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PLANO DE AULA: PRODUZINDO SOM COM CORPO E

MATERIAIS DE LARGO ALCANCE

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

FAIXAS ETÁRIAS
Bebês (zero a 1 ano e 6 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI01CG05) Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando
suas possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos.
(EI01TS03) Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar
brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias.
(EI01ET06) Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e
brincadeiras (em danças, balanços, escorregadores etc.).

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Antecipar diferentes materiais de largo alcance como tecidos, rolos de diferentes
tamanhos e espessuras, canos, caixas, bacias, blocos de espuma, conduíte plástico,
latas de leite, tocos de madeira, entre outros. É importante estabelecer com
antecedência a parceria com a família, compartilhando a proposta mediante um bilhete
e solicitando colaboração para arrecadação destes materiais. Vale ressaltar que essa
proposta é melhor vivenciada pelas crianças que já andam. Contudo, os bebês
menores poderão participar com o apoio dos adultos presentes. Nesse sentido, é
importante que seja construído um instrumento por bebê.

MATERIAIS:
Materiais de largo alcance organizados em estações e agrupados por similaridades
sonoras, conforme sugestões abaixo:
1ªEstação: objetos de metais (latas, colheres, tampas de panelas, dentre outros).
2ªEstação: objetos de madeira (tocos de madeira, caixotes, pilão, dentre outros).
3ªEstação: objetos de plástico (potes de sorvete, tampas, garrafas pets, copos).
4ªEstação: objetos silenciosos (espumas, plumas, tecidos, manta acrílica, algodão).
4 tecidos de aproximadamente 1m x 2m (podem ser colchas, lençóis, toalhas, cangas
ou tapetes, o importante garantir um para cada estação).
1 cesto para atividade de itinerância.
1 caderno para registro.
Câmera ou celular para registrar.

ESPAÇOS:
Realize a atividade na área externa em um ambiente que seja conhecido pelos bebês.
Selecione os materiais e agrupe-os por similaridade sonora. Organize estações de
pesquisa e investigação sonora com um conjunto de elementos de metais, outro de
madeira, um com plásticos e mais um com materiais leves e silenciosos. Você pode
organizá-los sobre tapetes ou tecidos. Esta organização irá contribuir para
potencializar a percepção dos bebês frente aos diferentes timbres sonoros produzidos
a partir destes objetos.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente 40 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Durante as brincadeiras propostas, de que modo os bebês exploram os materiais de
largo alcance disponíveis para produzir sons?
2. Como se deram as vivências dos bebês durante esta experiência sonora: trocaram
objetos entre si, imitaram as ações dos colegas ou moveram-se em direção a outros
materiais?
3. Ao observar a interação dos bebês com os materiais de largo alcance, é possível
elencar aqueles que mais despertaram interesse dos bebês?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Considere as singularidades
de cada bebê durante as situações de interações e brincadeiras. Viabilize a
participação de todos mediante antecipação dos recursos necessários para aqueles
que estão na condição de permanecerem deitados e aos que já sentam, de forma que
todos ampliem as possibilidades de manuseio dos diferentes materiais. Propicie
espaços de mobilidade para aqueles que já se locomovem com independência.

O QUE FAZER DURANTE?

1
Conte para os bebês que você separou alguns materiais sonoros para brincar com
eles na área externa. Instigue-os falando sobre as características destes objetos ao
balançar uma lata de leite com um objeto dentro (antecipando um dos sons que irão
explorar). Pergunte quem gostaria de sair com você para participar. É desejável que
sua expressão comunique aos bebês novidade, expectativa, surpresa. Ao chegar ao
local da proposta, encoraje os bebês a se aproximarem dos materiais. Deixe aqueles
que têm independência se locomoverem, explorarem as estações de acordo com seus
interesses. Garanta a participação de todos aproximando os bebês que necessitam de
auxílio para locomoção e manipulação dos materiais dispostos. Fique atento às
expressões, favorecendo seus interesses quanto a troca de local e/ou de objetos.

