Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O título é o primeiro contato que o leitor tem com seu trabalho. Assim, ele precisa
exprimir, de forma clara, as suas intenções. A grosso modo, deve-se apresentar,
implicitamente, três informações: seu tema, seu objeto (a delimitação de seu tema) e o tipo
de pesquisa que irá desenvolver (bibliográfica, teórica, documental ou campo). Assim, seu
título precisa ser reformulado. Negrito, tamanho 14
MARCIA MOTA LIMA DOS SANTOS
Está faltando o tópico das PALAVRAS-CHAVE onde se deve fazer uma indicação de
palavras significativas do conteúdo do artigo, para facilitar a elaboração posterior de um
índice de assunto. Sugere-se de 3 a 5 palavras, separadas entre si, por ponto final.
1 INTRODUÇÃO Tamanho 14
Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo fornecer uma visão
abrangente do diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
em adultos. O TDAH é uma condição neurobiológica comum que afeta não apenas
crianças, mas também uma parcela significativa da população adulta. No entanto, o
diagnóstico do TDAH em adultos pode ser complexo devido à sobreposição de sintomas
com outras condições de saúde mental. Portanto, este estudo se propõe a explorar os
métodos e instrumentos de avaliação utilizados na identificação do TDAH em adultos, bem
2
A introdução deve conter os seguintes itens: o objetivo geral (como saberei analisar seu
trabalho, se não sei onde você quer chegar, as suas pretensões?), a justificativa (qual a
relevância de seu trabalho para o meio acadêmico?), a problematização do trabalho (é esse
item que permite que seu trabalho obtenha características cientificas, a mola propulsora de
uma pesquisa é a pergunta que o pesquisador quer responder) e o tipo de pesquisa que
pretende desenvolver (ou seja, essa é a natureza de sua pesquisa). Deve ser mais direta e
menos explicativa, deixe a explicação para o desenvolvimento do seu trabalho.
Deve ser redigida em texto corrido sem ser dividida em tópicos.
2- DESENVOLVIMENTO Tamanho 14
Considerado um diagnóstico raro entre adultos por alguns pesquisadores e clínicos, pois
defendem a ideia de que a remissão dos sintomas ocorrem na maior parte dos casos, porém
grande parte da variação dos achados sobre persistência do TDH em adultos se deve às
diferentes definições utilizadas para o conceito de persistência sindrômica, isto é
consideram como portadores apenas os adultos que apresentam seis ou mais sintomas,
sintomas de ao menos uma das dimensões sintomáticas (desatenção e hiperatividade-
impulsividade), a exemplo do exigido para o diagnóstico em crianças e adolescentes.
Como demonstrado recentemente na revisão de literatura (Faraone et al; 2006). Existem
outros conceitos utilizados de persistência sintomática considerando como portadores os
adultos que embora não tenham sintomas atuais em números suficientes para o diagnóstico
de acordo com os critérios do DSM-IV, apresentam comprometimento funcional
clinicamente significativo, associado aos sintomas residuais de TDHA. A persistência do
transtorno aumenta para taxas entre 40% e 60% quando são considerados estudos que
utiliza o conceito de persistência sintomática, (Faraone et al; 2006), porém o ponto de corte
para adultos ainda seja desconhecido, o conceito de persistência sintomática parece mais
adequado, tendo em vista que o número de 6 sintomas foi estabelecido como um ponto de
corte em pesquisas de campo com crianças e adolescentes (McGough e Barkley, 2004) mas
não com adultos.
Outro desafio se deve à necessidade de que alguns dos 18 sintomas tenham se iniciado
antes dos 7 anos de idade. Esse critério tem sido criticado por diversos autores em face à
ausência de fundamentação empírica e validade prática. Esse critério mostra-se ainda mais
problemático para os adultos, tendo em vista que, diferentemente do que acontece para o
diagnóstico em crianças, o diagnóstico de TDAH na vida adulta se baseia primariamente
no relato do próprio adulto. Adultos, frequentemente, apresentam dificuldades para
recordar histórico de TDAH durante a infância, sugerindo que o autorrelato pode ser pouco
confiável.
