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Repert ório sociocultural Jana Rabelo (by Saturno)

portugues (Centro Universitário Estadual da Zona Oeste)

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REPERTÓRIO
SOCIOCULTURAL
JANA RABELO

ATENÇÃO
Este material é apenas o resultado das minhas anotações
durante as lives da Jana. Sugiro que pesquisem e se
aprofundem mais em cada repertório.
Bons estudos e #VemMil!

By: Saturno

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Filosofia/sociologia

• Byung-Chul Han (filósofo sul-coreano) – Sociedade do


desempenho
“sociedade do desempenho” é um cenário em que a produtividade se torna um dever para os
indivíduos. É marcada pela “autoexploração” e pelo cansaço, que culmina em transtornos
psicológicos como “Burnout”, depressão, ansiedade etc. Nesse contexto os indivíduos se sentem
pressionados a apresentar um alto desempenho.

• Thomas Humphrey Marshall (sociólogo inglês) – Conceito


de cidadania
Cidadania é o conjunto de direitos civis, sociais e políticos garantidos por uma constituição.

• Hans Jonas (filósofo alemão) – princípio responsabilidade


Somos responsáveis não só pela situação atual, mas também pelas gerações futuras, uma vez
que elas têm o mesmo direito à vida. Temos que preservar o meio ambiente para as gerações
futuras. A sobrevivência humana depende dos nossos esforços para cuidar do nosso planeta e
do seu futuro. A responsabilidade e a ética do homem devem ser aplicadas para a natureza, uma
vez que temos que preservar a vida do planeta não só no presente, mas também no futuro.

• Peter Singer (filósofo australiano) – Ética ambiental


É necessária uma postura ética não só entre os seres humanos, mas também ao meio
ambiente e às outras formas de vida na terra.

• Émile Durkheim (sociólogo alemão) – família


A família é o mecanismo primário de socialização.

• Hannah Arendt (filósofa alemã) – Espaço público


Para Arendt, a modernidade é marcada pela entrada da esfera privada no campo da vida pública.
O espaço público é o espaço da palavra e da ação, da pluralidade e da liberdade (política).

• Pierre Lévy (filósofo francês) – Cibercultura


É a reunião de relações sociais, das produções artísticas, intelectuais e éticas dos seres humanos
na internet. Lévy também aponta para o “segundo dilúvio” no ciberespaço. A metáfora do
dilúvio é usada como modo de afirmar que não é possível conter o fluxo de informações que
inunda o mundo por meio das novas tecnologias.

• Guy Debord (escritor francês) – Sociedade do espetáculo


É a sociedade mediada por imagens, oriundas dos meios de comunicação de massa, no qual os
indivíduos abdicam da realidade da vida e passam a viver num mundo de aparências e consumo
permanente de fatos, notícias, produtos e mercadorias. A sociedade do espetáculo é o conjunto

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das relações interpessoais mediada por imagens. Imagens seriam representações imediatas que
adquirem autonomia e fazem das pessoas meros espectadores contemplativos.

• Gilberto Freyre (sociólogo brasileiro) – mentalidade


escravocrata (livro casa grande e senzala)
O Brasil atual, segundo Freire, ainda conserva uma mentalidade escravocrata que é responsável
por inúmeros males como racismo, intolerância religiosa, trabalho escravo etc.

• Émile Durkheim (sociólogo alemão) – Escola


A escola é um mecanismo de socialização secundário.

• Max Weber (sociólogo alemão) – trabalho


Para Weber, a partir da reforma protestante o trabalho começou a ser valorizado, ganhando um
status sagrado entre os protestantes, tornando-se o principal referencial para uma vida virtuosa.

• Jean Baudrillard (sociólogo francês) – sociedade do


consumo
As relações humanas são mediadas pela aquisição massiva de bens, serviços e produtos. A
felicidade é travestida em objetos.

• Karl Marx (sociólogo/filósofo alemão) – fetichismo da


mercadoria
A mercadoria adquire valores ou características irreais para aumentar o consumo.

• Jean Jacques Rousseau (pensador francês) – contrato


social
No contrato social, o Estado é responsável por garantir a igualdade entre todos.

• Émile Durkheim (sociólogo alemão) – anomia


A anomia é o estado de ausência de solidariedade em que impera o desrespeito às regras
comuns, às tradições e práticas; quando as leis se desintegram e perdem seu valor prático.

• Sascia Sassen (socióloga) – desertificação das cidades


Uma das características atuais do espaço urbano é a “desurbanização”, que elimina, do espaço
público, pequenas ruas e praças e deixa as cidades vazias.

• Hannah Arendt (filósofa alemã) – Banalidade do mal


O nazismo não foi obra de um louco ou de um psicopata, segundo Hannah Arendt o nazismo foi
obra de uma sociedade que banalizou o mal; consequência do “consentimento” dado por
homens e mulheres completamente “normais”.

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• Florestan Fernandes (sociólogo brasileiro) – Equidade x


Igualdade
Segundo Florestan, é necessário que se garanta formas de equidade que assegurem a ordem
social, e que se estabeleça um padrão de equilíbrio dinâmico capaz de permitir ajustamentos
nas normas levando em conta a necessidade dos indivíduos; tratar desigualmente os desiguais.

• Pierre Bourdieu (sociólogo francês) – “Habitus”


São princípios que o homem carrega dentro de si, e que foram dados pelo meio social. O habitus
é individual, mas ele se constrói no processo de socialização; são valores socialmente
compartilhados.

• Michel Foucault (filósofo Francês) – Corpo e poder


Na sociedade atual existem mecanismo disciplinares que visam a modelagem dos corpos,
atribuindo, assim, caracteres de docilidade, tornando-os útil e produtivo ao aumentar sua
submissão e obediência. Esse controle disciplinar consiste numa política de coerções, uma
ideologia que tem como finalidade o controle e modelagem de atitudes, gestos e
comportamentos.

• Pierre Bourdieu (sociólogo francês) – Violência simbólica

Violência simbólica é uma forma de violência exercida sem coação física, causando danos
morais e psicológicos. Se apoia no reconhecimento de uma imposição determinada no corpo
social, em que o dominado reconhece sua posição como subalterna, seja no âmbito econômico,
social ou cultural. A violência simbólica se funda na legitimação contínua do discurso dominante
entre dominador e dominado.

• Erving Goffman (psicólogo/sociólogo canadense) –


Estigma

Estigma social é definido enquanto marca ou sinal que designa o seu portador como
desqualificado ou menos valorizado; é a situação do indivíduo que está inabilitado para
aceitação social plena. Quando vividos de forma recorrente pelo sujeito produz sofrimento,
humilhação, e em alguns casos, produzindo processos de despersonalização da identidade
deteriorada.

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• Nobert Elias (sociólogo alemão) – Os estabelecidos e os


Outsiders (livro)

Nobert Elias, em seu livro “Os estabelecidos e os outsiders” faz uma análise da configuração
social que leva à discriminação e exclusão dos indivíduos. Desse modo, observou-se que, em
determinado meio coletivo, os “estabelecidos” (grupo socialmente dominante) tende a
estigmatizar os outsiders (indivíduos que se encontram à margem da hierarquia social). O autor
conclui que por trás de toda estigmatização existe uma busca por reafirmação de valores sociais
dominantes, bem como a luta por manutenção do poder e status quo por parte dos
estabelecidos. Ademais, os indivíduos estigmatizados (outsiders) tendem a se retraírem ou
agirem de forma violenta por não se sentirem aceito no grupo.

• Edgar Morin (sociólogo/antropólogo francês) – Educar


para complexidade

No lugar de uma educação tecnicista, caracterizada pela especialização e fragmentação do


conhecimento, Morin defende uma educação complexa, que abrange toda a diversidade e
multiplicidade dos saberes.

• Pierre Lévy (filósofo francês) – Sociedade hiperconectada

A sociedade hiperconectada é caracterizada pela ubiquidade das tecnologias informacionais,


sobretudo a internet, no qual os indivíduos se encontram num estado de hiperconexão no
ciberespaço.

• Manuel Castells (sociólogo espanhol) – A era da


informação

A Era da Informação, de maneira geral, constitui o novo momento histórico em que a base de
todas as relações se estabelece através da informação e da sua capacidade de processamento e
de geração de conhecimentos. A informação torna-se a principal fonte de poder e produção.

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• Paulo Freire (patrono da educação brasileira) – Educação


horizontal

Defende uma relação dialética entre educador e educando em que se estabeleça entre eles uma
relação recíproca no processo educativo.

• Paulo Freire (patrono da educação brasileira) – Educação


libertadora x Educação bancária

Educação libertadora: é a educação capaz de despertar a consciência crítica do aluno para que
ele exerça seu papel de cidadão e se habilite a revolucionar a sociedade. Esse método
educacional é essencial para a conquista de um ponto de vista integral do saber e do universo
que habita.

Educação bancária: é a educação que parte do pressuposto que o aluno nada sabe e o professor
é detentor do saber. Cria-se, assim, uma relação vertical entre o educador e o educando. Desse
modo, o professor é o detentor do saber, o sujeito do aprendizado, que deposita o
conhecimento no aluno, que é um mero objeto de ensino.

• Michel Foucault (filósofo) – panóptico


Panóptico é o poder de impor comportamentos em toda a população com base na ideia de
que estamos sendo observados. Esse modelo social faz o indivíduo auto gerenciar seu
comportamento, dificultando a coordenação e a mesclagem com o grupo, a fim de manter o
comportamento dentro de um intervalo estabelecido como correto pelo poder. Caracteriza-
se pela vigilância velada, a fim de controlar (monitorar) o comportamento dos indivíduos sem
que estes percebam.

