Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Seu nome
Sua formação profissional
Número do seu registro profissional
IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
INTRODUÇÃO Á ERGONOMIA
Ergonomia é o conjunto de ciências e tecnologia, que procura o ajuste confortável e produtivo entre o
ser humano e o seu local de trabalho. Ela envolve a aplicação dos conhecimentos do complexo relacionado ao
surgimento e prevenção de distúrbios psicofisiológicos e cognitivos assim como para proporcionar o bem estar
do ser humano visando seu conforto e desempenho de suas atividades de forma satisfatória e produtiva.
Ambientes de trabalho com projeto inadequado contribuem para reduzir a eficiência, produção,
qualidade e aumentar o absenteísmo e os custos de produção. A ergonomia está preocupada em fazer a
interface homem-máquina e homem-ambiente tão segura, eficiente e confortável quanto possível,
preocupando-se em primeiro plano com a saúde do trabalhador e sua satisfação pelo trabalho, aliada ao
aumento da lucratividade da empresa.
As análises ergonômicas abrangem dois níveis:
- Abordagem Microergonômica: visão isolada do posto de trabalho.
- Abordagem Macroergonômica: visão global da interação entre o homem e seu meu meio ambiente de
trabalho.
O Sistema de trabalho é constituído de um conjunto de componentes, que se relacionam
dinamicamente entre si e/ou numa rede de comunicações, gerando uma atividade com um determinado
objetivo.
Dentro destes sistemas, podem existir interferências como design de máquinas, inacessibilidade dos
postos de trabalho, má disposição de comandos das máquinas, fatores técnicos, ambientais e organizacionais
do trabalho, comprometendo diretamente a relação homem-máquina e/ou relação homem-tarefa.
Dentro destes fatores e relações é que a ergonomia irá cumprir seu objetivo, identificando problemas,
delimitando-os, estudando-os e propondo soluções através da reorganização dos sistemas.
APLICAÇÃO
Segundo LAVILLE (1977) a análise da demanda consiste, essencialmente, em situar o grupo que recorre
à Ergonomia (diretoria de uma empresa, departamento pessoal, departamento de métodos, etc.) e em
conhecer seus objetivos, a fim de exprimir essa demanda em termos ergonômicos.
A Análise da Tarefa irá englobar tudo aquilo que o trabalhador deve realizar, bem como as atividades
necessárias para esta realização. Nesta fase é definida a situação de trabalho a ser analisada, isto é, delimitado
o sistema homem/tarefa a ser abordado.
A Análise da Atividade é o que o trabalhador efetivamente, realiza para executar a tarefa. É a análise do
comportamento do homem no trabalho, através do estudo das atividades desenvolvidas pelos trabalhadores,
face às condições e aos meios que lhe são colocados à disposição. Estudam-se os comportamentos de
trabalho, as posturas, ações, gestos, comunicações, direção do olhar, movimentos, verbalizações, raciocínios,
estratégias, resoluções de problemas, modos operativos, condições ambientais, técnicas e organizacionais,
assim como as condições psicofisiológicas a que estão submetidos os trabalhadores.
Quando passamos a avaliar as condições psicofisiológicas no desenvolvimento de atividades laborais,
estamos buscando evitar condições de esforços e solicitações, tanto físicas como psicológicas, que possam
levar o trabalhador a condições de fadiga.
Frente a esta situação, esta análise é dividida em etapas distintas:
1. Conhecimento global da empresa: através da observação dos diversos setores envolvidos no processo
da empresa, seja administrativo ou produtivo, bem como as atividades e operações desenvolvidas e os grupos
homogêneos existentes;
2. Análise de Campo: consiste na coleta e seleção de dados (inspeção/análise de demanda e Checklists);
na coleta ou medição dos agentes ambientais, em pesquisa bibliográfica e técnica sobre as variáveis que
podem influenciar no risco da atividade.
3. Análise das informações: ponderação técnica das situações avaliadas para elaboração do documento
final e suas devidas recomendações. As condições e valores verificados são comparados com o estabelecido
pela Norma Regulamentadora - NR 17 - Ergonomia, dispositivo legal vigente, bem como, com outras fontes
técnicas de referência.
4. Registro fotográfico: importante para registrar as situações avaliadas e ilustrar as considerações
técnicas do presente documento.
