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Exemplo de um texto expositivo-argumentativo pdf

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argumentativo pode apresentar mais do que um argumento em defesa de determinada posição, argumentos esses que são, geralmente, ilustrados com um ou mais exemplos significativos que contribuem para a fundamentação de cada um dos argumentos. Por isso, se o texto apresentar mais de um argumento sobre o mesmo tema, dever-se-á marcar
graficamente cada um deles, colocando-os em parágrafos diferentes, situação distinta da dos respetivos exemplos. Assim, se não há dúvidas sobre a necessidade de se colocar cada argumento em parágrafo próprio, o mesmo não podemos dizer relativamente aos exemplos ilustrativos apresentados. Parece-nos que tudo depende do tipo de discurso que
se faça. Por exemplo, se nos limitarmos a identificar um facto como exemplo, não se justifica a colocação num novo parágrafo. No entanto, para se fundamentar melhor o ponto de vista defendido num argumento, se se expuser um determinado caso que merece ser explorado, então, justifica-se o uso de parágrafo, sem que isso comprometa a
organização lógica do texto. Repare-se que a apresentação de diferentes argumentos implica o uso de conetores discursivos como «processos de sequencialização que exprimem vários tipos de dependência semântica das frases que ocorrem na superfície textual» (Mira Mateus et al., Gramática da Língua Portuguesa, Lisboa, Caminho, 2003, p. 91). 2)
O desenvolvimento de todo o texto expositivo-argumentativo deve conter não só argumento(s), mas também contra-argumentos(s), elementos essenciais para a defesa da tese do seu autor. É essa a parte expositiva do texto, em que se«desenvolve um raciocínio com o fim de defender ou repudiar uma tese ou ponto de vista para convencer um
oponente, um interlocutor circunstancial ou a nós próprios» (Carlos Ceia, E-Dicionário de Termos Literários). Ora, para se convencer alguém sobre a validade de um determinado argumento (ou contra-argumento), importa apresentar factos que comprovem o que se afirma. Portanto, os exemplos são determinantes tanto para ilustrar os argumentos
como os contra-argumentos. Não é, decerto, por acaso que há uma expressão de uso corrente que se aplica a este caso: contra factos não há argumentos. Nota: Se atentarmos nos enunciados da provas de exame nacional de Português do ensino secundário de Portugal, verificamos que no grupo III são dadas as seguintes indicações: «Num texto bem
estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras, apresente um texto de reflexão sobre […]. Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.» Ora, um contra-argumento é um argumento que é usado para defender uma posição
contrária à de outrem. Portanto, deverá ser também ilustrado com um exemplo válido. TEXTO EXPOSITIVO-ARGUMENTATIVO A produção de um texto expositivo-argumentativo visa avaliar competências como a compreensão de enunciados escritos e a expressão escrita, visíveis na construção de um texto que pressupõe a compreensão da tese
formulada no enunciado, a exposição de uma opinião e a selecção de argumentos, bem como a produção de um discurso correcto e bem estruturado. ruhi Este texto deverá revelar uma análise crítica e pessoal do enunciado da pergunta, reflectindo o conhecimento que possui da obra, do autor, do período literário ou do tema em causa. COMO
ELABORAR UM TEXTO EXPOSITIVO ARGUMENTATIVO? - Ler atentamente o enunciado contido na questão formulada (normalmente é a citação de uma obra ou uma simples afirmação) e identificar de imediato o autor, a obra e o movimento literário que servirá de base à argumentação, ou o tema genérico a explorar; - Planear a estrutura do texto:
clarificar o ponto de vista, seleccionar os tópicos a desenvolver ao longo do texto a produzir, devidamente encadeados, para evitar repetições e incoerências; - Comprovar cada argumento com exemplos concretos e bem fundamentados na obra do autor ou com exemplos significativos relacionados com o tema em reflexão; - Proceder à redacção do