2
Enquanto os bebês vivenciam as pesquisas sonoras nos pequenos grupos, duplas ou
individualmente, observe como relacionam-se com os objetos. Note suas descobertas
e potencialize as iniciativas mediante a brincadeira com o som. Aproxime-se do bebê
que brinca individualmente com conduíte e brinque com ele. Passe um objeto pela
textura corrugada deste elemento para que a criança note o novo som produzido a
partir da sua ação. Observe o grupo que deu significado sonoro as colheres de pau,
toque com eles, alterne gestos pausados e acelerados, fortes e fracos, inspirando as
ações dos bebês. Veja a dupla que empilha latas, apoie suas iniciativas e, quando a
“torre” cair, destaque o som. Realize estas intervenções ao longo da proposta
favorecendo a escuta, curiosidade e descoberta.

3
Ainda na proposta de atribuição de significado sonoro aos materiais de largo alcance
mediante a exploração dos bebês, observe os que trocaram de estações e incentive
as crianças a realizarem a troca de espaço a partir da ação dos colegas. Neste
momento, passe de estação em estação, dê uma paradinha e converse com os bebês.
Entre na brincadeira com eles, mostrando os timbres dos diferentes instrumentos e
ampliando as possibilidades sonoras já exploradas por eles até o momento. Faça isso
em todos os espaços e convide os bebês a visitarem as outras estações. Esteja atento
e ajude os bebês que não possuem independência para andar ou engatinhar a terem
garantido o direito de escolha. Nesse contexto, auxilie os bebês em suas
necessidades de locomoção e valide seus interesses.
Possíveis falas do professor neste momento: aqui nós temos a estação de metal,
vejam o som dos metais, é mais agudo. Já nesta estação temos apenas objetos de
madeira e, geralmente, os sons emitidos por estes materiais são mais graves.

4
Observe os bebês que, ao trocarem de estação, levam consigo os objetos com os
quais estavam interagindo anteriormente, misturando-os. Potencialize suas ações
encorajando e negociando trocas ou junção entre eles. Destaque esta ação para o
grupo todo. Estenda um tapete ou tecido grande próximo ao centro do ambiente onde
a proposta está sendo realizada e solicite a colaboração dos bebês para trazer os
objetos ao “centro”. Explique que agora o desafio da brincadeira é produzir som com
os objetos misturados.
Possíveis falas do professor neste momento: Olhe, o colega levou a colher de pau
para a estação dos metais, que som será que vai fazer? Será que é diferente? Vamos
misturar os materiais?

5
Agora que os bebês avançaram nas suas pesquisas, faça intervenções para que
percebam como o movimento de seus corpos sobre os materiais de largo alcance
estão intrínsecos à produção sonora. Encoraje-os a produzir novos sons inspirados
pelos movimentos corpóreos dos colegas.
Possíveis ações das crianças neste momento: Um bebê vê que quando o colega
passa os dedos sobre a textura corrugada do conduíte é emitido um som suave e
imita-o. Outro encaixa suas mãos na alça de duas tampas de panelas e as bate
simultaneamente (o professor incentiva o pequeno grupo a voltar sua atenção para
essa ação e eles demonstram interesse em fazer o mesmo movimento).

PARA FINALIZAR:
Explique aos bebês que a proposta está chegando ao final, mas que na sala haverá
um cesto com um pouco de cada material utilizado que será enviado para a casa, a
fim de que possam brincar com seus familiares. Explique que outra parte ficará
acessível a eles na sala. Solicite ajuda para organizar o ambiente e comunique a
próxima atividade. De preferência para algo mais silencioso, como a leitura de uma
história e manipulação de livros.

DESDOBRAMENTOS
Disponibilize os materiais de largo alcance em outras situações do cotidiano da escola
como parque ou brincadeiras na área externa. Deixe estes objetos como uma
possibilidade a mais de descobertas e experiências, considerando o princípio da livre
escolha dos bebês. Confeccione um tapete ou painel sonoro (papelão grosso) com
esses elementos fixados, propiciando experiências sonoras através do contato do
corpo ao tocar, bater, apertar, pisar, arranhar etc. os objetos. Estes materiais podem
ser levados a diversos locais.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Ofereça às famílias a oportunidade de vivenciarem junto aos filhos as pesquisas
sonoras com os materiais de largo alcance mediante um cesto itinerante. Providencie
um caderno e envie junto com o material para que faça parte da documentação
pedagógica. Nele, as famílias devem registrar por meio da escrita, fotos ou ilustrações,
como foi essa experiência em casa. Aproveite a primeira parte do caderno para
contextualizar a proposta.

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