quando os locais já estiverem identificados
com fotos, convide os bebês a ajudar na
identificação de seus casacos e sapatos, e a
guardá-los no local certo. Outra sugestão é
o professor identificar com fotos a capa da
agenda, com auxílio das crianças.

Engajando as famílias
Promova o movimento das famílias para
que acompanhem os bebês na entrada ou
saída até o local de seus pertences na sala,
procurando sua própria foto, ouvindo/falan-
do seu nome e deixando ali sua mochila.
Converse com elas, explicando a impor-
tância do reconhecimento através da foto
e sugira que façam isso diariamente, pelo
menos em um dos momentos da rotina.
Plano de aula 214: Apreciando a si mesmo e
aos colegas em registros fotográficos

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Para esta atividade será necessário impri-


mir fotos dos bebês na escola, individuais e
registros em grupo, em tamanho 13x18. Nas
fotos individuais coloque abaixo o nome de
cada bebê. Cole as fotos em papel de gra-
matura grossa e as plastifique, reforçando
o material. Separe três caixas para as fotos
individuais e três para as fotos em grupo.
Organize na sala um espaço confortável
e amplo no qual você irá montar um varal
na altura dos bebês. Deixe no local alguns
prendedores a disposição que serão utiliza-
dos para fixar as fotos no varal.

Materiais:

Fotos, papel de gramatura grossa, contact


e/ou plástico, cordão de nylon ou barbante,
pregadores, seis caixas para colocar as fo-
tos e câmera fotográfica ou celular para os
registros, com fins de documentação peda-
gógica.
Espaços:

A atividade será realizada na sala de refe-


rência dos bebês. Organize no centro da
sala emum tapete confortável, as três cai-
xas com as fotos individuais, de modo que
o ambiente fique atrativo para os bebês se
locomoverem e realizarem as explorações.

Tempo sugerido:

De40 a 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como os bebês exploram as caixas e o


espaço oferecido? Quais descobertas reali-
zam?

2. Como comunicam ao reconhecer-se e re-


conhecer os outros bebês nas fotos?

3. Como se dá a interação uns com os ou-


tros e com o professor durante a atividade?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacio-
nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Propicie para que todos os
bebês tenham asseguradas as condições
de participação no espaço e na exploração
dos materiais oferecidos. Incentive a forma
de expressão de todos, conforme suas pre-
ferências, ritmos e possibilidades.

O que fazer durante?

Convide todo o grupo de bebês para se


aproximar do espaço organizado. Em pe-
quenos grupos apresente as caixas com as
fotos individuais e incentive a livre explo-
ração do material por eles. Garanta que os
bebês menoresestejam posicionados pró-
ximos às caixas e apoie suas participações.
Observe como eles exploram as caixas e
o espaço. Medie a ação dos bebês sendo
promotor do manuseio das fotos. Garanta
que o grupo todo interaja e que todos se
expressem de forma livre através de gestos,
olhares, palavras e balbucios. Assegure a
documentação pedagógica durante a ex-
ploração dos materiais com anotações e/ou
fotografias/vídeos.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: O que é isso no chão? O que será que
tem dentro? Querem descobrir? Uma sur-
presa! Vamos ver o que podemos fazer?

Possíveis ações da criança neste momento:


Alguns bebês podem vir engatinhando ou
andando até as caixas e começarem a pe-
gar e abrir, outros podem ficar de longe ob-
servando, se aproximando lentamente.

inicio-num>

2
Após o momento de livre exploração das
fotos individuais, aproxime-se dos peque-
nos grupos e nomeie as fotos que estão em
suas mãos. Observe se reconhecem quem
está nas fotos e de que forma nomeiam
a si próprios e aos colegas. Apoie suas ex-
pressões e incentive a comunicação entre
os bebês. Valorize seus gestos incentivan-
do a nomear as fotos ou a apontar o bebê
que aparece nela. Interaja com eles e fique
atento para perceber e aproveitar as novas
possibilidades no manuseio das fotos, po-
tencializando esse momento e garantindo
novas descobertas.

Até esse momento, o bebês devem estar


envolvidos de diferentes formas na explo-
ração das fotos individuais. Apresente as
novas caixas com as fotos para eles, onde
aparecem interagindo em atividades em
grupo. Deixe-os livres para uma nova explo-
ração. Observe com atenção como se co-
municam sobre o que estão vendo e quais
expressões utilizam. Converse com eles
sobre as imagens. Após a livre exploração
das fotos convide um dos bebêspara pegar
uma e mostrar ao grupo. Pergunte quem
está na foto. Nomeie junto a eles as pesso-
as que aparecem no registro, o que estão
fazendo e onde estão. Faça as intervenções
necessárias para promover as interações e
descobertas das crianças. Repita o convite
para outros bebês prestando atenção para
o interesse do grupo.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Olhem, eu trouxe novas caixas! Alguém
aqui gostaria de me ajudar a abri-las? Você
quer? Vamos descobrir o que tem dentro?
Mais fotos?

Possíveis ações da criança neste momen-


to: Os bebês podem começar a balbuciar,
bater palmas com intenção de se comuni-
car e interagir com a fala do professor e dos
outros. Pode ter aquele que fique apenas
observando. Nesse caso, interaja com ele.

4Após explorar e nomear as fotos, convide


a todos para que juntos sigam para o varal
onde irão pendurar as fotos.Organize pe-
quenos grupos e tenha na sala a presença
de mais um professor, para ajudar na mo-
vimentação das crianças e colocação das
fotos no varal. Observe que novas possibili-
dades estão trazendo e como manifestam
isso. Fique atento à interação e interesse de
todos.

Para finalizar:

Ao final da montagem do varal, fale para os


bebês que as fotos ficarão expostas no cor-
redor, ao lado da sala. Ao final do dia, trans-
fira as fotos do varal da sala para o do corre-
dor, para que as famílias e demais pessoas
da escola vejam no dia seguinte.

Desdobramentos
Variações para a atividade:1- Chamada em
sala nomeando os próprios nomes e os dos
colegas, utilizando as fotos.

2- Brincadeira do Procura: achar onde as


fotos serão escondidas pela sala e os bebês
terão que procurar e nomear quem acha-
ram ou o que estão fazendo. Todas as ativi-
dades são importantes para a formação da
identidade dos bebês.

3- Famílias poderão ser convidadas a enviar


fotos de brincadeiras realizadas em casa
com os bebês e em sala, além do reconhe-
cimento e nomeação, pode ser realizada
a reprodução das brincadeiras registradas
nas fotos.

Engajando as famílias
As famílias irão apreciar o varal colocado no
corredor. Mostre a elas, em uma reunião,
os registros realizados (fotos e vídeos) du-
rante a atividade. Incentive que parem dia-
riamente frente ao varal com as crianças,
valorizando o que produziram e ajudando
na identificação do bebê. Sugira que, em
casa, exponham fotos no ambiente para
que o bebê possa se reconhecer e reconhe-
cer seus familiares. Converse com as famí-
lias reforçando a importância de propiciar a
identificação e reconhecimento dos bebês
através das imagens.
Plano de aula 215: História sonorizada

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Para esta proposta é importante que você


tenha apresentado ao grupo histórias que
utilizem sons corporais ou instrumentos
musicais com a narrativa. Familiarize o gru-
po com a utilização de sons, construindo
um repertório de sonorização.

Por exemplo, na história dos Três Porqui-


nhos, o sopro e a queda de cada uma das
casas são momentos da narrativa que po-
dem ser sonorizados. No livro Cadê o Pinti-
nho, de Márcia Leite, publicado pela editora
Pulo do Gato, cada aparição dos animais
pode corresponder a um som, feito com o
corpo ou com instrumentos.

Depois de garantido esse repertório do uso


de sonoplastia com histórias, escolha uma
uma para ler e separe-a em partes, para
planejar a sonorização com as crianças.

Materiais:
Planeje os materiais sonoros conhecidos
do grupo, considerando a história que será
lida. Você pode prever materiais como ins-
trumentos musicais convencionais que
sejam acessíveis ao grupo, utilizar instru-
mentos confeccionados artesanalmente
ou pelas próprias crianças, outros objetos
que produzam sons ou usar um repertório
sonoro produzido com o corpo. O repertó-
rio de sons do corpo pode ser representado
em fichas, por meio de figuras que lem-
brem a ação necessária para a reprodução
do som.

Espaços:

Preveja um espaço para uma roda de histó-


ria. Busque um local sem muita interferên-
cia sonora, tendo em vista o cuidado para
não comprometer a sonorização da pro-
posta.

Planeje a organização da turma em pelo


menos dois grupos, para que as crianças
manuseiem os instrumentos e possam in-
teragir. Caso não seja possível ter um pro-
fessor em cada grupo, proponha que o gru-
po que não esteja na leitura da história se
envolva em uma atividade com autonomia,
como por exemplo, modelagem com mas-
sinha, jogos de construção, entre outros,
enquanto você acompanha o que irá parti-
cipar do momento da história. Depois, bas-
ta trocar os grupos.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Quais são os gestos e as expressões das


crianças durante a contação de história?

2. Todas participam fazendo sons, ou algu-


mas preferem apenas observar?

3. No cotidiano, as crianças tentam repro-


duzir a história? Como fazem isso?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem dificultar
que uma criança ou o grupo participe e
aprenda. Reflita e proponha apoios para
atender às necessidades e às diferenças de
cada criança ou do grupo. Convide todas
as crianças para participar. Atente-se para
garantir liberdade de escolha às crianças
para a maneira de se sentarem. Busque es-
tar atento às diferentes formas de intera-
ção delas, propondo alternativas para con-
tribuições individuais e coletivas, traçando
estratégias para que uma criança ajude às
outras.

O que fazer durante?

Reúna as crianças e conte que elas irão fa-


zer atividades divididas em dois grupos.
Explique que você acompanhará um grupo
em uma roda de história e que o outro gru-
po fará uma atividade que já realizam com
autonomia. Informe que depois trocarão
de atividade com o grupo que estará com
você.

Convide as crianças que participarão da


história para se acomodar no local escolhi-
do. Conte que você separou uma história e
algumas possibilidades sonoras que elas já
conhecem. Diga que depois de a ouvirem,
vocês utilizarão os sons na narrativa.

Inicie a leitura da história, utilizando as en-


tonações necessárias para a apreciação do
grupo. Ao finalizar a leitura, combine com
as crianças que agora vocês irão rememo-
rar o repertório sonoro que já conhecem.
Peça que escolham os sons que farão par-
te da sonoplastia da narrativa. Em seguida,
proponha que as crianças expressem os
sons conhecidos ou que apresentem no-
vos como sugestões para a composição da
história. Nesse momento, faça certos com-
binados com o grupos, para que as partici-
pações de todos sejam acolhidas. Apoie as
sugestões, observando e ampliando a ri-
queza das trocas de opiniões.

Após as crianças expressarem as ideias


quanto aos sons que poderão utilizar na so-
noplastia da história, diga para o grupo que
vocês irão analisar a primeira parte da nar-
rativa, para acordarem quais sons podem
ser utilizados. A cada seleção realizada pelo
grupo, diga às crianças que vocês passarão
para a próxima parte do texto e que, se for
o caso, precisarão pensar em outras pos-
sibilidades sonoras. Após selecionarem os
sons, decida com o grupo quem serão os
responsáveis por reproduzi-los na narrativa.
Caso seja possível, combine para que cada
criança reproduza um.

Suponha que a história selecionada apre-


sente possibilidades sonoras com o vento:
Pessoal, aqui nesta parte da história, vejam
o que diz: Naquela manhã o vento cantava
de forma serena! Como podemos reprodu-
zir um vento cantando de forma serena?
Aqui nos fala de um vento forte ou um ven-
to mais calmo? Em outro caso, considere
um personagem caminhando: Por ali, ca-
minha um lobo. Com passos firmes, bus-
cava encontrar alguma comida. Você pode
dizer: E aqui, que som podemos fazer para
indicar os passos do lobo?

Após a seleção dos sons que serão utiliza-


dos, recomece a leitura para que as crian-
ças possam sonorizar a história, apoiando
o grupo, se necessário, na utilização dos re-
cursos.

Encerrando a contação, investigue junto


às crianças sobre como foi participar do
momento. Após essa conversa, diga que,
conforme explicou no início, agora elas irão
fazer a troca de atividade com os colegas.
Utilize as mesmas estratégias com o novo
grupo de crianças.

Para finalizar:

Ao terminar a leitura para todos os grupos,


convide as crianças para organizar os espa-
ços utilizados nas atividades. Lance desa-
fios para tornar o momento divertido! Você
pode dizer que precisam guardar os mate-
riais, mas que farão isso pulando como coe-
lhos, por exemplo.

Desdobramentos
Considere repetir esta estratégia de leitura
de história com as crianças, ampliando o
tamanho do grupo e diversificando os ins-
trumentos entre elas. Utilize-os também
em parlendas ou poemas.

Você pode ainda filmar a história sonoriza-


da ou ensaiá-la com as crianças, para que
seja apresentada em momentos de parti-
lha com outros grupos da escola.

Engajando as famílias
Envie para casa um comunicado contando
às famílias que as crianças ouviram uma
história cheia de surpresas. No texto, peça
que os responsáveis perguntem para as
crianças que história foi essa e quais foram
as surpresas. Considere dividir o registro
dessa proposta em momentos coletivos,
tais como em reunião de pais.
Plano de aula 216: Brinquedos e brincadei-
ras tradicionais

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Caso não conheça a obra “Brinquedos e


brincadeiras” de Militão dos Santos, você
pode acessar na galeria do site do artista:
https://militaodossantos.com/galeria/ (ima-
gem 11). Observe e aprecie a obra. Liste os
brinquedos e brincadeiras presentes para a
organização dos materiais para a atividade.
Para saber mais sobre o artista você pode
acessar https://militaodossantos.com/

Como esta atividade visa trabalhar com di-


versidade de brincadeiras no parque, é in-
teressante que você pesquise antes sobre o
assunto para enriquecer a interação com as
crianças. Sugestão: https://novaescola.org.
br/conteudo/6926/os-mais-variados-jeitos-
-de-brincar#

Materiais:

1) Imagem da obra “Brinquedos e brinca-


deiras” de Militão dos Santos (artista per-
nambucano). Duas cópias da da imagem
(se possível) ou algum aparelho que possa
reproduzir a imagem em um tela, como
notebook ou tablet.

2) Brinquedos e materiais que aparecem


na obra: cordas pequenas (para pular sozi-
nho), corda grande, petecas, bolas, piões,
giz de lousa (para desenhar a amarelinha),
bolinhas de gude, bambolês, cataventos,
aros, potes e detergente para fazer bolinha
de sabão. Não é necessário ter todas as op-
ções. Organize algumas numa caixa a ser
levada para o parque.

Espaços:

Planeje que a atividade ocorra no parque


da escola.

Tempo sugerido:

Aproximadamente uma hora e vinte.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Que expressões corporais e verbais as


crianças realizam para demonstrar seu in-
teresse pelas brincadeiras tradicionais?
Que conhecimentos mobilizam na explora-
ção dos materiais e brinquedos disponibili-
zados?

2. Como as crianças realizam os diferentes


movimentos enquanto brincam, empur-
ram, saltam, correm, equilibram-se sobre
uma perna, sopram, giram etc.? Quais os
desafios encontrados? Como fazem para
superá-los?

3. Em que momentos da brincadeira as


crianças se mostram confiantes em suas
capacidades? Que sentimentos demons-
tram enquanto brincam?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Por se tratar de exploração
livre de diferentes materiais e brinquedos,
as crianças têm múltiplas possibilidades
de envolvimento e interação conforme as
preferências delas. Incentive-as a descobri-
rem os objetos usando diferentes sentidos
(audição, visão, tato, olfato), e comunicando
aos colegas suas descobertas, com descri-
ções do ambiente, localização e caracterís-
ticas dos brinquedos.

O que fazer durante?

Reúna as crianças em um espaço agradá-


vel no parque, com o grande grupo organi-
zado em roda. Converse com os pequenos
problematizando sobre as brincadeiras.
Será que as pessoas sempre brincaram da
mesma forma? Do que será que os pais ou
avós costumavam brincar quando eram pe-
quenos? Nós ainda brincamos de algumas
dessas brincadeiras? Onde e com quem as
aprendemos? Ouça as opiniões, valorizan-
do as ideias e as trocas. A seguir, diga que
trouxe uma obra de um artista brasileiro
chamado Militão dos Santos, que retrata al-
gumas brincadeiras. Incentive as crianças a
observarem atentas durante algum tempo
e depois dialoguem sobre as observações.
Interaja perguntando sobre o local repre-
sentado, a época, os tipos de construções
(casas, igreja), a natureza, as diferentes pai-
sagens e se já viram ou estiveram em um
local assim. Conversem sobre quem são
as pessoas retratadas, o que estão fazen-
do, do que as crianças estão brincando, em
que lugares estão brincando, se já brinca-
ram de alguma das brincadeiras da obra e
quais daqueles brinquedos estão presentes
no parque da escola. Ouça as experiências
pessoais delas e conte as suas também.

Compartilhe com as crianças que você se-


parou alguns materiais e brinquedos, que
estão presentes na obra de Militão, e que
poderão usar durante o tempo do parque.
Você pode perguntar: o que será que eu
trouxe? Quais brincadeiras aparecem na
obra que vocês gostariam de brincar hoje?
Vamos olhar juntos? Enquanto tiram os ob-
jetos da caixa, troquem ideias sobre os dife-
rentes nomes dados ao mesmo brinquedo
e as variações da mesma brincadeira. Algu-
mas perguntas para inspirar essas trocas:
será que o pião tem o mesmo nome em to-
dos os lugares? Quem sabe brincar, já brin-
cou? E a peteca, alguém conhece por outro
nome? Quais são as diferentes maneiras
de pular corda? Qual o formato da amareli-
nha? Existe mais de um? Alguém já fez bo-
lhas de sabão? O que utilizou?

Se houver crianças provenientes de dife-


rentes regiões do Brasil, ou mesmo de ou-
tros países, aproveite esta diversidade e
desenvolva com elas o diálogo sobre as di-
ferenças culturais nas brincadeiras. Convi-
de-as a brincar e diga que podem escolher
os brinquedo, os materiais e utilizar o espa-
ço do parque como desejarem, inclusive os
brinquedos fixos, como balança, escorrega-
dor e casinha. A brincadeira se dará indivi-
dualmente ou em pequenos grupos, con-
forme a preferência das crianças.
3

Enquanto os pequenos exploram os brin-


quedos e organizam brincadeiras entre
eles, observe como interagem com os ob-
jetos e uns com os outros. Que hipóteses
levantam na construção da brincadeira?
Quais brinquedos e materiais foram esco-
lhidos primeiro? Como compartilham os
objetos? Houve algum brinquedo deixado
de lado?

Se alguma criança não demonstra inte-


resse por estes novos brinquedos e brinca
apenas nos de costume do parque, per-
gunte se ela não deseja explorar alguma
coisa diferente hoje ou proponha que al-
gum colega vá convidá-la a participar.

Circule pelo parque e interaja com as crian-


ças e grupos a partir de suas brincadeiras e
hipóteses. Se um grupo estiver brincando
com as bolinhas de gude e surgir dúvida
de como fazê-lo, pergunte se alguém sabe
como brincar e peça que compartilhe com
os colegas. Passe pelo grupo de crianças
pulando corda e veja se estão cantando al-
guma parlenda, pergunte quem conhece
outras e recitem juntos algumas. Se uma
criança está pulando corda individualmen-
te com os dois pés juntos, pergunte se já
experimentou pular como se estivesse an-
dando, se deslocando pelo espaço. No gru-
po de crianças desenhando a amarelinha
no chão, problematize lembrando os dife-
rentes formatos citados pela turma. Esteja
atento para atuar diante das muitas possi-
bilidades de interações e intervenções que
surgem a cada brincadeira das crianças.

Possíveis ações do professor neste momen-


to: Ao ver uma criança girando o bambolê
na cintura, o professor se aproxima, brinca
como ela rodando o bambolê na cintura e
pergunta sobre outros locais do corpo para
rodá-lo. Convida outra criança a entrar na
brincadeira e mostrar um jeito diferente de
girar o bambolê, ou outras formas de brin-
car com ele.

Observe os avanços e conquistas dos pe-


quenos. Se alguém conseguiu pular a cor-
da pela primeira vez, se conseguiu fazer
uma grande bolha ou se aprendeu a girar
o bambolê no pescoço. Valorize os êxitos.
Proponha que observem e aprendam uns
com os outros, compartilhando os conheci-
mentos. Observe como transitam entre as
opções de brinquedos e materiais e brin-
que em alguns grupos.

Faça registros escritos ou de imagem, que


possa utilizar posteriormente no planeja-
mento de novas intervenções no parque
ou mesmo para desenvolver um projeto
ou sequência didática com a turma. Crian-
ças com o catavento, por exemplo, podem
desenvolver diálogos ricos, discussões e le-
vantamento de hipóteses interessantes so-
bre o ar e o vento, que podem ser aprofun-
dadas em outro momento.

Quando restarem cinco minutos para o fi-


nal do horário proposto para a brincadeira
no parque, antecipe às crianças que este
momento se encerrará em breve. Após os
cinco minutos, peça que recolham e orga-
nizem os materiais e brinquedos de volta
na caixa. Chame as crianças para sentar
em roda com você e conversem sobre as
interações com os objetos e com o grupo.
Por exemplo: do que brincaram, quais brin-
quedos não conheciam e experimentaram
hoje, o que acharam da experiência, que
diferentes formas de brincar exploraram,
com quem brincaram, o que aprenderam
e ensinaram. Sugira que comentem tam-
bém sobre as conquistas pessoais: que mo-
vimentos exploraram, o que conseguiram
fazer pela primeira vez, no que perceberam
maior habilidade etc.

Para finalizar:

A partir desta conversa sobre as brincadei-


ras no parque, combinem que esta caixa
de brinquedos tradicionais estará disponí-
vel para utilizarem sempre que desejarem,
inclusive para crianças de outras turmas, o
que permitirá que o acervo seja aumenta-
do. Relembrem a próxima atividade da roti-
na e dirijam-se aos sanitários ou lavatórios
para a higiene.

Desdobramentos
Havendo interesse das crianças, vocês
podem conversar sobre outros brinque-
dos que aparecem na obra e que não fo-
ram ofertados na caixa. Dialoguem sobre
quais brinquedos podem construir, quais
materiais precisarão coletar e envolvam a
comunidade escolar nesta proposta. Por
exemplo, se o interesse foi pelos cavalinhos,
vocês podem combinar como podem cons-
truir alguns, levantando entre as próprias
crianças ou adultos da escola sugestões de
materiais e de como fazê-los.

Você também pode propor que a turma


aprofunde os conhecimentos sobre a obra
e o artista, pesquisando sua biografia, co-
nhecendo a técnica de pintura que utiliza,
outras obras e sua relevância no Brasil e no
Mundo.

A partir das investigações que você obser-


vou e registrou durante a brincadeira, pode
organizar com a turma as questões que
surgiram, buscando as respostas através de
pesquisas e experimentações (sequência
didática ou projeto).

Engajando as famílias
Você pode envolver as famílias através de
uma pesquisa sobre brinquedos e brinca-
deiras da infância. Incentive as crianças a
pesquisarem junto aos pais e avós e façam
juntos uma lista, tabulando os resultados.
Vejam a possibilidade de participação dos
familiares na viabilização das brincadei-
ras, seja construindo brinquedos, coletan-
do materiais ou vindo até à escola ensinar
uma brincadeira. Essa interação ampliará
bastante as possibilidades de brincadeiras
no parque.
Plano de aula 216: Brincadeiras com água

O que fazer antes?

Contextos prévios:

A proposta oportuniza às crianças experi-


mentar os efeitos provocados pela água em
diferentes tipos de materiais, que podem
ser coletados junto à comunidade escolar.
Para isso, é sugerido que você acorde com
as crianças previamente quais materiais uti-
lizarão na atividade e como eles serão cole-
tados.

Espaços:

Busque um espaço livre para o contexto da


brincadeira, levando em consideração o nú-
mero de crianças, a organização das quatro
estações de exploração e a movimentação
livre delas. Considere a utilização de um es-
paço com chão adequado para evitar acú-
mulo de água, como grama, terra, areia ou
um piso antiderrapante. Preveja ainda, um
espaço para realização roda, que acontecerá
no início e no fim da atividade. Organize os
materiais em quatro estações de explora-
ção. Estação 1: materiais que amolecem ou
se desfazem no contato com água; estação
2: materiais para o faz de conta sobre lavar
roupa; estação 3: materiais capazes de tin-
gir água para exploração de cores; estação
4: materiais flutuantes. Disponha-os de for-
ma convidativa e acolhedora para a explo-
ração das crianças.

Materiais:

Serão necessários diferentes materiais para


cada uma das estações de exploração, le-
vando em conta a dimensão estética citada
anteriormente:

Estação 1: recipiente grande e plano con-


tendo água, como uma bacia ou banheira
de bebê, por exemplo. Materiais que amo-
leçam ou se desfaçam em contato com
água, como papéis diversos, jornais, pape-
lão, algodão, sal, açúcar, jornal, entre ou-
tros;

Estação 2: um recipiente grande e plano,


como uma bacia para todo o grupo ou um
balde para cada duas crianças, contendo
água. Ao lado, materiais para complemen-
tar o faz de conta como roupas, varal e
prendedores de roupa.

Estação 3: Torneira com altura acessível às


crianças ou balde contendo água, copos e
materiais para tingimento da água, como
papel crepom, corante alimentício ou suco
em pó.

Estação 4: recipiente grande e plano con-


tendo água, como uma bacia ou banheira
de bebê, para todo o grupo, ou um reci-
piente plano menor, como uma forma de
bolo quadrada, para cada duas crianças.
Materiais leves que flutuem, como penas,
folhas, isopor, tampinhas de garrafas, entre
outros.

Tempo sugerido:

Aproximadamente uma hora e 30 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Quais são as estratégias usadas pelas


crianças para experimentar os materiais na
água? Elas perceberam ou descreveram as
mudanças ocorridas nos materiais? Expe-
rimentaram diferentes materiais em uma
mesma estação?

2. De que forma as crianças reagiram à mu-


dança física dos materiais? Elas expressa-
ram surpresa? Ficaram empolgadas com as
descobertas?

3. Como as crianças interagiram durante a


brincadeira? Utilizaram juntas um mesmo
material? Ajudaram umas às outras? Dividi-
ram descobertas com os colegas?

<inicio-h1>
Para incluir todos:

<fim-h1>

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou grupo participe e aprenda.
Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada uma
das crianças ou grupos. Atente-se quanto à
proposição de estratégias para a qualidade
das interações, incentivando a colaboração
entre as crianças.
O que fazer durante?

Convide as crianças para se acomodar em


uma grande roda e compartilhe o objetivo
da atividade e como as estações estão di-
vididas. Acorde com as crianças que elas
poderão escolher uma das quatro esta-
ções para brincar de forma livre, porém,
sem misturar os materiais das diferentes
estações. Delibere com elas a duração da
atividade, o grupo que você irá mediar e a
organização dos materiais. Ao fim da brin-
cadeira, volte para a grande roda.

rof> Possíveis falas do professor neste mo-


mento: Crianças, hoje exploraremos diver-
sos materiais e ver o que acontece ao en-
trarem em contato com água. Os materiais
estão divididos em quatro estações, vocês
podem escolher uma delas para explorar.
Vocês poderão trocar de espaço quando
quiserem, só precisamos ser cuidadosos
para não misturar os materiais de espa-
ços diferentes e verificar se tem espaço
suficiente no local que você quer utilizar.
Quando estiverem faltando 20 minutos
para terminar a brincadeira, vou avisar para
vocês que é hora de organizarmos os ma-
teriais. Depois de organizarmos tudo, volta-
remos para a grande roda, na qual cada um
vai compartilhar o que descobriu durante
as explorações.
2

Proponha que as crianças escolham uma


das estações de exploração para brincar,
formando pequenos grupos.

Nos primeiros dez minutos, circule entre os


espaços, observando a interação das crian-
ças com a proposta.

4
Escolha um dos grupos para observar,
aquele acordado previamente com as
crianças na grande roda. Observe como as
crianças interagem com os materiais, como
expressam suas descobertas: estão tocan-
do a água? Estão utilizando mais de um
material? O que estão descobrindo? Como
estão se surpreendendo? A partir das in-
terações e descobertas das crianças, inicie
um diálogo ou entre na brincadeira para
cooperar com as experimentações. É reco-
mendado o registro fotográfico e escrito da
atividade, a fim de documentar as percep-
ções, interações e descobertas das crian-
ças em relação às mudanças dos materiais,
além de suas vivências durante a brinca-
deira. Para isso, é necessário que você es-
teja atenta a diálogos, descrições, olhares,
entre outras expressões e explorações dos
pequenos.

Possíveis ações das crianças:Uma crian-


ça na estação de exploração 3 observou o
copo do colega com um tom de vermelho
bem mais escuro do que o que ela obteve
utilizando papel crepom. Ela continua ten-
tando e expressando certa angústia ao não
conseguir igualar a cor a do experimento
do amigo. O professor poderá se aproximar
e incentivar a criança a experimentar di-
ferentes materiais para obter a cor deseja:
que material você está utilizando para dar
cor na sua água? Será que podemos utilizar
outro material vermelho para deixar a cor
mais forte? Que material você acha que po-
deríamos utilizar?

Quando estiver chegando ao final da vi-


vência, conte para as crianças que faltam
20 minutos para o fim da atividade e que é
hora de todos organizarem os materiais e
voltarem à grande roda.

Para finalizar:

Convide as crianças, já acomodadas na


grande roda, para compartilhar suas des-
cobertas nas estações de exploração. Você
poderá perguntar quais materiais utiliza-
ram,o que descobriram e como a água mo-
dificou os materiais.

Desdobramentos
Esta vivência com materiais de largo alcan-
ce deve acontecer mais vezes. É essencial a
regularidade da interação das crianças com
os diversos materiais e experimentações
que eles possibilitam, para a construção
do aprendizado delas. Além disso, a per-
manência dessa experiência propicia uma
observação mais consistente do grupo. O
momento de compartilhamento das expe-
riências, na última grande roda, pode ser
registrado pelo professor na forma escrita,
criando um grande livro de experimentos
das crianças.

Engajando as famílias
Convide as famílias não só para contribuir
com os materiais das estações, mas tam-
bém para continuar os experimentos em
casa. Ao fim das atividades com as esta-
ções de exploração, escolha alguns dos
registros fotográficos e alguma descrição
das descobertas das crianças para enviar
aos pais, em forma de bilhete ou integrado
ao portfólio das crianças. Crie também um
painel e uma instalação com os materiais
utilizados nas estações e com os registros
dos experimentos realizados pelas crianças,
bem como suas descobertas.
Plano de aula 217: Apreciação e produção
artística

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Nesta atividade, serão abordadas as obras


de dois artistas: Frans Krajcberg e Nils Udo.
Pesquise a respeito da biografia deles, a fim
de ampliar seus conhecimentos e de con-
tribuir com o grupo, contextualizando as
produções deles. Para isso, faça pesquisas
nos sites Itaú Cultural, Wikipédia Frans Kra-
jcberg, Wikipédia Nils Udo e no blog Artes
do Siqueira.

Materiais:

Tintas, pincéis, rolinhos para pintura, cane-


tinhas hidrográficas, gizes de cera, gizes de
lousa, carvão para desenho, cola branca e
colas coloridas, massa de modelar, argila,
retalhos de tecidos, retalhos de papéis co-
loridos, botões grandes, gravetos, folhas se-
cas, tampinhas de garrafa, rolhas diversas,
barbantes, lãs ou outros tipos de fios, con-
chinhas, areia colorida ou natural, algodão,
palitos de sorvete, papel kraft, papel para-
ná, ofício, papelão, telas de pintura, papel
cartão, vasos ou potes pequenos, bandejas
de papelão ou isopor, etiquetas e folhas
de sulfite tamanho A3, para impressão das
obras dos artistas citados.

Espaços:

Esta atividade deve ser realizada em uma


sala. Todo o material selecionado deve ser
organizado em potes, latas, caixinhas ou
até bandejinhas e dispostos em uma mesa
ou bancada onde estejam visíveis e de fácil
acesso aos pequenos. Exponha pelo espa-
ço as imagens que você pesquisou e im-
primiu. (Aqui, você encontra uma lista de
sugestões). Utilize as paredes ou monte um
varal para pendurá-las aleatoriamente. As
obras devem estar à altura dos olhos das
crianças. Reserve um espaço do ambiente
para colocar uma caixa com alguns ma-
teriais de largo alcance, como pedaços de
madeira, tecidos, potes de tamanhos varia-
dos e canos.

Tempo sugerido:

Entre 1 hora e 15 minutos a 1 hora e 30 mi-


nutos.

Perguntas para guiar suas observações:

O que mais chama a atenção das crianças


quando observam obras artísticas? Serão
as cores, os traçados, o tema das obras?

Quais estratégias as crianças colocam em


jogo quando precisam planejar o que irão
fazer? Como se organizam? O que preci-
sam saber e o que já sabem antes de co-
meçarem as produções?

Como se dá o processo de criação e quais


sentimentos estão envolvidos neste mo-
mento? Como acolhem os comentários dos
colegas a respeito de suas próprias obras e
como expressam opiniões quanto às pro-
duções dos demais?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
às necessidades e às diferenças de cada
criança ou do grupo. Estimule as crianças
a explorar o espaço e a criar possibilidades
para utiizá-lo da melhor maneira. Pode ser
no chão, na mesa, sobre a cadeira, com os
suportes fixados na parede ou apoiadas so-
bre os joelhos. Na etapa final, caso alguma
criança não se sinta confortável para fa-
lar sobre sua própria obra ou responder as
perguntas, respeite essa opção e proponha
apenas a apreciação.

O que fazer durante?

Convide as crianças para uma roda e cha-


me a atenção delas para as imagens das
obras espalhadas pelo espaço. Pergunte
se sabem o que são as imagens e por que
estão ali. Questione se conhecem o nome
de algum artista plástico e ouça os comen-
tários para descobrir o que as crianças já
sabem sobre o tema. Depois de ouvi-las,
diga que hoje elas vão conhecer dois artis-
tas que usavam suas obras para denunciar
maus tratos à natureza. Dessa forma, cha-
mavam a atenção de todos para a impor-
tância do cuidado e da preservação dela.
Neste momento, mostre fotos dos artistas
Frans Krajcberg e Nils Udo e conte, breve-
mente, um pouquinho da biografia deles.

Ainda na roda, revele ao grande grupo que


as as imagens ao redor são fotografias de
obras dos dois artistas mencionados an-
teriormente. Diga que a turma fará uma
apreciação dessas obras. Pergunte se as
crianças sabem o que significa apreciar.
Muito provavelmente, elas vão saber mui-
tas coisas sobre essa palavra e você poderá
usar as ideias delas para esclarecer melhor
o significado desse verbo.

3
Convide todo mundo para transitar pelo
espaço e contemplar as imagens. Interaja
com o grupo neste momento, circulando
entre as crianças e observando reações,
comentários e expressões delas. Aproveite
para dialogar sobre a apreciação e chame
atenção para as cores e os materiais apre-
sentados.

Convide as crianças para voltar a observar


a foto da obra que mais gostaram e ficar
próximas a ela. Esclareça que, com base na
escolha, cada uma irá construir uma obra
de arte. A partir dos interesses e das esco-
lhas de cada uma,pequenos grupos serão
formados neste momento. Esclareça que
a obra escolhida por cada grupo servirá de
inspiração e não de modelo, pois a ideia
não é reproduzir as imagens mas criar no-
vas obras inspiradas no que foi visto.

Direcione os grupos para que se organi-


zem em um espaço da sala. Ofereça mesas
e cadeiras, mas permita que produzam no
chão,caso se sintam mais à vontade. Com-
bine com as crianças para que reflitam so-
bre o que querem fazer e sobre o material
que utilizarão (dentre os que você previa-
mente deixou disponível na sala) para con-
cretizar as produções. Sugira que comparti-
lhem ideias com o colega que estiver mais
próximo e que também ouçam as ideias
deles.

Convide as crianças para irem até a ban-


cada e observarem os materiais disponí-
veis, percebendo o que há ali e escolhen-
do alguns deles para começar a produção.
Esclareça que, no decorrer da criação das
obras, elas poderão pegar outros materiais
se acharem que é necessário.

