Você está na página 1de 4

27/09 28/09 29/09 30/09 1º/10 2/10 3/10 4/10 5/10 6/10 7/10 8/10 9/10 10/10 11/10

8/10 9/10 10/10 11/10 11/10 12/10

MUITO DIFÍCIL (1D) MODERADO (4D) MUITO FÁCIL (8D)

DIFÍCIL (2D) FÁCIL (6D)


CRIME COMUM CRIME HEDIONDO OU EQUIPARADO
❑ Em regra, admite fiança. ❑ NÃO admite fiança.
❑ Admite liberdade provisória. ❑ Admite liberdade provisória.
❑ Admite a concessão de anistia, graça e indulto. ❑ NÃO admite a concessão de anistia, graça e indulto.
❑ O prazo da prisão temporária, quando cabível, será de 5 dias, ❑ O prazo da prisão temporária, quando cabível, será de 30 dias,
prorrogável por igual período. prorrogável por igual período.
❑ O regime inicial de cumprimento da pena pode ser fechado, ❑ O regime inicial de cumprimento da pena pode ser fechado,
semiaberto ou aberto. semiaberto ou aberto.
❑ Admite a substituição da pena privativa de liberdade por ❑ Admite a substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos (art. 44 do CP). restritiva de direitos (art. 44 do CP).
❑ Admite a concessão de sursis, cumpridos os requisitos do art. ❑ Admite a concessão de sursis, cumpridos os requisitos do art.
77 do CP. 77 do CP, salvo no caso do tráfico de drogas por força do art. 44
❑ O réu pode apelar em liberdade, desde que a prisão não seja da Lei n.º 11.343/2006.
necessária. ❑ O réu pode apelar em liberdade, desde que a prisão não seja
❑ Para a concessão do livramento condicional, o apenado deverá necessária.
cumprir 1/3 ou 1/2 da pena, a depender do fato de ser ou não ❑ Para a concessão do livramento condicional, o condenado não
reincidente em crime doloso. pode ser reincidente específico em crimes hediondos ou
❑ Para que ocorra a progressão de regime, o condenado deverá equiparados e terá que cumprir mais de 2/3 da pena.
cumprir menos tempo como requisito objetivo. ❑ Para que ocorra a progressão de regime, o condenado deverá
❑ A pena do art. 288 do CP (associação criminosa) é de 1 a 3 cumprir mais tempo como requisito objetivo.
anos. ❑ A pena do art. 288 do CP (associação criminosa) será de 3 a 6
anos quando a associação for para a prática de crimes
hediondos ou equiparados.
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS COMO CRIMES HEDIONDOS

a) Sistema legal: cabe ao legislador listar exaustivamente (numerus clausus) os crimes que são hediondos. Se um crime
está nesta lista, o juiz deve considerá-lo hediondo, independentemente da gravidade da conduta específica no caso. A
vantagem é a certeza na aplicação da lei, pois só são considerados hediondos os crimes listados pelo Legislativo. Porém,
isso dá ao Congresso Nacional a liberdade de classificar qualquer crime como hediondo, possivelmente por pressão da
mídia ou da população, como aconteceu com a falsificação de medicamentos.

b) Sistema judicial: o juiz tem a liberdade de decidir se uma conduta é hedionda com base nas circunstâncias específicas
do caso. Isso permite uma maior flexibilidade na classificação, dependendo dos detalhes fáticos de cada situação. No
entanto, isso pode trazer insegurança jurídica, uma vez que a decisão é baseada em critérios subjetivos do juiz.

c) Sistema misto: o legislador fornece um conceito de crime hediondo e alguns traços característicos desses crimes. Com
base nesta definição, o juiz decide se uma conduta específica é hedionda. Este sistema combina elementos dos dois
anteriores, mas também pode levar à insegurança jurídica.

➢ Sistema adotado pela Lei n.º 8.072/90: o Brasil adotou o sistema legal. Para saber se um crime é hediondo, é preciso
apenas consultar o art. 1º da Lei n.º 8.072/90. Se o crime estiver listado ali, é hediondo. Se não estiver, não é
considerado hediondo, independentemente da gravidade do caso específico. Este sistema não pode ser alterado por
analogia ou interpretação extensiva.
Art. 1º. São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados:

I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido
por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX);
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida de morte (art. 129,
§ 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão
dessa condição;
II - roubo:
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V);
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de
fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B);
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º);

Você também pode gostar