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Sumário
Avaliação ..................................................................................................................................... 4
Ombro ........................................................................................................................................... 6
Cotovelo ....................................................................................................................................... 8
Punho e mão ................................................................................................................................ 9
Quadril ........................................................................................................................................ 11
Joelho ......................................................................................................................................... 13
Tornozelo e pé ............................................................................................................................ 15
Cervical ....................................................................................................................................... 17
Lombar ........................................................................................................................................ 19
Bursite subacromial.......................................................................................................................22
Capsulite adesiva.......................................................................................................................... 23
Lesões de manguito rotador ..................................................................................................... 24
Lesões SLAP ................................................................................................................................. 25
Osteoartrose de ombro ............................................................................................................. 26
Síndrome do Impacto................................................................................................................ 27
Tendinite calcária ...................................................................................................................... 28
Instabilidade de ombro ............................................................................................................. 29
Fraturas de clavícula ................................................................................................................. 31
Fraturas do úmero proximal ...................................................................................................... 32
Ruptura da cabeça longa do bíceps ..................................................................................... 35
Epicondilite medial .................................................................................................................... 35
Epicondilite lateral ..................................................................................................................... 36
Luxação posterior do cotovelo ................................................................................................ 37
Fratura do rádio ......................................................................................................................... 37
Síndrome do túnel do carpo..................................................................................................... 38
Tenossinovite de Quervain ........................................................................................................ 39
Radiculopatia ............................................................................................................................. 41
Cervicobraquialgia .................................................................................................................... 42
Hérnia de disco .......................................................................................................................... 42
Espondilolistese ........................................................................................................................... 43
Pubalgia ...................................................................................................................................... 46
Impacto femoroacetabular...................................................................................................... 47
2
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Bursite trocantérica .................................................................................................................... 48
Síndrome do piriforme ............................................................................................................... 49
Fratura de quadril ...................................................................................................................... 50
Lesão labral ................................................................................................................................ 52
Osteoartrite/ Artrose/ Gonartrose ............................................................................................. 53
Reconstrução do ligamento cruzado anterior ........................................................................ 54
Lesões meniscais ........................................................................................................................ 55
Condromalácia patelar...............................................................................................................56
Entorse de tornozelo.....................................................................................................................57
Ruptura do tendão de aquiles....................................................................................................58
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Avaliação
Para avaliar os membros superiores você poderá seguir a ordem:
Anamnese; Testes específicos;
Escala de força
ESCALA DE KENDALL
GRAU DESCRIÇÃO
0 Sem evidência de contração muscular
1 Evidência de contração muscular, sem movimento articular
2 Amplitude de movimento incompleta
3 Amplitude de movimento completa contra a gravidade
4 Amplitude de movimento completa contra a gravidade e
resistência manual submáxima
5 Amplitude de movimento completa contra a gravidade e
resistência manual máxima
Testes específicos
Segundo o livro Netter Exame Clínico Ortopédico – Uma abordagem baseada em
evidências, a avaliação dos exames diagnósticos envolve a análise de uma série de
propriedades, incluindo a confiabilidade e a precisão diagnóstica. A Confiabilidade é o
grau de consistência com que uma ferramenta ou qualificador mede um atributo
particular e a Precisão Diagnóstica é medida de concordância entre o exame clínico e
um padrão de referência, os exames e as medidas clínicas não podem nunca confirmar
ou excluir a presença de uma doença específica.
5
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Ombro
Palpação
Clavícula, articulação glenoumeral, articulação esternoclavicular, articulação
acromioclavicular, bolsa subacromial, manguito rotador, sulco intertubercular, músculo
bíceps braquial, músculo deltoide, músculo trapézio e escápula.
Goniometria
Flexão: 180º Abdução: 180º
Adução: 40º
Testes de força
Avaliar os músculos: corabraquial, supraespinal, infraespinal, subescapular deltoide
anterior, deltoide posterior, deltoide fibras médias, peitoral maior superior, peitoral maior
inferior, peitoral menor, redondo menor, redondo maior, subescapular, grande dorsal,
trapézio, romboide maior, romboide menor, levantador da escápula e serrátil anterior.
Anotações
6
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Testes específicos
*Retirado do livro Manual Fotográfico de testes Ortopédicos e Neurológicos – Joseph Cipriano
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Cotovelo
Palpação
Epicôndilo medial, epicôndilo lateral, olecrano, tríceps, bíceps e fossa cubital
Goniometria
Cotovelo Radioulnar
Flexão: 145º Prono/Supino: 90º
Extensão: 0º
Testes de força
Avaliar os músculos: Braquiorradial, tríceps, ancôneo, flexores do cotovelo, supinador,
bíceps, pronador redondo e pronador quadrado.
Testes específicos
*Retirado do livro Manual Fotográfico de testes Ortopédicos e Neurológicos – Joseph Cipriano
8
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Punho e mão
Palpação
Tendões flexores, tendões extensores, túneo do carpo, canal de guyon, processo estiloide
do rádio, processo estiloide da ulna, eminência tenar e eminência hipotênar.
Goniometria
Punho Interfalângicas Proximais
Flexão: 90º Flexão: 110º
Extensão 70º Extensão: 10º
Abdução: 20º
Adução: 20º
Testes de força
Avaliar os músculos: Extensor ulnar do carpo, extensor radial longo do carpo, extensor
radial curto do carpo, flexor ulnar do carpo, flexor radial do carpo, flexor profundo dos
dedos, flexor superficial dos dedos, extensor dos dedos, palmar longo, palmar curto,
lumbricais, interósseos palmares, interósseos dorsais, flexor do dedo mínimo, abdutor do
dedo mínimo, oponente do dedo mínimo, abdutor do dedo mínimo, extensor curto do
polegar, extensor longo do polegar, flexor curto do polegar, flexor longo do polegar,
oponente do polegar, abdutor curto do polegar e adutor do polegar.
9
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Testes esp ecíficos
*Retirado do livro Manual Fotográfico de testes Ortopédicos e Neurológicos – Joseph Cipriano
Anotações
10
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Quadril
Palpação
Crista ilíaca, espinha ilíaca anterossuperior, espinha ilíaca anteroinferior, trocanter maior,
triângulo femoral (é limitado superiormente pelo ligamento inguinal, medialmente pelo
músculo adutor longo e lateralmente pelo músculo sartório), músculo tensor da fáscia lata,
músculo iliopsoas, músculos que compõe o quadríceps.
