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MANUAL DE CUIDADOS

BASICOS DE ENFERMAGEM

Manual de cuidados
THE MEDICINE basicos de
enfermagem
WORLD COMPANY

1 EDIÇÃO
2024

NAMPULA MOÇAMBIQUE

AUTOR: Arafate Américo


CUIDADOS BASICOS DE ENFERMAGEM ARAFATE AMERICO GABRIEL
Gabriel TMG
I
NTRODUÇÃO: Prevenir a transmissão de infecções entre
os utentes internados, infectados ou entre
É objetivo focal deste manual facultar
utentes e os trabalhadores de saúde.
aos meus caros colegas estudantes e
assim como os trabalhadores de saúde A biossegurança trabalha com base na:
um resumo das orientações que são
necessárias ressaltar no âmbito das Assepsia- sendo ela uma combinação de
nossas actividades ao nível nosocomial e esforços realizados para prevenir a entrada
assim como na comunidade. de microrganismos em qualquer área do
corpo na qual possam causar infecção.
TÓPICOS: Anti–sepsia- sendo um processo pelo qual
há redução do número de microrganismos
1. Biossegurança na pele, membranas mucosas ou outros
2. ADMINISTRAÇÃO TERAPEUTICA; tecidos do corpo pela aplicação de um
3. SINAIS VITAIS; agente anti-microbiano.
4. Raciocínio Clínico (D. Sindrômico)
5. PRINCÍPIOS DE TERAPÊUTICA Limpeza consiste numa lavagem com
ANTIMICROBIANA detergente ou sabão, passar por água limpa
6. OXIGENOTERAPIA; e secar, remove fisicamente poeira,
7. PARACENTESE; sujidade, sangue e outros fluidos corporais
8. Cuidados na Alimentação Enteral presentes em objectos inanimados.
por Sonda Desinfecção a alto nível (DAN) é o
Nasogástrica/Nasoentérica procedimento que elimina dos objectos
9. TORACOCENTESE;
inanimados, por fervura, vapor ou utilização
10. FERIDAS E PENSOS;
de desinfectantes químicos todos
11. PRINCIPAIS TERMOS CLINICOS microrganismos excepto alguns tipos de
12. CONCLUSÃO endósporas bacterianas.
13. BIBLIOGRAFIA
Esterilização é o procedimento que elimina
INTRODUÇÃO A BIOSSEGURANÇA dos objectos inanimados, por vapor de alta
pressão (autoclave), calor seco,
A biossegurança refere-se a um conjunto de esterilizantes químicos ou radiação todos os
normas e procedimentos que tem como microrganismos incluindo endósporas
intuito ou sejá objectivo evitar a bacterianas.
contaminação por agentes infecciosos como
Degermação: envolve a remoção ou
vírus, bactérias, fungos e parasitas do
redução no número de microrganismos por
trabalhador de saúde e dos utentes num meio de método químico (uso de
ambiente hospitalar. antisséptico) ou mecânico (escovação).
Realizada principalmente nas mãos e
Objetivo da Biossegurança antebraços (por exemplo: no preparo pré-
operatório).

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Desinfestação: é a eliminação de insetos, As vias entéricas, são aquelas na qual a
roedores ou outros animais (vetores) absorção do medicamento ocorre a nível do
capazes de transmitir doenças ao homem; trato digestivo (boca estômago, intestino). Que
a ingestão pode ser por:
Sanificação: é redução do número de
• Via oral
microrganismo a um nível isento de perigo.
• Via sublingual
O hipoclorito de sódio é a principal solução • Via retal
utilizada na sanificação.
Via parentérica ou parenteral:
Limpeza diária ou concorrente: é limpeza
Via parenteral é a via de administração de
realizada diariamente para manutenção de
medicamentos através de injeção.
um ambiente hospital limpo.
Esse é um dos principais formatos para
Limpeza geral ou terminal: é a limpeza medicar pacientes, oposto à via enteral.
realizada após o paciente receber alta, ser
transferido de setor, após óbito ou Estudando cada nomenclatura, fica fácil
suspensão de medidas de isolamento. compreender seu funcionamento, porque
ambos os nomes vêm da palavra grega
enteron, que se refere ao intestino.
INTRODUÇÃO A VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
TERAPEUTICAS: COMO FUNCIONA A VIA DE
ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL?
A administração terapêutica consiste num
conjunto de acções que visam a preparação e A via de administração parenteral funciona
administração de substâncias químicas com fins com o suporte de ampolas e agulhas.
terapêuticos ao doente. Este processo, termina
Os materiais são específicos para cada tipo
com o devido registo dos medicamentos
de via parental, conforme explico no
administrados.
próximo tópico.
Para a administração da terapêutica são
TIPOS DE VIAS PARENTERAIS:
utilizadas diversas vias. O método de
administração de medicamentos depende:
• Via endovenosa
✓ Da rapidez com que se deseja a acção • Via intramuscular
do medicamento; • Via subcutânea
• Via intradérmica
✓ Da natureza e quantidade do
medicamento a ser administrado; Via endovenosa (EV) ou intravenosa (IV):
antibióticos e adrenalina são exemplos de
✓ Das condições do utente.
compostos aplicados por via endovenosa ou
intravenosa. Essa opção é muito utilizada diante
AS VIAS MAIS COMUNS UTILIZADAS SÃO:
de urgências e emergências, pois permite a
Via Entérica: liberação da medicação diretamente na
corrente sanguínea

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Via intramuscular (IM): ideal para aplicações Paciente inconsciente:
com pouco volume e que possam provocar
sensibilidade na área cutânea, pois o músculo é Ministrar compostos, comprimidos ou
menos sensível. Alguns tipos de vacinas e cápsulas por via oral representa um risco
anticoncepcionais são administrados por via para pessoas inconscientes.
intramuscular, normalmente na região das
nádegas, braços ou coxas Elas podem se engasgar e ter outras
dificuldades para engolir, portanto, a via
Via subcutânea (SC): emprega uma agulha para parenteral é recomendada.
injetar o medicamento na camada abaixo da
pele, resultando em absorção lenta pelo Doente com dificuldades Para de engolir:
organismo. É uma opção para pacientes em
condições especiais, como idosos e bebês que Condições como doenças degenerativas,
apresentem dificuldade no acesso à via neurológicas e traumatismo crânio
endovenosa. Substâncias que tratam trombose encefálico podem desencadear a disfalgia.
e a insulina necessária para diabéticos
costumam utilizar a via subcutânea, alternando Assim, o paciente tem grande dificuldade
entre locais como abdômen, braços, dorso e para engolir, ainda que esteja consciente.
coxas para garantir o sucesso das terapias
Indivíduo com problemas no aparelho
Via intradérmica (ID): mais superficial que a digestivo
subcutânea, essa via compreende a área entre a
derme e a epiderme. Uma de suas aplicações Patologias que afetam o trato digestivo
está em terapias para combater infecções e também devem motivar a preferência pela
testes alérgicos. administração de medicamentos por via
parenteral.
Qual a via parenteral mais rápida?
Na presença de agravos severos como
Uma das opções mais rápidas é a via
tumores, doença de Crohn e pancreatite, é
intravenosa, pois a medicação vai direto indicada ainda a nutrição parenteral, feita
para a corrente sanguínea. por via endovenosa.
No entanto, cabe ressaltar que nem todos VANTAGENS E DESVANTAGENS DA VIA
os compostos podem ser administrados PARENTERAL
dessa forma, seja por características
específicas ou limitações do paciente. Maior segurança na dosagem e rápido
efeito das medicações são as vantagens de
QUANDO USAR A VIA PARENTERAL? escolher a via parenteral.
As duas indicações básicas da via parenteral
Esse meio ainda permite a administração de
estão na administração de medicamentos e
medicamentos em situações delicadas,
na nutrição de pacientes com
como as que comentei acima, dando
comprometimento do sistema digestivo.
suporte terapêutico.
Veja a seguir três situações em que essa via
Também há desvantagens, a exemplo da
pode ser utilizada.
complexidade das técnicas e risco de
infecção ao perfurar a pele do paciente.