texto, começando por uma breve introdução do tema, desenvolver a argumentação, articulando bem os parágrafos e, no final, como conclusão, sintetizar as ideias centrais apresentadas; - Utilizar um vocabulário diversificado e preciso e um correcto registo de língua. COTAÇÃO (exame nacional) Na prova de exame, o texto expositivo-argumentativo é
avaliado, tendo em conta as seguintes competências: Estruturação de um texto com recurso a estratégias adequadas à defesa de um ponto de vista, sem desvios ao tema proposto; Elaboração de um texto coerente e coeso, com argumentos lógicos bem articulados e devidamente suportados por exemplos significativos (deve atentar-se no número de
argumentos pedidos e respectivos exemplos); Redacção de um discurso bem estruturado (introdução, desenvolvimento, conclusão), com recurso a conectores frásicos adequados e diversificados; Produção de um discurso correcto nos planos lexical, morfológico, sintáctico, ortográfico e de pontuação, com marcação correcta dos parágrafos e respeito
pelo limite de palavras. EXERCÍCIO PRÁTICO 1 “Reis […] manifesta uma aguda mas estóica sensibilidade em relação ao tema da passagem do tempo.” Maria Alzira Seixo, Singularidades de uma Literatura Ocidental, Asa, 2001 Considere o juízo crítico apresentado e comente-o, fundamentando-o na sua experiência de leitor. Redija um texto expositivo-
argumentativo bem estruturado, de duzentas a trezentas palavras. Tópicos a desenvolver: • Dor da efemeridade da vida; • Consciência do poder implacável do destino (fatum); • Defesa de uma filosofia de vida estóico-epicurista; • Aceitação e consciência da subordinação do Homem face ao fatum; • O carpe diem e a mágoa profunda, mas serena,
resultante dessa consciência. Produção de um texto expositivo-argumentativo Ricardo Reis reconhece a inexorabilidade da passagem do tempo, tendo plena consciência da dor provocada pela natureza efémera do homem. Consciente do poder implacável do Destino (fatum), que condiciona a existência humana como uma mera passagem, tendo como
fim a morte - «passamos como um rio» -, Reis é defensor de uma filosofia de vida estóico-epicurista, capaz de conduzir o homem numa existência sem inquietações e sem angústias, e aceita o destino que lhe é imposto, contentando-se em gozar a vida moderadamente e através do exercício da razão. Para tal, sugere um esforço de autocontrolo que
evite as paixões que acarretam sofrimento. Vivendo o momento presente e acreditando no poder da razão, transfigura-se a emoção em indiferença «sem amores, sem ódios, nem paixões que levantem a voz», deixando fluir o tempo, cuja passagem é simbolizada pela passagem das águas do rio.

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Assim, se não há dúvidas sobre a necessidade de se colocar cada argumento em parágrafo próprio, o mesmo não podemos dizer relativamente aos exemplos ilustrativos apresentados. vumigijejuxa Parece-nos que tudo depende do tipo de discurso que se faça. Por exemplo, se nos limitarmos a identificar um facto como exemplo, não se justifica a
colocação num novo parágrafo. No entanto, para se fundamentar melhor o ponto de vista defendido num argumento, se se expuser um determinado caso que merece ser explorado, então, justifica-se o uso de parágrafo, sem que isso comprometa a organização lógica do texto. Repare-se que a apresentação de diferentes argumentos implica o uso de
conetores discursivos como «processos de sequencialização que exprimem vários tipos de dependência semântica das frases que ocorrem na superfície textual» (Mira Mateus et al., Gramática da Língua Portuguesa, Lisboa, Caminho, 2003, p. 91). 2) O desenvolvimento de todo o texto expositivo-argumentativo deve conter não só argumento(s), mas
também contra-argumentos(s), elementos essenciais para a defesa da tese do seu autor. É essa a parte expositiva do texto, em que se«desenvolve um raciocínio com o fim de defender ou repudiar uma tese ou ponto de vista para convencer um oponente, um interlocutor circunstancial ou a nós próprios» (Carlos Ceia, E-Dicionário de Termos Literários).
Ora, para se convencer alguém sobre a validade de um determinado argumento (ou contra-argumento), importa apresentar factos que comprovem o que se afirma.