Goniometria
Flexão: 125º Abdução: 45º
Testes de força
Avaliar os músculos: isquiotibiais (bíceps femoral, semitendíneo e semimembránaceo),
grácil, quadríceps, ilipsoas, psoas menor, sartório, tensor da fáscia lata, adutores, rotadores
mediais, rotadores laterais, glúteo mínimo, glúteo médio e glúteo máximo.
Anotações
11
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Testes específicos
*Retirado do livro Manual Fotográfico de testes Ortopédicos e Neurológicos – Joseph Cipriano
Anotações
12
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Joelho
Palpação
Patela, tendão do quadríceps, tendão patelar, quadríceps, bolsa anterior do joelho,
côndilo medial, côndilo lateral, platô tibial, ligamento colateral medial, ligamento
colateral lateral, trato iliotibial e fossa poplítea.
Goniometria
Flexão: 140º Extensão: 0º
Testes de força
Avaliar os músculos: isquiotibiais (bíceps femoral, semitendíneo e semimembránaceo),
grácil, quadríceps, ilipsoas, psoas menor, sartório, tensor da fáscia lata, adutores, rotadores
mediais, rotadores laterais, glúteo mínimo, glúteo médio, glúteo máximo, sóleo e
gastrocnêmios.
Anotações
13
@diuli_fisio
Testes específicos
*Retirado do livro Manual Fotográfico de testes Ortopédicos e Neurológicos – Joseph Cipriano
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Tornozelo e pé
Palpação
Maleolo medial, maléolo lateral, ligamento deltoide, tendões: tibial posterior, flexor longo
dos dedos e flexor longo do hálux, fibular longo, fibular curto, tibial anterior, extensor longo
dos dedos; tendão do calcâneo, bolsa calcaneana, bolsa retrocalcaneana
Goniometria
Tornozelo Flexão do 2º ao 5º dedo: 40º
Plantiflexão: 45º
Interfalangiana proximal
Testes de força
Avaliar os músculos: fibular longo, fibular curto, tibial posterior, tibial anterior, extensor
longo dos dedos, extensor curto dos dedos, flexor longo dos dedos, quadrado plantar,
flexor curto dos dedos, extensor longo dos dedos, flexor longo do hálux, flexor curto do
hálux, abdutor do hálux e adutor do hálux.
Anotações
15
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Testes específicos
*Retirado do livro Manual Fotográfico de testes Ortopédicos e Neurológicos – Joseph Cipriano
Anotações
16
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Cervical
Palpação
Musculatura cervical intrínseca, esternocleidomastoideo, trapézio, processos espinhosos
e articulações das facetas.
Goniometria
Testes de força
Avaliar os músculos: Flexores do pescoço, flexores antero-laterais, flexores póstero-laterais
e parte superior do trapézio
Anotações
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Testes específicos
*Retirado do livro Manual Fotográfico de testes Ortopédicos e Neurológicos – Joseph Cipriano
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Lombar
Palpação
Processos espinhosos, músculos vertebrais intrínsecos, quadrado lombar, glúteos, piriforme,
nervo isquiático
Goniometria
Testes de força
Avaliar os músculos: Extensores do tronco, flexores do tronco, flexores laterais do tronco,
flexores oblíquos do tronco,
Anotações
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Testes específicos
*Retirado do livro Manual Fotográfico de testes Ortopédicos e Neurológicos – Joseph Cipriano
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Patologias
Membro superior
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Bursite subacromial
A bursa é um saco cheio de líquido A bursite crônica leva ao
encontrado em vários locais do corpo desenvolvimento de dor constante
humano. É usado para lubrificar devido a um processo inflamatório
articulações e superfícies corporais que crônico que ocorre na bursa, que
estão expostas a um maior desgaste e também pode levar à fraqueza e
atrito. A bolsa subacromial é limitada eventual ruptura dos ligamentos e
superiormente pelas fibras do ligamento tendões circundantes. Em alguns casos
acromial, coracoide e coroacromial e de bursite crônica, poderá haver o
pelo músculo deltoide e inferiormente desenvolvimento de tendinite. A bursite
pelo supraespinal. recorrente pode ocorrer em pacientes
expostos a traumas repetitivos ou
Qualquer situação que cause
atividades gerais de rotina.
processo inflamatório na Bursa pode levar
à bursite, algumas etiologias incluem: O paciente relata dor pontual e
impacto subacromial, uso excessivo, sensibilidade na região anterolateral do
trauma direto, deposição de cristal, ombro e sem irradiação. A amplitude de
infecção ou doença autoimune. A movimento durante a abdução fica
inflamação na Bursa subacromial pode reduzida, pois o úmero comprime a bursa
aumentar a formação de fluído e na parte inferior do acrômio. A bursite se
colágeno pelas células sinoviais da bursa. manifesta geralmente após um trauma
O líquido geralmente é rico em fibrina e sofrido, um impacto direto ao ombro ou
pode se tornar hemorrágico. A bursite história pregressa de movimentos
pode se subdividir em fases: aguda, repetitivos, como esportes que exigem os
crônica e recorrente. A fase aguda é movimentos acima da cabeça ou
marcada por inflamação local com trabalhos com levantamento de caixas e/
líquido sinovial espessado. Essa condição ou trabalho que requer muita força ou
resulta em movimentos dolorosos, pois a força prolongada da parte superior do
bursa sofre atrito entre a cabeça do braço.
úmero e o supraespinal ou com o deltoide
(superiormente).
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Capsulite adesiva
A capsulite adesiva descrita alterações limitam a mobilidade e acaba
também como o ombro congelado, é gerando dor, a dor provocada pelo
caracterizada por dor, rigidez articular movimento da origem a contraturas
fibrosa de origem capsular, de início musculares e retrações miotendíneas
insidioso, muitas vezes relacionada a secundárias.
períodos de desuso do ombro, de
Classificação Sinais
evolução arrastada, associada ou não a
Estágio I – pré Há reação inflamatória sinovial
outras doenças e que, em muitos casos, adesivo
Estágio II – Há sinovite proliferativa e início
pode evoluir espontaneamente para Sinovite adesiva do colabamento das paredes
aguda dos recessos articulares e
cura. aderências da cápsula na
cabeça do úmero
A sua fisiopatologia ainda não é Estágio III – Há regressão da sinovite e
Maturação franco colabamento do recesso
bem descrita pois não há certezas de axilar
Estágio IV – As aderências estão retraídas e
como se origina, em um artigo da Revista Crônico restrigem fortemente os
movimentos da cabeça do
Brasileira de Ortopedia descreve que as úmero em relação a cavidade
alterações histológicas inflamatórias e glenoide.
