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MANACAPURU
2024
MONICA KAROLINE ARAUJO DOURADO
MANACAPURU
2024
Resumo: O propósito deste artigo é discorrer sobre os princípios do Direito
Processual do Trabalho.
Esse princípio reconhece que, em certas situações, o juiz pode ter a prerrogativa
de ampliar os efeitos de uma decisão para garantir a efetividade do direito ou para
corrigir distorções que possam surgir durante o processo judicial. Isso pode ocorrer, por
exemplo, quando há a necessidade de aplicar uma pena mais severa do que a
inicialmente estabelecida, diante de novas circunstâncias ou provas apresentadas.
É importante ressaltar que a majoração dos poderes do juiz deve ser exercida
com responsabilidade e em conformidade com os princípios legais, visando sempre a
justiça e a proteção dos direitos das partes envolvidas no processo. De acordo com a
Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017), a execução será promovida pelas partes,
permitida a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos
casos em que as partes não estiverem representadas por advogado (jus postulandi –
arts. 791 e 839, a, da CLT e Súmula 425 do TST). Conforme se demonstra através da
jurisprudência a seguir:
Este princípio busca garantir que o processo do trabalho não se limite a resolver
litígios entre empregados e empregadores, mas também contribua para a concretização
dos direitos fundamentais previstos na legislação trabalhista, como a proteção à saúde,
segurança no trabalho, salário digno e condições laborais justas.
Em outras palavras, esse princípio determina que as partes devem antecipar todas as
suas alegações e defesas na primeira oportunidade que tiverem para se manifestar no
processo, não podendo deixar de apresentar argumentos relevantes e pertinentes para
a resolução da controvérsia.
É uma lembrança de que o processo existe por uma razão, e assim não
faz sentido considerar o processo pelo processo; é necessário ter uma
economia. Nesse sentido, é possível ao juiz adequar o procedimento ao caso
concreto, ou ainda, no que ainda é mais comum, desconsiderar mesmo certas
irregularidades, de pequeno vulto, diz-se “que não causarem prejuízo”,
prosseguindo com o processo, não obstante tais irregularidades. Por essa razão
é que o princípio da economia processual está bastante relacionado com a teoria
das nulidades processuais, que busca justamente explicar essa questão de
desconsiderar certas irregularidades a bem do processo.
Este princípio implica que as partes devem pautar suas condutas durante
o processo de acordo com a ética e a honestidade, evitando o uso abusivo do
direito de ação e de defesa, bem como a prática de atos dilatórios ou
protelatórios que possam prejudicar a celeridade e eficiência na resolução do
litígio.
Esse princípio implica que não deve haver distinção arbitrária entre as
pessoas, garantindo que todos sejam tratados de forma igualitária perante a lei,
com os mesmos direitos e obrigações. No contexto jurídico, a igualdade é
entendida não apenas como uma igualdade formal, mas também como uma
igualdade material, que busca compensar desigualdades pré-existentes e
assegurar a efetiva proteção dos direitos fundamentais de todas as pessoas.
Kohis, Cleize Direito processual do trabalho Cleize Kohis Luiz Henrique Dutra. -
1. ed. São Paulo Rideel, 2021.