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HIIT | CIRURGIA PLÁSTICA – Cirurgia Reparadora - Fratura de Face 1

CIRURGIA REPARADORA - FRATURA DE FACE


Fratura de Face è Momento do reparo:
o Deve ser tomado após avaliação das
è Conduta inicial  aplicar protocolo ATLS!!! condições clínicas do pacientes, bem
como dos traumas associados;
o Raramente são emergências;
o Reparo precoce:
§ Maior facilidade cirúrgica;
§ Melhor resultado estético e funcional.
o Momento ideal  entre 7 – 14 dias após a lesão;
§ Após esse período, pode ocorrer fibrose e
consolidação viciosa.
è Fratura do osso frontal:
o Anatomia:
§ Tábua anterior e posterior;
§ Seio frontal;
è Exame físico: § Epitélio respiratório;
o Avaliar: § Ducto nasofrontal.
§ Dor, edema; o Exame físico:
§ Lacerações; § Laceração;
§ Equimoses e hematomas; § Hematoma;
§ Deformidades; § Afundamento visível;
§ Perdas cutâneas; § Equimose periorbital/subconjuntival;
§ Hipoestesia, anestesia; § Anestesia supraorbital  em caso de lesão do
§ Fratura palpável, crepitação; nervo supraorbital.
§ Alterações visuais;
§ Mal-oclusão dentária;
§ Motricidade ocular;
§ Nervo facial.

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§ Paredes:
• Superior;
• Lateral;
• Medial;
• Inferior.

o Apresentação clínica:
§ Rinorreia;
§ Pneumoencéfalo;
§ Meningite;
§ Fístula carotídea – seio cavernoso
§ Exoftalmia pulsante;
§ Mucocele/abscesso
o Tratamento cirúrgico:
§ Indicações:
• Afundamento da parede anterior;
o Apresentação clínica:
• Fratura da parede posterior (com laceração
§ Diplopia;
dural presumida);
§ Hemorragia subconjuntival;
• Obstrução do ducto nasofrontal;
§ Hematoma periorbital;
• Mucocele. § Exoftalmia – em casos mais raros;
§ Redução aberta com fixação interna: § Enoftalmia;
è Fratura de órbita: § Alteração da acuidade visual e do
o A região da órbita é composta por: reflexo pupilar;
§ Ossos: § Alteração dos movimentos do globo ocular.
• Frontal;
• Maxilar;
• Zigomático;
• Lacrimal;
• Esfenóide;
• Etmóide;
• Palatino.
§ Cone:
• Ápice  forame óptico;
• Base  bordas externas.

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o Fratura blow-out:
§ Cursa com aumento súbito da pressão
intra-ocular;
§ Ocorre descompressão através da fratura das
paredes medial e inferior da órbita ocular;
§ Há herniação para o seio maxilar.

§ Tratamento cirúrgico:
• Indicações:
1. Encarceramento muscular;
2. Déficit visual progressivo;
3. Enoftalmia acentuada.
• Método  redução aberta com
fixação interna.
§ Apresentação clínica:
• Enoftalmia;
• Encarceramento muscular:
1. Dor;
2. Imobilidade ocular;
3. Reflexo óculo-cardíaco.
§ Exame de imagem:
• À esquerda – corte axial  fratura da parede
medial, com perda da continuidade óssea;
• À direita – corte coronal  fratura
de parede inferior, com herniação de
conteúdo adiposo para o seio maxilar.

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o Complicações; § Síndrome do ápice orbitário:


§ Diplopia; • Síndrome da fissura orbitária superior;
§ Ptose palpebral; • Amaurose;
§ Lesão do globo ocular/perda da visão; • Dor ocular.
§ Enoftalmia, exoftalmia;
è Fratura naso-órbito-etmoidal:
§ Entrópio, ectrópio;
o Ossos:
§ Anestesia do nervo infra-orbital;
§ Nasal;
§ Hematoma retrobulbar  emergência
§ Maxilar;
cirúrgica = cantólise;
§ Frontal;
• Há elevado risco de perda da visão!
§ Lacrimal;
§ Etmóide.
o Apresentação clínica:
§ Afundamento nasal;
§ Crepitação palpável;
§ Telecanto traumático – desinserção
traumática do tendão cantal;

§ Hematoma palpebral;
§ Hemorragia subconjuntival;
§ Epífora – em caso de lesão do ducto lacrimal.
o Classificação  Markowitz:
§ Tipo I: fragmento único;
§ Tipo II: cominuição, tendão cantal inserido;
§ Tipo III: cominuição, tendão cantal desinserido.

§ Síndrome da fissura orbitária superior:


• Oftalmoplegia;
• Ptose palpebral;
• Pupila midriática não fotorreagente;
• Hipoestesia palpebral, conjuntival o Tratamento:
e corneana. § Método  Redução aberta com fixação interna;

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§ Principais objetivos:
• Reposicionamento ósseo;
• Reposicionamento do tendão cantal medial;

§ Condutas associadas:
• Enxertia óssea;
• Reparo do sistema lacrimal; o Tratamento:
• Imobilização nasal. § Redução fechada:
è Fratura nasal: • Representa a maioria dos casos;
o Força lateral  colapso da parede nasal lateral • Reparo ideal  em 5-7 dias.
em direção ao septo; § Rinoplastia aberta:
o Força anteroposterior  afundamento nasal; • Fraturas de grau II/III (NOE);
o Graus de fratura: • Reconstruções tardias:
1. Osteotomias;
2. Enxerto ósseo;
3. Enxerto de cartilagem.

o Apresentação clínica:
§ Epistaxe;
§ Laterorrinia;
§ Nariz em sela;
§ Obstrução nasal;
§ Sinéquias;
§ Hematoma de septo  emergência cirúrgica!!
Proceder com drenagem

