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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DA FAZENDA

PÚBLICA DA COMARCA DE SALVADOR/BA.

Processo nº XXXX

Fulano de Tal, já qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado


constituído, com escritório estabelecido no endereço constante do rodapé abaixo,
vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar

RÉPLICA

em face da contestação apresentada pela ré Beltrana de Tal, pelos fatos e


substratos jurídicos abaixo expendidos.

DA AUSÊNCIA DE INVASÃO NA COMPETÊNCIA DA BANCA EXAMINADORA

1. Conforme já afirmado na inicial, não pretende o autor que o Poder


Judiciário atue como revisor da banca examinadora e lhe atribua pontuação. O que
se pretende é única e tão somente o cumprimento do edital e que a própria banca
examinadora atribua a nota respectiva e considere aquilo que efetivamente o
candidato acertou.

2. Como o erro é, por demais, crasso, não há como manter algo do tipo,
sob pena de ferir o princípio da isonomia, da razoabilidade e também da
proporcionalidade, pois isso pode, em casos mais graves (o que espera-se não ser o
caso aqui presente), ser feito para beneficiar candidato A ou B, o que seria absurdo
e deve ser evitado até mesmo meros indícios de tal conduta.

DA QUESTÃO MERITÓRIA

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3. Quanto à questão meritória em si, sequer o réu discutiu a respeito e,
tampouco, fez qualquer combate específico no que diz respeito às alegações do
autor, o que comprova que de fato é indefensável o que fez a banca examinadora no
caso em questão.

4. A análise absolutamente subjetiva da questão pela banca


examinadora, sem um mínimo de critério objetivo, fere de morte da isonomia e
também o princípio da publicidade, pois não se sabe quais critérios a banca
examinadora adotou para a correção, podendo muito bem beneficiar alguns dos
candidatos em detrimento de outros.

5. Não bastasse isso, houve violação aos termos do edital ao conferir


nota zero ao candidato que acertou parcialmente a questão. Vejamos o que dispõe o
item 11.7 do Edital de abertura do certame, que prevê as únicas hipóteses para se
atribuir nota zero ao candidato:

11.7 Será atribuída nota zero à Prova III – Prova Discursiva de


Conhecimentos Específicos que:
a) apresentar abordagem incorreta do conteúdo solicitado;
b) apresentar textos na forma não articulada verbalmente
(apenas com desenhos, números e palavras soltas ou em
versos) ou qualquer fragmento do texto escrito fora do local
apropriado;
c) for assinada fora do local apropriado;
d) apresentar qualquer sinal que, de alguma forma, possibilite a
identificação do candidato;
e) estiver em branco;
f) apresentar letra ilegível e/ou incompreensível.

6. Veja Excelência, que quando o candidato responde a questão


parcialmente correta, como no caso, não há como se atribuir nota zero, pois não é
hipótese enquadrada no item 11.7 do edital.

7. Assim, a banca examinadora feriu o próprio edital do certame ao agir


da forma como agiu, de maneira que o pleito autoral deve ser procedente.

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8. Dessa forma, impugna os argumentos da douta procuradoria do estado
e requer o julgamento de procedência integral do pleito.

Nestes termos pede deferimento.

Salvador/BA, 18 de janeiro de 2023.

Advogado
OAB

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