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CIRURGIA | CIRURGIA PLÁSTICA - BÔNUS | Blefaroplastia, Otoplastia e Rinoplastia 1

BLEFAROPLASTIA, OTOPLASTIA
E RINOPLASTIA
BLEFAROPLASTIA

● Consequências do envelhecimento na região facial:

○ Perda da elasticidade cutânea;

○ Bolsas de gordura orbitais protuberantes;

○ Frouxidão septal;

○ Frouxidão tarsoligamentar.

● Anatomia:

○ Lamelas (a pálpebra superior é constituída por 3 lamelas):


§ Anterior: composta por pele e mm. Orbicular;
§ Média: composta por septo orbitário e gordura septal;
● Com o envelhecimento, o septo fica delgado, permitindo a protrusão
da gordura septal.

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§ Posterior: composta por tarso (tecido conjuntivo denso de suporte)


e conjuntiva.

○ Musculatura envolvida com o esfíncter ocular:


§ Abertura palpebral:
● Levantador da pálpebra superior (Nervo Craniano - NC - III,
o oculomotor);
● Músculo de Muller: inervado pelo Sistema Nervoso Simpático;
§ Fechamento do olho:
● Músculo Orbicular (NC VII, o facial).

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○ Estruturas tarsoligamentares:
§ Tarso; Se insere através de ligamentos medial e lateral no rebordo
orbitário (tendão cantal medial e lateral).
● Tecido conjuntivo denso que margeia a pálpebra superior
e inferiormente.
● Com o tempo, principalmente o tendão cantal lateral tende a
afrouxar e ocorre a “queda do olho”.

Tendões cantal lateral e medial, da esquerda para a direita.

○ Vascularização:
§ Predominantemente pela artéria oftálmica (primeiro ramo da artéria
carótida interna) e artéria infra-orbital (ramo de artéria carótida externa).

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Vascularização.

EXAME CLÍNICO (BLEFAROPLASTIA)

● Blefarocalase: Flacidez cutânea (excedente cutâneo).

● Principal causa:

○ Envelhecimento.

● Tratamento cirúrgico:

○ Tanto por indicação estética e/ou Funcional.

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Blefarocalase.

● Blefaroptose: disfunção muscular (levantador da pálpebra superior e/ou


músculo de muller).

○ Ocorre queda da pálpebra superior sobre a íris (obstrução parcial da visão).

○ Origem:
§ Congênita: normalmente é uma alteração muscular;
§ Adquirida.
● Mecânica (desinserção ou adelgaçamento do músculo levantador da
pálpebra superior sobre o tarso  envelhecimento, trauma);
○ Mais frequente.
● Neurológica (disfunção dos nervos cranianos);
● Muscular (ex. miastenia gravis).

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TRATAMENTO (BLEFAROPLASTIA)

● Blefarocalase:

○ Blefaroplastia (retirada do excesso de pele), cantopexia, tarsal strip.

Ilustração da Blefaroplastia e fotografia do ato cirúrgico.

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Antes e Depois da Blefaroplastia.

● Blefaroptose:

○ Tratar causas reversíveis (minoria);

○ Como as causas reversíveis são a minoria, normalmente é necessário


realizar a reinserção/plicatura do músculo levantador da pálpebra
superior no tarso;
§ Outra opção é o encurtamento da lamela posterior.

Análise da função do músculo levantador para auxiliar na escolha da técnica de


blefaroptose. Se o músculo levantador funciona bem, pode-se avaliar a opção
do encurtamento da lamela posterior.

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Reinserção do mm levantador da pálpebra superior.

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Reinserção do mm levantador da pálpebra superior.

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Tarso-conjuntivo-mullerectomia (Fasanela-Servat): mais indicado na ptose leve.

COMPLICAÇÕES (BLEFAROPLASTIA)

● Quemose: edema que decorre da ruptura dos vasos linfáticos da


região ocular; Colírio de corticoide (alternativa)

○ Benigno.

● Olho seco;

○ Indicado uso de colírios.

● Diplopia;

● Lagoftalmo: incapacidade de fechar o olho completamente. Pode ocorrer


como consequência da retirada de muita pele.

○ No pós-cirúrgico imediato o lagoftalmo pode ocorrer de forma reversível


devido ao edema. Enquanto isso, o paciente é orientado a realizar a
lubrificação regular até a regressão.

○ Se realmente for uma consequência persistente, o paciente irá evoluir


com epífora (lacrimejamento excessivo). Mecanismo de defesa devido irritação

○ Casos mais graves podem evoluir com perda da visão.

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● Ectrópio  eversão da pálpebra com distanciamento dos cílios do


globo ocular.

○ Pode ocorrer como consequência de frouxidão tarso ligamentar da região


inferior da pálpebra (senil) ou retração cicatricial.

○ Causa irritação e necessita de correção.

● Entrópio  inversão da pálpebra e cílios para dentro do globo ocular;

○ Causa atrito e possível ceratite, com posterior perda da visão em casos


mais graves..

● Hematoma retrobulbar  geralmente ocorre devido a uma hemostasia


inadequada durante o ato cirúrgico. Isso causa uma infiltração do sangue no
tecido retro orbitário e aumento da pressão sobre o nervo óptico, com risco
de isquemia e cegueira.

○ Trata-se de uma emergência cirúrgica;

○ Conduta:
§ Suporte: O2, corticoide, manitol;
§ Definitivo: Cantotomia e cantólise. Para diminuir a pressão (hematoma infiltrating -> não puncionável)

Quemose.

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Hematoma retrobulbar e cantólise, da esquerda para direita.

OTOPLASTIA

● A otoplastia está indicada para pacientes com orelhas proeminentes:


(popularmente conhecido como”orelhas de abano”).