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Além disso, o uso de agulhas tende a causar SÃO MOMENTOS INDICADOS PRA AFERIR
dor e desconforto, ainda que de forma SINAIS VITAIS:
breve.
• Na admissão do paciente;
VIA TOPICA: • Antes e após uma transfusão de
São aquelas vias na qual o medicamento fica em
sangue;
forma de creme, sendo que o mesmo pode ser
aplicado na Pele e nos locais cavitários como na
• Sistemática conforme rotina do
orelha, nos olhos, no nariz etc. serviço ou necessidade do paciente;
• Antes, durante e após procedimento
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS SINAIS cirúrgico ou invasivo;
VITAIS: • Antes e após medicamentos que
podem afetar as condições
Os sinais vitais englobam um conjunto das cardiovasculares, respiratórias e de
acções que tem Como objectivo a condição temperatura;
clinica do utente, atraves da mensuração ou • Sempre que o paciente manifestar
seja aferição sistematizada da temperatura, sinais de alteração ou queixa.
pulso, respiraçãom, pressão arteial etc.
Tipos de sinais vitais:
OBJECTIVO:
• Temperatura (T–oC);
O objectivo da verificação dos sinais vitais é de
• Pulso (FC-bpm;)
auxiliar os profissionais a colher dados e avaliar
• Respiração (FR-rpm);
as condições de saúde duma pessoa, assim
• Pressão arterial (PA-mmHg)
como permitir a tomada de decisão em
determinadas intervenções. Temperatura corporal: É a medida do calor
do corpo, sendo o equilíbrio entre o calor
SÃO NORMAS A TER EM CONTA ANTES DE
AFERIR OS SINAIS VITAIS: produzido e o calor perdido. Valor normal
• Conhecer a variação normal dos SV´s do adulto: 36º a 37ºC.
do paciente avaliando-o
individualmente; Mecanismos de perda de calor:
• Conhecer a história clínica do
o Evaporação: perda de calor pela
paciente;
perda de água;
• Tentar controlar os fatores
o Condução: por contacto direto com
ambientais que possam influenciar
superfícies frias;
nos SV´s;
o Radiação: por meio de radiação para
• Estabelecer a frequência de medição
superfícies frias distantes;
conforme necessidade do paciente;
o Convecção: por meio de corrente de
• Certificar-se da adequação dos
ar frio ou encanado;
equipamentos;
• Em situação de alteração, repetir a Funções da pele na regulação
aferição, e até solicitar a outro da temperatura:
colega que o faça, caso haja dúvidas

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o Isolamento térmico; Existem 2 métodos para a avaliação do
o Termostato pela constrição e pulso:
dilatação dos
o vasos da pele; ✓ Electrónico: através da
o Sensor: receptores de frio e calor da monitorização contínua, usado para
pele pacientes internados com indicação.
o fornecem informações ao ✓ Manual: onde são avaliadas as três
hipotálamo que principais características do pulso,
o desencadeia tremor, transpiração ou nomeadamente: rítmo, frequência e
o vasoconstricção. volume (profundidade/amplitude).

Locais de avaliação do pulso. O pulso pode


Fatores que interferem na temperatura:
ser avaliado em vários locais, mas para fins
práticos, os locais (artérias) mais frequentes
o Idade: Rn e crças são mais instáveis.;
o Exercícios: aumentam o para avaliar o pulso são:
metabolismo;
✓ Carótida,
o Hormônios: mulheres > variação que
✓ Cubital
homens;
✓ Radial (é a mais frequente de todas)
o menstruação, ovulação e climatério
✓ Femural,
promovem
✓ Tibial posterior
o variações;
✓ Pediosa
o Estresse: aumentam o metabolismo;
o Ambiente;
o Ingesta de líquidos. O pulso pode ser influenciado por exercícios
Locais para avaliação datemperatura: físicos, febre, dor aguda, calor, ansiedade,
drogas, hemorragia, posições posturais, etc.
✓ Média oral/timpânica: 37°C (98,6°F)
✓ Média retal: 37,5°C (99,5°F) Taxas normais são da ordem de 95 a 100%.
✓ Média axilar: 36,5°C (97,7°F)
Variação normal de temperatura de recém- Recém nascidos até 2 anos de idade: 100 -
nascidos: 35,5°C e 37,5°C 170 bpm
✓ Hipotermia: temperaturas abaixo de Entre 2 e 10 anos: 70 - 120bpm
35°C Crianças > 10 anos e adultos : 60 - 100 bpm
✓ Afebril: 36,1 à 37,2°C Normocardico: 60 - 100 bpm
✓ Estado febril: 37,3 à 37,7°C Bradicárdico: < 60 bpm
✓ Febre/Hipertermia: 37,8 à 38,9°C Taquicárdico: >100 bpm
✓ Pirexia: 39 à 40°C
As pulsações cardíacas também são
✓ Hiperpirexia: acima de 40°C
avaliadas diretamente no àpex cardíaco
PULSO: (pulso apical). Usa-se em crianças e quando
se quer comparar com o pulso radial caso se
É a contração e a expansão de uma artéria, suspeite de irregularidades ou quando o
correspondendo aos batimentos cardíacos. pulso radial está débil, já que neste local os
valores são mais fidedignos.

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RN: média 30 a 60 IRPM
CARACTERÍSTICAS DO PULSO:
PRESSÃO ARTERIAL:
Quanto ao ritmo pode ser:
É a medida da força do sangue bombeado
✓ Regular ou rítmico pelo coração
✓ Irregular ou arrítmico: intervalos de contra as paredes das artérias. É medida em
pulsações desiguais. mmHg,
Frequência: pois a PA indica o ponto até o qual a
✓ Taquicardia: pulsações por minuto pressão pode
acima do limite superior normal. elevar coluna de mercúrio.
✓ Bradicardia: pulsações por minuto
abaixo do limite superior normal O pico de pressão máxima se dá na sístole
(VE bombeia sangue para a aorta) – PA
Volume (profundidade) sistólica.
✓ Forte, cheio, amplo
✓ Fraco, filiforme, débil: redução da A pressão mínima exercida ocorre na
força ou do volume do pulso. diástole (relaxamento dos ventrículos) – PA
diastólica.
RESPIRAÇÃO:
Respiração é o acto de inspirar e expirar Num indivíduo normal, a pressão arterial poder
(absorção de oxigénio e eliminação do ser influenciada por: idade, sexo, ansiedade,
medo, estresse, dor, medicamentos, posição e
dióxido de carbono), promovendo a troca
outros factores.
gasosa entre o organismo e o ambiente.
A PA sistólica é registrada antes da
A avaliação da respiração baseia-se no
diastólica:
reconhecimento dos movimentos torácicos
120 / 80 mmHg.
eabdominais normais.
PAS / PAD
Na respiração regular não se usa músculos
acessórios: intercostais, pescoço, ombros.

Avaliação da Respiração
Não devemos permitir que o paciente
perceba que seus movimentos respiratórios
estão sendo avaliados, pois caso note ele
pode alterar a freqüência e amplitude dos
mesmos.

Adultos:
Eupneico: 12 a 22 IRPM
Taquipneico: > 22 IRMP
Bradipneico: < 12 IRPM
Crianças: média de 20 a 25 IRMP

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RACIOCÍNIO CLINICO • Síndrome nefrótica: é caracterizada
por proteinúria, hipoalbuminemia e
ESTUDO DOS DIAGNÓSTICOS edema;
SINDRÔMICOS:
• Síndrome da hipertensão
Introdução: Síndrome é um conjunto de intracraniana: consiste na
sinais e/ou sintomas que ocorrem associação de cefaleia, vômitos em
concomitantemente. Sendo assim, é jato, vertigem, convulsões, paralisia
possível caracterizar os sintomas dos nervos cranianos, transtornos
apresentados pelo paciente em psíquicos, distúrbios autonômicos,
determinadas síndromes, a fim de facilitar o edema de papila e, em crianças,
raciocínio diagnóstico, uma vez macrocrania;
que restringe a quantidade de doenças que
serão consideradas para realizar o
diagnóstico diferencial. Este capítulo irá SÍNDROMES DO APARELHO
abordar alguns exemplos de síndromes RESPIRATÓRIO:
comuns no cotidiano clínico:
• Síndromes obstrutivas brônquicas:
• Síndrome febril: consiste em Traqueobronquite aguda: é
hipertermia associado a taquicardia, caracterizada pelapresença de febre,
sudorese, mialgias, artralgias, cansaço muscular e mental, mialgia,
tremores e taquisfigmia; congestão nasal, coriza,rouquidão e
odinofagia. Ademais, podem estar
• Síndrome consumptiva: presentes sintomas
representada pela perda de peso, respiratórioscomo tosse seca ou
involuntariamente, maior que 10%; produtiva com expectoração;

• Síndrome diarreica: é descrita pelo • Bronquite crônica: Bronquite


aumento na quantidade de crônica do tabagismo com ou sem
evacuações por dia com alteração infecçãosecundária: é representada
da consistência das fezes, sendo pela presença de tosse e pigarro
estas aquosas; com escarro mucosoe/ou purulento;

• Síndrome ictérica: caracterizada • Bronquite asmática ou asma


pela elevação dos níveis de brônquica crônica: o paciente
bilirrubina no sangue com esclera, apresenta dispnéia,estertores
mucosas, pele e líquidos orgânicos grossos e finos e tosse seca ou
amarelados; pouco produtiva;

