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AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO DO TDAH EM ADULTOS

O título é o primeiro contato que o leitor tem com seu trabalho. Assim, ele precisa
exprimir, de forma clara, as suas intenções. A grosso modo, deve-se apresentar,
implicitamente, três informações: seu tema, seu objeto (a delimitação de seu tema) e o tipo
de pesquisa que irá desenvolver (bibliográfica, teórica, documental ou campo). Assim, seu
título precisa ser reformulado. Negrito, tamanho 14
MARCIA MOTA LIMA DOS SANTOS

Remova caixa alta do seu nome.

Certifique que seu trabalho se encontra com a formatação correta:


Tamanho 12 para o corpo do texto e 14 para títulos e subtítulos
Espaçamento entre linhas 1,5.
Parágrafo: recuo de 2 cm para a direita na primeira linha de todos os inícios de
parágrafos. Menos no resumo.
Numeração das páginas: configurar rodapé enumerando no canto inferior direito da
página.

Está faltando o resumo, que é um elemento obrigatório, constituído de uma sequência de


frases concisas e objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos, com um mínimo
de 100 e não ultrapassando 250 palavras, seguido, logo abaixo, das palavras
representativas do conteúdo (palavras-chaves) conforme NBR 6028/2003. Este resumo
pode ser indicativo – indica apenas os pontos principais do documento, não apresentando
dados qualitativos, quantitativos etc. Ou informativo – informa ao leitor finalidades,
metodologia, resultados e conclusões do documento.

Está faltando o tópico das PALAVRAS-CHAVE onde se deve fazer uma indicação de
palavras significativas do conteúdo do artigo, para facilitar a elaboração posterior de um
índice de assunto. Sugere-se de 3 a 5 palavras, separadas entre si, por ponto final.

1 INTRODUÇÃO Tamanho 14

Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo fornecer uma visão
abrangente do diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
em adultos. O TDAH é uma condição neurobiológica comum que afeta não apenas
crianças, mas também uma parcela significativa da população adulta. No entanto, o
diagnóstico do TDAH em adultos pode ser complexo devido à sobreposição de sintomas
com outras condições de saúde mental. Portanto, este estudo se propõe a explorar os
métodos e instrumentos de avaliação utilizados na identificação do TDAH em adultos, bem
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como discutir as abordagens de diagnóstico mais recentes e as melhores práticas clínicas


além de entendermos a definição do TDAH e a importância do diagnóstico preciso e
avaliação. Será utilizado como metodologia revisão da literatura cientifica sobre o tema
Identificação e análise dos principais instrumentos de avaliação utilizados em adultos.

 Objetivo geral: compreensão do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade


(TDAH) em adultos, formas de obter diagnóstico e tratamento, além enfrentamento e
limitações do transtorno na vida adulta.
 Problematização: dificuldade de se obter diagnostico do Transtorno de Déficit de Atenção
e Hiperatividade (TDAH) na vida adulta.
 Tipologia da pesquisa: metodologia utilizada revisão literatura cientifica.
 Justificativa: este trabalho deseja oferecer conteúdo para compreensão do Transtorno de
Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em adultos e quais caminhos pode percorrer
para obter diagnóstico e tratamento.

A introdução deve conter os seguintes itens: o objetivo geral (como saberei analisar seu
trabalho, se não sei onde você quer chegar, as suas pretensões?), a justificativa (qual a
relevância de seu trabalho para o meio acadêmico?), a problematização do trabalho (é esse
item que permite que seu trabalho obtenha características cientificas, a mola propulsora de
uma pesquisa é a pergunta que o pesquisador quer responder) e o tipo de pesquisa que
pretende desenvolver (ou seja, essa é a natureza de sua pesquisa). Deve ser mais direta e
menos explicativa, deixe a explicação para o desenvolvimento do seu trabalho.
Deve ser redigida em texto corrido sem ser dividida em tópicos.

 PALAVRAS CHAVES: TDAH, diagnóstico, avaliação, sintomas e tratamento


Palavras chave devem estar abaixo do resumo, separadas por ponto final e iniciadas com
letra maiúscula.

2- DESENVOLVIMENTO Tamanho 14

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio


neurobiológico que afeta principalmente crianças, mas também pode persistir na idade
adulta. É caracterizado por dificuldades de atenção, hiperatividade e impulsividade.
Segundo a Associação Americana de Psiquiatria, o TDAH afeta cerca de 5% das crianças e
2,5% dos adultos em todo o mundo (APA, 2013). As causas do TDAH ainda são
desconhecidas, mas estudos sugerem que fatores genéticos e ambientais podem
desempenhar um papel importante no seu desenvolvimento. Alterações no funcionamento
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de neurotransmissores, como a dopamina e a noradrenalina, também foram associadas ao


