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PLANO DE AULA: MOVIMENTO SONORO

Disciplina:
Professor (a):
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CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

FAIXAS ETÁRIAS
Bebês (zero a 1 ano e 6 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI01CG05) Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando
suas possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos.
(EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
(EI01ET06) Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e
brincadeiras (em danças, balanços, escorregadores etc.).

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Para esta atividade antecipe para cada bebê:
Uma tornozeleira de cetim na medida de 3 cm x 20 cm e oito lacres de latas de
refrigerante (arrecade-os antecipadamente mediante parceria com as famílias, os
funcionários e demais membros da comunidade escolar). Passe a fita entre os lacres e
dê um nó firme para garantir a segurança dos bebês.
Um porta-tornozeleira (confeccionado com uma lata de leite em pó) que será utilizado
para despertar a curiosidade dos bebês.
Selecione algumas canções da cultura infantil interpretadas pelo grupo Barbatuques.

MATERIAIS:
Uma pulseira ou tornozeleira sonora e uma lata de leite em pó vazia, limpa e com
tampa para cada criança;
Aparelho de som ou outro dispositivo que reproduza as músicas selecionadas;
Músicas que inspiram descobrir o som do corpo, uma boa sugestão são as canções:
Samba lelê, Peixinhos no mar, Escravos de Jó e Tum Pá, todas na interpretação do
grupo Barbatuques.
Máquina fotográfica ou celular para registrar a atividade.

ESPAÇOS:
Organize previamente a sala ou outro ambiente com o qual os bebês estejam
familiarizados para favorecer o envolvimento deles nesta atividade, dispondo um cesto
ou caixa com os materiais a serem utilizados sobre tapete ou tecido, despertando
curiosidade e, assim, potencializando os interesses das crianças.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente 40 minutos.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


1. Quais foram as iniciativas dos bebês ao explorar os sons produzidos com os
objetos?
2. Durante a pesquisa sobre novas possibilidades sonoras quais foram as ações mais
comuns dos bebês: moveram, removeram ou misturaram os objetos?
3. De que modo os pequenos perceberam que seus movimentos potencializam as
experiências sonoras propostas?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Favoreça a participação
de cada bebê atendendo às suas especificidades motoras, que neste subgrupo etário
são muito distintas. Nesse contexto organize o espaço atendendo os bebês que já
possuem independência ao se locomover: engatinhando, andando com ou sem apoio.
Garanta também os suportes necessários para aqueles cujas condições sejam de
deitar-se ou sentar-se, para que estejam inseridos nas situações de interação.

O QUE FAZER DURANTE?


1
Inicie a proposta disponibilizando aos bebês um cesto com as latas sonoras. Deixe
que explorem esses materiais e observe o interesse de cada um. Aproxime-se das
crianças nos pequenos e nos grandes grupos. Valide as iniciativas delas. Aguce a
percepção sonora de todos, convidando-os a observar o resultado de suas ações.
Inicie os registros por meio de fotos ou filmagens.
Possíveis ações das crianças neste momento: Um bebê sacode a lata. Outro bate uma
lata na outra, atraindo a atenção dos colegas pelo som produzido nessa ação. Outro
ainda rola a lata e observa atentamente o som emitido por esse movimento. Um bebê
tenta abrir a lata.

2
Coloque a canção Tum Pá e continue a interação com os bebês. Note se a canção os
inspira a realizar novos movimentos. Continue sua interação com as crianças e, ao
passar entre elas, tente auxiliar a percepção sonora delas a partir da ação de cada
uma sobre a lata. Note os bebês que sacodem, batem e rolam a lata e convide as
demais crianças que estão próximas, seja individualmente, no pequeno ou no grande
grupo a fazer isso também. É importante auxiliar os bebês menores, assistindo-os em
suas especificidades quanto a segurar esse objeto. Se necessário, pegue a lata e
aproxime-se do bebê fazendo movimentos com e para ele, a fim de que participe e
perceba o som emitido por esse objeto.