Segundo Dutton, os fatores
fibrosas da cápsula articular e do
associados com a capsulite adesiva
revestimento sinovial do ombro
incluem mulheres, mais de 40 anos,
responsáveis pela obliteração dos
trauma, diabetes, imobilização
recessos articulares, principalmente do
prolongada, doenças na tireoide,
recesso axilar, e aderências da cápsula às
acidente vascular encefálico, infarto
estruturas circunvizinhas, inclusive à
agudo do miocárdio e presença de
cabeça do úmero, essas alterações
doenças autoimunes.
provocam retração da cápsula com
diminuição drástica da sua capacidade O tratamento convencional
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Lesões SLAP
O lábio superior é de tecido fibroso e
com menor vascularização, quando
Grau Característica
comparada a outras porções, tem forma
Tipo I Lesão degenerativa assintomática,
triangular, porém ele pode ser de forma marcada pela fibrilação do lábio
Tipo II Marcado pela desinserção do
meniscal com margem livre interna, complexo bíceps-labral com
cobrindo parcialmente a parte superior instabilidade do lábio, esse é o tipo
mais frequente encontrado
da superfície articular da glenoide. O Tipo III Lesão em alça de balde do lábio,
complexo bíceps labral superior é de com migração inferior do fragmento
destacado
extrema importância para a estabilidade Tipo IV Lesão em alça de balde com
do ombro. continuidade para o tendão da
cabeça longa do bíceps braquial
Normalmente há outras patologias Tipo V É considerada uma lesão das
porções superior, inferior e anterior
associadas com sintomas semelhantes, o do lábio da cavidade glenoidal
paciente se queixará de dor na região Tipo VI Presença de um flap no lábio
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Síndrome do Impacto
A síndrome do impacto é dividida estimulação elétrica nervosa
em três estágios evolutivos. No estágio I o transcutânea (TENS), ultrassom e laser,
paciente apresenta edema e hemorragia ressaltando a importância da
no tendão do supraespinhal, comuns em configuração dos aparelhos para um
jovens. No estágio II, apresentam tendinite bom resultado nos atendimentos,
e fibrose do tendão, indivíduos com lembrando que somente os aparelhos
aproximadamente 30 e 40 anos. No não resolverá o problema, será um
estágio III, evolui para ruptura do tendão, complemento para o atendimento
em indivíduos maiores de 45 e 50 anos. fisioterapêutico. Exercícios passivos e o
alongamento do membro superior são
A avaliação deverá ser minuciosa,
iniciados dando ênfase nos rotadores
avaliando a intensidade, localização, tipo
mediais e laterais. Após essa fase,
e periodicidade da dor, poderá
exercícios de fortalecimento do manguito
apresentar fraqueza e parestesia na
rotador e dos músculos periescapulares
extremidade afetada. A amplitude de
são iniciadas. O tratamento cirúrgico será
movimento deve ser avaliada
indicado quando o método conservador
bilateralmente para análise comparativa.
não se apresentar eficaz e o paciente ter
Manobras provocativas como Teste de
recidivas da síndrome do impacto. O
Neer, Teste de Hawkins e Sinal do sulco
procedimento cirúrgico na síndrome do
são utilizadas para auxiliar no diagnóstico
impacto subacromial consiste na
fisioterapêutico.
acromioplastia, ressecção do ligamento
O tratamento é variável para cada
coracoacromial e bursectomia, se
tipo de estágio, podendo ser conservador
possível via artroscópica.
ou cirúrgico. Poderá ser indicado uso de
anti-inflamatórios, analgésicos e gelo. A
reabilitação é fundamental para o
processo de recuperação do paciente, o
primeiro passo é realizar analgesia,
podendo usar recursos analgésicos como
gelo e recursos da eletroterapia como
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Tendinite calcária
A tendinite calcária de ombro é diária e ausência de melhora após
uma calcificação nos tendões onde há tratamento conservador. Pode ser
um acúmulo da deposição de sais de realizado tanto por abordagem
cálcio na região do manguito rotador, artroscópica, quanto aberta. Dentre
tornando-se uma calcificação reativa vários estudos, chega-se ao consenso de
que gera dor e diminuição da amplitude que o tratamento conservador é eficaz
de movimento. A patogenia é de origem ao ponto de substituir a intervenção
idiopática, mas alguns estudos citam que cirúrgica. O fisioterapeuta poderá utilizar
a relação se dá pela hipóxia tecidual e recursos como o ultrassom que mostram a
pressão mecânica local. A melhora pode redução da dor e aumento da
acontecer naturalmente com a funcionalidade do membro acometido.
drenagem natural da calcificação do Outra técnica a ser utilizada são os
espaço. recursos terapêuticos manuais,
restaurando a função de forma
Acomete com mais frequência
satisfatória do ombro acometido.
mulheres de 30 a 60 anos e em 25% a 30%
Também podemos ressaltar a técnica de
dos casos avaliados essa condição é
Maitland para diminuir a dor e recuperar
bilateral. O tratamento conservador é o
amplitude de movimento. O tratamento
de escolha, com bons resultados
que mais mostrou diferença de resultados,
observados na maioria dos pacientes, o
foi o tratamento por ondas de choque
uso de analgesia oral, infiltrações de
quando comparada com a cirurgia
anestésicos e corticosteroides,
artroscópica, e tem como resultado a
fisioterapia, barbotagem (perfuração da
equivalência de resultados clínicos, logo,
calcificação) e terapia de ondas de
a terapia por ondas de choque deve ser
choques são os tratamentos mais
preconizada, devido à sua não
utilizados. O tratamento cirúrgico é
invasividade. Pacientes que se
indicado na falha de tratamento
beneficiam das ondas de choque
conservador. As principais indicações
extracorpórea, desempenham um papel
para o tratamento cirúrgico são:
chave em um tratamento bem-sucedido
progressão dos sintomas, dor constante
a longo prazo.