TDAH (Faraone et al., 2015).Os sintomas do TDAH incluem dificuldade em prestar
atenção em detalhes, dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades,
esquecimento frequente, impulsividade, dificuldade em seguir instruções, dificuldade em
se organizar, falar excessivamente e interromper as conversas de outras pessoas (APA,
2013).O TDAH está frequentemente associado a outras condições de saúde
mental ,conhecidas como comorbidades. Algumas das comorbidades mais comuns
incluem: Transtornos de ansiedade: Estudos mostram que até 30% das crianças com
TDAH também têm um transtorno de ansiedade, como transtorno de ansiedade
generalizada ou transtorno de ansiedade social (Biederman et al., 2017). Transtornos de
humor: A depressão é uma comorbidade comum em adolescentes e adultos com TDAH.
Além disso, o TDAH está frequentemente associado a transtornos bipolares e ciclotímicos
(Biederman et al., 2017).Transtornos de aprendizagem: Cerca de 20-30% das crianças com
TDAH também têm um transtorno de aprendizagem, como dislexia ou transtorno de
processamento auditivo (Du Paul et al., 2016).Transtornos do espectro do autismo: O
TDAH também é frequentemente associado a transtornos do espectro do autismo, como
síndrome de Asperger(Romero-González et al., 2019).Transtornos de conduta: O TDAH
também pode estar associado a transtornos de conduta, como o transtorno desafiador de
oposição (Du Paul et al., 2016).É importante lembrar que essas comorbidades podem
tornar o diagnóstico e tratamento do TDAH mais complexos. Uma avaliação cuidadosa é
necessária para identificar todas as condições de saúde mental presentes e garantir um
tratamento adequado. O TDAH pode ter um impacto significativo na vida diária de uma
pessoa, afetando várias áreas, como a escola, o trabalho e as relações pessoais. O TDAH
pode ter um impacto significativo na vida diária de uma pessoa, afetando várias áreas,
como a escola, o trabalho e as relações pessoais. No trabalho, adultos com TDAH podem
ter dificuldade em manter o foco nas tarefas e em seguir as instruções. Além disso, eles
podem ter dificuldade em se organizar e gerenciar seu tempo de forma eficaz, o que pode
afetar negativamente sua produtividade e desempenho no trabalho (Pereira et al.,2019). Em
relação às relações pessoais, as pessoas com TDAH podem ter dificuldade em manter a
atenção durante as conversas e em lembrar informações importantes. Além disso, elas
podem ter dificuldade em se adaptar às mudanças de rotina e em seguir as regras, o que
pode levar a conflitos e frustrações nas relações interpessoais (Bueno et al., 2019). Para
lidar com esses desafios, existem várias estratégias que as pessoas com TDAH podem usar,
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como a terapia comportamental, o uso de medicação e a organização da rotina diária. É


importante lembrar que o tratamento adequado e o apoio da família e dos profissionais de
saúde podem ajudar a minimizar o impacto do TDAH na vida diária. Abordagens de
tratamento não medicamentosas: existem várias abordagens de tratamento não
medicamentosas sendo estudadas, como a terapia cognitivo-comportamental, o treinamento
de habilidades sociais e a meditação mindfulness. Essas abordagens têm mostrado
resultados promissores no tratamento do TDAH, especialmente em casos leves e
moderados (Chaves e tal., 2020). Uso de tecnologias assistivas: o uso de tecnologias
assistivas, como aplicativos para celular e jogos de computador, também tem sido estudado
como uma forma de ajudar as pessoas com TDAH a gerenciar sua condição. Essas
tecnologias podem ajudar a melhorar a atenção e a memória, além de auxiliar na
organização e planejamento das tarefas diárias (Barbosa et al., 2021). Identificação
precoce: a identificação precoce do TDAH é fundamental para o sucesso do tratamento.
Estudos recentes têm investigado novos métodos de diagnóstico, incluindo o uso de
imagens cerebrais e a análise de biomarcadores, para identificar o TDAH em estágios
iniciais e ajudar a iniciar o tratamento o mais cedo possível (Souza et al., 2021).
Abordagem multidisciplinar: a abordagem multidisciplinar no tratamento do TDAH tem se
mostrado cada vez mais importante. Isso envolve o trabalho conjunto de profissionais de
diferentes áreas, como psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais e educadores, para
ajudar as pessoas com TDAH a gerenciar sua condição de forma eficaz (Silve a et al.,
2021).