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è Fratura do zigoma e arco zigomático: è Fratura de maxila:


o Apresentação clínica: o Apresentação clínica:
• Equimose periorbitária; § Dor, edema;
• Afundamento do malar; § Equimose e hematoma;
• Parestesia/anestesia do nervo infra-orbital; § Epistaxe;
• Trismo; § Crepitação;
• Má oclusão. § Má oclusão;
o Tratamento: § Mordida aberta anterior;
§ Pontos principais: § Fratura alveolar.
• Determinar local da fratura; o Tipos de fratura:
• Grau do desvio;
• Cominuição.
§ A partir dos pontos citados acima, pode-se
determinar o acesso a ser realizado:
• Intra-oral;
• Subciliar/transconjuntival;
• Sobre a sutura frontal;
• Temporal;
• Coronal.
§ Métodos:
• Conservador  desvios mínimos, suturas
alinhadas;
• Redução fechada:
1. Fratura incompleta da sutura ZF;
2. Fraturas únicas com desvio medial
e posterior;
3. Fraturas de arco zigomático isoladas
com desvio medial.
• Redução aberta com fixação interna:
1. Fraturas cominutivas;
2. Diástase da sutura ZF;
3. Desvio lateral do arco e do corpo
o Tratamento cirúrgico:
do zigomático;
§ Redução aberta com fixação interna +
4. Fratura de assoalho orbital. bloqueio intermaxilar;

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§ Pontos principais:
• Localização da fratura;
• Direção do desalinhamento;
• Favorabilidade;
• Condição dentária.
§ Tratamento cirúrgico:
• Métodos: Redução aberta com fixação
interna +/- bloqueio intermaxilar;
1. Inserção de placas e parafusos;
2. Bloqueio intermaxilar com barra/elásticos.

§ Objetivo:
• Restabelecer a oclusão;
• Restaurar a altura e projeção da face;
• Restaurar a integridade do nariz e órbita.
è Fratura de mandíbula:

• Indicações:
1. Fraturas favoráveis e desfavoráveis com
grandes desvios;
2. Fraturas cominutivas;
3. Fraturas em edêntulos;
4. Fraturas condilares com
desvios acentuados.

o Apresentação clínica:
§ Dor;
§ Alteração da sensibilidade do lábio inferior e
do dente;
§ Crepitação;
§ Trismo;
§ Laceração da mucosa;
§ Perda dentária.
o Tratamento:
§ Objetivo:
• Manter a oclusão normal;
• Reposicionamento anatômico;
• Imobilização da fratura;
• Controlar a infecção.

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Questões 5) (SUS – SP – 2022 – R3 – CIRURGIA) Assinale


a alternativa que apresenta o melhor prazo para se
1) (ABC - SP - 2021 - R3 – CIRURGIA) Em relação reduzir uma fratura nasal.
aos traumas de face, podemos afirmar que: A- Primeiras seis semanas.
A- O exame padrão-ouro para avaliar fraturas é a B- Primeiras duas semanas.
ressonância magnética. C- Primeiros seis dias.
B- A fratura de maxila Le Fort I é caracterizada pela D- Primeiros seis meses.
disjunção craniofacial. E- Prazo do tratamento conservador.
C- Na fratura de órbita tipo blowout ocorre fratura da
parede medial, e também do assoalho da órbita. 6) (UNICAMP - SP - 2019 - R3 – CIRURGIA) Na
D- Na fratura nasal não se observam sinais clínicos, avaliação inicial do trauma facial, o exame físico
sendo o diagnóstico feito exclusivamente por cuidadoso e sistemático é capaz de diagnosticar
meio de exame de imagem. grande parte das lesões que irão requerer tratamento
cirúrgico. Assinale a alternativa que apresenta a
2) (UNICAMP - SP - 2020 - R3 – CIRURGIA) Qual associação INCORRETA entre achado do exame
destes ossos não faz parte da órbita? físico e provável etiologia ligada ao trauma:
A- Palatino. A- Enoftalmo – aumento do volume do
B- Nasal. cone orbitário.
C- Esfenoide. B- Restrição de abertura oral – Fratura de
D- Lacrimal. arco zigomático.
C- Ptose palpebral – Lesão do VII par craniano.
D- Aumento da distância intercantal medial –
3) (UNICAMP – SP – 2022 – R3 – CIRURGIA)
fratura nasoetmoido-orbitária.
Mulher, 50ª, foi vítima de trauma com lesão de
partes moles em terço médio da face acometendo
região paranasal à direita, estendendo-se ao lábio 7) (UNICAMP - SP - 2020 - R3 – CIRURGIA) Um
superior ipsilateral. A lesão pode ser reparada dos achados do exame físico em um paciente com
utilizando um bloqueio anestésico do nervo: trauma facial que indica a necessidade de tratamento
A- Facial. cirúrgico para redução e fixação de fratura orbito-
B- Infratroclear. zigomática é a diminuição da:
C- Infranasal. A- Abertura palpebral.
D- Infraorbitário. B- Motricidade da mímica facial ipsilateral.
C- Abertura oral.
D- Movimentação ocular extrínseca.
4) (UNESP - SP - 2021 - R3 – CIRURGIA) Homem
de 25 anos queixa-se de visão dupla, cinco dias
após receber um soco no olho esquerdo. Exame
Gabarito
físico: alteração da mobilidade ocular esquerda, com
restrição para olhar para cima, ausência de degraus
ou deformidades no rebordo orbital esquerdo. A 1- C
hipótese diagnóstica é: 2- B
A- Lesão do III e IV pares cranianos à esquerda. 3- D
B- Fratura de zigomático. 4- D
C- Lesão do III par craniano à esquerda. 5- C
D- Fratura tipo blowout. 6- C
7- D

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