• Milton Santos (geógrafo) – globalização


Milton Santos- Geógrafo brasileiro: O mundo real: a globalização como perversidade para a
maior parte da humanidade a globalização está se impondo como uma fábrica de
perversidades. o desemprego se torna crônico, a pobreza aumenta, novas enfermidades se
instalam, a mortalidade infantil permanece, a educação de qualidade é cada vez mais
inacessível e o consumo é cada vez mais representado como fonte de felicidade. A
perversidade sistêmica está relacionada a adesão desenfreada aos comportamentos
competitivos que atualmente caracterizam as ações hegemônicas; as velhas doenças
retornam com força total. A perversidade está na raiz desta evolução negativa da humanidade
e estes processos estão diretamente ligados com a globalização. “O desenvolvimento técnico-
científico está diretamente atrelado às demandas da globalização”.

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• Jean Baudrillard (sociólogo francês) – Simulacros e


simulações
Segundo Baudrillard, a realidade deixou de existir e passamos viver de representações
difundidas pelos meios de comunicação de massa. Nessa sociedade os símbolos têm mais peso
que o real. Surgem, assim, os “simulacros”, simulações mal feitas do real, que se tornam mais
atraentes que o próprio objeto reproduzido. Vivemos na era da simulação, em que a verdade
e o real não têm validade, e toma-se facilmente como verdade aquilo que não é real.
Baudrillard aponta que a sociedade hiper-real pós-moderna põe em xeque a vivência do real,
pois o contato com o outro é substituído e reforça-se padrões de beleza inatingíveis.

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Psicologia/psiquiatria

• Freud (médico/psiquiatra austríaco) – a importância da


infância
O período infantil é determinante na formação do indivíduo e de sua personalidade adulta.
Nessa faixa etária, as transformações ocorrem em seu corpo e em sua afetividade.

• Freud (médico/psiquiatra austríaco) – Totem e tabu


(livro)
Freud analisa os totens – símbolos sagrados e respeitados – e os tabus – proibições de origem
incerta – que cercam e cerceiam as liberdades individuais e coletivas de uma determinada
sociedade, o qual não se pode transgredir. Os tabus restringem o diálogo, não possibilitando a
construção e a internalização do conhecimento sobre o assunto.

• Jean Piaget (psicólogo suíço) – socialização


Para Piaget, a socialização interfere diretamente no desenvolvimento humano; o termo
homem social expressa a condição humana de ser que vive em sociedade e que, portanto,
influencia e é influenciado pelas relações sociais.

• Lev Vigotski (psicólogo russo) – Cultura


Para o psicólogo russo, a cultura é muito mais do que meio em que estamos inseridos, é
também o que forma nossa cognição.

• Lev Vigotski (psicólogo russo) – Socialização da criança


A interação da criança com o meio, através do uso de signos (linguagem falada ou escrita).
resulta no desenvolvimento cognitivo. O aprendizado está diretamente ligado à experiência
social e às condições de vida do aluno e em suas interações sociais com o professor.

• B.F. Skinner (psicólogo norte-americano) – Behaviorismo


O behaviorismo é a ideia de que o ser humano responde previsivelmente ao estímulo, e quem
controla os estímulos controla a pessoa. Não há livre arbítrio conforme acreditado, apenas
respostas a prazeres e dores percebidas.

• Howard Gardner (psicólogo norte-americano) – teoria


das inteligências múltiplas
Segundo ele, existem várias aptidões além do raciocínio lógico-matemático; a vida humana
requer o desenvolvimento de vários tipos de inteligências.

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Literatura
• Memórias póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis) –
Automedicação
No enredo do livro, Brás Cubas tenciona a criação do "emplasto Brás Cubas", um remédio que
curaria todas as doenças (panaceia), capaz de “aliviar a melancolia da humanidade”. (pode
relacionar-se com o fato de que, na sociedade atual, os indivíduos tendem a buscar em
medicamentos a cura para todas as suas enfermidades).

• O cortiço (Aluísio de Azevedo) – moradias impróprias/


desigualdade de moradia/falta de saneamento básico
O cortiço situava-se em um amontoado de casas de baixíssima qualidade e muito mal
arranjadas, onde os pobres convivem. Esse espaço é a representação da miscigenação e da
promiscuidade das classes menos favorecidas. Localizado ao lado do cortiço, encontra-se o
sobrado do aristocrata e comerciante Miranda e também de sua família. O sobrado é a
representação da burguesia ascendente do século XIX. (pode ser usado para mostrar a
precariedade das residências de pessoas pobres ou para mostrar a dicotomia entre as classes
socias sob o prisma de suas moradias; as diferenças entre suas casas). Além disso, em “O cortiço”
é evidente a falta de saneamento básico nas moradias, o que favorecia o desenvolvimento de
doenças.

• Holocausto brasileiro (Daniela Arbex) – preconceito com


as pessoas portadoras de doença mental
O livro “Holocausto brasileiro” denuncia as atrocidades feitas no hospício Colônia, em
Barbacena, interior de Minas Gerais, onde mais de 60 mil pessoas morreram em 8 décadas de
torturas, mal tratos, negligência estatal e violação dos direitos humanos. Fica evidente no livro
o preconceito com os portadores de psicopatologias, bem como a forma como os portadores
dessas enfermidades são tratados.

• Vencendo a morte (J.M. Orlando) – Avanços na medicina


O livro mostra os avanços significativos da Medicina militar durante as guerras e que passaram
também, posteriormente, a beneficiar a população civil.

• Não verás país nenhum (Ignácio de Loyola) – eixo


ambiental/fome/a importância da história/pobreza
extrema/desigualdade
No livro, além de governo autoritário no poder, o Brasil passa também por um desequilíbrio
ecológico grave, com racionamento de água, calor intenso, alimentos artificiais e
manufaturados, ausência quase total de vida animal e vegetal, escassez de alimentos. A floresta
amazônica e os demais biomas foram destruídos, transformadas em gigantescos desertos, o que
explica as altas temperaturas durante o ano inteiro. a cidade de São Paulo é completamente
tomada pela poluição, devastação e desmatamento, onde não há mais rios, plantas e animais;

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desse modo, nesse meio hostil, as pessoas fazem de tudo para sobreviver, inclusive fazem uso
da violência. A circulação na cidade era restrita, pois cada um só pode circular em uma área pré-
determinada e em um ônibus apenas, e essa circulação também depende de seu poder
financeiro. Quanto mais pobre um sujeito é, mais poluídos, sujos e desumanos são os locais em
que se pode viver e circular. Todos os alimentos são feitos em laboratórios. A História é sempre
reescrita nos livros, de acordo com ordens e critérios estipulados pelo Esquema. Os
Acampamentos Paupérrimos, um dos espaços do romance, onde os menos favorecidos habitam
em condições desumanas: tudo é repleto de lixo, de restos descartados, de coisas que as pessoas
jogam fora. Já aqueles que pertencem à classe média ou alta, vivem em outros espaços, como
em apartamentos ou em condomínios de luxo, com medo de que as pessoas miseráveis invadam
suas moradias e cometam assassinatos.

• Morte e vida das grandes cidades (Jane Jacobs-escritora


canadense) – eixo urbano
Os espaços públicos, segundo Jacobs, são os órgãos vitais de uma cidade, pois é neles que se dá
toda a integração e convivência de uma sociedade, sendo que os principais protagonistas do uso
e ocupação deles são as pessoas. Segundo a autora, o capital disponível é empregado de forma
incoerente nas cidades e, principalmente, sem respeito à preexistência e aos valores sociais,
desfavorecendo sempre os mais necessitados de lazer, moradia e mobilidade.

• Quarto de despejo (Carolina de Jesus) –


pobreza/desigualdade/fome
Os dias de Carolina são marcados pela presença constante da fome e da preocupação
permanente de arranjar algo para comer no dia-a-dia. Carolina expõe a invisibilidade social que
ela, seus filhos e seus vizinhos viviam. Eram invisíveis, ignorados por aqueles de melhor
condição, pelo Estado e até por quem pedia ajuda. Além disso, ela denunciava as desigualdades
socioeconômicas: “o custo dos gêneros alimentícios nos impede a realização dos nossos desejos.
Atualmente somos escravos do custo de vida”.

• A alma encantadora das ruas (João do Rio) – problemas


urbanos
No livro, fica evidente os inúmeros problemas urbanos presentes na cidade carioca em meados
do século XX, como a má condição dos operários, o deslocamento das populações pobres para
os morros e a consequente formação das favelas, a indiferença do estado na resolução dos
problemas etc.

• Depois daquela viagem (Valéria polizzi) – preconceito


com portadores de HIV
O livro autobiográfico se passa entre as décadas de 80 e 90, em que a autora contrai o vírus HIV.
Até então, a AIDS era associada apenas aos gays e praticantes do sexo anal, o que não era o caso
de Valéria. O preconceito com portadores do vírus no Brasil era absurdo e a falta de tato dos
hospitais e planos de saúde não ajudava a atrair uma perspectiva melhor para os infectados.

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Preciosa (Sapphire) – Violencia sexual e doméstica/ bullying/ poder


da educação/ gravidez na adolescência/ gordofobia/ racismo/
A personagem Claireece “Preciosa” encara diversos tipos de violência. Ela era espancada e
humilhada em diversos momentos pela mãe, que a agredia constantemente. Além disso, é
violentada sexualmente pelo pai desde pequena, o que resulta em duas gravidezes ainda na
adolescência. Na escola, Claireece “Preciosa” sofria bullying dos seus colegas por ser negra e
gorda. O livro mostra, gradativamente, as mudanças nas atitudes da personagem. Um fator que
age como o estopim para essas transformações é a nova escola. Com o incentivo da professora,
o apoio das colegas e o esforço de colocar o que sente para fora, Preciosa passa a se enxergar
de uma maneira totalmente diferente – não mais como uma pessoa acuada, mas como alguém
com controle sobre a própria história. Assim, a educação é utilizada como uma forma de
emancipação no enredo.

