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INTRODUÇÃO A

TERAPIA
MANUAL
Prof. Marianne Correia
O QUE É A
TÉCNICA?
As técnicas de terapia manual são manipulações,
mobilizações e exercícios específicos com objetivo de
estimular a:

1) Propriocepção;
2) Produzir elasticidade a fibras aderidas;
3) Estimular o líquido sinovial e promover a redução da dor.
PRINCIPAIS OBJETIVOS
BIOMECÂNICOS

O objetivo mecânico principal da terapia manual é restaurar


movimentos acessórios limitados e prevenir as
complicações associadas com o desuso articular.
Fisioterapeuta especialista em terapia manual

Fisioterapeuta manual
TERAPIA MANUAL
O sistema músculo - esquelético é dividido em 3 partes:

1. Sistema muscular
2. Sistema articular
3. Sistema neural

Para cada sistema existe um tratamento diferente, e a terapia


manual provém de ferramentas próprias para detectar cada tipo de
problema.
TERAPIA MANUAL
Para atuar sobre os tecidos que estejam em disfunção (com restrição
de sua mobilidade) pode valer-se de várias técnicas com
repercussões distintas sobre cada tecido:
Stretching (muscular);
Pompage (ligamentar e vascular);
Liberação (muscular);
Mobilização Articular;
Inibição muscular;
MÉTODOS /TÉCNICAS
DE TM
Osteopatia
Quiropraxia
Mulligan
Liberação Miofascial
Massoterapia
Maitland
McKenzie
(...)
MOBILIZAÇÃO E
MANIPULAÇÃO
ARTICULAR
MOBILIZAÇÃO E
MANIPULAÇÃO
(THRUSTS) ARTICULARES

Pra que serve?

Facilitar o processo de reparo, influenciar


a estrutura e comportamento mecânico de
tecidos.
MOBILIZAÇÃO E
MANIPULAÇÃO
(THRUSTS) ARTICULARES

Por quê fazer?

Com a realização da mobilização articular, o


movimento estimula a atividade biológica do
líquido sinovial, trazendo nutrientes para a
cartilagem articular avascular das superfícies
articulares e para a fibrocartilagem intra-articular.
GRAUS DA MOBILIZAÇÃO
ARTICULAR

GRAU I

Caracterizado por micro movimentos no começo do arco de


movimento;
Ritmo lento;
Livre da resistência de tecidos;

OBS - GRAU I E II - Mais utilizado em paciente com fase aguda de dor,


melhorando um pouco da absorção de líquido no local
(aquele paciente que não aguenta nem o toque, devido a sensibilidade
da dor)
GRAUS DA MOBILIZAÇÃO
ARTICULAR

GRAU II

Caracterizado por micro movimentos no começo do arco de movimento;


Em ritmo lento,
livre da resistência de tecidos,
Diferença de Grau I e Grau II - Consigo aumentar um pouco mais a amplitude de
mobilização;
OBS - GRAU I E II - Mais utilizado em paciente com fase aguda de dor,
melhorando um pouco da absorção de líquido no local
(aquele paciente que não aguenta nem o toque., devido a sensibilidade
da dor)
GRAUS DA MOBILIZAÇÃO
ARTICULAR

GRAU III

Caracterizado pelo movimento por todo arco;


Oscilação/ velocidade da mobilização mais rápida que o grau I e II,

OBS - GRAU III -Geralmente utilizado como “avaliação”. Onde


normalmente vou do início ao fim do movimento.
Ajuda na manutenção, ganho de movimento e alívio da dor.
GRAUS DA MOBILIZAÇÃO
ARTICULAR

GRAU IV

Caracterizado como micro movimentos no final do arco;


Promove estresses teciduais capazes de movimentar discretamente tecidos
fibróticos

OBS - GRAU IV -Geralmente utilizado como ganho de amplitude de


movimento, quando mobilizo o fim do arco de movimento.
GRAUS DA MOBILIZAÇÃO
ARTICULAR

GRAU V

Caracterizado por Maitland como manipulação articular.

