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HPA
- Eixo Hipotálamo-Pituitária-Adrenal
- Principalmente responsável por oscilações no ciclo circadiano, e também
envolvido com o estresse;
- Quando o sujeito está estressado, existe a detecção do estresse (perigo real
ou imaginário) pelo hipotálamo. Quando este estresse passa a ser crônico, o
eixo HPA começa a se desregular;
- Quando o hipotálamo detecta o estresse, ele libera CRH (hormônio liberador
de corticotrofina); o CRH desce até a pituitária (OU adenohipofise) e estimula a
liberação de ACTH (hormônio adrenocroticotrófico); o ACTH cai na corrente
sanguíne a e viaja até a suprarrenal, que gera a liberação de cortisol;
- O cortisol atua no sistema imunológico, suprimindo-o, diminuindo sua
atividade. Por isso, quando ficamos estressados, ansiosos por muito tempo,
ficamos gripados/doentes e, nos casos de doenças autoimunes, medica-se
com corticoides, para reduzir a ação do sistema imunológico e para que ele
pare de atacar o próprio corpo;
- O cortisol também atua no fígado, aumentando a gliconeogênese (formação
de nova glicose); no músculo, aumentando o catabolismo de proteínas, e no
tecido adiposo aumentando a lipólise;
- Tem uma alça de retroalimentação, ou seja, volta a atuar no cérebro, inibindo
a produção dele mesmo (como quase tudo no nosso corpo, quando aumenta
muito, o cérebro diminui a produção; quando diminui, a produção aumenta);
- Nos casos de estresse crônico, a produção do cortisol aumenta tanto que o
organismo não consegue mais regular o hormônio, fica resistente;
- Dessa forma, o corpo não para de produzir cortisol, ou seja, mais cortisol
disponível por mais tempo no corpo (hipercortisolemia), trazendo resultados
ruins tanto para a saúde física quanto mental: sistema imunológico cai,
produção de glicose exagerada pelo fígado (diabetes e pré-diabetes), músculo
degrada proteína (perda de massa muscular) e possivelmente acúmulo de
gordura;
- Atua também no hipocampo, região envolvida com memória e controle
emocional, fazendo com que essa região também sofra com o excesso do
cortisol. Estudos indicam que pessoas com depressão crônica (20/30 anos)
apresentam um hipocampo menor, atrofiado;
- Neurônios produtores de dopamina também sofrem com o excesso de
cortisol, causando um estado anedônico (sem vontade de fazer nada). Essa
queda dopaminérgica faz com que busquemos prazeres mais rápidos (comida,
álcool, drogas etc);
- Isso gera mais impulsividade e menos controle emocional, gerando uma série
de cptos. desadaptativos (impulsividade, depressão, compulsão), aumentando
as chances de desenvolver depressão;
*Outro link fisiológico:
- Doença de cushing – a pessoa tem o cortisol alto o dia todo. 90% das
pessoas com essa doença apresentam depressão e 95% sobrepeso e
ansiedade. Quando se regula o cortisol desses pacientes, alguns sintomas de
depressão somem.
Via da Inflamação
- Link entre depressão/ansiedade e sistema imunológico;
- Em ambas as condições, o corpo da pessoa tem mais citocinas pró-
inflamatórias;
- A inflamação elevada e crônica contribui para uma redução da sinalização
dopaminérgica, fazendo com que haja alterações no cpto. Alimentar e no
humor, ambos relacionados com depressão e obesidade;
- O aumento das citocinas aumenta a atividade do eixo HPA, por isso o fator
“estresse crônico” influencia tanto a inflamação quanto o eixo HPA;
Microbiota
- População de organismos do intestino (bactérias), que fazem uma conexão
intestino-cérebro, à medida que esses organismos são importantes para a
síntese de mensageiros e neurotransmissores;
- Parece que uma microbiota bagunçada (pobre de nutrientes) começa a ser
mais permeável e reduz seu efeito;
- Em fezes de pessoas com depressão a microbiota é diferente das de pessoas
sem depressão;
*Tanto pessoas com obesidade quanto com depressão apresentam regiões
cerebrais alteradas;
Informações aleatórias da aula:
- Parkinson: morte de neurotransmissores de dopamina através de uma via
(nigroestriatal) ligada ao movimento, por isso a “tremedeira” característica da
doença.