• Síndrome nefrítica: consiste em • Bronquites a bactérias em não


hematúria e proteinúria associado a fumantes: os sintomas são
oligúria, hipertensão arterial, semelhantes aosapresentados em
cilindros hemáticos e edema; pacientes com bronquite crônica do
tabagismo, ou seja, ospacientes
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podem apresentar tosse e pigarro, dependendo da região afetada com
escarro mucoso e/ou rextração, dispneia e cianose;
purulento,dispnéia aos esforços;
• Pneumotórax: é reconhecida pela
coleção de ar no espaço pleural.
• Bronquiectasias: É descrita como a Cursando com dor, abaulamento e
presença de tosse produtiva, diminuição da expansão
vômica, dispneia aos esforços, febre, respiratória;
hemoptise e, em algumas situações,
o paciente pode apresentar cianose; • Neoplasias da pleura: é indicada na
presença de emagrecimento
• Câncer brônquico: O paciente pronunciado, dor contínua
apresenta os sintomas dependendo constritiva ou de compressão ou de
da região dos brônquios e plenitude que piora com a tosse e
bronquíolos que é atingida, movimentos respiratórios;
podendo apresentar tosse seca, dor
pleural e dispneia;
SÍNDROMES CARDIOVASCULARES
SÍNDROMES RESTRITIVAS PULMONARES:
Síndromes das arritmias:
• Síndromes de condensação: Ocorre • Taquicardia rítmicas não
na pneumonia lobar, paroísticas: aumento da frequência
broncopneumonia, cardíaca acima de 90 bpm com os
infiltrações, pneumonia intervalos entre os batimentos
segmentares de origem viral, iguais. O início da taquicardia ocorre
tuberculose pulmonar, progressivamente, sendo que o
supurações pulmonares, abscesso término também é lento. Os
pulmonar. Além disso, pode ser sintomas comuns são a palpitação
característica de ou a sensação de batimento
patologias que atingem outros cardíaco, sendo que aparecem
órgãos, mas que possuem a principalmente quando o paciente
participação do sistema pratica alguma atividade física.
respiratório. De forma geral, o
paciente apresenta febre, mal-estar, • Taquicardia arrítmicas não-
tosse seca ou paroística: aumento da frequência
produtiva, dor, dispneia, cianose, cardíaca acima de 90 bpm com os
dedos hipocráticos e Artropatia intervalos entre os batimentos
pulmonar; diferentes. O início da taquicardia
ocorre lentamente, assim como o
SÍNDROMES PLEURAIS término. Os sintomas dependem do
• Síndromes infamatórias: o paciente tipo da taquicardia arrítmica não-
pode apresentar sintomas gerais paroxística: Na fibrilação atrial pode
como febre, mal-estar e inapetência. ocorrer palpitação em repouso, mas
Ademais, pode apresentar dor, mais frequente na realização de
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atividade física, sendo que o • Insuficiência mitral: caracterizada
paciente descreve a palpitação por abaulamento precordial, desvio
como “batedeira irregular”. A do ictus cordis, sopro protossistólico
taquicardia arrítmica extra-sistólica ou holossistólico;
aparece no repouso ou durante a
atividade física, sendo relatada uma • Prolapso da valva mitral:
sensação de “vazio” no precórdio. apresentação de estalido mesos
Por fim, a fibrilação ventricular, sistólico e/ou sopros mesos sistólico
geralmente, não provoca sintomas ou mesotelessistólico ou
como os citados acima. telessistólico.

• Taquicardias rítmicas e arrítmicas


paroística: O início da taquicardia Valvulopatias tricúspides:
ocorre de uma vez, sendo que o
término também é repentino. É • Estenose tricúspide: é determinada
caracterizada pelas crises abruptas, na presença de ascite volumosa,
geralmente em repouso. edema de MMII, rextração sistólico
no eco epigástrico, sopro proto ou
Arritmias sinusais: holossistólico e hiperfoneses
• Arritmias respiratória: caracterizada valvular da primeira bulha, pulso
por períodos curtos com frequência jugular pulsátil;
aumentada no final da expiração) e
por períodos curtos com frequência • Insuficiência tricúspide: ocorre na
aumentada, ocorrendo no final da presença de pulso jugular pulsátil,
inspiração. abaulamento precordial, frêmito
sistólico e sopro holossistólico, pulso
• Arritmia fásica: possui um ritmo hepático venoso sistólico;
muito irregular, não sendo possível
reconhecer os momentos de maior • Valvulopatias pulmonares:
frequência. Caracterizada por ICC, abaulamento
• Bradicardia sinusal: frequência da região da porção ínfero-direita da
cardíaca entre 50 e 60 bpm com a região precordial com frêmito e
respectiva frequência no pulso, sem sopro sistólico intensos;
sintomas característicos.
• Síndrome de hipertensão arterial: é
SÍNDROME DAS VALVULOPATIAS caracterizada pelo aumento da
Valvulopatias mitrais: pressão arterial (aumento exclusivo
da pressão sistólica ou aumento da
• Estenose mitral: representada por pressão sistólica e diastólica
dispneia aos esforços, tosse, cianose concomitantemente), não havendo
nos lábios, no nariz e nas bochechas, sintomas característicos da
palpitação, hemoptise e embolia; síndrome.

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• Síndrome de hipotensão arterial:
caracterizada por medidas • Descompensação do mesaesôfago:
tensiométrica que se passam nos disfadia e odinofagia de mesma
normotensos com diminuição 25 a localização do período disfágico,
30% das cifras tensionais habituais, mas sem contrações eficazes do
e que quase sempre correspondem esôfago que se torna dilatado.
à diminuição de um dos dois Ademais, pode ocorrer sialorréia
elementos ou de ambos intensa, subMacicezz paravertebral
responsáveis pela pressão arterial esquerda na região dorsal.
normal.
• Úlceras esofagianas: descrita por
SÍNDROMES ABDOMINAIS CRÔNICAS disfagia com ou sem pirose e pode
ser acompanhada de hematêmese e
Síndromes esofagianas: melena, podendo também
• Esofagite de refuo: representada estenosar provocando disfagia
por disfagia ao nível da porção progressiva e continuada.
inferior retroesternal ou no oco-
epigástrico com pirose e, às vezes, • Divertículo: os sintomas comuns são
regurgitação; regurgitação de alimentos
deglutidos, disfagia de aparecimento
irregular com ou sem pirose.
• Esofagite: caracterizada por dor
intensa no esôfago, retroesternal, • Varizes: representada por
que pode se irradiar. As esofagites hematêmese ou melena.
secundárias cursam, além da dor,
com pirose com ou sem • DCI crônicas: o paciente apresenta
regurgitação. disfagia episódica ou irregular.