2.1 DIAGNÓSTICO DO TDAH EM ADULTOS

Hoje vemos um grande interesse em adultos para identificar se possuem o


Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), houve um aumento
significativo de publicações a esse respeito, estudos apontam que o distúrbio persiste na
vida adulta, onde um grande número de indivíduos enfrenta comprometimento
significativo, devido a um diagnostico tardio, (Faraone et al; 2000; Wilens et., al.; 2002). A
maior parte de estudos e conhecimento sobre esse diagnóstico foi desenvolvido a partir de
crianças e adolescentes, dessa forma, especialistas têm debatido a validade da extrapolação
das informações adquiridas em estudos com crianças para adultos, inclusive em nosso
meio, em que especialistas publicaram recente painel sobre o tema (Mattos et al., 2006a).
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Considerado um diagnóstico raro entre adultos por alguns pesquisadores e clínicos, pois
defendem a ideia de que a remissão dos sintomas ocorrem na maior parte dos casos, porém
grande parte da variação dos achados sobre persistência do TDH em adultos se deve às
diferentes definições utilizadas para o conceito de persistência sindrômica, isto é
consideram como portadores apenas os adultos que apresentam seis ou mais sintomas,
sintomas de ao menos uma das dimensões sintomáticas (desatenção e hiperatividade-
impulsividade), a exemplo do exigido para o diagnóstico em crianças e adolescentes.
Como demonstrado recentemente na revisão de literatura (Faraone et al; 2006). Existem
outros conceitos utilizados de persistência sintomática considerando como portadores os
adultos que embora não tenham sintomas atuais em números suficientes para o diagnóstico
de acordo com os critérios do DSM-IV, apresentam comprometimento funcional
clinicamente significativo, associado aos sintomas residuais de TDHA. A persistência do
transtorno aumenta para taxas entre 40% e 60% quando são considerados estudos que
utiliza o conceito de persistência sintomática, (Faraone et al; 2006), porém o ponto de corte
para adultos ainda seja desconhecido, o conceito de persistência sintomática parece mais
adequado, tendo em vista que o número de 6 sintomas foi estabelecido como um ponto de
corte em pesquisas de campo com crianças e adolescentes (McGough e Barkley, 2004) mas
não com adultos.

Outro desafio se deve à necessidade de que alguns dos 18 sintomas tenham se iniciado
antes dos 7 anos de idade. Esse critério tem sido criticado por diversos autores em face à
ausência de fundamentação empírica e validade prática. Esse critério mostra-se ainda mais
problemático para os adultos, tendo em vista que, diferentemente do que acontece para o
diagnóstico em crianças, o diagnóstico de TDAH na vida adulta se baseia primariamente
no relato do próprio adulto. Adultos, frequentemente, apresentam dificuldades para
recordar histórico de TDAH durante a infância, sugerindo que o autorrelato pode ser pouco
confiável.

Em face do exposto acima, o objetivo do presente trabalho é abordar as principais


dificuldades do diagnóstico em adultos na prática clínica, tendo como focos primordiais o
ponto de corte dos sintomas, a idade de início (ausência de informantes e dificuldades de
recuperação de sintomas na infância), avaliação do comprometimento e ausência de
comprometimento em pelo menos dois contextos
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2.1.1 IDADE DE INÍCIO DOS SINTOMAS

O DSM-IV quanto o CID-10 exigem, para o diagnóstico, que alguns dos sintomas
estejam presentes desde antes dos 7 anos de idade. Entretanto, alguns estudos sugerem que
a idade de início pode ser menos importante, principalmente no subtipo desatento
(Applegate et al., 1997; Willoughby et al., 2000). Muitos estudos utilizam 12 anos como
critério de idade de início dos sintomas. Hesslinger et al. (2003) demonstraram que não há
diferença entre o início precoce ou tardio nos grupos de TDAH em termos de
psicopatologia ou comorbidade psiquiátrica. Em estudo realizado em nosso meio, Rohde et
al. (2000) demonstraram que adolescentes que atendiam aos critérios para TDAH, exceto
pela idade de início, apresentavam perfis semelhantes aos de adolescentes que atendiam a
todos os critérios para o diagnóstico (incluindo idade de início). Na mesma linha, alguns
autores defendem a ideia de que esse critério deva ser estendido ou mesmo abandonado,
ante a ausência de estudos que o validem (Barkley e Biederman, 1997).

2.1.2 NÚMERO DE SINTOMAS NECESSÁRIOS PARA O DIAGNÓSTICO EM


ADULTOS

O diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), em


adultos apresenta muitas controvérsias inerentes à própria descrição dos sintomas do
transtorno nessa faixa. Embora tenham sido pesquisados e validados em populações
infantis, os sintomas descritos pelo DSM-IV e pela CID-10 são claramente inadequados
para adultos.

Na tentativa de melhor compreender e ajustar esses sintomas à realidade dos adultos,


diversos pesquisadores tentam modificar a forma de pesquisá-los, formulando perguntas
mais adequadas às suas rotinas. Dessa forma, questões como "com que frequência você
escala coisas, muro etc.?" são modificadas para "com que frequência você se sente
inquieto?". Além da crítica mais óbvia de que grande parte das perguntas validadas para
crianças não possui um correspondente para adultos, especialistas em TDAH questionam
se os mesmos sintomas pesquisados em crianças estariam presentes em adultos. Embora
compartilhem uma base psicopatológica parecida, é muito provável que alguns sintomas
sejam específicos de crianças e outros, de adultos. Pensando assim, haveria uma evolução
clínica do transtorno com o passar dos anos, sendo inadequado utilizar entrevistas
formuladas para crianças em adultos.
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Uma observação crítica pertinente à avaliação dos sintomas de TDAH em adultos consiste
em qual ponto de corte deve ser considerado. Nos estudos infantis, seis sintomas de
desatenção e/ou hiperatividade e impulsividade são necessários. Para adultos não existem
estudos suficientes que definam com precisão esse ponto de corte. Muitos pesquisadores
utilizam o mesmo, mas essa decisão parece deixar muitos portadores sem o diagnóstico.
Dessa forma, selecionam-se apenas os pacientes mais sintomáticos, excluindo outros
possivelmente tão comprometidos, ou mais, que os primeiros.