• Infância (Graciliano Ramos) – poder da leitura


No livro autobiográfico “Infância”, de Graciliano Ramos, o escritor aponta que sua salvação, ou
pelo menos válvula de escape durante uma infância conturbada, foi a leitura. Acometido pela
doença que o fez ficar temporariamente cego e preso em seu quarto, desperta para o
encantamento das palavras, analisando-as, namorando-as, principalmente nas cantigas
folclóricas entoadas por sua mãe durante os trabalhos domésticos. Um salto maior surge no
contato com a enorme biblioteca de Jerônimo Barreto, que permitiu ao garoto ampliar seus
horizontes para um mundo diferente da mesquinharia em que havia crescido.

• Sociedade.com (Abel Reis) – internet


Pioneiro da internet brasileira e um dos maiores especialistas em mídias digitais do país, Abel
Reis apresenta os seus insights sobre os profundos impactos das tecnologias digitais em cada
aspecto da nossa vida. Por que nossa atitude on-line é tão diferente da off-line? Até que ponto
as crianças precisam de dispositivos eletrônicos nas escolas? A polarização nas redes sociais é
um exercício de cidadania ou histeria? Que profissão escolher tendo em vista a quarta revolução
industrial? É possível ser feliz em relacionamentos nascidos e nutridos pela internet? O autor
analisa a tecnologia como um sintoma de um certo modo de ser contemporâneo que busca
poder e controle para aliviar angústias individuais e coletivas.

• O Precariado (Guy Standing) – desigualdade/ trabalho


Nos anos 1970, economistas neoliberais passaram a defender a ideia de que o crescimento e o
desenvolvimento dependiam da competitividade do mercado. A partir daí, a maximização da

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concorrência e a licença para que os princípios de mercado de trabalho permeassem todos os


aspectos da vida moldaram uma nova classe social mundial, emergente e ainda em formação: o
“precariado”. O precariado: A nova classe perigosa é uma obra que apresenta as características
desse novo grupo e oferece uma sólida reflexão política e socioeconômica que compreende a
nova ordem social global e responde aos anseios dos indivíduos dessa nova classe, que não se
sentem ancorados em uma vida de garantias trabalhistas, não possuem empregos permanentes
e muitas vezes nem sequer sabem que integram a classe dos precariados. Aqueles que estão no
precariado carecem de autoestima e dignidade social em seu trabalho; devem procurar por esse
apreço em outro lugar, com sucesso ou não. Se forem bem-sucedidos, a inutilidade das tarefas
que são obrigados a fazer em seus empregos efêmeros e indesejáveis pode ser reduzida, na
medida em que a frustração de status será diminuída. Mas a capacidade de encontrar a
autoestima sustentável no precariado quase sempre é vã. Existe o perigo de se ter uma sensação
de engajamento constante, mas também de estar isolado no meio de uma multidão solitária. O
resultado é uma crescente massa de pessoas – em potencial, todos nós que estamos fora da
elite, ancorada em sua riqueza e seu desapego da sociedade – em situações que só podem ser
descritas como alienadas, anômicas, ansiosas e propensas à raiva. O sinal de advertência é o
descompromisso político. A esperança consiste em investir na liberdade associativa.

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Leis/ relatórios/ conferências

• Artigo 196 (Constituição Federal de 1988) – Saúde


Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal
e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

• Lei n° 9.787 (CF 1988) - fracionamento de medicamentos


A Lei n° 9.787, de 10 de fevereiro de 1999 que autoriza e uma Resolução da Anvisa de 2006
que regulamenta o fracionamento de medicamentos. Com o fracionamento, evita-se que o
usuário mantenha sobras de medicamentos em casa, diminuindo a possibilidade de efeitos
adversos e intoxicações, derivados da automedicação. Além disso, há menor impacto
ambiental decorrente do descarte de medicamentos.

• Lei 8080-1990 (CF) - Lei do SUS


É dever do Estado garantir a saúde e a execução de políticas econômicas e sociais que visem à
redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que
assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção,
proteção e recuperação.

• Artigo 6° (CF 1988) – Direitos sociais


Art. 6º: São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.

• Estatuto da Criança e do Adolescente (8069-1990/CF) –


Integridade da criança e adolescente
Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. A criança e o
adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhes, por lei ou por outros
meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico,
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

• Artigo 225 (CF 1988) – Meio ambiente


Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

• Novo Código ambiental (2012) – Meio ambiente


O Novo Código Florestal flexibilizou a legislação ambiental.

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• Relatório Brundtland (1987) – Nosso Futuro Comum


Elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, o Relatório
Brundtland aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões
de produção e consumo, trazendo à tona mais uma vez a necessidade de uma nova relação “ser
humano-meio ambiente”. Ao mesmo tempo, esse modelo não sugere a estagnação do
crescimento econômico, mas sim essa conciliação com as questões ambientais e sociais.
Ressalta, ainda, os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade
de suporte dos ecossistemas. O desenvolvimento sustentável é concebido como “o
desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.”

• ECO-92/Rio 92 (1992)
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, também
conhecida como Eco-92, Cúpula da Terra, Cimeira do Verão, Conferência do Rio de Janeiro e
Rio 92, foi uma conferência de chefes de estado organizada pelas Nações Unidas e realizada de
3 a 14 de junho de 1992 na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Seu objetivo foi debater os
problemas ambientais mundiais.

• Rio +20 (2012)


A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, foi realizada de
13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. A Rio+20 foi assim conhecida porque
marcou os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (Rio-92) e contribuiu para definir a agenda do desenvolvimento sustentável
para as próximas décadas. O objetivo da Conferência foi a renovação do compromisso político
com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na
implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento
de temas novos e emergentes.

• PNRS (2010) – Lixo


A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é uma lei (Lei nº 12.305/10) que organiza a forma
com que o país lida com o lixo, exigindo dos setores públicos e privados transparência no
gerenciamento de seus resíduos. A lei prever, dentre seus principais objetivos, o fim dos lixões
e maior incentivo às praticas sustentáveis, tais como reciclagem e reaproveitamento dos
rejeitos.

• Artigo 5º (CF 1988)


Art. 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade (princípio da isonomia).

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• Artigo 205 (CF 1988)


Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

• Marco Civil da Internet (2014)


Marco Civil da Internet – lei aprovada em 2014: é a lei que regularia a internet no Brasil. Tem
a função social de garantir a liberdade de expressão e a transmissão de conhecimento, além de
impor obrigações de responsabilidade civil aos usuários e provedores.

• OMS – Conceito de saúde


A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde como sendo o estado de completo
bem-estar físico, mental e social. Ou seja, o conceito de saúde transcende à ausência de
doenças e afecções. Por outras palavras, a saúde pode ser definida como o nível de eficácia
funcional e metabólica de um organismo a nível micro (celular) e macro (social).

• Artigo 220 (CF 1988) – liberdade de expressão


Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer
forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta
Constituição.

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Filmes/Séries/Documentários
• Mad Men (série) – vício em trabalho
A trama gira em torno de Don Draper, um protagonista interpretado por John Hamm, que é
um publicitário viciado em trabalho.

• Black Mirror Ep. “Arkangel” (série) – Super proteção dos


pais/ alienação dos filhos/ importância dos sentimentos
negativos
Nesse episódio é desenvolvida uma tecnologia na qual um chip é implantado em uma criança,
permitindo que a mãe saiba sua localização, acesse a visão da mesma, monitore sinais vitais
como batimentos cardíacos e ainda possibilita ativar um filtro que impede que a criança veja
algo que possa lhe fazer mal, como um ato de violência ou um perigo. Além do questionamento
evidente sobre o limite tênue entre a proteção dos pais e a liberdade dos filhos, há um
questionamento importante sobre o papel das emoções negativas na construção de uma
personalidade. Ao poupar as crianças destas situações de estresse elas se tornam despreparadas
para a vida, incapazes de distinguir o certo do errado.

• Oceanos de plástico (documentário) – poluição dos


mares
O documentário “Oceanos de plásticos” mostra a poluição dos oceanos por plásticos e o seu
impacto para os animais, pessoas e os ecossistemas. De acordo com o documentário, nossos
oceanos são arrastados por cinco grandes correntes, resultantes dos ventos e da rotação da
Terra. O que ocorre é que o lixo lançado nos rios e nas praias acaba sendo levado para os
oceanos e, pelo efeito das correntes, formando as famosas ilhas de plástico. Dessa forma,
animais acabam por confundir o plástico com alimentos e morrem por ingerir tais objetos.

• Você não conhece o Jack (filme) – Eutanásia


O filme “Você não conhece o Jack” aborda o polêmico tema da eutanásia e, como todo tema
polêmico, é permeado por debates dicotômicos: se por um lado há o lado científico da
questão, por outro há também o lado religioso acerca do tema. Retratando a história verídica
de Jack Kerkovian, ou simplesmente “dr. Morte”, o filme aborda sua luta pelo direito do
suicídio assistido. Para que o paciente posso escolher o final de sua própria vida, Jack inventou
a “maquina suicídio” que permitia o paciente dar um fim ao que ele denominava de o próprio
“sofrimento”.

• Black Mirror Ep. “Queda livre” (série) – internet/ redes


socias/ busca por status/
No episódio “Queda livre”, da série Black Mirror, é apresentada uma distopia de sociedade na
qual as instâncias sociais se definem a partir de avaliações mediadas por uma rede social. A
trama mostra o quanto a interação e aceitação na mídia digital se tornaram decisivas para
obter benefícios na sociedade, que se organiza tendo estas avaliações como base para divisão

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de classes, qualificação para emprego, relacionamentos e até comércio. A crítica mora na


supervalorização do elemento da rede social, mostrando um povo escravo do status.