• Estenose: pode ocorrer por atresia • Esôfago curto: definido pela


congênita, corpo estranho, esofagite presença de dor retroesternal com
estenosante por ingestão de ou sem irradiação para a parede
cáustico, acalasia da cárdia ou torácica, pirose, disfagia,
mesoesôfago e câncer esôfago. A regurgitação e vômitos.
acalasia da cárdia ou megaesôfago
apresentam um curso evolutivo • Síndrome de Plummer-Vinson:
representado pelo: marcada por disfagia,
Período disfágico: caracterizado por hipovitaminose múltipla, glossite e
peristaltismo aumentado, diasfagia ou faringite atróficas.
odinofagia de localização infra-retroesternal
ou no eco-epigástrico; SÍNDROMES GÁSTRICAS
Síndromes funcionais:
• Período de acalmia (ou de
megaesôfago compensado): não
ocorrer disfagia ou odinofagia;
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• Síndrome hipotênica: são inapetência, dor em plenitude
caracterizadas por plenitude precoce, náuseas e vômitos
gástrica, ou seja, saciedade fácil, precoces. O vômito pode ser
além de sensação de mal-estar mucoso, de suco gástrico, biliosos,
gástrico («estômago cheio»), alimentares, com alimentos mal
eructação, pirose, regurgitação, digeridos ou não;
náusea e vômito;
• Úlceras: a sintomatologia é dívida
• Síndrome hiperestênica: em fases, sendo a primeira
representada por dor que aparece caracterizada pelos sintomas das
de duas a três horas após a ingestão síndromes hipoestênicas ou
de alimentos, sialorréia; hiperestênicas. Já a segunda fase é
caracterizada por dores
Síndrome obstrutiva: descrita por dor em intermitentes e de aparecimento
plenitude associada ou não à cólica, náusea regular (nas mesmas horas do dia),
e vômitos tardios com restos de alimentos sendo que a intermitência diminui à
mal digeridos, recusa de se alimentar medida da evolução da úlcera. Por
(decorrente da situação psicológica criada fim, a última fase corresponde às
pelo medo de dor e vômitos). No caso em complicações.
que a síndrome está em um grau avançado,
pode ocorre presença • Neoplasias: a sintomatologia
de ondas de Kussmaul e distensão rígida depende do local de acometimento
(pode ser relatada como contrações do câncer – se localizado na
que ocorre do hipocôndrio esquerdo para o justacárdia, o paciente apresenta
direito, frequentemente associado disfagia ou odinofagia, pirose e
com ruídos audíveis). vômito imediato. Já quando
localizado no justapilórico, a
sintomatologia corresponde à
SÍNDROMES ORGÂNICAS síndrome hipostênica que evolui
para a síndrome obstrutiva, ademais
• Gastrite aguda: caracterizada por pode apresentar hematêmese e
saciedade fácil, plenitude, cólica e melena. No caso de acometimento
queimação do estômago, do corpo, o paciente apresenta
inapetência, náuseas e vômitos logo sintomas tardios como àqueles
após a ingestão de alimentos. Os caracterizados na síndrome
vômitos possuem composições hipostênica, podendo estar
variadas, podendo ser, inclusive, associada à hematêmese e/ou
hemorrágico, no caso de gastrite melena, além disso apresenta
ulcerativa; saciedade precoce, inapetência. Por
fim, se a neoplasia se localizar em
• Gastrite crônica: frequentemente é qualquer parte do corpo e/ou da
assintomática. Quando possui pequena curvatura do estômago, o
manifestações clínicas, é paciente pode apresentar dores
caracterizada por saciedade fácil, intermitentes e de aparecimento
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regular (nas mesmas horas do dia), macrocítica hipercrômica, ferropriva
sendo que a intermitência diminui à ou microcítica e hipocrômica;
medida da evolução da úlcera.
SÍNDROMES ORGÂNICAS
• Hérnias diafragmáticas: os sintomas • Enterites agudas: caracterizada por
podem ser dor retroesternal de diarreia putrefativa com fezes
plenitude e de constrição do tipo escuras, não bolhosas e de odor
“queimação”, podendo se irradiar fétido. A diarreia putrefativa pode
para a face posterior do Tórax. A dor ser alternada com a diarreia
possui relação com a postura fermentativa. Ademais, o paciente
corporal: melhora quando o apresenta inapetência, náuseas,
paciente está de pé e piora quando vômitos, meteorismo, rolamento
ele deita, principalmente em borborigmo, gargarejo, dor em
decúbito lateral direito. Ademais o cólica que aparece, principalmente,
paciente apresenta pirose de antes das evacuações, na região
localização retroesternal e/ou mesogástrica ou umbilical que pode
epigástrica, eructação e melena. se irradiar para as outras regiões do
abdome. Por fim, o paciente pode
• Estômago em cascata: na maioria apresentar febre;
dos casos é assintomático. Quando
possui apresentação clínica, • Enterites crônicas: associação de
sintomas da síndrome hipostênica e emagrecimento, febre, e “choque do
de aparecimento episódico; intestino delgado”, caracterizados
por sensação de meteorismo,
borborigmos incomodativos, mal-
SÍNDROMES INTESTINAIS estar, palidez, sudorese, lipotimia,
Síndromes funcionais: dores em cólicas peri-umbilicais,
podendo ter a presença de diarreias
• Síndrome da má absorção ou de “explosivas”. Os sinais de “choque
absorção inadequada: caracterizada do intestino delgado” são
por emagrecimento; esteatorréia ou representados por taquicardia,
diarreia “saponácea” (diarreia com hipotensão arterial na vigência do
bolhas grandes e espumosas), choque, sudoreses, palidez,
distensão abdominal com obnubilação mental;
meteorismo; edema; cãibra e
tetania; dores ósseas, fraturas, • Enterocolites e gastroenterocolites:
osteoporose e/ou osteomalácia; nos casos agudos, os principais
língua magenta e/ou estomatite sintomas são diarreias fermentativas
com aftas; lesões dermatológicas ou putrefativas, podendo ocorrer
como descamações, ulcerações nas alternância entre os dois tipos,
extremidades dos membros, febres, náuseas e vômitos. Já nos
pigmentação, petéquias, equimoses casos crônicos, pode ocorrer
e lesões características de “cola de diarreias fermentativas e/ou
casal”; anemia megaloblásticas,
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putrefativas alternadas à períodos
de constipação. • Megacólon: determinada por
constipação, dor em distensão ou
• Colites: caracterizadas por diarreia em cólica e osmsintomas da
de putrefação com ou sem síndrome obstrutiva;
disenteria (evacuações com sangue,
muco, pus ou restos de tecidos • Tumores: caracterizada por
necrosados), flatulências com mudanças no hábito intestinal,
sensação de estufamento, sendo a mudança no hábito de
inapetência, halitose, desidratação e evacuações o fator mais importante,
manifestações psicológicas diarreia estercorácea, tenemos,
decorrente da cronicidade dos enterorragia e emagrecimento;
sintomas;
SÍNDROMES HEPÁTICAS
• Colite ulcerativa grave: descrita por Síndromes funcionais:
diarreia putrefativa com ou sem
sangue em períodos prolongados, • Insuficiência hepatocítica: só será
podendo ser alternada com revelada a partir de testes que
períodos de fezes normais ou demonstrem alterações cito-
constipação, emagrecimento, enzimo-químicas, sendo que estes
abscedação acompanhada de febre se alteram antes da presença de
vespertina com calafrios e, por fim, qualquer sintomatologia. A escassa
os sintomas da síndrome obstrutiva; sintomatologia que pode estar
presente depende do agente
• Mixoneurose intestinal: o paciente Etiológico da insuficiência.
apresenta mal-estar abdominal
difuso ou localizado, nas fossas • Encefalopatia metabólica por
ilíacas e no mesogástrio, cólicas de Insuficiência hepatocítica intensa e
curta duração que frequentemente extensa: representada pela
é acompanhada de diarreia com ou presença de asteríxis, hipersonia,
sem excreção de mucosa, períodos reflexos de preensão,
de constipação alternados com afocinhamentonos estágios de
períodos de diarreia, meteorismo sonolência patológica e torpor e a
intestinal e flatulência. Ademais, flacidez, posturadescerebrada,
ocorrem sintomas extra-intestinais resposta extensora dos artelhos.
como palidez, sudorese, taquicardia,
inapetência, cefaléia psicógena, • Insuficiência biliar: o paciente pode
dismenorreia, hipotensão arterial, apresentar icterícia colestática e o
entre outros sintomas inespecíficos; diagnóstico é realizado por exames
laboratoriais.
• Diverticulite: reconhecida pela
presença de dor no local do • Insuficiência circulatória porta:
divertículo inflamado, enterrogias, marcada por hematêmese, melena
obstrução intestinal parcial ou total;
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ou enterorragia, ascite, circulação
colateral venosa superficial, icterícia, • Hepatite alcoólica difusa aguda e
edema, eritema palpa e crônica: os sintomas só aparecem
telangiectasias cutâneas, alopecia em casos de descompensação com
do tronco e feminilização na aparecimento de abaulamento
distribuição dos pelos pubianos, abdominal, melena e hematêmese;
ginecomastia, atrofia testicular,
ausência ou escassez de pelos • Hepatopatias difusas crônicas -
axilares, hiperesplenismo global ou fibrose e cirrose: ascite, edema,
seletivo, além de sintomas queda de pelos axilares, pubianos,
inespecíficos como emagrecimento, na face anterior do Tórax,
lesões tróficas das papilas filiformes ginecomastia em homens e
da língua, distúrbios gastrintestinais, teleangiectasia no tronco, face,
anorexia, síndrome hipostênica, pescoço, parte superior do abdome,
meteorismo, diarreia e hemorroidas. e hiperemia palmar, icterícia
colestática e síndrome da
SÍNDROMES HEPÁTICAS ORGÂNICAS encefalopatia metabólica hepática;
DIFUSAS
HEPATOPATIAS LOCALIZADAS:
• Hepatites difusas agudas, A, B, • Tumores: depende do tipo de
NÃO-A, NÃO B (C): representada neoplasia, sendo que geralmente
pelo mal-estar com perda da existe dor no hipocôndrio direito
capacidade física e mental entre 3 a que aparece durante a marcha, no
10 dias antes do aparecimento da decúbito lateral direito e nas
icterícia, anorexia, náuseas, vômitos. inspirações profundas. A dor
Ao longo do tempo, pode ocorrer melhora ao decúbito dorsal;
insuficiência hepatocítica, colúria,
fezes acólicas, hepatomegalia, • Abscessos: qualificada pela febre
esplenomegalia. Em casos mais vespertina com ou sem calafrios,
avançados, o paciente pode além de dor na área hepática. Pode
apresentar hálito hepático, ocorrer comprometimento do
encefalopatia metabólica hepática e pulmão demonstrado por derrame
edema; pleural direito e condensação do
lobo inferior do pulmão direito;
• Hepatite aguda colangiolítica difusa
Infecciosa e/ou inflamatória: SÍNDROMES DAS VIAS BILIARES:
reconhecida pela presença de
icterícia colestática com ou sem • Discinesias biliares: corresponde à
febre, que se instala, em alguns síndrome dolorosa da cólica biliar ou
casos, após a ocorrência de cólica da síndrome da dispepsia biliar;
biliar, podendo ocorrer, também
hepatoesplenomegalia discretas; • Colangites e colangiolites ou
hepatite colangítica e colangiolítica:
HEPATITES AGUDAS DIFUSAS TÓXICAS:
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caracterizada por febre vespertina
com ou sem calafrios, mucosas SÍNDROMES MOTORAS
ictéricas, hepatomegalia com ou • Síndromes clínico-propedêuticas
sem esplenomegalia; periféricas: possui várias origens,
sendo que os sintomas dependem
• Dispepsia biliar: representada pela dessa origem. O paciente pode
síndrome hipostênica, apresentar hipotonia (paralisias
principalmente para alimentos flácidas), hipo ou arreflexia,
gordurosos e adocicados; peso, fasciculações (contrações
plenitude ou sensação de espontânea e irregulares de feixes
enchimento no hipocôndrio direito musculares visĩveis sob a pele);
com irradiação para o dorso ou para
o abdome anterior até a região • Lesões piramidais:
umbilical. Em casos com maior comprometimento da motilidade
comprometimento pancreático, as voluntária, produzindo paralisias ou
mesmas áreas de irradiação citadas paresias do tipo espasmódico
anteriormente, porém do lado hipertônico, sinal de Babinski,
esquerdo. Por fim, o paciente pode reflexos de automatismo medular,
apresentar diarreia pós-prandial; hipertonia muscular (eletiva e
elástica), hiperreflexia profunda,
COLECISTOPATIAS COM OU SEM LITÍASE: clono, trepidações e sincinesias;