Outros consideram como pontos de corte mais baixos para adultos, como Kooij et al.
(2005), que demonstraram que adultos com quatro ou mais sintomas de desatenção e/ou
hiperatividade/impulsividade apresentavam maior comprometimento psicossocial do que
indivíduos com três ou menos sintomas, mesmo após controle de outras variáveis. Na
mesma linha, (Faraone et al. 2006b) propuseram um ponto de corte de três sintomas em ao
menos uma das dimensões sintomáticas (desatenção e hiperatividade/impulsividade),
porém respeitando o critério de início dos sintomas (alguns dos sintomas devem ter início
antes dos 7 anos de idade). Os achados demonstraram que esses indivíduos não
apresentavam perfil de comorbidades e comprometimento funcional semelhante ao
observado em portadores de TDAH, sugerindo haver pouca validade dessa forma
subliminar do transtorno.

Essa dificuldade de avaliação de frequência e gravidade de sintomas (incluindo aí a


avaliação de comprometimento clínico descrita anteriormente) é um dos problemas
presentes nas entrevistas clínicas para TDAH. Não existe, necessariamente, uma correlação
entre número de sintomas, frequência e sua gravidade. Uma das tentativas mais atuais para
se tentar minimizar esse problema é atribuir uma pontuação a cada sintoma, a partir da
frequência de ocorrência destes. Assim, "nunca" codifica o valor "0" e "muito
frequentemente", o valor "4". Frequências intermediárias codificam os valores "1", "2" e
"3". A soma desses valores representa os escores para desatenção e
hiperatividade/impulsividade, e a soma destes o escore global do paciente. Esse artifício
permite avaliar o TDAH como um fenômeno dimensional, em contraposição à avaliação
tradicional categorial.

A avaliação dimensional de sintomas psiquiátricos não é restrita ao TDAH. Em estudos de


ansiedade, humor e personalidade, modelos dimensionais já são muito utilizados (Kupfer,
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2005). Para o diagnóstico de TDAH, o ASRS-18 (Adult Self-Report Scale for ADHD)
pode ser uma ferramenta útil e que apresenta adaptação transcultural disponível para
utilização em nosso meio (Mattos et al., 2006b).

Ainda não existem respostas definitivas para avaliação de sintomas de TDAH em adultos.
As principais questões descritas ainda necessitam de estudos mais precisos para ser bem
respondidas. Porém, algumas pesquisas já apontam para a necessidade de uma descrição
mais adequada do quadro clínico do TDAH em adultos, bem como de uma avaliação mais
precisa sobre o melhor ponto de corte utilizado. O modelo de avaliação dimensional do
TDAH pode trazer novos achados significativos para o estudo em adultos.

2.1.3 O COMPROMETIMENTO EM AO MENOS DOIS CONTEXTOS

Para o diagnóstico, o critério C do DSM-IV (APA, 1994) requer que os sintomas


provoquem algum prejuízo em pelo menos dois contextos. O comprometimento deve ser
investigado em situações e contextos específicos da vida adulta. Avalia-se o
funcionamento dentro de uma sociedade maior e mais organizada (por meio da avaliação
da participação em situações de representação e coordenação de grupos, direção de
veículos, administração de finanças, planejamento de atividades e compromissos, por
exemplo); funcionamento conjugal e parental; e a capacidade de organizar e manter
cuidados com a própria saúde. O critério C falha em refletir a complexidade de situações a
ser explorada, buscando expressões de comprometimento funcional (McGough e Barkley,
2004).

Existem algumas dificuldades na avaliação do comprometimento provocado por um


sintoma, uma vez que a disfunção pode não ocorrer no mesmo nível em todos os contextos
ou no mesmo contexto em todos os momentos. É comum que os sintomas variem de
gravidade de acordo com as demandas ambientais. Os sintomas pioram em situações que
demandam atenção, concentração ou que sejam desinteressantes para o indivíduo.
Indivíduos sem TDAH também podem apresentar alguma desatenção e inquietude em
situações tediosas, porém, no TDAH, os sintomas são mais expressivos e podem ocorrer
mesmo em situações de lazer.