O estudo de campo foi realizado através de inspeções realizadas nas unidades da empresa [NOME DA
EMPRESA] considerando os postos de trabalho e funções com diferenças técnicas significativas quanto à
ergonomia, determinada junto ao departamento de recursos humanos e saúde ocupacional da empresa,
baseada na observação e análise dos postos de trabalho, identificando condições que possam influenciar no
risco.
Os postos/atividades foram observados, permitindo analisar o modo de acomodação e ajustes de cada
usuário à situação de trabalho proposta, sob os seguintes aspectos:
Espaço de trabalho;
Repetitividade;
Força;
Posturas;
Trabalho sentado;
Meios técnicos para a realização das atividades (equipamentos/materiais de trabalho);
As conclusões apresentadas para os postos de trabalho foram baseadas na realização prévia de análise
biomecânica através de observação direta das situações de trabalho e/ou das análises fotográficas e de filmes
realizados no momento da análise de campo, que serviram de modelo para as coletas de informações
necessárias para a compreensão geral da atividade, bem como de parâmetros objetivos para a utilização das
ferramentas de análise complementar.
Devido à complexidade e características distintas dos postos, as atividades que possuem interação com
mobiliário ou características análogas a trabalhos administrativos foram avaliadas considerando os aspectos a
seguir:
Área de apoio;
Ajustes possíveis;
Acesso aos ajustes;
Conforto;
Acabamento e Estruturas;
Acessórios;
Conformidade dos ajustes à NR17;
Estrutura das cadeiras;
Layout`s e espaços de trabalho;
Organização geral do trabalho;
A condição ergonômica das mesas e cadeiras foi embasada nas orientações da Norma Regulamentadora
NR 17 e o Checklist de Couto adaptado ás condições das mesas e cadeiras (anexo).
Considerando todos os requisitos da Norma Regulamentadora n.º 17 – Ergonomia, quais sejam:
17.2 – Levantamentos, transporte e descarga individual de materiais
17.3 – Mobiliário dos postos de trabalho
17.4 – Equipamentos dos postos de trabalho
17.5 – Condições ambientais de trabalho
17.5.3 – Iluminação nos postos de trabalho
POSTOS AVALIADOS
Modelo
3 Nome do posto 1
avaliado
Modelo
4 Nome do posto 1
avaliado
Modelo
5 Nome do posto 1
avaliado
Modelo
6 Nome do posto 1
avaliado
Não
82 Posto não informado 1
informado
Não
83 Posto não informado 1
informado
Não
84 Posto não informado 1
informado
Não
85 Posto não informado 1
informado
ANÁLISE DA DEMANDA
A demanda originou-se de uma de uma solicitação da empresa [nome da empresa], cujo foco da análise
deve ser de verificar no seu processo produtivo, as atividades e postos de trabalho descritos acima, há
existência ou não de situações que pudessem representar risco ergonômico. Daí objetivou-se a elaboração do
estudo ergonômico, baseado na NR- 17 da Portaria 3214/78 do MTb, para se apontar as condições de não
conformidade quanto as características dos postos de trabalho e atividades desenvolvidas, frente ao
estabelecido pela legislação vigente, sempre embasado por orientações técnicas aplicáveis.
IDENTIFICAÇÃO DO POSTO
A principal atividade do auxiliar de produção nesse posto é fazer a inserção dos aparelhos nas cartelas,
embalando os produtos.
DESCRIÇÃO DA TAREFA:
O ciclo de trabalho se inicia com a pega de uma cartela no suporte localizado à esquerda do posto e
posiciona no JIG imediatamente à sua frente, em seguida, com ambas as mãos a trabalhadora pega um grupo
de aparelhos (de 6 a 8 por vez, de 3 a 4 em cada mão) na calha da máquina à sua direita e insere nos orifícios
na cartela posicionada no gabarito à sua frente. Após completada a cartela com 24 aparelhos nesse modelo, a
trabalhadora retira o conjunto montado do gabarito, com a mão direita, e coloca na esteira localizada em seu
lado direito, após a calha de deposição dos aparelhos.
Pausas regulares:
3 - 05 minutos de ginástica laboral. CIL: Higienização das máquinas (as duas auxiliares e o operador fazem
a higienização das máquinas antes de começa o processo produtivo, diariamente.
Obs.: Ocorrem paradas não programadas no processo, que ocorrem quando há falhas no processo, entretanto,
elas variam sem um padrão.
RODÍZIO DE TAREFAS
As duas auxiliares de produção alternam entre os postos da direita e esquerda a cada intervalo.