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posição, argumentos esses que são, geralmente, ilustrados com um ou mais exemplos significativos que contribuem para a fundamentação de cada um dos argumentos. Por isso, se o texto apresentar mais de um argumento sobre o mesmo tema, dever-se-á marcar graficamente cada um deles, colocando-os em parágrafos diferentes, situação distinta da
dos respetivos exemplos. Assim, se não há dúvidas sobre a necessidade de se colocar cada argumento em parágrafo próprio, o mesmo não podemos dizer relativamente aos exemplos ilustrativos apresentados. Parece-nos que tudo depende do tipo de discurso que se faça. Por exemplo, se nos limitarmos a identificar um facto como exemplo, não se
justifica a colocação num novo parágrafo. No entanto, para se fundamentar melhor o ponto de vista defendido num argumento, se se expuser um determinado caso que merece ser explorado, então, justifica-se o uso de parágrafo, sem que isso comprometa a organização lógica do texto. Repare-se que a apresentação de diferentes argumentos implica o
uso de conetores discursivos como «processos de sequencialização que exprimem vários tipos de dependência semântica das frases que ocorrem na superfície textual» (Mira Mateus et al., Gramática da Língua Portuguesa, Lisboa, Caminho, 2003, p.
91). 2) O desenvolvimento de todo o texto expositivo-argumentativo deve conter não só argumento(s), mas também contra-argumentos(s), elementos essenciais para a defesa da tese do seu autor. É essa a parte expositiva do texto, em que se«desenvolve um raciocínio com o fim de defender ou repudiar uma tese ou ponto de vista para convencer um
oponente, um interlocutor circunstancial ou a nós próprios» (Carlos Ceia, E-Dicionário de Termos Literários). Ora, para se convencer alguém sobre a validade de um determinado argumento (ou contra-argumento), importa apresentar factos que comprovem o que se afirma.
Portanto, os exemplos são determinantes tanto para ilustrar os argumentos como os contra-argumentos.
Não é, decerto, por acaso que há uma expressão de uso corrente que se aplica a este caso: contra factos não há argumentos. Nota: Se atentarmos nos enunciados da provas de exame nacional de Português do ensino secundário de Portugal, verificamos que no grupo III são dadas as seguintes indicações: «Num texto bem estruturado, com um mínimo
de duzentas e um máximo de trezentas palavras, apresente um texto de reflexão sobre […]. Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.» Ora, um contra-argumento é um argumento que é usado para defender uma posição contrária à de outrem.
Portanto, deverá ser também ilustrado com um exemplo válido. TEXTO EXPOSITIVO-ARGUMENTATIVO A produção de um texto expositivo-argumentativo visa avaliar competências como a compreensão de enunciados escritos e a expressão escrita, visíveis na construção de um texto que pressupõe a compreensão da tese formulada no enunciado, a
exposição de uma opinião e a selecção de argumentos, bem como a produção de um discurso correcto e bem estruturado. Este texto deverá revelar uma análise crítica e pessoal do enunciado da pergunta, reflectindo o conhecimento que possui da obra, do autor, do período literário ou do tema em causa. peduza COMO ELABORAR UM TEXTO
EXPOSITIVO ARGUMENTATIVO? gezubolo - Ler atentamente o enunciado contido na questão formulada (normalmente é a citação de uma obra ou uma simples afirmação) e identificar de imediato o autor, a obra e o movimento literário que servirá de base à argumentação, ou o tema genérico a explorar; - Planear a estrutura do texto: clarificar o
ponto de vista, seleccionar os tópicos a desenvolver ao longo do texto a produzir, devidamente encadeados, para evitar repetições e incoerências; - Comprovar cada argumento com exemplos concretos e bem fundamentados na obra do autor ou com exemplos significativos relacionados com o tema em reflexão; - Proceder à redacção do texto,