O grau de resiliência oferecido pelo ambiente (escola, família, trabalho) pode influenciar
no grau de comprometimento apresentado ou percebido por portadores do TDAH. Uma
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pessoa pode apresentar um sintoma com forte expressão e não reconhecer


comprometimento devido ao controle externo do sintoma (desorganização ou dificuldade
de planejamento, por exemplo) por um familiar. Ainda é questionável se a presença de
comprometimento apenas numa situação de demanda externa incomum (ao se estudar para
um difícil concurso, por exemplo) representa comprometimento. Também existe dúvida se
os pacientes que reconhecem a presença dos sintomas e criam elaboradas estratégias para
controlá-los apresentam comprometimento. Apesar de não apresentarem prejuízos
associados aos sintomas, esses pacientes apresentam importantes limitações em suas
atividades diárias para conseguir um funcionamento normal e poderiam apresentar melhora
na qualidade de vida com o tratamento destas.

2.2 SINTOMAS DO TDAH EM ADULTOS


É possível identificar em estudos atuais vários sintomas em adultos com
diagnóstico de TDAH, podendo apresentar dificuldades em suas relações afetivas,
tornando-as instáveis (separações, divórcios); desajuste profissional que persiste ao longo
da vida; rendimentos abaixo de capacidades no trabalho e na profissão; dificuldade para
manter a atenção por um período longo; desorganização (carente de disciplina);
incapacidade para cumprir o que se comprometem; incapacidade para estabelecer cumprir
uma rotina; esquecimentos, perdas e descuidos importantes; depressão e baixa autoestima;
dificuldades para pensar e se expressar com clareza; tendência a atuar impulsivamente e
interromper os outros; dificuldades de escutar e esperar sua vez de falar; frequentes
acidentes automobilísticos devido à distração; frequente consumo de álcool e abuso de
substância (Roizblatt, Bustamente & Bacigalupo, 2003).
Além disso, existem ainda sintomas que permitem a identificação de TDAH, mas não são
considerados "oficiais". É preciso compreender, conforme Mattos (2003), que tais sintomas
citados acima aparecem de forma exacerbada: baixa autoestima; sonolência diurna (dormir
como uma pedra); "pavio curto" (mistura de impulsividade e irritabilidade); necessidade de
ler mais de uma vez para "fixar" o que leu; dificuldade de levantar de manhã, de se "ativar"
no início do dia; adiamento constante das coisas; mudança de interesse o tempo todo;
intolerância a situações monótonas e repetitivas; busca constante por coisas estimulantes
ou diferentes e variações frequentes de humor.

2.2.1 DIFICULDADES ESPECÍFICAS DA FUNÇÃO DE ATENÇÃO


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Adultos com TDAH apresentam uma tendência pronunciada de distração,


esquecimento, repetições de erros, além de perderem coisas, não recordarem o que
acabaram de ler, de necessitarem perguntar muitas vezes o mesmo e evitarem
sistematicamente toda leitura que não seja do seu interesse específico. Geralmente
envolvem-se em atividades de pouca atenção e concentração por apresentarem tais
dificuldades. Isso não significa não prestar atenção nunca, mas em muitas ocasiões, ou na
maioria delas a pessoa está dispersa, "no mundo da lua" (Mattos, 2003).
No trabalho, custam a se organizar, permanecer atentas e terminar uma tarefa. O tempo que
necessitam geralmente é muito maior do que se espera e rendem mais quando estão
sozinhos. Mostram dificuldades também com a memória de trabalho, que permite os
processos de comparação, processamento e emissão de uma resposta correta.
O adulto com TDAH não é crítico quanto a suas dificuldades de atenção e poucos se dão
conta do problema. Isto acontece porque sempre foram dispersos e desatentos, erram
repetidamente, perdem coisas, não recordam o que acabam de ler, perguntam várias vezes
a mesma coisa e evitam leitura que não seja de seu interesse específico. E são capazes de
dormir ou desligar diante de assuntos que não lhe interessam diretamente, são pessoas que
padecem de um problema de atenção. Muitas vezes se dedicam a trabalhos que exijam
pouca atenção e concentração, mostrando uma clara dificuldade para conseguir o mínimo
de concentração suficiente para manter qualquer atividade (Travella, 2004).
Ser detentor do diagnóstico de TDAH não significa que não preste atenção nunca, e, sim,
que em muitas ocasiões, ou na maioria das vezes, o paciente está disperso. Em outros
momentos, pode permanecer concentrado e ser constante numa tarefa. Mesmo que o
problema seja crônico não quer dizer que esteja sempre presente. Isto remete ao que muitos
autores colocam de que portadores de TDAH mostram a atenção flutuante: em
determinados momentos são atentos e em outros não (Travella, 2004).