Enquanto a turma produz, transite entre os


pequenos grupos observando o processo e
se todos conseguem fazer. Caso encontre
alguma criança que ainda não tenha inicia-
do, ajude-a, perguntando se já sabe o que
pretende fazer ou se já considerou como
vai utilizar o material escolhido. Identifique
alguma criança insatisfeita com a própria
produção e ajude na elaboração do que ela
propôs anteriormente.

Sugira às crianças que mostrem o que fi-


zeram aos colegas do pequeno grupo e
que contem para os demais o que fizeram.
Aproveite este momento de produção para
observar as crianças, as estratégias e os de-
safios delas. Registre a atividade com fo-
tos e vídeos. Sinta o envolvimento do gru-
po na realização da atividade e perceba se
será necessário mais tempo para que todos
concluam.

Para finalizar:

Conforme as crianças terminam, incenti-


ve que guardem os materiais e oriente a
higienização das mãos. Lembre-se de per-
guntar a cada uma qual é o título da obra
que fez e anote-o em uma etiqueta. Cole a
etiqueta na obra da criança, para que seja
possível identificá-la.
Incentive quem já terminou a ir brincar em
um cantinho da sala, previamente organi-
zado com brinquedos. Lá, elas vão espe-
rar os demais terminarem seus trabalhos.
Aproveite para terminar de identificar as
obras enquanto as crianças finalizam as
produções e começam a brincar.

Desdobramentos
Esta atividade pode ser retomada no dia
seguinte ou no mesmo dia, após um mo-
mento livre das crianças. Sugira a aprecia-
ção das obras produzidas e instigue o olhar
observador do grupo, chamando a atenção
para as cores, formas e materiais utilizados
nas produções de cada um. Incentive as
crianças a fazer perguntas sobre as produ-
ções e faça mediações, procurando saber
as dificuldades que tiveram e como se sen-
tiram durante a realização da proposta. É
possível repetir a atividade com a participa-
ção do grupo, pedindo que sugiram mate-
riais diferentes para utilizarem na atividade.
A forma como produzirão também pode
variar: em duplas, trios, individualmente,
em grupos ou coletivamente.

Engajando as famílias
Espalhe pela escola alguns cartazes, con-
vidando as famílias para visitar o ateliê e
conhecer as produções das crianças. Caso
a escola não possua um local fixo para o
ateliê, organize um espaço de fácil visuali-
zação e exponha as obras em mesas. Colo-
que, próximo a cada obra, pedaços peque-
nos de papéis e canetinhas. Na entrada do
ateliê ou do espaço, coloque um pequeno
texto, esclarecendo o trabalho desenvolvi-
do, e solicite aos pais que apreciem as cria-
ções escrevendo mensagens para as crian-
ças. Depois de ler para a turma os textos
deixados pelos familiares, cole-os na agen-
da de cada um, esclarecendo à família que
são as mensagens que receberam após a
apreciação das produções artísticas.
Plano de aula 218: Planejando a construção
de um jogo de tabuleiro

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Para esta atividade, é interessante que o


grupo esteja envolvido com alguma temá-
tica específica, como explorando o mundo
animal ou conhecendo algum artista em
especial. Desta forma, terão um contexto
que enriquecerá a criação do jogo de ta-
buleiro. Além disso, é importante que o
grupo já tenha familiaridade com jogos de
tabuleiro, jogando em várias situações do
cotidiano, para que fomentem estratégias
a fim de confeccionarem um novo jogo.
Sugere-se, também, que você conheça
um pouco da história dos jogos de tabu-
leiro para conversar com as crianças. A se-
guir, algumas sugestões de sites onde você
pode buscar informações sobre a temática.

https://www.smartkids.com.br/trabalho/jo-
gos-de-tabuleiro

http://www.historialivre.com/medieval/jo-
gos_media.htm
E como inspiração para esta proposta se-
guem outras sugestões:

https://super.abril.com.br/blog/superlistas/
8-dicas-para-fazer-seu-proprio-jogo-de-ta-
buleiro/

http://futura.org.br/noticias/jogo-de-tabu-
leiro-ensina-historia-da-africa/

Materiais:

Considere selecionar alguns exemplos de


jogos de tabuleiros para apresentar aos
grupos. Busque reunir jogos clássicos,
como ludo, sobe e desce e também jogos
mais atuais. Você precisará da tabela de
plano de ação. Preparamos um modelo de
sugestão aqui. Para facilitar a organização
das ideias e a participação de todos, reser-
ve o quadro branco ou um papel grande
fixado na parede, marcadores gráficos, lápis
e borrachas para as crianças.

Espaços:

Organize a sala reservando espaço para


que a atividade ocorra na grande roda e
que o quadro ou papel fixado na parede
possa ser utilizado por você e pelo grupo.
Cuide para que todas as crianças tenham
acesso visual de qualidade ao material ex-
posto.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 1 hora e 30 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

Como foi o envolvimento do grupo com a


proposta? Demonstraram interesse? Explo-
raram os jogos apresentados? Identifica-
ram as características e diferentes dinâmi-
cas envolvidas? Experimentaram o antes, o
depois e sequências?

Quais estratégias de leitura, escrita e conta-


gem, as crianças utilizaram ao criar o jogo?
Diferenciaram letras, números e símbolos?
Estabeleceram relação entre números e
quantidades? Registre exemplos.

Como se deu a interação entre as crianças


durante as explorações do jogo e do mo-
mento de criação? Como se deu a troca de
ideias entre os pares? Souberam ouvir e
emitir opiniões? Trabalharam de forma co-
laborativa? Como?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Ao selecionar os jogos,
considere as especificidades do seu grupo,
cuide para que a dinâmica deles não ofere-
ça obstáculos para a participação de todos.

O que fazer durante?


1

Convide as crianças para se juntarem a


você em uma grande roda. Apresente os
jogos de tabuleiro que selecionou e diga
a elas que trouxe um desafio para o gru-
po. Apresente a proposta de começarem a
pensar na criação de um jogo de tabuleiro
sobre o temaque está sendo vivenciado no
cotidiano do grupo. Questione as crianças
se elas já jogaram algum jogo de tabuleiro
e se conhecem os jogos que você trouxe.
Aproveite as falas delas para listar diversos
jogos de tabuleiro, valorizando as experi-
ências compartilhadas e destacando como
jogos de tabuleiro são interessantes.

Percebendo o envolvimento do grupo, con-


te às crianças um pouco da história dos jo-
gos de tabuleiro e apresente um dos que
selecionou. Por meio de questionamentos,
estimule o grande grupo a descrever este
jogo, levantar hipóteses sobre sua dinâmi-
ca e explique como se joga. Em seguida,
peça para que uma criança escolha ou-
tro jogo e que, junto com o grupo, faça o
mesmo. Caso as crianças não tenham fa-
miliaridade com textos de regras de jogos,
escolha um manual para fazer a leitura e
possibilitar uma breve familiarização. Faça
esta exploração com todos os jogos que se-
lecionou e, por votação, escolha um para
o grande grupo jogar de forma coletiva,
ainda na roda. Durante a partida, instigue
as crianças a refletirem quanto a interpre-
tação dos dados ou roletas, destacando a
representação numérica apresentada (nu-
meral ou pontos) e sua utilização na mo-
vimentação das peças/peões no tabuleiro.
Observe como estão relacionando-as às
suas respectivas quantidades. Aproveite
para problematizar situações de ordena-
ção, incentivando as crianças a observarem
o que acontece antes e depois, o que vem
primeiro ou quem chegou primeiro, por
exemplo.

Possíveis falas e ações do professor nes-


te momento: Qual número saiu no dado?
Vamos andar esta quantidade de casas?
Quem ajuda a contar? Ué, vocês andaram 6
casas, mas a gente tinha tirado 4 no dado.
Quantas casas temos que voltar? Alguém
sabe? Olha só, o peão estava nesta casa.
Andando 4 casas, tem que parar em qual?
Isso! São duas casas a menos, né?

Ao encerrarem a partida do jogo ou um


número significativo de rodadas, convide
o grande grupo a comparar os jogos dis-
poníveis. Busque perceber com o grupo se
os jogos são todos iguais, o que eles têm
em comum, dentre outras caraterísticas.
Durante as observações, busque instigar
as crianças a perceberem os elementos co-
muns entre os jogos de tabuleiro. Aproveite
este momento para registrar as informa-
ções trazidas pelas crianças no quadro ou
papel fixado na parede, dizendo ao grupo
que essas são informações importantes
para que possam atender ao desafio de
criarem um jogo. Leia as observações re-
gistradas e questione as crianças se existe
algo mais que precisam saber sobre jogos
de tabuleiro para criar um novo jogo sobre
o tema que estão envolvidas.

Possíveis falas e ações do professor nes-


te momento: O que os jogos de tabuleiro
têm em comum? Vamos observar os ta-
buleiros? Ah, boa! Vou anotar essa sua ob-
servação aqui no cartaz: os tabuleiros tem
caminhos para as peças caminharem. Per-
cebem algo mais? Ótima percepção, então
vou anotar: algumas casas do caminho do
tabuleiro tem cores diferentes e indicam
tarefas.

Ao finalizarem o registro das observações,


sinalize para as crianças que é hora de co-
meçarem a pensar no jogo que irão criar.
Questione o grupo sobre por onde é possí-
vel começar. Sugira que comecem definin-
do qual será o enredo do jogo. Por exem-
plo, se a temática for mundo animal, as
crianças podem definir que o jogo será um
caminho em uma floresta ou uma explora-
ção no fundo do mar. Em seguida, estimule
o grupo a começar a pensar nas regras do
jogo. Diga que você irá registrar as ideias
trazidas no quadro ou papel fixado na pa-
rede. Busque enriquecer estas contribui-
ções promovendo a troca de ideias entre as
crianças por meio de questionamentos es-
truturantes.
Possíveis falas do professor neste momen-
to: o que é objetivo do jogo? Alguém sabe
me dizer? Então, qual será o objetivo do
que estamos construindo? Quantos serão
os jogadores? Como eles irão se locomo-
ver no percurso do tabuleiro? O que pode
acontecer neste caminho?

Ao esgotarem o registro das ideias e regras


do jogo, faça a leiturado cartaz construído
neste diálogo e questione o grupo acerca
da concretização do jogo. Isto é, como po-
dem fazer para construir o jogo que acaba-
ram de idealizar. Acolha as falas das crian-
ças e diga que trouxe uma tabela em um
grande cartaz para fixar na parede, que
pode ajudar neste planejamento.

Apresente ao grande grupo a tabela de


plano de ação. Diga que este é um mode-
lo muito usado pelas pessoas que preci-
sam se planejar para fazer algo. Diga que
a tabela nos ajuda a organizar as ideias e
depois combinar as etapas de tudo que
temos que fazer, sem esquecer de nada
que combinamos. Destaque que a tabela
possui colunas: uma com o que precisa ser
feito e uma com os recursos que são neces-
sários para fazer isto, ou seja, um lugar para
listar os materiais que precisarão.

Convide as crianças a preencherem a tabe-


la com seu apoio, isto é, sendo você o escri-
ba. Busque detalhar o processo de escrita
das palavras trazidas pelas crianças, esti-
mulando-as a refletirem sobre elas. Para
isso, considere que esta é uma construção
de texto oral (das crianças) com destino
escrito (escrita do professor) e que marcar
o tempo da escrita enquanto registra as
ideias das crianças é uma forma interes-
sante de detalhar esse processo.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Precisaremos fazer um tabuleiro. Então,
vou escrever aqui na primeira coluna a pa-
lavra tabuleiro. Alguém sabe como se es-
creve a palavra tabuleiro? Precisaremos fa-
zer um tabuleiro, certo? Agora precisamos
preencher esta outra coluna. Que materiais
precisaremos para construir o tabuleiro?

Para finalizar:

Ao concluir o preenchimento da tabela,


faça a leitura dos itens que foram listados
como necessários para a confecção do
jogo. Faça uma revisão com as crianças,
verificando se deixaram de incluir algo im-
portante. Diga para o grupo que ela ficará
exposta para complementarem se tiverem
outras ideias e proponha que construam o
jogo em outro momento.

Desdobramentos
O desdobramento natural desta atividade
é a construção do jogo de tabuleiro utili-
zando o plano de ação elaborado. Preveja
atividades que considerem as ações defi-
nidas pelo grupo no plano de ação, como
a confecção do tabuleiro, a elaboração das
regras. Organize pequenos grupos, lance
mão dos materiais já existentes na sala ou
reutilize materiais comuns na escola, como
caixas, copos, tampas de hidrocores e ou-
tros. Você pode construir uma agenda para
a elaboração do jogo com a turma. Prepa-
ramos uma sugestão aqui. Sendo assim,
reserve atividades apenas para a confecção
do tabuleiro, que envolve uma parte está-
tica, uma parte de organização da trilha,
outra dos números etc. Em outro dia, orga-
nize com as crianças as penalidades, dicas
e prêmios que podem contar nas casas,
como: “você ajudou a salvar uma baleia,
avance dois espaços”, ou “você jogou lixo
na praia, fique uma rodada sem jogar” etc.
Outra atividade pode ser dedicada a elabo-
rar as regras e mais uma para finalizar: fa-
zer o dado, os peões, a embalagem do jogo
etc. Além disso, a realização de um campe-
onato do jogo quando pronto é uma opção.

Engajando as famílias
Exponha as regras do jogo e o plano de
ação no mural da sala e peça para que as
famílias contribuam com sugestões, seja
propondo novas regras para enriquecer o
jogo ou indicando novas ações ou mate-
riais para a confecção dele.
Plano de aula 219: Primeiros dias na escola:
atividades na área externa

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Essa proposta considera a importância de


variar os locais de atividades no início do
ano, para que as crianças novas conheçam
os diferentes espaços da escola. Ao mesmo
tempo, as que já frequentavam podem re-
conhecer os mesmos espaços. Considere
que um espaço externo pode ser mais atra-
tivo para as crianças que apresentam difi-
culdades em permanecer na sala do gru-
po. Porém, como um espaço aberto requer
maior supervisão, combine com outros pro-
fessores da escola como será a dinâmica
do dia, incluindo a proposta das estações e
organização do piquenique, para que pos-
sam ajudar na organização dos espaços e
acompanhamento das crianças. Caso a es-
cola permita, combine previamente com
os pais para as crianças trazerem um lan-
che de casa que será compartilhado com
a turma. Caso não seja possível, peça aos
funcionários da cozinha para que o lanche
da escola possa ser servido na área exter-
na, atendendo à proposta de piquenique.
Pequenos pacotes de biscoitos com bilhe-
tinhos devem ser preparados com antece-
dência para entrega durante a despedida
neste dia.

Materiais:

Materiais para a hora de receber as crian-


ças: blocos de montar ou outro brinquedo
que tenha em quantidade suficiente para
todas. Materiais para a estação de teatro:
Fantasias, fantoches, pequenos cenários
etc. Materiais para a estação da aventura:
cordas, motocas, bambolês e obstáculos de
percurso. Materiais para estação de relaxa-
mento: Tapete emborrachado, colchonete
ou tatame, almofadas, bolinhas, bonecos,
música calma (sugestão: sons da nature-
za). Materiais para a proposta de piqueni-
que: sugestão da música ”Me dá sua mão”
, do Palavra cantada sugestão de leitura
do Livro infantil Camilão o Comilão, de Ana
Maria Machado (para conhecer a história:
https://pt.slideshare.net/doia/camilo-o-co-
milo) mas também é possível utilizar ou-
tro objeto disponível em sua escola que
aborde essa temática; guardanapo para a
história; cesto; toalha para o piquenique;
lanchinhos coletivos, copos e guardanapos
de papel. Como opção para a despedida e
engajamento com a família, propomos sa-
quinhos com biscoitos feitos na escola ou
industrializados e bilhetinhos que acompa-
nharão os biscoitos. Materiais para registro
do professor: aparelho para fotografia ou
filmagem.

Espaços:

Essa atividade deverá ocorrer na área ex-


terna, em ambiente amplo e aberto. A pro-
posta inclui estações que devem ser orga-
nizadas com antecedência. Se notar que as
crianças mostraram interesse especial em
atividades anteriores ou por algum tipo de
atividade específica, é possível substituir
umas das sugestões apresentadas. Orga-
nize um espaço próximo da entrada das
crianças com brinquedos de montar. Ob-
serve o ambiente e reserve um local acon-
chegante, como debaixo de uma árvore ou
um espaço gramado para a hora da história
e do piquenique.

Tempo sugerido:
Adapte esse planejamento de tempo à or-
ganização da sua escola. Essa é uma ativi-
dade que contempla um tempo reduzido
de permanência das crianças novas. Se seu
grupo de crianças é misto (crianças novas
e as que já eram da escola), planeje a conti-
nuidade da proposta, ou outras atividades,
para atender aos que permanecerão por
todo o período. Sugerimos em média 1 hora
e 30 minutos, para essa atividade, sendo 10
minutos para receber as crianças, 30 mi-
nutos para as estações, 20 minutos para a
roda de história, 20 minutos para o piqueni-
que e 10 minutos para a despedida.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como ocorre a interação das crianças


em atividades que requerem cooperação,
como, por exemplo, a organização do pi-
quenique?

2. Que pistas as crianças dão, por meio de


expressões corporais, sobre suas preferên-
cias durante as brincadeiras propostas e as
diferentes sensações em relação ao espaço
e materiais?
3. Nas escolhas dos brinquedos e estações,
como demonstram consideração em rela-
ção aos sentimentos, desejos e necessida-
des dos colegas? Se preferem brincar sozi-
nhas, como isso se estabelece?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Quando organizar as esta-
ções, pense no espaço como um todo e na
necessidade de favorecer a livre movimen-
tação das crianças. Disponha de objetos e
brinquedos que possam ser manuseados
individualmente ou em grupos. Opte por
modalidades de atividades variadas, como
as indicadas no plano, isso permitirá envol-
ver maior número de crianças.

O que fazer durante?


1

Espere as crianças na área externa. À me-


dida que vão chegando, receba-as pesso-
almente. Você pode oferecer as mãos para
que elas segurem, fazendo contato físico.
Porém, não insista caso perceba sinais de
recusa. Coloque-se na altura da criança,
trate-a pelo nome, diga que está feliz em
revê-la e que preparou muitas surpresas
para esse dia. Diga que, enquanto aguarda
os outros colegas, ela pode brincar com os
brinquedos que você separou. Disponha
alguns materiais com os quais as crianças
podem se envolver individualmente ou em
pequenos grupos (como desejarem) en-
quanto esperam os amigos, como blocos
de montar. Garanta uma quantidade que
atenda a todo o grupo. As crianças, nesse
momento, se despedem dos familiares. Se
necessário, relembre-as que eles logo vol-
tarão e que poderão participar de uma sur-
presa no fim da atividade. Quando todas
tiverem chegado, reúna o grupo e propo-
nha que ajudem a recolher os blocos em
uma caixa. Agradeça as crianças pela ajuda
e peça que se sentem formando uma gran-
de roda.

Conte para as crianças que elas terão um


dia bem gostoso e que poderão fazer mui-
tas coisas legais brincando no jardim, qua-
dra ou outro espaço que você escolheu.
Diga que, para isso, organizou o espa-
ço com diferentes estações. Pergunte às
crianças o que estão vendo nas estações,
escute com atenção e amplie as possibi-
lidades de observação e antecipação das
brincadeiras que podem ser realizadas.
Você pode perguntar por que acham que
os brinquedos foram separados daquela
forma, como podemos brincar com esses
objetos dispostos, que aventuras podem
ser vividas na estação da aventura ou por
que temos colchonetes em outra estação.
Proponha combinados para que todas pos-
sam brincar respeitando o tempo e espaço
dos colegas.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Olha, que legal! Temos algumas moto-
cas naquela estação. Quem quer brincar de
motoca? Mas se eu ficar todo o tempo com
a motoca, será que outros poderão brincar?
O que podemos fazer nesse caso?

Convide as crianças para conhecer as es-


tações. À medida que elas começam a se
envolver nas brincadeiras, ande pelos espa-
ços e participe das atividades em que estão
envolvidas. Se notar que alguma criança
ainda não conseguiu se decidir, convide-a
para conhecer as estações com você. Inte-
raja com as crianças que já estão brincando
e observe qual atividade chamou mais a
atenção delas. Volte para a atividade esco-
lhida e proponha uma brincadeira conjun-
ta. Identifique as crianças que demonstram
maior intimidade com o espaço e ações.
Proponha que elas apoiem as que ainda
demonstram insegurança ou timidez. Se
afaste quando notar que a criança conse-
guiu se envolver e interagir com outras.

Observe como as crianças interagem com


o novo espaço. Perceba se passam por to-
das as estações ou ficam em uma especifi-
ca, se preferem as atividades de maior ex-
ploração dos movimentos corporais, como
a estação da aventura e a de teatro (com
todas suas possibilidades imaginativas), ou
as estações mais calmas, como a de rela-
xamento. Procure ficar por um tempo em
cada estação. Se perceber aceitação das
crianças, seja um parceiro em suas brin-
cadeiras a partir das manifestações e ini-
ciativas delas. Esta é uma grande possibili-
dade de estabelecimento de vínculos e de
conhecer um pouquinho mais sobre cada
criança. Se ocorrer reações de choro, apro-
xime-se da criança, converse com ela usan-
do um tom de voz amigável e busque junto
a ela uma atividade em que se sinta bem.
Uma possibilidade é propor a estação de
relaxamento, pois atividades mais tranqui-
las e com atençãoindividual podem ajudar
a acalmá-la. Proponha, por exemplo, que
ela te ajude a fazer massagens em uma bo-
nequinha. Assim que a criança estiver tran-
quila, proponha outras ações ou amplie as
possibilidades da brincadeira inserindo ou-
tros objetos.

Quando estiver próximo ao momento de


finalizar as brincadeiras nas estações, diga
às crianças que terão mais uma coisa le-
gal em seguida. Após finalizar, peça para
que elas agrupem os objetos e brinquedos
das estações e proponha a leitura de uma
história. Diga que, em outra oportunida-
de, elas poderão retomar as brincadeiras.
Convide as crianças para se acomodarem
em um espaço agradável, como debaixo de
uma árvore ou no gramado. Enquanto as
crianças se organizam, coloque uma mú-
sica (sugestão: “Me dá tua mão”, do grupo
Palavra Cantada - Enquanto você canta, as
crianças vão se acomodando e fazendo a
transição de uma atividade de movimen-
tação para uma de atenção. Conte com a
possibilidade de algumas não se interessa-
rem pela proposta e preferirem continuar
brincando, ou se aproximarem apenas de-
pois do início da história. Nesse momen-
to, o professor que te auxilia com a turma
deve dar atenção específica para essas
crianças, enquanto você reúne as demais
para a história.

Enquanto canta, vá diminuindo o volume


da voz. Assim, as crianças vão direcionan-
do a atenção. Apresente o livro, a sugestão
aqui é “Camilão o Comilão”, de Ana Maria
Machado, que narra como Camilão reúne
os amigos para um piquenique. Apresente
o livro, bem como o personagem principal
e peça às crianças que digam sobre o que
elas imaginam se tratar a história. Você
pode ler a história ou conta-lá usando ob-
jetos, como fantoches ou objetos variados
com função simbólica. Os principais obje-
tos de apoio são um cesto e um guardana-
po, se tiver esses objetos disponíveis, optar
pela contação e desejar, poderá usá-los. Ex-
plore o fato da história se tratar de um con-
to de repetição. Assim, as crianças poderão
interagir com a história, repetindo as frases
que são recorrentes no texto, como: “e eu
aqui, com tanta fome que acho até que vou
desmaiar” ou “O guardanapo por cima”.

Ao término da história, pergunte quem


gostaria de participar desse delicioso pi-
quenique. Proponha prepararem juntos um
piquenique, assim como fez nosso amigo
Camilão. Pergunte às crianças como po-
dem organizar o espaço para o piquenique,
escute as sugestões e acate as que forem
possíveis. Conte para as crianças que você
trouxe uma bonita toalha para colocarem
os lanches. Enquanto vocês forram uma
mesa ou um espaço no chão, o professor
que está lhe ajudando pode organizar a
parte do lanche do piquenique na cesta
que foi usada para contar a história e co-
bri-la com o guardanapo. Instigue a curio-
sidade e imaginação das crianças, per-
guntando o que acham que há debaixo do
guardanapo. As crianças podem levantar
diferentes hipóteses, como associar com os
alimentos apresentados na história ou com
o fato de terem trazido de casa lanches que
os familiares prepararam. Explore essas hi-
póteses. A medida que vão tirando os lan-
ches, convide-as para organizar o ambiente
para um delicioso piquenique, que poderão
compartilhar com os novos colegas assim
como Camilão fez. Combine previamen-
te com algum funcionário da escola para
que, neste momento, traga os demais lan-
ches que não couberam no cesto, As crian-
ças podem ir dispondo os lanches, copos e
guardanapos como preferirem.

Caso ainda tenha crianças nas estações,


convide-as para o piquenique.Coma junto
com elas, tornando a ocasião agradável e
convidativa. Aproveite para conversar com
elas sobre suas preferências alimentares,
quem preparou os lanches, se ajudaram na
preparação etc.

Para finalizar:

Quando estiver chegando perto da hora do


término da atividade, peça que as crianças
ajudem a deixar o ambiente organizado, re-
colher os lixos etc. Lembre as crianças que
vocês combinaram uma surpresa especial
para quando os familiares ou responsáveis
retornassem. Proponha organizarem jun-
tos uma mesa para quem vier buscá-las,
dispondo os alimentos que sobraram do
piquenique. Observe as crianças que es-
tão mais à vontade com o ambiente e peça
ajuda delas. As crianças podem brincar
com os materiais das estações até o fami-
liar chegar.

Quando os familiares chegarem para bus-


car as crianças, convide-os para entrar e
se servir dos lanches dispostos na mesa
que as crianças organizaram. Sugira que as
crianças contem como foi o dia delas, do
que brincaram e porque tiveram um pique-
nique (provocando que falem da história
ou do novo amigo Camilão).

Desdobramentos
Combine previamente com os familiares e
professores e promova o piquenique com
outras turmas. Assim, as crianças podem
compartilhar esse momento com algum
irmão ou amigo que talvez tenham na es-
cola.

Engajando as famílias
Você pode organizar uma surpresa para
o momento de saída: quando se despedir
das crianças e familiares, diga que o Ca-
milão deixou uma surpresa para cada um
no cesto. Disponha de pequenos pacoti-
nhos com biscoito. Prenda nos pacotinhos
um bilhetinho com frases, como: “surpresa
especial do nosso amigo Camilão, que tal
contar para as pessoas o que você gosta
sobre esse porquinho comilão?”
Plano de aula 220: Mudando o cenário da
história

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Este plano faz parte de uma sequência de


cinco. São eles:

Escrevendo uma indicação da nossa histó-


ria favorita

Recontando uma notícia de jornal

Novos personagens para a história

Mudando o cenário da história

Um novo final para uma história

Para esta proposta, é necessário antever


o conto clássico que é mais querido pe-
las crianças. Também é importante que
as crianças já tenham vivenciado diversos
contextos de leitura desta história, de for-
ma que conheçam bem o enredo. Neste
plano, o conto clássico Chapeuzinho Ver-
melho será tomado como exemplo para a
proposta. O espaço escolhido para o novo
cenário da narrativa será a escola, sendo
esta também uma exemplificação na pro-
posta.

Materiais:

Para o contexto desta atividade é necessá-


rio ter o conto clássico preferido do grupo.
Considere dispor mais de um exemplar do
livro, com o intuito de atender a um peque-
no grupo de crianças. É necessário dar su-
porte de escrita para o professor escriba da
atividade. Sendo assim, considere utilizar
um cartaz ou quadro. Observe a necessi-
dade de organizar o material da atividade
para que o outro grupo de crianças que
não estará envolvido com esta proposta no
primeiro momento vivencie uma atividade
que já realizam com autonomia.

Espaços:

Antecipe um espaço que possa acolher um


pequeno grupo de crianças. É importante
que este espaço acolha os dois grupos de
crianças em atividades simultâneas e opor-
tunize o estabelecimento de relações de
qualidade, de modo que elas conversem
e se expressem nas diferentes linguagens,
estabelecendo trocas entres os pares.

Tempo sugerido:

Em torno de 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Quando é feito o convite para propor que


o conto aconteça em outros espaços, as
crianças contribuem com quais hipóteses?
Elas trazem sugestões e ideias de novos
espaços de seu cotidiano, fantasiosos etc.?
Como?

2. As crianças se apoiam em sugestões dos


pares e fazem complementos às ideias que
emergem? Quais falas, gestos ou expres-
sões indicam este apoio?

3. Como reagem ou comentam o reconto


criado? Quais expressões usam? Há sorri-
sos? Demonstram interesse? Como?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacio-
nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Busque oportunizar um
ambiente de acolhida e trocas entre o gru-
po. Observe que as crianças encontram di-
versas formas para expressarem suas ideias
e curiosidades. Sendo assim, acolha elas,
trazendo-as para o contexto do reconto
econsiderando gestos, expressões faciais,
olhares, pausas, surpresas e outras expres-
sões que emergem no processo de cons-
trução do grupo.

O que fazer durante?

1
Convide o grupo para se acomodar no lu-
gar preparado por você, compartilhando
com as crianças que hoje você preparou
duas propostas para o grupo. Conte que,
para isso, um grupo ficará com você desen-
volvendo um reconto enquanto o outro se
engaja em uma atividade que realiza com
autonomia. Depois, acontecerá a troca dos
grupos. Divida os grupos como uma brin-
cadeira. É importante pensar em mesclar
as crianças, oportunizando que haja diver-
sidade para que, nas trocas, uma criança
aprenda com a outra. Após organizar os
grupos, encaminhe cada um para a pro-
posta escolhida.

Depois do encaminhamento dos grupos,


compartilhe com as crianças que ficaram
com você que hoje vocês farão um reconto
diferente. Pergunte o que acham da pos-
sibilidade do conto favorito delas aconte-
cer em um espaço diferente do da história,
como a escola, uma loja de brinquedos, um
supermercado etc. Instigue-as a imagina-
rem os efeitos que a mudança do cenário
causaria na narrativa. Acolha as hipóteses e
falas do grupo, considerando apoiá-lo neste
jogo imaginário. Ao final, proponha para as
crianças a criação e escrita do reconto em
um cenário diferente.

Feita a proposta, considere utilizar uma es-


tratégia para que o grupo escolha o cená-
rio para o conto. Esta escolha pode ser feita
por votação ou, se houver consenso na pro-
posta do grupo, considere o cenário mais
apontado pelas crianças.

Cenário escolhido, compartilhe com o gru-


po que, agora, vocês começarão a narrativa
e você será o escriba do reconto. Pergunte
às crianças como começa o conto favorito
delas. Em seguida, pergunte como come-
çariam a narrativa no cenário escolhido.
Anote as escolhas feitas de forma a enca-
dear a nova narrativa. Considere apoiá-las,
neste momento, auxiliando na construção
das hipóteses propostas pelo grupo. Por
exemplo, é possível que os personagens se-
jam modificados para que o cenário novo
tenha sentido na narrativa. A mamãe da
história da Chapeuzinho pode ser transfor-
mada em professora que pede que uma
criança leve folhas para outra sala.

Possíveis falas do professor: Crianças, como


começa a história da Chapeuzinho? A ma-
mãe chama a chapeuzinho para levar uma
cesta de guloseimas para a vovó. Mas agora
que o nosso cenário é a escola, como pode-
mos começar esta história?

Siga o enredo da narrativa, instigando o


grupo a ressignificar a história conforme
o cenário. Continue oferecendo suporte,
mas instigue as crianças nessa criação do
reconto, apoiando e estimulado a constru-
ção dos pensamentos. Observe que, neste
momento, é importante construir media-
ções junto ao grupo. Diga para as crianças
perceberem as diferenças entre as marcas
orais e escritas, lançando situações emer-
gentes para que construam reflexões que
as aproximem da linguagem escrita. Ob-
serve que, por se tratar de um processo de
aquisição, a escrita do novo reconto não
precisa ficar perfeita, deixando de lado pa-
lavras e expressões que por vezes se distan-
ciam da marca escrita mas são caracterís-
ticas das crianças e compõem suas ideias
para o reconto.

Possíveis falas do professor: Então, na histó-


ria, o lobo escondido atrás da árvore obser-
va a Chapeuzinho. E a aqui na escola? De
qual lugar ele pode fazer isso? Agora vou
ler a sugestão de vocês, para a gente con-
tinuar a história. O lobo, escondido atrás
do escorregador, observava a Chapeuzinho
Vermelho. Aí, ele teve uma ideia! Pensou
que ela poderia pedir para brincar com as
crianças de outra turma e aí ele chegaria
primeiro e aí ia conseguir comer os doces!
Vocês perceberam que temos muitos “aís”
nesta parte? Será que, nas histórias que le-
mos, uma expressão se repete tanto assim?
Vamos pensar em quais outras expressões
podemos trazer para o nosso texto? Quan-
do usamos o aí para contar algo, o que es-
tamos querendo dizer?

Observe que é comum que as crianças, ao


produzirem um texto, façam muitas repe-
tições de palavras, especialmente nomes
dos personagens. Por exemplo: “A chapeu-
zinho vermelho foi levar as folhas, aí a cha-
peuzinho vermelho se distraiu no caminho
e quando a chapeuzinho vermelho che-
gou...”.

Esteja atento para acolher essa forma de


produção das crianças e, ao mesmo tempo,
potencializar os entendimentos e constru-
ções acerca das especificidades das cons-
truções escritas. Nesse caso, oportunize re-
flexões que as levem a refletir sobre como
podem fazer para não repetir muito a pa-
lavra “Chapeuzinho Vermelho” e sobre que
outras palavras podem utilizar para dizer a
mesma coisa, dentre outras estratégias.

Uma boa ideia é ler o trecho original do li-


vro de história, por exemplo, para apoiar as
ideias das crianças.

Ao finalizar, combine com as crianças que,


agora, o outro grupo participará da cons-
trução do reconto e que elas irão para a
outra atividade. Combine que, assim que
o outro grupo finalizar, você reunirá todos
para compartilhar as histórias criadas pelas
crianças. Organize a troca de atividades en-
tre os grupos e siga as mesmas estratégias
para o reconto com o novo grupo.

Considere que é fundamental que, ao lon-


go da atividade, você observe o engaja-
mento da turma com a proposta. Caso você
sinta que as crianças estão cansadas frente
a densidade da atividade, pause a propos-
ta e combine com elas a continuidade no
próximo dia ou em outro período do dia.
Caso prefira, os grupos podem vivenciar a
proposta em dias diferentes e você pode
convidá-los a pensar num espaço diferente,
ampliando assim as possibilidades de cria-
ção da turma.

Para finalizar:

Depois dos dois grupos escreverem seus


recontos, preferencialmente no dia poste-
rior a proposta, reúna todas as crianças e
compartilhe a leitura das narrativas criadas.
Convide as crianças a expressarem o que
acharam das histórias e desta proposta. Em
seguida, encaminhe a organização dos es-
paços utilizados e conduza o grupo para a
próxima atividade do dia.

Desdobramentos
É possível propor esta mesma estrutura de
reconto para outras histórias queridas pelo
grupo. As crianças também podem pre-
parar uma encenação do reconto criado,
utilizando espaços diversos e até criando
cenários. Outra proposta interessante é en-
gajá-las na ilustração do reconto no novo
cenário.

Engajando as famílias
Exponha, próximo a sala, os recontos cria-
do pelos grupos, e, junto à ele, considere
dispor o livro de história que inspirou a pro-
posta, para que os familiares leiam e se di-
virtam com as criações das crianças. Outra
proposta é digitar as produções das crian-
ças e enviar para as famílias, convidando-as
a conversarem com as crianças sobre como
foi criar um novo cenário para a história.
Plano de aula 221: Passe a dança

O que fazer antes?


Contextos prévios:

A proposta convida as crianças a dança-


rem em grupos de forma alternada, de
maneira que, enquanto um grupo dança,
o outro observa e aguarda até que a dança
seja passada para que continuem a dança
a partir do gesto que receberam. Para esta
atividade, escolha uma música dançante e
envolvente para as crianças se inspirarem
e criarem expressões corporais divertidas.
Preparamos uma sugestão aqui.

Observe que a atividade se dará em peque-


nos grupos. Considere organizar a turma
em grupos com até 6 crianças e sugira um
capitão para cada, que será o responsável
por passar a dança.

