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Resumo
Introdução
Desenvolvimento
•A Área •Diretrizes
•A Parceria •Viabilidade
•O Produto •Projetos
•Obras
O
O Negócio
Empreendimento
Gestão e
A Formalização
Comercialização
O Negócio
A Área
Entende-se por área uma gleba de terras contínuas. Pode ser uma grande
fazenda ou uma pequena porção de terras contendo apenas alguns terrenos.
Segundo Menezes (2019),”a gleba é a terra crua, sem qualquer regulamentação e
adequação as leis brasileiras e regionais”. Menezes (2019) ainda apresenta que
quando a gleba é servida de infraestrutura básica, adaptando as leis brasileiras e
regionais, atendendo a todos os requisitos e conformidades exigidas pelo plano diretor
do município em questão, este passa a ser chamado de lote.
A primeira característica que se observa em uma área é a localização.
Atualmente a localização pode ser facilmente definida utilizando aplicativos
computacionais disponíveis a todos os usuários de computadores, como o Google
Earth (disponível em http://earth.google.com), por exemplo. Assim, podemos
facilmente ter acesso a localização, ao perímetro e a área total da gleba a ser
desenvolvida.
Após uma visita in loco, onde são verificadas características físicas da gleba,
pode-se avaliar de maneira macro e insipiente quanto da área poderá ser aproveitada
para o desenvolvimento do produto. Lembrando que somente após o recebimento das
diretrizes municipais e do levantamento planialtimétrico será possível ter acesso a
dados confiáveis sobre o aproveitamento da área.
Segundo Veiga (2019) os seguintes passos devem ser seguidos para iniciar a
realização de um loteamento: Levantamento topográfico, elaboração do projeto
arquitetônico e elaboração dos projetos geométricos.
A vocação da área é definida neste estágio. De maneira resumida, pode-se
desenvolver loteamentos, incorporação residencial, comercial ou industrial. Estes
empreendimentos podem ser das mais variadas formas e tamanhos, desde pequenas
moradias populares até grandes arranha-céus de alto padrão, condomínios
horizontais e verticais com fins comerciais ou industriais, galpões e entrepostos
logísticos.
Para antecipar possíveis problemas e verificar a regularidade da área em
questão, se faz necessário o levantamento de vasta documentação. Esta
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documentação não se restringe a área, mas também aos seus proprietários. Conforme
apresentado por Faz Fácil (2019), segue abaixo os principais documentos levantados
nesta etapa:
Matrícula atualizada com certidão de ônus reais: documento que traz todo
o histórico de construção/alterações do imóvel e indica se ele possui
qualquer irregularidade ou pendência, como, por exemplo, contrato de
locação;
Cópia autenticada da escritura definitiva em nome dos proprietários,
registrada no Cartório de Registro de Imóveis;
Certidão de situação fiscal/IPTU/ITU: documento que indica a presença
ou não de eventuais dívidas municipais;
Documentação dos proprietários (Em caso de pessoa física):
o Documentos pessoais (incluindo certidão de casamento)
o Certidão negativa de protestos;
o Certidão negativa de ações cíveis e criminais;
o Certidão negativa de execuções fiscais estadual e municipal;
o Certidão negativa de débitos de tributos federais;
o Certidão negativa de débitos de ações trabalhistas;
o Certidão negativa de interdição, tutela e curatela.
Documentação dos proprietários (Em caso de pessoa jurídica):
o Cópia autenticada do contrato social ou estatuto social na Junta
Comercial;
o Documentação registrada na Junta Comercial de quaisquer
alterações contratuais ou estatutárias;
o Carta com data da última alteração do contrato ou estatuto;
o Certidão negativa de débito por parte da empresa com o Instituto
Nacional de Seguridade Social (INSS);
o Certidão negativa de débito por parte da empresa com a Receita
federal
o Certidão negativa de débitos estaduais obtida na Secretaria de
Estado da Fazenda;
o Certidão negativa de ações na Justiça do Trabalho;
o Certidão negativa de ações na Justiça Federal;
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O Produto
A Parceria
integralização, todos os atos serão efetuados em nome da empresa, que passa ser a
real proprietária da área. Em alguns casos, o terreneiro pode entrar também no braço
investidor, colaborando com o custeio do fluxo negativo do empreendimento.
Geralmente o terreneiro negocia algumas vantagens no empreendimento, como por
exemplo, adiantamento de lucros antecipados e reserva de parte dos terrenos e/ou
apartamentos para uso próprio. A parceria com o terreneiro pode ser física ou
financeira. Caso a forma escolhida seja a parceria física, o terreneiro terá parte dos
terrenos/apartamentos. Caso seja financeira, a participação será em relação aos
lucros do negócio como um todo após a comercialização de todas as unidades.