• Pro dia nascer feliz (documentário) – Educação


O documentário “Pro Dia Nascer Feliz”, dirigido por João Jardim, mostra a realidade em que
algumas escolas do ensino médio do País se encontram, retratando a grande diferença social e
cultural, a violência dentro das escolas, evasão escolar, alunos indisciplinados e a questão da
família e escola além do sucateamento das instituições de ensino. Pode-se perceber que isso
acontece na maioria dos lugares do país, o que mostra como o sistema brasileiro de educação é
falho. O documentário mostra como nas escolas públicas o professor é obrigado a trabalhar em
situação precária, tanto na infraestrutura como na parte pedagógica, principalmente em escolas
de periferia, onde a violência é bem visível. Pode-se perceber, também, a diferença dos perfis
de alunos que se resume em social e econômico que é a característica do nosso país. Os que não
têm condições não conseguem se qualificar de uma forma apropriada para competir com os da
elite, que estão bem mais preparados.

• Nunca me sonharam (documentário) – Educação


Nunca me sonharam é um documentário dirigido por Cacau Rhoden, lançado em maio de 2017.
A produção tem como foco depoimentos de jovens de camadas populares de diferentes regiões
do Brasil, de professores e de especialistas da área da educação sobre a realidade da oferta do
Ensino Médio em escolas públicas. Ao colocar em cena pessoas reais, cujos depoimentos são
fruto de histórias vividas, a obra fílmica faz pensar sobre os desafios do tempo presente e as
expectativas para o futuro de quem é submetido a uma escolarização que, apesar de
historicamente referendada como um “problema” da educação nacional, é reconhecida por seu
público como necessária para a construção de uma vida melhor. O documentário mostra que é
possível fazer uma educação de qualidade, quando Estado, Escola e Sociedade trabalham em
conjunto para fazer um ensino de melhor qualidade para suas crianças. Nova ou velha, a
educação tem como função garantir que os jovens sonhem, e possam, sem distinção de sexo,
gênero, raça e classe, buscar por uma vida melhor.

• Sicko (documentário) – Saúde


SiCKO é um documentário de Michael Moore que critica o sistema de saúde dos Estados Unidos
da América e apresenta como negociatas políticas e lobbying de seguradoras de saúde e
empresas farmacêuticas mantêm um sistema que trata saúde como mercadoria, martirizando
vidas em nome do lucro. O exemplo de outros países que adotaram a medicina socializada serve
para mostrar uma proposta alternativa de saúde, entendida como um direito de todos,
financiado solidariamente pela sociedade e garantido através de políticas públicas e práticas
eficazes. Apesar de produzido há nove anos, o filme é atual por sensibilizar a defesa do acesso à
saúde como um direito.

• História da saúde pública no Brasil (documentário) –


Saúde
A saúde, como retratada no documentário, a partir do início do século XX, sempre esteve
vinculada às forças políticas e econômicas vigentes no país. Os investimentos e o próprio
conceito de saúde oscilavam de acordo com essas forças, uma vez que eram elas as responsáveis

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por delimitarem as condições desse âmbito. Junto a isso, também há uma dicotomia que divide
as formas de se acessar saúde ao longo do tempo: médicos privados versus casas de caridade;
contribuintes do Instituto de Aposentadoria e Pensões (IAPs) versus não contribuintes ;Hospitais
Gerais versus Centros de Saúde; Movimentos sociais versus sucateamento da saúde; Sistema
Único de Saúde (SUS) versus atendimento privado. O documentário mostra como o atendimento
privado permanece voltado principalmente a assistência médica, se baseando em um conceito
de saúde como ausência de doença e articulado ao capitalismo, sendo seu foco a internação
pois, quanto mais tempo se permanece em tratamento, maior lucro é gerado para a empresa.
Em contrapartida, o SUS tem suas ações norteadas pela ideia de promoção de saúde e
prevenção de doença, aproximando-se da população não somente para curar doenças, mas
também para preveni-las.

• SUS: 30 anos (documentário) – Saúde


O documentário “SUS: 30 anos”, foi feito em comemoração ao aniversário da Constituição de
1988, que consagrou a saúde pública como um direito de todo cidadão e dever do estado. O
vídeo traz depoimentos de enfermeiros brasileiros que trabalham no Sistema Único de Saúde
(SUS). Narrado pelos profissionais que atuam na ponta do atendimento ao usuário, o
documentário mostra que Enfermagem está em todos os setores do SUS e à frente de vários
programas, como o Programa Saúde da Família (PSF), na Atenção Básica (ou Atenção Primária).
O documentário explica ainda que o SUS incluiu 60 milhões de brasileiros antes sem acesso à
assistência de Saúde e contribuiu, nestes 30 anos, para redução da mortalidade infantil e
aumento da expectativa de vida dos brasileiros.

• A lei da água (documentário) – Meio ambiente


O documentário denominado "A Lei da Água" traz importante discussão acerca do Código
Florestal de 2012, destacando a relação intrínseca entre preservação ambiental e meio
ambiente equilibrado. Ademais nos mostra como este direito constitucionalmente assegurado
é posto em segundo plano quando a agroindústria, o seu discurso concernente ao
desenvolvimento e a produção de alimentos se assenta em posição de importância maior, em
detrimento dos recursos naturais e de tudo o que representam para subsistência do ser
humano. É possível identificar no decorrer do documentário que é ínsita a importância da
preservação da mata nativa para a garantia da saúde da população, haja vista que a floresta é
um fator de importância capital para a preservação dos recursos naturais, especialmente para
um recurso sem o qual não é possível a produção e o desenvolvimento, qual seja a água.

• Ilha das flores (documentário) – pobreza/fome/ lixo/


desigualdade
O documentário “Ilha das Flores”, de Jorge Furtado produzido em 1989, é de uma rara
profundidade que exprime toda a banalização a que foi submetida o ser humano, por mais
racional que este seja. Um ácido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando
a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o
processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho. A
lamentável condição de subsistência dos habitantes da Ilha das Flores deixa as pessoas pasmas.
A ideia do curta-metragem é mostrar o absurdo desta situação. Seres humanos que, numa escala
de prioridade, estão depois dos porcos. Mulheres e crianças que, num tempo determinado de
cinco minutos, garantem na sobra dos porcos (que por sua vez, alimentam-se da sobra de outros

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seres humanos com condições financeiras de escolher o alimento) sua alimentação diária.
Durante o filme através dedados científicos e empíricos mais uma vez o contrassenso é
ratificado, pois está inserido na sociedade de consumo, que mesmo formada por seres racionais,
produz algo irracional: a desigualdade. A desigualdade social é elemento cada vez mais presente
no cotidiano das cidades brasileiras. Este fenômeno tem se caracterizado como marca dos
grandes centros urbanos, que são capazes de congregar, em uma mesma localidade, diferentes
grupos sociais com interesses econômicos, políticos e sociais antagônicos.

• O lixo extraordinário (documentário) – lixo/reciclagem/


desigualdade/condição dos catadores
O documentário “Lixo Extraordinário” retrata um trabalho do artista plástico Vik Muniz e seu
envolvimento com catadores do lixão de Jardim Gramacho – RJ. Vik realiza obras de arte com
ajuda dos catadores, utilizando os materiais encontrados no lixão para formar imagens incríveis
dos trabalhadores locais, transformando suas vidas. Além da criatividade e beleza das obras, o
documentário apresenta a realidade de pessoas que vivem em condições críticas de pobreza e
saneamento, e também no problema ambiental da disposição de resíduos sólidos. As dimensões
do aterro e a quantidade de lixo são enormes. O documentário também mostra as situações dos
lixões, em que todo resíduo em putrefação fica exposto e as pessoas dividem espaço com
incontáveis urubus. A estrutura irregular na disposição de lixo é notável, a falta de
procedimentos de segurança e proteção ambiental é característica de um lixão, diferente de um
aterro sanitário que possui impermeabilização contra contaminações, cobertura vegetal e
escapes de gás metano. Isso demonstra uma falha no gerenciamento de resíduos de uma grande
cidade, que pode ser corrigida com uma boa gestão urbana. Além dessa problemática, as
condições de trabalho dos catadores são evidentemente desprezíveis, possuem contato direto
aos diversos resíduos gerados por 70% do Rio de Janeiro, isso inclui altos riscos de contaminação
e susceptibilidade a diversos tipos de doenças.

• TRASHED – Para onde vai o nosso lixo? (documentário) -


lixo
O Documentário, “TRASHED – Para onde vai o nosso lixo?” de 2012 com direção de Cândida
Brady, faz uma dura crítica sob a forma e a quantidade de lixo que é produzido a cada dia em várias
partes do planeta, sendo que muitos deles não são descartados de forma correta. A Partir disso
começa a ser apresentando e debatido o que devemos fazer com os bilhões de toneladas de lixo
que são produzidas diariamente em todo o planeta, surgindo também à noção do despreparo em
lidar com essa questão que é imponente para o desenvolvimento humano. Um tema importante
do documentário é o plástico que se acumula no solo, na água e no ar e libera substâncias
altamente nocivas para os seres humanos e o meio ambiente. Plásticos são, segundo o filme, uma
espécie de quebra-cabeças para a humanidade: não são biodegradáveis, não podem ser
queimados – sua queima libera substâncias altamente tóxicas – e enterrá-los adia o problema para
as gerações futuras.