2.2.2COMORBIDADE E TDAH EM ADULTOS


De uma forma geral, as pesquisas têm mostrado o TDAH associado a outros
diagnósticos. Para Rohde e colaboradores (2000), são altos os índices de comorbidade
entre TDAH e abuso ou dependência química na adolescência e em adultos. Conforme este
mesmo autor, o TDAH na infância é um fator de risco para uso ou dependência de drogas
na adolescência e idade adulta. Além disso, a presença de comorbidades associadas ao
TDAH, tais como, transtorno do humor bipolar, depressão, transtornos de ansiedade, abuso
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de álcool e drogas, aumentam o grau de comprometimento numa significativa parcela de


pessoas.
Resultados preliminares de um estudo com uma amostra considerada pequena, frente à
prevalência estimada do transtorno na população, indicam que além do comprometimento
associado aos sintomas básicos de desatenção, hiperatividade e impulsividade, crianças e
adolescentes portadores de TDAH com significativa frequência podem apresentar
comorbidade com outros transtornos psiquiátricos, o que aumenta potencialmente o seu
comprometimento funcional (Souza, Serra, Mattos & Franco, 2001).
Tendo em vista que o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é mais frequente no
sexo masculino e mais facilmente observado em crianças em idade escolar, os sintomas de
desatenção afetam o trabalho em sala de aula e o desempenho acadêmico. Os sintomas de
impulsividade também podem levar ao rompimento de regras familiares, educacionais e
interpessoais, especialmente na adolescência. Ao final da infância, os sinais de excessiva
atividade motora ampla passam a ser menos comum, podendo os sintomas de
hiperatividade limitar-se à inquietação ou uma sensação íntima de agitação ou nervosismo.

2.3 PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE TDAH EM ADULTOS


Mediante as considerações, Gallagher e Blader (citados por Marks, 2004)
esboçaram nove componentes para uma avaliação global de TDAH em adultos: 1) revisão
de preocupações atuais; 2) avaliação do nível de funcionamento na infância e no adulto; 3)
história psiquiátrica detalhada; 4) avaliação de história de adaptação psicossocial; 5)
diagnóstico diferencial e avaliação de comorbidades; 6) avaliação das desordens físicas; 7)
avaliação intelectual e das funções executivas; 8) avaliação neurológica e avaliação
psicoeducacional; e, 9) avaliação e planejamento do tratamento.
A avaliação de qualidade, consiste no atendimento com psicólogo, neurologista ou
psiquiatra. Uma avaliação mais completa, como o uso de escalas de sintomas e testes
psicológicos para identificar deficiência cognitiva pode colaborar no diagnóstico. Dados de
sua história de vida, no sentido de avaliar se as dificuldades persistem desde a infância,
também contribuem de forma significativa nessa avaliação. Ainda, é importante verificar a
presença ou não de comorbidades (ansiedade, depressão, transtorno do humor, dificuldades
de aprendizagem) e fazer o diagnóstico diferencial que justifique os sintomas apresentados.
A história da pessoa deve ser investigada cuidadosamente, entrevistando um ou mais
membros da família, pois é bastante comum a falta de insight desses pacientes para o
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próprio comportamento. A vida escolar deve ser bem examinada, embora não seja raro a
pessoa bem-dotada intelectualmente compensar o déficit da atenção e ter bom rendimento
nos estudos. O transtorno não impede de forma absoluta a concentração, alguns indivíduos
são capazes de um bom desempenho na área do trabalho, por exemplo, até em função do
alto grau de interesse, porém em todos os outros momentos a atenção pode falhar de forma
desastrosa.
Nas entrevistas, o avaliador deve buscar o maior número possível de dados sobre a história
do desenvolvimento, sendo importante confirmar informação com outras fontes, como os
pais, cônjuge e boletins escolares. Os sintomas devem estar constantemente presentes
desde a infância. Ainda nas entrevistas, é necessário investigar o impacto dos sintomas do
TDAH na vida profissional e escolar e nos relacionamentos afetivos. Como muitas das
dificuldades aparecem na área profissional, deve-se avaliar a atenção, a concentração, a
distração e a memória de curto prazo analisando o paciente ao executar tarefas no seu
trabalho. E para concluir, avaliar a presença de outras desordens psiquiátricas e abuso de
substância.
Como se pode ver, o processo de avaliação do TDAH caracteriza-se, principalmente, por
ser tipicamente clínico. Baseia-se nos critérios diagnósticos do DSM-IV, que os estudiosos
no assunto adaptaram para a vida adulta. Contudo, os estudos mostram avanços que,
espera-se, sejam considerados na próxima edição deste manual. Trata-se de um processo
complexo e trabalhoso visto que muitas comorbidades se apresentam com a mesma
sintomatologia do TDAH. É uma avaliação multifatorial que visa coletar uma série de
informações, analisar as mais pertinentes com o TDAH para poder chegar num diagnóstico
final. Os sintomas apresentados referentes às comorbidades não devem ser
desconsiderados, pois um adulto com TDAH pode ser tratado concomitantemente com
outros transtornos.
Os adultos que são encaminhados para avaliação muitas vezes se apresentam com um
quadro "florido", isto é, demonstram uma série de sintomas que são pertinentes também a
outros transtornos dificultando a identificação e consequentemente o processo de
avaliação. Para o psicólogo, então, é de grande valia o uso de testes psicológicos nessa
avaliação clínica.

