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25 jan 2024
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NOVIDADES
Ergonomia organizacional é toda prática que a empresa realiza para gerar benefícios para a saúde dos profissionais e
melhorar o clima interno. Diz respeito a ética, as políticas organizacionais, a comunicação, gestão e qualidade nos
processos, além de outros aspectos do contexto empresarial.
Investir em ergonomia organizacional é uma ótima ideia para melhorar as condições de trabalho na empresa e, assim,
aumentar a motivação e produtividade da equipe. No entanto, muitos ainda desconhecem esse termo e o seu impacto
na gestão de pessoas.
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A discussão e implementação de conceitos de ergonomia empresarial são recentes, mas problemas relacionados à
ergonomia sempre existiram. Para se ter uma ideia, apesar de o termo ter surgido de fato no século XX, há
comprovação histórica de que na pré-história já se utilizavam soluções para facilitar atividades no trabalho.
A manipulação de armas para caça e defesa é um exemplo de como ferramentas e instrumentos podiam melhorar o
ambiente naquele contexto, característica essa que está totalmente relacionada à ergonomia.
Ergonomia, dessa forma, visa viabilizar a execução de uma determinada tarefa ajustando o ambiente e seus recursos
em prol da pessoa e das atividades.
No entanto, esse é apenas um dos campos deste conceito: existe um termo mais abrangente e igualmente importante
— a ergonomia organizacional. Esse conceito se refere à relação do colaborador com seu ambiente de trabalho,
buscando o melhoramento das condições para benefício de todos os envolvidos.
Essa questão não se resume a móveis ou a promoção de ginástica laboral, mas sim compreende toda estrutura da
empresa. Assim, a ergonomia organizacional abarca áreas como:
Estrutura organizacional;
Sistemas sociotécnicos;
Processos;
Projetos;
Políticas internas;
Cultura organizacional;
Comunicação interna;
Clima interno;
Relacionamentos;
Trabalho em equipe;
Ética;
Satisfação;
Gestão do trabalho;
Recursos humanos;
Entre outras.
Desta forma, é fácil entender como a ergonomia organizacional é uma área abrangente — compreendendo desde o
lado técnico e operacional às relações humanas. Isso também deixa claro como este conceito é importante para o bom
funcionamento da empresa e desenvolvimento de uma dinâmica saudável nas equipes.
Por essa razão, ela pode ser classificada em tipos. Estudos atuais rotulam três. Confira, a seguir, quais são eles.
Ergonomia física
A ergonomia física estuda e avalia toda relação entre a anatomia do colaborador, como sua fisiologia, biomecânica e
antropometria, com as práticas de trabalho que realiza. São observadas, por exemplo:
posturas;
manuseio de materiais;
movimentos repetitivos;
distúrbios musculoesqueléticos.
Ou seja, sabe aquela cadeira não-ergonômica utilizada pelos colaboradores? Aquele headset sem o protetor auricular?
Então, todos esses aspectos são levados em consideração na ergonomia física e solucionados, para que o profissional
execute seu trabalho sem ser prejudicial para a saúde.
Exemplos práticos
Como mencionado acima, a ergonomia física analisa a estrutura da empresa e como ela foi projetada para garantir a
saúde do colaborador. Um exemplo simples - também já comentado por aqui - é a cadeira que ele utiliza todos os
dias.
Sua empresa pode avaliar se a cadeira possui regulagem para permitir a postura correta e, assim, evitar possíveis
problemas na coluna.
É importante mencionar que o trabalho da ergonomia física não se restringe apenas a avaliação do ambiente e dos
objetos, ela também tem o papel de conscientizar e orientar, a fim de preservar a saúde física dos colaboradores.
Ergonomia organizacional
A ergonomia organizacional está relacionada ao clima empresarial, a cultura, bem como aos processos e políticas de
uma empresa. Alguns aspectos considerados nesse contexto são:
Trabalho em equipe;
Gestão de qualidade;
Fluxos de comunicação;
Tempo de trabalho;
Iniciativas colaborativas.
Exemplos práticos
A ergonomia organizacional serve para avaliar e conscientizar a empresa acerca do seu modelo de gestão e do fluxo
de trabalho que possui, apontando mudanças que gerem melhoria nesses aspectos.
A ergonomia organizacional vê as pessoas como parte de um sistema e, portanto, implementa estratégias para que ele
funcione corretamente. Uma das práticas adotadas aqui é o feedback, propostas novas formas de trabalho, políticas e
mais.
Ergonomia cognitiva
A ergonomia cognitiva - como o nome já dá a entender - está relacionada aos processos mentais, como memória e
raciocínio dos colaboradores. Ela diz respeito a:
Confiabilidade humana;
Tomada de decisão;
Interação humano-máquina.
Práticas ergonômicas cognitivas podem envolver ações com treinamento e desenvolvimento de colaboradores, por
exemplo. A seguir, veja mais detalhes.