interferindo com as atividades da vida
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Instabilidade de ombro
Refere-se a incapacidade de - Ligamento glenoumeral inferior -
manter a cabeça do úmero na cavidade restrição estática primária contra
glenoide. As estruturas ligamentares e translação anterior, posterior e inferior
musculares estão gerando uma quando o úmero é abduzido além de 45
estabilidade articular equilibrada, se a graus;
integridade de qualquer uma dessas - Lábio glenoidal - aumenta a
estruturas for interrompida poderá gerar profundidade da cavidade glenoidal e
instabilidade atraumática ou traumática. aumenta a estabilidade em até 50%;
A instabilidade atraumática - Pressão intra-articular negativa - auxilia
comumente resulta de movimentos na maximização da congruência
repetitivos acima da cabeça ou de articular.
características congênitas das Os mecanismos de propriocepção
articulações. Mecanismos traumáticos da articulação do ombro foram
de lesão podem resultar em luxações investigados e estão intimamente
francas onde há perda de integridade relacionados à resposta dos
da articulação. A instabilidade pode estabilizadores musculares dinâmicos.
ocorrer anteriormente, posteriormente Sugere que a instabilidade do ombro
ou em várias direções, pode ser devido a lesão ou falha dos
independentemente do mecanismo de elementos estabilizadores
lesão. Os elementos capsulo capsuloligamentares estáticos, que
ligamentares estáticos, são estão apoiando a terminação aferente
considerados os principais sensível, esta alteração dos elementos
estabilizadores da articulação . estabilizadores passivos causa um
distúrbio ou atraso na entrega do sinal
- Ligamento glenoumeral superior
proprioceptivo causando um atraso e /
- limita a translação anterior e inferior do
ou erro de coordenação da resposta
úmero aduzido;
muscular correspondente.
- Ligamento glenoumeral medial -
O mecanismo de estabilização
limita a translação anterior na faixa
dinâmica é então alterado e a perda
inferior e média da abdução;
da congruência articular é facilitada. Os
estabilizadores dinâmicos ajudam a
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segurar a cabeça do úmero durante o cada paciente deve ser individualizado
movimento: para atingir seus objetivos específicos.
1. Primário: Músculos do manguito - Educação para prevenir a recorrência
rotador, cabeça longa do bíceps e - Reeducação postural
deltóide - Treinamento de controle motor de
2. Secundário: Redondo maior, latíssimo músculos específicos durante atividades
do dorso e peitoral maior. funcionais (músculos do manguito
3. Intervalo do manguito rotador: Este rotador e estabilizadores escapulares)
intervalo é uma área de formato - Fortalecimento em particular dos
triangular encontrada no ombro, com músculos deltoide, manguito rotador e
bordas observadas abaixo. Um grande estabilizadores escapulares
intervalo rotador permite maior - Alongamento em particular das
translação anterior da cabeça do estruturas posteriores do ombro, peitoral
úmero devido à falta de estruturas que maior e menor e quaisquer outros
suportam a cápsula articular músculos com deficiências de
anteriormente. flexibilidade
Borda superior: margem anterior do - Terapia manual visando deficiências
supraespinhal de mobilidade nas articulações
Borda inferior: subescapular glenoumerais, acromioclaviculares,
úmero torácica.
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Fraturas de clavícula
Considerado o osso mais fraturado resultados positivos, a utilização de tipoia
do corpo humano, justificado pelo seu ou da imobilização surgem o mesmo
tamanho, formato e fragilidade, é o osso efeito. O procedimento cirúrgico é eficaz
responsável pela largura dos ombros e faz com que o processo de
posicionamento da escápula e direção recuperação seja menor pois a
da glenoide. As fraturas apresentam 2,6% consolidação óssea é realizada em
a 4% das fraturas dos adultos e 35% das menor tempo. O tratamento cirúrgico tem
fraturas do ombro. Acometem também aumentado nos últimos anos devido ao
muitos idosos, com predominância tratamento mostrar eficiência, isso pode
feminina, e nas extremidades da ser pelos avanços das tecnologias dos
clavícula, é comum o trauma direto como implantes para fixação e melhora da
o agente desencadeante. técnica operatória. Os implantes mais
comuns realizado na cirurgia são as
A fratura da clavícula produz dor,
placas e hastes. As placas permitem
deformidade e limitação funcional do
maior rigidez ao sistema, com
ombro. Todo o membro deverá ser
mobilização precoce e menos dor. Não
avaliado para descartar possíveis
muito frequente, os fixadores externos são
alterações neurológicas e vasculares.
opções para tratamento da fratura da
Através da radiografia é possível detectar
clavícula, porém é mais utilizado quando
a fratura, sendo recomendado duas
a fratura foi exposta com perda
incidências. As fraturas são classificadas
significativa de cobertura cutânea ou
de acordo com a Classificação de Craig,
sinais infecciosos. As fraturas que não
que subdivide em fraturas dos terços
apresentam desvios são tratadas de
lateral e medial em tipos específicos,
modo conservador, já as que apresentam
essas fraturas estarão descritas abaixo:
desvios devem ser indicadas para o
Classificação de Craig tratamento cirúrgico.
Grupo II - Fratura do terço distal são tratadas sem cirurgia, tem altas taxas
de não consolidar, de apresentar
As fraturas sem desvio são de
deformidade, paciente relatar dor e
tratamento conservador e resultam em
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@diuli_fisio
déficit funcional. Deve ser necessário costoclavicular. São tratamentos não
recuperar o comprimento da clavícula, cirúrgico na maioria das vezes. A cirurgia
podendo ser necessária a colocação de só estará sendo indicada caso haja
enxertos ósseos. Entre os implantes comprometimento no mediastino.
utilizados, destacam-se as placas
Entre outras possíveis complicações
bloqueadas, em gancho e fios de Kishner.
são restrições da amplitude de
Fraturas mediais da clavícula são movimento, artrose acromioclavicular
de difíceis diagnóstico, são raras, na pós-traumática, fraqueza, deformidade,
maioria das vezes extra-articulares e
síndrome do desfiladeiro torácico,
minimamente desviadas. A estabilidade
refratura, infecção e cicatriz hipertrófica.
irá depender do ligamento
33
@diuli_fisio
Fraturas em três e quatro partes são: arco de movimento. Exercícios
isométricos do manguito rotador e de
- As fraturas são tratadas cirurgicamente,
amplitude de movimento devem ser
a tomografia computadorizada é
realizados durante os próximos seis meses.