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• The True Cost (documentário) – indústria da moda/


exploração trabalhista/consumismo/ meio ambiente/
poluição
“The true Cost” aborda de forma clara o impacto estarrecedor da indústria da moda em milhões
de pessoas e ao nosso planeta, bem como os efeitos deletérios. O documentário foi gravado em
diversas localidades pelo mundo procurando abordar os diferentes aspectos e impactos da
indústria da moda em nossa sociedade. Com a globalização, os negócios se tornaram
internacionais, as grandes marcas da moda fazem contratos com aqueles fornecedores que
oferecerem melhor preço, na busca sempre do maior lucro. Invariavelmente, as roupas acabam
sendo confeccionadas no terceiro mundo, onde a mão de obra é mais barata. Os donos das
fábricas têxteis devido às margens de lucro apertadas submetem seus empregados a condições
de trabalho inseguras e que beiram ao trabalho escravo. Segundo o documentário, é o segundo
setor que mais polui o mundo, atrás apenas da indústria do petróleo. The true cost ainda aborda
as consequências danosas desse consumismo: o esgotamento dos recursos naturais, o uso de
pesticidas e sementes modificadas geneticamente para manter a produção de algodão alta o
suficiente para atender a demanda da produção, a consequente poluição do meio ambiente e
problemas de saúde decorrentes dessa poluição.

• Ser Tão Velho Cerrado (documentário) – Meio ambiente


Ser Tão Velho Cerrado, disponível na plataforma de streaming Netflix, é um documentário
brasileiro de 2018 dirigido por André D'Elia. O filme problematiza a degradação ambiental do
Cerrado, que preocupa os moradores em torno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros,
em Goiás, e levanta questões importantes na comunidade científica acerca da agricultura
familiar e do agronegócio. A principal informação que o documentário busca passar é a
necessidade de combate a indiferença do governo para a destruição desse bioma único no
mundo que é o Cerrado. O filme é uma possibilidade de conscientizar a todos que não estão
atentos sobre essa devastação ambiental, e gerar reflexões e debates nas escolas e
universidades.

• Minimalism (documentário) – consumismo

O documentário “Minimalism: a documentary about the important things” (Minimalismo: um


documentário sobre as coisas importantes), disponível na Netflix tematiza o movimento que
prega que viver com menos posses dá liberdade, principalmente financeira, para se ter uma vida
com mais propósito e focar no que realmente importa, como passar mais tempo com a família
ou buscar um emprego no qual é possível ter maior satisfação, ainda que não se receba um
salário de dois dígitos por ele. Também chama atenção como o documentário aborda o fato de
que o minimalismo não significa desfazer-se de tudo o que você tem e permanecer apenas com
o necessário, apesar de essa ser uma premissa básica, mas sim de desfazer-se daquilo que não
lhe traz sentido. Eles falam sobre como não há uma obrigatoriedade, por exemplo, de livrar-se
de itens de coleção, mas incentivam a refletir sobre isso, sobre o quanto as coisas que possuímos
realmente dão e têm algum sentido para a nossa vida.

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• Parasita (filme) – problemas urbanos/ pobreza/


desigualdade/
O filme acompanha a família Kim, composta por um casal de desempregados e dois filhos que
vivem em um apertado imóvel semi-subterrâneo. Em uma zona perigosa e marginalizada da
cidade, eles trabalham dobrando caixas de pizza para sustentar suas necessidades básicas. Um
dos filhos Kim é contratado pelos Park, uma família milionária que vive no alto de um grande
morro e que aponta o contraste social de renda. A deslumbrante casa em que os Park residem
e o luxo de que usufruem espanta o humilde jovem Ki-woo, contratado como tutor de inglês.
Em uma das principais cenas do filme, uma forte tempestade atinge a cidade e causa a completa
inundação do apartamento dos Kim. Eles são deslocados a um ginásio com dezenas de famílias
desalojadas e, no dia seguinte, Sr. Kim escuta a senhora Park agradecendo a mesma chuva: “Hoje
o céu está tão azul e sem poluição, graças à chuva!”.

• A escala humana (documentário) – problemas urbanos


O documentário apresenta a realidade do século XXI, onde cerca de 50% das pessoas vivem em
áreas urbanas e geram impactos negativos. A partir disso, durante 40 anos o arquiteto
dinamarquês, Jan Gehl estudou o comportamento humano e como redesenhar as cidades. A
trama analisa por meio dos pensamentos de Gehl como diminuir o tráfego de carros e tornar as
cidades mais preparadas para pedestres. Aborda ainda sobre os impactos nas cidades ao se
construir novos prédios. Suas percepções já foram adaptadas para as metrópoles da China,
Austrália, Bangladesh e Nova Zelândia.

• Edifícios master (documentário) – problemas urbanos


Em edifício Master, Eduardo Coutinho realizou um trabalho ímpar, com depoimentos de 37
moradores do famoso edifício carioca, com mais de 200 apartamentos conjugados que abriga
cerca de 500 pessoas. De uma maneira descontraída e inovadora os depoimentos abordam as
diferentes identidades contidas em um local tão limitado como é um prédio, mostrando como
aquilo que é local, se torna universal, diante da pluralidade existente entre os moradores, assim
o Edifício Master abriga pessoas de diferentes origens, idades, condições sociais, sentimentos e
histórias. Fatores como a violência retratada na sociedade atual, têm levado as pessoas a se
enclausurarem cada vez mais nos seus lares, acarretando a destruição de vários elos que
ocorrem no contexto de vizinhança e relações inter-pessoais. Partindo disso, Eduardo Coutinho,
propõe um novo olhar sobre essas características da sociedade atual e de toda a estrutura
habitacional que ocorre no âmbito moderno.

• Perrengue (documentário) – mobilidade urbana


Nascido da indignação com o problema corriqueiro do trânsito paulistano, o documentário
“Perregue”, dirigido por Murilo Azevedo, mostra a história diária de 4 moradores da cidade de
quatro pontos distantes de São Paulo com sua interação com o transporte público; a lotação e
o estresse presentes na rotina de quem depende desses meios de transporte. O documentário
também discute a formação da metrópole e da mobilidade dentro dela e o papel do carro no
planejamento de grandes cidades, que frequentemente tem um papel muito central, em
detrimento aos transportes públicos responsáveis pela mobilidade das massas.

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• 130 km – vida ao extremo (documentário) – mobilidade


urbana
O caos de uma metrópole mostrado nos passos e descrito nas palavras de quatro pessoas que
sentem na pele os problemas de morar nas periferias de São Paulo. A quase inexistente oferta
de emprego e os rastros de uma cidade mal estruturada ao longo das décadas se refletem nas
jornadas diárias de Maria Ednete, Heraldo, Flávia e Mateus, moradores dos quatro bairros
extremos da capital paulista - Marsilac, Cidade Tiradentes, Tremembé e Raposo Tavares - que
desafiam a imobilidade urbana da cidade. Assim como milhares de paulistanos, os quatro
enfrentam longas distâncias, congestionamentos e transportes coletivos precários para chegar
ao emprego na região central, motivados pelos anseios por uma vida melhor.

• Intolerância.doc (documentário) – preconceito/


minorias/ discurso de ódio
Episódios violentos de intolerância motivados pela cultura do ódio são cada vez mais comuns. O
documentário “Intolerância.doc”, de Susanna Lira, se debruça sobre os crimes em São Paulo
envolvendo rivalidades entre torcidas organizadas de times de futebol, entre grupos skinheads
e punks, e de gangues contra minorias LGBT. Intolerância.doc é um documentário que mergulha
em um aspecto da sociedade brasileira pouco abordado com profundidade: o crescimento dos
crimes de ódio no país e o que está por trás dos discursos de intolerância. No Brasil, que sempre
foi reconhecido internacionalmente pela mistura de raças, ecumenismo de credos e até uma
certa liberdade sexual, ironicamente, são cada vez mais noticiados delitos de racismo,
xenofobia, homofobia e disputas sangrentas por causa de religião, futebol e até linchamentos.
Observando os fatos, investigando de perto os crimes, conhecendo as vítimas, ouvindo os
motivos alegados pelos algozes, podemos visualizar e refletir sobre um país que se confronta
cada vez mais com suas contradições.

• Por que odiamos? (documentário) – discurso de ódio/


preconceito/ minorias/ violência
Série documental “Por que Odiamos” do canal Discovery Channel avalia eventos que
disseminaram ódio no mundo através de estudo sobre o que fez a humanidade chegar a esse
ponto. O primeiro episódio examina o tribalismo. O que faz os fãs de uma equipe esportiva
odiarem os fãs de seus arqui-rivais? Por que nosso discurso político nos dias de hoje parece o
certo, sem espaço para discussão ou compromisso? Por meio de várias entrevistas,
especialmente com “detetives do ódio”, como a cientista cognitiva Laurie Santos e o
neurocientista Emile Bruneau, o episódio explora por que pessoas individuais se identificam com
certos grupos a ponto de se tornarem parte de um coletivo irracional. Em outros episódios desta
série, outros “detetives” analisam as origens da capacidade de ódio da raça humana, algumas
das ferramentas e táticas usadas para fomentar o ódio, como acontecem genocídios e crimes
contra a humanidade e, finalmente, como podemos resistir aos nossos piores instintos e viver
juntos de uma maneira mais esperançosa e pacífica.

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• 22 de julho (documentário) – intolerância/ violência/


terrorismo/ minorias
O dia 22 de julho de 2011 entrou para a história da Noruega por um motivo muito, muito
trágico: esta é a data em que o nacionalista Anders Behring Breivik escolheu para perpetrar
seus ataques terroristas. Anti-islâmico e fundamentalista cristão, o criminoso matou 76
pessoas, compondo uma tragédia que agora chega à sétima arte pelas lentes de Paul
Greengrass - confira acima o impactante trailer de 22 July, baseado na história de Breivik e nas
consequências de seus atos. já tinha assistido o filme utoya onde você tem uma perspectiva de
estar sendo perseguido pelo terrorista dentro da Ilha.