Exemplos práticos
As estratégias para implementar esse tipo de ergonomia estão relacionadas ao treinamento e desenvolvimento de
colaboradores. A intenção aqui é oferecer aos profissionais o conhecimento, ou seja, as competências necessárias
para desempenhar suas tarefas de forma efetiva e inteligente, para que esforços sejam poupados.
A ergonomia cognitiva também está relacionada à criação de estratégias e ações que melhorem as relações entre
líderes e colegas. Podem ser práticas de boa convivência ou mesmo políticas que visam a saúde mental e o bem-estar
dos funcionários.
Para resumir, a ergonomia física cuida do funcionamento orgânico do ser humano, a organizacional dos estímulos
externos no ambiente corporativo e a cognitiva trabalha a relação mental e emocional entre o colaborador e o trabalho.
Esse objetivo pode ser alcançado por meio de diferentes estratégias e envolve uma série de análises, tais como:
O olhar crítico da ergonomia organizacional sugere intervenções para informar, sensibilizar e corrigir problemas. Com
isso, a empresa experimenta um aumento da eficiência organizacional, o que se reflete em outros aspectos, como a
produtividade e os lucros.
Para compreender melhor o objetivo da ergonomia organizacional, é importante conhecer as principais áreas em que
essa prática pode ser aplicada. Elas se resumem a quatro campos:
Projeto de espaços de trabalho: A abordagem da ergonomia organizacional em relação aos espaços de trabalho
visa garantir o conforto, a eficiência e a segurança para os profissionais. Nesse caso, consideram-se a disposição
dos móveis, a ventilação, a iluminação e a temperatura do ambiente.
Gestão de recursos humanos: Nesse aspecto, a ergonomia organizacional leva em consideração as necessidades
dos funcionários. São elaboradas políticas de saúde e segurança, além de fomentar um ambiente de trabalho
saudável, entre outras práticas.
Comunicação e cultura organizacional: Todas as práticas da ergonomia organizacional refletem, mesmo que
implicitamente, na cultura organizacional da empresa. No entanto, é possível implementar medidas que busquem
aprimorar esse aspecto específico, como a criação de campanhas para compartilhar os valores e objetivos da
organização, promover a Segurança Psicológica, implementar uma cultura de feedback, construir um ambiente
colaborativo, entre outras ações.
Qualidade de vida
Se a ergonomia física já gera benefícios para a saúde do colaborador, imagine aplicar essa lógica a uma esfera maior.
Esse conceito ajuda a impactar positivamente o ambiente de trabalho, adequando diversas frentes para melhorar a
qualidade de vida dos profissionais na empresa.
A ergonomia organizacional também ajuda na redução de riscos e de problemas no trabalho, que prejudicam a saúde
— inclusive mental — dos colaboradores, a motivação, o engajamento e a dinâmica interna.
Nesse sentido, há a diminuição de outros índices negativos, como afastamentos e absenteísmo, que impactam a
produtividade e o clima na empresa.
Motivação e engajamento
Ao melhorar a qualidade de vida, a ergonomia organizacional também contribui para fortalecer dois elementos
importantes: a motivação e o engajamento. Sem eles, os profissionais não conseguem se dedicar ao serviço e serem
produtivos como deveriam.
O cuidado com a saúde e condições de trabalho faz os colaboradores se sentirem valorizados, fortalecendo assim sua
motivação e engajamento, além de contribuir para melhorar o clima organizacional.
Produtividade
Todos esses itens acabam colaborando, mesmo que indiretamente, para aumentar a produtividade dos profissionais.
Um ambiente saudável e motivador permite com que os funcionários estejam mais dispostos e confiantes a realizar
seu trabalho, inclusive melhorando a qualidade do seu serviço.
Assim, cuidar da motivação e bem estar dos funcionários é uma forma de aumentar a produtividade da equipe e,
assim, os resultados do negócio.
Retenção de talentos
Um dos maiores problemas que as empresas enfrentam é a alta rotatividade e perda de talentos. Isso traz prejuízos
produtivos, financeiros e intelectuais a um negócio, que precisa se empenhar novamente no esforço de encontrar,
contratar e treinar novos funcionários para ocupar a posição vaga.
Um clima saudável estimula a motivação, engajamento e produtividade dos colaboradores — fatores que ajudam os
talentos a se manter na empresa. Se o emprego é satisfatório, não há motivos para sair e, pior, ir para a concorrência.
Desta forma, os talentos se mantêm na organização e a ajudam a lutar por seu sucesso.
Todos esses pontos mostram como a ergonomia organizacional é uma estratégia que pode gerar bons frutos na
empresa, fortalecendo o seu interior para aumentar os resultados com o público e o espaço no mercado.