O DSM-IV quanto o CID-10 exigem, para o diagnóstico, que alguns dos sintomas
estejam presentes desde antes dos 7 anos de idade. Entretanto, alguns estudos sugerem que
a idade de início pode ser menos importante, principalmente no subtipo desatento
(Applegate et al., 1997; Willoughby et al., 2000). Muitos estudos utilizam 12 anos como
critério de idade de início dos sintomas. Hesslinger et al. (2003) demonstraram que não há
diferença entre o início precoce ou tardio nos grupos de TDAH em termos de
psicopatologia ou comorbidade psiquiátrica. Em estudo realizado em nosso meio, Rohde et
al. (2000) demonstraram que adolescentes que atendiam aos critérios para TDAH, exceto
pela idade de início, apresentavam perfis semelhantes aos de adolescentes que atendiam a
todos os critérios para o diagnóstico (incluindo idade de início). Na mesma linha, alguns
autores defendem a ideia de que esse critério deva ser estendido ou mesmo abandonado,
ante a ausência de estudos que o validem (Barkley e Biederman, 1997).
Uma observação crítica pertinente à avaliação dos sintomas de TDAH em adultos consiste
em qual ponto de corte deve ser considerado. Nos estudos infantis, seis sintomas de
desatenção e/ou hiperatividade e impulsividade são necessários. Para adultos não existem
estudos suficientes que definam com precisão esse ponto de corte. Muitos pesquisadores
utilizam o mesmo, mas essa decisão parece deixar muitos portadores sem o diagnóstico.
Dessa forma, selecionam-se apenas os pacientes mais sintomáticos, excluindo outros
possivelmente tão comprometidos, ou mais, que os primeiros.
Outros consideram como pontos de corte mais baixos para adultos, como Kooij et al.
(2005), que demonstraram que adultos com quatro ou mais sintomas de desatenção e/ou
hiperatividade/impulsividade apresentavam maior comprometimento psicossocial do que
indivíduos com três ou menos sintomas, mesmo após controle de outras variáveis. Na
mesma linha, (Faraone et al. 2006b) propuseram um ponto de corte de três sintomas em ao
menos uma das dimensões sintomáticas (desatenção e hiperatividade/impulsividade),
porém respeitando o critério de início dos sintomas (alguns dos sintomas devem ter início
antes dos 7 anos de idade). Os achados demonstraram que esses indivíduos não
apresentavam perfil de comorbidades e comprometimento funcional semelhante ao
observado em portadores de TDAH, sugerindo haver pouca validade dessa forma
subliminar do transtorno.
2005). Para o diagnóstico de TDAH, o ASRS-18 (Adult Self-Report Scale for ADHD)
pode ser uma ferramenta útil e que apresenta adaptação transcultural disponível para
utilização em nosso meio (Mattos et al., 2006b).
Ainda não existem respostas definitivas para avaliação de sintomas de TDAH em adultos.
As principais questões descritas ainda necessitam de estudos mais precisos para ser bem
respondidas. Porém, algumas pesquisas já apontam para a necessidade de uma descrição
mais adequada do quadro clínico do TDAH em adultos, bem como de uma avaliação mais
precisa sobre o melhor ponto de corte utilizado. O modelo de avaliação dimensional do
TDAH pode trazer novos achados significativos para o estudo em adultos.
O grau de resiliência oferecido pelo ambiente (escola, família, trabalho) pode influenciar
no grau de comprometimento apresentado ou percebido por portadores do TDAH. Uma
9
próprio comportamento. A vida escolar deve ser bem examinada, embora não seja raro a
pessoa bem-dotada intelectualmente compensar o déficit da atenção e ter bom rendimento
nos estudos. O transtorno não impede de forma absoluta a concentração, alguns indivíduos
são capazes de um bom desempenho na área do trabalho, por exemplo, até em função do
alto grau de interesse, porém em todos os outros momentos a atenção pode falhar de forma
desastrosa.
Nas entrevistas, o avaliador deve buscar o maior número possível de dados sobre a história
do desenvolvimento, sendo importante confirmar informação com outras fontes, como os
pais, cônjuge e boletins escolares. Os sintomas devem estar constantemente presentes
desde a infância. Ainda nas entrevistas, é necessário investigar o impacto dos sintomas do
TDAH na vida profissional e escolar e nos relacionamentos afetivos. Como muitas das
dificuldades aparecem na área profissional, deve-se avaliar a atenção, a concentração, a
distração e a memória de curto prazo analisando o paciente ao executar tarefas no seu
trabalho. E para concluir, avaliar a presença de outras desordens psiquiátricas e abuso de
substância.
