Turma: M19 Alunos: Ana Carla, Cesar Vieira O que é a hemofilia?
A hemofilia é uma doença genética rara. No organismo de
uma pessoa saudável, quando ocorre uma hemorragia (interna ou externa), dá-se início à coagulação sanguínea para cessar a hemorragia. Pessoas SEM hemofilia Pessoas COM hemofilia TIPOS DE HEMOFILIA
A Hemofilia pode ser classificada em dois tipos consoante o
fator de coagulação que está afetado.
Hemofilia tipo A – Classifica-se como hemofilia tipo A,
quando o fator de coagulação afetado (em défice ou ausente) é o fator VIII (fator 8)
Hemofilia tipo B – Classifica-se como hemofilia tipo B,
quando o fator de coagulação afetado (em défice ou ausente) é o fator IX (fator 9).
A Hemofilia tipo A é mais frequente.
Tipos de Hemofilia A gravidade da doença
Nas pessoas com hemofilia o fator de coagulação pode estar
diminuído ou ausente, mas nem todas as pessoas com hemofilia são afetadas da mesma forma. A gravidade da doença é classificada segundo o grau do défice de fator de coagulação, ou seja, quanto menor for a quantidade de fator de coagulação disponível, maior é a gravidade da hemofilia. Hemofilia Ligeira – os sangramentos espontâneos são muito raros e as hemorragias graves, só ocorrem em consequência de um ferimento grave ou de uma complicação que ocorra durante uma cirurgia. Hemofilia moderada – os sangramentos espontâneos são pouco frequentes. As hemorragias graves podem ocorrer na sequência de ferimentos. Hemofilia grave – é o grau da doença que exige mais cuidados e maior controle já que ocorrem sangramentos espontâneos nos músculos e articulações com frequência. Além disso, ferimentos leves podem originar hemorragias graves. TRANSMISSÃO GENÉTICA
Como surge a hemofilia?
A hemofilia é uma doença hereditária, isto significa que é transmitida através dos genes de pais para filhos.
No entanto, cerca de 30% dos casos ocorrem sem
história familiar prévia. Isto pode acontecer devido a uma alteração genética que pode ocorrer no momento da concepção. Transmissão dos Genes de Hemofilia. Pais para Filhos Diagnóstico A realização de exames de diagnóstico para a confirmação de hemofilia pode surgir em duas situações, ou por existência de um caso de hemofilia, particularmente se o pai tem hemofilia ou se a mãe é portadora, ou pela presença de sinais e sintomas na criança que façam suspeitar da doença. Quando se fazem os exames? É feito através de análises sanguíneas específicas e direcionadas para o despiste de distúrbios hemorrágicos.
Significa, que uma análise de rotina por si só não permite o
diagnóstico.
Os testes sanguíneos vão avaliar parâmetros como:
Tempo de Coagulação – permite determinar quanto tempo o
sangue demora a coagular.
Níveis de fator de coagulação – determinar a quantidade dos
fatores de coagulação no sangue.
Presença ou ausência do fator de coagulação – permite definir
qual o fator de coagulação que está em falta. Os primeiros sintomas e suas gravidades. A que sinais devo estar atento?
Quando a hemofilia não está diagnosticada existem alguns
sinais e sintomas que devem sempre ser avaliados pelo médico.
Não deve desvalorizar estes sinais e sintomas mesmo que não
tenha casos conhecidos de hemofilia na família.
Presença frequente de nódoas negras durante a infância
Perda de sangue excessiva quando comparado com a gravidade do ferimento. Isto é, um ferimento pequeno provoca uma hemorragia grave que demora demasiado tempo a parar Perdas de sangue espontâneas (sem causa aparente) nas articulações, por exemplo nos joelhos, músculos ou noutros tecidos, que provocam dor e dificuldade de movimentação Perdas de sangue frequentes e excessivas em regiões como nariz e boca (mucosas) Sinais e sintomas frequentes A reposição de fator de coagulação, é a base do tratamento para a hemofilia. Nem todas as pessoas com hemofilia necessitam das mesmas quantidades de fator de coagulação. Entre os fatores que mais influenciam o número de administrações estão: A gravidade – pessoas com hemofilia grave, geralmente, fazem concentrado de fator de coagulação de forma profilática, ou seja, para prevenir hemorragias, uma vez que a probabilidade de ocorrência é consideravelmente superior. Pessoas com hemofilia ligeira a moderada, geralmente, apenas necessitam de concentrado de fator de coagulação em caso de trauma ou procedimentos cirúrgicos. Tratamentos da Hemofilia Quando as pessoas e os seus familiares reúnem condições favoráveis à aprendizagem, a administração de concentrado de fator pela própria pessoa ou pelos pais/educadores, no caso de crianças, deve ser incentivada. O objetivo da administração de concentrado de fator de coagulação em casa vai muito para além de reduzir as idas ao centro de hemofilia. O que se pretende é que o tratamento da hemofilia se adapte à vida e às atividades de cada pessoa e que este não seja um fator limitante. Assim, a terapia domiciliária permite aumentar consideravelmente a autonomia do doente, quer a nível social, quer a nível laboral. Possibilitando uma maior participação em atividades sociais e um menor número de ausências no trabalho ou escola. Idealmente, tal como a pessoa com hemofilia, os familiares mais próximos também devem aprender a técnica de administração, desse modo, além de poderem ajudar numa fase inicial, podem também fazê-lo em caso de urgência. O tratamento básico para a hemofilia é a terapia de reposição de fator de coagulação. Atualmente, a profilaxia personalizada assume um papel preponderante no controlo da hemofilia. As evidências recentes demonstram que a administração de fator de coagulação baseada apenas no peso corporal é desajustada e nem sempre permite suprir as necessidades das pessoas com hemofilia. Assim, cada vez mais se investe no tratamento personalizado e adaptado. O tratamento personalizado permite determinar a necessidade de fator de coagulação face às características individuais de cada pessoa, como a gravidade da hemofilia, o peso corporal, a adesão à terapêutica, o estado dos sistemas muscular e articular e a resposta do organismo de cada pessoa ao fator de coagulação (farmacocinética). Quando se fala em tratamento adaptado, focam-se aspetos mais individuais e mais práticos, sejam eles as atividades e rotinas diárias, a profissão ou a frequência com que pratica atividade desportiva. Para ajudar a compreender a diferença entre os aspetos que são abordados no tratamento personalizado e os aspetos que são tidos em conta no tratamento adaptado, vejamos um exemplo. O tratamento profilático está recomendado nas pessoas com hemofilia grave. A profilaxia permite prevenir a ocorrência de hemorragias, particularmente as hemorragias musculares e articulares.
Atualmente, sabe-se que quanto mais cedo se iniciar a
profilaxia, menores serão os danos a nível muscular e articular.
A altura exata em que deve iniciar o tratamento profilático deve
ser determinada em conjunto com o seu médico. No entanto, na maioria dos casos, é iniciado após a ocorrência da primeira hemorragia (perda de sangue) muscular ou articular (hemartrose) Mas então, o que faz variar a necessidade de fator de coagulação? Cuidados de saúde. Edemas (inchaços) Hemorragias (perdas de sangue) prolongadas.