• Colecistite aguda: apresenta-se com • Lesões extrapiramidais: alterações


dor permanente na região vesicular, da motilidade automática-associada
podendo ter cólica por hipotensão e do tono muscular e hipercinesia;
vesicular. Ademais, o paciente
apresenta febre continua com SÍNDROMES COREICAS:
recrudescimento vespertino; • Coréia minor ou de Sydenham:
caracterizado por movimentos
• Colecistite crônica: paciente involuntários de início abrupto de
apresenta discinesia biliar e cólica decurso rápido com ritmo e
biliar que aparece abruptamente; amplitude variáveis que diminuem
ao repouso e podem desaparecer
durante o sono fisiológico. O
• Oddite ou papilite duodenal: não paciente pode apresentar febre e
existe uma sintomatologia acometimentos articulares;
característica para o diagnóstico,
sendo assim o diagnóstico é • Coreia major ou de Huntington: o
realizado através de exames de paciente possui movimentos mais
imagens; proporcionais, quando comparado
com a coreia Minor;
• Tumores: representada pela
presença de icterícia colestática sem
cólica com ou sem febre;
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• Coreia senil: representado por Quimioprofilaxia: é a utilização de
movimentos coreicos que ocorrem substâncias químicas (fármacos) para
devido eventos relacionados à proteger o indivíduo ou sociedade de uma
senilidade; determinada doença
PRINCÍPIOS DE TERAPÊUTICA
ANTIMICROBIANA
INTRODUĈÃO AO ESTUDO DE
Tratamento: é o conjunto de meios OXIGENOTERAPIA
biológicos, cirúrgicos, farmacológicos,
físicos, higiénicos e psíquicos usados para Oxigenoterapia é a administração de
curar, atenuar ou abreviar uma doença. oxigênio em concentrações superiores
aquela encontrada no ar atmosférico que
Tratamento empírico: é o tratamento pode ser de alto fluxo ou baixo fluxo com a
iniciado pelo clínico com base num finalidade de prevenir a hipoxemia ou
determinado quadro clínico ou doença cujo
hipóxia.
diagnóstico etiológico não foi confirmado,
guiando-se em algoritmos padronizados Hipoxemia é caracterizada pela redução do
para uso geral.
oxigênio no sangue.
Tratamento específico: é o tratamento Hipóxia é caracterizada pela redução do
iniciado pelo clínico para uma determinada
aporte de oxigénio contido nos tecidos.
doença cujo agente etiológico já foi
determinado. A oxigenioterapia é uma intervenção
destinada à administração de oxigênio
Tratamento curativo: é o tratamento que medicinal com finalidade terapêutica. Sua
visa curar ou eliminar o agente etiológico utilização pode ser feita através de cânula
que determinou a doença. nasal, cateter nasal, máscara fácil simples
com ou sem reservatório, máscara fácil (de
Tratamento intermitente: é o tratamento Venturi), cânula endotraqueal, incubadora
que é administrado ao paciente em (crianças) ou HOOD (capacetes). Os meios
períodos de tempo regulares e de forma de administração mais comuns de oxigênio
sistemática com vista a tratar ou prevenir são:
uma determinada doença ou seus efeitos.

Quimioterapia: é a utilização de substâncias


químicas (fármacos) para o tratamento de
qualquer condição física.

Profilaxia: conjunto de medidas que têm


como objectivo proteger o indivíduo ou
sociedade de uma determinada doença.

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Cateter nasal: Utilizado quando o paciente
requer uma concentração baixa ou média
de oxigênio.

Incubadora (ou capacete de HOOD):


Utilizado para administração de oxigênio
em crianças.

Máscara facial simples com ou sem


reservatório:
Utilizada para administração de oxigênio
em média ou baixa quantidade, porém com
grande quantidade de umidade.

Materiais necessários:
o Oxigênio canalizado ou em torpedo;
o Cateter nasal (n° 6, 8 ou 10),
máscara fácil simples com ou sem
reservatório ou máscara facial (de
Venturi);
o Cadarço (se necessário);
o Manômetros: para indicar a
quantidade de oxigênio no torpedo
Máscara facial (de Venturi): e o fluxo de saída (fluxômetro);
Utilizada para administração de o Luvas de procedimento;
concentrações mais precisas de oxigênio, o Umidificador de oxigênio;
sem considerar a profundidade ou a o Água destilada ou solução fisiológica
frequência de respiração. 0,9% para umidificação;
o Fonte de oxigênio;
o Extensor (cânula de conexão);
o Gaze estéril
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Etapas para execução: 18. Tirar as luvas e higienizar as mãos
1. Higienizar as mãos conforme conforme recomendações da
recomendações da ANVISA/OMS; ANVISA/OMS;
2. Verificar a prescrição médica sobre a 19. Anotar a assistência prestada nos
oxigenioterapia; registros de enfermagem.
3. Reunir o material necessário para a
execução da técnica;
4. Orientar o paciente sobre a NEBULIZAÇÃO
assistência que será prestada e as
formas como ele pode colaborar; Conceito: administração medicamentos no
5. Preparar o ambiente e dispor os ar inspirado por meio de partículas de
materiais em local próximo e de fácil tamanhos variados que se misturam ao ar e
acesso; a umidade.
6. Verificar as fontes de oxigênio que
serão utilizadas; Responsáveis pela execução: enfermeiro,
7. Calçar as luvas; fisioterapeuta, médico, auxiliar e técnico de
8. Preencher o umidificador com água enfermagem.
destilada ou SF 0,9% até o nível
indicado; Materiais necessários:
9. Conectar o umidificador na rede ou ✓ Fonte de oxigênio ou ar comprimido
no torpedo de oxigênio; (preferencialmente);
10. Conectar o umidificador na extensão ✓ Nebulizador (com máscara e
presa ao cateter nasal ou máscara intermediário de borracha ou
fácil; plástico) de uso individual;
11. Liberar a saída de oxigênio de 3 a 5 ✓ Solução fisiológica 0,9% ou água
litros/minuto ou conforme destilada;
prescrição médica (confirmar ✓ Medicação prescrita;
borbulhamento dentro do ✓ Cuba rim;
umidificador e a presença de ar na ✓ Toalha de rosto;
extremidade da cânula); ✓ Papel toalha.
12. Remover secreções da narina do
paciente com o uso de uma gaze Etapas para execução:As mesmas que da
embebida com SF 0,9%; oxigenoterapia acima citada.
13. Ajustar a cânula confortavelmente
nas narinas do paciente;
14. Fixar o cateter se necessário;
15. Posicionar o paciente
confortavelmente, com a cabeceira
da cama elevada (caso não tenha
contraindicações);
16. Observar o estado geral do paciente;
17. Deixar o ambiente limpo e em
ordem;

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PARACENTESE ➢ Avaliação de um paciente com ascite
que apresente sinais de
1. Ascite deterioração clínica, como febre,
Ascite é o acúmulo de anormal de liquido na dor/sensibilidade abdominal,
cavidade peritoneal, isto é, volumes encefalopatia hepática, leucocitose
superiores, no adulto, a 100 ml. Assim, ascite periférica, deterioração da função
não é uma doença, mas uma manifestação renal ou acidose metabólica.
clínica comum a várias doenças, síndromes, ➢ A realização da paracentese no
distúrbios, etc. Que podem ocorrer por
momento da admissão hospitalar
alterações primárias do peritônio ou não.
em pacientes com cirrose e ascite
Especificamente, apatogênese envolve
pode diminuir as taxas de
diversos mecanismos e conforme a etiologia,
mortalidade, além de ajudar a
podem sobrepor-se, aproximadamente, 5%
esclarecer a causa da ascite e
dos pacientes apresentam mais de uma causa
para ascite. avaliação de possível infecção e,
consequentemente, auxiliar no
tratamento adequado. Esse
procedimento também ajuda a
identificar diagnósticos inesperados.