Como se pode ver, o processo de avaliação do TDAH caracteriza-se, principalmente, por
ser tipicamente clínico. Baseia-se nos critérios diagnósticos do DSM-IV, que os estudiosos
no assunto adaptaram para a vida adulta. Contudo, os estudos mostram avanços que,
espera-se, sejam considerados na próxima edição deste manual. Trata-se de um processo
complexo e trabalhoso visto que muitas comorbidades se apresentam com a mesma
sintomatologia do TDAH. É uma avaliação multifatorial que visa coletar uma série de
informações, analisar as mais pertinentes com o TDAH para poder chegar num diagnóstico
final. Os sintomas apresentados referentes às comorbidades não devem ser
desconsiderados, pois um adulto com TDAH pode ser tratado concomitantemente com
outros transtornos.
Os adultos que são encaminhados para avaliação muitas vezes se apresentam com um
quadro "florido", isto é, demonstram uma série de sintomas que são pertinentes também a
outros transtornos dificultando a identificação e consequentemente o processo de
avaliação. Para o psicólogo, então, é de grande valia o uso de testes psicológicos nessa
avaliação clínica.
Para o diagnóstico ser firmado precisa de várias vias de investigação, sendo assim,
por isso os testes psicológicos são elementos auxiliares, de utilidade quando se investigam
distúrbios de aprendizado ou de deterioração mental para fins de diagnóstico diferencial ou
comorbidade (Nadeau, 1995).
Por isso o TDAH é um transtorno que mostra uma disfunção executiva, considera os
instrumentos neuropsicológicos que avaliem esta disfunção possam auxiliar no diagnóstico
dos adultos, mesmo que ainda não haja pesquisas relevantes neste sentido (é importante
salientar que outros transtornos também alteram as funções executivas). Vejamos agora
uma lista de instrumentos que avaliam aspectos neuropsicológicos que possam auxiliar
neste diagnóstico. Muitos destes instrumentos não estão traduzidos ou mesmo validados
para uso no Brasil, conforme Resolução nº 02/2003 do Conselho Federal de Psicologia.
Nas entrevistas, não necessitam que passe pelo processo de avaliação.
1. AHA (Assessment of Hyperactivity and Attention): É uma escala breve de
autoavaliação, tipo entrevista semiestruturada, baseada nos critérios do DSM-IV
(Mehringer, Downey, Schuh, Pomerleau, Snedecor & Schbiner, 2002).
2. WCST- Wisconsin: teste de classificação de cartas de Wisconsin, com o objetivo de
avaliar o raciocínio abstrato, e a habilidade para trocar estratégias cognitivas como resposta
a eventuais modificações ambientais. Pode ser considerada uma medida da função
executiva, que requer habilidade para desenvolver e manter estratégias de solução de
problemas que implicam trocas de estímulos. O WCST frequentemente é utilizado como
teste do funcionamento frontal e pré-frontal. Desta maneira, qualquer irregularidade
médica ou psicológica que desorganize as Funções Executivas total ou em parte se torna
sensível a este instrumento de avaliação (Cunha, Trentini, Argimon, Oliveira, Werlang,
Prieb, no prelo; Soprano, 2003).
3. D-2 Teste de Atenção Concentrada: Teste de cancelamento que tem como objetivo a
medida de atenção concentrada, da capacidade de concentração e análise da flutuação da
atenção. Examina, então, distúrbios da atenção (Brickenkamp, 2002; Spreenh & Strauss
1998).
4. Teste Stroop de Cores e Palavras: Tem como objetivo avaliar a presença de
comprometimentos pré-frontais, que aparecem sempre que o indivíduo apresentar uma
dificuldade para inibir respostas previamente aprendidas, o chamado "efeito Stroop". A
tarefa proposta pelo teste indica que o sujeito nomeie as cores e não as palavras. Ou seja,
diga quais são as cores das palavras (Rohde, Mattos & colaboradores,2003).
14
3-CONCLUSÃO: tamanho 14
Exemplo:
17
Faraone, S. V., Asherson, P., Banaschewski, T., Biederman, J., Buitelaar, J. K.,
Biederman, J., Petty, C. R., Monuteaux, M. C., Fried, R., Byrne, D., Mirto, T., .
& Faraone, S. V. (2017). Adult psychiatric outcomes of girls with attention deficit
Brito, G. N., Alves, M. A. M., Ferreira, T. L., & Loureiro, S. R. (2019). Transtorno
Souza, A. L. A. de, Costa, J. B. da, Almeida, C. C. de, & Barros Neto, T. L. de.