essencial para quantificar os desvios dos
Existem complicações como por
fragmentos, classificar a fratura e inferir a
exemplo, o ombro congelado que causa
viabilidade da cabeça do úmero e as
rigidez pós-traumática do ombro
características mecânicas do osso. Essa
causando restrição de movimento e
fratura também poderá estar associada a
perda de abdução e rotação externa.
luxações e o tratamento é mais difícil. A
Consolidação viciosa que é inevitável em
redução dos fragmentos deve ser
fraturas do úmero que são tratadas
planejada pré-operatoriamente e
conservadoramente. Pseudoartrose é
realizada separadamente para cada um
uma complicação rara, mas debilitante;
dos fragmentos no intraoperatório. A
paciente apresenta dor, rigidez e perda
vascularização da cabeça deve ser
de função do braço. Osteonecrose da
preservada durante o procedimento
cabeça do úmero ocorre como
cirúrgico, evitando exposições
consequência da perda de aporte
desnecessárias dos fragmentos fraturados
sanguíneo da superfície articular e do
e a sua preservação está relacionada
osso subcondral, evoluindo para o
com a técnica cirúrgica empregada.
colapso articular; o paciente apresentará
Existem também fraturas de três e quatro
dor, rigidez e perda de função; nos casos
partes associadas a luxações, que são
sintomáticos, o tratamento baseia-se na
lesões com piores diagnósticos, mais difícil
artroplastia do ombro, podendo ser
e com mais dificuldade para o
hemiartroplastia, artroplastia total ou
tratamento, sem contar o risco de evoluir
artroplastia reversa, dependendo da
para necrose avascular.
avaliação do envolvimento da glenoide e
Após o procedimento cirúrgico o
da função do manguito rotador.
paciente ficara com tipoia entre quatro e
seis semanas, o período de mobilização
dependerá da estabilidade da fixação
cirúrgica. A fisioterapia é imprescindível
na reabilitação motora, iniciando com
exercícios pendulares e em seguida
exercícios controlados para ganho de
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@diuli_fisio
Ruptura da cabeça longa do bíceps
A ruptura do tendão geralmente uma recuperação funcional e muscular
resulta da contração repentina do completa.
bíceps associada à flexão resistida do
cotovelo e supinação do A fisioterapia inicia com
Epicondilite medial
Epicondilite medial ou " cotovelo de que não está totalmente recuperado. O
jogador de golfe" é uma lesão de termo tendinopatia vem sendo usado ao
sobrecarga tendinosa que leva invés de tendinite , outra terminologia
Epicondilite lateral
A epicondilite lateral também antebraço, esses músculos se originam na
conhecida como "Cotovelo de tenista", é região epicondilar lateral do úmero distal.
a síndrome de uso excessivo mais comum
Sobrecargas contráteis que
no cotovelo, é uma lesão tendinosa que
estressam cronicamente o tendão
envolve os músculos extensores do
próximo à inserção no úmero são a
principal causa da epicondilite. Ocorre
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@diuli_fisio
frequentemente em atividades repetitivas origem dos músculos extensores do
da extremidade superior, como uso de antebraço no epicôndilo lateral. Mais
computador, levantamento de peso, comumente, o extensor radial curto do
pronação e supinação forçada do
antebraço e vibração repetitiva. Apesar carpo está envolvido, mas outros
outros esportes, como squash, badminton, extensor ulnar do carpo. O sintoma mais
Fratura do rádio
As fraturas do rádio distal são uma responsáveis por um sexto de todas as
das fraturas mais comuns da fraturas no departamento de
extremidade superior em adultos, sendo emergência. Normalmente, há uma
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história de queda ou trauma Fratura de Smith: Trata-se de um
semelhante na extremidade superior, Colles reverso, haverá um
dor e edema no antebraço ou punho, deslocamento volar resultante de uma
hematomas e deformidade no punho queda sobre o punho flexionado e com
ou antebraço também são possíveis. As o antebraço fixado em supinação.
fraturas do rádio distal em adultos jovens Fratura de Barton: e uma fratura
são geralmente resultado de um trauma intra-articular com subluxação ou
de alta energia, já em adultos mais luxação do osso do carpo.
velhos, são o resultado de um trauma de Os tratamentos poderão ser
baixa energia, como uma queda da conservadores (com a utilização de
própria altura. tipoias ou gesso) ou cirúrgicos. Após o
Tipos de fraturas período de imobilização, a fisioterapia
Fratura de Colles: devido a uma deverá ser iniciada com objetivo de
queda com a mão estendida haverá diminuir o quadro álgico, restaurar a
um deslocamento extra-articular dorsal amplitude de movimento e progredindo
ou intra-articular do rádio (mais de 90% para o fortalecimento da musculatura.
das fraturas de rádio são fraturas de
Colles).
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em diminuição do quadro álgico com
terapia manual e recursos de
eletrotermofototerapia e ganho de
mobilidade articular. Caso o tratamento
conservador não seja eficaz, a opção é
o tratamento cirúrgico com liberação
do túnel do carpo, aumentando o
espaço e diminuindo a pressão sobre o
nervo mediano.
Tenossinovite de Quervain
A tenossinovite de Quervain é uma deverá receber instruções sobre como
condição inflamatória e dolorosa que evitar movimentos repetitivos para não
afeta o tendão extensor curto do agravar o quadro. Caso não haja
polegar e o tendão do abdutor longo sucesso no tratamento, injeções de
do polegar, esses músculos se localizam corticoesteroide são indicadas e em
na face dorsal do antebraço e vão para casos mais graves a cirurgia poderá ser
a face lateral do polegar. Os sinais uma alternativa. Na fisioterapia,
incluem dor durante a abdução do mobilizações, medidas analgésicas e
polegar e quando realizado o desvio fortalecimento progressivo deverá fazer
ulnar, alguns pacientes referem parte do programa de tratamento.
espessamento e edema na região,
diminuição da amplitude de
movimento, crepitação, fraqueza e
parestesia.