• Olhos azuis (documentário) – intolerância/ preconceito/


minorias
A professora e socióloga Jane Elliott ganhou um Emmy pelo documentário de 1968 “Olhos
azuis”, em que aplicou um exercício de discriminação em uma sala de aula da terceira série,
baseada na cor dos olhos das crianças. A ideia central desse documentário é fazer com que os
brancos venham sentir na pele o sofrimento dos negros, provocado pelo preconceito racial. As
pessoas de "Olhos Azuis" recebem rótulos, baseado na cor de seus olhos, por um dia, com todos
os rótulos negativos usados contra as mulheres, pessoas negras, homossexuais, pessoas com
deficiência física e todas outras que sejam diferentes fisicamente.

• Olhos que condenam (série) – estupro/ violência policial/


racismo
“Olhos que Condenam” é uma minissérie estadunidense do gênero drama, criada por Ava
DuVernay e distribuída pela Netflix. Baseada em uma história real, “Olhos que Condenam”
retrata o famoso caso dos Cinco do Central Park – cinco adolescentes negros do Harlem
condenados por um estupro que não cometeram. O famoso caso dos “Cinco do Central Park”
diz respeito a um estupro brutal e tentativa de homicídio de uma corredora branca, Trisha Meili,
no conhecido parque da cidade de Nova Iorque. Embora não tenham sido eles os culpados, o
evento demonstra a terrível recorrência da violência sexual às mulheres nos contextos mais
imprevisíveis. Falar de violência contra a mulher nos faz lembrar de um problema social
brasileiro que pode ser tema de redação: As altas taxas de feminicídio no Brasil. Ao encontrar a
corredora à beira da morte, a polícia rapidamente associou o evento ao tumulto e à arruaça que
jovens negros faziam no parque. Mais cedo, diversos deles haviam sido levados à delegacia,
inclusive um deles agredido por um policial, usando seu capacete. Então, os investigadores
decidem encerrar logo o caso inventando denúncias aos jovens, fazendo falsas promessas,
interrogando-os sem a presença dos pais ou de advogados e incriminando-os com falsas e
confusas confissões forçadas. Os eventos retratados na série têm uma mensagem explícita: o
racismo está velado até nas instituições governamentais, injustamente acusando e condenando
um seleto grupo. Em 18 de abril de 1989, poucos jovens negros causaram confusão no parque,
e todos, de um grupo grande de inocentes de qualquer ato, foram levados violentamente à
delegacia. A promotoria e a opinião pública midiática não tiveram receio em acusar crianças de
um estupro brutal, desumanizando e maltratando os jovens, porque, para eles, eram “animais”.
O que seria diferente se fossem brancos?

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• 13º Emenda (documentário) – sistema carcerário/


racismo/ invisibilidade social
A 13ª Emenda é um documentário estadunidense de 2016 dirigido por Ava DuVernay e escrito
por DuVernay e Spencer Averick. Centrado no sistema carcerário e étnico no país de origem do
filme, o título é uma referência à décima terceira alteração na Constituição dos Estados Unidos,
a qual, segundo o filme, foi uma alternativa de manter trabalhos braçais mesmo após a abolição
da escravidão, com o processo de encarceramento em massa. apesar de abrigar apenas 5% da
população mundial, os Estados Unidos têm 2,3 milhões de pessoas em situação de prisão, ou
seja, mais de 25% dos presos do planeta. Dessa população presidiária, 40% é formada por
negros, percentual muito grande, considerando que representam apenas 12% da população
total do país. Em seguida, traz a reflexão de que o sistema “ficou caro demais”, “saiu do
controle”, em uma nítida preocupação com os custos dessa política, o que induz à necessidade
de sua reformulação. Essa análise atuarial e pautada na governamentalidade traz, ainda, uma
reflexão essencial e muito mais profunda do que os dados sobre encarceramento: se antes a
escravidão era um sistema econômico - e o término da escravidão, no fim da Guerra Civil,
fragilizou os meios de produção do Sul do país -, após o fim desse regime, o que aconteceu foi
uma rápida transição para a criminalidade negra.

• Cara gente branca (série) – preconceito/ racismo


Cara Gente Branca, é uma série no formato sátira produzida pela Netflix e adaptada do filme
homônimo Dear White People, de 2014. A série, então, utiliza o mesmo humor crítico (e
exagerado) para tratar de um embate cultural entre brancos e negros, deflagrado por uma festa
de Halloween onde vários alunos brancos se fantasiam com a "blackface", pintura facial que
imita os negros de forma pejorativa. A série "Cara Gente Branca" retrata, em vários episódios,
uma problemática presente no Brasil: a apropriação cultural. Nesse sentido, atualmente, vários
brasileiros sofrem com permanência desse ato, que ainda é tratado como um tabu. Decerto,
fatores como a expropriação cultural e o racismo contribuem para o agravamento dessa
situação.

• Filadélfia (filme) – preconceito/ portador de HIV/AIDS


/homofobia
“Filadélfia” é um filme norte-americano de 1993, do gênero drama, e um dos primeiros filmes
comerciais de Hollywood para reconhecer o HIV/AIDS, homossexualidade e homofobia. O filme
conta a história de Andrew Beckett, um advogado homossexual que trabalha para uma
prestigiosa firma em Filadélfia. Quando fica impossível para ele esconder dos colegas de
trabalho o fato de que tem AIDS, é demitido. Torna evidente, diante dos fatos, a demissão ter
sido causada por preconceito e articulada de forma que pudesse ser enquadrada por
incompetência. Após o ocorrido, Andrew procura algum advogado que o represente em ação
que deseja mover contra sua antiga empresa, em vão, pois nenhum quer representa-lo. Então,
ele resolve procurar Joe Miller, advogado conhecido por mover ações contra grandes empresas,
porém, num primeiro momento este se recusa a aceitar, sendo evidente por suas ações o
preconceito contra ele, por ser soropositivo e também homossexual. No desenrolar da história,
Joe Miller vai nitidamente mudando sua forma de olhar seu semelhante e defende a causa de
Andrew Backett ferrenhamente, logrando êxito na lide imposta contra adversário poderoso, o

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que parecia impossível. Interessante observar aqui, mesmo a história sendo em outra cultura,
com ordenamento jurídico diverso do brasileiro e numa forma de julgamento distinta do nosso
para o caso, o preconceito que se observava na época do filme ainda é latente nos dias atuais,
mesmo com nossa legislação em constante mutação, tentando resguardar os interesses dos
menos favorecidos.

• Clube de compras dallas (filme) – preconceito/


soropositivo/ HIV/AIDS
Em 1986, o eletricista texano e preconceituoso Ron Woodroof (Matthew McConaughey) é
diagnosticado com AIDS e logo começa uma batalha contra a indústria farmacêutica. Procurando
tratamentos alternativos, ele passa a contrabandear drogas ilegais do México. Sensibilizado pela
infecção, em uma mudança gradual e não caricato Ron Woodroof abandona as drogas, evita o
sexo; transformando-se em um homem bom. Com ajuda do travesti Rayon, igualmente
infectado pela doença, revendem vitaminas e outros remédios comprados fora dos Estados
Unidos aos outros contagiados. Ron Woodroof então luta pelos direitos dos soros positivos, para
que possam escolher o tratamento que querem usar. O filme se passa em Dallas no estado do
Texas, um estado conhecido por ser muito fechado com esse tipo de situação, você soma isso
com a mentalidade geral que era em 1985, mais uma doença recém descoberta, epidêmica e
que gera preconceitos até hoje. Ron levava uma vida promiscua, e isso é importante para se
perceber como ele chegou naquela fase. Ele passa a pesquisar por contra própria sobre a
doença, descobre como se pega, e tem aquela lembrança nítida de como ele contraiu a mesma.
Também conhece outras formas de tratamento, e ao testa-las percebe que pode ganhar
dinheiro vendendo-as. Clube de compras Dallas mostra como foi o início da descoberta da AIDS
e o desespero das pessoas que a contraiam e não tinham alternativas para combater a indústria
farmacêutica que só pensava em lucros ao invés de pensar em salvar vidas. Essas "vitaminas"
vendidas por Ron foram o início dos coquetéis que temos hoje, o que comprova que sua luta
valia a pena.

• The normal heart (filme) – AIDS/ preconceito


Drama original HBO que narra a história do início da crise da AIDS em Nova York nos anos 80,
com foco no esforço de vários ativistas gays e seus aliados na luta para expor a verdade sobre a
epidemia para uma nação que está negando os fatos. The Normal Heart conta a história da
descoberta do vírus da AIDS em 1981. Passado em Nova York, o que começa com um tom leve
de amigos gays se reunindo na praia logo muda de clima. E o clima do filme se tornará cada vez
mais pesado, a ponto de você se encontrar afundando no sofá durante a exibição. No
surgimento da AIDS na década de 80, a doença era tratada como uma praga gay, uma doença
‘enviada por Deus’ para livrar o planeta dos pecadores. Demorou muito para que governo,
órgãos de saúde e a população em geral percebesse que a doença não atacava somente gays.
Ou mesmo para perceber os meios de transmissão. Enquanto isso, ela se alastrava por outras
cidades e países e ia destruindo vidas com rapidez impressionante. Depois de ver um amigo ser
sucumbido por uma nova doença, a AIDS inicialmente chamada de “câncer gay”, que estava
matando pacientes gays consultados pela Dra. Emma Brookner (Julia Roberts), Ned Weeks
(Mark Ruffalo) pretende organizar mais ação para combater essa doença, mesmo que sua
personalidade possa ameaçar e afastar as pessoas ao seu redor.