O movimento brusco (thrust) é:


Um movimento de alta velocidade e curta amplitude
Não pode ser impedido pelo paciente.
É realizado no final do limite patológico, ou seja, no final da amplitude de movimento da articulação;
Visa alterar as relações de posicionamento, soltar aderências;
GERALMENTE ouvem-se alguns estalidos conhecidos por cavitação.
O maior objetivo da técnica de thrust não é produzir cavitação, mas sim, produzir hipermobilidade
temporária.
INDICAÇÕES
Dor; 
Hipomobilidade articular; 
Limitação progressiva; 
Imobilidade funcional.
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipermobilidade; 
Derrame articular ; 
Fraturas e/ou disfunções osteometabólicas (osteoporose)
Inflamação.
MOBILIZAÇÃO MMSS
MOBILIZAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR CRÂNIo/ CAUDAL

Da direção da cabeça para os pés;


Região tenar da mão na Clavícula - porção distal;
MOBILIZAÇÃO MMSS
MOBILIZAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR PÓSTERO/ANTERIOR

Polegares na parte distal da clavícula


Mobilização da região posterior para anterior
(restabelecendo a artrocinemática/micromovimento normal
da articulação)
Movimento não causa dor no paciente;
MOBILIZAÇÃO MMSS
MOBILIZAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR PÓSTERO/ANTERIOR

Polegares na parte proximal da clavícula ;


Mobilização da região posterior para anterior
(restabelecendo a artrocinemática/micromovimento normal
da articulação)
Movimento não causa dor no paciente;
MOBILIZAÇÃO MMSS
MOBILIZAÇÃO ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL PÓSTERO/ANTERIOR
Liberar cápsula anterior do paciente;
Encaixar membro do paciente entre braço e tronco;
Leve abdução de MS
Terapeuta com as duas mãos na parte mais proximal do
úmero;
Tracionar em sentido caudal;
Mobilizar no sentido póstero anterior a articulação
glenoumeral;
Paciente precisa estar relaxado;
Abdução de 30° a 40°
Sempre perguntar se paciente está sentindo incomodo.
MOBILIZAÇÃO MMSS
MOBILIZAÇÃO ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL PÓSTERO/ANTERIOR
Paciente em Decúbito frontal, solta todo peso do braço na
mão do terapeuta;
Mão cranial do terapeuta estabiliza o úmero no aspecto
Antero/distal , mão caudal posiciona na região posterior da
cabeça umeral;
Terapeuta vai mobilizando sentido póstero/anterior;
Deslizamento póstero/anterior a cabeça umeral.
MOBILIZAÇÃO MMSS
MOBILIZAÇÃO ARTICULAÇÃO COTOVELO / ARTICULAÇÃO ÚMERO
RADIAL
Paciente deitado em supino;
Terapeuta posicionado medialmente ao antebraço do
paciente;
Posiciona região tenar sobre a cabeça do rádio;
Estabiliza com a mão proximal(medialmente) mobilizando a
articulação Antero/ posterior - cabeça do rádio em direção
ao úmero.
Também pode ser trabalhado póstero/anterior.
MOBILIZAÇÃO MMSS
MOBILIZAÇÃO ARTICULAÇÃO COTOVELO / ARTICULAÇÃO ÚMERO
ULNAR
Paciente deitado em decúbito dorsal;
Terapeuta posicionado lateralmente ao paciente;
Mão na fossa cubital do cotovelo do paciente;
Sempre mobilizando para fora e para baixo;
Movimento de decoaptação no sentido caudal a articulação
úmero/ulnar.
MOBILIZAÇÕES MMSS
MOBILIZAÇÃO ARTICULAÇÃO PUNHO / ARTICULAÇÃO RÁDIO
CARPAL
Paciente sentado ou decúbito dorsal
Terapeuta posicionado em frente ao paciente/ ao lado do
paciente
Mobilização articular antero posterior
Mobilização articular Póstero Anterior
Mob. articular com Desvio Lateral
Mob. articular com Desvio medial
Tração
MOBILIZAÇÃO COLUNA
CERVICAL
Iniciar mobilizando os processos espinhosos (Pontos mais altos no centro
da coluna)
Dedos posicionados descendo na região occipital;
Desce até cair em uma depressão na cervical;
Palpando profundamente nessa depressão, achamos um ossinho ->
Processo Espinhoso de C2
C1 - ATLAS > NÃO TEM PROCESSO ESPINHOSO, APENAS PROCESSOS Cervical
TRANSVERSOS. C1-C7
Mobiliza as vértebras sentido PÓSTERO/ ANTERIOR (perpendicular ao solo)
Mobilização particular da coluna cervical: Quando você mobiliza vértebra
por vértebra;
Mobiliza de 30seg a 1min e vai mobilizando de vértebra por vértebra (forma
rítmica).
MOBILIZAÇÃO COLUNA
TORÁCICA
Iniciar mobilizando os processos espinhosos (Pontos mais altos no centro
da coluna)
Palpando profundamente nessa depressão, achamos um ossinho ->
Processo Espinhoso de C2
Mobiliza as vértebras sentido PÓSTERO/ ANTERIOR (perpendicular ao solo)
Mobilização particular da coluna torácica: Quando você mobiliza vértebra
por vértebra; torácica
Mobiliza de 30seg a 1min e vai mobilizando de vértebra por vértebra (forma t1-t12
rítmica).
Importante respeitar os graus na fase aguda de dor do paciente;
Lombar / L1-L5
MOBILIZAÇÃO COLUNA
LOMBAR
Como achar as vértebras lombares?
Palpação da crista ilíaca/ vai em direção a linha média/ os dedos se posicionam
em L3/ contar duas vértebras acima - L1.
Iniciar mobilizando os processos espinhosos (Pontos mais altos no centro
da coluna)
Mobiliza as vértebras sentido PÓSTERO/ ANTERIOR (perpendicular ao solo)
Mobilização particular da coluna lombar: Quando você mobiliza vértebra
por vértebra;
Mobiliza de 30seg a 1min e vai mobilizando de vértebra por vértebra (forma
rítmica).
Importante respeitar os graus na fase aguda de dor do paciente;
MOBILIZAÇÃO MMII
MOBILIZAÇÃO ARTICULAÇÃO talo calcânea