4. Contraindicação da Paracentese
Vale ressaltar que dificilmente os riscos da
realização da paracentese superam os
2. Paracentese benefícios, de modo que suas contra
A paracentese abdominal consiste num indicações são relativas e não absolutas.
procedimento em que se realiza uma punção Dentre elas, incluem-se:
na cavidade peritoneal para retirada de ➢ Pacientes com coagulação
líquido ascitico. É um procedimento simples, intravascular disseminada (CIVD)
minimamente invasivo e que pode ser clinicamente aparente e exsudação
realizado a beira do leito ou clínico. Pode ser a partir da introdução da agulha.
classificado a em paracentese diagnostica e ➢ Fibrinólise primária
paracentese terapeutica.
5. Diferença entre paracentese
3. Indicações da Paracentese diagnóstica e terapêutica
A paracentese está indicada em casos:
➢ Avaliação de novas ascites A paracentese diagnóstica refere-se à
➢ Avaliação de líquido ascítico em um remoção de uma pequena quantidade de
paciente com ascite preexistente líquido para teste/exame diagnóstico. Já na
que dá entrada no hospital, paracentese terapêutica retira-se a partir
independente do motivo da de cinco litros de líquido para reduzir a
hospitalização pressão intra-abdominal e aliviar a dispneia
➢ Ascite de grande volume e/ou de associada, dor abdominal e saciedade
repetição precoce.
➢ Ascite resistente ao uso de
diuréticos

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INTRODUÇÃO AOS CUIDADOS NA entrem no estômago e passem
ALIMENTAÇÃO ENTERAL POR SONDA gradualmente pelo trato intestinal
NASOGÁSTRICA/NASOENTÉRICA para garantir a absorção. Em
contrapartida, a alimentação pelo
1. Sonda Nasogástrica intestino delgado ocorre além do
Uma sonda gástrica é um tubo de plástico esfíncter pilórico do estômago que,
flexível de várias medidas, que é teoricamente, reduz o risco de
introduzido após lubrificação, no esófago broncoaspiração pulmonar, desde
por via nasal ou bucal de maneira que sua que não ocorra refluxo das
extremidade inferior se situe ao nível do alimentações no estômago
estômago. (Metheny et al., 2011).

Já entubação nasogástrica refere-se a um 3. Quem pode efectuar a técnica?


método utilizado para fornecer nutrientes
aos pacientes incapazes de atender às O procedimento da administração da
exigências nutricionais via oral. alimentação por sonda nasoentérica pode
Como regra, os candidatos para a nutrição ser delegado ao profissional de
enteral devem ter um trato gastrintestinal enfermagem de nível médio − PENM
(GI) suficientemente funcional para (técnico em enfermagem e auxiliar de
absorver os nutrientes. enfermagem). Todavia, o enfermeiro deve
verificar o posicionamento e a desobstrução
2. Os exemplos das indicações para da sonda. O enfermeiro orienta a equipe de
a alimentação enteral incluem: enfermagem para:

✓ Situações em que a alimentação Elevar a cabeceira do leito, no mínimo, a 30


normal não é segura por causa do graus (de preferência, 45 graus) ou
alto risco de broncoaspiração. ✓ manter o paciente sentado no leito
✓ Condições clínicas que interferem na ou em uma cadeira.
ingestão normal ou absorção de ✓ Não alterar a velocidade de infusão
nutrientes ou cria estados da alimentação; infundir a
hipermetabólicos: ressecção alimentação, comosolicitado.
cirúrgica da orofaringe, obstrução ✓ Relatar qualquer dificuldade
intestinal proximal ou fístula, encontrada para infundir a
pancreatite, queimação e úlceras alimentação e qualquerdesconforto
por pressão graves. que o paciente venha a manifestar
verbalmente.
✓ Condições em que a doença ou os ✓ Relatar episódios de engasgo,
sintomas relacionados com o acessos de tosse ou asfixia.
tratamento reduzem a ingestão oral: ✓ Disponibilizar higiene oral
anorexia, náusea, dor, fadiga, falta frequente.
de ar ou depressão. As alimentações
gástricas são o tipo mais comum de 4. MATERIAL NECESSÁRIO:
nutrição enteral, permitindo que as
fórmulas de alimentação por sonda
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✓ Bolsa de alimentação, sondas ou 5. METIDAS A TOMER EM CONTA
sistema pronto para uso descartável ANTES DE EFECTUAR O
✓ Seringa para acoplamento na PROCEDIMENTO
extremidade do cateter de 60 mL ou
mais ✓ Cumprimentar o paciente, e
✓ Estetoscópio identificar-se;
✓ Bomba de infusão enteral para ✓ Explicar o procedimento: dizer que
alimentações contínuas poderá sentir um ligeiro
✓ Indicadores de pH (escala de 0,0 a desconforto, mas que ele deverá
11,0) colaborar deglutindo, pois isto irá
✓ Fórmula enteral prescrita facilitar a passagem do tubo;
✓ Luvas de procedimento ✓ Garantir a privacidade do paciente,
e quando necessário usar um
biombo;
✓ Colocar o paciente em posição de
Fowler, ou seja, sentado na cama
com o tórax inclinado a 60-90° em
função do plano da cama, ou semi-
Fowler, ou seja, sentado na cama
com o tórax inclinado a 45° em
função do plano da cama, com a
cabeça virada para o lado;
✓ Lavar as mãos com água e sabão ou
friccioná-las com álcool glicerinado;

6. Registrar e Relatar
✓ Registrar e relatar a quantidade e o
tipo de alimentação, o método de
infusão, a resposta do paciente à
sonda de alimentação, a
desobstrução da sonda e a condição
da pele no local da sonda.
✓ Registrar o volume da fórmula e
qualquer conteúdo adicional na
forma de entrada e saída.
✓ Relatar o tipo de alimentação, o
estado da sonda, a tolerância do
paciente e osresultados adversos.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA
TORACOCENTESE

1. Pleura

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A pleura é uma estrutura serosa e Para confirmar presença de líquido a nível,
mesenquimal, formada por duas do espaço pleural e colher uma amostra
membranas serosas: a pleura visceral, que para analise do liquido pleural: citologia
recobre o pulmão; e a pleura parietal, que (contagem global e contagem especifica das
recobre a face interna da parede torácica. células), bioquímica (proteína) e
microbiologia (geralmente exame
microscópico de esfregaços previa
coloração de Gram e Ziehl – Neelsen e
raramente exame cultural).

Terapêutica
Para aliviar os sintomas em pacientes com
dispneia causada por um grande derrame
2. Derrame Pleural
pleural.
É o acúmulo anormal de líquido na cavidade Se o líquido continua a se acumular na pleura
pleural, causado pelo desequilíbrio entre a após vários procedimentos de toracocentese
entrada e a saída de líquido no espaço entre terapêutica, a pleurodose pode ajudar a
as pleuras, podendo estar presente um ou prevenir a recorrência. Alternativamente, a
mais dos seguintes mecanismos: colocação de um dreno no tórax de demora
✓ Aumento da pressão hidrostática; pode permitir a drenagem ambulatorial do
✓ Diminuição da pressão oncótica; líquido pleural.
✓ Diminuição da pressão no espaço
pleural; Indicação para a toracocentese
✓ Aumento da permeabilidade na As principais indicações para a
microcirculação; toracocentese podem ser divididas,
✓ Bloqueio da drenagem linfática; basicamente, em dois grupos, em casos de:
✓ Passagem de líquido a partir do ✓ Derrame pleural;
peritônio ✓ Pneumotórax.

3. Toracocentese FERIDAS E PENSOS


É um procedimento diagnóstico e/ou
terapêutico que consiste em puncionar um 1. Ferida
cateter no espaço pleural para remoção de Ferida é toda e qualquer solução de
fluidos. A abordagem terapêutica serve continuidade (perda) de tecido ou órgão,
para aliviar o desconforto respiratório; por podendo atingir desde a epiderme,
outro lado, a presença de colecção líquida músculos e órgãos.
recém detectada e de causa desconhecida Causas:
impõe a necessidade de uma toracocentese ✓ Traumas: ferida por faca
diagnóstica. ✓ Cirurgias: ferida resultante
de uma intervenção cirúrgica
4. Toracocentese Diagnostica e (cesariana);
terapêutica ✓ Isquemia: úlcera da perna;
✓ Pressão: úlceras de decúbito.
Diagnostica