Segundo Monteiro (2019) O loteador/incorporador é a organização responsável
por planejar, viabilizar, aprovar, gerir e desenvolver o empreendimento. Este player
recebe uma participação no negócio e um valor mensal para a prestação do serviço.
Dentre os serviços prestados estão: Desenvolvimento do produto, gestão de obras,
gestão de carteira, gestão da SPE (Sociedade de propósito específico), prestação de
contas aos investidores, dentre outros. Em praticamente todos os casos, este player
entra também como investidor para garantir aos outros investidores maior segurança,
confiabilidade, credibilidade e viabilidade do negócio.
O investidor, como o próprio nome diz, investe capital no negócio visando um
retorno futuro. Estes investidores podem ser desde pessoas físicas até grandes
fundos de investimento. Existem inúmeros formatos para a entrada de investidores no
negócio, as mais comuns são: Participação direta na SPE, participação na SPE
através de uma SCP (sociedade por conta de participação), aquisição de títulos da
dívida, aquisição de CRI (certificados de recebíveis imobiliários), dentre outros. A
participação de investidores além de alavancar o negócio, pode também
profissionalizar a gestão uma vez que estes players demandam um volume constante
de informações e prestação de contas. O lado negativo é que pode ocorrer uma
cobrança acirrada e execução de garantias caso o empreendimento fuja muito do
planejado em relação ao fluxo financeiro durante as fases de investimento e retorno.
Os modelos de parceria diferem muito dependendo do tipo de produto a ser
desenvolvido. Em caso de loteamentos, o modelo mais comum de parceria é através
da constituição de uma SPE(sociedade de propósito específico) onde o terreneiro
figura com um valor entre 35 e 50% das cotas e restante é dividido entre o investidor
e o loteador. O investidor efetuará todo o aporte necessário para suportar o fluxo
negativo e poderá ou não receber o retorno deste capital prioritariamente. Outra forma
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O Empreendimento
Viabilidade
FLUXO FINANCEIRO
30.000.000,00
20.000.000,00
10.000.000,00
0,00
193
1
17
33
49
65
81
97
113
129
145
161
177
209
225
241
257
273
289
-10.000.000,00
Spritzer (2013, p.41) apresenta que para avaliação da viabilidade financeira são
utilizados diversos indicadores, a dentre eles ressaltamos o VPL (Valor presente
líquido), a TIR (taxa interna de retorno), Payback (prazo de retorno do capital
investido), desembolso máximo e VGV (Valor global de vendas).
Obras
Formalização
tema aprovação de loteamentos é bastante extenso e que cada etapa pode gerar
discussões intermináveis. Esta etapa é fundamental uma vez que o loteamento na
verdade não existe antes que o decreto de aprovação seja emitido e o
empreendimento registrado.
Existem inúmeros loteamentos irregulares nas mais diversas cidades do país e
este fato causa inúmeros transtornos no desenvolvimento das cidades e provoca um
crescimento desordenado, insegurança jurídica para os adquirentes além de ser crime
passível de multa e reclusão de acordo com o código penal.
Aprovação
Apresentação da Emissão do
Protocolo de Adequação dos Aprovação pelo
documentação decreto/Publicação
Entrada projetos órgão responsável
requerida da lei.
Esta fase se encerra com a emissão do decreto ou publicação da lei que aprova
o empreendimento. A figura 5 apresenta as fases principais para a aprovação do
empreendimento.
Registro
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Gestão e Comercialização
Conclusões
Referências
FALCONI, Vicente. O Verdadeiro Poder / Vicente Falconi. 2ª. Edição – Nova Lima:
Falconi Editora, 2013
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SPRITZER, Ilda Maria de Paiva Almeida; Rêgo, Ricardo Bordeaux; Paulo, Goret
Pereira. Viabilidade econômico-financeira de projetos. 4ª. Edição – Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2013.
VEIGA. Luiz Augusto Koenig. Parcelamento de Solo Urbano e Rural. Disponível em:
http://www.cartografica.ufpr.br/docs/LUIS/Parcelamento%202012b%20[Modo%20de
%20Compatibilidade].pdf. Acessado em 20/03/2019.
MASCARÓ, Juan Luis. Loteamentos Urbanos. 2ª. Edição – Porto Alegre: Masquatro
Editora, 2015.