Este plano faz parte de uma sequência de


cinco. São eles:

Conhecendo diferentes ritmos musicais

Os traços marcantes da dança


Dançando como as águas

Passe a dança

Planejando uma apresentação de dança

Materiais:

Considere separar equipamento de som


e arquivo com a faixa musical escolhida.
Separe também equipamento de fotogra-
fia e filmagem para que possa registrar as
relações, movimentos e brincadeiras que
as crianças estabelecerem no percurso da
proposta.

Espaços:

Preveja que a atividade irá ocorrer em um


espaço amplo, de preferência em ambien-
te externo, que disponha de tomadas para
que seja possível o uso do equipamento
de som. Organize para que o espaço esteja
livre de mobiliários e brinquedos e aten-
da aos pequenos grupos em suas criações
corporais.Considere que este espaço deve
acolher os grupos, de modo que fiquem or-
ganizados, todos juntos, em um grande cír-
culo.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 1 hora.

Perguntas para guiar suas observações:

Como as crianças se envolveram corpo-


ralmente com a proposta? Em suas per-
cepções, quais momentos demonstraram
maior autonomia e liberdade nos movi-
mentos? Em quais momentos demonstra-
ram necessidade de apoio?

Como demonstraram a percepção do rit-


mo e da intensidade em suas criações cor-
porais? Perceberam as mudanças trazidas
pela música? Quais movimentos trazidos
pelas crianças evidenciavam esta percep-
ção?

Quais desafios foram encontrados nos mo-


mentos de aguardar a sua vez de dançar?
E na hora de passar a dança? Como o capi-
tão envolveu o grupo em seus movimentos
indicando o momento da transição e como
estes movimentos era recebido pelo outro
grupo?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Observe as relações que as
crianças estão estabelecendo na vivência
da atividade. Atente-se para aquelas que,
aparentemente, não estão envolvidas cor-
poralmente e preferem observar o grupo
de colegas. Perceba como elas observam
as criações dos pares e permita que apre-
ciem o momento. Contudo, caso perceba
que expressar-se corporalmente é um de-
safio para elas, você pode, participando da
composição de dança junto ao grupo, en-
volvê-las em seus movimentos, convidan-
do-as para dançarem com você.

O que fazer durante?


1

Convide as crianças para se sentarem em


roda junto com você. Conte a elas que hoje
você preparou um desafio dançante para
o grupo. Diga que a brincadeira se chama
“passe a dança”. Explore junto às crianças
o que o nome deste desafio sugere,enga-
jando-as num jogo divertido e imaginativo.
Ouça as hipóteses e as aproveite para saber
se alguém já brincou com esta brincadeira.

Aproveite os comentários trazidos pelas


crianças para explicar a atividade e fazer
alguns combinados com a turma. Esclare-
ça que a atividade acontecerá em peque-
nos grupos(de até 6 crianças)e que cada
grupo escolherá um capitão. Diga que to-
dos os grupos formarão uma única roda
no espaço escolhido para a proposta, que
será como uma roda de dança. Entretan-
to, cada grupo dançará por um tempo no
meio da roda enquanto os outros ficam pa-
rados como estátuas, até que o capitão do
grupo que está no centro da roda, dando
um passo à frente, faça o movimento que
passará a dança. Neste momento, converse
com as crianças sobre como podem pensar
em movimentos que sugerem que a dan-
ça está sendo entregue para o outro gru-
po. Chame atenção para que contem sobre
suas vivências e se já viram movimentos e
danças com essas sugestões. Reflita sobre
se as expressões faciais podem ajudar nes-
sa função de passar a dança. Em seguida,
acorde com as crianças a organização dos
grupos no espaço. Sugira que escolham de
que forma farão o agrupamento e a apoie-
-as nessa ação. Levante com as crianças
quem serão os capitães de cada grupo e
inicie a proposta, convidando o primeiro
grupo a dançar no meio da roda enquanto
os demais, representam estátuas.
3

Reproduza a faixa selecionada e potencia-


lize para que o primeiro grupo se expresse
movimentando-se de maneira livre e solta
conforme a música. Acompanhe o grupo e,
se perceber que a expressão corporal é um
desafio, interaja dançando junto às crian-
ças ou sugira alguns passos e movimentos.
Procure não intervir com falas, mas movi-
mentar-se de maneira que elas possam se
apoiar ou ser envolvidas em seus gestos
e expressões. Observe o tempo que um
grupo utiliza para passar a dança ao outro.
Caso considere que este tempo está sendo
muito longo, sinalize para que o grupo in-
dique o momento da próxima equipe. Após
todos os grupos terem recebido a dança,
pause a atividade. Se necessário, faça acor-
dos frente ao que observou neste primeiro
movimento da brincadeira ou se elas têm
alguma ideia para que a brincadeira acon-
teça de forma mais organizada. Por exem-
plo, convide-as para dançarem novamente,
contudo, propondo que dancem até o final
da música, passando a dança entre os gru-
pos por diversas vezes e criando novos mo-
vimentos de passagem de dança.
4

Inicie a brincadeira novamente e, enquanto


acompanha a criação e envolvimento das
crianças, faça registros por meio de fotos e
filmagens. Esteja atento às expressões di-
versas das crianças e procure valorizá-las
em seus registros, capturando as mani-
festações corporais, faciais, sorrisos, trocas
de olhares, dentre outras expressões das
crianças.

Ao terminar a música, investigue se o gru-


po deseja repetir a brincadeira utilizando
outro tipo de ritmo música. Se o grupo qui-
ser, repita considerando trocar os líderes de
cada equipe. Ao finalizarem a brincadeira,
convide todos os pequenos grupos para
apreciarem uma nova música. Diga para
fazerem isso deitados no chão e em silên-
cio. Considere utilizar uma música lenta,
tal como a sugestão que indicamos aqui.
Neste momento, convide as crianças para
fecharem os olhos, de modo que convidem
seus corpos para se acalmarem após agita-
dos pela dança da brincadeira.

Após o momento de relaxamento, convide


as crianças para se sentarem no chão em
roda e conversarem a respeito da vivência.
Peça que partilhem o que sentiram duran-
te a proposta, como foi o desafio de passar
a dança com um movimento e o que ob-
servaram enquanto aguardavam a sua vez
de dançar.

Aja de forma responsiva, acolhendo os co-


mentários e impressões trazidas pelo gru-
po. Neste momento, considere trazer ob-
servações que fez ao longo da vivência, a
fim de aprofundar e apoiar as percepções
das crianças.

Para finalizar:

Combine com as crianças que vocês po-


derão repetir brincadeiras como essas, tra-
zendo ritmos diversos. Engaje a turma na
organização do espaço utilizado e, em se-
guida, convide-as para a próxima vivência
do dia.
Desdobramentos
Você pode repetir a atividade colocando
outros estilos musicais, como o break, por
exemplo, convidando as crianças a se ex-
pressarem. Pode, também, inserir elemen-
tos para que utilizem enquanto dançam,
como fitas e bambolês. É possível realizar
uma variável desta atividade, engajando
as crianças em construções individuais, de
modo que cada uma, do centro da roda,
passe a dança para que outro colega conti-
nue.

Engajando as famílias
Aproveite os registros fotográficos que re-
alizou e organize um painel em um local
que seja de circulação comum entre as
crianças e famílias. Elabore um texto que
contextualize a atividade para compor o
painel e convide as famílias para aprecia-
rem a construção dançante do grupo.
Plano de aula 222: Batalha: um jogo de ba-
ralho

O que fazer antes?


Contextos prévios:

O jogo pressupõe que as crianças compa-


rem os números de cada carta, convidan-
do-as a refletirem sobre qual número é
maior que outro. Dessa forma, é necessário
que as crianças já reconheçam os nume-
rais de 1 a 9 e suas respectivas quantidades.
É importante também que o professor se
aproprie das regras do jogo e que jogue
várias vezes antes de apresentá-lo para as
crianças, a fim de propor um contexto de
qualidade para o grupo.

Materiais:

Organize cartas de um baralho, de Às a 9,,


ou 36 cartões com numerais de 1 a 9, con-
siderando quatro cartas de cada numeral
para cada pequeno grupo. Disponibilize
ainda uma reta numérica de 1 a 9 para cada
grupo.

Espaços:
A atividade começará com o grande grupo
reunido em roda. Depois, a turma será or-
ganizada em pequenos grupos, que serãoe
acomodados nas mesas, ou no chão. Por
fim, todos voltam para a roda.

Para compor os grupos, considere a diver-


sidade dos conhecimentos relativos à se-
quência numérica e identificação núme-
ro/quantidade entre as crianças. Pondere
agrupar as que têm mais autonomia em
conhecimentos numéricos com aquelas
que necessitam de maior apoio. Assim,
uma criança poderá ajudar a outra.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como está sendo a interação das crianças


enquanto jogam? Respeitam as regras do
jogo, os outros jogadores? Esperam a sua
vez?

2. As crianças relacionam número com a


quantidade? Identificam as posições dos
números na sequência?

3. Comparam resultados durante o jogo,


quem tem mais no monte, quem tem me-
nos? Que estratégia usam para isso?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para aten-
der às necessidades e diferenças de cada
criança ou do grupo. Disponibilize em cada
mesa uma reta numérica (de 1 a 9) para
que as crianças possam consultar sempre
que necessário e estimule que uma ajude a
outra.

O que fazer durante?


1

Convide as crianças para se sentarem em


roda com você. Conte que hoje você plane-
jou um momento para que elas conheçam
um novo jogo. Pergunte se elas conhecem
algum jogo de cartas. Instigue a conversa
de forma que as crianças sintam-se livres
para contar suas experiências com os jo-
gos que conhecem. Após acolher os rela-
tos, conte então que o jogo de hoje se cha-
ma “Batalha”. Com o intuito de dar início a
uma reflexão, questione as crianças sobre
suas primeiras impressões, considerando o
nome do jogo.

2
Após acolher as percepções das crianças,
apresente as cartas do jogo. Caso você opte
por usar as cartas de um baralho conven-
cional, conte que nesse jogo o Ás represen-
ta o numeral 1. Inicie então a proposição do
objetivo do jogo, contando que a batalha
acontece entre números, de forma que o
maior número ganha do menor. Diga que
no jogo cada jogador organiza suas car-
tas em uma pilha com os números virados
para baixo. E que, sem olhá-las antecipa-
damente, os jogadores, ao mesmo tempo,
viram a carta de cima de sua pilha. Aquele
que tiver a carta de maior quantidade ga-
nha as cartas que foram viradas de todos
os outros jogadores. Entretanto, caso dois
jogadores virem cartas com o mesmo valor
e esses valores são os mais altos, reserva-
-se as cartas dessa rodada e parte-se para
uma segunda. O jogador que ganhá-la,
leva também as cartas da rodada anterior.
Considere jogar de forma coletiva, com as
crianças ainda sentadas em roda. Para este
momento, escolha três crianças e seja você
também um dos jogadores. Ao término da
partida, instigue o grupo a refletir sobre
quem ganhou e por que ganhou. Faça isso
algumas vezes até que as regras tenham
sido compreendidas por todos.

Depois de conversar com as crianças sobre


o jogo e suas regras, conte que agora elas
irão vivenciar a batalha de números. E que
para isso, você as organizará em pequenos
grupos de quatro jogadores cada um. Fale
ainda que você chamará os nomes indivi-
dualmente e indicará o local para o jogo.
Nesse momento, acorde com o grupo o
tempo que eles têm para a experiência. Re-
vele ainda que você deixará disponível re-
tas numéricas nos grupos, para que caso
necessitem consultar qual número é maior
que outro.

Após os grupos organizados, distribua as


cartas para as crianças. Diga que enquanto
elas estiverem jogando, você circulará en-
tre os grupos para apoiá-las, se necessário.
Comente que quando faltarem cerca de
dois minutos, você avisará que o tempo re-
servado para o jogo está chegando ao fim.
E que a partir dessa sinalização, cada grupo
jogará apenas uma rodada. Conte também
que terminando essa última rodada, as
crianças começarão a contar a quantidade
de cartas de cada jogador do grupo para
descobrirem quem venceu a batalha. Após
esse momento, vocês retornarão à roda
para conversarem sobre o jogo.

Considerando que acordaram todas as ne-


cessidades do grupo, peça então que as
crianças iniciem as batalhas.

Enquanto as crianças jogam, circule pelas


mesas e faça observações sobre como es-
tão jogando. Você pode, por exemplo, ob-
servar se elas estão relacionando número
com a quantidade, se percebem qual é a
carta que vale mais. Se apoiam os amigos
que, porventura, enfrentam alguma dificul-
dade. Se recorrem a novas estratégias para
construírem a lógica de que carta é maior.
Esteja atenta para as necessidades de
apoio às crianças. Contudo, priorize a con-
sulta aos pares e só interfira no ato do jogo
se, de fato, elas não encontrarem sozinhas
suas soluções.
Possíveis falas do professor neste momento
e possíveis ações da criança neste momen-
to: Ao perceber que as crianças têm dúvida
de qual é a maior carta, você se aproxima e
pergunta: Querem olhar a reta numérica?
Quem sabe ela pode ajudar.

Observe o tempo reservado para o jogo e


sinalize-o ao grupo. Pode acontecer de o
tempo terminar e as crianças ainda terem
cartas para jogar. Nesse caso, diga a elas
que o jogador que tiver alcançado o maior
número de cartas em sua batalha é o ven-
cedor.

Observe como as crianças estão se envol-


vendo em relação a contagem das cartas
para descobrir quem venceu a batalha. Se
necessitarem de apoio, interaja assumindo
um papel problematizador, lançando ques-
tionamentos que ajudem na elaboração de
pensamentos para ampliar as estratégias
delas. Conforme as crianças forem finali-
zando as contagens, peça que elas se enca-
minhem para o espaço da roda, assim vo-
cês poderão conversar sobre o jogo.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Ao observar que a criança de um grupo,
ao contar as cartas, se perde na sequência
a partir de 15, você pode se aproximar e di-
zer: O que você acha de convidar (conside-
re uma criança do grupo com maior conhe-
cimento numérico) para contar com você?
Ou então, vocês podem combinar assim.
Você conta até 10 e o (colega) conta a partir
do 10. Acho que vai ser divertido!.

Na roda, converse com as crianças sobre o


jogo. Estimule-as falarem sobre quais pro-
blemas encontraram ao jogar e quais foram
as soluções que traçaram para resolvê-los.
Traga também algumas observações feitas
por você durante a atividade, a fim de pro-
porcionar ao grupos reflexões acerca de si-
tuações problemas.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: O professor pode solicitar a uma criança
que conte como ele fez para contar suas
cartas, perguntando: Como você fez para
contar suas cartas? E como fez para saber
qual era o maior número quando tinhas es-
sas cartas (mostre duas cartas).
Para finalizar:

Ainda na roda, pergunte se gostaram do


jogo e se gostariam de jogá-lo em outros
momentos. Após essa conversa, convide-as
para se organizarem para a próxima ativi-
dade do dia.

Desdobramentos
Disponibilize o jogo em outros momentos
para que as crianças se apropriem das re-
gras e confeccione cartões com números
mais altos, para ampliar as construções nu-
méricas do grupo. Sugira ainda que crian-
ças criem suas próprias cartas de baralho.
Elas poderão, por exemplo, desenhar ou
recortar figuras de animais e estipular um
número para cada uma, sendo assim, auto-
ras do jogo.

Engajando as famílias
Escreva um bilhete para os pais contando
que as crianças aprenderam um jogo novo
com baralho. Envie um cartão com as re-
gras para que brinquem em família. Apro-
veite para perguntar se conhecem outro
jogo com cartas de baralho para comparti-
lhar com a turma.
Plano de aula 223: Criando um mapa de
um trajeto conhecido

O que fazer antes?


Contextos prévios:

O dia a dia é cheio de transformações e


desperta o interesse das crianças por ex-
plorar, investigar e conhecer mais sobre o
mundo que as cerca. Neste sentido, refletir
mais profundamente sobre um trajeto que
lhes é costumeiro pode ser uma oportuni-
dade rica em possibilidades de exploração.
Esta atividade foi inspirada pelas propostas
apresentadas por este material, capítulo
Cartografia, página 19. Aproveite para con-
sultá-lo, conhecer mais sobre o assunto e
propor muitas outras investigações! A lin-
guagem cartográfica é pouco desenvolvida
na escola, em especial na Educação Infan-
til, mas é algo que desperta muita curio-
sidade e envolvimento. Nessa proposta, a
escolha de trajeto para ser investigado é da
sala ao parque, pensando em algo que ins-
tigue as crianças, mas você pode adaptar a
proposta para outro trajeto, se desejar.

Materiais:
Papel, lápis-de-cor, lápis grafite, borracha e
canetinhas hidrocor para os registros. É in-
teressante disponibilizar sulfite A3, devido
ao seu tamanho maior e para já ambien-
tar as crianças no contexto da cartografia.
Mas, caso isso não seja possível, você pode
utilizar o papel A4 ou craft cortado em ta-
manho similar ao A3.Exemplos de mapas
para crianças, para serem socializados com
a turma de forma a possibilitar um contato
com este material. Duas sugestões são este
ou este outro, mas você pode pesquisar na
internet outras opções e providenciar a im-
pressão. Caso você tenha mapas de locais
que visitou, como parques museus, etc.
também pode levar para mostrar. Celular
ou câmera para fotos e vídeos.

Espaços:

Essa atividade irá ocorrer em mais de um


espaço. Se iniciará na sala com a apresen-
tação da proposta. Em seguida, vocês per-
correrão o trajeto da sala até o parque. Por
fim, finalizarão com uma roda de conversa
em algum local agradável do parque.
Tempo sugerido:

Aproximadamente uma hora.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como as crianças interagem nos grupos


e apresentam as hipóteses? De que manei-
ra ocorre a discussão e decisões do grupo
dentre as diferentes sugestões de trajetos e
de formas de registro?

2. Como utilizam a língua escrita em seus


registros do trajeto (elementos do local,si-
nalizações, legendas)? Como articulam as
diferentes hipóteses de escrita do pequeno
grupo durante o registro do mapa?

3.Quais comparações estabelecem entre o


que registraram e o que observam duran-
te a realização do trajeto?Quais novos ele-
mentos foram acrescentados em seus re-
gistros?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Esteja atentopara que se-
jam valorizadas as diferentes ações e inte-
resses de todas as crianças. Ofereça o apoio
necessário, favorecendo a cooperação en-
tre as crianças, em especial nos momentos
de deslocamento, detalhamento e descri-
ção das observações realizadas. Considere
outras alternativas àquelas que não quise-
rem se envolver na situação.

O que fazer durante?

Reúna as crianças no grande grupo e di-


gaque sempre temos crianças novas che-
gando na escola. Uma das dificuldades
destes novos colegas pode ser de se situar
no novo ambiente, e conhecer a localização
e melhor forma de locomoção. Diga: “e se,
para isso, tivéssemos um mapa?”. Instigue-
-as a expor hipóteses e experiências prévias
com esse recurso. Pergunte se já viram al-
guém da família utilizando este meio em
alguma situação ou se já visitaram algum
lugar que dispõe de um mapa fixado, de
forma a ajudar os visitantes a se localiza-
rem.Apresente os mapas que você trouxe
de exemplo para que, aqueles que não tive-
ram outra oportunidade, tenham contato
com o material. Ao circulá-lo entre as crian-
ças para que todas possam ter a chance
de observar, instigue-as comentarem so-
bre eles. Por exemplo: o que será que este
mapa está mostrando? O que vocês obser-
vam no caminho? De onde podemos sair e
para onde podemos ir usando este mapa?

Apresente a ideia de elaborar um mapa da


sala até o parque e, para isso, sugira que
relembrem juntos este trajeto, de modo
que as crianças narrem os locais e pontos
de referência pelos quais passam para che-
gar até lá. Caso exista mais de um caminho
possível, vocês podem relembrar de todos,
mas oriente-os que devem decidir por, no
máximo, dois trajetos para focar em seus
registros. Caso necessário, vocês podem se
utilizar de estratégias como votação ou sor-
teio para optar por quais caminhos serão
registrados nos mapas das crianças.

Peça que se reúnam em trios ou du-


plas,buscando proporcionar uma reflexão
coletiva no decorrer da atividade. Não se
oponha caso alguma criança queira reali-
zá-la individualmente. Caso alguma crian-
ça não queira participar desta proposta,
ofereça a ela os materiais disponíveis para
criar alguma composição que a agrade e
diga que, depois, ela poderá acompanhar
o mapa com algum colega. Assim que se
reunirem da forma que preferirem, ofere-
ça as folhas de papel e materiais riscantes
diversos (como lápis de cor, lápis grafite e
canetinha) para que possam utilizar no re-
gistro dos trajetos. Diga que, juntos, irão
elaborar o mapa do trajeto que fazem da
sala ao parque, e que, para isso, precisam
conversar com o colega para decidirem
o que vão representar no papel. Adiante
que, em um segundo momento, vocês irão
percorrer os trajetos para conferir se as in-
formações do mapa os fazem chegar até
o parque, se apresentam os elementos e
locais que tem pelo caminho ou se será ne-
cessário fazer acréscimos e correções.Infor-
me que terão 15 minutos para esta primeira
etapa do registro e auxilie-as na contagem
do tempo, para que possam se programar.

Observe com atenção como se dão os di-


álogos e os registros das crianças neste
momento. Tenha o cuidado de não se an-
tecipar, mas esteja disponível caso alguém
solicite sua presença. Observe como estão
registrando, se há algum desacordo em re-
lação ao trajeto, como resolvem isso etc. É
importante perceber qual a necessidade de
cada trio ou dupla neste momento. Pode
ser que solicitem seu auxílio para escrever
alguma palavra ou um pequeno texto no
mapa. Nestes momentos, incentive que fa-
çam tentativas de registrar essas palavras a
partir de outras que elas já conhecem. Pos-
sibilite que, em duplas ou trios, construam
novas hipóteses de escrita a partir da escri-
ta espontânea e da argumentação de suas
ideias. Caso as crianças peçam que você as
ajude a construir o trajeto, tenha o cuidado
de não fornecer as respostas, mas de fazer
perguntas que as ajudem a refletir sobre-
este caminho.

É provável ( e até esperado) que as crianças


comecem desenhando seus mapas ocu-
pando uma parte grande da folha, ficando
pouco espaço para concluir o desenho de
todo o trajeto. Neste caso, você pode ques-
tionar o que aconteceu, tentar identificar
com elas possíveis estratégias para resolver
esta questão e oferecer outro papel.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Quando saímos da sala para ir ao par-
que, onde passamos primeiro? Que outros
locais e outras coisas encontramos neste
caminho? Como podemos representar isso
no mapa que estão fazendo?

5
Ao verificar que os grupos já estão finali-
zando seus mapas, ou assim que faltarem
5 minutos para o término, avise que pre-
cisam ir concluindo para que tenham a
oportunidade de investigar os trajetos pre-
sencialmente, verificando se os mapas que
construíram irão levá-los direitinho ao par-
que. Pode ser que os mapas não represen-
tem realmente o caminho. Tenha isso em
mente de forma a ajustar as expectativas: o
objetivo essencial desta experiência é que
as crianças conheçam a função social desta
ferramenta. Terminado o tempo proposto,
diga que agora irão para o parque, percor-
rendo o trajeto registrado e observando
com atenção se os elementos que encon-
tram pelo caminho estão presentes nos
mapas ou se serão necessários acréscimos
e correções. Sugira que levem algum apoio,
caso tenham necessidade de alterar algo,
como uma prancheta, caderno ou livro, e
que escolham os materiais que queiram le-
var neste momento, como lápis grafite, bor-
racha ou canetinhas hidrocor. Caso exista
mais de um trajeto a ser percorrido, combi-
ne com as crianças em qual vocês irão pri-
meiro e o tempo que terão disponível para
se dedicar à observação. Neste momento,
vocês podem estabelecer combinados de
como agir, caso precisem fazer pausas du-
rante o trajeto, de forma que ninguém fi-
que para trás.

Convide a turma para utilizar os mapas


com a finalidade de descobrir se conse-
guem chegar ao parque a partir deles. Su-
gira que mantenham-se próximos, nos trios
e duplas, para que possam acompanhar,
revere completar os registros. Diga para
que se desloquem todos em um grande
grupo, para que você possa acompanhá-
-los. Caso alguma criança não queira par-
ticipar desta etapa, convide-a para envol-
ver-se de outra forma, como registrando o
deslocamentodo grupo por meio de fotos e
vídeos. Enquanto vocês transitam pelo es-
paço, oriente que as crianças tenham aten-
ção aos mapas para compararem se as in-
formações que foram registradas estão de
acordo com o que estão vivenciando: o per-
curso a ser percorrido, pontos de referên-
cia de um ou outro lado etc. Fique atento
às observações e manifestações das crian-
ças em relação ao registro que fizeram no
mapa dos elementos que compõem o tra-
jeto e podem não ter sido notados a princí-
pio, como o refeitório, painéis informativos,
plantas etc.

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: Você observa que um grupo de crianças
se orienta pelo caminho que já estão acos-
tumadas e se esquecem de utilizar o mapa
que foi elaborado pelo grupo. Relembre-as
da proposta, convidando a conferirem no
mapa se o caminho que estão fazendo está
de acordo com o que foi registrado.

Tenha atenção à possível necessidade dos


grupos de parar para acrescentar algo no
mapa e informe aos outros grupos quan-
do isto acontecer. Lembre dos combinados
que foram feitos, tome cuidado para que
ninguém seja deixado para trás e que to-
dos possam cuidar de seus registros com a
atenção necessária.

Caso seja necessário (devido ao pouco es-


paço que pode ter no caminho que irão
percorrer e isso dificulte que eles possam
abrir seus mapas e completar seus regis-
tros), as crianças podem escrever ou dese-
nhar em um pequeno papel o que falta e
no parque, antes da roda, deixe um tempo
para que elas completem seus mapas.

Caso exista um outro trajeto a ser percorri-


do, repita o processo com as crianças. Con-
vide aquelas que registraram o primeiro
caminho à auxiliarem os próximos amigos
na observação dos elementos deste novo
caminho para a construção de seus mapas.

Possíveis falas das crianças neste momen-


to: Uma criança manifesta que nunca ha-
via reparado que passava em frente da
copa dos funcionários quando ia ao parque
e que precisou acrescentar isso em seu
mapa.

Assim que chegarem ao parque, peça a


ajuda das crianças para que encontrem um
local agradável no qual todas possam se
reunir no grande grupo e compartilhar o
que acharam da experiência de construir o
mapa para ensinar um trajeto à um colega
novo.

Instigue as crianças a se manifestarem so-


bre o que acharam da investigação: como
foi, se conseguiram elaborar mapas que as
trouxessem ao parque, as descobertas que
fizeram durante essa vivência, se algo ficou
faltando e acrescentaram depois, se preci-
saram corrigir alguma parte do registro etc.
Pergunte também o que acharam da pro-
posta, se foi difícil, o que mais gostaram e
se têm interesse em fazer novos mapas em
outras oportunidades.Acolha e valorize as
manifestações das crianças neste momen-
to, mas respeite aquelas que não quiserem
se colocar.

Para finalizar:

Após a conversa, indique um local para as


crianças guardarem com segurança os re-
gistros (como uma caixa) e quaisquer ma-
teriais que possam ter utilizado. Convide-as
para brincar no parque.

Desdobramentos
Existem várias possibilidades de propos-
tas a partir dos registros que foram feitos
neste dia. Caso a escola tenha disponível,
reproduza algumas cópias da planta da
escola para que as crianças possam com-
pará-las aos seus mapas, observando os
elementos que estão presentes nela mas
não nos registros, e vice-versa. Vocês tam-
bém podem ampliar o trajeto dos mapas,
acrescentando o caminho da entrada até
a sala, por exemplo. É possível fazer um in-
tercâmbio com turmas localizadas em ou-
tras partes da escola. Socialize os mapas
produzidos, elabore um texto coletivo (em
que você seja o escriba), convidando todas
a percorrerem o trajeto que vocês fizeram
e a elaborarem mapas de outros trajetos,
para que vocês percorram também. A re-
presentação de trajetos pode ser realizada
por meio de pequenas maquetes, utilizan-
do objetos recicláveis, caixinhas, massinhas
etc.

Engajando as famílias
Como o registro foi feito em grupos, você
pode disponibilizar cópias para que as
crianças levem para casa e convidem os fa-
miliares. Sugira que, em outro dia, percor-
ram com elas o trajeto, seguindo o mapa
assim que chegarem na escola ou antes
de irem embora. Junto com as crianças,
podem elaborar um convite aos familiares
para que escolham dois locais, produzindo
um mapa de trajeto entre eles. Por exem-
plo: do quarto até a cozinha, da casa à pa-
daria, da escola à casa, de forma que estas
novas produções possam ser comparti-
lhadas com o restante da turma posterior-
mente.
224 Plano de aula: Criando brincadeiras
com materiais de largo alcance

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Esta atividade consiste em ofertar mate-


riais diversificados, que não costumam es-
tar no parque ou área externa da escola,
para provocar novas possibilidades brin-
cantes por meio da interação com os ob-
jetos, entre as crianças e entre o professor
e as crianças. Para isso, será necessário
coletar, selecionar e organizar antecipada-
mente os materiais. Compartilhe com as
crianças o propósito da coleta (brincar com
diversos materiais no parque ou no pátio
externo) e as envolva na busca dos recur-
sos, assim como os outros professores, fun-
cionários e familiares. Esta é também uma
atividade que oportuniza a interação com
outras crianças da escola, visto que é co-
mum estarem mais turmas juntas no par-
que ou áreas externas.

Nestes subsídios você encontrará boas


ideias para o trabalho com materiais de lar-
go alcance. Vídeo: Caramba, Carambola: o
Brincar tá na escola! Artigo: Construções
lúdicas Sugestões diversas: Caleidoscópio
Brincadeira e Arte

Materiais:

1)Materiais de largo alcance que proporcio-


nem movimentos amplos, como: caixotes
de madeira ou plástico, tábuas, pneus, tijo-
los, canos de PVC, caixas de papelão gran-
des, tocos de madeira, bobinas grandes,
pedaços de conduítes, cordas e tecidos (to-
alhas de mesa e lençóis velhos, por exem-
plo). Atente-se para coletar e organizar
uma quantidade de recursos que favoreça
às crianças criarem e recriarem, individu-
almente ou em pequenos grupos, vários
brinquedos e formas de brincar.

2) Recursos para apoiar as construções de


brinquedos como tesouras, cordas e elásti-
cos.

3) Equipamento para registro de imagem e


material para registro escrito.

Espaços:
A atividade pode ser desenvolvida no par-
que da escola ou numa área externa, como
o pátio onde as crianças costumam brin-
car. Disponha os materiais organizados por
semelhança, por exemplo: canos e condu-
ítes; pneus; tábuas, tocos de madeira e bo-
binas; caixas de papelão e caixotes; tecidos
e cordas. Eles podem estar todos em um
mesmo local ou organizados em ilhas. Esta
seria apenas uma arrumação inicial, mas,
durante a vivência, as crianças poderão uti-
lizar qualquer material e dispor do espaço
como preferirem.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 1h.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como as crianças interagem entre si?


Que estratégias utilizam na busca de solu-
ção para os conflitos que surgem?

2. Em que momentos é possível observar a


cooperação entre os pequenos? Que dife-
rentes atuações e participações desenvol-
vem durante a brincadeira?
3. Que critérios utilizam para selecionar os
brinquedos com os quais vão brincar? Que
expressões verbais ou gestuais demons-
tram ao explorarem os materiais e ao ob-
servarem suas semelhanças e diferenças?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Esta atividade oportuni-
za exploração livre de materiais diversos e
múltiplas possibilidades de envolvimento
e interação, conforme as preferências das
crianças. Converse com a turma, buscando
soluções e estratégias para que todos pos-
sam participar e respeitando as individuali-
dades.

O que fazer durante?


1

Ao chegar com a turma na área externa, no


grande grupo, compartilhe com as crian-
ças que você organizou nesse local os ma-
teriais que foram coletados, com a ajuda
dos funcionários e familiares, e que agora
poderão brincar com eles.Percorram juntos
o espaço e conversem sobre os materiais
que estão vendo: nomes, formas, para que
costumam ser usados, o que conhecem ou
não, se já tinham brincado com eles etc.
Convide as crianças a explorar os diversos
objetos utilizando os sentidos (visão, tato
e olfato), pensando nas possibilidades de
brincadeiras, compartilhando com os cole-
gas suas ideias, planejando o que vão fazer
e o que vão usar. Neste momento as crian-
ças escolherão seus pares, se aproximarão
formando pequenos grupos ou iniciarão
seus projetos individualmente.

Enquanto as crianças brincam,observe co-


molidam com os objetos e como intera-
gem com os colegas, criando suas formas
de brincar. Que curiosidades são desperta-
das na interação com os materiais? Como
definem o uso dos objetos? Como com-
partilham os recursos? Que critérios utili-
zam na solução de conflitos de interesse
na construção das brincadeiras? Favoreça
que as crianças desenvolvam suas hipóte-
ses e construam brinquedos e brincadeiras.
Diante das divergências que podem ocor-
rer, espere que resolvam, observando se o
fazem através do diálogo. Só faça interven-
ções para auxiliar na solução quando per-
ceber que já foram esgotados os recursos
delas. Neste caso, converse com a dupla ou
grupo envolvido e troquem ideias para che-
gar a uma solução.

3
Caminhe pela área da brincadeira, observe
os diferentes agrupamentos e também as
crianças que brincam sozinhas. Atente-se
às construções de narrativas e enredos. Os
materiais de largo alcance incitam a cons-
trução de brinquedos, cenários, acessó-
rios para construir brincadeiras com eles,
como canoas, carros, cabanas etc. Alguns
podem ser simples, como utilizar um pe-
daço comprido de madeira para ser uma
espada ou cavalo. Outros podem necessitar
de uma elaboração maior, com junção de
partes, amarrações, combinações de es-
truturas entre materiais. Esteja disponível
para ações que precisem de ajuda, como
furar, cortar, amarrar, entre outras, sendo
um apoio para a efetivação das ideias das
crianças.

Faça registros escritos e de imagem que


possam nortear futuras intervenções e
propostas com a turma. Perceba como as
crianças compartilham os conhecimen-
tos, as ideias e planos na brincadeira. Por
exemplo, ao construir uma cabana com o
lençol, a criança pede ajuda de um colega
com quem está brincando, combinando o
que pretende fazer, ou realiza seu plano so-
zinha? Faça intervenções que possam fo-
mentar a cooperação.

Possíveis falas do professor neste momen-


to:Você quer unir estes dois canos? Quem
poderia vir ajudá-lo nesta tarefa? Estou
percebendo que ele precisa de ajuda para
carregar aquelas caixas, você gostaria de
ajudá-lo?
5

Socialize entre os grupos e crianças as brin-


cadeiras criadas, os brinquedos construí-
dos, as estratégias e soluções encontradas.
Você pode fazer isso sugerindo que obser-
vem as brincadeiras dos colegas, contando
o que presenciou ao circular entre os gru-
pos ou convidando as crianças a comparti-
lharem suas práticas. Por exemplo, se dois
grupos construíram casas usando materiais
diferentes, destaque isso e convide-os a ob-
servarem as construções uns dos outros.
Se uma criança produziu umsom girando
um conduíte, valorize a descoberta e sugira
que ela e outras crianças encontrem mais
objetos para produzir sons e, talvez, até
montar uma banda!

Faça intervenções a partir do que os pe-


quenos construíram e exploraram, procu-
rando apresentar outras possibilidades. Se
alguns estão empurrando caixotes com os
colegas sentados dentro, ofereça uma cor-
da e sugira que a utilizem para puxar os
caixotes, ajudando a amarrar de forma que
seja efetivo e não rompa o material. Se es-
tão brincando de rolar pneus, sugira que
o façam usando apenas uma das mãos ou
que rolem ao mesmo tempo uma bobina e
um pneu e descubram qual chega primeiro
a um determinado ponto. Brinque com os
pequenos entrando em seus enredos, fa-
zendo descobertas juntos.

Avise as crianças quando faltarem dez mi-


nutos para o término do tempo proposto.
Após cinco minutos, avise-as novamente.
Ao chegar no tempo estipulado combinem
onde ficarão armazenados os materiais.
Peça que organizem o espaço e convide-as
a se acomodarem com você em um espa-
ço agradável onde possam conversar sobre
a vivência. Em grande grupo, dialoguem
sobre as brincadeiras criadas, os materiais
utilizados, as interações com os colegas e
com o professor, os desafios, as soluções
encontradas, as descobertas e curiosida-
des. Conversem sobre as possibilidades de
variações e ampliação de materiais para
esta atividade, para outra vez que forem
brincar.Para isso, você pode lançar mão
de perguntas sobre o que sentiram falta, o
que deu certo, o que precisam replanejar
e assim por diante. Avise que terão várias
outras oportunidades como esta para po-
derem criar brinquedos e brincadeiras com
materiais diversos.