DIFICULDADES:
A trabalhadora relata que não pode ir ao banheiro fora do horário das pausas quando o operador não sabe
trabalhar no posto de inserção dos aparelhos na cartela.
Há poucas diferenças biomecânicas entre os postos onde os trabalhadores fazem o revezamento a cada
intervalo, pois ambos realizam a mesma atividade e recebem o mesmo tipo de carga biomecânica, por outro
lado, o fato de haver troca diária de posto e de máquina é benéfico aos trabalhadores.
RITMO DE TRABALHO:
Ritmo moderado – Os trabalhadores conseguem acompanhar o ritmo de trabalho exigido, mas não há espaços
de tempos significativos entre um ciclo e outro.
A empresa adota o sistema de pausas intra jornada, ginástica laboral e troca os trabalhadores de posto
diariamente, assim como foram observadas melhorias ergonômicas pró ativas como o suporte do JIG ajustável.
Esse tipo de suporte permite fácil ajuste de inclinação do gabarito, entretanto, o ajuste da altura, apesar de
existir, não é de fácil acesso aos operadores.
A empresa adota o sistema de pausas intra jornada, com pausas distribuídas de acordo com a
metodologia OCRA.
Todas as pausas são bem colocadas, possibilitando tempo de recuperação de fadiga de acordo com a
metodologia escolhida pela empresa para distribuição das pausas;
Imagem de ilustração
Farol
Item
Informações relevantes: As ações de pegar a cartela vazia e colocar a outra cartela cheia na esteira ocorre de
forma simultânea.
Registro fotográfico
Imagem de ilustração
Observações relevantes:
O Trabalhador segura e mantem a vareta de solda na mão esquerda e com a ponteira da chama na mão
direita;
Em dois dos quatro pontos de solda no modelo avaliado, trabalhador faz uma flexão com o ombro esquerdo
de aproximadamente 90 graus, nos outros dois não há flexão significativa de ombro;
POSTURA DE TRABALHO
Observações relevantes:
Imagem de ilustração
Para acessar a parte mais alta do gabarito, são exigidos movimentos com amplitudes de 70 graus com os
ombros.
Existe um suporte regulável para o gabarito onde os aparelhos são montados na cartela, porem o braço
do suporte impede a aproximação da trabalhadora.
O suporte apesar de permitir regulagem, não é ajustado pois depende de soltar parafusos, não sendo
portanto, ajustado para atender as diferenças de estatura de cada trabalhador.
1 Altura apropriada? 1
2 Dimensões apropriadas? 1
8 Gavetas Leves? 1
Total de pontos 09
% de pontos 100%
Critério de interpretação
Em cada dos itens pesquisados, e também para o total de itens deste check list considere:
Assento
Imagem de ilustração
Observações relevantes:
Avaliação da cadeira Nº
1 Cadeira estofada? 1
4 Altura regulável? 1
6 A altura máxima da cadeira é compatível com pessoas mais altas ou com pessoas baixas? 1
11 Apoio dorsal com regulagem da inclinação (seja através de regulagem própria, seja através de 1
“mecanismo de amortecimento”)?
12 Apoio dorsal fornece um suporte firme? 1
16 Giratória? 1
Critério de interpretação
Em cada dos itens pesquisados, e também para o total de itens deste check list considere:
91% a 100% dos pontos – condição ergonômica excelente
71% a 90% dos pontos – boa condição ergonômica
51% a 70% dos pontos – condição ergonômica razoável
31% a 50% dos pontos – condição ergonômica ruim
Menos de 31% dos pontos – condição ergonômica péssima
Há levantamento,
a) transporte e descarga ( ) Sim ( X ) Não ( ) individual ( ) coletivo Peso: Ver abaixo
de materiais?
Há treinamento ou Obs.:
instrução para O peso das cartelas não foi relevante para
b) transporte e ( ) Sim ( ) Não ( X ) NA esse estudo.
levantamento de
cargas?
Existem equipamentos
para facilitar o
c) ( ) Sim ( ) Não (X) NA
transporte ou
manuseio de cargas
Os equipamentos, se
d) utilizado, estão ( ) Sim ( ) Não (X) NA
adequados
Observações relevantes:
A trabalhadora transporta as cartelas cheias para a esteira ao lado direito, entretanto, o peso não foi relevante
para esse estudo.