3
Continue ouvindo as músicas do grupo Barbatuques e se aproxime dos bebês que
demonstram estar mais familiarizados com as possibilidades da proposta. Para
envolvê-los, pegue uma das latas, sacuda-a e pergunte se estão ouvindo os sons.
Convide as crianças para sacudir as latas delas e peça para que notem que os objetos
que seguram também fazem som. Vá conversando com os bebês e conte a eles que
você colocou uma surpresa na lata e peça a ajuda deles para tirar a tampa
dela.Quando abrir a lata, faça expressão de surpresa e compartilhe com eles que
encontraram uma pulseira sonora. Amarre em seu braço e faça movimentos que
favoreçam a emissão sonora do objeto. Algumas crianças vão se aproximar curiosas,
pergunte a elas se também querem uma pulseirinha. Caso demonstrem desejar,
ajude-as a abrir as latas e amarre as pulseiras de modo confortável nos pulsos delas.
Faça isso de forma gradativa, aos poucos, conforme perceba o interesse das crianças.

4
Quando grande parte do grupo já estiver com as pulseiras, observe se as crianças
percebem que, conforme movimentam os braços, o objeto faz barulho. Se aproxime
novamente dos bebês nos formatos em que se encontram, nos pequenos grupos,
duplas ou individualmente. Ao interagir com eles, ofereça tornozeleiras para os que
desejarem uma. Encoraje aqueles que tem marcha a bate o pé no chão e aqueles que
ainda não se locomovem com autonomia abalançar as pernas. Escolha uma música
bem animada para tocar e permita aos bebês explorar livremente os movimentos de
seus corpos atrelado ao uso desses materiais, para que façam suas próprias
descobertas em relação às evidências sonoras, pois, ao realizar sons com o próprio
corpo, os bebês estão construindo e sendo autores de suas ações e pensamentos,
expressando todo um processo de criação.

5
Enquanto se envolvem com a atividade, dançando livremente, proponha uma
brincadeira dirigida a partir da música Peixinhos no mar e incentive todos a dançar e
realizarem alguns gestos comuns. Para isso escolha alguns marcos da canção para
inspirar movimentos repetitivos, como por exemplo: todas as vezes que se ouve a
palavra peixinho, convide as crianças a balançar as tornozeleiras batendo os pés. Ao
ouvirem como poderei viver, peça que sacudam os bracinhos, para que a pulseira
possa emitir som, dentre outras intervenções que considerar interessante compartilhar
e que sejam possíveis de serem efetivadas pelos bebês.

PARA FINALIZAR:
Para finalizar a atividade, avise aos bebês que a proposta está quase chegando ao fim
e que vocês irão dançar ao som da última música. Encoraje-os a balançar ainda mais
braços e pernas para potencializar os sons emitidos por esses objetos. Quando a
música terminar, relembre as crianças do combinado e ofereça os brinquedos de
predileção da turma. Avise-as que enquanto brincam você irá retirar as pulseiras e as
tornozeleiras delas. Conforme for retirando, peça ajuda para guardar esses materiais
nas latas. Tranquilize-as informando que os materiais serão enviados para a casa de
cada um, para que elas possam brincar de fazer sons com os familiares.

DESDOBRAMENTOS
Estabeleça uma parceria com o professor da turma das crianças pequenas. Peça para
que confeccione as pulseiras ou outros objetos sonoros para brincar com os bebês em
uma atividade de interação, se possível em um ambiente conhecido pelos pequenos e
que atenda às especificidades etárias deles. Na oportunidade, combine com o
professor da outra turma que para que as crianças convidadas possam escolher o
repertório musical para cantar junto com os bebês.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
No momento da saída entregue a lata juntamente com a pulseira para o responsável
do bebê e, por meio de um bilhete, conte que esse objeto fez parte de uma
experiência sonora que a turma vivenciou. Na oportunidade sugira que a família faça
uso desse elemento em casa, em momentos de interação com o bebê.

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