Para finalizar:

Relembrem a próxima atividade da rotina e


dirijam-se aos sanitários ou lavatórios para
a higiene.

Desdobramentos
Esta atividade pode ser repetida muitas
vezes com a turma, inclusive ampliando
as possibilidades de materiais ao longo do
tempo, de forma a enriquecer as criações
das crianças. Converse com os pequenos
ao final de cada vivência, compartilhando
as brincadeiras criadas e levantando outros
possíveis materiais e recursos que possam
ser agregados. Você também pode com-
binar com eles que, antes de irem para o
espaço externo brincar com os materiais
de largo alcance, peguem algum objeto ou
brinquedo da sala para levar e utilizar na
brincadeira também. Podem decidir que
alguns brinquedos construídos pelas crian-
ças passem a fazer parte do acervo do par-
que ou do pátio, para serem compartilha-
dos também com outras turmas da escola.

Engajando as famílias
Você pode construir com as crianças um
painel com fotos e relatos sobre esta vivên-
cia. Ele pode ser colocado num espaço de
corredor ou pátio para que os familiares
tenham acesso no momento de entrada
ou saída. Incentive as crianças a passarem
pelo painel com seus familiares, para mos-
trar as fotos e contar suas experiências.
Numa reunião de pais, você pode conversar
com as famílias pedindo sugestões de ob-
jetos, intervenções e brincadeiras para este
momento na área externa. Diante de novas
vivências, pode acrescentar no mural as fo-
tos e relatos com dizeres como “Realizamos
a brincadeira com pneus sugerida por…”.
225 Plano de aula: As formas geométricas
do nosso entorno

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Para dar início a esta sequência é funda-


mental que as crianças já tenham viven-
ciado algumas propostas que envolviam
formas geométricas, considerando as prin-
cipais características dos sólidos geométri-
cos e das figuras planas, como por exem-
plo: contextos de brincadeiras com blocos
de construção com diferentes formas e
volumes formando castelos, construção de
maquetes, apreciação de obras de artistas
etc.

Nesta atividade as crianças serão convida-


das a dar uma volta pelo quarteirão da es-
cola, sendo assim, será necessário a autori-
zação escrita das famílias. Assegure-se de
que todos os procedimentos de segurança
estabelecidos por sua instituição estão sen-
do seguidos. Considere ainda envolver al-
guns familiares para acompanhar e apoiar
a vivência das crianças. Observe que essa
é uma forma interessante de envolver as
famílias em situações cotidianas da esco-
la. Ainda assim, caso tenha poucos adultos
para acompanhar a saída ou sua turma seja
muito numerosa, faça a atividade com um
pequeno grupo por vez, considerando que
as demais crianças ficam na escola, com
outro adulto, realizando alguma outra ati-
vidade, por exemplo, um jogo coletivo, de-
senhos ou participando de uma leitura de
história. Este plano faz parte de uma sequ-
ência de cinco. São eles:

As formas geométricas do nosso entorno

Máscaras geométricas

A arte geométrica das máquinas

Tridimensionalidade e formas geométricas

Arte, tecnologia e formas

Materiais:

Para esta atividade, separe cerca de quatro


máquinas fotográficas e, se possível, gra-
vadores, para a utilização das crianças, cin-
co pranchetas, papéis e canetas para cada
pequeno grupo registrar suas observações
em uma volta pelo quarteirão da escola.
Considere utilizar um aparelho digital em
que seja possível gravar o áudio e a ima-
gem do grupo na investigação.

Espaços:

A atividade iniciará na roda com o grupo


todo reunido. Depois, as crianças serão or-
ganizadas em pequenos grupos para uma
volta pelo quarteirão da escola. No final, re-
úna todos novamente para que comparti-
lhem a experiência.

Para compor os grupos considere as com-


petências complementares entre as crian-
ças, acerca de liderança, autonomia e orga-
nização.

Tempo sugerido:

Aproximadamente uma hora e 30 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. De que maneira as crianças se relaciona-


ram com um contexto repleto de informa-
ções de natureza geométrica? Como ma-
nifestaram a percepção do espaço que as
rodeiam?

2. Como as crianças analisaram e compara-


ram os objetos encontrados no caminho?
Identificaram e descreveram formas geo-
métricas ao longo do passeio? Quais trocas
e apoios entre si ocorreram? Ao comparti-
lharem suas descobertas, como as crianças
justificaram suas percepções?

3. De que forma as crianças se movimen-


taram na vivência? Encontraram formas de
adequar seu corpo, como maneira de quali-
ficar sua observação?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
às necessidades e às diferenças de cada
criança ou do grupo. Providencie o suporte
necessário para o deslocamento de todos,
como outros adultos que possam acom-
panhar as crianças, de forma a assegurar a
qualidade das interações possíveis durante
a visita. Potencialize para que todos se sin-
tam à vontade na exploração e estimule-os
a conversarem entre si, contando uns para
os outros o que estão vendo, sentindo e
pensando a respeito da expedição. Respei-
te quem preferir não se manifestar e ob-
serve sua interação com as outras crianças,
suas expressões faciais e gestos enquanto
se movimenta. Incentive que uma criança
ajude a outra.

O que fazer durante?

Convide as crianças para se sentarem na


roda com você e conte que a proposta de
hoje será encontrar as formas geométricas
que estão à nossa volta. Para dar início à
busca, peça a elas que percorram o olhar
pela sala, a fim de encontrar, de forma rá-
pida, objetos que apresentam formatos
geométricos. Ao identificar alguns deles,
instigueas crianças a descrever e a justifi-
car suas observações, incentivando-as a ex-
pressar as pistas que levaram-nas a decidir
sobre a qualificação do objeto, comparan-
do-o a formas geométricas.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Pessoal, hoje nós iremos fazer uma
busca das formas geométricas que estão
à nossa volta. Onde será que as encontra-
mos? Daqui da roda, deem uma olhadinha
em nossa sala. Há objetos que se parecem
formas geométricas?

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: criança aponta a janela e diz que parece
um retângulo.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Uau! Vejam! Onde mais podemos en-
contrar retângulos aqui na sala?
2

Revele para as crianças que agora elas te-


rão uma missão: procurar formas geométri-
cas em uma volta pelo quarteirão da esco-
la. Diga que para isso você irá organizá-las
em pequenos gruposde aproximadamen-
te seis integrantes e que vocês que farão
combinados para a saída. Instigue as crian-
ças a refletir e elencar quais os são combi-
nados para a saída. Acolha as ideias delas
a respeito de como o grupo deve se portar
para que a exploração seja agradável, cui-
dadosa e cumpra com seu objetivo.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Pessoal, quais combinados são impor-
tantes para que nossa exploração seja um
sucesso? Quais cuidados devemos ter? O
que podemos fazer para identificar as for-
mas geométricas ao longo do percurso?

Ainda na roda, anuncie que cada grupo re-


ceberá pranchetas, papéis, canetas e uma
máquina fotográfica para os registros. Peça
às crianças que, ao longo do percurso, tro-
quem com os pares suas opiniões, compar-
tilhem impressões e contem por que acre-
ditam que as figuras têm características
que as fazem relacionar com as formas ge-
ométricas. Terminando os acordos, chame
individualmente as crianças para a compo-
sição dos grupos.

Entregue os materiais para cada peque-


no grupo (as pranchetas com papéis, uma
máquina fotográfica, gravador e canetas)
e convide-os para dar início à investigação.
Ao longo docaminho, faça algumas para-
das em pontos estratégicos para as análi-
ses e os registros das crianças, lembrando-
-as de que é possível registrar de diferentes
formas, por exemplo, usando a máquina
fotográfica, fazendo um desenho, escre-
vendo algo, ou gravando um som ou uma
fala. Atente-se às buscas dos grupos e às
diversas expressões que as crianças podem
trazer. Quais critérios estão usando para
apontar as figuras? Quais são suas hipóte-
ses? Observe a interação dos pequenos e
se trocam informações entre si. Faça ques-
tionamentos e provocações e, se possível,
um registro audiovisual da investigação.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Ao observar que uma criança está um
tempo parada observando um telhado,
você pode se aproximar e dizer:Interessan-
te esse telhado! Está observando algo es-
pecífico dele ou a imagem como um todo?
Você encontrou nele alguma forma geo-
métrica?
e

Siga o percurso com o grupo de crianças,


acolhendo suas descobertas e lançando
questionamentos, a partir de suas observa-
ções, que as façam refletir e aprofundar as
relações que estão estabelecendo nos en-
contros com as formas geométricas, opor-
tunizando também que compartilhem en-
tre si pensamentos e desafios.

Possíveis ações da criança neste momen-


to: Ao perceber que uma criança parou na
frente de um objeto e revela em sua ex-
pressão estar vivenciando um desafio para
descobrir com qual figura geométrica ele
se parece, aproxime-se e pergunte: Você
acha que parece com uma forma geomé-
trica? Que tal você perguntar para o seu
grupo o que os colegas acham?

Ao completar a volta ao quarteirão, consi-


dere convidar as crianças para beber água,
utilizar o banheiro e, em seguida, reúna-as
na sala para que compartilhem as expe-
riências e as descobertas que o caminho
percorrido proporcionou.

Em roda, convide-as para partilhar as im-


pressões acerca do vivido, os registros que
fizeram, suas experiências e sensações du-
rante a investigação. Encoraje-as a descre-
ver onde localizaram uma determinada for-
ma e que pistas usaram para decidir o que
era. Atente-se aos argumentos e às justifi-
cativas das descrições das figuras registra-
das. Observe se falam das características e
dos atributos das formas. Busque perceber
que impressões revelam acerca do espaço
visitado; se a atividade foi prazerosa ao gru-
po, entre outros pontos que julgar impor-
tantes. Potencialize o diálogo trazendo al-
gumas observações que você registrou ao
longo da vivência das crianças.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Pessoal, eu percebi que alguns grupos
registraram a janela da casa azul como um
quadrado e outros como retângulo. Como
podemos saber ao certo se é um ou outro?
Que atributo cada um tem?

Para finalizar:

Ainda na roda, diga que em outro momen-


to irão organizar todos os registros, as im-
pressões das fotos e as falas que anotou
durante a caminhada para montarem uma
exposição. Após a conversa, diga que inves-
tigarão mais sobre as formas geométricas
no cotidiano ao longo de novas atividades.
Em seguida, convide o grupo para vivenciar
a próxima atividade do dia.

Desdobramentos
Para que as crianças observem melhor o
mundo geométrico que as rodeiam, é im-
portante promover o desenvolvimento da
percepção espacial e de habilidades como
memória e discriminação visual. Considere
engajá-las em outras atividades, por exem-
plo, criar objetos e construções com formas
geométricas de madeiras de tamanhos va-
riados.

Engajando as famílias
Considere elaborar um convite com o gru-
po para que a comunidade aprecie uma
exposição com os registros que fizeram na
exploração da volta pelo quarteirão. Dispo-
nha também a filmagem da vivência que
você realizou para compartilhá-la com as
famílias dos pequenos.
226 Plano de aula: Desenho com interfe-
rência

O que fazer antes?


Contextos prévios:

O preparo dos materiais precisa ser reali-


zado com antecedência. Se deseja ampliar
seus conhecimentossobre a interferência
gráfica nos desenhos das crianças, segue
abaixo sugestões enriquecedoras sobre o
tema.

https://avisala.org.br/index.php/assunto/
sustanca/interferencias-graficas-como-
-apoio-para-o-desenho-infantil/

https://avisala.org.br/index.php/assunto/
reflexoes-do-professor/para-alem-do-dese-
nho-livre-quando-a-interferencia-ajuda-as-
-criancas/

Materiais:

Para esta propostaas crianças precisam ter


algumas alternativas para suas escolhas.
Ofereça três opções de suporte (cartolina,
papel cartão ou sulfite, branco ou colorido)
e três opções de interferências (caixas de
fósforo, figura geométrica e imagem recor-
tada de revistas) e cola.

As possibilidades expressivas ficarão mais


ricas com algumadiversidade de giz, lápis
de cor e canetinhas hidrocor, conforme o
material que você tenha disponível.

Espaços:

Na organização, disponha os materiais de


forma atrativa e caprichosa, fazendo ban-
cadas ao redor ou no meio da sala, como
em um ateliê de artes. Coloque os suportes
com as interferências em caixas, organiza-
das por tipos e os elementos riscantes (giz,
lápis e canetinhas) em potes.Cuide para
que todo material esteja acessível a todos
da turma e com boa visibilidade no mo-
mento da escolha.

Tempo sugerido:

Aproximadamente uma hora.

Perguntas para guiar suas observações:


1. As crianças observam atentamente os
suportes e, durante a escolha, manifestam
planos para o desenho a partir da interfe-
rência?

2. Durante a produção, elas solicitam auxí-


lio dos colegas ou do professor, ouvem as
ideias, trocam impressões ou mesmo alte-
ram suas criações movidas por percepções
diferentes das suas?

3. No desenho é possível perceber riqueza


de detalhes, intencionalidade dos traços,
ampliação do pensamento imaginativo e
percepção do contexto, devido à interfe-
rência oferecida?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
às necessidades e às diferenças de cada
criança.

A oferta de alternativas para o desenho


com interferênciaassegura a liberdade de
expressão das crianças e suas preferências
também são respeitadas quando elas esco-
lhem pessoalmente os suportes e materiais
de desenho para suas produções.

O que fazer durante?

Convide as crianças para se reunirem em


volta da mesa de materiais (grande grupo)
com você, para que observem o que há dis-
ponível para realizar a atividade. Compar-
tilhe a proposta de criar um desenho com
interferência, individualmente.

Conversem sobre os materiais que você


deixou previamente organizados e comu-
nique às crianças que terão um tempo para
analisarem os três suportes e as três inter-
ferências oferecidas, para que escolham
um de cada e criem seus desenhos.

Mostre que, além desses, há vários elemen-


tos riscantes disponíveis para selecionarem
e utilizarem conforme desejam.

Diga que depois que finalizarem suas pro-


duções, poderão compartilhar o que fize-
ram aos seus amigos.

Proponha o início da atividade convidando


o grupo a selecionar os materiais. Promova
o momento da escolha, em pequenos gru-
pos, para favorecer o contato, a exploração
e definição do suporte e da interferência
mais atrativos para cada criança.

Ofereça orientações sobre a colagem da


interferência no suporte, para posicionar
da melhor maneira a figura antes de colar
(centralizada, lateralizada, em cima), dei-
xando espaços suficientes para as possibili-
dades de criação.
Lembre-as de que, caso precisem de algo
mais durante o desenho, podem buscar na
mesa e ou trocar os materiais entre os cole-
gas da turma.

Neste momento individual de produção,


proponha que as crianças planejem e
criem seus desenhos a partir do objeto (in-
terferência) escolhido. Avise que terão 30
minutos para elaborar sua produção, e que
quando estiver faltando 5 minutos para
acabar o tempo você irá avisá-las.

Durante a produção das crianças, atente-se


às narrativas que emergirem do processo,
à observação, à escuta e ao envolvimento
delas. Ao observar esse elementos, você
poderá perceber as implicâncias da inter-
ferência no planejamento do desenho, e
como as crianças norteiam seu pensamen-
to criativo favorecendo a ampliação e a in-
tencionalidade dos traços.

Interaja naturalmente com o grupo a par-


tir de suas narrativas, fazendo comentários
cuidadosos e pontuais, que respeitem as
produções e sejam convites para que elas
comentem sobre o que estão produzindo.

Comunique o tempo para a finalização da


atividade. Conforme as crianças forem ter-
minando as criações, o que ocorrerá em
tempos diferentes, proponha que se jun-
tem a outras que escolheram materiais
diferentes dos dela, formando pequenos
grupos e conversem sobre suas produções.
Auxilie nessa organização, para que todos
tenham oportunidade de partilhar ideias,
a não ser que alguém não deseje.Se isso
ocorrer, respeite o momento da criança, ela
pode estar se sentindo insegura para expor
ou falar sobre a produção. Dialogue com
ela sobre o desenho que ela realizou e diga
que, se desejar, ela pode apenas ir conhe-
cer o trabalho dos colegas. Durante essa
troca, pontue algumas observações colhi-
das no decorrer do processo, de modo a va-
lorizar a produção de cada criança.

Para finalizar:

Convide as crianças para colaborar com a


organização do espaço, guardando os ma-
teriais e limpando alguma coisa que ne-
cessitar. Em seguida, defina com elas se
preferem levar os desenhos para casa para
contar aos familiares sobre o processo de
criação deles ou se desejam organizá-los
no mural, no hall de entrada da escola, para
que as produções sejam expostas.

Desdobramentos
Você poderá repetir esta proposta da mes-
ma forma ou oferecer outras alternativas
de interferência como: clips, barbantes, bo-
tões e figuras temáticas, recortes de rostos
ou roupas.

Engajando as famílias
Organizar um mural ou levar os desenhos
para casa (conforme a escolha das crian-
ças) favorece o envolvimento dos familia-
res com as propostas realizadas na escola.
Você pode elaborar um pequeno texto ex-
plicando como foi o desenvolvimento da
proposta, assim as famílias podem acom-
panhar melhor as produções das crianças.

Se a turma optar por organizar um mural,


uma sugestão é expor também as inter-
ferências que foram sugeridas às crianças
para que realizassem suas produções. Pró-
ximas a elas, deixe todas as produções ba-
seadas em uma mesma interferência, para
mostrar a variedade de possibilidades cria-
tivas a partir de um ponto em comum.

Proponha também que as crianças levem


para casa um suporte com interferência
para que realizem um desenho em casa,
junto com os familiares. Assim, você as
incentiva para que elas tenham um mo-
mento criativo em casa. Em seguida, elas
podem socializar esse momento com os
colegas, trazendo as produções e dialogan-
do sobre elas na escola.
227 Plano de aula: Pintando com carvão e
café

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Pesquise a respeito dos artistas Dado Oli-


veira, Giulia Bernadelli e Ghidac Al-Nizar.
O primeiro utiliza técnicas de pintura mis-
turando carvão e pólvora e os demais pin-
tam utilizando café. Selecione três obras
do primeiro artista e duas obras dos outros
dois e as imprima, preferencialmente em
tamanho A3. Cuide para que as imagens
não fiquem pequenas demais, dificultando
a apreciação.

Materiais:

Para esta atividade, você precisará de:


obras de arte impressas em tamanho A3.
Aproximadamente meio litro de café mis-
turado com água, organizado em dois re-
cipientes plásticos (podem ser canecas,
potes ou copos descartáveis). Pedaços de
carvão comum ou tiras de carvão vegetal,
próprio para desenho (reserve uma média
de 30 pedaços). Pincéis nº 12 ou nos tama-
nhos disponiveis em sua escola. Selecione,
como suporte para a pintura, alguns pa-
péis grossos e firmes: papel paraná, papel
cartão, papelão ou outro material dispo-
nível em sua escola, separando dois peda-
ços grandes, (aproximadamente 70cm x
100cm) de cada tipo de papel. Reserve dois
baldes pequenos com um pouco de água
em cada um e toalhas para secarem as
mãos.

Espaços:

A atividade iniciará na sala de atividades e


depois continuará em um espaço externo
da escola. Para o espaço externo, escolha
um local amplo onde as crianças possam
se sentar à vontade no chão. Disponha al-
gumas mesas para colocar os suportes a
serem utilizados para a pintura. Organize
um espaço para quatro pequenos grupos,
disponibilizando o material a ser utilizado.
Dois grupos deverão ter pedaços de car-
vão e outros dois um recipiente com café
e pincéis. Verifique a possibilidade des-
te ambiente dispor de pia e torneira, para
que possam higienizar as mãos . Caso não
disponha, utilize um balde com água para
isso. Reserve uma caixa com alguns brin-
quedos e leve-a para o espaço onde realiza-
rão a atividade.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 1 hora e 20 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

As crianças consideram a possibilidade de


utilizar outros materiais, além de tintas,
para realizar pinturas? Quais as explorações
que fazem destes novos materiais e como
conduzem as produções?

Como as crianças se expressam por meio


dos desenhos e das experimentações com
esses materiais orgânicos? Quais criações
fizeram?

Quais desafios surgem por terem que tra-


balhar em grupo? Trocar de grupo e con-
tinuar a produção já iniciada pelo colega
pode ser um desafio, como as crianças li-
dam com isso?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacio-
nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Conduza a atividade de
forma que as crianças entendam qual será
o próximo passo da experimentação. No
decorrer da troca de grupos, caso alguma
criança não tenha compreendido o fluxo da
atividade, auxilie e incentive os colegas a
se ajudarem. Combine com a turma que o
grupo deve chegar junto à próxima estação
e que só iniciarão a próxima parte quando
todos do grupo estiverem no local indica-
do, isso estimulará o espírito cooperativo.

O que fazer durante?


1

Faça uma roda na sala com o grande gru-


po e coloque ao centro o carvão e o café.
Converse com as crianças para saber se
conhecem estes elementos, se sabem de
onde eles vêm e para que são utilizados no
cotidiano. Passe o recipiente com café para
uma das crianças e um pedaço de carvão
para outra e peça para que sintam o aroma
do café e as propriedades do carvão. De-
pois, peça que passem os elementos aos
demais colegas da roda para que toquem
e cheirem. Observe as diversas reações, ex-
pressões e comentários que surgirem. Re-
gistre estes comentários e, se possível, fo-
tografe o momento. Fique atento para que
os elementos circulem entre todas as crian-
ças.

Após esta exploração sensorial, espalhe


pelo chão, ao centro da roda, as imagens
que você selecionou como inspiração. Peça
para que as observem e tentem descobrir
quais elementos os artistas utilizaram na-
quelas pinturas. Ouça as hipóteses que
surgirem ou compartilhe com elas a infor-
mação de que algumas daquelas pinturas
foram realizadas com carvão e outras com
café. Conte a elas o nome dos autores das
obras e fale um pouquinho sobre a inspi-
ração deles e o que os levou a utilizar tais
elementos. Conversem a respeito da possi-
bilidade de utilizarem vários materiais en-
contrados na natureza para a realização de
pinturas.

Compartilhe com as crianças a ideia de fa-


zerem pinturas com esses dois elementos
em uma área externa da escola. Ao chega-
rem no ambiente preparado para a ativida-
de, faça alguns combinados com a turma
para a realização desta atividade. Combine
com elas que irão se organizar em quatro
pequenos grupos e que cada grupo defini-
rá o local que irá iniciar a pintura. Disponi-
bilize os três tipos de suportes diferentes e
digaque cada grupo poderá escolher qual
suporte utilizar. Esclareça que o restante
do material (café ou carvão) estará ao cen-
tro do grupo para serem utilizados coletiva-
mente.

Acorde com eles que, para que todos pos-


sam utilizar os dois elementos, farão uma
organização diferenciada. Explique que,
inicialmente, dois grupos irão pintar com
carvão e os outros dois utilizarão o café. De-
finam um comando, como por exemplo:
“Pirlimpimpim chegou ao fim”, ou outro
que já estejam acostumados, para usar no
momento da troca. Acorde que, quando
ouvirem o sinal, devem parar a pintura e hi-
gienizar as mãos, para depois continuarem
a exploração com o outro elemento. O gru-
po que pintou com carvão deverá se sentar
onde haja café e o grupo que estava pin-
tando com o café irá se deslocar até o es-
paço que estava acontecendo a exploração
com o carvão. Reforce com a turma que só
iniciarão a atividade com o outro material
quando todos do grupo estiverem no local
indicado.

Após encerrarem os combinados, indique


quantas crianças devem ter em cada grupo
(isto vai depender do número total da sua
turma). Peça para que formem pequenos
grupos. Oriente para que se dirijam às me-
sas onde estão os papéis, para que obser-
vem os suportes disponíveis e conversem
entre si, decidindo qual papel será utiliza-
do para a pintura. Esclareça que cada gru-
po poderá escolher apenas um suporte e
que, assim que decidirem, deverão pegar o
papel e, em grupo, escolher um dos locais
oferecidos para se acomodarem. Após to-
dos estarem acomodados, conduza o início
da atividade. Potencialize para que explo-
rem os elementos descobrindo novas pos-
sibilidades de compor a pintura, apertando
o pincel, assoprando ou fazendo marcações
fortes e fracas, passando os dedos sobre
elas.
6

Sinta o envolvimento da turma com a ativi-


dade e observe o momento adequado para
propor a troca de grupos. Assim que perce-
ber que já exploraram bastante o material
e que estão satisfeitos com a produção, dê
o comando combinado no início da ativida-
dee esclareça que agora é o momento de
higienizar as mãos e trocar de lugar. Lem-
bre as crianças que, quem usou carvão,
agora utilizará o café para pintar e vice-ver-
sa. Oriente os grupos para que, ao troca-
rem de lugar, deixem o material utilizado
no chão. Caso seja necessário, ajude-os a
se acomodarem. Após a troca se inicia um
novo momento de pintura e exploração do
material.

Observe novamente como as crianças se


envolvem com as pinturas e aproveite para
registrar os momentos tirando fotografias,
anotando os comentários ou filmando a re-
alização da atividade. Sinta a participação
da turma e fique atento ao momento ade-
quado para conduzir a finalização da ativi-
dade.

Para finalizar:

Deixe à disposição do grupo os potes que


você separou para guardar os materiais e,
caso tenha sobrado carvão, oriente a turma
a recolhê-los, indicando os locais para guar-
dá-los. Auxilie as crianças a colocarem as
pinturas para secar.

Chame um grupo para higienizar as mãos


e oriente os demais a aguardar a vez de-
les. Enquanto aguardam, podem continuar
pintando ou aproveitar o momento para
brincar com os brinquedos que você sepa-
rou.

Desdobramentos
Em outro momento, converse com as
crianças a respeito da produção coletiva
que realizaram e potencialize para que fa-
lem sobre as explorações, sensações, se
gostaram da atividade, como fariam dife-
rente etc. Essa atividade pode ser repetida
da mesma forma ou variando os elementos
para a exploração, utilizando pigmentos
naturais como o barro, o urucum, o açafrão,
a beterraba, a erva mate, dentre outros.

Engajando as famílias
Escreva um bilhete contando à família so-
bre a atividade que realizaram e convidan-
do-os a participar também. Encaminhe
aos pais uma folha de ofício com o nome
da criança e um pedaço de carvão devida-
mente embrulhado em um saquinho plás-
tico e solicite que cada família faça a sua
produção. As produções das famílias po-
dem ser organizadas em um painel no cor-
redor da escola.
228 Plano de aula: Planejando uma apre-
sentação de dança

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Este plano faz parte de uma sequência de


cinco. São eles:

Conhecendo diferentes ritmos musicais

Os traços marcantes da dança

Dançando como as águas

Passe a dança

Planejando uma apresentação de dança

A proposta convida as crianças a criarem


passos e movimentos para uma apresenta-
ção de dança. Para isso, é necessário que o
grupo, com o apoio do professor, já tenha
selecionado uma música para o momento.
Para exemplificar a atividade, utilizaremos
a canção “História de uma Gata”, de Chico
Buarque, disponível neste link.
Materiais:

Esta atividade envolve a reprodução de


músicas. Por isso, reserve um notebook,
uma caixa de som e o arquivo com a mú-
sica que as crianças escolheram para a
criação da dança. Separe equipamento de
fotografia e filmagem para registrar os pas-
sos que elas estão elaborado. Assim, vocês
poderão utilizar os registros como auxílio
para os ensaios. Reserve uma caixa com
brinquedo, riscantes de diferentes tipos e
cores e selecione um papel para elabora-
ção de um cartaz coletivo. Sugerimos o pa-
pel pardo ou cartolina pela possibilidade
de utilizar o tamanho que preferir, como,
por exemplo, o A2 ou A1. Reserve recortes
¼ de folhas em tamanho A4 para que as
crianças façam ilustrações da canção, giz
de cera, canetinha, lápis de cor, tesouras e
cola.

Espaços:

Preveja que a atividade deva ocorrer em


um espaço amplo, livre de mobiliários e
que acomode as criações corporais de todo
o grupo. Considere ainda que o espaço
pode ser uma área externa, contudo, cuide
para que os equipamentos eletrônicos pos-
sam ser ligados à uma fonte de energia.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 1 hora.

Perguntas para guiar suas observações:

De que maneira as crianças expressaram


suas ideias e defenderam suas opiniões du-
rante o processo de criação coletiva? Quais
argumentos usaram para fazerem valer
suas ideias? Como acolhiam as ideias dos
pares?

Quais estratégias as crianças utilizavam


para as criações dos passos? Se apoiavam
umas nas outras? Observavam a utilização
do espaço, compondo em seus passos tra-
jetórias espaciais?

De que forma a história da música apoiou e


inspirou a criação dos passos? Quais explo-
rações corporais foram criadas e motivadas
pela história que é contada?
Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Acompanhe as criações do
grupo, percebendo quais são as crianças
que expõem opiniões e participam das es-
colhas e decisões coletivas. Caso perceba
que alguma enfrenta desafios para se ex-
por perante o grupo, apoie-a neste pro-
cesso. Se ela preferir não se expressar no
grupo, procure ouvi-la individualmente. Va-
lorize seu comentário e convide o grupo a
vivenciar suas ideias.

O que fazer durante?


1

Convide as crianças a sentarem-se em roda


e conte à elas que hoje vocês criarão a dan-
ça para a música que escolheram. Combine
que, neste primeiro momento, elas se con-
centrarão em ouvir a música, a fim de bus-
car detalhes, entender o que a música con-
ta, qual ritmo segue etc. Convide-as para
que, de forma livre e silenciosa, apreciem
a canção. Diga que podem sentí-la em si-
lêncio ou já apreciando o ritmo, a melodia
e os movimentos que a música convida a
fazer. Depois de ouvirem a melodia, investi-
gue junto às crianças que história a canção
conta. Há personagens? O que é dito sobre
eles? O que acontece na história? Como é
o ritmo da canção para contar essa histó-
ria? Conversem a respeito da mensagem e
ritmo da música.Aja de forma responsiva,
interagindo com o grupo e apoiando este
momento de expressão. Acolha as inicia-
tivas verbais e as expressas em outras lin-
guagens, como movimentos e expressões
faciais, por exemplo. Observe que, caso a
música selecionada pelo grupo não traga
de forma explícita possibilidades para inter-
pretação sugerida nesta atividade, instigue
as crianças para que, a partir do ritmo, dos
tons, dos instrumentos mais potencializa-
dos e das mudanças sonoras, pensem em
qual história elas podem narrar. Desenvol-
va a ideia de que apresentar uma dança é
contar uma história com o corpo.

Acorde com as crianças que você coloca-


rá a música novamente e que agora po-
derão senti-la com o corpo, movimentan-
do-se pelo espaço e dançando de forma
livre, mesmo que na etapa anterior algu-
mas crianças já tenham se movimentado.
Reproduza a faixa musical e, enquanto
as crianças constroem suas percepções e
movimentos, observe-as. Perceba quais
expressões estão emergindo, como es-
tão respondendo ao convite da música e
se os movimentos que criam e ressignifi-
cam apoiam-se nos movimentos já reali-
zados em outras vivências de expressão
corporal. Atente-se também para o que as
expressões faciais revelam neste momen-
to, como ocorrem as interações entre as
crianças, como oferecem apoio umas às
outras, como exploram o espaço cuidando
para não interferir na criação ou tropeçar
no colega etc. Observe se alguma criança
não está envolvida na proposta de forma
corporal mas está observando a criação fei-
ta pelos pares. Respeite esse momento de
apreciação e evite expressar-se oralmente.
Aprecie a dança junto com ela e, se sentir
vontade, interaja dançando e convidando
para dançar.

Depois de dançarem, reúna novamente


as crianças perto de você. Diga a elas que,
agora, combinarão quais serão os passos e
movimentos de cada parte da música. Per-
gunte quais movimentos se encaixariam
na introdução instrumental, considerando
que estão utilizando a melodia sugerida.
Como poderiam dançar esta parte? Quais
movimentos gostariam de fazer? E o co-
meço da música, de que forma dançarão?
Começará com todos juntos ou iniciará por
um pequeno grupo?De que maneira os
demais serão convidados a entrar na dan-
ça? Terá um momento definido para isso,
como, por exemplo, o refrão? Ouça o que as
crianças têm a dizer, acolhendo as ideias,
sugestões e comentários. Façam acordos
que respondam e definam as perguntas
exemplificadas, dentre outras que surgirem
a partir da canção escolhida pelo grupo.
Assim, vocês definirão uma primeira sequ-
ência para a dança.

Peça às crianças que sugiram movimen-


tos para compor cada parte da dança. Ao
sugerirem esses movimentos, peça que
demonstrem essas expressões dançando.
Convide as crianças a acolherem a ideia
e repetirem os movimentos criados pelos
colegas. Construa coletivamente esta cria-
ção corporal e apoie o processo, partindo
do que foi elaborado pelas crianças. Bus-
que apoiá-las e incentivá-las, fazendo me-
diações que ampliem ou complementem
as percepções e movimentos criados pelo
grupo. Neste processo, considere convi-
dar algumas crianças para assistirem a um
grupo dançar a composição criada. Peça
para que deem sugestões de como alterar,
excluir ou acrescentar algo que não ha-
viam percebido. Depois do acordo, toque
a música selecionando apenas essa parte,
para que as crianças façam os passos, veri-
fiquem como está ficando a dança e se há
a possibilidade de repetirem ou alternarem
alguns movimentos conforme a melodia.
Assim que definirem alguns passos, filme
as crianças enquanto dançam cada parte
da música, para que depois possam relem-
brar o que foi combinado e ensaiar para a
apresentação.

Convide as crianças a pensarem sobre o


refrão da música. De que forma organiza-
rão esta parte? Terá algum gesto especial
ou diferente? Acompanhe as sugestões e
ideias criativas, potencializando para que
expressem envolvimento e alegria elucida-
da no refrão da canção. Caso a música não
ofereça essa possibilidade, busque investi-
gar com o grupo qual parte se repete, tra-
zendo um mesmo som e sequência em sua
melodia e verificando se ela faz esse convi-
te para um um gesto diferenciado.

Possíveis falas e ações do professor neste


momento: Vocês acham que os gatos dan-
çam essa parte com alegria? Como pode-
mos dançar mostrando que eles são livres?
Possíveis falas e ações das crianças neste
momento: Assim, “Nós gatos já nascemos
pobres (anda para frente e com as mãos
para trás), porém já nascemos livres...” (con-
tinua cantando, levanta os braços e movi-
menta-se de um lado para o outro).

Continuem neste processo de criação até


que tenham definido os passos e movi-
mentos para toda a música. Observe como
se dá a interação entre as crianças. Aten-
te-se para as aprendizagens que ocorrem
neste processo de criação, como elas cola-
boram entre si, a maneira como negociam
e defendem suas ideias e opiniões e como
apoiam-se umas nas outras. Faça registros
fotográficos, escritos e filmagens das rela-
ções feitas.

Depois que tiverem acertado coletivamen-


te os passos da dança, conversem a respei-
to do final da música buscando levantar
algo que marque o encerramento. Que mo-
vimentos podem indicar que a música está
acabando? Sugira que, aos poucos, parem
de dançar, ficando apenas a pessoa ou gru-
po que iniciou a dança e que será o respon-
sável por encerrá-la. Vocês podem combi-
nar uma fala ou movimento coletivo para
esta parte. Acolha sempre as ideias e su-
gestões trazidas pelas crianças e acordem,
coletivamente, como será o final da dança.

Ao terminar a música, investigue se o gru-


po deseja repetir a dança. Se as crianças
quiserem, repita-a mais uma vez. Ao finali-
zarem, convide todas para apreciarem uma
nova música e sugira que façam isso deita-
das no chão e em silêncio. Considere para
o momento uma música lenta, tal como a
sugestão que indicamos aqui. Neste mo-
mento, convide as crianças para fecharem
os olhos, convidando-as a relaxar e se acal-
mar após agitadas pela dança.

