Você está na página 1de 2

NOME: Tatiana Soares Gonzalez MATRÍCULA: 82210423

DISCIPLINA: Fundamentos do Direito Civil PROFESSOR: Bernardo Moraes

Dissertação - “O estudo do Corpus Iuris Civilis”

O Direito Romano é visto como um dos pilares que ajudaram a construir o


direito contemporâneo. Logo, é dificílimo tentar compreender a maioria das
produções jurídicas dos últimos 500 anos, sem ter nenhum conhecimento prévio
sobre ele. Isto acontece por não existir somente um direito romano, mas sim vários
direitos romanos, visto que ao longo da história da humanidade, a interpretação da
experiência jurídica romana variou de acordo com a época e o contexto em que foi
estudada.
Até o século XX, o direito romano era visto como um “fio que conduz” todo o
avanço do pensamento jurídico e por isso, o Corpus Iuris Civilis é visto como o texto
mais relevante, seja de maneira boa ou ruim, para a composição do direito
contemporâneo.
O CIC (Corpus Iuris Civilis) é o suprassumo do direito escrito romano. A sua
tradução pode ser feita da seguinte forma: “Compilado do direito dos cidadãos”,
porém, a palavra “cidadão” se refere somente aos cidadãos romanos e não a todos
os cidadãos do mundo. Em outras palavras, o CIC é um compilado, feito pelo
imperador romano Justiniano, no final do qual se entende como direito romano, dos
direitos criados e empregados por romanos naquela época.
O CIC é um conjunto de quatro textos jurídicos romanos que são separados
em Institutas, Digesto, Código e Novelas.
As Institutas, que foram promulgadas em 533 d.C., tiveram o objetivo de
servirem um manual para os estudantes de direito da época e foram inspiradas na
Institutas de Gaio.
O Digesto, que foi promulgado em 533 d.C., é uma compilação de
fragmentos, escolhidos por Justiniano, das obras dos juristas Gaio, Modestino,
Papiniano, Paulo e Ulpiano, famosos juristas do período clássico indicados da Lei
das Citações.
O Código que é uma coletânea de normas criadas por todos os imperadores
romanos desde o século II até a sua promulgação em 534 d.C.
E por fim, as Novelas que são as normas criadas por Justiniano, mas nunca
foram promulgadas oficialmente.
A partir de descobertas recentes, foi possível perceber que os textos
presentes no Corpus Iuris Civilis foram muito utilizados nos cursos de direito e pelos
aplicadores de direito da época justinianeia, principalmente em lugares como
Constantinopla e Beirute.
Do mesmo modo, durante o século XI, a sua leitura continuou tendo uma
grande importância para os estudiosos do direito; porém, por conta dos custos
elevados dos materiais de suporte de escrita para fazer as cópias, as abreviaturas,
que dificilmente possuíam um padrão, foram a melhor alternativa para economizar.
No entanto, isto acabou gerando um obstáculo para os futuros leitores.
A melhor alternativa para combater esse problema foi a proibição das
abreviaturas, principalmente nos códigos. Além disso, também foi criado um livro
cujas principais funções eram decodificar essas abreviaturas e buscar formas
simplificadas de se referir a cada trecho legal.
Durante vários séculos, se criaram diversas regras para a formatação das
copias do Corpus Iuris Civilis, e até os dias atuais não se pode decidir qual estilo de
formatação é visto como o mais correto. Contudo, é possível afirmar que o modelo
atual é um dos mais simples entre todos os que já foram aplicados, pois ele conjuga
abreviaturas - que indicam a parte do CIC – com números, facilitando a sua leitura,
interpretação e localização dos textos.

Você também pode gostar