As causas podem ser lesão por uso
excessivo, trauma, movimentos
repetitivos e gestante. O tratamento
consiste em medicamentos e
fisioterapia, em alguns casos uma tala
para o polegar é indicada, o paciente
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Patologias
Coluna
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Radiculopatia
A radiculopatia é uma
compressão mecânica em cima de
uma raiz nervosa, pode ser secundária à
outras alterações como degeneração
do disco intervertebral, osteoartrite,
espondilolistese ou hipertrofia
ligamentar. A radiculopatia pode
ocorrer em qualquer área da coluna,
mas é comumente encontrada na
região cervical. Normalmente, a
compressão ocorre no local da origem
da raiz do nervo ou próximo a ele e a dor
e os sintomas são irradiados para a O dermátomo é uma área,
inervada por nervos sensoriais
parte do corpo onde aquele nervo faz o
que tem origem em apenas uma
suprimento. raiz nervosa
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Cervicobraquialgia
A cervicobraquialgia caracteriza- exercícios físicos específicos, TENS,
se por uma dor cervical com irradiação termoterapia fazem parte de um
para o membro superior, podendo tratamento conservador que é eficaz no
apresentar dor, parestesia, fraqueza e manejo da limitação da dor ou na
edema na região do pescoço e do incapacidade.
ombro. A cervicobraquialgia pode ser o
resultado de uma radiculopatia
cervical, produzida por lesões que
afetam os segmentos de movimento de
C5, C6 e C7 e também decorrente de
compressão neurogênica e/ ou vascular
no desfiladeiro torácico, nesse caso, o
plexo braquial pode ser comprimido
devido ao estreitamento dos espaços
nesta região.
O objetivo primário será a
redução de dor, as técnicas manuais,
Hérnia de disco
A hérnia de disco é uma condição Existem quatro estágios da hérnia
a qual o núcleo pulposo é deslocado do de disco: protuberância, protusão,
espaço intervertebral. extrusão e sequestro.
Os discos intervertebrais consistem Abaulamento: Extensão da margem do
em um anel fibroso, um núcleo pulposo disco além das margens das placas
e duas placas terminais cartilaginosas. A terminais vertebrais adjacentes
hérnia de disco ocorre quando parte ou
todo núcleo pulposo se projeta através
do anel fibroso.
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longitudinal posterior é rompido. Uma
parte do núcleo pulposo projetou-se
para o espaço epidural
Espondilolistese
A espondilolistese é uma projeção Grau I: 0-25%
anterior de uma vértebra e é graduada Grau II: 25-50%
com base no grau de deslizamento Grau III: 50-75%
(Classificação de Meyerding). Grau IV: 75-100%
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fraqueza muscular, espasmos nos
isquiotibiais, distúrbios de coordenação
e equilíbrio, dificuldade para caminhar
e em casos mais graves perda de
controle do intestino ou bexiga podem
ser característica da doença.
O tratamento baseia-se na
Os pacientes podem apresentar
diminuição do quadro álgico, aliviar as
dor localizada ou irradiada, podendo
tensões da junção lombossacral e
exacerbar ao se estender no segmento
trabalhar o fortalecimento dos músculos
afetado. Parestesia, diminuição da
do CORE.
amplitude de movimento, atrofia,
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Patologias
Membros inferiores
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Pubalgia
A pubalgia é uma síndrome apresentará dor na região inguinopúbica,
doloroso na região da sínfise púbica e normalmente unilateral, com possível
das estruturas adjacentes, podendo ter irradiação para a parte medial da coxa
origem nas lesões ortopédicas, nas até o joelho e também para os testículos.
doenças geniturinárias e do trato A palpação da sínfise púbica é dolorosa,
gastrointestinal. assim como a dos tendões, que poderão
A pubalgia crônica é uma lesão apresentar diferenças de tensão entre os
de esforço repetitivo causada pelo lados. A intensidade da dor é aumentada
excesso de uso no esporte, sendo pela contração resistida e estiramento
observada em várias modalidades dos músculos adutores e abdominais
esportivas. Uma das consequências é o (manobra de grava).
desequilíbrio entre músculos adutores a
O tratamento conservador é a
abdominais, enquanto os músculos
primeira opção para o diagnóstico de
adutores estão fracos, os músculos
pubalgia. Para o manejo da dor do
abdominais estão hiperativados
paciente e da restauração da amplitude
(entretanto o oposto pode ocorrer)
de movimento são incluídas mobilizações
A articulação do púbis é capaz de
ativas, manipulação articular da pelve e
absorver parte das forças descendentes e
eletrotermofototerapia. Depois disso um
ascendentes que são aplicadas ao corpo
programa de exercícios físicos deve ser
apresentando como quadro clínico inicial
realizado para corrigir o desequilíbrio da
de forma aguda ou crônica, paciente
musculatura pélvica e do quadril.
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Impacto femoroacetabular
O impacto femoroacetabular (IFA) Existem tipos de impacto
é definido como um contato anormal femoroacetabular: cam, pincer e misto, o
entre a extremidade proximal do fêmur e impacto tipo cam é causado por uma
o acetábulo, que ocorre nos extremos de proeminência óssea na junção
amplitude de movimento do quadril, cervicocapital, que leva à perda da
fazendo com que haja um conflito esfericidade normal da cabeça femoral.
mecânico causador de O impacto tipo pincer é causado por
microtraumatismos aplicados no labrum e cobertura excessiva ou por retroversão
região anterolateral da cartilagem acetabular. E existe o impacto do tipo
articular do acetábulo que provocam misto onde ocorre os dois ao mesmo
lesões nessas estruturas. tempo
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Bursite trocantérica
As bursas são coxins que atuam marcha em terreno irregular, com
como amortecedores entre as corridas, subir escadas ou quando as
proeminências ósseas e os tecidos moles. cargas exercem a pressão direta local,
A bursite trocantérica é classificada como como é o caso de decúbito homolateral.
a doença inflamatória mais frequente do
Os pacientes respondem aos
quadril. O paciente relata dor crônica,
tratamentos conservadores com agentes
intermitente, acompanhada de
físicos analgésicos e anti-inflamatórios,
desconforto à palpação da região lateral
AINE’s, alongamentos da banda iliotibial,
do quadril por causa do processo
reforço muscular de todo o membro e
inflamatório que está acometendo as
diminuição de peso. Quando estes
bursas. Acredita-se que a dor
tratamentos falham as infiltrações das
peritrocantérica, que irradia pela face
bursas com corticoides e anestésicos
lateral da coxa, tipicamente até o joelho
locais provocam um grande alívio das
seja resultado do atrito repetido do trato
queixas. A crioterapia pode ser utilizada
iliotibial contra o trocânter maior do
como agente analgésico durante as fases
fêmur, esse movimento ocorre quando o
de exacerbação do processo
quadril se desloca em flexão e extensão.
inflamatório e também nas fases de dor
crônica, dependendo da tolerabilidade
do paciente. O objetivo é fornecer um
programa especializado para melhorar
o movimento e reduzir a dor, de modo
que o paciente possa realizar suas
atividades diárias com menor
dificuldade.
