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Coluna Moda , Têxtil e afins

Oie , Como voce está ?

Hoje eu venho com meu primeira coluna um projeto para essa comunidade especial e seleta que
estamos criando aqui, com o objetivo de sempre trazer notícias e conhecimento que façam a diferença
no dia a dia de criadores e empresários no setor têxtil e vestuário.

Hoje quero falar sobre VALORES SOCIAIS para marcas de moda.

Muitos estão criando ou planejando criar sua marca neste ano de 2023/2024, anos que foram
marcados por diversas dificuldades onde a sociedade passou e ainda passa por muitos desafios tais
como: Crises econômicas, Pós pandemia, falta de emprego, falta de comida, problemas de saúde
(Mental, física e espiritual), altos níveis de estresse e desequilíbrio, Guerras, entre outros ... Com todos
esses problemas a única coisa que passa na nossa cabeça é: COMO VENDER NESTE CENÁRIO?

O empresário brasileiro lida com muitas incertezas nas decisões de seu negócio tais como: Investimento
alto para o início sem garantia de retorno, preocupação com a venda (como quando e onde vender)
criatividade (sempre criar novos produtos na tendência), quantidade a ser produzida, qualidade dos
produtos, todas essas questões que trazem medo. Pensando nessas incertezas nesta pensata eu trago
uma das mil possibilidades para driblar os desafios do novo mundo (e ele esta mudando
independentemente da sua vontade e a única coisa que nos resta é nos adaptar).

‘’ Para continuar tendo recursos para produzir e sobreviver, precisamos urgentemente cuidar da
nossa comunidade á nossa volta, que é a rede que produz e consome o que fazemos ’’.

Michael Porter defende uma ideia de que:

A competitividade de uma empresa e a saúde das comunidades a seu redor estão


intimamente ligadas. Uma empresa precisa de uma comunidade vicejante não só para
gerar demanda para seus produtos, mas também para suprir ativos públicos essenciais e
um ambiente favorável.

André Carvalhal comenta em seu livro ‘’ Moda com proposito’’ que Porter é um dos principais defensores
de valor compartilhado, que trata de conscientizar as organizações a não somente gerar valores
financeiros para os acionistas e se conformar em gerar empregos. MAS é preciso (necessário) gerar
benefícios para a sociedade e estimular seu desenvolvimento. Gerar valor econômico através da
geração de valor social.

Afinal o propósito real da moda é servir as pessoas, porém por muito tempo esse propósito foi se
perdendo, e como resultado colhemos uma sociedade onde vemos pouquíssimas organizações se
preocupando com o todo. Há muitos produtos iguais, sem propósito apenas brigando por preço, sem
emoção, apelo, moda ou atitude. Apenas ‘’roupas’’, em um mundo triste com seus recursos se
esgotando, muitas pessoas tristes se esforçando demais para ter acesso a todo esse consumo sem
responsabilidade. A vida tem cada vez se tornando um drama diário, e as pessoas enxergam a moda
como uma forma de consolo, e esta ideia (que não está de toda errada) tem sido usada por muitas
empresas de forma completamente irresponsável.

Mas este tempo esta se esgotando porque o mercado esta mudando, nesta nova era vamos
precisar ser mais empáticos e buscar maior harmonia entre dinheiro e valores. Quando você
esta criando seu negócio você primeiro pensa quanto dinheiro vai ganhar, ou, o quanto
realmente pode apoiar ou transformar a vida de uma pessoa?

O mundo novo nos força a pensar em um crescimento que vai além de filantropia, ajuda social ou
doação, este mundo novo vem acompanhado de uma ideia de crescimento colaborativo, onde o
crescimento da organização vem junto com o crescimento da sociedade ao seu redor, desta maneira
um se apoia no outro, pois JUNTOS SOMOS MELHORES.

A moda tem que deixar de ser linear e ser circular, temos que entender que estamos a serviço das
pessoas, criamos para as pessoas e que esse produto vai além do vestir, além de roupas. Vamos
precisar devolver ao planeta e á comunidade o que por muito tempo tiramos. (Infelizmente)

Uma das soluções para este mundo novo é a sustentabilidade social da cadeia produtivo, ou seja, o
menor impacto na produção e no pós-venda, repensar as condições de trabalho, relações com
funcionários, fornecedores e parceiros, pois TODOS ELES FAZEM A SUA MARCA. (Escolha trabalhar
com os melhores, não aceite pouco, por quem vai pagar o preço do não sucesso será você e sua
marca). Neste ponto ressalto a importância de ter parceiros, funcionários e fornecedores que queiram e
acreditem em no mesmo propósito que a marca, pois se todos não estão alinhados a roda não gira.

Uma marca que se baseia em um propósito social representa o verdadeiro modelo ganha – ganha:
Quanto mais a marca vende (fatura) mais a comunidade lucra.

Abaixo seguem algumas reflexões que devem ser respondidas:

1- Como sua marca pode ampliar sua rede e se transformar num ecossistema saudável?

2- Pense em como sua marca pode incorporar segmentos complementares aos seus produtos ou
serviços para criar experiências transformadoras para o consumidor, como promover ambientes e ações
nos quais as pessoas possam cocriar, compartilhar confraternizar colaborar e construir. André Carvalhal
da um exemplo em seu livro: se sua marca é praiana, e se conecta com pessoas eu gostam do mar, surf,
porque não oferecer cursos, reparos de pranchas transporte ao litoral;

3- Se sua marca tem um pondo de venda, o que você pode fazer para criar um ambiente que os
consumidores queiram passar mais tempo, tempo além das compras que agreguem algum valor
fortalecendo a relação consumidor – marca;
4- Compreender verdadeiramente os sentimentos e as emoções que motivam as pessoas que se
relacionam com você ou sua marca, sentir o que elas sentem;

Sua sobrevivência vai depender da capacidade de inventar o futuro ou de nos reinventar a este novo
modelo de negócios e de sociedade que esta surgindo, e seu propósito é o que vai te conectar com seu
publico, e ele será o ativo mais importante na sua marca.

Lembrem-se:

Criar é romper barreias, requer coragem para ganhar a vida com autenticidade, comprometido com a
própria rota, desconectado do olhar do outro do desejo pelo lugar do outro, das mazelas da vida. O
herói trilha o caminho das perguntas, pergunte sempre, pense nos porquês, POREM é importante ter
calma porque perguntas são sementes, hoje plantamos, e temos que aguardar até o dia de florescer. O
tempo de cada resposta tem que ser respeitado, pois a resposta vem quando estamos preparados para
compreendê-las.

Ficamos por aqui !

Obrigada por fazer parte desta comunidade comigo !

Com amor ,

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