No entanto, mesmo conhecendo os benefícios, muitos têm dúvidas a respeito de como implantar esse conceito em um
negócio.
Trazer esse olhar para a saúde do colaborador, é uma maneira de avaliar possíveis mudanças no ambiente de
trabalho, a fim de corrigir situações que causam desconforto, fadiga excessiva, dor e, até mesmo, afastamento.
Lembre-se: Um colaborador bem garante a eficácia do seu trabalho e maior produtividade. Esses são somente alguns
dos retornos positivos que o programa de ergonomia pode proporcionar. Sem contar que cada área conta com seus
próprios benefícios. Veja, a seguir, outras vantagens que achamos interessantes e gostaríamos de compartilhar com
você.
Aumento da produtividade
Na introdução deste capítulo, você recebeu uma dica de que a ergonomia melhora a produtividade dos colaboradores.
No entanto, é importante entender por que ela gera esse benefício.
Ao se comprometer em aprimorar as condições de trabalho dos colaboradores da sua empresa, torna-se mais fácil
para os profissionais desempenhar as atividades rotineiras e lidar com as situações inerentes ao cenário profissional.
Quando as condições de trabalho, incluindo ambiente, pessoas e cultura organizacional, são saudáveis, as pessoas se
sentem confortáveis tanto psíquica quanto fisicamente, estando mais propensas a explorar todo o seu potencial.
Isso resulta em um clima organizacional mais saudável e em maior fluidez na produção. A pressão diária também sofre
mudanças, sendo minimizada a um nível em que as interações passam a ser favorecidas, tornando o ambiente mais
leve.
Trabalhadores satisfeitos
Ter trabalhadores satisfeitos é uma consequência de todos os outros benefícios que a implementação da ergonomia
no trabalho pode proporcionar. Logo, esse efeito ocorre devido às condições confortáveis e seguras que o profissional
passa a ter.
Além disso, ele percebe a preocupação da empresa para com seu bem-estar físico, mental e emocional, o que faz com
que passe a valorizar o lugar onde se encontra.
Não é necessário muito esforço para alcançar isso, pois existem vários recursos utilizados para adaptar o ambiente e
garantir a diminuição de doenças ocupacionais, bem como outros problemas relacionados.
Além disso, a minimização de riscos de acidentes e doenças ocupacionais influencia na queda brusca do índice de
absenteísmo da empresa, uma vez que terá profissionais saudáveis, sem necessidade de consultas médicas
recorrentes ou de licenças para cuidar da saúde.
O profissional não tem interesse em deixar um emprego que valoriza sua qualidade de vida e garante todos os
recursos necessários para trabalhar com segurança e saúde.
Menos riscos de problemas emocionais
A saúde física está interligada à saúde mental e vice-versa. Pensar e implementar medidas para melhorar a ergonomia
é também uma forma de investir nos aspectos psicológicos do trabalhador.
Direta ou indiretamente, os riscos de transtornos emocionais causados pela falta de recursos para realizar tarefas ou
pelo desinteresse da empresa no bem-estar de sua equipe são minimizados.
Ergonomia física: a mais conhecida, que envolve os cuidados com a saúde e conforto para evitar doenças
ocupacionais e desgaste dos colaboradores. Ginástica laboral, cadeiras e equipamentos ajustados ao tamanho do
funcionário e acessórios especiais são alguns dos itens e medidas dessa categoria;
Ergonomia cognitiva: é ligada à saúde mental dos profissionais e trabalha questões como emoção, memória,
raciocínio, percepção e cognição. A diminuição do estresse e a melhora no uso dos equipamentos são
considerados neste item.
Alguns consideram também a existência da ergonomia participativa, que seria o planejamento e gestão da qualidade
dos processos da própria ergonomia na empresa, contando principalmente com a cooperação das lideranças nesse
trabalho. Ou seja, é um comitê que garante a implementação e conscientização na organização a respeito do tema.
Esse grupo pode ser uma grande ajuda ao adotar a ergonomia organizacional, juntando ideias e estratégias para
melhorar o ambiente e condições de trabalho. Algumas questões são reguladas por meio de legislações e regras
específicas — como a NR 17 (Norma Regulamentadora, do Governo Federal) — e devem ser atendidas pelos
profissionais da área técnica.
Todas as ações podem ser avaliadas por indicadores de clima interno, motivação, percepção e satisfação dos
colaboradores e envolvidos na empresa, descobrindo os pontos problemáticos que estão prejudicando a dinâmica e
aqueles que são positivos na organização.
Mas, além da ergonomia, existem outras estratégias que uma empresa deve investir para melhorar a qualidade de
vida, produtividade e serviço dos colaboradores e potencializar os seus resultados.
E promover a educação dos funcionários pode ser uma grande parceira para se alcançar essa meta: conheça
a aprendizagem organizacional e como aplicá-la para melhorar a gestão de pessoas da sua empresa!