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@diuli_fisio
Síndrome do piriforme
O músculo piriforme origina-se ao O tratamento inicial é
longo da superfície anterior do sacro e eminentemente clínico, com uso de anti-
segue póstero-lateralmente através do inflamatórios, exercícios de alongamento
sulco isquiático para se inserir sobre o e fortalecimento, liberação miofascial,
trocânter maior do fêmur. No exame termoterapia, uso de relaxantes
clínico, o paciente demonstra dor à musculares, injeção periciática de
palpação proximal a espinha isquiática, corticoide e injeção de toxina botulínica
na região da incisura isquiática maior, guiada por tomografia
sobre o músculo piriforme, computadorizada.
frequentemente endurecido em relação A abordagem de escolha no
ao lado não acometido. O músculo tratamento desta doença é a fisioterapia,
piriforme localiza-se profundamente ao através da cinesioterapia, técnicas de
músculo glúteo máximo, qualquer trauma manipulação, mobilização, exercício
nesta região pode desencadear a físico e reeducação postural. Os
síndrome. O trauma pode gerar alongamentos do músculo piriforme
inflamação, edema e espasmo do devem fazer parte do cotidiano do
músculo piriforme resultando em paciente, no intuito de se promover
compressão do nervo isquiático contra o descompressão nervosa, porém, esta
ísquio. Inflamações crônicas do músculo modalidade cinesioterapêutica nunca
piriforme frequentemente são geradas deve ser realizada durante a fase aguda
em virtude de alguma variação da doença. Exercícios ativos,
anatômica, tal qual a passagem anormal alongamentos passivos, mobilização dos
do nervo ciático através do músculo tecidos moles e facilitação neuromuscular
piriforme. proprioceptiva (FNP) são efetivas no
controle dos sintomas e restauração da
amplitude de movimento.
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Fratura de quadril
As fraturas de quadril constituem superfície de área sobre a qual a força é
lesões traumáticas, representando em aplicada.
média 50% das internações por trauma O tratamento pode ser conservador
nos hospitais de pronto-socorro. As ou cirúrgico, dependendo do tipo de
fraturas mais comuns são do ísquio e da fratura e da conduta estabelecida pelo
espinha ilíaca anterior, superior e inferior. médico. As cirurgias precisam de
As fraturas são classificadas como eficiência na estabilização e até
fechadas ou expostas. Na fratura compressão nos fragmentos dos ossos,
fechada pode haver pouco ou nenhum dependendo do local anatômico, do
movimento ou deslocamento dos ossos osso fraturado e o tipo de fratura. É de
quebrados sem penetração no tecido grande importância,
superficial. No entanto, na fratura independentemente do tipo de fratura e
exposta, há deslocamento de material usado para fixação, que este
extremidades fraturadas com o osso paciente fique em ortostatismo e
penetrando nos tecidos que circundam o deambule o mais precoce possível para
local. Os dois tipos de fratura podem ser evitar complicações respiratórias e outras
graves se não forem tratados complicações inerentes ao imobilismo.
adequadamente. Os sinais e sintomas são Todo programa de reabilitação tem
deformidade, sensibilidade pontual, como objetivo final, fazer com que o
edema e dor durante os movimentos indivíduo volte a ter um estilo de vida que
ativos e passivos. As fraturas de estresse seja o mais próximo possível de seu nível
resultam de carregamento cíclico e de função, ou, alternativamente,
repetitivo sobre a estrutura óssea e maximizar e manter seu atual potencial
diferem das demais fraturas por não funcional.
decorrerem de eventos traumáticos O objetivo da fisioterapia no
agudos. Os eventos mecânicos tratamento pós-operatório é aumentar a
envolvidos na geração das fraturas de força muscular, melhorar a segurança e
estresse podem ser decorrentes do eficiência da deambulação. A aptidão
aumento da carga aplicada sobre a aeróbia é algo em que o fisioterapeuta
estrutura óssea, aumento do número de deve pensar ao desenvolver um plano de
ciclos de carregamento e diminuição da tratamento, pois pode aumentar a
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@diuli_fisio
função física do paciente e um aumento os tenomusculares localizados no músculo
na capacidade de deambulação. Os esquelético, mediante a indução de
exercícios realizados com descarga de excitações articulares inesperadas. A
peso se mostraram vantajosos e utilização contínua dessas vias reflexas
aumentaram também o equilíbrio pode reduzir o tempo de reação e
dinâmico, além do desempenho desenvolver os mecanismos reativos.
funcional. Como consequência, há o crescimento
O tratamento para fraturas por da acuidade proprioceptiva consciente,
avulsão da espinha ilíaca ântero superior induzindo à percepção inconsciente do
é realizado com repouso, retirada da movimento e ao reposicionamento
carga do membro afetado e reabilitação articular.
progressiva, conforme ocorre a O fortalecimento dos músculos do
diminuição de dor. As fraturas de avulsão quadril mantém o bom alinhamento da
do ísquio são realizadas com o quadril em pelve durante a marcha. Exercícios que
extensão e com rotação lateral. Alguns aumentam a capacidade de produção
pacientes podem evoluir com sequelas, de força do iliopsoas proporcionam
proeminência exuberante que ocasiona reeducação gradual do movimento de
dor na nádega, estalido e flexão, aumentando o desempenho e o
enfraquecimento muscular, sendo que, acoplamento do iliopsoas no momento
somente nessa situação, o tratamento da flexão.
cirúrgico é indicado. Alguns movimentos que devem ser
Na artroplastia de quadril os evitados nas três primeiras semanas, pois,
exercícios pretendidos e a prática oferecem risco de luxação, em incisões
funcional são iniciados no dia da cirurgia anteriores: rotação externa, extensão,
ou no dia seguinte, com frequência abdução; no caso de acesso posterior:
determinada pelo fisioterapeuta, em rotação interna, flexão e adução; e em
média duas vezes por dia até a alta acesso lateral: adução e rotação
hospitalar. externa. E, em todos os casos de ATQ, a
O principal objetivo da reabilitação combinação de flexão, adução e
em lesões com déficits proprioceptivos rotação externa, decúbito lateral sobre o
associados é estimular as vias aferentes lado não operado, poderá ocorrer
comprometidas, as vias reflexas, dos luxação.
receptores presentes nas articulações e
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@diuli_fisio
Lesão labral
O labrum acetabular é uma para restaurar a amplitude de
estrutura fibrocartilaginosa que circunda movimento também são
a cartilagem hialina ao redor do recomendadas. O objetivo do
perímetro do acetábulo. tratamento é otimizar o alinhamento da
articulação do quadril e a precisão do
movimento articular, evitando
principalmente forças excessivas na
articulação anterior do quadril.