Depois de relaxarem, reúna novamente as


crianças perto de você e convide-as a ela-
borarem um cartaz coletivo sobre a apre-
sentação que farão. Levantem e façam
acordos sobre o título da apresentação. Ins-
tigue-as a criarem uma frase que expresse
como vai ser a apresentação. Aja de for-
ma responsiva, acolhendo os comentários,
valorizando as ideias e interagindo com o
grupo. Apoie-as neste momento de criação
do convite. Após definirem, atue como es-
criba e registre no cartaz o que foi definido,
o nome da música que será apresentada
e todas as informações pertinentes a um
convite. Lembre-se de consultar as crianças
sobre o melhor espaço no papel para escre-
ver as informações, as cores e os riscantes
que desejam utilizar. Garanta que o gru-
po aja com autonomia, tomando decisões
e fazendo escolhas enquanto o professor
apoia o processo.
9

Após o registros escrito das informações,


convide as crianças para ilustrarem o con-
vite, criando desenhos sobre a música ou
sobre a apresentação que farão. Diga que
entregará uma folha branca para que elas
criem o desenho e, depois, recortem e fa-
çam uma composição, colando-os no car-
taz do convite. Ofereça a turma diferentes
tipos de riscantes e acompanhe este mo-
mento de criação. Valorize as produções e,
caso queiram, sugira que o desenho pode-
rá ser realizado em duplas, de maneira que
um apoie a produção do outro. Preveja que
nem todas as crianças terminarão ao mes-
mo tempo, por isso, reserve alguns brin-
quedos para que possam utilizar enquanto
aguardam os colegas terminarem. Quando
finalizarem os desenhos, peça que os recor-
tem, deixando apenas a silhueta da ima-
gem. Convide-as para começarem a com-
por a colagem no convite. Considere que
é fundamental que, ao longo da atividade,
você observe o engajamento da turma
com a proposta. Caso sinta que as crianças
estão cansadas frente a densidade da ati-
vidade, pause a proposta e combine com
elas a continuidade no próximo dia, ou em
outro período do dia, por exemplo.

Para finalizar:

Conte para as crianças que depois vocês


escolherão um local para fixarem o convite
e que você irá registrá-lo em uma fotogra-
fia, para que criem convites menores ou
um digital. Esclareça que ainda será neces-
sário ensaiarem a dança algumas vezes e
que, por isso, você filmou os movimentos
e passos criados para poderem se apoiar.
Oriente as crianças a organizarem o espa-
ço, guardando os materiais utilizados nos
lugares adequados. Convide-as para a pró-
xima atividade do dia.

Desdobramentos
Aproveite para, coletivamente, elaborar e
acordar junto às crianças acerca da compo-
sição do cenário e do figurino para a apre-
sentação da música. Se possível, utilize os
materiais que estiverem disponíveis em
sua escola, atentando-se para a possibilida-
de de reutilização e ressignificação de ob-
jetos diversos. Você pode criar com a turma
a escrita da história de uma gata, inspirada
na canção, ou construir a narrativa da mú-
sica escolhida pelo seu grupo.

Engajando as famílias
Encaminhe o convite elaborado pelas
crianças às famílias. No dia da apresenta-
ção, elabore um mural com fotos, textos e
vídeos que narrem a criação das crianças.
229 Plano de aula: Recitando trava-línguas

O que fazer antes?


Contextos prévios: Para vivenciar esta pro-
posta é recomendável que você leia o li-
vro Enrosca ou Desenrosca, para conhecer
os trava-línguas antes de apresentá-los
às crianças. Caso você não possua aces-
so a esse livro, é possível utilizar outros ou
mesmo buscar trava-línguas na internet.
Uma dica para apoiar você quanto ao co-
nhecimento e ao papel de um bom mode-
lo leitor à criança é recitar os trava-línguas
algumas vezes, a fim de memorizá-los e
aperfeiçoar-se na recitação. Considere es-
colher três trava-línguas presentes na obra
para a proposta desta atividade e fazer có-
pias de cada um deles para cada criança da
turma. É fundamental que o grupo já tenha
vivenciado propostas em relação ao conhe-
cimento de alguns trava-línguas por meio
de brincadeiras ou outros contextos.

Materiais:

A proposta prevê a utilização do livro En-


rosca ou Desenrosca, das autoras Maria
José Nóbrega e Rosane Pamplona. Caso
você não tenha acesso a essa obra, busque
outras possíveis ou mesmo consulte a in-
ternet. Utilize uma cópia de cada trava-lín-
gua escolhido para cada criança do grupo.
Caso seja possível, prepare uma apresen-
tação digital da obra e faça uma projeção,
por meio de um projetor de imagens, a fim
de qualificar a relação visual das crianças
com o conteúdo do livro.

e Selecione ainda outras obras que aco-


lham trava-línguas para utilizá-las ao final
da proposta, ampliando as possibilidades
de contato com o jogo verbal que esse tipo
de texto possibilita às crianças. Considere
que é fundamental preparar um dispositivo
para fazer a gravação digital dos grupos de
crianças recitando os travas-línguas.

Espaços:

Observe que esta atividade, no início, é rea-


lizada coletivamente. Portanto, no momen-
to de apresentação do livro, garanta que
o grupo esteja sentado de forma confor-
tável, para que seja possível a visualização
da obra. Considere que depois de escutar
a história as crianças formarão pequenos
grupos. Sendo assim, busque um espa-
ço atentando-se para essa organização, a
fim de oportunizar à turma uma relação
de qualidade com a atividade. Se preferir,
organize-a em dois grupos, de forma que
enquanto você está com um, apoiando a
vivência da atividade, o outro realizauma
proposta com autonomia, por exemplo,
brincar com jogos conhecidos ou outra do
cotidiano do grupo.

Tempo sugerido:

Aproximadamente uma hora.

Perguntas para guiar suas observações:

1. O que indicou que a proposta favoreceu


para que as crianças pudessem atentar-se
para os aspectos dos trava-línguas: repeti-
ções de palavras, palavras muito parecidas
na pronúncia e o jogo verbal?

2. De que maneira a atividade proposta


oportunizou que as crianças estabeleces-
sem novas relações com as palavras? Quais
estratégias elas trouxeram para pronunciar
os trava-línguas, evitando tropeços e as tra-
vas na dicção das palavras?

3. Quais estratégias as crianças utilizaram


para escolher os trava-línguas? Utilizaram-
-se da memória? Revisitaram o livro? Uti-
lizaram-se do sumário? Procuraram pelas
páginas ou por palavras conhecidas?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
às necessidades e às diferenças de cada
criança ou do grupo. Proponha alternativas
para a qualidade das interações, traçando
estratégias para que uma criança ajude a
outra. Caso você considere que o desafio
proposto nessa atividade seja complexo
demais para algumas crianças, indique ao
grupo outro trava-língua, com menos rigor
para a recitação. Observe cuidadosamente
as especificidades de sua turma. Caso al-
gumas crianças apresentem comprometi-
mentos na fala, essa atividade exigirá mui-
to delas. Sendo assim, organize a proposta
de modo que haja papéis de atuação dife-
renciados no grupo, para que todos partici-
pem com dela com engajamento.

O que fazer durante?

Convide as crianças para se sentarem em


roda com você. Diga que hoje você trouxe
um livro em que os autores brincam com
as palavras, por meio de trava-línguas. In-
vestigue junto ao grupo quais trava-línguas
as crianças conhecem e convide-as as par-
tilhá-los com os colegas. Após acolher as
falas e entrar em contato os trava-línguas
conhecidos das crianças apresente o livro
Enrosca e Desenrosca (ou outro disponí-
vel em sua escola), contando ao grupo que
essa é uma obra cheia de trava-línguas. Ob-
serve que, dentre os trava-línguas trazidos
pelas crianças, algum possa fazer parte da
obra. Assim, revele a página em que ele se
encontra, mostre a ilustração que o acom-
panha e leia o texto para as crianças.

m>

Na sequência, inicie a exploração do conte-


údo do livro. Para isso, informe o título dele,
indique os nomes das autoras e do ilustra-
dor para as crianças. Considere apresentar
a parte da obra destinada aos trava-línguas,
a partir da página 31, convidando-as para
observar as ilustrações. Engaje-as a investi-
gar se conhecem ou lembram-se de algum
trava-língua, a partir da percepção das gra-
vuras. Convide-as para recitar com você
aqueles que elas conseguiram estabele-
cer relação com a imagem apresentada na
obra.

Possíveis falas e ações do professor:Pessoal,


vejam! Aqui na página 31 começam os tra-
va-línguas. Aqui está escrito Trava-línguas
e outras enroscadas (referindo-se à página
que antecede os travas-línguas. Por que
será que os autores usaram esse termo en-
roscadas? O termo enroscadas combina
com o termo trava-línguas? Por que?

m>

Em seguida, selecione cerca de cinco tra-


vas-línguas com a ajuda das crianças (que
podem selecioná-los a partir das ilustra-
ções e de outros elementos da conversa
realizada até aqui) e leia-os para o grupo,
atentando-se à pronúncia e ao ritmo carac-
terísticos do texto. Após cada leitura, faça
uma pequena pausa para conversar sobre
o que fala o trava-língua, considerando, por
exemplo, se é sobre animais, objetos ou
pessoas e o que aconteceu com os perso-
nagens que o compõem. Ao final da con-
versa, convide o grupo para recitar junto
com você. Assim que você terminar a leitu-
ra e as crianças já estiverem brincando de
recitar alguns trava-línguas, conte que você
selecionou três deles que considera que as
crianças iriam gostar bastante e fez cópias
para que possam utilizá-las em pequenos
grupos. Mostre os três selecionados por
você e leia-os para o grupo, dando espaço
para que brinquem com o tipo de texto.

m>

Logo após, combine com o grupo a forma-


ção de trios, organize-os no espaço e distri-
bua as cópias para cada um deles. Oriente
que eles olhem para o texto e observem as
palavras e ilustrações presentes em cada
um deles. Passado um tempo de explora-
ção e de brincadeira, proponha que cada
trio escolha um trava-língua para recitar
para a turma. Ainda em pequenos grupos,
as crianças irão ensaiar e depois recitá-los
para os amigos. Procure circular e passar
por todos os trios para garantir apoio nos
ensaios e nas recitações. É possível que as
crianças necessitem de ajuda para se lem-
brar de trechos e para garantir o ritmo que
esse tipo de texto demanda ao ser recitado.

m>

5
Enquanto os pequenos grupos recitam e
ensaiam, circule entre as crianças e ob-
serve quais estratégias elas estão usando
para memorizar e harmonizar a recitação.
Atente-se para apoiá-las quando necessá-
rio, considerando ler o trava-língua para o
grupo, ou sugerido que inicialmente reci-
tem-no de forma mais lenta, pronunciando
cada palavra, e que aumentem a velocida-
de aos poucos, por exemplo. Entretanto,
antes de qualquer intervenção, busque pri-
meiro junto aos pequenos quais estratégias
eles consideram trazer para qualificar a
memorização e a recitação do texto, possi-
bilitando que testem suas hipóteses e que
investiguem formas de aprendizados. Ob-
serve que as crianças podem estabelecer
gestos que a fazem lembrar do texto, aco-
lha essa forma de expressão e potencialize
para que partilhem as estratégias nos trios.

Possíveis falas e ações do professor:O que


vocês já testaram para harmonizarem a re-
citação? Há alguma outra ideia de como
podem falar o texto para que todos pro-
nunciem as palavras corretamente? Ah,
posso ajudar com essa sua ideia sim, então,
vou ler uma frase do trava-língua e vocês a
repetem.

m>

Ao observar que os trios começam a domi-


nar os travas-línguas que escolheram, reci-
tando-os sem muitos tropeços e enrosca-
das, sinalize que em um minuto os grupos
se reunirão para o recital de trava-línguas.
Passado esse tempo, organize as crianças
em semicírculo e convide o grupo que dará
início ao recital para se posicionar e dizer
seu trava-língua. Faça o registro desse reci-
tal, por meio de uma gravação digital.

Considere envolver o grupo fazendo a apre-


sentação, como se você fosse um apre-
sentador, falando o nome de cada criança
e convidando o grupo para aplaudir o trio
que se apresentou. Siga a proposta, convi-
dando cada grupo para recitar seu trava-
-língua.

Após o recital, possibilite às crianças que


partilharem no grande grupo as impres-
sões acerca da construção de estratégias
para a memorização do texto, revelando
quais estratégias utilizaram para facilitar a
memorização e para dizer as palavras sem
enrolar ou travar a língua. Nesse momento,
considere apoiar-se nas observações que
fez dos grupos para mediar o diálogo e a
partilha.

Para finalizar:

Após a conversa, para valorizar ainda mais


o envolvimento das crianças com a leitura
de travas-línguas, disponha as outras obras
que você selecionou para a proposta e con-
vide-as crianças para manusear os livros,
a fim de observarem os trava-línguas pre-
sentes neles. Acorde que elas poderão fazer
isso em grupos, a partir do que observam
na obra, apoiando-se umas nas outras.

Desdobramentos
Você pode dar continuidade a essa ativida-
de convidando as crianças para conversar
com os funcionários da escola, perguntan-
do se eles conhecem algum trava-língua.
Caso os funcionários saibam, peça que os
recitem para crianças e que as crianças re-
citem os que aprenderam, proporcionan-
do uma troca. Você pode ainda propor às
crianças que convidem os colegas das ou-
tras salas para brincar com os trava-línguas
que aprenderam. Considere também que,
após a ampliação do repertório, a turma
pode construir um livro de trava-línguas
em formato digital ou em formato físico,
com escrita de texto e ilustrações.

Engajando as famílias
Disponha em um espaço da escola apare-
lhos som ou iPads com o registro em áudio
do recital das crianças gravado por você. In-
sira fones de ouvidos nos dispositivos e, por
meio de um breve texto que contextualiza
a proposta registrado em um cartaz, convi-
de as famílias para apreciar o recital de tra-
va-línguas do grupo.
230 Plano de aula: Definindo o conto de fa-
das da peça teatral

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Esta sequência de atividades apresenta


como proposta a construção de uma peça
teatral, a partir da escolha de um conto de
fadas preferido pelas crianças. Para tal, é
importante que você tenha uma prática di-
ária de leitura de histórias e tenha formado
um repertório com o seu grupo de crian-
ças, para que elas escolham um conto en-
tre os que já conhecem. Ler para os peque-
nos requer uma preparação: você precisa
ter domínio do texto para garantir uma lei-
tura envolvente, com entonações adequa-
das, que encantam-nos e convidam-nos
a brincar com os personagens. Portanto,
é fundamental que você conheça bem a
história. Selecione previamente imagens
sobre teatro, organizando um painel para
apresentar à turma na roda de conversa.
Este plano faz parte de uma sequência de
cinco. São eles:

Nossa peça teatral: Definindo o conto de


fadas

Nossa peça teatral: Descrevendo persona-


gens e cenários

Nossa peça teatral: cenário, figurino e sono-


plastia

Nossa peça teatral: O roteiro e falas das per-


sonagens

Nossa peça teatral: Ensaiar, convidar, apre-


sentar

Materiais:

Imagens sobre teatro:Recortes de revistas


ou gravuras impressas da internet conten-
do encenações, cenários, personagens e
figurinos, palcos e platéias. É interessante
incluir nessas imagens fotos de peças tea-
trais realizadas na escola às quais as crian-
ças tenham assistido.

Cinco opções de livros de contos de fadas


conhecidos pelo seu grupo.

Canetinhas, tiras de sulfite ou outro retalho


de papel, para ser usado no momento de
votação. Cartolinas, ou papel craft para car-
tazes, pincéis atômicos. Caixas com fanta-
sias, tecidos e acessórios para brincadeiras
espontâneas.

Espaços:

A atividade ocorrerá na própria sala do


grupo, ou em outros espaços disponíveis,
como: a biblioteca escolar ou um auditório,
se houver. Conforme as possibilidades, dis-
ponha fantasias, acessórios, e até mesmo
partes de cenários de peças que já foram
produzidas anteriormente na escola, para
tornar o momento de contextualização so-
bre o tema ainda mais inspirador e atraente
para a turma. Organize fantasias e acessó-
rios em cabides ou varais, de forma esteti-
camente agradável e acessível às crianças.
Os cenários, podem estar dispostos sobre
uma mesa ou um tapete, para que as crian-
ças escolham-nos e organizem-nos confor-
me suas próprias preferências.

Tempo sugerido:

Aproximadamente uma hora e 20 minutos.


Perguntas para guiar suas observações:

1. Durante o primeiro momento de explo-


ração das fantasias, cenários e acessórios
pela turma, como acontece o brincar de te-
atro e a interação das crianças? Que enre-
dos surgem nesta brincadeira?

2. Que estratégias as crianças fazem uso


para o registro de seu voto para a escolha
do conto de fadas? Como são expressas
suas hipóteses de escrita nesse momento?

3. Durante a leitura do conto, que reações


e expressões são manifestas pelo grupo de
crianças? E como se organizam para criar
o roteiro de produção da peça de teatro a
partir dessa história?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
às necessidades e às diferenças de cada
criança.
A proposta de montagem de uma peça de
teatro mexe com o imaginário infantil. As-
sim, naturalmente a criança é atraída pelo
brincar de faz-de-conta e por criar, com
objetos concretos (cenários, fantasias), um
mundo próprio para explorar sua imagina-
ção. Desse modo, esta proposta favorece
envolvimento e participação de toda a tur-
ma, tanto na brincadeira como na intenção
de se montar uma peça de teatro, sendo
essenciais combinados e decisões coleti-
vas durante todo o processo. Caso uma ou
mais crianças prefiram ficar observando e
sejam menos ativas na hora de falar ou es-
crever, proponha que atuem em duplas,
tendo o cuidado de promover parcerias em
que uma criança mais participante seja co-
laboradora de outra que necessite de apoio.

O que fazer durante?


1

Tendo o espaço previamente organiza-


do, organize as crianças no grande grupo
para conhecer os materiais com os quais
vão brincar. Ao observarem fantasias, aces-
sórios e partes de cenários, elas provavel-
mente irão dizer que podem brincar de
faz-de-conta ou de teatro. Dialogue com
elas sobre quais histórias podem ser conta-
das com eles e proponha que brinquem e
criem suas próprias histórias como preferi-
rem. Nesse momento, pequenos recontos
de histórias que já conhecem podem sur-
gir, instigue-as na construção desses pe-
quenos enredos para as brincadeiras, em
pequenos grupos, conforme as crianças, de
forma espontânea, vão explorando e intera-
gindo com os materiais e com os colegas.

Quando estiver faltando alguns minutos


para terminar o tempo de brincar, todos se-
rão avisados para que possam organizar os
materiais e retomar a roda inicial para con-
versar sobre a proposta. Garanta que, no fi-
nal desta atividade, a turma poderá brincar
de teatro outra vez.

Retomando o grande grupo, interaja com


a turma sobre a brincadeira de teatro, co-
mente que você percebeu que as crianças
se divertiram criando personagens e his-
tórias e favoreça que, durante os diálogos,
elas tragam elementos do teatro, como os
personagens da história, algumas falas, o
lugar em que estavam, utilizando, inclusi-
ve o corpo e suas expressões para comu-
nicar ideias. Convide-as para observar o
painel que você organizou na sala com as
imagens sobre teatro (encenações, per-
sonagens, cenários e figurinos). Durante a
observação do painel, problematize com a
turma a respeito das gravuras, sobre o que
os pequenos veem nas imagens e nos ce-
nários, o que pensam sobre eles, se já esti-
veram em um ambiente de teatro e como
foi essa experiência; o que viram e sentiram
enquanto assistiam a uma apresentação
teatral.

Em uma roda, no grande grupo, peça para


que as crianças compartilhem um pouco
mais sobre as vivências que tiveram no te-
atro, com suas famílias e algumas que ti-
veram na própria escola. Comente que se-
ria muito bom aprender como se faz uma
peça teatral. Após manifestações, dialo-
guem sobre como se constrói uma apre-
sentação, como se definem os persona-
gens, suas falas, suas roupas, cenários etc.
Conduza a conversa de maneira envolven-
te, para encantar as crianças e motivá-las
na construção da peça teatral. Faça com
que eles se motivem a apresentá-la poste-
riormente para as outras turmas da escola.

Após a conversa sobre teatro,problematize


a respeito de qual será a peça que o gru-
po quer produzir, qual história gostariam
de encenar, e proponha a escolha de uma
para se tornar o enredo da turma. Dispo-
nha sobre uma mesa cinco livros de con-
tos de fadas selecionados por você dentre
os que as crianças já conhecem e gostam,
para que possam escolher o que mais lhes
agrada. Interaja com a turma sobre cada
história, apresentando os títulos para que
as crianças antecipem os acontecimen-
tos,comentem-nos e recontem algum mo-
mento marcante do qual se lembram.

Feita a conversa investigativa sobre cada


título, proponha uma votação individual
para eleger o conto de fadas que será o en-
redo da peça. Distribua tiras de papel sulfi-
te para cada criança escrever, de forma es-
pontânea, o título do conto que mais gosta.

O momento de escrita envolve reflexões


pessoais e interações com as hipóteses dos
colegas, no entanto, as crianças buscam
recursos adicionais, como a opinião do pro-
fessor, para confirmar suas hipóteses. Apoie
sempre que alguém solicitar, utilizando
diferentes estratégias como, por exemplo,
observar como um colega escreveu, lem-
brar palavras conhecidas que possuam as
mesmas letras, buscar suportes na sala, ler
para a criança o que já escreveu até o mo-
mento. Os livros também são um caminho
de pesquisa, portanto, devem estar sempre
acessíveis para os pequenos usarem, caso
queiram, como opção de consulta para es-
crever o título que desejam.

Logo que tiverem escrito, combine com a


turma, que cada uma das crianças irá ler
seu próprio voto e colocá-lo sobre o livro
do conto de fadas. Após todos terminarem
a leitura, faça junto com a turma a conta-
gem dos votos de cada conto, comparan-
do os resultados para a definição daquele
que será o enredo da peça teatral que irão
montar. Pode acontecer um empate, nes-
se caso, é possível fazer uma rodada de ar-
gumentos sobre por que as crianças esco-
lheram aquela história e combinar com o
grupo, se assim desejarem, fazer uma nova
votação entre os dois livros empatados.

Caso a proposta de escrita espontânea não


seja aplicável à sua turma neste momen-
to, uma variação seria convidar as crianças
para escrever seu próprio nome nas tiras de
papel e colocarem-nas sobre o livro de pre-
ferência.

Feita a escolha, convide o grande grupo


para conhecer bem a história, para que to-
dos possam criar uma peça teatral a partir
dela.Leia o conto para as crianças, com des-
taque para a entonação e a expressão du-
rante a leitura, dando ênfase aos cenários e
aos personagens,demonstrando bem suas
características, emoções, gentileza, malda-
de, alegria, entre outros. Após a leitura, ex-
plore bem as imagens, chamando atenção
para o que as ilustrações nos contam sobre
o ambiente da história.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Crianças, vamos olhar o que está acon-
tecendo nesta imagem. Pelos desenhos
que estão aqui, conseguimos saber o que o
personagem vai fazer? Alguém gostaria de
contar para os colegas algo importante so-
bre este desenho que nos ajudaria a enten-
der a história?
7

Convide o grupo para pensar com você no


que será preciso organizar para produzir
uma peça de teatro. Acolha as ideias apre-
sentadas e, atuando como escriba, planeje
com as crianças um roteiro de produção
do teatro. A partir da história que o grupo
escolheu, instigue-as a pensar em algu-
mas ações, propondo questionamentos, se
necessário: já definimos o conto para nos-
so teatro, mas como essa história vai virar
peça de teatro, o que precisamos fazer para
ter uma peça bem legal para apresentar-
mos às outras turmas da escola? Comparti-
lhe com a turma que o roteiro estará fixado
no painel da sala, para que todos possam
acompanhar e conferir as ações de monta-
gem e de organização dos personagens e
cenários.

Para finalizar: Convide as crianças para se


organizarem em pequenos grupos e brin-
carem um pouco mais de teatro com as
fantasias, tecidos e acessórios. Se não hou-
ver tempo disponível, proponha que or-
ganizem os materiais e que guardem em
caixas o que for necessário para brincar em
outro momento, inclusive durante as próxi-
mas atividades desta sequência.

Desdobramentos
Você pode propor que as crianças façam
desenhos do conto de fadas que foi selecio-
nado como enredo para o teatro, inserindo-
-os no painel das fotos e imagens de teatro,
junto com o roteiro que elaboraram.

Engajando as famílias
Organize, em parceria com as crianças, um
bilhete para compartilhar com as famílias

que nas atividades desse dia elas pude-


ram conhecer mais sobre teatro e que irão
montar uma peça teatral para apresenta-
rem na escola. Para isso, escolheram um
conto de fadas para se tornar o enredo.
Proponha que as crianças recontem em
casa a história escolhida. Como suporte,
envie uma cópia da capa do livro ou uma
ilustração bem significativa, para apoiá-las
no momento do reconto.
231 Plano de aula: Brincando de cuidar dos
cabelos

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Para possibilitar que as crianças expressem


seus sentimentos, garanta em sua prática
diária diversas oportunidades para con-
versarem sobre como se sentem em rela-
ção ao corpo e à identidade. É por meio do
exercício diário da compreensão de si e da
interação com o outro, partindo de situa-
ções simples do dia a dia, que o aprofun-
damento de questõescomo essas se torna
possível.

Materiais:

Livro de história “O Cabelo de Cora”, de Ana


Zarco Câmara, ou algum livro similar que
possibilite a abordagem do assunto iden-
tidade com as crianças. Caso não tenha
algum livro que trate da temática, é possí-
vel conhecer a história para contar para as
crianças a partir deste link. Pentes, escovas,
grampos, borrifadores de água, laços ou fi-
tas para possibilitar a arrumação dos cabe-
los.Disponibilizar caixas de livros e de blo-
cos de construção para as crianças que não
queiram participar da brincadeira proposta.
Câmera fotográfica ou celular podem ser
utilizados para registro da experiência, com
fotos e/ou pequenos vídeos.

Espaços:

Essa atividade pode ser feita dentro da sala


ou em algum outro espaço que tenha um
espelho à disposição das crianças. A pro-
posta se inicia em roda com o grande gru-
po e, posteriormente, as crianças se divi-
dem em pares ou pequenos grupos para a
organização do espaço e para a brincadei-
ra.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 01 hora e 15 minutos, le-


vando em conta a leitura da história, o tem-
po de organização da sala e a brincadeira
de cuidado com os cabelos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. As crianças apresentam facilidade ou difi-


culdade em expressar as emoções ao lidar
com a problemática apresentada pela his-
tória?

2. As crianças afirmam já terem passado


por situações semelhantes? Como os ou-
tros colegas reagem diante de algum rela-
to?

3. É possível observar valorização e respei-


to pelas características pessoais e dos seus
pares?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo.

Esta atividade permite formas diversifica-


das de participação das crianças, de acordo
com seus interesses e singularidades. Pode
ser penteando os cabelos, organizando os
materiais e espaço, registrando ou utilizan-
do outros materiais disponíveis. Valorize as
diferentes ações das crianças, observando,
apoiando e respeitando aquelas que não
desejam se envolver na brincadeira com os
cabelos.

O que fazer durante?

Reúna as crianças no grande grupo e con-


te que você conheceu a história de alguém
que passou por uma situação na escola
que despertou nela alguns sentimentos.
Explique que você gostaria de comparti-
lhar com a turma para descobrir o que eles
pensam desta situação. Convide as crian-
ças para se sentarem em roda com você e
ouvirem a história.
Compartilhe a capa do livro com as crian-
ças, para que elas possam realizar a anteci-
pação da temática a partir dos significados
presentes na imagem, fazendo levanta-
mento das hipóteses das crianças a respei-
to do assunto do livro. Escute e observe as
reações e falas das crianças e interaja a par-
tir delas, buscando valorizar suas ideias e
opiniões.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Esta personagem na capa é a pessoa
de quem eu falei! O que será que pode ter
acontecido com ela? Ela parece feliz ou
triste?
2

Leia para as crianças o título e a autora da


história. A partir do título, realize junto com
o grupo a confirmação ou não das hipóte-
ses anteriores sobre o tema do livro. Escute
atentamente as colocações das crianças.

Leia a história para as crianças. Para des-


pertar o interesse e a curiosidadedelasdu-
rante a leitura, varie a entonação da voz ao
interpretar as personagens. Garanta que
as crianças percebam quais foram os sen-
timentos externados pelas personagens
durante as interações. Apresente uma lei-
tura fiel ao texto da história e, a cada pági-
na lida, vire o livro de forma que as crianças
observem as imagens.

Possibilite que as crianças expressem suas


emoções durante a leitura da história e es-
teja atento àsreações durante a leitura. Dê
atenção especial à forma que a questão
da arrumação do cabelo é percebida pelas
crianças, pois será o elemento central desta
atividade.

Terminada a história, converse com as


crianças sobre o conflito apresentado, em
que uma personagem sugere que a ou-
tra prenda o próprio cabelo. Lembre que a
proposta é que as crianças expressem seus
sentimentos e tenham atitudes de respeito
para lidar com as diferenças. Fique atento
para queelas manifestemsuas impressões
sobre o conflito e hipóteses para uma reso-
lução respeitosa.
Observe as reações das crianças durante a
conversa. É necessário ter cuidado e sen-
sibilidade neste momento, esta pode ser
uma questão dolorosa de se lidar para al-
gumas crianças. Muitas vezes as crianças
precisam conversar sobre isto, o que será
possível observar a partir de sua postura e
suas falas neste momento.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: O que vocês observam nestas imagens?
Conseguem imaginar como a Cora se sen-
tiu ao ouvir aquilo da colega? Alguma vez
vocês já se sentiram assim como a Cora?
Como foi? Alguém quer contar?

Retome o final da história com as crianças


observando qual foi a conclusão da pro-
tagonista a respeito da arrumação de seu
cabelo. Questione as crianças sobre como
elas gostam de cuidar de seus cabelos.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Vocês gostam de cuidar de seus cabe-
los? Como? Vocês gostam de cuidar dos
cabelos sozinhos ou preferem que alguém
te ajude nesse cuidado?

Pergunte às crianças como vocês poderiam


fazer para inventar uma brincadeira de cui-
dado com os cabelos.Mostre para a turma
os materiais que você trouxe para este mo-
mento, como pentes, escovas, grampos,
borrifadores de água, laços, entre outros.
Caso a proposta não surja, compartilhe a
ideia de transformar parte da sala em um
salão de cabeleireiro e barbeiro, pergun-
tando o que acham e convidando a turma
para organizar o espaço para esta brinca-
deira. Deixe que o grupo discuta e decida
sobre o tipo de salão que será feito, sobre
os profissionais etc. A partir disso, pensem
nas propostas de organização. Disponibili-
ze as caixas de livros e blocos de constru-
ção, para que as crianças possam utilizá-las
em sua organização, reservando locais para
aqueles que não querem participar da brin-
cadeira com os cabelos.

Neste momento, as crianças se organizam


em duplas ou pequenos grupos para mon-
tarem o espaço. Avise que, para que dê
tempo de realizar a brincadeira, elas terão
10 minutos para organização. Relembre,
ocasionalmente, a contagem do tempo,
para que elas possam se programar. Adian-
te que a proposta seguinte será brincarem
arrumando os cabelos. Assim, aquelas que
não estejam tão envolvidas com a organi-
zação do ambiente, podem já partir para o
outro momento.

Possibilite que as crianças tenham acesso


ao espelho para arrumar seus cabelos. Nes-
te momento, as crianças podem se arru-
mar sozinhas, solicitar a ajuda dos colegas
ou da professora. Caso o espelho disponí-
vel para este momento seja pequeno e não
caiba uma grande quantidade de crianças
ao mesmo tempo, compartilhe esta infor-
mação perguntando como podem se or-
ganizar para que todos possam ter um mo-
mento em frente ao espelho. Como este é o
momento das crianças terem uma atenção
maior para si e para o outro, precisam de
um bom tempo para cuidar de seus cabe-
los. Reserve uns 20 minutos para esta par-
te.

Observe atentamente o que as crianças


fazem e manifestam oralmente durante a
brincadeira: gestos, expressões, iniciativas
de interação, comentários sobre o que es-
tão gostando ou não etc.Todas precisam
ter a chance de ter atenção para si ao brin-
car com os cabelos, se relacionar com os
amigos, de observar, imitar e se divertir.
Aproveite esse momento para registrar, se
possível por meio de fotos ou de vídeos, os
penteados e interações que estão acon-
tecendo, para compartilhar a experiência
com as próprias crianças e suas famílias.
Apoie as ações delas durante a brincadeira,
auxiliando e participando apenas quando
solicitado e evitando, ao máximo, se ante-
cipar às suas iniciativas.Se alguma criança
não estiver envolvida na brincadeira, bus-
que com ela uma forma de participar, seja
observando e dando sugestões nos pente-
ados, contribuindo na organização dos ma-
teriais para manter o salão em ordem ou
até mesmo utilizando os outros materiais
que você disponibilizou (livros e blocos de
construção).

Para finalizar:

Quando estiver chegando próximo do mo-


mento de finalizar a atividade, fale para as
crianças que, em cinco minutos, vocês irão
começar a guardar os materiais. Anuncie o
que virá a seguir. Fale novamente em três
minutos. Passados os cinco minutos, co-
mente que chegou o momento de todos
juntos organizarem a sala e os materiais
no lugar indicado. Você pode cantar uma
paródia para marcar com o grupo os mo-
mentos de arrumação.Uma sugestão é, em
outras situações, criar com as crianças al-
gumas paródias utilizando o repertório de
músicas já conhecidas delas e que as mo-
tivem para este momento. Algumas suges-
tões podem ser conferidas aqui!

Desdobramentos
Caso em sua rotina exista o momento de
cuidado com os cabelos das crianças, pos-
sibilite que elas mesmas se arrumem ou
escolham como querem ser penteadas.
Caso este momento não esteja previsto,
você pode organizá-lo a partir desta ativi-
dade, prevendo este tempo para as crian-
ças, para que desenvolvam a atenção para
o cuidado de si, de forma que este aspecto
não seja apenas uma tarefa do educador.
Trata-se de uma atividade sobre identida-
de. Você pode abordar a questão a partir
de outras características e a partir de algu-
ma fala ou conflito relacionado ao tema.
O salão de cabeleireiro e barbeiro pode se
transformar em um novo canto de faz de
conta na sala de atividades. Os materiais
podem ser organizados em caixas para
serem transportados a outros espaços.
Também é interessante, em algum outro
momento, convidar os familiares para par-
ticiparem desta vivência. Caso dentro da
comunidade exista alguém que exerce al-
guma função relacionada à proposta, você
pode convidar esta pessoa para vir um dia
compartilhar seu trabalho com as crianças.

Engajando as famílias
Ao escolher o modo como querem seus
cabelos, as crianças podem se arrumar de
forma não convencional ou chegar para a
escola de cabelos presos e resolver soltá-
-los durante o período. Para que as famílias
compreendam e dêem continuidade a este
processo de valorização das identidades
das crianças, é fundamental um diálogo
permanente sobre este momento da rotina
com as crianças. Desta forma, seria interes-
sante compartilhar as fotos da brincadeira
em um mural, de forma que possam ob-
servar como foi significativo para as crian-
ças e a importância de dar continuidade.
Também é muito interessante perguntar às
famílias se houveram efeitos desta ativida-
de na forma como as crianças se vêem ou
manifestam querer se arrumar. Isso pode
ser feito por conversas ou pesquisas nos
cadernos de recado, convidando-os a afinar
o olhar para esta questão, acolhendo suas
impressões e considerações sobre o assun-
to.
232 Plano de aula: Exploração sensorial
com Alimentos

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Como esta atividade prevê uma organiza-


ção das crianças em cantos ou estações,
é interessante que o professor já tenha se
utilizado desta estratégia em outras opor-
tunidades. Caso isso ainda não tenha sido
possível, esteja atento às etapas descritas
de forma a possibilitar uma experiência
que garanta o protagonismo e a exploração
das crianças a partir de seus interesses. É
interessante que esta atividade seja realiza-
da com o auxílio de algum outro educador
ou funcionário da cozinha, de forma que
seja possível higienizar os utensílios duran-
te as experimentações das crianças. Faça
com a equipe estes combinados previa-
mente.

Materiais:

Organizar em mesas já higienizadas os ali-


mentos em pratinhos, separados por ca-
tegoria, em estações. Em uma das mesas,
por exemplo, disponibilizar uma variedade
de massas cruas e cozidas, como macar-
rão, sagu, misturas de maisena e água, etc.
Em outra, legumes crus e cozidos, inteiros
e picados. Uma estação para frutas inteiras
e cortadas, uma para grãos diversos, crus
e cozidos, e outra para ervas aromáticas,
como hortelã, salsinha, manjericão. Em
uma estação separada, oferecer utensílios
de cozinha como espremedor de frutas ou
batata, pratinhos e potinhos nos quais pos-
sam coletar os alimentos que desejarem,
colheres, peneiras, batedor de claras, escu-
madeira, concha, dentre outros. Reserve
uma estação com sulfite e lápis de cor para
as crianças que quiserem utilizar ou não
tiverem o interesse em participar da expe-
rimentação. Celular ou câmera fotográfica
para fotos e vídeos.