● Anatomia da orelha externa  regiões mais importantes para a otoplastia:

○ Hélice: região mais externa.

○ Anti-hélice.

○ Concha: região central.

○ Lóbulo.

○ Escafa.

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Anatomia da orelha externa.

● Alterações anatômicas envolvidas:

○ Perda da dobra da anti-hélice;

○ Aumento do ângulo aurículo-cefálico;

○ Hipertrofia conchal;

○ Proeminência do lóbulo.

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● Idade para operar: a partir dos 6 anos (quando 85% da orelha está formada).

Perda da dobra da anti-hélice.

Hipertrofia conchal.

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● Tratamento guiado pela alteração anatômica:

○ Diante do apagamento da anti-hélice  recria-se a dobra da anti-hélice


por meio da sutura escafo-conchal (Mustàrde).

Sutura escafo-conchal (Mustàrde) fotografia e ilustração.

○ Diante da Hipertrofia da concha  realiza-se a diminuição do ângulo


auriculo cefálico por meio da sutura concho-mastóidea (Furnas) ou
excisão parcial da concha.

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Ilustração da sutura concho-mastóidea (Furnas) e excisão parcial da concha, da


esquerda para direita.

Ilustração da sutura concho-mastóidea (Furnas) entre a concha


e a região mastóidea.

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○ Diante da alteração do lóbulo  Reposicionamento ou excisão parcial.

● Complicações:

○ Mais comum: assimetria;

○ Outras: infecção, hematoma, deiscência, condrite;

● A utilização da faixa compressiva no pós-operatório diminui o risco de


complicações.

Assimetria.

RINOPLASTIA

● Estrutura central da face de importância estética e de traços históricos


e culturais.

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18 CIRURGIA | CIRURGIA PLÁSTICA - BÔNUS | Blefaroplastia, Otoplastia e Rinoplastia

Exemplos de variedade do nariz.

● Anatomia:

○ Terço superior: osso nasal;

○ Terço médio: cartilagens laterais superiores;

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○ Terço inferior: cartilagens laterais inferior.

○ 9 unidades anatômica externas (vide imagem abaixo):


§ 1 - Dorso (uma unidade);
§ 2 - Paredes laterais (duas unidades);
§ 3 - Asas nasais (duas unidades);
§ 4 - Ponta (uma unidade);
§ 5 - Triângulo mole (duas unidades).
§ 6 - Columela (uma unidade);

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20 CIRURGIA | CIRURGIA PLÁSTICA - BÔNUS | Blefaroplastia, Otoplastia e Rinoplastia

● Vascularização:

○ Provém da artéria facial (ramo da artéria carótida externa)  bifurca-


se próximo ao sulco nasogeniano, formando a artéria angular, que irá
emitir ramos para o nariz:

○ A artéria labial superior também irá emitir ramos para o nariz.

○ Tal sistema vascular se comunica com a vascularização orbitária.

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● Fluxo aéreo é controlado pelas:

○ Válvula externa:
§ Formada pelas cartilagens laterais inferiores (Borda das narinas).

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Válvula externa.

○ Válvula interna:
§ Formada pela junção das cartilagens laterais superiores e do septo.
§ Estruturas/ alterações que influenciam no fluxo aéreo.
● Desvio de septo;
● Conchas nasais.

Válvula interna.

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● Tratamento:

○ Indicações: Cirurgia estética, funcional ou reparadora (trauma,


reconstrução);

○ Técnica aberta vs fechada;


§ Aberta: incisão da columela e melhor exposição das estruturas do nariz.
§ Fechada: mais indicada em correções fora da ponta, pois a fechada não
expõe bem a ponta nasal.

○ Principais correções:
§ Giba dorsal;
§ Linhas dorsais;
§ Desvio ósseo;
§ Definição de ponta nasal.

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○ Essencial:
§ Preservar estruturas ou, no máximo, substituir por enxertos (refazer
estruturas), como de cartilagem;
● Ponto negativo: o enxerto de cartilagem tende a ser reabsorvido com
o tempo, causando deformidades.

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○ Falta de sustentação: comum o enxerto de cartilagem, seja do próprio


septo, da concha auricular ou de costela.

Locais de retirada do enxerto de cartilagem.

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26 CIRURGIA | CIRURGIA PLÁSTICA - BÔNUS | Blefaroplastia, Otoplastia e Rinoplastia

Rinoplastias estruturadas com enxerto.

○ Osteotomias:
§ Reposicionamento ósseo (exemplo: estreitar a base nasal e realinhar
consolidação viciosa).

Osteotomia medial.

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● Complicações:

○ Deformidades, assimetrias;

○ Edema prolongado (pode demorar 6 meses até 1 ano para


cicatrizar completamente);

○ Sangramento (equimose, hematoma, epistaxe);

○ Infecção;

○ Perfuração de septo (se técnica inadequada);

○ Lesão intracraniana;

○ Obstrução aérea (insuficiência de válvula interna e externa, sinéquia).

● Insuficiência de válvula externa:

○ Ressecção excessiva das cartilagens laterais inferiores  colabamento


à inspiração.

○ Tratamento: enxertos alares (alar grafts).

Insuficiência de válvula externa.

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28 CIRURGIA | CIRURGIA PLÁSTICA - BÔNUS | Blefaroplastia, Otoplastia e Rinoplastia

Enxerto alar.

● Insuficiência de válvula interna  causa deformidade em V invertido:

○ Ressecção excessiva do septo;

○ Ressecção excessiva das cartilagens laterais superiores.

○ Tratamento: enxertos espaçadores (spreader grafts).

Deformidade em V invertido.

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Enxerto espaçador.

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