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2. CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS instrumento, tendo como exemplo o
-Quanto a evolução: machado.
Feridas Agudas: cumpre um processo de
Feridas Perfurantes: são ocasionadas por
reparação tecidual ordenado e adequado,
agentes longos e pontiagudos como prego,
que resulta na reparação sustentada da
alfinete. Pode ser transfixante quando
integridade anatómica e funcional.
atravessa um órgão, estando sua gravidade
Feridas Crónicas: não cumprem o processo na importância deste órgão
de reparação tecidual ordenado e adequado
para promover a integridade anatómica e Pérfuro-contusas: são as ocasionadas por
funcional. arma de fogo, podendo existir dois orifícios,
-QUANTO AO GRAU DE o de entrada e o de saída
CONTAMINAÇÃO: Ferida Lácero-contusas: resulta de
compressão ou tracção. As bordos são
Ferida Limpa: não e aquela que contém um irregulares, com mais de um ângulo.
baixo teor de micro-organismos Exemplo clássico as mordidas de cão.
patogénicos e existe um baixo risco de
infecção; Ferida Perfuro-incisas: são provocadas por
instrumentos pérfuro-cortantes que
Ferida Limpa-contaminada: ocorre em possuem gume e ponta, por exemplo um
condições assépticas mas envolve punhal. Pode lesar órgãos internos
cavidades do corpo que normalmente importantes.
abriga microrganismos;
Escoriações: São caracterizadas pela
Ferida Contaminada: surge sob condições retirada de células da epiderme por causa
prováveis de presença de microrganismos. da ação de fricção ou esmagamento de
Ex: feridas traumáticas, acidentais, ..Existe instrumento mecânico.
alto risco de infecção;
Equimoses e hematomas: na equimose há
Ferida Infectadas: apresenta sinais de rompimento dos capilares, porém sem
infecção (inflamação, drenagem purulenta, perda da continuidade da pele, sendo que
separação da pele). no hematoma, o sangue extravasado forma
uma cavidade.
-QUANTO AO AGENTE CAUSAL:
Ferida Incisa ou Cortante: são provocadas 3. TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
por agentes cortantes, como faca, bisturi,
lâminas, caracteriza-se por ter: bordos Cicatrização por 1ª Intenção
regulares e nítidos, geralmente retilíneas, Quando não há perda de tecido e as
com profundidade igual de um extremo à extremidades da pele ficam justapostas
outro da lesão. uma à outra.
Cicatrização por 2ª Intenção
Ferida Corto-contusa: o agente não tem
corte tão acentuado, sendo que a força do Ocorre nas feridas onde houve perda de
traumatismo é que causa a penetração do tecido e as extremidades da pele ficam
CUIDADOS BASICOS DE ENFERMAGEM ARAFATE AMERICO GABRIEL
distantes umas das outras, sendo ✓ Prevenir infecção.
necessário formação de tecido de
granulação até que a contração e 6. Tipos de penso
epitelização aconteçam. Seco:
Cicatrização por 3ª Intenção
✓ Asséptico;
A ferida é deixada aberta por um tempo, ✓ Antisséptico;
sendo suturada posteriormente, como ✓ Compressivo;
cicatrização por 1ª intenção. ✓ Absorvente;
4. FACTORES QUE INFLUENCIAM NA ✓ Permeável.
CICATRIZAÇÃO
Húmido:
Locais: -Simples:
✓ Vascularização (isquemia e estase ✓ Quente;
venosa); ✓ Frio.
✓ Bordas não adaptadas;
✓ Deiscência da sutura -Com irrigação:
✓ Tensão na cicatriz; ✓ Irrigação contínua;
✓ Corpos estranhos; ✓ Irrigação intermitente
✓ Infecção na ferida;
✓ Mobilidade excessiva local O penso com irrigação é feito nas feridas
(articulação). com supuração ou em vias de se infectar.
Consiste na instilação duma solução em
Sistémicos: jacto contínuo ou intermitente, por meio de
✓ Idade: idosos há atrasos; seringa ou bomba infusora, com a
✓ Obesidade; finalidade de:
✓ Imobilidade; ✓ Libertar a ferida de pús ou de
✓ Tabagismo e drogas; bactérias;
✓ Desnutrição; ✓ Estimular a granulação dos tecidos e
✓ Câncer; acelerar a cicatrização.
✓ Radioterapia;
Definição dos pensos secos:
✓ Diabetes;
✓ Imunodepressão. Penso asséptico: é feito em feridas limpas
com finalidade de protegê-las de infecções
5. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A
e promover a cicatrização;
UTENTE COM FERIDA CIRÚRGICA
– PENSO Penso antisséptico: feito em feridas
Penso - É um conjunto de acções que visam infectadas, deixa-se um antisséptico
a prevenção de infecção, cicatrização de (líquido ou pomada) para destruir os
feridas e a minimização de lesões cutâneas; microrganismos existentes;
-Objectivos do penso: Penso compressivo: tem a finalidade de
✓ Promover a cicatrização; estancar hemorragia;
✓ Minimizar lesões cutâneas;

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Penso Absorvente: tem a finalidade de Calafrios;
absorver exsudato ou produtos de Suores à noite;
drenagem (colostomia). É feito com Palidez.
compressas amachucadas, celulose ou
algodão esterilizado para absorver a SISTEMA RESPIRATÓRIO:
secreção;
• Dor torácica
Penso permeável ou poroso: feita com 1 ou • Dispneia
2 compressas para permitir o arejamento • Tosse
da ferida. • Expectoração
• Vômica
7. PRECAUÇÕES NA FEITURA DO • Hemoptise
PENSO: • Chieira ou Sibilância
• Estridor
✓ Utilizar técnica asséptica;
✓ Informar o médico em caso de:
SISTEMA CARDIOVASCULAR:
infecção local, deiscência de bordos;
necrose e exsudado. ❖ Dor precordial
✓ Manter a ferida e pele circundante ❖ Dispneia de repouso ou de esforço
sempre limpa e seca, evitando ❖ Ortopneia
molhar o penso durante a higiene; ❖ dispneia paroxística noturna
✓ Os pensos repassados ou molhados ❖ Nictúria
devem ser executados ❖ Palpitações
imediatamente, excepto se ❖ Tonturas e Sincope
indicação em contrário; ❖ Edema
✓ Nos pensos de safenectomia colocar ❖ Claudicação intermitente
ligaduras elásticas de contenção; ❖ Varizes dos membros inferiores
✓ Utilizar adesivos esterilizados, no ❖ Cianose
contacto directo com a ferida;
✓ Providenciar uma boa nutrição para SISTEMA DIGESTIVO:
facilitar o processo de cicatrização; ▪ Anorexia
✓ Os adesivos devem ser colocados ▪ Polifagia
sem tensão e do centro para as ▪ Afagia
extremidades; ▪ Disfagia
PRINCIPAIS TERMOS CLINICOS ▪ Odinofagia
▪ Regurgitação
SINTOMAS E SINAIS GERAIS:
▪ Bulimia
▪ Pirose
Anorexia;
▪ Náuseas e vômitos
Astenia; ▪ Dor abdominal
Fraqueza; ▪ Distenção abdominal
Mal-estar; ▪ Hematêmese
Febre; ▪ Melena