2.3.1 INSTRUMENTOS QUE PODEM AUXILIAR NA AVALIAÇÃO DO TDAH


EM ADULTOS
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Para o diagnóstico ser firmado precisa de várias vias de investigação, sendo assim,
por isso os testes psicológicos são elementos auxiliares, de utilidade quando se investigam
distúrbios de aprendizado ou de deterioração mental para fins de diagnóstico diferencial ou
comorbidade (Nadeau, 1995).
Por isso o TDAH é um transtorno que mostra uma disfunção executiva, considera os
instrumentos neuropsicológicos que avaliem esta disfunção possam auxiliar no diagnóstico
dos adultos, mesmo que ainda não haja pesquisas relevantes neste sentido (é importante
salientar que outros transtornos também alteram as funções executivas). Vejamos agora
uma lista de instrumentos que avaliam aspectos neuropsicológicos que possam auxiliar
neste diagnóstico. Muitos destes instrumentos não estão traduzidos ou mesmo validados
para uso no Brasil, conforme Resolução nº 02/2003 do Conselho Federal de Psicologia.
Nas entrevistas, não necessitam que passe pelo processo de avaliação.
1. AHA (Assessment of Hyperactivity and Attention): É uma escala breve de
autoavaliação, tipo entrevista semiestruturada, baseada nos critérios do DSM-IV
(Mehringer, Downey, Schuh, Pomerleau, Snedecor & Schbiner, 2002).
2. WCST- Wisconsin: teste de classificação de cartas de Wisconsin, com o objetivo de
avaliar o raciocínio abstrato, e a habilidade para trocar estratégias cognitivas como resposta
a eventuais modificações ambientais. Pode ser considerada uma medida da função
executiva, que requer habilidade para desenvolver e manter estratégias de solução de
problemas que implicam trocas de estímulos. O WCST frequentemente é utilizado como
teste do funcionamento frontal e pré-frontal. Desta maneira, qualquer irregularidade
médica ou psicológica que desorganize as Funções Executivas total ou em parte se torna
sensível a este instrumento de avaliação (Cunha, Trentini, Argimon, Oliveira, Werlang,
Prieb, no prelo; Soprano, 2003).
3. D-2 Teste de Atenção Concentrada: Teste de cancelamento que tem como objetivo a
medida de atenção concentrada, da capacidade de concentração e análise da flutuação da
atenção. Examina, então, distúrbios da atenção (Brickenkamp, 2002; Spreenh & Strauss
1998).
4. Teste Stroop de Cores e Palavras: Tem como objetivo avaliar a presença de
comprometimentos pré-frontais, que aparecem sempre que o indivíduo apresentar uma
dificuldade para inibir respostas previamente aprendidas, o chamado "efeito Stroop". A
tarefa proposta pelo teste indica que o sujeito nomeie as cores e não as palavras. Ou seja,
diga quais são as cores das palavras (Rohde, Mattos & colaboradores,2003).
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5. Figuras Complexas de Rey: Teste de cópia e reprodução de memória de figuras


geométricas complexas que visa avaliar a atividade perceptiva e a memória visual,
verificar o modo como as crianças aprendem os dados perceptivos que lhe são
apresentados e o que foi conservado espontaneamente pela memória (Rey, 1999).
6. MINI International Neuropsychyatric Interview (M.I.N.I): é uma entrevista diagnóstica
padronizada breve (15-30 minutos), elaborada de acordo com os critérios do DSM-III/IV e
da CID-10, que se destina a utilização na prática clínica e na pesquisa. Foi traduzida e
adaptada por Amorim (2000). Pode ser aplicado na clínica como um exame complementar,
permitindo a coleta sistemática de informações necessárias para o estabelecimento de
hipóteses diagnósticas. Trata-se de um instrumento indicado para melhorar a precisão do
diagnóstico de diversos transtornos mentais, que no caso do TDAH auxilia na avaliação
das comorbidades.
7. Torre de Londres, Torre de Hanói e Torre de Toronto: A Torre de Hanói é um
instrumento neuropsicológico no qual o sujeito determina a ordem de movimentos
necessários para colocar quatro cilindros coloridos de acordo com a posição inicial. As
condições para a realização dos movimentos são de mover os cilindros um de cada vez, e
não pode ter um cilindro em cima do outro em tamanho menor. A Torre de Londres e de
Toronto são similares à Torre de Hanói (Saboya, Franco & Mattos, 2002).
8. Teste Visomotor de Bender: Técnica constituída por nove desenhos geométricos,
utilizando pontos, linhas retas e curvas, ângulos, numa variedade de relações. É uma
medida de maturação viso motora ou perceptual e investiga alterações do desenvolvimento
neurológico, problemas de ajustamento e triagem de comprometimento orgânico-cerebral
(Cunha & col., 1993).
9. IMO- Índice de Memória de Operacional do WAIS III- Escala de Inteligência Wechsler
para Adultos Terceira Edição*: O Índice de Memória de Trabalho é composto pelos dos
subtestes Aritmética, Dígitos e SNL - Sequência de Números e Letras - do WAIS III. Este
instrumento avalia a capacidade para atentar-se para a informação, mantê-la e processá-la e
em seguida dar uma resposta (Primi, 2002).