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• Quando sinto que já sei (documentário) – educação


Que nossas escolas estão inadequadas às exigências do nosso tempo é quase um consenso... 11
em cada 10 pais, professores, alunos, educadores, pesquisadores e palpiteiros de Educação
repetem essa mesma cantilena. O que é mais raro de se ver são pais, professores, alunos,
educadores, pesquisadores e palpiteiros sobre educação trilhando ou explorando outras
possibilidades para que a escola se torne adequada ao presente (e futuro) de nossas
crianças/jovens... Neste contexto, é muito bem-vindo a proposta do documentário "Quando
sinto que já sei" (financiado coletivamente via Catarse) que se propõe apontar algumas destas
"experiências" de reinvenção da escola ou, como eles mesmos se autodefinem: "O
documentário “Quando sinto que já sei” registra práticas educacionais inovadoras que estão
ocorrendo pelo Brasil. A obra reúne depoimentos de pais, alunos, educadores e profissionais de
diversas áreas sobre a necessidade de mudanças no tradicional modelo de escola."

• Esperando pelo super-homem (documentário) –


educação
Esperando Pelo Super-homem acompanha cinco crianças norte-americanas e seus pais que
desejam obter uma educação pública decente, mas que acabam tendo que entrar em uma
loteria, em formato de bingo, para obterem uma boa escola, porque os colégios próximos às
suas casas são fracassos estrondosos. O destino do país não será decidido em um campo de
batalha, será determinado em uma sala de aula. O trecho apresenta a história das escolas
públicas americanas, desde a década de 70. Inicialmente, retratado pelos filmes, eram os
melhores do mundo não só nesta área, mas também na economia. Geoffrey Canada, educador,
comenta sobre a entrada da China no mercado mundial e seu atual domínio, e enfatiza que os
EUA não estão acompanhando as mudanças do mundo na educação. Tal dado é confirmado
pelos resultados dos testes internacionais, nos quais o desempenho do país tem decaído em
matemática e linguagem, porém continua crescendo em confiança.

• Sociedade dos poetas Mortos (filme) – educação


A sociedade dos poetas mortos, filme norte-americano, mostra a conexão de um professor--
Jonh Keating-- com seus alunos, despertando neles o desejo pela arte e de pensar sobre seu
futuro. Nesse contexto, um novo professor, John Keating, confronta os ideais conservadores da
instituição, que pouco valoriza expressões artísticas e limita a liberdade dos estudantes. Keating
estimula o pensamento crítico e autônomo dos jovens e os ajuda a enxergar o mundo de um
ponto de vista diferente, perseguindo suas paixões e assumindo as rédeas das próprias vidas.
Dessa forma, tenta acabar com a passividade frente a um sistema autoritário que não permite
que reflitam sobre suas trajetórias e desejos.

• Garapa (documentário) – fome/ pobreza


Garapa é um documentário brasileiro de 2009, dirigido por José Padilha. O documentário tem
como tema a fome no mundo. No filme, inteiramente captado em preto e branco, Padilha
registra o cotidiano de três famílias que vivem em condições de subnutrição. Alguns indivíduos
escolhidos entre os 12 milhões de brasileiros que, segundo dados da ONU, vivem sob "risco
nutricional". O que isso quer dizer? Em língua de gente, que elas não morrem de fome, mas

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nutrem-se de maneira tão inadequada que é como se de fato não tivessem o que comer. O título
vem do hábito das mães de família de preparar uma infusão de água com açúcar para enganar
a fome das crianças, e também dos adultos.

• Take your pills (documentário) – automedicação


O documentário lançado em 2018, Take your pills (tome suas pílulas em tradução para o
português) acompanha a vida de quem sempre tem que ter a disposição remédios estimulantes
como a Ritalina e o Adderall. Estes são receitados para pessoas que possuem transtornos como
déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), no entanto tornou-se uma epidemia entre as
saudáveis que os utilizam para melhorar a performance nos estudos ou no trabalho. Isso abre
um debate sobre nossa sociedade atual, onde a competitividade e a alta demanda por
resultados levam as pessoas à exaustão e, muitas vezes, a usar drogas para compensá-la e
conseguir aumentar sua produtividade. A maioria dos casos retratados pelo documentário vai
nesse sentido. Apenas dois entrevistados realmente tomam os remédios para controlar TDAH.
O documentário mostra as diversas formas de doping comuns na sociedade atual: esportivo,
acadêmico, laboral.

• Icarus (documentário) – doping


Icarus é um filme-documentário estadunidense de 2017 dirigido e escrito por Bryan Fogel e Mark
Monroe, que segue a história de Fogel, um ciclista amador envolvido em um escândalo de
doping com a ajuda do chefe do laboratório antidoping Grigory Rodchenkov.

• Ela (filme) – impacto das novas tecnologias


O enredo de “Ela” gira em torno de um homem que desenvolve uma relação pessoal com um
assistente virtual de computador(OS),semelhante ao Siri do (IOS) ou Cortana da Microsoft, com
uma voz feminina e personalidade. A trama do filme retrata uma vida futura, onde os tempos
mudaram e a tecnologia avançou de modo a proporcionar a comodidade e facilidade ao
cotidiano das pessoas, que por sua vez tornaram-se sujeitos solitários, carentes, infelizes,
distanciados da realidade das relações humanamente calorosas, passíveis ao conforto abusivo
e também prejudicial dessa ferramenta. Como demonstrado no filme em questão, diante de
circunstâncias difíceis e desconfortáveis como luto, divórcio, desemprego, isolamento,
rejeição onde o indivíduo não consegue lidar com suas experiências desagradáveis e que geram
estados de angústia, consternação e vulnerabilidade emocional, o uso da internet pode ser
enaltecido e o abuso dessa ferramenta tecnológica pode proporcionar uma espécie de válvula
de escape, um aliciamento prazeroso para o mundo fantasioso e fictício, pois se acredita que o
mundo virtual é capaz de oferecer um deslumbramento e a falsa sensação de apoio e
acolhimento, tornando se uma fuga psicológica, que distrai e ajuda a fugir do real sentimento
negativo, gerando alivio dos problemas e consequentemente o vício e dependência.

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• Eis os delírios do mundo conectado (documentário) –


internet
Neste documentário do diretor alemão Werner Herzog, somos colocados diante da questão da
internet e como ela afeta nossas vidas. O filme é divido em capítulos que vão destacando o início
da criação da internet pelos pioneiros da época, e de que forma seu crescimento atingiu a todos
os seres humanos. Herzog destaca uma aura sagrada no nascimento da internet e também que
mesmo entre os criadores dela existe visões destoantes. O documentário aponta para alguns
problemas advindos da internet tais como de a excessiva dependência contemporânea do
mundo virtual e invasão de privacidade. Mas também destaca como a internet tem facilitado a
vida das pessoas de enormes formas e jeitos, perpassando pela ciência, tecnologia e diminuição
das fronteiras entre as pessoas.

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História/Geografia

• Revolta da Vacina
Introdução (antecedentes)

O início do período republicado da História do Brasil foi marcado por vários conflitos e revoltas
populares. O Rio de Janeiro não escapou desta situação. No ano de 1904, estourou um
movimento de caráter popular na cidade do Rio de Janeiro (capital do país). O motivo que
desencadeou a revolta foi a campanha de vacinação obrigatória, imposta pelo governo federal,
contra a varíola.

Situação do Rio de Janeiro no início do século XX (contexto histórico)

A situação do Rio de Janeiro, no início do século XX, era precária. A população sofria com a falta
de um sistema eficiente de saneamento básico. Este fato, desencadeava constantes epidemias,
entre elas, febre amarela, peste bubônica e varíola. A população de baixa renda, que morava
em habitações precárias, era a principal vítima deste contexto. Preocupado com esta situação,
o então presidente Rodrigues Alves, colocou em prática um projeto de saneamento básico e
reurbanização do centro da cidade. O médico e sanitarista Oswaldo Cruz foi designado, pelo
presidente da República, para ser o chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, com o
objetivo de melhorar as condições sanitárias da cidade.

Campanha de Vacinação Obrigatória: A campanha de vacinação obrigatória foi colocada em


prática em novembro de 1904. Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi aplicada de forma
autoritária e violenta. Em alguns casos, os agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam as
pessoas à força, provocando revolta nas pessoas. Essa recusa em ser vacinado acontecia, pois,
grande parte das pessoas não conhecia o que era uma vacina e tinham medo de seus efeitos.

Revolta popular: As revoltas populares aumentavam a cada dia, impulsionada também pela
crise econômica (desemprego, inflação e alto custo de vida). Outro fato, que colaborou para o
aumento dos protestos de rua, foi a reforma urbana, que retirou a população pobre do centro
da cidade, derrubando vários cortiços e outros tipos de habitações mais simples. As
manifestações populares e conflitos espalharam-se pelas ruas da capital brasileira. Populares
destruíram bondes, apedrejaram prédios públicos e espalharam a desordem pela cidade. Em 16
de novembro de 1904, o presidente Rodrigues Alves revogou a lei da vacinação obrigatória;
colocando nas ruas o exército, a marinha e a polícia, para acabar com os tumultos. Em poucos
dias, a cidade voltava a calma e a ordem.

• Revolução Industrial
A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos
XVIII e XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal
pelo assalariado e com o uso das máquinas. Até o final do século XVIII a maioria da população
europeia vivia no campo e produzia o que consumia. De maneira artesanal o produtor dominava
todo o processo produtivo. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos
realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura.

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A Primeira etapa da Revolução Industrial

Entre 1760 a 1860, a Revolução Industrial ficou limitada, primeiramente, à Inglaterra. Houve o
aparecimento de indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear mecânico. Nessa época o
aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para a continuação da Revolução.

A Segunda Etapa da Revolução Industrial

A segunda etapa ocorreu no período de 1860 a 1900, ao contrário da primeira fase, países como
Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram. O emprego do aço, a utilização da
energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão, da
locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos foram as principais inovações
desse período.