Espaços:

Essa atividade pode ser feita dentro da


salade atividades ou algum outro espa-
ço em que seja possível a organização das
estações para a exploração pelas crianças
em pequenos grupos, sendo importante
ter próximo alguma pia para lavagem das
mãos. É necessário que o espaço seja or-
ganizado antes do convite à turma para a
experimentação. Depois haverá uma roda
com o grande grupo para que manifestem
suas impressões sobre a experiência.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 1 hora.

Perguntas para guiar suas observações:

1.Como as crianças reagem à diversidade


de materiais oferecida nas estações? De-
monstram interesse e curiosidade por tran-
sitar em mais de um espaço ou há crianças
que preferem permanecer em um mesmo
local durante toda a experimentação?

2. Como as crianças se relacionam com as


diferenças (como in natura e preparados) e
às transformações dos alimentos observa-
das durante esta exploração? Que comen-
tários fazem com os colegas a respeito de
suas investigações?

3. Como as crianças se envolvem durante a


troca de experiências no grande grupo? O
que relatam sobre a experiência sensorial,
na exposição de suas impressões e suges-
tões para outras oportunidades?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo.

Atente-se para que sejam valorizadas as


diferentes ações e interesses de todas as
crianças durante a atividade, seja interagin-
do com os variados alimentos e materiais
disponíveis, nas trocas entre os pares e no
grande grupo, na manifestação de suas
descobertas, sentimentos e impressões so-
bre a vivência, etc; oferecendo os recursos
necessários para que isso seja garantido e
com respeito àquelas que não quiserem se
envolver na situação.

O que fazer durante?


1

Antes de entrar na sala, diga às crianças no


grande grupo que você organizou o espa-
ço com um monte de coisas bonitas e gos-
tosas a partir das quais podem explorar e
também comer, instigando-os a levantar
hipóteses sobre o que vocês podem encon-
trar lá neste dia. Após a manifestação das
crianças, com certo suspense, abra a porta
para que confirmem ou não suas hipóte-
ses. Convide as crianças para que, juntos,
transitem entre as estações para ver o que
encontram e pensar nas possibilidades de
exploração que podem fazer, nos materiais
que querem utilizar, etc..

2
Enquanto vocês circulam pela sala, diga
para as crianças que elas podem explorar
os alimentos, experimentá-los, revezar -
caso queiram - as estações em que gosta-
riam de vivenciar, etc. Mostre a mesa em
que os utensílios estão disponíveis combi-
nando que elas podem utilizar o que preci-
sar para levar até as outras mesas, lembran-
do-se de devolver neste mesmo local após
o uso para que os outros colegas possam
usar este material também...

Conte para as crianças que você também


preparou uma mesa com folhas de sulfite
e lápis de cor para o caso de alguém queira
desenhar ou escrever durante a atividade.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Como vocês acham que podemos ex-
plorar estes alimentos? Será que tem algo
aqui que vocês ainda não conhecem ou
nunca experimentaram?

Convide as crianças para explorar os mate-


riais, possibilitando que organizem-se indi-
vidualmente, em pares ou pequenos gru-
pos para se dirigirem às mesas, decidirem
onde querem estar, quais os utensílios ou
suportes que irão precisar para suas experi-
mentações, etc. Esteja atento às interações
e descobertas das crianças, suas reações
aos materiais oferecidos, como se dão as
escolhas e as primeiras investigações. Caso
alguma criança manifeste que não deseja
participar deste momento com os colegas,
convide-a à participar de alguma outra for-
ma, seja desenhando algum dos alimentos
disponíveis, registrando as experimenta-
ções de seus colegas ou criando alguma
outra composição que a agrade na mesa
com materiais para desenho.

Se possível, tenha em mãos celular ou câ-


mera para registrar este momento, de for-
ma que ele possa ser socializado posterior-
mente com as crianças. Observe e apoie
suas iniciativas, enriquecendo as investi-
gações das crianças durante a exploração,
trazendo elementos que ampliem/questio-
nem/ validem seus hábitos em relação ao
uso dos alimentos, a forma de alimentação,
hábitos de higiene, dentre outros; mas te-
nha o cuidado de não se antecipar às suas
iniciativas ou dirigir suas ações.Neste tipo
de atividade não é necessário que o pro-
fessor acompanhe todos os grupos, haven-
do inclusive crianças que se sentem mais
à vontade sem a sua presença para reali-
zar suas explorações. Tenha isso em vista
ao interagir com os grupos, buscando se
aproximar daqueles que te convidam para
participar ou estejam mais receptivos à sua
aproximação.

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: Uma criança interpreta o papel de um
cozinheiro se oferecendo para preparar um
prato para você. Esta é uma boa oportuni-
dade para, a partir de sua narrativa, explo-
rar mais as investigações das crianças, per-
guntando sobre este prato, como foi feito,
quais os ingredientes utilizados, convidan-
do outras crianças para cozinhar também!
5

Tenha atenção nas investigações que as


crianças realizam em cada uma das esta-
ções. Pode ser que nas mesas dos legumes
as crianças se envolvam criando composi-
ções que misturam ingredientes crus aos
cozidos. Na estação das frutas as crianças
podem se envolver utilizando o espreme-
dor para transformá-las em sucos, explorar
a extração de líquidos e criar combinações
de sabores. Muitas crianças podem não ter
contato com o processo de fazer um purê
ou esmagar com o pilão as ervas aromáti-
cas e você pode realizar uma intervenção
que mostre a elas como fazer, para que
possam também se apropriar destas téc-
nicas e utilizá-las em suas investigações.
Pode ser também que as crianças decidam
utilizar frutas, legumes ou utensílios como
os personagens de alguma história e enre-
do que elas criam enquanto experimentam
no momento. Todas as possibilidades de
exploração são válidas, acolha e valorize as
iniciativas das crianças, intervindo e auxi-
liando-as quando perceber a necessidade.

As crianças podem manifestar o interes-


se de trocar de estação durante a ativida-
de. É uma ação que deve ser incentivada,
assim há ampliação das possibilidades de
exploração pelas crianças, uma vez que os
diferentes cantos oferecem uma variedade
de materiais para experimentação. Desta
forma, auxilie as crianças no controle do
tempo para que elas possam se organizar
garantindo que todos tenham a oportuni-
dade de transitar por todos os espaços caso
queiram, antes de se reunirem no grande
grupo. Quando estiver chegando próximo
do momento de finalizar esta etapa da ati-
vidade ou quando você já observar o de-
sinteresse das crianças, avise que em cinco
minutos precisam concluir para se reunir
em roda. Neste momento você pode incen-
tivar que elas percorram novamente o es-
paço, observando se há ainda alguma esta-
ção que gostariam de conhecer, algo mais
a experimentar, alguma investigação que
queiram fazer… Passados os cinco minutos,
comente que chegou o momento de or-
ganizarem uma roda para compartilharem
suas impressões sobre a experimentação.
Mas antes, cada criança vai ao lavatório fa-
zer a higiene das mãos.

Já em roda com o grande grupo, convide


as crianças para conversar sobre como foi
a experiência de explorar os alimentos em
suas diferentes formas. Incentive-as a se
manifestar sobre como se sentiram duran-
te a investigação, se havia algum alimento
que chamou sua atenção, que era conheci-
do ou desconhecido por elas... Coloque-se
a partir do que as crianças trazem neste
momento, evitando antecipar suas falas e
respeitando aquelas que não querem fa-
lar neste momento. Estimule-as também a
se manifestar a partir do que observaram
das interações dos outros colegas, se há
algo que os amigos fizeram mas que eles
ainda não tiveram a oportunidade de fa-
zer por estar envolvidos em suas próprias
investigações. A partir disso, vocês podem
pensar em sugestões para uma próxima
oportunidade, assim as crianças podem
não só imitar algo que observaram, mas
também pensar em outras coisas que não
fizeram parte deste momento e podem fa-
zer de um outro. Possibilite que as crianças
que realizaram algum desenho ou escrita,
socializem suas produções, se desejarem.
Finalizada a conversa, convide as crianças
para verem o que precisa ser organizado na
sala para que vocês possam arrumá-la jun-
tos.
Para finalizar:

Transite com as crianças entre os espaços


observando o que está fora do lugar ou
deve ser organizado. Indique uma bacia ou
algum outro espaço em que possam orga-
nizar os utensílios que foram utilizados e
que precisarão ser lavados e converse com
a turma sobre o destino dos alimentos que
sobraram nas mesas: o que será possível
guardar, o que vocês deverão jogar fora, o
porquê disto, dentre outras possibilidades
que surgirem dessa observação. Ofereça
os pratinhos ou potes plásticos para acon-
dicionar o que será guardado. Após a orga-
nização da sala, combine com as crianças
qual será a próxima atividade do dia.

Desdobramentos
Caso a escola disponha do recurso de data
show, aproveite-se dos registros das fotos e
vídeos que foram feitos das crianças inves-
tigando os alimentos e reserve um dia para
projetar essas imagens para a turma, pos-
sibilitando uma nova conversa sobre esta
exploração sensorial em que elas possam
se observar experimentando e trazer novos
elementos a partir de sua memória e desta
observação.

Vocês podem também elaborar uma lis-


ta dos alimentos que estavam disponí-
veis neste dia, o que prepararam com eles,
quais já haviam experimentado, dentre ou-
tros, além de pensar em novos alimentos a
ser inseridos em uma outra oportunidade.

Engajando as famílias
Se a escola se utilizar de meios digitais e
redes sociais para a socialização das expe-
riências, como website/facebook/blog ou
grupos de whatsapp, você pode se utilizar
destes recursos para compartilhar os regis-
tros feitos da exploração pelas crianças.

Vocês podem também elaborar textos para


dividir esta experiência com as famílias,
seja através de um texto coletivo, tendo o
professor como escriba, ou que as próprias
crianças produzam suas narrativas por
meio de escrita espontânea e desenhos,
pois assim podem contar como foi a expe-
riência que vivenciaram com os alimentos
neste dia.
234 Plano de aula: Brincando com persona-
gens

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Selecione previamente livros conhecidos


das crianças, que tenham seus persona-
gens preferidos e os organize em um espa-
ço da sala, de forma que fique confortável
e convidativo. Crie com as crianças espaços
como este para brincar na sala, disponibi-
lizando fantasias e outros objetos que am-
pliem as brincadeiras.

Materiais:

Separe: livros, fantasias disponíveis na insti-


tuição; colchonetes, almofadas ou tatamis,
objetos e materiais que possam compor
cenários para brincadeiras de faz de conta.

Espaços:

A brincadeira poderá ser realizada em es-


paço externo. Leve para este ambiente col-
chonetes, almofadas ou tatamise disponha
os livros que foram selecionados previa-
mente.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 01 hora.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como as crianças acolhem a proposta da


brincadeira e quais critérios usam para a
escolha dos personagens para brincar?

2. De que forma as crianças criam e imi-


tam sons e movimentos dos personagens?
Criam diálogos ou reproduzem os dos per-
sonagens escolhidos? Que narrativas elas
produzem?

3. O grupo cria em conjunto, ou de forma


individual, algum novo personagem e no-
vos enredos? De que forma é possível per-
ceber isso?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Observe se a quantidade
de livros contempla todas as crianças. Esti-
mule as crianças a acolherem umas às ou-
tras durante a brincadeira. Faça mediações
se algumas se interessarem pela mesma
história e não conseguirem resolver sozi-
nhas a questão.

O que fazer durante?

Na sala de atividades, compartilhe com as


crianças em roda, no grande grupo, o pro-
pósito de brincar a partir da escolha de
personagens que estão nas histórias dos
livros. Explique que você preparou um es-
paço para esta brincadeira e as convide
para ir até o ambiente externo.Em seguida,
sente-se com as crianças e converse so-
bre como podem escolher os personagens
para brincar. Assegure-se que as crianças
se apropriaram da proposta. Deixe que elas
manipulem os livros no intuito de lembrar
dos seus personagens favoritos. Enquanto
relembram as histórias dos livros, dialogue
com elas questionando: por que gostou
tanto desse? Como ele é? Observe suas es-
colhas e proponha o início da brincadeira.

Possíveis falas do professor: Que tal termos


um tempo para brincar de ser este perso-
nagem? Como vocês querem organizar a
brincadeira?

Ao perceber que as crianças já encontra-


ram seu personagem favorito, sugira que
formem pequenos grupos para brincar e
compor novas histórias a partir dos per-
sonagens que escolheram. Observe como
elas selecionam os personagens e seus pa-
res e como compartilham e modificam o
uso do espaço durante a brincadeira. Inter-
venha quando necessário, dialogando com
elas para entrarem em consenso sobre al-
guma questão.

Por meio de suas observações, perceba


se as crianças precisam de algum suporte
para a brincadeira e coloque-se à disposi-
ção para brincar com elas. As crianças po-
dem sugerir, por exemplo, que você tam-
bém seja um personagem.

Observe a dinâmica dos grupos: que narra-


tivas emergiram durante as brincadeiras?
Que materiais eles usaram? Como foi o pro-
cesso criativo para imaginar espaços, obje-
tos etc.? Fique atento se reproduziram falas
dos personagens, imitaram seus gestos,
criaram novos movimentos, inventaram no-
vas falas para eles ou criaram personagens
com características parecidas das existen-
tes nos livros que exploraram. Algumas
crianças apresentaram outros interesses?
Este é um momento para documentar por
meio de registros fotográficos e filmagens.

Para finalizar:
Observe o ritmo apresentado pelas crian-
ças e converse com elas sobre o momento
de finalizar. Peça que todos ajudem a orga-
nizar o ambiente. Você pode combinar com
elas o espaço onde os objetos ficarão guar-
dados para uso posterior. Algumas crian-
ças podem encerrar a brincadeira antes do
tempo previsto. Por isso, deixe disponível
alguns fantoches ou jogos de encaixe para
uso livre e sugira que brinquem também
nos cantos temáticos que são fixos na sua
sala. Feche com uma roda, pedindo para as
crianças contarem sobre as brincadeiras e
histórias orais que elas criaram. Faça regis-
tros escritos sobre este momento para pla-
nejar outras situações com as crianças.

Desdobramentos
Esta proposta pode ser realizada diversas
vezes, variando espaços, livros e objetos a
serem utilizados. Converse com as crianças
sobre quais materiais elas desejam acres-
centar na brincadeira. Compartilhe a pro-
posta da criação de um cantinho para brin-
car de personagens na sala, caso ele ainda
não exista, combinando o espaço onde irão
guardar e como vão organizar os materiais
necessários.

Engajando as famílias
Envie um convite para a família explican-
do sobre a proposta da continuidade da
brincadeira de personagens em casa. Cada
criança pode levar consigo um livro de sua
escolha para convidar alguém da família
para brincar de personagem com ela. Pode
ser o pai, a mãe, um primo, irmão, a escolha
é livre. Sugira que as crianças tragam uma
fotografia ou um desenho feito por elas
para socializar com a turma posteriormen-
te. Reserve um espaço para criar um mural
e expor as fotografias e desenhos recebi-
dos.
235 Plano de aula: Toda família tem história

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Para realizar esta atividade, será preciso co-


nhecer e selecionar livros que abordam his-
tórias e costumes de famílias de diferentes
culturas. Os links abaixo trazem sugestões
de livros com essa temática, em relação às
culturas africanas e indígenas. É importan-
te pesquisar outras culturas que estejam
presentes em seu grupo de crianças:

http://portal.aprendiz.uol.com.br/2017/11/17/
5-livros-infantis-sobre-ancestralidade-cul-
tura-e-identidade-negra/

https://lunetas.com.br/10-livros-para-nos-
-aproximarmos-das-culturas-dos-povos-
-indigenas/

Este plano faz parte de uma sequência de


cinco. São eles:

Toda família tem sua história

Histórias das famílias das crianças


Conhecendo tradições das famílias do gru-
po

Familiares contam suas histórias

Concluindo o livro das famílias do grupo

Materiais:

Livros de literatura infantil que retratam


histórias e costumes de famílias de diferen-
tes origens. Blocos e canetas para anota-
ções.

Espaços:

Por se tratar de leitura de histórias, esta ati-


vidade precisa de um local agradável e com
pouco ruído, pode ser a sala de atividades,
a biblioteca, a área verde, o pátio etc.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:


1. As crianças demonstram interesse por
outras culturas? Quais são os questiona-
mentos levantados em relação aos costu-
mes familiares dos colegas?

2. Como as crianças expressam suas ideias?


Que relações fazem sobre a cultura da sua
família com a da família retratada na histó-
ria?

3. Qual é a reação das crianças ao ouvir so-


bre culturas diferentes do seu cotidiano? O
que demonstram sobre essas diferenças?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
às necessidades e às diferenças de cada
criança ou do grupo.

Para garantir a participação de todos, es-


teja atento aos desdobramentos da leitura,
de modo a oportunizar expressões espon-
tâneas das crianças. Incentive que os pe-
quenos manifestem opiniões, respeitando
e valorizando a história de cada um.

O que fazer durante?

Na roda, no grande grupo, convide as crian-


ças para falar sobre suas próprias famílias,
para contar sobre sua origem, seus hábitos
e costumes. Questione se conhecem a his-
tória da família, se notam diferenças entre
a sua família e a de outras crianças do con-
vívio.

A partir dessa conversa, mostre dois ou três


livros e diga que precisa de ajuda para es-
colher um deles. Conte que ele as ajudará
a conhecer mais sobre a cultura de outras
famílias.
Mostre a capa, leia o título, fale o nome do
autor, instigue-as a antecipar sobre o que
trata a história.

Decidam sobre a forma de escolha da his-


tória: cada criança poderá indicar a sua
vontade e a maioria vence, elas podem se
organizar em pequenos grupos para eleger
um livro, sortear uma criança para indicar o
livro, ou outra forma de escolha.

Diga que neste momento vocês farão a lei-


tura de apenas um dos livros, mas que os
outros ficarão disponíveis no cantinho de
leitura da sala, para que possam ser lidos
em outros momentos.

Após as crianças estarem sentadas de for-


ma confortável, leia a história, aguçando a
curiosidade delas quanto aos aspectos cul-
turais da família apresentada no livro: ori-
gens, costumes, culinária, festas, traços físi-
cos, entre outras particularidades tratadas
na história.
3

Proponha no grande grupo, umaconversa


sobre a cultura da família que conheceram
por meio da história que acabaram de ou-
vir, abordando se alguém tem algo pareci-
do em suas famílias, na forma de se vestir,
de se alimentar ou de tradições como fes-
tas, datas especiais etc.

Instigue-os a falar sobre suas próprias ori-


gens e a recordar das histórias contadas
pelos pais e/ou avós sobre as famílias. In-
centive todas as crianças a falar, mas res-
peite aquelas que não quiserem.

Proponha uma investigação sobre as famí-


lias, em que cada criança possa conhecer
mais sobre sua própria origem e sobre seus
antepassados. A partir disso, vocês vão re-
gistrar as histórias das famílias do grupo
em um livro da turma, da mesma forma
que foi feita no livro que conheceram hoje.
Nesse diálogo, promova um levantamento
de fatos e curiosidades que desejam saber
sobre as próprias famílias e sobre as dos
colegas, como por exemplo: a localidade
onde os familiares nasceram e vivem, suas
origens, seus costumes, brincadeiras da in-
fância, culinária, histórias, festas que parti-
cipam etc.

Registre em um bloco de anotações o que


as crianças vão trazendo de interesses a
respeito das famílias para planejarem jun-
tos a produção do livro.

Dentre os temas presentes na lista, pro-


ponha que as crianças contem algumas
coisas que já sabem sobre suas famílias e
conversem sobre como podem obter mais
informações para a escrita desse livro. Pro-
vavelmente vão dizer que precisam conver-
sar com os pais, os tios e os avós. Indique
também que elas podem trazer registros
sobre a origem de cada família, por exem-
plo: relatos orais e escritos das famílias, vi-
deos, fotos etc. Alguns familiares podem vir
à escola para conversar sobre suas origens
ou ensinar algo às crianças como uma brin-
cadeira, uma música ou receita de sua cul-
tura etc.
Combine com os pequenos a elaboração
de um bilhete para informar às famílias so-
bre a investigação que farão, propiciando o
envolvimento de todos.

Para finalizar:

Converse com as crianças sobre o tipo de li-


vro que podem elaborar, livro físico ou livro
digital, abordando suas preferências e os
recursos necessários para essa realização.
Solicite que contribuam com a organização
da sala para a próxima atividade.

Desdobramentos
Disponibilize, em um momento de livre es-
colha, outros livros que trazem o tema para
que as crianças possam folheá-lo e assim
explorar suas ilustrações e texto. Apresente
também outros materiais, como pequenos
vídeos, trechos de documentários ou músi-
cas que abordem diferentes culturas, pos-
sibilitando a ampliação dos conhecimentos
dos pequenos e o enriquecimento do re-
pertório deles, promovendo o respeito à di-
versidade cultural.
Engajando as famílias
A participação da família será essencial
para a investigação das crianças e para a
elaboração do livro do grupo. Envie aos
familiares um bilhete, elaborado com as
crianças, avisando sobre o livro que come-
çarão a confeccionar e como eles podem
contribuir com essa produção, enviando
relatos, fontes de pesquisa, objetos etc. Um
cartaz na porta da sala, chamando a aten-
ção para a investigação que estão reali-
zando, dando informações sobre o que foi
desenvolvido no dia, pode contribuir para
maior participação das famílias.
236 Plano de aula: Banho nas bonecas

O que fazer antes?


Materiais:

Bonecas, garrafas plásticas para que as


crianças possam encher com água das tor-
neiras, bacias grandes e pequenas, banhei-
ras de brinquedo, sabonete, xampu, toalhas
pequenas ou panos.

Espaços:

Realize a atividade preferencialmente na


área externa, devido à utilização de água.
A proposta se inicia em uma roda com o
grande grupo e posteriormente, as crianças
se organizam em pares, trios ou pequenos
grupos para dar banho nas bonecas. Orga-
nize o material previamente, de forma que
elas possam ter os espaços para brincar de-
limitados, assim, todos podem brincar ao
mesmo tempo.

Tempo sugerido:

Aproximadamente uma hora, levando em


conta o tempo de organização da brinca-
deira, do banho das bonecas e de uma pos-
terior socialização da experiência em gru-
po.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como as crianças interagem ao comparti-


lhar os cuidados com a boneca? Elas se or-
ganizam para dividir as tarefas ou há con-
flitos referentes ao compartilhamento dos
materiais?

2. Quais atitudes, valores e práticas de cui-


dados as crianças demonstram com as bo-
necas e na conversa sobre esta experiên-
cia?

3. Quais são as formas de interação com os


brinquedos e quais os interesses manifes-
tados durante a brincadeira? As crianças
observam e imitam umas às outras nas in-
terações?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir
que uma criança ou o grupo participe e
aprenda. Reflita e proponha apoios para
atender às necessidades e às diferenças
de cada criança ou do grupo. Organize o
espaço de forma que todos possam parti-
cipar, valorizando as diferentes ações das
crianças, dando o banho, organizando o
espaço ou os materiais etc. Convide todos
para participar, mas respeite aqueles que
não quiserem se envolver na situação, per-
guntando como gostariam de participar da
brincadeira nesse momento. Pode ocorrer,
por exemplo, que a criança não queira dar
banho em uma boneca, mas aproveitar-se
desta experiência com a água de alguma
outra forma, como lavar algum outro brin-
quedo da sala ou experimentar outras pos-
sibilidades de exploração.

O que fazer durante?


1

Reúna as crianças no grande grupo e conte


a elas que você descobriu um problema e
que precisa da ajuda delas para resolvê-lo!
Conte que você foi organizar os brinque-
dos e que se deparou com um boneca que
estava muito suja. Mostre a boneca para as
crianças, e entregue na mão de uma delas
dizendo para que possam ir passando para
ver como ela está. Comente que quando
olhou as demais bonecas, todas estavam
assim. Escute e observe as reações e falas
das crianças e interaja a partir delas, valo-
rizando ideias e opiniões, garantindo que
possam se comunicar e conversar a partir
do que estão trazendo.
Possíveis falas do professor neste momen-
to: Vejam só crianças! As bonecas ficaram
sujas depois de brincarmos com elas… E
agora? O que podemos fazer?

Caso a proposta de dar um banho nas bo-


necas apareça, conte que você teve a mes-
ma ideia! Caso não apareça, pergunte às
crianças o que acham que poderia ser feito
para limpar as bonecas.

Organizem juntos os materiais que serão


utilizados na brincadeira. Como vocês irão
utilizar água, convide as crianças para dar o
banho em alguma área externa da escola,
onde possam brincar sem preocupações.
Possibilite uma quantidade de bacias ou
banheiras para que as crianças possam se
organizar em pequenos grupos. Providen-
cie bonecas suficientes para que a turma
possa trabalhar em grupos, ou seja, não
será necessário uma por criança.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Do que iremos precisar para dar banho
nas nossas bonecas? O que nós costuma-
mos usar para tomar banho? Vocês perce-
beram que não temos uma boneca para
cada um? Como podemos fazer para que
todos possam participar da brincadeira?

Observe atentamente o que as crianças fa-


zem: gestos, expressões e iniciativas de in-
teração. Apoie suas ações e procure reagir
sempre a partir das ações delas, evitando
ao máximo se antecipar dirigir as iniciati-
vas.Todos precisam ter a chance de se rela-
cionar com os amigos, de observar, imitar
e se divertir. Aproveite o momento para re-
gistrar por escrito, por meio de fotos ou de
vídeos as explorações e interações que es-
tão acontecendo.

Depois de um tempo que as crianças estão


brincando entre si, você pode se oferecer
para brincar junto com elas. Nesse contex-
to, busque atuar a partir dos personagens
que elas lhe determinam e aproveite para
realizar ações que possam contribuir com a
ampliação do seu repertório na brincadei-
ra e também com as possibilidades de co-
nexões entre suas iniciativas. Por exemplo,
finja que você, acidentalmente, deixou cair
xampu nos olhos da boneca e peça a aju-
da de alguma criança próxima para limpar,
comentando que esse é um cuidado que
sempre devemos ter na hora do banho.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Meu bebê está chorando porque der-
rubei xampu nos olhos dele! Você poderia
me ajudar a enxaguar? Por favor coloque
um pouquinho de água e vamos secar com
uma toalhinha. Já aconteceu com você de
cair xampu nos seus olhos?

Quando estiver chegando próximo do mo-


mento de finalizar a atividade ou, ao ob-
servar que as bonecas já estão quase todas
limpas, fale para as crianças que em cinco
minutos vocês irão começar a guardar os
brinquedos e anuncie o que virá a seguir.
Diga novamente em três minutos. Passa-
dos o tempo, comente que chegou o mo-
mento de todos organizarem os materiais
no lugar indicado por você. Vocês podem
encontrar um local ao sol em que podem
deixar os materiais molhados para secar.
Cante uma canção que marque com o gru-
po os momentos de arrumação. Uma su-
gestão é Nós vamos guardar, de Fabiana
Goddoy. Valorize e encoraje a iniciativas das
crianças.

Para finalizar:

Retorne à sala com as crianças e convi-


de-as para uma nova roda. Dialogue com
elas sobre se gostaram ou não desta ex-
periência. Escute e deixe que elas conver-
sem. Busque sempre falar a partir do que
as crianças trazem, valorizando ideias e
apoiando para que o grupo interaja a partir
de uma conversa coletiva.

Desdobramentos
A partir da realização desta atividade, é
possível se aproveitar da experiência para
envolver a turma em uma nova conversa
sobre o cuidado com os brinquedos que
vocês utilizam. Vocês podem, por exemplo,
realizar uma busca pelos brinquedos que
estão necessitando de um cuidado maior,
vivenciando outra proposta em que haja a
ampliação dos objetos que serão lavados
pelas crianças.

Caso em sua escola esteja previsto um ho-


rário de banho para as crianças, possibilite
um outro momento de conversa, instigan-
do-as a refletir sobre esse momento, como
é realizado atualmente e quais mudanças
elas sugerem para ele. Uma sugestão, caso
não surja, é a de que os materiais de higie-
ne pessoal estejam sempre dispostos em
uma altura que permita a manipulação pe-
las crianças com autonomia, sem a neces-
sidade do adulto para trazer as roupas ou o
sabonete que será utilizado.

Engajando as famílias
Durante a brincadeira, é interessante fazer
registros com fotos, sendo assim possível
compartilhar a experiência com as famílias.
Se em sua escola houver a possibilidade
de colocá-las em um mural, aproveite-se
dessa ferramenta, para que os pais possam
inteirar-se da brincadeira. Caso não seja
possível, elabore com as crianças um texto
coletivo sobre a experiência que vivencia-
ram. Outra sugestão é ampliar o repertório
das famílias, socializando algum texto in-
formativo sobre a construção da autono-
mia das crianças também no momento do
banho, como este aqui: http://www.crian-
saude.com.br/uncategorized/tema-autono-
mia-na-infancia/
237 Plano de aula: Quanto tempo o tempo
tem?

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Este plano faz parte de uma sequências de


cinco. Preveja para esta atividade um con-
texto que considere a temática do tempo
como ideia central. Você pode considerar,
por exemplo, o poema O relógio, de Viní-
cius de Moraes, a música Vovô, da Palavra
Cantada, a parlenda Tempo, ou o livro O
Tempo, de Ivo Minkovicius, publicado pela
Editora Cultura.

Este plano faz parte de uma sequência de


cinco. São eles:

Quanto tempo o tempo tem?

Como o tempo pode ser medido?

Marcas do tempo

Planejando o tempo

Conhecendo outras formas de medidas


Materiais:

Organize o portador textual para o encade-


amento da atividade. Caso tenha feito a es-
colha de um poema ou música, organize a
escrita do texto em um cartaz, consideran-
do um tamanho em que seja possível ao
grupo estabelecer o contato visual com a
leitura que irá fazer. Você vai precisar tam-
bém de papel e caneta para tomar notas
de falas e expressões diversas das crianças.

Espaços:

Planeje que a atividade acontecerá com o


grande grupo reunido em roda, em um lu-
gar confortável, para a escuta e a conver-
sa sobre o texto. Você pode considerar a
disposição de cangas, almofadas ou puffs,
como forma de oferecer ao ambiente ca-
racterísticas mais aconchegantes e convi-
dativas à escuta da história.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 30 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:

1. Quais relações as crianças fizeram ao en-


trar em contato com o texto? Fizeram com-
parações com o cotidiano? Citaram instru-
mentos e formas de medição do tempo,
como ponte ao que foi lido?

2. Que hipóteses levantaram em relação


aos questionamentos das formas subjeti-
vas de vivenciar o tempo? Quais foram os
questionamentos?

3. Como o grupo se posicionou frente a


pontos e contrapontos que permearam o
diálogo?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
às necessidades e às diferenças de cada
criança ou do grupo. É importante conside-
rar que as crianças pequenas ainda estão
construindo formas de comunicação em
que consideram o ouvinte e o falante. Sen-
do assim, atente-se paraacolher as diversas
formas de participação do grupo, sejam
elas orais e não orais. Dessa forma, observe
olhares, gestos e expressões corporais que
emergem do grupo, ao se relacionar com o
texto de diálogos do contexto. Atue de for-
ma que as crianças que preferem não se
expressar de forma verbal estejam sendo
consideradas por você e pela turma.

O que fazer durante?

Convide as crianças para se acomodarem


no espaço que preparou. Conte que hoje
você trouxe uma história para que conhe-
çam e depois conversem sobre ela. Inicie
contando o título e a autoria do texto, com
o intuito de já estabelecer pensamentos
que convidam à investigação e tragam
uma reflexão sobre o título da história,
Tempo. Sonde junto a elas, por meio de
boas perguntas, as primeiras impressões
quanto à palavra. Estimule a conversa de
tal forma que todas sintam vontade de par-
ticipar. Considere as diversas expressões
das crianças, colha-as e relance-as ao gru-
po para ampliar e fortalecer as primeiras
teorias que aparecerem. Caso tenha op-
tado por um poema, uma música ou uma
parlenda, considere o diálogo pela ideia de
tempo presente em todos os textos.

Possíveis falas das crianças neste momen-


to: Minha mãe sempre fala, eu não tenho
tempo menina! Vamos, senão não vai dar
tempo. Nesse caso, você pode acolher as
falas das crianças e formular questões ao
grupo, para que ampliem hipóteses. Consi-
dere questionamentos, tais como, quando
sua mãe fala que não tem tempo, o que ela
está fazendo? O que você está querendo
fazer, quando ela fala que não dá, por que
não tem tempo? Vocês já ficaram sem tem-
po? Como a gente fica sem tempo?
2

Após a conversa, leia a história ou o texto


que escolheu. Atente-se para o fato de que,
como você representa um modelo leitor
para as crianças, é necessário que sua leitu-
ra seja apresentada com foco na forma de
linguagem que o texto sugere. Sendo as-
sim, considere pausas, ritmos e entonações
presentes na obra.

Ao concluir a leitura, promova um novo di-


álogo, investigando junto às crianças, que
novos pensamentos a narrativa oportuni-
zou sobre o tempo. Nesse momento, consi-
dere que os diálogos infantis ultrapassam
a expressão verbal e que os pequenos pos-
suem múltiplas formas de expressar suas
impressões, dessa forma, considere acolhê-
-las, revelando ao grupo que as diferentes
expressões são ouvidas, consideradas e in-
terpretadas, fazendo assim, parte do diálo-
go proposto.

Possíveis ações do professor neste momen-


to: Ao observar que uma criança olhou e
apontou para o pulso, como se estivesse
olhando para um relógio, você pode di-
zer: Você olhou para seu pulso e apontou
o dedo indicador! Alguém sabe me dizer o
que esse movimento nos diz? O que a pes-
soa busca ao olhar para o pulso? Existe algo
ou objeto que podemos colocar em nosso
pulso que nos fale sobre tempo?
Considere anotar hipóteses e teorias ini-
ciais que as crianças revelam sobre o tem-
po, a fim de aprofundar as investigações
do grupo e de pautar seu próximo planeja-
mento a partir de escutas e interpretações
que seus registros proporcionam.

Retorne ao texto do livro, trazendo para o


contexto que o autor sugere que nossas
histórias e lembranças contam o tempo
dentro da gente. Busque junto ao grupo,
o que pensam e emprestam ao contexto
sobre lembranças e passagem do tempo
vivido. Considere perguntas que convidem
ao retorno de lembranças, podendo con-
textualizar a fase em que as crianças eram
bebês, por exemplo.
Possíveis falas do professor neste momen-
to: Pessoal, o autor nos convida a pensar
sobre sentirmos o tempo dentro da gen-
te. Ele faz isso dizendo que as lembranças
contam o tempo. O que vocês acham dis-
so? Do que se lembram de quando eram
bebês? Que roupas vestiam? Do que brin-
cavam? Isso faz muito tempo? E ontem?
Vocês se lembram de algo sobre ontem?
Como medimos esse tempo que passou?
Quais instrumentos usamos?
Para finalizar:

Ao observar que as hipóteses do diálogo


se esgotaram, considere ainda levantar os
sentimentos do tempo vivido, perguntando
se o tempo de conversa sobre a história foi
rápido ou lento e por que. Após a conver-
sa, diga que vocês investigarão mais sobre
o tempo ao longo de novas atividades da
semana e convide o grupo para vivenciar a
próxima atividade do dia.

Desdobramentos
As crianças pequenas estão construindo
noções de tempo e formas de percebê-las
ao longo do cotidiano. Com o intuito de
ampliar e de fortalecer essas construções,
você pode propor ao grupo e seus fami-
liares a confecção da linha do tempo da
vida até o momento atual de cada criança.
Nesse suporte, poderão ser acolhidos os
momentos de vida e as marcas temporais
significativas vivenciadas, tais como, nas-
cimento, aspectos físicos de cada marca,
primeiro aniversário, entrada na escola,
primeiro corte de cabelo e outros momen-
tos marcantes que cada família considera,
revelando as mudanças, marcas afetivas e
histórias que ocorrem ao longo do tempo.
Você pode ainda, propor ao grupo manei-
ras de marcar o tempo, a partir de instru-
mentos, tais como, calendário, cronômetro,
relógio, ampulheta, agenda, entre outros.