começando por uma breve introdução do tema, desenvolver a argumentação, articulando bem os parágrafos e, no final, como conclusão, sintetizar as ideias centrais apresentadas; - Utilizar um vocabulário diversificado e preciso e um correcto registo de língua. COTAÇÃO (exame nacional) Na prova de exame, o texto expositivo-argumentativo é
avaliado, tendo em conta as seguintes competências: Estruturação de um texto com recurso a estratégias adequadas à defesa de um ponto de vista, sem desvios ao tema proposto; Elaboração de um texto coerente e coeso, com argumentos lógicos bem articulados e devidamente suportados por exemplos significativos (deve atentar-se no número de
argumentos pedidos e respectivos exemplos); Redacção de um discurso bem estruturado (introdução, desenvolvimento, conclusão), com recurso a conectores frásicos adequados e diversificados; Produção de um discurso correcto nos planos lexical, morfológico, sintáctico, ortográfico e de pontuação, com marcação correcta dos parágrafos e respeito
pelo limite de palavras. EXERCÍCIO PRÁTICO 1 “Reis […] manifesta uma aguda mas estóica sensibilidade em relação ao tema da passagem do tempo.” Maria Alzira Seixo, Singularidades de uma Literatura Ocidental, Asa, 2001 Considere o juízo crítico apresentado e comente-o, fundamentando-o na sua experiência de leitor. Redija um texto expositivo-
argumentativo bem estruturado, de duzentas a trezentas palavras. Tópicos a desenvolver: • Dor da efemeridade da vida; • Consciência do poder implacável do destino (fatum); • Defesa de uma filosofia de vida estóico-epicurista; • Aceitação e consciência da subordinação do Homem face ao fatum; • O carpe diem e a mágoa profunda, mas serena,
resultante dessa consciência. Produção de um texto expositivo-argumentativo Ricardo Reis reconhece a inexorabilidade da passagem do tempo, tendo plena consciência da dor provocada pela natureza efémera do homem. Consciente do poder implacável do Destino (fatum), que condiciona a existência humana como uma mera passagem, tendo como
fim a morte - «passamos como um rio» -, Reis é defensor de uma filosofia de vida estóico-epicurista, capaz de conduzir o homem numa existência sem inquietações e sem angústias, e aceita o destino que lhe é imposto, contentando-se em gozar a vida moderadamente e através do exercício da razão. Para tal, sugere um esforço de autocontrolo que
evite as paixões que acarretam sofrimento. wumaholu Vivendo o momento presente e acreditando no poder da razão, transfigura-se a emoção em indiferença «sem amores, sem ódios, nem paixões que levantem a voz», deixando fluir o tempo, cuja passagem é simbolizada pela passagem das águas do rio. Como só o momento presente nos pertence,
cabe ao homem viver esse momento (carpe diem) e, por esse motivo, Reis revela na sua poesia a profunda e serena mágoa, resultante da consciência do poder devorador do tempo. Dado que «Amanhã não existe», Ricardo reis consegue a felicidade pela ataraxia - «mais vale saber passar silenciosamente / e sem desassossegos grandes» - e pela
aceitação da morte e do destino - «nada, salvo o desejo de indif’rença / E a confiança mole / na hora fugidia». (226) EXERCÍCIO PRÁTICO 2 Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas palavras e um máximo de trezentas palavras, apresente uma reflexão sobre as ideias expressas no excerto a seguir transcrito, relativas à tendência para
se investir no espaço pessoal e se esquecer o espaço público.

Por exemplo, se nos limitarmos a identificar um facto como exemplo, não se justifica a colocação num novo parágrafo. tekuziha No entanto, para se fundamentar melhor o ponto de vista defendido num argumento, se se expuser um determinado caso que merece ser explorado, então, justifica-se o uso de parágrafo, sem que isso comprometa a
organização lógica do texto. Repare-se que a apresentação de diferentes argumentos implica o uso de conetores discursivos como «processos de sequencialização que exprimem vários tipos de dependência semântica das frases que ocorrem na superfície textual» (Mira Mateus et al., Gramática da Língua Portuguesa, Lisboa, Caminho, 2003, p.