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▪ Obstipação e tenesmo ➢ Dispareunia
▪ Prurido anal ➢ Frigidez
▪ Dor perianal ➢ Anorgasmia
▪ Incontinência fecal ➢ Menstruação
▪ Diarreia ➢ Menarca
▪ Hematoquezia ➢ Amenorreia
▪ Soluço ➢ Metrorragia
▪ Sialorreia ➢ Dismenorreia
▪ Xerostomia SISTEMA HEMOLINFOPOIÉTICO
▪ Esteatorreia
▪ Flatulência o Astenia
▪ Disenteria o Palidez
▪ Dispepsia o Petequias e equimoses
o Gengivorragia
SISTEMA URINÁRIO: o Hematúria
o Hemorragia digestiva
✓ Nictúria o Linfadenopatias
✓ Polaciúria o Organomegalias
✓ Incontinência renal o Hematomas
✓ Disúria
✓ Anuria SISTEMA ENDOCRINO:
✓ Hematúria
✓ Enurese noturna ✓ Intolerância ao frio ou calor
✓ Hirsutismo
SISTEMA GENITAL-REPRODUTIVO ✓ Retardo psicomotor
✓ Retardo do crescimento
➢ Lesões genitais ✓ Polifagia
➢ Corrimento ou secreção uretral ✓ Polidipsia
➢ Corrimento vaginal ✓ Poliúria
➢ Dor testicular
➢ Alteração do jacto urinário: SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO:
➢ Prurido vaginal Artralgia
➢ Vida sexual Dor óssea
➢ Libido Raquialgia
➢ Infertilidade Lombalgia
➢ Esterilidade Mialgia
Disfunções sexuais masculinas: Rubor
➢ Disfunção erétil Edema
➢ Priapismo Escoliose
➢ Ejaculação precoce Lordose
➢ Dispareunia Cifose
➢ Anorgasmia Claudicações
Disfunções sexuais femininas: Contraturas
Caibras
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Fraqueza ❖ Afetividade
Atrofia DEFINIÇÃO DOS TERMOS CLÍNICOS:
Traumatismo
Fratura Astenia= sensação de debilidade física, quase
sempre acompanhada de malestar
SISTEMA NERVOSO: indefinido que só melhora com o repouso.
• Cefaleia Fadiga= sensação de cansaço ao realizar
pequenos esforços
• Parestesia
Sudorese ou diaforese= eliminação
• Anestesia abundante de suor
• Hipoestesia Calafrios= sensação passageira de frio com
• Hiperestesia ereção dos pêlos e arrepiamento da
• M. Involuntários pele. “arrepios de frio”
• Convulses Cãibras= contrações involuntárias e dolorosas
• Mioclonias de um músculo esquelético
• Hipertonia Prurido= ”coceira”
• Fasciculações Lacrimejamento= excesso de secreção de
• Coreia lágrima
Xantopsia= visão amarelada
• Paralisia
Iantopsia= visão violeta
• Paresia
Cloropsia= visão verde
• Consciência
Ambliopia= perda parcial da visão
• Inconsciência Amaurose= perda total da visão
• Abnubilação Hemeralopia= baixa acuidade visual quando a
• Sonolência intensidade luminosa diminui
• Confusão mental Diplopia= visão dupla
• Coma Fotofobia= hipersensibilidade à luz
• Insônia Nistagmo= movimentos repetitivos e rítmicos
• Hipersonia dos olhos
• Disfasia Escotomas= área de cegueira parcial ou total,
• Afasia dentro de um campo visual.
Escotomas cintilantes (ex: antecedendo os
• Disartria
episódios de enxaqueca)
• Vertigem
Otorréia= secreção auditiva
• Ataxia Otorragia= perda de sangue pelo canal
SISTEMA PSIQUICO: auditivo
❖ Aparência Disacusia= perda da capacidade auditiva, que
❖ Atitude pode ser moderada (hipoacusia),
❖ Orientação acentuada (surdez) ou total (anacusia)
❖ Atenção Zumbidos= percepção de ruídos sem que haja
❖ Memória estímulo exterior
❖ Amnesia Vertigem= sensação de se estar girando em
❖ Inteligência torno dos objetos ou os objetos
❖ Pensamento girando em torno de si
❖ Sensopercepção Hiposmia= diminuição do olfato
❖ Vontade Anosmia= abolição do olfato
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Hiperosmia= aumento do olfato Síncope= desmaio, perda súbita e transitória
da consciência
Cacosmia= sentir mau cheiro
Lipotímia ou pré-síncope= sensação de
Rinorréia ou corrimento nasal= secreção desmaio ou perda parcial da consciência
nasal Cianose= coloração azulada da pele e das
Epistaxe= hemorragia nasal mucosas devido ao aumento da Hb
Odinofagia= dor à deglutição reduzida no sangue capilar
Disfagia= dificuldade de deglutir Edema= inchaço
Halitose= mau hálito Polifagia ou hiperorexia= apetite aumentado
Disfonias= alterações da voz, que podem ser Inapetência ou anorexia= apetite diminuído
desde discreta rouquidão até Eructação= arroto
ausência da voz ou afonia
Flatulência= acúmulo e eliminação de gases
Pigarro= hipersecreção de muco que se
acumula e adere na parede posterior da no tubo digestive
faringe, no vestíbulo laríngeo e nas cordas Geofagia= desejo de comer terra
vocais Pirose=sensação de queimação retroesternal
Expectoração= escarro Regurgitação: volta do alimento ou de
Tosse produtiva= tosse com expectoração secreções gástricas à cavidade bucal, sem
Vômica= eliminação mais ou menos brusca, antecedentes de náuseas
através da glote, de uma quantidade Sialose ou sialorréia ou ptialismo= produção
abundante de pus (ou raramente líquido de excessiva de secreção salivar
aspecto mucóide ou seroso) Hematêmese= vômito com sangue
Hemoptise= eliminação com a tosse de Náuseas= enjôo
sangue proveniente da traquéia, Dispepsia= conjunto de sintomas
brônquios ou pulmões relacionados à parte alta do abdome.
Dispnéia= dificuldade para respirar (pode ser (Síndrome
relacionada aos pequenos, médios dispéptica: desconforto ou dor epigástrica,
e grandes esforços, pode ser de repouso) empazinamento, saciedade precoce,
Ortopnéia= dispnéia que impede o paciente sensação de distensão do abdome por gases,
de ficar deitado e o obriga a sentar náuseas com vômitos ocasionais,
ou a ficar de pé para ter alívio intolerância a alimentos gordurosos e
Dispnéia paroxística noturna= ocorre depois eructações)
que o paciente já dormiu algumas Esteatorréia= aumento da quantidade de
horas. gordura excretada nas fezes
Sibilância= chiado ou chieira, ruído percebido Enterorragia= eliminação de sangue vivo pelo
na respiração ânus (gde qtde)
Cornagem= ruído (estridor) que ocorre Melena= eliminação de sangue digerido pelo
devido a dificuldade inspiratória por ânus, fezes enegrecidas
redução do calibre das vias respiratórias Obstipação ou constipação intestinal=
superiores, na altura da laringe “prisão de ventre” “intestino preso”
Tiragem= aumento da retração dos Icterícia= coloração amarelada da pele e das
mucosas devido à impregnação dos
espaços intercostais durante as fases da
tecidos por pigmentos biliares
respiração
Retenção urinária= incapacidade da bexiga
Palpitações= percepção incômoda dos de esvaziar-se parcial ou
batimentos cardíacos completamente

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Oligúria= redução do volume urinário (<500 Hemiplegia= paralisia de um lado do corpo
ml/dia) (direita e esquerda)
Anúria= diurese < 100 ml em 24 horas Paraplegia= paralisia dos membros inferiores
Poliúria= aumento do volume urinário (> Tetraplegia= paralisia dos membros
2500 ml/dia) superiores e inferiores
Polaciúria (ou freqüência)= aumento do Parestesia= sensação de formigamento e
número de micções, sem aumento do dormência
volume urinário Sonilóquio= pessoa que emite sons durante o
Disúria= micção associada à sensação de dor, sono ou forma frases sem sentido
queimação ou desconforto Sonambulismo= pessoa caminha enquanto
Urgência miccional= necessidade súbita e dorme
imperiosa de urinar Briquismo=bruxismo=ato de ranger os dentes
Noctúria= necessidade de esvaziar a bexiga à Enurese noturna= emissão involuntária de
noite por uma alteração do ritmo urina durante o sono
circadiano da diurese Caquexia= estado de extrema magreza com
Hematúria= presença de sangue na urina comprometimento do estado geral do
Colúria= urina cor de Coca-Cola paciente (ex: doenças consuntivas)
Estrangúria= emissão lenta e dolorosa de Midríase= pupilas dilatadas
urina Miose= pupilas contraídas
Hemospermia= presença de sangue no Exoftalmia= protusão do globo ocular
esperma Enoftalmia= globo ocular afundado para
Corrimento uretral= secreção que sai pelo dentro da órbita
meato da uretra Hematoquezia= sangue eliminado pelo reto
Disfunção erétil= impotência sexual vermelho-vivo em pequena quantidade, de
origem proctológica
Metrorragia= sangramento uterino sem as
características da menstruação normal
Menorragia= excessiva perda de sangue CONCLUSÃO:
durante o período menstrual
Chegando nesta fase final, é de agradecer a
Amenorreia= falta de menstruação por um
Deus pela oportunidade Vida que concede
período de tempo maior do que 3
no meu dia pós dias junto a família e
ciclos prévios
amigos, e em seguida agradecer a todos
Menarca= primeira menstruação
Menopausa= última menstruação meus colegas do Instituto Politécnico Boa
Dispareunia= dor durante o coito (mulher) Esperança concretamente os da turma TMG
Galactorréia= produção de leite fora do 19 que tem caminhado comigo nessa
período puerperal ou de lactação. Pode jornada estudantil.
ocorrer em homens E ficarei grado a todo aquele que for a
Mastalgia= dor nas mamas usufruir desta obra, pois fiz com objetivos
Adenomegalia= crescimento de linfonodos de ajudar a todo aquele que exerce funções
Esplenomegalia= crescimento do baço hospitalares seja estudante seja
Hepatomegalia= crescimento do fígado profissional. Porque este manual tem novas
Artralgia= dor articular
abordagens de certas literaturas
Artrite= processo inflamatório das
atualizadas.
articulações
Cefaleia= dor de cabeça

CUIDADOS BASICOS DE ENFERMAGEM ARAFATE AMERICO GABRIEL


Ser um estudante de medicina ou ser um
profissional na area de medicina é muito
bom, mas sou de frisar tambem que não é
e nunca foi facil ser um TMG, mas com
esforço e desempenho conseguiremos ser
aquilo que nos desejamos ser . Mas
lembre-se que de tudo, deixe Deus Como a
prioridade (ele acima de tudo) na sua vida
e ele te fará vencer no momento certo.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFIAS:

✓ Manual de Procedimentos Básicos


de Enfermagem 2017 Elaborado por:
André Luiz Thomaz de Souza.
✓ Manual básico de clínica médica 2022.
✓ Guia Completo de Procedimentos e
Competências de Enfermagem
✓ Manual_Enfermagem_M.Diagnostic
os_Julho_03_Final
✓ Manual_Procedimentos_Clinicos_20
12_FINAL-1
✓ Manual de semiologia 2012 do curso
de Tecnicos de medicine geral.
Elaborate Pelo Misau.

Nampula/Moçambique 16/01/2024

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