Estabilização lateralmente - maléolo lateral


Mobilizar calcâneo de forma medial
Mãos perpendiculares
Força sentido lateral
Mão lateral - estabilizando articulação
Movimento curto de deslizamento lateral do calcâneo;
MOBILIZAÇÃO MMII
MOBILIZAÇÃO ARTICULAÇÃO talo calcânea

Estabilização medialmente - maléolo medial


Mobilizar calcâneo de forma lateral
Mãos perpendiculares
Força sentido medial
Mão medial - estabilizando articulação
Movimento curto de deslizamento medial do calcâneo;
MOBILIZAÇÃO MMII
MOBILIZAÇÃO DO TALUS

Trabalho para dorsiflexão;


Paciente com pé apoiado na perna do terapeuta
Uma mão na região posterior e distal da perna outra mão no
dorso do pé;
Mobilizar no sentido antero/posterior;
Exp mobilização ativa/ assistida: rebaixa o talus e empurra o
pé em dorsiflexão;
Associação dos micromovimentos com grandes movimentos;
técnica para ganho de ADM;
MOBILIZAÇÃO MMII
MOBILIZAÇÃO Articular tibiofemural

Paciente sentada;
Joelho relaxado, pra fora da maca, aproximadamente 90°;
Posicionar um rolinho de toalha na região posterior do joelho
pra melhorar angulação e quando a técnica for aplicada, o
joelho não ceder na almofada da maca. (caso necessário).
A técnica inicia-se envolvendo as duas mãos do terapeuta no
tornozelo do paciente, sem realizar pressão com as pontas
dos dedos e sim com a palma das mãos;
Aplica-se uma tração sentido caudal; (promove abertura
entre fêmur e tíbia)
Além disso, terapeuta faz passivamente a rotação da perna
lateralmente e medialmente para promover uma rotação
lateral e rotação medial em relação tíbia e fêmur;
Durante manobra é necessário manter a tração;
MOBILIZAÇÕES MMII
MOBILIZAÇÃO Articular Coxofemoral

MOBILIZAÇÃO Articular Coxofemoral


Paciente em decúbito dorsal;
Movimentos de:
Rotação interna
Rotação externa
Decoaptação Crânio/ Caudal
Decoaptação lateral Decoaptação lateral
Vibração

Decoaptação Crânio/caudal
MOBILIZAÇÕES MMII
MOBILIZAÇÃO Articular Coxofemoral

Paciente em decúbito dorsal;


Movimentos de:
Rotação interna
Rotação externa
Decoaptação Crânio/ Caudal
Decoaptação lateral
Vibração

Vibração

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