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terapia?
MEDICINA DIAGNÓSTICA
Psicóloga elenca os motivos que têm feito alguns deles repensarem na possibilidade
Quantos homens você conhece que faz terapia? Pesquisas apontam que o volume ainda é muito
baixo. De acordo com dados da plataforma de atendimento online, aterapia, de março a agosto deste
ano, a média do número de cadastros masculinos foi de 20%, sendo de 9,7% em março – mês com
menor número de cadastros.
Seja por motivos culturais ligados à masculinidade ou por acharem que não precisam, homens
acreditam que são naturalmente fortes, resistentes e tampouco ficam doentes, portanto, não precisam
de ajuda para lidar com a saúde mental.
A depressão acomete mais de 264 milhões de pessoas no mundo e é responsável por cerca de 800
mil mortes por suicídio todos os anos. Entre os homens, os dados são ainda mais alarmantes. O
Ministério da Saúde aponta que eles representam quatro vezes mais casos, chegando a 9,2 suicídios a
cada 100 mil, enquanto a taxa de mortalidade entre as mulheres é de 2,4.
Ansiedade, relacionamentos, estresse, insegurança e vida profissional, esse é o top 5 das motivações
que os levaram a procurar ajuda nos últimos seis meses, de acordo com a aterapia. Para Fabiane de
Faria, psicóloga e idealizadora do projeto, a desinformação é um motivo recorrente para que não se
procure ajuda.
“Muitos acreditam que depressão é sinônimo de fraqueza, o que na verdade é um mito”, pontua a
especialista Terapia Cognitivo Comportamental.
A seguir, ela lista cinco motivos para que você faça terapia. Confira:
É muito por conta desse autoconhecimento, da gente estar atento e em alerta, que conseguimos ter
inteligência emocional para agir diante de determinadas situações, reconhecer aquele campo. Ter
uma atitude mais certeira e não automática, para não recair no relacionamento com o outro. O
autoconhecimento faz esse mapeamento das nossas reações, fazendo com que a gente lide melhor
com elas.
2 – Ressignificação de crenças
Todos os acontecimentos que vivemos, os aprendizados, a família em que a gente nasce, faz com
que a gente vá formando crenças e essas acabam influenciando muito nas nossas ações. Se a gente
tem alguma crença disfuncional, precisamos trabalhar para reorganizá-las até que se tornem
funcionais.
É muito do manejo emocional. Aprendemos que toda emoção tem um significado, não existe boa e
emoção ruim, todas são necessárias. Mas é preciso saber como lidar com elas, fazer com que elas
funcionem de maneira adequada. A gente acaba não extrapolando.
É muito baseada também no manejo emocional, nessa capacidade de regular as nossas emoções, de
conhecer, de conseguir sentir tudo o que vem, mas não extrapolar. Por exemplo, se você tem uma
perda, é preciso sentir a tristeza, você tem que passar pelo luto, mas não deixar essa tristeza te
paralisar.
Fabiane Curvo de Faria: Psicóloga, formada pela PUC-Rio, com especialização em Terapia
Cognitivo Comportamental, e experiência na área de Terapia Dialética Comportamental. É
credenciada ao Employee Assistance Program, com atendimentos a mais de 200 empresas. Co-
fundadora da plataforma digital Sala de Ideias, na qual disponibiliza textos informativos sobre saúde
emocional. Além disso, é idealizadora da plataforma on-line aterapia.