A Terceira Etapa da Revolução Industrial

Alguns historiadores têm considerado os avanços tecnológicos do século XX e XXI como a


terceira etapa da Revolução Industrial. O computador, o fax, a engenharia genética, o celular
seriam algumas das inovações dessa época.

• Revolução Verde
A revolução verde foi um processo que tinha por objetivo melhorar a área agrícola, uma espécie
de modernização. Iniciado no final dos anos 1940 só foi batizado de “revolução verde” 26 anos
depois, em 1966, na cidade de Washington. A ideia de modernizar a área agrícola tinha como
meta elevar os níveis de produção no campo, processo que deveria ocorrer por meio da
fertilização do solo, também do desenvolvimento de sementes através de melhorias genéticas,
uso de insumos e poderosas máquinas que deveriam fazer dobrar a produção, além é claro, de
derrubar os custos no campo.

• Pólis Grega
As pólis gregas eram as cidades-estado da Grécia Antiga. Estas cidades possuíam um alto nível
de independência, ou seja, tinham liberdade e autonomia política e econômica. Nas pólis não
existia separação entre as áreas rural e urbana, nem existiam relações de dependência. Muitos
habitantes das pólis, principalmente da nobreza, habitavam em casas de campo. O centro
político-administrativo das pólis era a Acrópoles (geralmente a região mais alta da cidade-
estado). Na Acrópoles se encontravam o templo principal da pólis, os edifícios públicos, a Ágora
(espaço em que ocorriam debates e decisões políticas) e a Gerúsia. Ao redor da pólis havia uma
espécie de cinturão rural, onde eram produzidos grande parte dos alimentos necessários para a
manutenção da pólis. Esta organização reforçava ainda mais a autonomia das pólis.

• Urbanização não planejada


Quando não há planejamento urbano, os problemas sociais se multiplicam nas cidades como,
por exemplo, criminalidade, desemprego, poluição, destruição do meio ambiente e
desenvolvimento de subabitações (favelas, por exemplo). A ausência de planejamento urbano
em diversos municípios do país resultou em uma série de complicações, como por exemplo a

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desigualdade sócio-territorial, a qual se traduz na diferença da qualidade de infraestrutura em


diferentes pontos das cidades; a ocupação irregular dos espaços ambientais e frágeis, que
resultou na formação de áreas de riscos; a ausência de serviços de água e esgoto e do
tratamento de resíduos sólidos; e a falta de mobilidade e transportes urbanos. Frente a este
processo de urbanização histórico, que privilegiou um modelo de desenvolvimento focado em
investimentos privados, os participantes do evento discutiram, sob o lema “Cidades Inclusas,
Participativas e Socialmente Justas”, os desafios para a construção de uma cidade que dá
prioridade aos cidadãos que nela vivem.

• Reforma Urbanística do RJ - Pereira Passos


No começo do século XX, o Rio de Janeiro era a capital do país e vivia um período de
transformações. A nova imagem do Rio era planejada por Pereira Passos, prefeito da cidade,
que queria dar ao Brasil características mais modernas, fugindo da visão de atraso, de país
escravocrata. O prefeito se inspirou em Paris para fazer as reformas urbanísticas no Rio,
construindo praças, ampliando ruas e criando estruturas de saneamento básico. Entre as
principais heranças da gestão Passos estão o Theatro Municipal, o Museu Nacional de Belas
Artes e a Biblioteca Nacional. Incentivado pelo presidente Rodrigues Alves, Pereira Passos
começou as reformas em 1903. O presidente levantou os recursos e o prefeito pôde realizar as
obras, a higienização ficou nas mãos do médico Oswaldo Cruz, diretor do Serviço de Saúde
Pública. A reforma urbana carioca foi inspirada na reforma feita em Paris no século XIX, entre
1853 e 1870. Em sua gestão, Passos modernizou a Zona Portuária, criou a Avenida Central, hoje
Rio Branco, a Avenida Beira-Mar e a Avenida Maracanã. A reforma Pereira Passos buscou
adaptar a cidade também para os automóveis. É nesse período que o Rio de Janeiro vê a chegada
da energia elétrica e a reorganização do espaço urbano carioca. O prefeito proibiu ainda a
atuação de ambulantes.

Dos cortiços ao Morro da Providência: mudança representada na novela Lado a Lado

Foi nessa época que muitas favelas surgiram. Com a destruição dos cortiços, parte das pessoas
foi para a periferia da cidade e a outra parte subiu o morro, formando favelas. Nos cortiços, os
moradores sofriam com a falta de higiene, que causava várias doenças. A situação continuou
ruim no morro, sem saneamento básico ou qualquer auxílio do governo. Sofriam também
preconceito e segregação social no começo do século XX. Também é possível ver o preconceito
com a cultura africana, em especial a capoeira, a prática era tratada como crime pela polícia.

• Governo Juscelino Kubitschek – Rodoviarismo


Foi durante a presidência de Juscelino Kubitschek, ao final da década de 1950, que o
rodoviarismo foi implementado de maneira contundente. A estratégia do “presidente bossa-
nova” pode ser analisada em dois aspectos distintos. Primeiramente, a intenção de Kubitschek
foi integrar o Brasil, principalmente com a transferência da capital para Brasília, no coração do
território brasileiro. Logo após a inauguração de Brasília foram construídas as rodovias Belém-
Brasília, Brasília-Rio Branco e Cuiabá-Porto Velho, no intuito de estabelecer relações comerciais
e proporcionar o povoamento em áreas mais afastadas do Centro-Oeste e da região Norte. O
outro aspecto da opção incentivada pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek foi o caráter
político-econômico. Ampliar a malha rodoviária poderia atrair empresas internacionais do ramo
automobilístico. De acordo com a Teoria dos Polos Econômicos, a participação de um tipo de
indústria como a de automóveis permite efeitos de escala ou de arraste, por atrair empresas
correlatas ao ramo central; no caso dos automóveis, empresas de autopeças, componentes

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elétricos, lubrificantes etc. Em nome dessa estratégia de atração de capitais e geração de


empregos, as ferrovias, que tiveram maior importância durante o período do ciclo do café, foram
sucateadas e desprezadas em favor do rodoviarismo.

• American Way Of Life


American way of life ou "estilo de vida americano" foi um modelo de comportamento surgido
nos Estados Unidos após a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais. Este modo de viver passava
pelo consumismo, a padronização social e a crença nos valores democráticos liberais. A ideia de
uma vida feliz, vitoriosa e onde há liberdade definem este jeito de vida americano. Esta
felicidade alcançada pelos meios materiais tornou-se a válvula de escape para esquecer os
horrores da Primeira e da Segunda Guerra. O American Way of Life só foi possível por conta da
superioridade tecnológica americana, do poderio do seu exército e do arsenal de guerra
desenvolvido após os conflitos. A fabricação em massa possibilitou o consumo em grande escala
e com o crédito barato, os americanos aproveitaram para comprar bens, muitas vezes
supérfluos. O automóvel vira um objeto de desejo, especialmente a partir do seu barateamento
realizado pelo empresário Henry Ford. A televisão passa a ser um item indispensável nas casas
e, com ela, a divulgação de um determinado padrão de beleza, de vida e comportamentos. Por
isso, os Estados Unidos venderam a ideia da felicidade pelo consumo, onde comprar e desfrutar
o tempo livre em atividades de lazer são o eixo central da existência.

• Era Vargas – direitos trabalhistas


Getúlio Vargas foi o governante que fez da política trabalhista uma forma de controle social e
política. Inspirado no modelo fascista italiano, Vargas procurou controlar a massa de
trabalhadores urbanos, sobretudo aqueles ligados à então crescente industrialização do país,
por meio da legislação trabalhista, como a CLT (Consolidação das Leis de Trabalho – ou das Leis
Trabalhistas), decretada em 1º de maio de 1943. Uma das principais características da Era Vargas
(1930-1945) foi a promoção de transformações estruturais no setor econômico, com o
investimento em indústrias de base, como a siderúrgica, a metalúrgica e o setor de energias.
Como medida político-social para acompanhar essa característica no âmbito econômico, Vargas
priorizou a questão da legislação relativa ao trabalho. O documento-chave que pôs em vigência
todas as regras trabalhistas foi o decreto-lei nº 5. 452, de 1º de maio de 1943, que aprovou a
Consolidação das Leis de Trabalho.

• Revolução Técnico-científico-informacional
A Revolução Técnico-Científico-Informacional ou Terceira Revolução Industrial entrou em vigor
na segunda metade do século XX, principalmente a partir da década de 1970, quando houve
uma série de descobertas e evoluções no campo tecnológico. Essa nova etapa de produção está
vinculada à inserção de uma enorme quantidade de tecnologia e informação. Essa revolução,
por sua vez, está ligada diretamente à informática, robótica, telecomunicação, química, uso de
novos materiais, biotecnologia, engenharia genética, entre muitos outros, que recentemente
fazem parte de praticamente todos os segmentos produtivos que marcam essa etapa, assim
como outros fatos marcaram as revoluções industriais do passado. Essa revolução é um dos
principais combustíveis para o desenvolvimento do capitalismo moderno e especialmente do
processo de globalização que visa uma flexibilidade de informações, além de um acelerado
dinamismo no fluxo de capitais e mercadorias.

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Musicas

• Família - Titãs

• Sem saúde – Gabriel Pensador

• Xote ecológico – Luiz Gonzaga

• Asa Branca – Luiz Gonzaga

• A cidade – Chico Science

• A minha alma – O Rapa

• Cidadão – Zé Ramalho

• Sampa – Caetano

• Expresso da meia-noite – Racionais MCs

• Estudando errado – Gabriel pensador

• The Wall – Pink Floyd

• Pela a internet – Gilberto Gil

• Tribunal do feicebuqui – Tom Zé

• Admirável chip novo – Pitty

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