91). 2) O desenvolvimento de todo o texto expositivo-argumentativo deve conter não só argumento(s), mas também contra-argumentos(s), elementos essenciais para a defesa da tese do seu autor. É essa a parte expositiva do texto, em que se«desenvolve um raciocínio com o fim de defender ou repudiar uma tese ou ponto de vista para convencer um
oponente, um interlocutor circunstancial ou a nós próprios» (Carlos Ceia, E-Dicionário de Termos Literários). Ora, para se convencer alguém sobre a validade de um determinado argumento (ou contra-argumento), importa apresentar factos que comprovem o que se afirma. Portanto, os exemplos são determinantes tanto para ilustrar os argumentos
como os contra-argumentos. Não é, decerto, por acaso que há uma expressão de uso corrente que se aplica a este caso: contra factos não há argumentos. Nota: Se atentarmos nos enunciados da provas de exame nacional de Português do ensino secundário de Portugal, verificamos que no grupo III são dadas as seguintes indicações: «Num texto bem
estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras, apresente um texto de reflexão sobre […]. Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.» Ora, um contra-argumento é um argumento que é usado para defender uma posição
contrária à de outrem. Portanto, deverá ser também ilustrado com um exemplo válido. TEXTO EXPOSITIVO-ARGUMENTATIVO A produção de um texto expositivo-argumentativo visa avaliar competências como a compreensão de enunciados escritos e a expressão escrita, visíveis na construção de um texto que pressupõe a compreensão da tese
formulada no enunciado, a exposição de uma opinião e a selecção de argumentos, bem como a produção de um discurso correcto e bem estruturado. Este texto deverá revelar uma análise crítica e pessoal do enunciado da pergunta, reflectindo o conhecimento que possui da obra, do autor, do período literário ou do tema em causa. COMO ELABORAR
UM TEXTO EXPOSITIVO ARGUMENTATIVO? - Ler atentamente o enunciado contido na questão formulada (normalmente é a citação de uma obra ou uma simples afirmação) e identificar de imediato o autor, a obra e o movimento literário que servirá de base à argumentação, ou o tema genérico a explorar; - Planear a estrutura do texto: clarificar o
ponto de vista, seleccionar os tópicos a desenvolver ao longo do texto a produzir, devidamente encadeados, para evitar repetições e incoerências; - Comprovar cada argumento com exemplos concretos e bem fundamentados na obra do autor ou com exemplos significativos relacionados com o tema em reflexão; - Proceder à redacção do texto,
começando por uma breve introdução do tema, desenvolver a argumentação, articulando bem os parágrafos e, no final, como conclusão, sintetizar as ideias centrais apresentadas; - Utilizar um vocabulário diversificado e preciso e um correcto registo de língua. COTAÇÃO (exame nacional) Na prova de exame, o texto expositivo-argumentativo é
avaliado, tendo em conta as seguintes competências: Estruturação de um texto com recurso a estratégias adequadas à defesa de um ponto de vista, sem desvios ao tema proposto; Elaboração de um texto coerente e coeso, com argumentos lógicos bem articulados e devidamente suportados por exemplos significativos (deve atentar-se no número de
argumentos pedidos e respectivos exemplos); Redacção de um discurso bem estruturado (introdução, desenvolvimento, conclusão), com recurso a conectores frásicos adequados e diversificados; Produção de um discurso correcto nos planos lexical, morfológico, sintáctico, ortográfico e de pontuação, com marcação correcta dos parágrafos e respeito
pelo limite de palavras. EXERCÍCIO PRÁTICO 1 “Reis […] manifesta uma aguda mas estóica sensibilidade em relação ao tema da passagem do tempo.” Maria Alzira Seixo, Singularidades de uma Literatura Ocidental, Asa, 2001 Considere o juízo crítico apresentado e comente-o, fundamentando-o na sua experiência de leitor. Redija um texto expositivo-
argumentativo bem estruturado, de duzentas a trezentas palavras. tojawe Tópicos a desenvolver: • Dor da efemeridade da vida; • Consciência do poder implacável do destino (fatum); • Defesa de uma filosofia de vida estóico-epicurista; • Aceitação e consciência da subordinação do Homem face ao fatum; • O carpe diem e a mágoa profunda, mas
serena, resultante dessa consciência. zojo
Produção de um texto expositivo-argumentativo Ricardo Reis reconhece a inexorabilidade da passagem do tempo, tendo plena consciência da dor provocada pela natureza efémera do homem.