10. Tavis 2-R: Trata-se de um instrumento computadorizado para avaliação da atenção


desenvolvido e normatizado no Brasil, caracterizando-se como um teste neuropsicológico
(Cruz, Alchieri & Sarda, 2002). O teste avalia aspectos diferentes da atenção (atenção
15

seletiva, alternância e sustentação da atenção). A aplicação restringe-se atualmente a


crianças e adolescentes.
11. Escalas Beck: O Inventário de Depressão de Beck e o Inventário de Ansiedade de Beck
podem ser usados como medida de autoavaliação de depressão e ansiedade (Cunha, 1993,
2001). As duas escalas podem ser úteis no sentido de auxiliar a identificação das
comorbidades.
Testes projetivos e de personalidade como HTP, TAT, Rorschach, Zulliger, IFP, entre
outros, podem ajudar no diagnóstico diferencial, identificando as comorbidades, apesar de
Cruz e colaboradores (2002) afirmarem que não existem pesquisas que sustentam o uso
dos instrumentos projetivos para a avaliação do transtorno.
Exames de neuroimagem (tomografia, ressonância magnética ou SPECT cerebral) podem
ser pesquisados (Rohde, 2000). Contudo, o eletroencefalograma dos portadores de TDAH
não apresenta anormalidades típicas capazes de auxiliar o diagnóstico, embora se tenha
conhecimento de que nesses pacientes pode aparecer um traçado anormal, com alterações
inespecíficas (Cabral, 2003).
O desenvolvimento deve dialogar com a introdução. Sugiro que faça alterações na
introdução para que ela dialogue mais sistematicamente com o resto do trabalho.
Seu trabalho em alguns momentos foge do objeto, propondo discussões que não foram
apresentadas na introdução. Deixa um pouco confuso a sua discussão, pois o “poder” de
análise da temática proposta fica em alguns momentos em segundo plano. Sugiro que tente
trabalhar mais o objetivo que está propondo e foque em trazer mais escrita sobre o objetivo
(objeto) que está propondo

CUIDADO! Verifique as cores da sua fonte.

3-CONCLUSÃO: tamanho 14

A avaliação e diagnóstico preciso do TDAH em adultos são fundamentais para o


manejo adequado dessa condição e para o desenvolvimento de intervenções eficazes. Com
uma abordagem multidimensional e o uso de instrumentos de avaliação validados, os
profissionais de saúde podem identificar corretamente o TDAH em adultos e fornece o
suporte necessário para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados. A
compreensão aprofundada dos desafios e considerações especiais envolvidos nesse
processo é essencial para garantir uma abordagem holística e individualizada para cada
paciente.
16

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), dentro do que foi


pesquisado, distingue-se pela complexidade no estabelecimento do seu diagnóstico. Torna-
se imprescindível que o profissional tenha experiência clínica e mantenha-se atualizado no
que se refere à literatura especializada, caso venha a se interessar por este tipo de avaliação
e tratamento. A revisão aqui apresentada mostra a quantidade de novos achados que não
são contemplados nos manuais de diagnóstico disponíveis atualmente.
De acordo com os achados apresentados durante todo o texto, o processo de avaliação
psicológica do TDAH de adultos não se constitui por uma tarefa fácil, devido à
multiplicidade de variáveis que são necessárias para um diagnóstico adequado. A avaliação
envolve a coleta de informações de vários aspectos, principalmente dos sintomas, sendo
necessária a investigação desde a infância, assim como o uso de instrumentos padronizados
para a nossa população. A carência de instrumentos específicos e escalas de avaliação de
TDAH são fatores que dificultam o diagnóstico e tratamento das dificuldades em adultos.
Concluindo, entende-se a premência de estudos nessa área, principalmente relacionando as
funções executivas, o TDAH e os instrumentos que possam auxiliar no diagnóstico. Por
fim, por ser um tema recente, entende-se que novas pesquisas possam auxiliar os
profissionais na identificação do transtorno e os portadores por uma melhor qualidade de
vida afetivo emocional, social, acadêmica e profissional.
Explore um pouco mais seus resultados na conclusão do seu trabalho. Ao fazer as
reformulações necessárias na introdução sobre a problematização, justificativa, entre
outros. Faça referência a esses tópicos abordados na introdução em sua conclusão, como
uma forma de explicar o que foi sugerido para melhorar o problema exposto.

Cuidado com a cor da sua fonte.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS Tamanho 14, cor preto

 Listar as referências em ordem alfabética no final do trabalho;


 Elaborar as referências de acordo com a ABNT NBR 6023;
 Usar espaço simples entre cada referência para separá-las entre si.
 Remova os hiperlinks.
 Cuidado com a cor da fonte (preto) e tamanho 12

Exemplo:
17

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: Trabalhos


Acadêmicos – apresentação. 2. ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
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HTP, TAT, Rorschach, Zulliger, IFP

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