Engajando as famílias
Escreva um comunicado contando às famí-
lias que vocês iniciaram uma investigação
sobre formas de medir o tempo. Peça que
enviem objetos e curiosidades que ajudem
nas investigações sobre a temática.
238 Plano de aula: Exploração do álbum
dos bebês

O que fazer antes?

Contextos prévios:

Além das fotografias, pequenos objetos,


textos e figuras que já compõem o álbum.
Utilize tinta relevo 3D, comercial ou caseira,
para contornar as fotografias por cima dos
envelopes plásticos, deixando-as perceptí-
veis ao toque. Acrescente alguns sachês de
voal ou tule contendo ervas aromáticas ou
algodão com gotas de óleos essenciais, que
promovem aconchego através do olfato.

Este plano faz parte de uma sequência de


cinco. São eles:

Preparação do álbum dos bebês

Investigação das fotos do álbum dos bebês

Produção do álbum dos bebês

Finalização do álbum dos bebês


Exploração do álbum dos bebês

Materiais:

O álbum dos bebês, aparelho sonoro (rádio,


notebook ou celular), cantigas de roda (cd,
pen drive ou arquivo de computador), car-
tazes com os relatos das atividades produ-
zidos nos planos 2, 3 e 4, tapete confortável
e almofadas.

Espaços:

Defina um local da área externa da creche:


solário, varanda, pátio, parque, praça ou
jardim. Organize-o com o tapete, as almo-
fadas e o álbum do grupo, de modo que
todos os bebês possam fazer suas explora-
ções. Fixe os cartazes de relatos das ativi-
dades anteriores em uma altura que com-
preenda o campo visual dos bebês. Prepare
o aparelho sonoro com as cantigas.

Tempo sugerido:

Entre 40 e 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:


1. Como os bebês interagem com o am-
biente diferente da sala de referência?
Quais descobertas eles fazem?

2. Quais as reações dos bebês ao explora-


rem os elementos presentes no álbum?

3. De que forma os bebês se comunicam


na proposta? Como acontece a interação
com os outros bebês e com o professor?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para aten-
der as necessidades e diferenças de cada
criança ou do grupo. Garanta que todos os
bebês possam reconhecer as imagens por
meio do toque e da descrição das fotos em
momentos de exploração do material.

O que fazer durante?


1

Nessa proposta é necessário mais de um


professor na turma para garantir que todos
os bebês disponham de apoio no desloca-
mento. Em sala, apresente a atividade para
todo o grupo, explicitando onde aconte-
cerá e quais materiais estarão disponíveis.
Provoque o interesse neles em descobrir se
há novidades no álbum e, somente então,
convide-os a se dirigirem até a área externa
preparada para a atividade.

No espaço da atividade, aguarde um tem-


po para que os bebês possam se familia-
rizar com o ambiente e fazer explorações
espontâneas dos materiais (tapete, almo-
fadas, aparelho sonoro, cartazes e álbum).
Observe as iniciativas de interação com
os colegas e as descobertas em relação
à proposta. Desperte a curiosidade pelos
cartazes e, em seguida, leia alguns dos co-
mentários feitos pelos professores e pelas
famílias. Veja com atenção como eles se ex-
pressam perante a leitura.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Pessoal, olhem os cartazes que ficaram
na parede lateral da sala. O que será que
está escrito? Vamos descobrir?

Possíveis ações da criança neste momento:


Os bebês podem se alegrar com a novida-
de, demonstrando interesse em explorar os
cartazes. Eles podem fazer caretas, sorrir e
balbuciar, a fim de comunicar seus desejos
ou descobertas.

Ligue o aparelho sonoro e perceba quais


são as ações e reações dos bebês median-
te a escuta das cantigas de roda. Uma su-
gestão é a canção “Cantigas de roda”, do
grupo Palavra Cantada. Deixe que a turma
permaneça livre na exploração e aprecia-
ção dos elementos que compõe o ambien-
te (tapete, almofadas, cantigas, cartazes e
álbum). Organize-os em duplas e convide
uma de cada vez para explorar o álbum em
sua configuração completa.

Evidencie o relevo nas fotografias, poten-


cializando a identificação das imagens.
Dialogue sobre os pequenos objetos e os
comentários das fotos, oportunizando mo-
mentos de comunicação. Destaque a novi-
dade dos sachês de cheiros, promovendo a
sensibilização de sensações. Se a dupla de-
monstrar interesse, leia a história e cante a
cantiga presente no álbum. Esteja atento e
seja flexível para continuar ou interromper
a exploração do álbum com cada dupla,
enquanto o restante do grupo continua
com suas iniciativas de exploração e inte-
ração. Perceba quais são as ações, gestos
e expressões dos bebês nessa proposta, na
qual diversos sentidos são contemplados.

Para finalizar:
Preceda o término da atividade utilizando
a mesma música cantada ou o som de al-
gum instrumento que marque a transição
de momentos. Permita que a turma fique
livre em suas iniciativas de exploração e
viabilize outra atividade ao bebê que, por-
ventura, se interesse por outra proposta,
respeitando suas necessidades. Anuncie
que em breve retornarão para sala e, de
acordo com o que os bebês demonstrarem,
aguarde ou inicie o deslocamento entre os
espaços.

Desdobramentos
Considerando a finalização do álbum, o
professor pode fazer um convite às outras
turmas, aos funcionários e à todas as famí-
lias que integram a comunidade da creche
para apreciarem a atividade desenvolvida
através da visitação do espaço de explora-
ção do álbum.

Engajando as famílias
Mantenha o espaço da atividade de explo-
ração do álbum organizado por uma sema-
na e convide as famílias para apreciarem a
proposta desenvolvida. Depois, encaminhe
o álbum ao lar de cada um dos bebês para
que eles possam contemplá-lo junto às fa-
mílias.
239: Plano de aula: Dançando em dose du-
pla

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Para esta atividade, busque a participação


das famílias. Para isso, envie um bilhete so-
licitando que colaborem com a proposta,
enviando imagens ou fotos em contextos
que estejam dançando. Veja sugestão de
bilhete aqui.Faça parceria com um adulto
da escola ou da família para filmar a ativi-
dade e alinhe com ele os aspectos impor-
tantes a serem registrados.

Materiais:

Rádios ou outro projetor de som.

Músicas adequadas ao repertório infantil.

Imagens ou fotos de pessoas ou familiares


das crianças dançando.

Mala ou caixa com adereços diversos.

Espelho.
Câmera para registrar a realização da ativi-
dade (se for possível, use seu próprio celu-
lar).

Espaços:

Esta atividade pode ser realizada no espa-


ço da sala de aula. É importante que o am-
biente seja preparado previamente e que
a proposta seja feita perto do horário de
saída das crianças. Realize a atividade em
uma área próxima a um local com espe-
lhos grandes (preferencialmente) e fixados
na horizontal. Utilize as imagens e fotos na
composição do ambiente. Uma dica é fazer
uso de varal, móbiles, dentre outros. Lem-
bre-se de priorizar a locomoção das crian-
ças de modo seguro.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Os bebês demonstram percepção de


seus movimentos ao se verem no espelho e
ao vivenciar diferentes ritmos?

2. De que forma as crianças demonstram


explorar suas condições motoras durante a
proposta? Elas se arriscam em novos mo-
vimentos, movimentam o corpo de forma
global ou partes dele?

3. Os bebês dão indícios de que estão am-


pliando seus movimentos por meio da imi-
tação de adultos e crianças? Como tentam
reproduzir esses movimentos: seguem a
interação temporal ou fazem uso das ima-
gem e de fotos disponíveis?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
às necessidades e às diferenças de cada
criança ou do grupo. Nesse contexto, cui-
de para que os bebês muito pequenos e
que não sentam com autonomia tenham
o apoio necessário e estejam dispostos em
locais próximos ao grande grupo. Garanta
um espaço seguro para aqueles que sen-
tam com autonomia e um espaço de mobi-
lidade para aqueles que engatinham e an-
dam, com ou sem autonomia.

O que fazer durante?

No momento que antecede a saída dos be-


bês, conte que a turma receberá a visita de
alguns adultos que irão dançar e brincar
com eles. Coloque uma música ambien-
te e receba os visitantes para participarem
dessa proposta com os bebês. Deixe que
o grupo todo e seus familiares explorem o
ambiente. Incentive a participação de to-
dos, mas antecipe algumas situações que
possam atender a outros interesses dos be-
bês. Dessa forma, eles terão seus tempos e
espaços respeitados. Como sugestão, deixe
disponível para as crianças alguns mate-
riais preferidos delas.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Hoje nossa sala está diferente. Olhem
nossa sala, que linda! Vamos dançar jun-
tos? Vem dançar com a gente!

Concluído o momento de entrada, troque a


música ambiente por canções mais anima-
das e que contemplem alguns indicadores
de movimento como “Cabeça, ombro, joe-
lho e pé”, “Pop, pop” e “Chinês”. A seleção
irá favorecer, quase espontaneamente, a
participação dos adultos presentes, e, as-
sim, irá potencializar a participação dos be-
bês. Fique atento para que os bebês, cujos
familiares não puderem estar presentes,
possam participar da mesma forma que os
demais. Se necessário, pegue as que ainda
não sentam ou andam para que sintam os
movimentos das danças. Acompanhe elas
na composição dos gestos. Convide a to-
dos para dançarem e dê liberdade para que
dancem seguindo seus próprios ritmos.
3

Enquanto todos dançam, observe os be-


bês que mostrarem-se mais interessados e
curiosos com o espelho. Participe com eles,
seja individualmente ou em pequenos gru-
pos. Valide suas ações e os faça notar que
os movimentos e as interações que esta-
belecem na dança também são refletidos
nos espelhos. Dê aos bebês diversas possi-
bilidades de se olharem frente às diferen-
tes perspectivas refletidas nos espelhos.
Comunique para as demais crianças a ação
de uma delas quando se olha. A ideia é que
os bebês se percebam e tenham visão mais
ampla dos colegas e dos adultos ali presen-
tes, favorecendo os jogos de imitação.

Surpreenda os presentes. Pause a música e


dê umas batidinhas ritmadas, apresentan-
do a caixa com os adereços para as crian-
ças e os adultos. Observe as crianças que
demonstram interesse, deixe que escolham
e peguem os objetos que desejarem. Aten-
da também às crianças que não possuem
autonomia para chegar até os objetos e as
auxilie, observando suas preferências. Li-
gue o som, desta vez com músicas menos
direcionadas para as partes do corpo, e dei-
xe todos à vontade para explorarem os ob-
jetos que estão na mala.

Possíveis ações da criança neste momen-


to: um bebê inclina seu corpo para frente,
buscando pegar um dos objetos, e pega o
chapéu disponível. Em seguida, movimen-
ta o objeto em direção a cabeça, cobrindo
o rosto. Ele para por um momento, volta a
movimentar novamente, agora encaixando
o chapéu em sua própria cabeça. Balbucia,
buscando chamar a atenção de outro bebê,
que vem ao seu encontro. Ele retira o cha-
péu da cabeça e coloca na do colega, am-
bos se olham no espelho da sala e sorriem
com a situação.
5

Para finalizar, coloque músicas mais tran-


quilas e calmas, como a “Ciranda da Baila-
rina”, “Gatinha manhosa” e “Lindo lago do
amor”, de Adriana Partimpim. As músicas
devem convidar a dançarem em um ritmo
mais lento e instrospectivo. Assim, todos
irão diminuir o ritmo naturalmente. Sinalize
que essa brincadeira está terminando, co-
municando aos bebês a próxima atividade,
que, preferencialmente, deve ser realizada
na área externa.

Para finalizar:Compartilhe com os bebês


que a atividade está se aproximando do
fim e convideas crianças para guardarem
os adereços dentro de um cesto. Comuni-
que que os objetos ficarão disponíveis jun-
to com os demais objetos de manipulação.
Conte com a ajuda dos adultos presentes e
solicite que, se possível, auxiliem na orga-
nização dos mobiliários. Essa organização
é importante para que sejam viabilizadas
condições de definição do espaço que não
comprometam os encaminhamentos das
atividades cotidianas. Contudo, deixe por
mais alguns dias os móbiles e outros ma-
teriais que não interfiram na rotina, e que
remetam à proposta realizada. O objetivo é
que a interação possa ser repetida ao longo
dos dias, uma vez que, agora, estes mate-
riais estão carregados de significado para
os bebês. Por fim, agradeça a participação
de todos e se despeça dos bebês e de seus
familiares.
Desdobramentos
Filme a atividade e projete a vivência re-
alizada em local com espaço adequado
para mobilidade, onde seja possível que as
crianças, ao assistirem a si mesmas, sintam
motivação para dançar ainda mais. Para
este momento, disponibilize os adereços e
convide outras turmas da escola para par-
ticiparem, ampliando as possibilidades de
interação e, consequentemente, situações
de aprendizagens dos bebês.

Engajando as famílias
Envie um convite antecipado às famílias,
para que aqueles que desejarem possam
participar dessa atividade. Explique que a
proposta será realizada no final do período,
viabilizando a participação de todos. Deixe
claro que, na oportunidade, eles dançarão
em dose dupla com as crianças. Dessa for-
ma, serão estreitados os vínculos estáveis
que geram segurança e proporcionam a
ampliação de experiências que contribuem
para o desenvolvimento e aprendizagem.
Clique aqui e veja sugestão de convite.
240 Plano de aula: Dança do barulho

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Para realizar esta atividade você precisa


antecipar e/ou confeccionar os objetos so-
noros a serem utilizados, como latas, potes,
tocos de madeira, pandeiros, chocalhos de
madeira, de plástico e de metal, cascas de
cocos, fundos de garrafas pets, molho de
chaves, pau de chuva, cabaças, guizos, pan-
deiros, tambores, tréculas, chincalhos, re-
que-reque, tan-tans, maracas. Pesquise na
internet bons tutoriais para confeccioná-
-los, de acordo com os materiais que tiver
disponíveis em sua escola.

Materiais:

Objetos sonoros diversos de madeira, metal


e plástico.

Espaços:

Priorize realizar esta atividade em ambien-


te externo, dessa forma, o som não ficará
concentrado em um único ambiente, mi-
nimizando o impacto dos ruídos emitidos
pela exploração dos objetos. Distribua os
objetos em cestos espalhados pelo am-
biente e tente agrupá-los por característi-
cas similares. Nesse contexto, todos os ob-
jetos de metais ficam em um organizador,
em outro ficam os de madeira e, num ter-
ceiro, os objetos de plástico.Essa organiza-
ção auxilia a percepção das crianças quan-
to a diferenças e semelhanças dos objetos
disponíveis e visa potencializar o interesse
pela exploração dos mesmos, ao percebe-
rem que cada um destes instrumentos têm
especificidades distintas quanto ao som,
peso, textura, temperatura, cor, tamanho
dentre outras características.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como cada bebê reage a esta proposta:


tem interesse em trocar os objetos, perma-
necem com o mesmo durante toda ativida-
de ou ainda manuseia mais que um objeto
por vez? Quais objetos mais provocam inte-
rações?

2. Ao explorar os objetos, você observa que


o bebê teve percepção de que seus movi-
mentos têm ações diretas nos sons emiti-
dos? Como?

3. Ao brincar com os objetos sonoros o


bebê demonstra realizar movimentos de
danças a partir da emissão sonora ou pare-
ce dançar para criar sons? As crianças imi-
tam umas as outras?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
às necessidades e às diferenças de cada
criança ou do grupo. Assegure que todas
as crianças tenham condições de parti-
cipar. Nesse contexto, cuide para que os
bebês muito pequenos e que não sentam
com autonomia tenham o apoio necessá-
rio e estejam dispostos em locais próximos
ao grande grupo e aos objetos. Garanta um
espaço seguro para aqueles que sentam
com autonomia e outro de mobilidade para
aqueles que engatinham ou andam, com
ou sem autonomia.

O que fazer durante?

Comece escolhendo um dos objetos so-


noros, coloque-o em uma caixinha e faça
uma surpresa para as crianças. Movimen-
te-a para chamar a atenção dos pequenos.
Ao perceber que os bebês estão atentos
a você, abra a caixinha e mostre o obje-
to, manuseando-o de forma a emitir sons.
Na sequência cante uma música familiar
ao grupo, tentando marcar o ritmo, fazen-
do uso desse objeto. Compartilhe com os
bebês que você preparou um lugar com
muitos desses e que eles irão até lá brincar.
Incentivea participação de todos. Esteja
atento aos interesses e ritmos dos bebês,
auxiliando-os nos grupos, mas também em
manifestações individuais, garantindo que
cada um tenha seu tempo e espaço respei-
tados. Deixe de fácil acesso um cesto com
objetos preferidos das crianças, para que
façam uso quando desejarem.

Ao chegar no local da atividade, deixe que


as crianças que engatinham, andam com
apoio ou marcham com autonomia ex-
plorem o espaço e os cestos, a fim de que
descubram suas preferências, escolhendo
o tempo de permanência de acordo com
os próprios interesses. Favoreça a explora-
ção das crianças que necessitam de auxílio
para se aproximar dos cestos ou mesmo
para tocar, segurar, explorar os objetos so-
noros. Nessa etapa é importante que haja
mais de um professor (ou adulto respon-
sável), de modo que todas as crianças te-
nham apoio necessário durante a explora-
ção nos pequenos grupos.
3 Agora que os bebês estão mais familia-
rizados com os objetos, observe-os aten-
tamente , verificando os que estão pro-
duzindo os sons com o próprio corpo em
interação com objetos do ambientee con-
vide os demais para fazer o mesmo. Neste
momento a brincadeira vai estar bem di-
vertida, e, provavelmente a atenção do gru-
po deve estar nas surpresas dos resultados
de cada movimento. Continue observando
e veja que alguns bebês estão arriscando
novos movimentos, convide-os a dançar!
Imite-os, valorizando suas ações, e convide
as crianças para dançar e peça que obser-
vem como a ação delas interfere direta-
mente no som e nos ritmos experimenta-
dos.

Possíveis ações das crianças neste mo-


mento: Um bebê sentado, balança os bra-
ços agita o chocalho com força, olha para o
professor e sorri.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Olha! O amigo está sacudindo os braços
vamos ouvir que barulho isso faz? E se eu
chacoalhar os meus bem rapidinho? Como
podemos fazer? Vamos todos balançar
bem rápido! Agora bem devagar.

Cante canções conhecidas pelos bebês e


tente marcar os tempos e a duração delas
com objetos sonoros de diferentes timbres.
Convide as crianças para tocar e a dançar a
partir dessa sinfonia. Há algumas canções
da nossa cultura que podem contribuir
muito com este momento, como: “Atirei o
pau no gato”, “ Esquindolelê”, “Roda, roda,
roda”, “A barata diz que tem”, “Fui morar
numa casinha”. Além dessas, as músicas do
grupo Barbatuques podem ser excelentes
aliadas nesse momento, com seus diferen-
tes ritmos. http://barbatuques.com.br/pt/

Para finalizar:

Após brincar muito, esteja atento ao inte-


resse dos bebês. Quando começar a dimi-
nuir, antecipe a eles a próxima atividade e
inicie o convite para voltar à sala tocando
os instrumentos. Acompanhe-os cantando
uma música enquanto retornam. Ao che-
garem, solicite que guardem os objetos.
Escolha um espaço na sala onde esses ob-
jetos fiquem à disposição dos bebês, a fim
de que os manipulem quando quiserem de
forma autônoma.

Desdobramentos
Você pode firmar uma parceria com o pro-
fessor e as crianças pequenas da escola, su-
gerindo que confeccionem objetos sonoros
para serem compartilhados com os bebês.
Proponha ainda que, na ocasião da entrega
aos bebês, aproveitem a oportunidade para
tocar e dançar juntos, fazendo uso dos ins-
trumentos. Dessa forma, o repertório dos
bebês será ampliado na interação com as
crianças maiores que eles.

Engajando as famílias
Providencie a caixa itinerante da “Dança do
barulho”. A proposta é que você selecione
alguns objetos sonoros e empreste-os às
famílias, para que, em casa, brinquem, to-
quem e dancem com os bebês. Juntamen-
te com a caixa envie um caderno, para que
os familiares possam registrar, por meio de
texto, foto, imagem ou desenhos, como foi
essa experiência sonora e lúdica. Na primei-
ra página do caderno, contextualize para as
famílias o objetivo da proposta. Você pode
também selecionar algumas imagens da
atividade realizada na escola para encapar
o mesmo. Oportunize que acrescentem ob-
jetos à caixa, caso as famílias assim dese-
jem. Veja uma sugestão de consigna aqui.
Um ponto importante para garantir signifi-
cado a essa proposta é orientar as famílias
para que as crianças participem dos regis-
tros.
241 Plano de aula: Percurso com tiras de
papel

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Combine com o professor de outro agru-


pamento de faixa etária diferente, para que
possam realizar a proposta de forma inte-
grada. Essa socialização é de suma impor-
tância, pois os bebês menores espelham-
-se nos maiores, o que favorece a imitação.
Possibilite que eles já tenham feito uma
exploração prévia com tiras de papel. Por
exemplo, rasgando folhas de revista em um
momento de exploração sensorial ou colo-
cando tiras de tamanhos e larguras diver-
sas, com a proposta de andarem sozinhos
ou emduplas. Ou, até mesmo, colocando
tiras com extensões diferentes, diversifi-
cando as experiências. Pense também em
como propor uma exploração prévia em re-
lação à tenda. Solicite aos familiares fotos
significativas ou use imagens de revistas
com temas de interesse das crianças (por
exemplo, de animais) para colar por todo o
percurso. (ACESSE AQUI O MODELO DE BI-
LHETE)
Este plano faz parte de uma sequência de
cinco. São eles:

1. Percurso com tiras de papel (link)

2. Percurso com túnel e bolinhas coloridas


(link)

3. Percurso com colchões (link)

4. Percurso inclinado (link)

5. Percurso e muitos desafios motores (link)

Materiais:

Papel resistente em tiras e fita adesiva para


fixá-las no chão. Fotos dos bebês e suas fa-
mílias e/ou outras imagens (de revista, por
exemplo). Plástico autoadesivo e papel car-
tão ou papelão, para que as fotos fiquem
mais resistentes. Tecidos e uma, ou mais,
mesas(para cobrir e fazer a tenda).

Espaços:

A proposta pode ser realizada na sala ou no


corredor da escola. Organize o espaçopre-
viamente, para que seja disponibilizado aos
bebês empequenos grupos. Mescle as fai-
xas etárias presentes, para que os menores
possam interagir com os maiores. Se possí-
vel, utilize um tecido (partido no meio, por
exemplo) na entrada do local, para que os
bebês possam passar por dentro. Ao prepa-
rar a tenda com os tecidos, monte de forma
que as crianças tenham a possibilidade de
alcançar o teto.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Fique atento às reações e expressões dos


bebês no decorrer do percurso. Que tipo de
explorações as crianças fazem? Como utili-
zam seus corpos nessas explorações?

2. Os bebês se comunicam de formas dife-


rentes através de expressões faciais, olha-
res, gestos, movimentos, balbucios e até
das primeiras palavras. Quais são os ele-
mentos que mais provocam interações?
3. O percurso desafia as crianças em sua
autonomia e quanto a descoberta de novas
formas de explorar envolvendo movimen-
tos e gestos?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Garanta a participação de
todos os bebês, incluindo os que não se lo-
comovem com autonomia, Ofereça apoio
quando necessário, colocando as fotos
penduradas em tiras presas em bambolês
ou dispostas ao redor deles, para que pos-
sam explorar.

O que fazer durante?


1

Converse com ogrupo todode bebês, infor-


mando que estão indo da sala para o local
organizado previamente. Explore com eles
todo o caminho, conduzindopequenos gru-
posde cada vez, com auxílio de outros adul-
tos responsáveis. Quando chegar, convide-
-os a passarem pelo acesso onde estará o
tecido. Permita que os bebês explorem a
entrada, cada um à sua maneira (auxilie, se
necessário, garantindo que todos consigam
participar) e observe atentamente até que
um deles avance para o percurso em si.

Durante o percurso, os bebês podem ma-


nifestar interesses diversos. Por exemplo,
eles podem explorar os tecidos da tenda ou
permanecer no percurso por mais tempo
e explorar as fotos/imagens. Esteja atento
aos interesses e especificidades dos bebês.
Destaque suas curiosidades. Aproveite os
momentos de exploração deles para fazer
boas intervenções, chamando atenção dos
demais, pontuando o que encontraram
no percurso e fazendo essa mediação en-
tre as diferentes idades que ali interagem.
Registre toda a riqueza desses momentos
por meio de fotos ou vídeos, para estudo e
escrita de documentação pedagógica. Pro-
cure estar disponível caso alguma criança
queira dividir observações feitas ao apre-
ciar as fotos no decorrer do percurso.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Olhem! Vamos ver as fotografias do per-
curso? Quem será que é esse bebê? O que
será que ele está fazendo? Essa é a sua fa-
mília? Quem encontraremos logo à frente?
Venham, vamos ver!

Possibilite a livre exploração dos bebês


pelos tecidos da tenda. Observe o encan-
tamento em seus olhos ao longo das ten-
tativas de sentirem a textura no tecido. Fa-
voreça os bebês que não têm autonomia,
garantindo acesso às fotos dispostas pelo
percurso e fazendo com que seu corpo sir-
va de suporte para suas explorações. Du-
rante a observação da proposta, coloque
em destaque as ações dos bebês, para que
o grupo avance em suas pesquisas explora-
tórias. Para aquelas crianças que iniciaram
a finalização da sua participação, disponi-
bilize uma uma caixa de brinquedos sobre
colchonetes.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: O que será que há dentro da tenda, o
bebê está lá dentro, vamos ver juntos?

Para finalizar:

Com a aproximação da finalização da pro-


posta, avise os bebês qual será o próximo
acontecimento do dia. Convide-os para
participarem na organização do espaço,
antes de seguirem para a próxima vivência.
Organize, com eles, os materiais (caixa de
brinquedos).
Desdobramentos
Essa vivência pode ser apresentada com
outros materiais. Como, por exemplo: col-
chonetes (espaçados ou unidos), caixas de
papelão (viradas para cima ou para baixo),
bambolês (pendurados na altura das crian-
ças ou dispostos no chão) etc. Utilize tam-
bém objetos presentes no mobiliário da
escola, como mesas e cadeiras, propondo
outros desafios motores que ampliam cada
vez mais o repertório dos bebês.

Engajando as famílias
Como as fotos que foram enviadas pelas
famílias são muito significativas, convi-
de os familiares para montarem, junto às
crianças, um grande mural ou um tapete.
O mural ou tapete pode ser fixado na sala
ou levado para os ambientes escolares que
sejam acessíveis a todos. Posteriormente,
mostre aos familiares qual foi a reação das
crianças ao terem contato com o material,
com a proposta e quais foram as observa-
ções feitas.
242 Plano de aula: Percurso com túnel e
bolinhas coloridas

O que fazer antes?


Contextos prévios:

É desejável que as crianças tenham tido


momentos de exploração prévia com as
bolinhas e com as caixas de papelão. São
exemplos de atividades dessa natureza:
proposta de exploração livre para brincar
com as bolinhas, entrar e sair das caixas,
colocar e tirar brinquedos delas. Solicite a
participação das famílias e peça para que
doem caixas de papelão já recortadas, com
os buracos necessários para a proposta.
Faça isso por meio de bilhete, do mural de
avisos da sala (na entrada) ou utilize outros
meios de comunicação comuns da escola.
Monte as caixas formando um túnel para o
percurso exploratório. Garanta buracos de
tamanhos e formas diferentes, pois neles
tanto as bolas quanto os bebês passarão.

Este plano faz parte de uma sequência de


cinco. São eles:

1. Percurso com tiras de papel (link)


2. Percurso com túnel e bolinhas coloridas
(link)

3. Percurso com colchões (link)

4. Percurso inclinado (link)

5. Percurso e muitos desafios motores (link)

Materiais:

Bolinhas coloridas, de piscina ou feitas com


meias. Tesoura para cortar os espaços nas
caixas. Caixas de papelão de vários tama-
nhos já recortadas pelas famílias, nas quais
as crianças consigam passar por dentro.
Tubos de papelão, que podem ser de pa-
pel higiênico, daqueles maiores e por onde
passe uma bola de cerca de 10 cm de diâ-
metro, ou feitos com papel cartão enrola-
do, por exemplo. Para unir as caixas, faça
pequenos furos e utilize tiras de TNT, teci-
do ou barbante. Outra opção é colar fita de
velcro grosso nelas, para que não soltem
com o movimento dos bebês.

Espaços:
A proposta pode ser realizada no corre-
dor da escola ou em outro espaço externo
compatível. Organize o local com as caixas
doadas pelas famílias e montadas previa-
mente na escola por você, com a ajuda dos
colaboradores do berçário. Elas devem ser
exploradas pelos bebês.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Os bebês movimentam o corpo para viver


variadas experiências, ampliando as possi-
bilidades de exploração de diversos obje-
tos. Como ocorre essa exploração?

2. Os bebês aprendem de muitas formas,


uma delas é pela exploração do espaço em
que ele está inserido. De que maneira as
habilidades motoras dos bebês são poten-
cializadas, uma vez que observamos seus
deslocamentos pelo ambiente?

3. As crianças se relacionam conosco e


com seus pares de muitas formas. Observe
como esse diálogo acontece. Como é a in-
teração dos bebês com os adultos que es-
tão no ambiente? Ela acontece da mesma
forma entre as crianças?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir
que uma criança ou o grupo participe e
aprenda. Reflita e proponha apoios para
atender às necessidades e às diferenças de
cada criança ou do grupo. Encoraje todos
os bebês a participar da vivência.Coloque
os que ainda não andam juntos à proposta
e observe seus interesses e necessidades.
Deixe acessível uma caixa de papelão com
bolinhas coloridas dentro. Permita que as
crianças explorem de acordo com suas pre-
ferências, habilidades motoras e com seu
próprio tempo.

O que fazer durante?


1

Compartilhe com os bebês do grupo todo a


proposta que será realizada no corredor ou
na área externa: brincar com as caixas que
as famílias enviaram para a escola e que
agora estão dispostas em forma de túnel.
Conte que eles poderão entrar, se movi-
mentar e brincar com as bolinhas. Leve-os
em pequenos grupos até esse espaço. Leve
o grupo de bebês que ainda não sabem an-
dar para próximo dos demais e garanta que
estejam à vontade para se engajarem em
suas descobertas e tentativas de conquis-
tas de posições e movimentos. Encoraje a
participação de todos, observando e aten-
dendo individualmente cada um em suas
necessidades.
2

Permita que explorem livremente e obser-


ve como acontece essa interação inicial.
Há uma afinidade entre os bebês? De que
forma acontece a interação das crianças e
dos adultos presentes durante a proposta?
Quais movimentos corporais as crianças
fazem? Como passam pelo percurso? Se
possível, fotografe, faça pequenos vídeos
ou breves anotações durante a atividade e
termine o registro escrito após seu término.

Continue observando atentamente as


crianças em seus gestos, expressões e ini-
ciativas de interação. Esteja disponível caso
alguém queira dividir suas descobertas e/
ou conquistas. Apoie as ações delas e brin-
que, à medida que for sendo convidado pe-
los bebês. Se aproxime e faça comentários
como: Quem está brincando no percurso?
Como você está brincando? Vamos lá brin-
car também! Nesse momento, os bebês
podem explorar o percurso sozinhos, em
duplase em pequenos grupos.
Possíveis falas do professor neste momen-
to: Vamos ver até onde você chega? O que
será que encontramos lá no final? Que ami-
go você encontrou no caminho?

No decorrer do trajeto, encoraje os bebês


a percorrer toda a extensão do labirinto e
a entrar e sair por todo o túnel. Convide
para entrar aqueles que estiverem olhan-
do e sorrindo, mas que ainda permanecem
do lado de fora. Descreva o que está acon-
tecendo, envolva as crianças na atividade
transmitindo segurança e oferecendo sua
presença, caso queiram participar. Leve
aqueles que não andam até o túnel, possi-
bilitando a passagem pelo percurso. Colo-
que-os sentados, sempre com seu apoio.
Observe interesses e necessidades deles.

Até esse momento da proposta, as crian-


ças devem estar envolvidas no percurso
explorando de diferentes formas. Ofereça
bolinhas e peça que elas as coloquem nos
tubos, para que outros bebês possam en-
contrá-las. Para os que não andam, deixe
acessível uma caixa de papelão com as bo-
linhas coloridas, para que as coloquem, ti-
rem e aproximem quando necessário.

Observe atentamente as reações dos bebês


ao jogar as bolinhas. Eles vão para o outro
lado para ver se reencontram o objeto até
então perdido? Quais são as reações ao en-
contrarem? Eles repetem as ações? Eviden-
cie que não só as bolinhas, mas outros ob-
jetos podem ser escondidos e encontrados,
colocando ou retirando dos tubos.

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: uma criança coloca a mão no tubo e
olha pelo buraco. Outra se aproxima e ob-
serva curiosa.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: olha só o que temos aqui, uma mão! De
quem será que é? Será que sente cócegas?

Para finalizar:

Próximo ao momento de finalizar, avise os


bebês qual será a próxima atividade do dia.
Convide-os para organizar o espaço antes
de seguirem para a nova vivência. Inicie
a organização e observe quais bebês têm
iniciativa. Use uma música que marque o
momento de arrumação com o grupo, por
exemplo, “Nós vamos guardar”, de Fabiana
Goddoy.

Desdobramentos
É muito importante ter a possibilidade de
repetir esta atividade com os bebês, fazen-
do algumas alterações. Como parte da pro-
posta inclui conceitos como entrar e sair,
dentro e fora, apresente a eles cestos ou
novas caixas de papelão. Dessa forma eles
podem permanecer na proposta, amplian-
do o repertório de brincadeiras. O percur-
so pode ser montado na sala ou na área
externa da escola, próximo à natureza e às
árvores, por exemplo. Você também pode
utilizar brinquedos que já existem na sala
ou bolinhas feitas de jornais ou revistas.
Ao convidar os familiares das crianças para
montar o percurso com as caixas, sugira a
confecção das bolinhas com esses papéis.

Engajando as famílias
Convide as famílias para participar dessa
exploração junto aos bebês em suas casas.
Relembre que as caixas de papelão, bem
como os tubos, foram disponibilizados por
elas. Incentive as famílias a cuidarem das
caixas de papelão em casa. Peça aos pais
que façam registros sobre como foi a expe-
riência com essa proposta. Os materiais en-
viados farão parte de um mural no corredor
da escola, onde constará o relato de obser-
vação dos professores e os enviados pelas
famílias, compondo um rico registro com
as vozes de familiares e da comunidade es-
colar.
243 Plano de aula: Percurso com colchões

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Oportunize situações de explorações pré-


vias dos materiais sugeridos nesta propos-
ta, bem como do local onde será realizada
a vivência (que pode ser dentro ou fora da
sala). Tenha o cuidado de escolher um es-
paço significativo para os bebês.

Este plano faz parte de uma sequência de


cinco. São eles:

1. Percurso com tiras de papel (link)

2. Percurso com túnel e bolinhas coloridas


(link)

3. Percurso com colchões (link)

4. Percurso inclinado (link)

5. Percurso e muitos desafios motores (link)

Materiais:
Colchões, materiais de largo alcance (teci-
dos coloridos e potes, por exemplo), filma-
dora ou câmera fotográfica para registrar
a experiência (se pos?ivel, pode usar o seu
celular).

Espaços:

Disponha os colchões pelo ambiente estra-


tegicamente, de forma a favorecer a pes-
quisa exploratória motora por parte dos
bebês: engatinhar, andar, escalar, descer,
escorregar, passar para o outro lado, ir e vir.

Coloque um colchão, em seguida dois (um


sobre o outro), e na sequência três (em-
pilhados um sobre os outros), de forma a
proporcionar desafios que visam ampliar
as habilidades motoras dos pequenos. Or-
ganize o espaço potencializando o que os
bebês já sabem e proponha movimentos
corporais que ampliem o repertório motor
deles de forma segura.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 50 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:

1. Os movimentos corporais propiciam di-


versas experiências, possibilidades de ex-
ploração e ampliação de pesquisa por par-
te dos bebês. Como utilizam seus próprios
corpos nessa proposta?

2. Os interesses dos bebês proporcionam


ao professor identificar quais podem ser os
próximos desafios a serem oferecidos de
forma significativa. Quais materiais desper-
taram mais os interesses dos bebês, am-
pliando suas possibilidades motoras?