Imagem de ilustração
O Operador de máquina faz os ajustes do equipamento através de botões e botoeiras elétricas. Nessa
ação, não foram verificadas ações que demonstrassem ser representativas do posto de vista de ergonomia,
uma vez que tanto a altura, o método de acionamento e condição dos equipamentos se mostraram
satisfatórios.
Imagem de ilustração
O operador usa um estilete de forma eventual para abrir as caixas que serão inspecionadas, e essa ação
ocorre poucas vezes ao dia cerca de 4 a 5 vezes, não fazendo parte de sua atividade principal;
Usa um scanner para fazer a leitura das etiquetas e dos códigos de entrada e saída de material durante e
a inspeção.
CONDIÇÕES AMBIENTAIS
Utilizamos também a ferramenta ergonômica Suzane Rodgers como suporte na interpretação do risco
para pescoço, tronco e membros inferiores, cujo resultado vemos abaixo.
CONCLUSÃO
Através da avaliação qualitativa e quantitativa das ações realizadas no posto de Fixação do aletado,
considerando sua dinâmica de realização das atividades, utilizando como suporte na definição do risco
ergonômico as ferramentas ergonômicas Check list OCRA, SUZANE RODGERS e OWAS, assim como, avaliando
os aspectos qualitativos da atividade através da observação direta, entendemos que a atividade apresenta um
RISCO ERGONÔMICO MÉDIO, PARA OS MEMBROS SUPERIORES, RISCO MODERADO PARA TRONCO, RISCO
BAIXO PARA PESCOÇO E MEMBROS INFERIORES, E DE ACORDO COM A FERAMENTA OWAS, SÃO NECESSÁRIAS
MEDIDAS CORRETIVAS EM UM FUTURO PRÓXIMO.
SUGESTÕES DE MELHORIA
Posto de trabalho: Inserção de componente 01
Setor: PPO
Modelo avaliado: comum
Data de elaboração: 08.10.2021
Conclusão: Há situações pontuais que podem ser aperfeiçoadas, conforme sugestões de melhoria em plano
de ação anexo.
Através da avaliação qualitativa das ações realizadas no posto de inserção de componentes 01, considerando
sua dinâmica de realização das atividades, utilizando como suporte na definição para avaliação os aspectos
qualitativos da atividade através da observação direta, entendemos que a atividade apresenta situações que
requerem melhorias pontuais a serem aplicadas em médio prazo, conforme plano de ação simplificado a
seguir.
A engenharia informou
Reunir com os que o problema ocorre
fornecedores das em função do tipo de
Curto
2 placas para que seja material com que esse 3 3 3
prazo
identificado o motivo lote foi produzido, o que
da aplicação de força. deixou o componente
INSERIR COMPONENTE mais difícil de encaixar
Manter área de
descanso para que os Recomendação da N
3 NA NA NA
trabalhadores possam NR17. A
sentar nas pausas
PLANO DE AÇÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. COLOMBINI, Daniela; ENRICO, Occhipinti. Método OCRA para análise e a prevenção do risco por
movimentos repetitivos: manual para avaliação e a gestão do risco – Curitiba,PR: Edição do Autor,2014.
2. FARACO, Sérgio Roberto. Perícias em DORT. 2. ed. São Paulo:LTr, 2010.
3. HUDSON DE ARAUJO COUTO – Gerenciando a LER e os DORTs nos tempos atuais, Ergo Editora – 2007.
4. HUDSON DE ARAUJO COUTO – Qualidade e Excelência, Ergo Editora – 1994.
5. HUDSON DE ARAUJO COUTO – Novas Perspectivas na Abordagem Preventiva das LER/DORT, Ergo Editora
– 2000.
6. LECH, Osvandré; Hoefel, Maria da Graça; Severo, Antônio e Pitágoras, Tatiana. Aspectos Clínicos dos
Distúrbios Ósteo- Musculares Relacionados ao Trabalho (DORT). São Paulo, SP: CREMS Centro Rhodia
Estudos Médico-Sociais.
7. NETO, Antonio Buono; Buono, Elaine Arbex. Guia Prático para Elaboração de Laudos Periciais em
Medicina do Trabalho. 2. ed. São Paulo: LTr, 2011.
8. OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de. Proteção Jurídica à Saúde do Trabalhador. 6. ed. ed. São Paulo: LTr 75,
2011.
9. SIZINIO, Herbert. Ortopedia e Traumatologia: princípios e prática. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.