Consciente do poder implacável do Destino (fatum), que condiciona a existência humana como uma mera passagem, tendo como fim a morte - «passamos como um rio» -, Reis é defensor de uma filosofia de vida estóico-epicurista, capaz de conduzir o homem numa existência sem inquietações e sem angústias, e aceita o destino que lhe é imposto,
contentando-se em gozar a vida moderadamente e através do exercício da razão. Para tal, sugere um esforço de autocontrolo que evite as paixões que acarretam sofrimento. sokoce Vivendo o momento presente e acreditando no poder da razão, transfigura-se a emoção em indiferença «sem amores, sem ódios, nem paixões que levantem a voz»,
deixando fluir o tempo, cuja passagem é simbolizada pela passagem das águas do rio.
Como só o momento presente nos pertence, cabe ao homem viver esse momento (carpe diem) e, por esse motivo, Reis revela na sua poesia a profunda e serena mágoa, resultante da consciência do poder devorador do tempo. Dado que «Amanhã não existe», Ricardo reis consegue a felicidade pela ataraxia - «mais vale saber passar silenciosamente / e
sem desassossegos grandes» - e pela aceitação da morte e do destino - «nada, salvo o desejo de indif’rença / E a confiança mole / na hora fugidia». (226) EXERCÍCIO PRÁTICO 2 Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas palavras e um máximo de trezentas palavras, apresente uma reflexão sobre as ideias expressas no excerto a seguir
transcrito, relativas à tendência para se investir no espaço pessoal e se esquecer o espaço público. reyilupemava Para fundamentar o seu ponto de vista, recorra, no mínimo, a dois argumentos, ilustrando cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo. “Ao longo da vida, a tendência é para as pessoas passarem cada vez mais tempo sozinhas
e fechadas dentro das suas casas, transformadas em verdadeiras «torres de marfim». A maneira como se acumulam bens físicos e se procura melhorar os espaços domésticos reflecte um cada vez maior alheamento em relação ao espaço público colectivo, que raramente é pensado como um bem comum.” Teresa Alves, “Territórios do Nada entre a
Esperança e a Utopia”, 2002 Produção de um texto expositivo-argumentativo A tendência para se investir no espaço pessoal em detrimento do espaço público tem vindo a aumentar nas sociedades modernas. Antigamente, as pessoas viviam mais abertas ao outro, o tempo que passavam em conjunto era muito maior e existia o café, o largo, a igreja,
como pontos de encontro de final de dia para todos conviverem e se encontrarem. Todos se conheciam e o outro funcionava como um escape, um suporte. Com o êxodo rural e com a migração para as grandes cidades, a par do crescimento tecnológico, tudo se foi alterando.
A televisão, por exemplo, fazia com que todos se encontrassem no café mais abastado para visionarem os programas emitidos pela «caixinha mágica». Gradualmente, todas as casas foram tendo o seu próprio aparelho, o que resultou num afastamento. O serão já não era passado na colectividade, mas na individualidade de cada lar.
E assim tem sido, cada vez mais as pessoas vivem entregues a si próprias: recheiam-se as casas com o mais moderno dos equipamentos, há um investimento consumista para optimizar o espaço individual, porque deixou de haver tempo e necessidade de estar com outras pessoas. Cada um, pelas exigências da vida moderna, passou a ser auto-
suficiente. E isto reflectiu-se em alheamento relativamente aos espaços públicos colectivos: cada um deixou de sentir como seu um espaço que já não frequenta, logo, não cuida, não investe nele, simplesmente porque não o utiliza.
Até mesmo as crianças, que brincavam em conjunto nos parques infantis ou nos campos de jogos deixaram de o fazer, porque ficam confinadas, sozinhas, frente ao computador ou à Playstation. Em suma, já ninguém reivindica a criação ou a melhoria dos espaços públicos, porque eles foram substituídos pela nossa casa, onde temos todo o sossego e
conforto. (289)

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