3. Os bebês relacionam-se com os adultos,


seus pares e com o meio que os cerca de
muitas maneiras. Observe como funciona
essa tríade, de que maneira ocorre essa in-
teração durante a proposta?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
às necessidades e às diferenças de cada
criança ou do grupo. Convide os bebês e
incentive a participação de todos. Propicie
um espaço com segurança aos bebês que
ainda não se locomovem com autonomia.
Esteja disponível e perto deles para que
possam avançar quando bem desejarem.
Narre o que está acontecendo e faça com
que seu corpo sirva de suporte para os mo-
vimentos deles e, também, para acolhê-los
quando for necessário.

Converse com o grupo todo de bebês sobre


a proposta. É muito importante que todas
as ações e situações sejam explicadas aos
bebês previamente. Comece oferecendo os
materiais de largo alcance, tirando e colo-
cando os tecidos coloridos nos potes, por
exemplo. Deixe que explorem livremente e
que tenham iniciativa própria. Depois, re-
tome as orientações nos pequenos grupos,
conforme forem participando do percurso.

Nesta proposta será necessária a colabora-


ção de mais de um adulto presente. Convi-
de um pequeno grupo para iniciar a explo-
ração do percurso. Oportunize aos bebês
ficarem descalços para uma efetiva esta-
bilidade e para uma maior relação corpo,
espaço e objeto. Esteja atento, disponível e
recíproco a eles. Incentive a participação de
todos, oferecendo apoio quando necessário
e conversando com os bebês, para que sin-
tam segurança e iniciem o percurso. Leve
no colo os que ainda não andam até os col-
chões, para que eles possam fazer as explo-
rações dentro de suas possibilidades moto-
ras, potencializando descobertas, a fim de
ampliar seu repertório. Faça esse percurso
junto com eles, observando os momentos
de maior interesse.

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: O bebê balbucia, olha o colchão, sobe e
tenta pular. Outro bebê que está p?oximo
balbucia, sorri e estende sua mão em uma
tentativa de ajudá-lo a passar para o outro
lado.
Possíveis falas do professor neste momen-
to: Você está ajudando o seu amigo, isso
é ótimo! Vamos! Nos encontramos logo à
frente!
3

Reserve esse tempo para que explorem o


percurso.Observe atentamente o que fa-
zem, apoie a iniciativa deles, evitando ao
máximo dirigir suas ações. Impulsione-as
tomando por base as habilidades motoras
já adquiridas e identifique quais novas fo-
ram adquiridas. Potencialize as conquistas,
incentivando-os a superar os obstáculos
propostos e a descobrir seus limites corpo-
rais. Proponha uma exploração individu-
alou em dupla. Fotografe, faça pequenos
vídeos ou breves anotações durante a ati-
vidade e termine o registro escrito após a
finalização da proposta. Atente-se, em se-
guida, ao grupo de bebêsque está chegan-
do ao final do trajeto, observando suas rea-
ções, por exemplo: o bebê que bate palma,
balbucia e sorri ao passar pelo último obs-
táculo.

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: O bebê passa para o outro lado do col-
chão, balbucia e demonstra satisfação em
ter conseguido.
Para finalizar:

Com a aproximação da finalização da pro-


posta, fale para os bebês que irão começar
a organizar o espaço. Para ajudar na locali-
zação temporal, avise-os qual será o próxi-
mo acontecimento do dia, garantindo uma
predição do que irá acontecer. Informe o
quanto é importante organizar o espaço
antes de seguir para a próxima experiência.
Valorize e encoraje as iniciativas dos bebês
neste momento.

Desdobramentos
Parte da proposta inclui engatinhar, subir,
passar para o outro lado etc. Reapresente
essa vivência aos bebês, fazendo algumas
alterações, utilizando materiais disponíveis
na sua escola como pneus, rampas, mesas,
cadeiras etc. Proponha outros desafios mo-
tores que possam ampliar cada vez mais o
repertório deles. O percurso pode ser mon-
tado na sala ou na área externa, próximo à
natureza (considere sempre um local signi-
ficativo para os bebês).

Engajando as famílias
Proponha aos familiares uma continuação
da proposta em casa, utilizando os mobili-
ários existentes, cada qual em sua residên-
cia. Podem ser utilizadas mesas, cadeiras,
almofadas etc.

Convide as famílias para uma exposição


e mostre o mural que foi confeccionado,
onde serão anexados os registros de obser-
vação que compõe a documentação pe-
dagógica, como fotos, relatos e vídeos (se
possível, exiba o vídeo em um computador
ou monitor ao lado do mural). Esse material
pode ser compartilhado também em reu-
nião com as famílias. Assim, os familiares
poderão ler o que foi observado e assistir
como foi o desenvolvimento da vivência, se
inspirando para fazer atividades como essa
em casa também! Solicite que registrem
esses momentos para que o professor pos-
sa também ampliar as formas de brincar
com os pequenos.
244 Plano de aula: Luz e sombra: brinca-
deiras com lanterna

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Separe os materiais antecipadamente e


prepare o espaço com cabanas.

Este plano faz parte de uma sequência de


cinco. São eles:

Luz e sombra: brincadeiras com lanterna


(link)

Luz e sombra: brincadeiras com celofane


(link)

Luz e sombras: brincadeiras com lençol


(link)

Luz e sombra: vamos fugir ou pegar? (link)

Luz e sombras: brincando com objetos lu-


minosos (link)

Materiais:
Sugestões de materiais: lanternas e tecidos
escuros para a montagem de cabanas.

Espaços:

Prepare a sala e deixe-a com as luzes apa-


gadas e com as cortinas fechadas. Monte
duas cabanas com tecidos colocados em
cima das mesas. Os tecidos devem cobrir
toda a mesa, para garantir um espaço es-
curo dentro. Fora das cabanas, deixe duas
ou três lanternas apagadas. Coloque mais
duas lanternas dentro de cada cabana,
uma acesa e outra apagada. Fora delas,
deixe disponível também outros cantos de
atividades, com brinquedos já conhecidos
pelas crianças, para que tenham acesso
quando necessário. Deixe espaço livre en-
tre as cabanas, para os bebês circularem
(sozinhos, com os pares ou com a ajuda do
professor).Fique com uma lanterna para
usá-la com os bebês que preferirem não
entrar nas cabanas e que precisarão de sua
companhia nesse momento, para fazer ex-
ploração por aproximação gradativa, de
acordo com a aceitação.

Tempo sugerido:
De 40 a 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

Qual foi reação inicial dos bebês diante


da proposta? O que mais provocou intera-
ções?

Como osbebês se relacionamcom a luz? E


com as sombras? Que tipo de explorações
as crianças fizeram?

Comoa proposta motivou as crianças a se


entreter com novas pesquisas explorató-
rias?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
às necessidades e às diferenças de cada
criança ou do grupo.Convide todos para en-
trar nas cabanas, brincar com a luz e com a
sombra, acompanhando e oferecendo sua
presença. Auxilie as crianças, se necessário,
a segurar a lanterna, garantindo que todas
possam estar em atividade, de acordo com
preferências, ritmos e possibilidades.

O que fazer durante?

Fale sobre a atividade e já convide todo o


grupo de bebêspara entrar na sala, distri-
bua as lanternas para que façam uma pes-
quisa exploratória com esse objeto. Deixe
que os bebês explorem as lanternas e ten-
tem acionar o botão para acendê-la. Com
os bebês menores, caso não consigam,
acenda e apague a lanterna para que pos-
sam ver como é e repitam a ação.

2
Nesse momento, o grupo todo estará en-
volvido em diferentes explorações. Preste
atenção e assim que um bebê se aproxi-
mar da cabana, ressalte a ação dele e fale
para os demais, chamando positivamente
aatenção da turma para isso. Assim, possi-
velmente, mais bebês entrarão na cabana,
dando margem para que você os observem
e vá narrando descobertas a partir das ex-
plorações deles. Se possível, faça registros
em fotos ou em vídeos. Após o término da
atividade, complemente com os registros
escritos.

Há um grande interesse por parte dos be-


bês na existência da luz, sendo importan-
te a exploração desse objeto (lanterna) em
diversos ângulos e direções, dentro da ca-
bana, assim como ocorreu fora dela. É pos-
sível que um dos deles ache divertido dire-
cionar a lanterna para outro bebê ou para
o professor. Aproveite para destacar essa
ação, com a intenção de que outros tam-
bém realizem mais explorações.

Possíveis falas do professor neste momen-


to:Olhe seu amigo, como está diferente! Va-
mos ver o que é isso no rosto dele?

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: Outros bebês se aproximam para ver,
tentando pegar a luz. E um deles dirige o
foco de luz da lanterna, que está em sua
mão, para o rosto do professor.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Nossa, o que é isso em mim? Quem
quer pegar a luz? Também fiquei diferente,
venham ver!

Ofereça outras formas de exploração com


luz e sombra individualmente e/ou ao gru-
po menor que se encontra do lado de fora,
por exemplo:
Mostre a lanterna individualmente, fora da
cabana, acendendo e apagando a luz. Diga:
Veja que lindo! Que mágico!

Convide o bebê para entrar, acompanhan-


do-o, caso ele queira. Diga: Vamos entrar na
cabana? Quer que eu entre com você?

Recorte uma janela no tecido da cabana,


para que o bebê observe e participe do
lado de fora: você pode pegá-lo no colo e
incentivá-lo a olhar pelo vão, direcionando
a luz por meio dele, nos objetos e nas ou-
tras crianças.

Outra sugestão é que você incentive um


bebê a observar os outros; comente com
ele o que eles estão fazendo do lado de
dentro, por exemplo: Olhe, seu amigo está
brilhando!

Enquanto você realiza essa ação individual


ou em um pequeno grupo, oportunize às
outras crianças que brinquem com as lan-
ternas e circulem entre as cabanas, explo-
rando possibilidades de luz e sombra.

Para finalizar:

Para encerramento da atividade, com dez


minutos de antecedência, informe qual
será a próxima proposta e chame todos
para a organização dos materiais. Você
pode cantar uma canção nesse momen-
to, por exemplo “Nós vamos arrumar a ba-
gunceira”, de Fabiana Goddoy.Convide os
bebês para que saiam da cabana dizendo:
Vamos ver como está lá fora? Quem vai me
ajudar a guardar os brinquedos?

Desdobramentos
Em um novo momento desta proposta,
pendure objetos no teto da cabana, como
animais de pelúcia, bichinhos emborracha-
dos, bonecas, carrinhos ou elementos da
natureza, como folhas, galhos ou pinhas.

Inclua objetos dentro de cabanas monta-


das na área externa, por exemplo, papel
alumínio ou celofanes coloridos pendura-
dos no teto delas, para que, com a luz do
sol, apareçam sombras interessantes.

Engajando as famílias
Registre as atividades por meio de fotos
e vídeos, que posteriormente serão divul-
gadas no mural da turma ou em reuniões
com as famílias, incluindo suas impressões
sobre a proposta. Após a realização das ati-
vidades, convide os familiares (via bilhetes
ou da forma que costuma se comunicar)
para brincarde sombras com as crianças e
peça que enviem para a escola relatos so-
bre como foi a experiência.
Sugestão de bilhete para as famílias: clique
aqui.
245 Plano de aula: Luz e sombras: Brinca-
deiras com lençol

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Para realização dessa atividade é interes-


sante que o grupo de crianças tenha tido já
uma brincadeira exploratória com os fanto-
ches e os elementos naturais. Separe os ob-
jetos antecipadamente e prepare o espaço
da sala pendurando um lençol de cor clara
no teto, com um fio, fazendo uma parede
até o chão.

Este plano faz parte de uma sequência de


cinco. São eles:

Luz e sombra: brincadeiras com lanterna


(link)

Luz e sombra: brincadeiras com celofane


(link)

Luz e sombras: brincadeiras com lençol


(link)

Luz e sombra: vamos fugir ou pegar? (link)


Luz e sombras: brincando com objetos lu-
minosos (link)

Materiais:

Sugestões de materiais: lanterna, lâmpada


de abajour (bocal com lâmpada, ou ainda
a lanterna do celular), lençol claro grande,
fantoches de animais e pessoas, soldadi-
nhos, dinossauros, carrinhos, folhas gran-
des (tipo bananeira, palmeira ou coqueiro),
música sobre animais (você pode usar seu
celular, aparelho de som ou outro)

Espaços:

Prepare o espaço de forma confortável para


que todo o grupo de bebês possa sentar,
de frente para o lençol. Garanta um espaço
para circulação das crianças, caso desejem
levantar e interagir com as sombras.Apa-
gue as luzes e feche as cortinas. Caso seja
necessário, pendure cobertores nas janelas,
para que a sala fique mais escura. Coloque
a lâmpada perto da parede, atrás do len-
çol. Fique atrás do lençol e de frente para a
lâmpada.
Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos

Perguntas para guiar suas observações:

Como os bebês exploram a questão da luz


e sombra nesta brincadeira? Quais desco-
bertas os bebês fazem?

A exploração de luzes e sombras propiciou


aos bebês novas formas de explorar gestos
e movimentos, interações e expressões?Por
que?

Como ocorreu a imitação de gestos e mo-


vimentos das crianças?Qual repertório ou
experiências a criança traz?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Incentive a participação de
todos. Auxilie quando necessário, garantin-
do que todos possam estar em atividade,
de acordo com suas preferências, ritmos e
possibilidades.Disponibilize uma caixa com
brinquedos já conhecidos pelas crianças,
para que tenham acesso quando deseja-
rem.

O que fazer durante?

Convide o grupo todo dos bebês para sen-


tarem e se posicione atrás do lençol. Aco-
mode o grupo de bebês menores de ma-
neira confortável (em tapetes, colchonetes,
ou almofadas) de forma que estejam próxi-
mos ao grupo todo e possam fazer tentati-
vas de locomoção até os objetos de interes-
se. É importante que um adulto acomode
e apoie as crianças nesse momento garan-
tindo que os que não andam nem engati-
nham estejam próximos, enquanto outro
adulto realiza os movimentos atrás do len-
çol. Pegue os objetos e seja um facilitador
para a exploração visual dos bebês. Organi-
zeos objetos em sequência, apresente, de
forma convidativa, variando tom de voz e
fazendo surpresa. Por exemplo, esconda os
objetos atrás da folha grande (bananeira,
palmeira, coqueiro) e faça uma brincadei-
ra de esconder/achar atrás da folha, sobre-
pondo as sombras. Depois coloque a folha
deitada para simular a lagoa e os animais
em cima ou embaixo dela.

Continue a exploração com os objetos, ago-


ra ao som da música, fazendo os movimen-
tos sugeridos por ela, como: abrir a boca,
esticar o pescoço, balançar o rabo, subir,
descer, dar a mão.

Sugestão de música:CIRANDA DOS BI-


CHOS

É bem provável que um dos bebês se apro-


xime do lençol, e quando isso ocorrer, inte-
raja com ele, aproximando um fantoche e
fazendo movimentos, incentivando assim,
a continuidade dessa ação e garantindo
que outros bebês sintam-se convidados
a se aproximar para buscar esse contato.
Aproveite esse momento para registrar,
através de fotos, vídeos, ou escrita de pala-
vras chaves, o que facilitará a continuidade
do registro após o término da atividade.

Possíveis falas do professor neste momen-


to:“O que está acontecendo atrás do len-
çol? Como podemos brincar? Venha brin-
car junto!”.

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: Um bebê pode observar sentado o mo-
vimento de algumas crianças que intera-
gem com o professor e inclinar seu corpo
para frente em direção a eles, sorrindo e
balbuciando.

Após a exploração visual e sonora media-


das pelo professor, os bebês são convida-
dos a ampliar suas explorações através do
manuseio dos objetos que estavam atrás
do lençol, em pequenos grupos. Traga os
objetos para frente do lençol e deixe que as
crianças escolham, apoie as iniciativas dos
bebês. Há um grande interesse por parte
das crianças na existência de luz e som-
bras, sendo importante que eles possam
explorar cada objeto, comparando como
são atrás do lençol e em suas mãos. Valori-
ze e encoraje as iniciativas dos bebês neste
momento. É bastante provável que eles ex-
plorem os objetos com curiosidade, tentan-
do relacionar cada um com o personagem
apresentado atrás do lençol. Alguns podem
interagir com esses objetos através da fala.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: “O que você pegou? Que objeto é esse?
Vamos brincar? ”

Possíveis ações das crianças neste momen-


to: Os bebês menores podem interagir ba-
tendo palmas ou estendendo as mãos… Os
bebês maiores podem fazer movimentos
imitando o que o professor fez atrás do len-
çol.

4
Após o contato com todos esses objetos, o
bebê pode pegar um deles e levá-lo para
trás do lençol, tentandoimitar o que assis-
tiu. Apoie essa ação, sem dirigi-la, permita
a livre expressão da criança. Vá com ele,
brinque de esconder e achar, encoraje-o
nesse sentido, a fim de que possa expandir
suas descobertas.Observe com atenção e
faça comentários como: “Lá atrás do lençol
vemos o jacaré… nossa! Agora ele sumiu…
apareceu de novo!” Outros bebês podem
se sentir animados em ir para trás do lençol
também, formando um pequeno grupo.
Deixe os objetos ao alcance deles, como as
folhas da palmeira, os fantoches e os brin-
quedos. É uma excelente oportunidade dos
bebês aprofundarem seus conhecimentos
sobre sombras, aumentarem suas explora-
ções corporais e descobrirem novas formas
de exploração desses objetos.

Quanto ao grupo dos bebês menores, brin-


que com os fantoches próximo a eles. Pe-
gue o bebê no colo e observem juntos a
estrutura do lençol, enquanto uma das
crianças brinca lá atrás. Leve-o até a lâmpa-
da e faça comentários sobre a luz e os ani-
mais. Enquanto você realiza essa ação in-
dividual ou em pequeno grupo, oportunize
que as outras crianças explorem o espaço,
criando suas próprias brincadeiras. É im-
portante que eles tenham liberdade de ir e
vir, tocar e experimentar, criando suas pró-
prias hipóteses sobre luzes e sombras.

Para finalizar:

Para encerramento da atividade, com 10


minutos de antecedência, convideo grupo
de bebês para que ajudem na organização
da sala, dizendo: “Vamos ajudar a guardar
os brinquedos no cesto!” Falar aos bebês a
próxima rotina como: “ Está quase na hora
do almoço... Peça ajuda para que, dentro
de suas possibilidades, cada criança possa
guardar os objetos em seus lugares. Valori-
ze e encoraje asiniciativas das crianças.

Desdobramentos
Variações possíveis para essa brincadeira:

Recorte figuras em papel cartaz preto e


cole em palito de churrasco, cortando a
ponta. Use para montar uma história ou
dançar.

Você também pode fazer sombras de ani-


mais com as mãos. Há muitas sugestões
interessantes na internet.

Engajando as famílias
Essa é uma ideia interessante para mo-
mentos de integração com as famílias na
escola. Prepare o ambiente com o lençol e
os objetos e convide pais e filhos para que
brinquem juntos, quando chegam à Escola,
ou no horário de saída das crianças.

Monte uma exposição de fotos e crie um


vídeo dos melhores momentos da ativida-
de. Para tanto, durante as atividades faça o
registro através de fotos e vídeos, que pos-
teriormente serão divulgadas em reuniões
com as famílias, incluindo as imagens e
suas impressões sobre a proposta (docu-
mentação pedagógica).
246 Plano de aula: Os caminhos até o pátio

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Avise os professores de outras turmas so-


bre a proposta a ser realizada, principal-
mente em relação a presença dos bebês
nos espaços internos da escola que condu-
zem ao pátio. Combine com o professor de
outra turma para realizarem, juntos, a ex-
ploração e interação no pátio.

Materiais:

Materiais de largo alcance, que possibili-


tem uma infinidade de explorações e que
não possuam uma função definida, per-
mitindo que a criança explore, imagine e
crie suas próprias brincadeiras. Sugestões:
cones, carretéis, tubos de PVC, tocos ou pe-
daços de madeira, potes de diversos tama-
nhos, pedaços de papelão. Para saber mais
sobre esse material, clique aqui.

Espaços:

A atividade será realizada nos espaços in-


ternos que possibilitem o trajeto até o pá-
tio. Dessa forma, também será usado o pá-
tio ou qualquer outro espaço externo que
comporte a proposta (por exemplo, o jar-
dim). Os percursos usados para chegar ao
pátio devem propiciar a livre movimenta-
ção dos bebês e garantir sua autonomia e
segurança. Organize, nesse espaço, alguns
cantos com materiais delargo alcance: ro-
los ou cones de linha, pedaços de papelão,
tocos de madeira e potes de diversos tama-
nhos. Propicie quetodos os bebês possam
explorar os materiais através de seus movi-
mentos, ações e observações.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como os bebês se movimentam? Como-


as formas de deslocamento usadas por
cada criança potencializa suas habilidades
e propõe novas descobertas?

2. Quais relações e aprendizagens os bebês


realizamdurante os diferentes percursos?
Como reagem a experiência de sair da sala
e explorar outros espaços da escola?

3. Como os bebês se envolvem na explora-


ção do espaço externo da escola e em con-
tato com os elementos naturais e materiais
de largo alcance?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e apren-
da. Reflita e proponha apoios para atender
as necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Garanta espaço seguro
para aqueles que sentam, engatinham ou
caminham.Fique atento aos bebês muito
pequenos para auxiliá-los, se necessário, na
exploração dos objetos, na locomoção(pa-
ra aqueles que não engatinham e não an-
dam) de forma que fiquem sentados próxi-
mos ao grupo todo de crianças.

O que fazer durante?


1

Converse com todas as crianças a respei-


to da proposta, que trata da ida até o pátio
da escola através dos diversos trajetos que
permitem chegar até ele. Em pequenos
grupos, convide os bebês a se locomove-
rem para fora da sala. Incentive a participa-
ção de todos através de falas, como: vamos
ver o que tem lá fora? Olhe, os colegas es-
tão indo dar uma volta, passear… venha co-
nosco! Eu vou com você.

Acompanhe os bebês em pequenos gru-


pos, organize-se para levar ao colo os bebês
que não se locomovem com autonomia.

2
Convide os bebês a realizarem os trajetos
possíveis. Permita que usem diferentes ca-
minhos, sendo acompanhados por um pro-
fessor ou adulto responsável, em pequenos
grupos. Observe como cada um explora o
caminho até o pátio, como age naquele es-
paço ao engatinhar ou caminhar, o que vê,
o que lhe chama a atenção durante o per-
curso, onde pára ou se vai direto ao pátio.
Garanta a segurança necessária durante
este caminho observando possíveis situa-
ções ou objetos que demonstrem perigo.
Registre os momentos através de fotografia
ou vídeos e depois faça registros escritos
de sua observação para complementar.

Até esse momento as crianças devem ex-


plorar os diferentes caminhos, envolvidas
de formas variadas em suas explorações
no percurso. Acompanhe os bebês indivi-
dualmente em suas iniciativas motoras e
descobertas. Perceba como agem ao en-
contrar adultos ou crianças, se têm interes-
se em voltar para a sala de referência ou se
sentem motivados a irem adiante. Convide
cada um a continuar o percurso até o pátio.
Respeite o tempo de cada criança, apoie
suas ações de forma a descobrir e vivenciar
significativamente esse deslocamento. In-
tervenha caso ache necessário.

Possíveis ações da criança neste momen-


to: o bebê que engatinha ou caminha pode
parar ao encontrar algum brinquedo no
corredor. Ao passar em frente a uma sala
espia para ver o que está acontecendo.
Pode também voltar no caminho para en-
contrar algum colega. O bebê que está no
colo pode voltar o olhar para sons e objetos
que estão em seu entorno, movimentando
seu corpo no intuito de observar o que lhe
chama a atenção.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: o que você encontrou? Vamos ver o que
é isso. Um brinquedo! Quem será que está
nessa sala? Que barulho será esse? O que
será que tem lá fora? Vamos ver? Vamos,
quem quer acompanhar os colegas até o
pátio?

4
Ao chegar no pátio, deixe que os bebês
explorem livremente o espaço, os elemen-
tos naturais, pequenos insetos de jardim, o
vento, os cheiros e sons provenientes desse
lugar. Organize o grupo de bebês menores
próximos a locais onde possam entrar em
contato com os elementos da natureza e
explorá-los.Acompanhe aqueles que, aos
poucos, irão chegando para a exploração.
Registre o reencontro entre os bebês que
fizeram diferentes percursos, observando
ações e reações. Auxilie quando necessá-
rio, assegurando que todos estejam ativos
na proposta, conforme seus ritmos, prefe-
rências e possibilidades. Disbonibilize um
cesto com brinquedos de encaixe já conhe-
cidos por eles para que explorem quando
desejarem.

Proponha pequenos grupos para explora-


ção dos materiais de largo alcance organi-
zados no espaço. Observe o envolvimento
dos bebês com os materiais, as relações
construídas a partir do manuseio dos obje-
tos e as interações que ocorrem entre eles.
Dê tempo para que compartilhem desco-
bertas e vivenciem a experiência com estes
recursos. Apoie e valide as ações deles e
aproveite esses preciosos momentos para
fazer boas interaçõesa partir delas.

Possíveis ações da criança neste momen-


to: o bebê encaixa um cone no outro. Olha
através do buraco descobrindo algo do ou-
tro lado. Com os papelões, brinca de escon-
der-se ou coloca na cabeça, imitando um
chapéu. Recolhe pedrinhas ou galhos e co-
loca dentro dos potes, balançando e fazen-
do barulho.
Possíveis falas do professor nesse momen-
to:vamos brincar com esses objetos? Como
podemos brincar?O que é isso? Um bura-
co no cone? O que dá para enxergar atra-
vés dele? Vou olhar no meu. Quem estou
vendo? Vejam, parece um chapéu! Quem
quer colocá-lo? Escutem esse barulho que
faz com a pedrinha dentro. Agora, com pe-
drinhas e galhos, vamos escutar o som? E
sem as pedrinhas, faz algum som?”

Avise a todo grupo que, em dez minutos,


irão organizar os brinquedos e objetos para
retornar à sala. Passado o tempo, convide
os bebês a auxiliarem na organização dos
materiais e do espaço. Para os bebês que
aguardam o retorno para a sala, providen-
cie, de acordo com a disponibilidade es-
colar, um adulto para acompanhá-los no
local. Além disso, podem compartilhar mo-
mentos de trocas com outras crianças que
estão no pátio.Garanta que, ao chegarem,
esteja preparado um ambiente acolhedor
com música lenta, espaço aconchegante
com tapete, almofadas e bolinhas de mas-
sagem, para que possam desfrutar do mo-
mento. Neste momento, pode oferecer aos
bebês seus objetos de apego para que des-
cansem.

Para finalizar:

Encaminhe a volta para a sala acompa-


nhando um pequeno grupo de bebês por
vez, possibilitando que escolham o ca-
minho que queiram fazer. O outro grupo
de bebês deve ser acompanhado por um
professor, ou adulto responsável, oportu-
nizando a escolha de um caminho dife-
rente do que fizeram na vinda ao pátio. É
fundamental que reserve um tempo para
que os pequenos possam explorar o per-
curso livremente, a partir de seus interes-
ses e desejos. Observe atentamente o que
eles fazem, seus gestos, expressões e ini-
ciativas de interação com os amigos. É um
momento paraobservar, imitar e se divertir
durante o percurso de volta. Fique atento
e se aproxime, fazendo comentários como:
o que vocês estão observando? Quem en-
contraremos no percurso de volta? Olha ali,
o amigo encontrou uma pessoa, vamos ver
quem é?!

Desdobramentos
Leve para a sala alguns elementos natu-
rais encontrados no pátio que sejam signi-
ficativos para os bebês, com o objetivo de
que realizem pesquisas exploratórias (por
exemplo: pedrinhas ou folhas). Sugere-se
também que esta proposta seja realizada
mais vezes, para que os bebês ampliem
seus conhecimentos em relação aos espa-
ços da escola e às diferentes formas de se
locomover dentro dela.Você pode realizar
essa atividade possibilitando a interação
com crianças maiores, tanto na exploração
dos percursos até o pátio como durante a
exploração dos materiais de largo alcance.
Engajando as famílias
Convide as famílias para participar de um
momento similar à proposta durante a che-
gada na escola ou na despedida. Faça o
convite através de bilhete ou do mural de
entrada da sala. Organize previamente os
cantos com os materiais de largo alcan-
ce na área externa disponível e convide as
famílias a acompanharem as crianças até
este local, para brincarem juntos e viven-
ciarem essa rica experiência. Registre esse
momento através de fotos e vídeos e co-
loque-os na documentação pedagógica,
junto ao portfólio Individual ou no mural de
entrada da sala, de acordo com a forma de
registro/comunicação que utiliza em sua
comunidade escolar.
250 Plano de aula: O corredor como espaço
de passagem e aprendizagens

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Informe aos outros professores da escola


sobre a reorganização do corredor em fun-
ção da proposta para que, assim, possam
orientar as crianças durante os momentos
que estarão passando por ali.

Solicite o envio de uma foto da criança em


alguma situação significativa de seu coti-
diano com a família. Faça isso por meio de
um bilhete, do mural da sua turma ou uti-
lizando outra forma de comunicação co-
mum em sua escola.

Exponha documentações pedagógicas do


seu grupo nas paredes do corredor, na al-
tura das crianças, para que possam explo-
rá-las durante a proposta.

Materiais:

Documentações pedagógicas do seu gru-


po de bebês, preparadas anteriormente por
você, fotos das crianças em diversas situ-
ações do cotidiano (solicite à família uma
foto da criança em alguma situação coti-
diana e, se não for possível, selecione e im-
prima uma foto na escola), celofane colori-
do, uma bola de tamanho médio, elástico
ou barbante.

Espaços:

O espaço a ser usado na proposta é um dos


corredores da escola. Escolha um que seja
acessível e seguro para os bebês. Nele, or-
ganize os materiais da seguinte forma:

-nas paredes ao longo do corredor, em al-


tura visível aos que engatinham e cami-
nham, coloque as documentações pedagó-
gicas do grupo e as fotos das crianças;

-o celofane colorido pendurado no teto


com barbante, ficando na altura das crian-
ças;

-no teto, a bola pendurada por um elástico


ou por um barbante, colado na bola com
fita.
Deixe espaço disponível para que os bebês
possam se movimentar livremente pelo
corredor.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. De que forma os bebês exploram os espa-


ços do corredor? Como relacionam- se com
os recursos, objetos e pessoas presentes ou
que passam por ali?

2. Quais objetos provocam mais interações?


Como o corredor convida as crianças à ex-
ploração? Quais pesquisas ele proporciona
aos bebês?

3. Quais formas de deslocamento os bebês


usam para se locomover no espaço do cor-
redor? Como exploram seus movimentos e
desafiam-se durante a proposta?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacio-


nais ou relacionais que podem impedir
que uma criança ou o grupo participe e
aprenda. Reflita e proponha apoios para
atender às necessidades e às diferenças de
cada criança ou do grupo. Garanta condi-
ções para que todas as crianças participem
do momento da realização da proposta.
Atente para os bebês muito pequenos para
auxiliá-los, se necessário, a se locomover,
explorar os objetos e sentar-se próximo
ao grupo de crianças. Garanta um espaço
seguro para aqueles que sentam, engati-
nham e caminham.

Comece conversando com o grupo todo


sobre a proposta que irão fazer no corre-
dor da escola, que será o campo de explo-
ração nesta atividade. Incentive os bebês,
individualmente ou em pequenos grupos,
a sair da sala de forma autônoma. Se or-
ganize para levar ao colo aqueles que não
se locomovem com autonomia. Convide
e encoraje cada criança em suas ações e
movimentos de deslocamento. Incentive
a participação de todas e auxilie-as quan-
do necessário, conforme suas preferências,
possibilidades e ritmos. Providencie um
cesto com brinquedos diversos, já conheci-
dos por elas, para que os explorem quando
desejarem.

Observe e registre por meio de fotos e víde-


os como cada bebê se desloca para fora da
sala (se arrasta, engatinha e/ou caminha),
suas reações, o que lhes chama a aten-
ção, a forma como explora o espaço, o que
observa, como se movimenta (se tenta le-
vantar com algum apoio, por exemplo) e o
que mais que interessa no corredor. Atente
para onde os bebês olham, quais sons ou
imagens lhes são chamativas. Leve os me-
nores ao colo, oportunizando as mesmas
vivências a eles. Atente às suas expressões
faciais e corporais, balbucios e gestos.

Potencialize a interação das crianças com


as pessoas que passam pelo corredor. Você
deve ficar próximo, observando e registran-
do como cada bebê reage consigo e com
os colegas de turma na pesquisa dos ma-
teriais. Tais registros serão usados na docu-
mentação pedagógica.

Possíveis ações da criança neste momen-


to: Um bebê dá tchau ao ver o professor do
maternal, respondendo ao gesto feito por
ele. Outro bebê vê uma criança vindo no
corredor e a observa. Essa abaixa-se e con-
versa com o bebê.

Possibilite que o grupo todo explore a pro-


posta. Convide as crianças para se aproxi-
mar e apresente o material ali oferecido,
assim, elas irão iniciar pesquisas explora-
tórias individualmente, em duplas ou em
pequenos grupos no espaço do corredor
de forma livre. Apoie as ações delas, suas
iniciativas, encorajando assim os outros
colegas. Potencialize as explorações no lo-
cal por meio de diferentes deslocamentos,
oportunizando que se movimentem de for-
ma segura e autônoma.

Possíveis falas do professor neste momen-


to: Olha lá o que o colega descobriu ali da-
quele lado! Vamos lá ver que materiais são?
E o que podemos fazer com eles? Que lu-
gar é esse? O que vocês estão vendo nesse
corredor? Quem é a pessoa ?

Até esse momento da atividade, as crian-


ças devem estar envolvidas de diferentes
formas em suas explorações. Acompanhe
pequenos grupos de bebês na exploração
desses recursos. Posicione aqueles que
ainda não engatinham de maneira a po-
der brincar e observar as outras crianças.
Veja como reagem ao deparar-se com os
recursos e quais ações realizam com eles.
Observe com atenção e se aproxime dos
bebês fazendo comentários como:O que
aconteceu quando empurrou a bola? Qual
movimento ela fez? Eu joguei a bola para
você, quer jogar a bola para mim também?
O que são esses materiais pendurados? E o
que podemos fazer com eles? Quem são as
pessoas nas fotos, você conhece? O que es-
tão fazendo? Olha, um colega escondeu-se
no celofane, quem está atrás dele? Achou!
Vamos ver o que tem deste lado do corre-
dor? Apoie, a partir das ações dos bebês,
evitando ao máximo dirigir iniciativas, para
que possam explorar os recursos espon-
taneamente. Interaja com a turma, realize
imitações e divirta-se!

Possíveis ações da criança neste momento:


O bebê olha através dos celofanes, observa
ambientes e crianças com cores diferentes.
Vê as fotos e olha para os colegas, fazendo
relações. A criança olha para as documen-
tações, descobre sua imagem nelas e sorri.

Para finalizar:

Para encerrar a proposta, avise aos bebês


que em alguns minutos irão começar a
guardar as coisas e compartilhe com eles
a próxima atividade a ser realizada. Dentro
das possibilidades de cada um, valorize e
encoraje que guardem os materiais nos de-
vidos lugares. Você pode cantar uma can-
ção neste momento. Pesquise na internet e
você vai encontrar muitas ideias para am-
pliar o repertório musical de sua turma!

Desdobramentos
Realize a proposta organizando no corre-
dor outros recursos disponíveis em sua es-
cola ou em outro corredor, próximo à sala
de crianças maiores, oportunizando a inte-
ração entre as idades. Pense também nesta
proposta sendo realizada em outro espaço
da escola, como a área externa, podendo
ou não utilizar os mesmos recursos.

Engajando as famílias
Convide as famílias para vivenciar com os
bebês um momento exploratório nesse
corredor, junto às fotos que enviaram para
a proposta. Proponha alternativas para que
todas participem, seja no final do turno ou
na hora da entrada, de acordo com a dis-
ponibilidade delas. Faça isso por meio de
bilhete, mural da sala ou outra forma de co-
municação que sua escola use. Aproveite
os registros fotográficos e escritos realiza-
dos durante a proposta para montar uma
exposição no mural da sala ou no corredor
onde foi realizada a proposta, dando visi-
bilidade à ação dos bebês naquele local.
Disponha também de espaço para que os
familiares registrem a experiência que tive-
ram, compondo esse mural, que irá reper-
toriar a escola com brincadeiras dos bebês
com as famílias deles.

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