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@diuli_fisio
Osteoartrite/ Artrose/ Gonartrose
Segundo a Sociedade Brasileira de níveis aumentados de citocinas
Reumatologia, osteoartrite é o mesmo inflamatórias. Além disso, estresse
que osteoartrose, artrose, gonartrose ou mecânico, tanto por compressão estática
doença articular degenerativa. No quanto por dinâmica, aumenta a
conjunto das doenças agrupadas sob a produção de óxido nítrico pelos
designação de “reumatismos”, a condrócitos. Os agentes oxidantes, entre
osteoartrite é a mais frequente, eles o óxido nítrico, promovem apoptose
representando cerca de 30 a 40% das de condrócitos, processos catabólicos e
consultas em ambulatórios de degeneração da matriz. Sendo assim, são
Reumatologia. causadores de dois importantes eventos
A osteoartrite (OA) é a forma mais patogênicos característicos dos
comum de doença articular e afeta condrócitos osteoartríticos - senescência
principalmente quadris, joelhos, mãos e prematura e apoptose. Estes eventos
pés. á é bem estabelecido que o líquido ajudam a formar o conceito de que a OA
sinovial, o osso e a cartilagem são os três é uma doença do envelhecimento
principais tecidos atingidos pelos prematuro da articulação.
mecanismos patológicos. A Osteoartrite é uma condição
A cartilagem encontra-se em clínica que se encontra associadas a
grosseira destruição com desbalanço doenças distintas, mas com resultados
metabólico e o surgimento de biológicos, clínicos e morfológicos
sinalizadores de degradação, semelhantes. Pode ser resultante tanto do
estimulados por cascatas de citocinas, e envelhecimento fisiológico da
a produção de mediadores inflamatórios. articulação, como causada pelas
Em pacientes com OA, os condrócitos, sequelas de traumas, infecções, desvios
assim como as células sinoviais, produzem axiais ou instabilidades ligamentares.
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@diuli_fisio
Reconstrução do ligamento cruzado anterior
O ligamento cruzado anterior possui aperfeiçoamento da técnica e na
duas bandas, uma posterolateral que fica reabilitação pós operatória. Após a
tensa em extensão e uma anteromedial, ruptura, é necessário esperar o edema
mais robusta, que fica tensa em flexão. O diminuir, ter pelo menos 90º de flexão de
LCA origina-se na superfície joelho, manter a força no quadríceps e
posteromedial do côndilo femoral lateral ter uma marcha normal para o paciente
e se insere na tíbia, na área intercondilar ir para a cirurgia. O enxerto pode ser
anterior, entre os tubérculos tibiais medial através do tendão patelar, tendões do
e lateral. O LCA fornece isquiotibiais, tendão quadricipital ou
aproximadamente 80% da força de reconstrução com aloenxerto.
restrição total da translação anterior, A fisioterapia é imprescindível no
também auxilia na rotação medial e pós operatório e deve seguir diretrizes
lateral excessiva da tíbia. durante o tratamento. Os primeiros dias
deve-se realizar a flexão e extensão do
joelho, mobilização patelar, plantiflexão
para estimular a contração da
panturrilha, eletroestimulação no
quadríceps e crioterapia. Com o passar
dos dias, exercícios ativos devem ser
O mecanismo mais comum à incluídos como bicicleta estacionária,
lesão do LCA é abdução, flexão e fortalecimento da musculatura
rotação externa, esse mecanismo adjacente e a retirada das muletas.
resulta em uma força de abdução e Existem alguns artigos que relatam sobre
flexão aplicada ao joelho, e o fêmur a progressão do tratamento do pós
sofre rotação medial pelo desvio do operatório, sugiro ler: Protocolo de
peso do corpo sobre a tíbia ficada ao reabilitação após reconstrução do
solo. ligamento cruzado anterior. Ricardo Cury,
A tendência para as lesões do et al. Rev Bras Ortop. 2012;47(4):421-7.
LCA é ser mais intervencionista, pois as OBS: O artigo é para uma base, cada fase
reconstruções tem apresentado precisa se aprofundar mais e criar seu
excelentes resultados graças ao próprio método de tratamento.
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@diuli_fisio
Lesões meniscais
Os 2 meniscos são estruturas A meniscectomia parcial é o
fibrocartilaginosas que estão presentes procedimento mais realizado e um dos
no joelho entre os côndilos femorais e o mais comuns entre os procedimentos
platô da tíbia. O menisco medial ortopédicos que consiste na remoção
recobre 60% do compartimento medial da zona danificada, geralmente é
e apresenta o formato de “C”, o realizada por artroscopia que permite
menisco lateral ocupa 80% da superfície uma recuperação mais rápida e
articular do compartimento e é eficiente. A sutura meniscal é uma
fracamente preso à capsula articular, técnica que realiza um ou mais “pontos”
apresenta um formato de semicírculo. no menisco, dessa forma a maior parte
do menisco fica preservado.
O objetivo da reabilitação é
restaurar a função do paciente com
base nas necessidades individuais. É
importante considerar o tipo de
procedimento cirúrgico, qual menisco
foi reparado, o tipo de ruptura do
menisco, a idade do paciente, o estado
pré-operatório do joelho (incluindo o
tempo entre a lesão e cirurgia),
O tratamento das lesões
diminuição da amplitude de movimento
apresenta característica diferente e
ou força.
devem ser abordadas de maneira
diferente. Características específicas do
paciente, como, idade, alinhamento
dos membros inferiores, estabilidade
articular, lesões associadas, peso, nível
esportivo, tipo de esporte e
expectativas, influenciam diretamente
no tipo de tratamento eleito para o
paciente.
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@diuli_fisio
Condromalácia patelar
A cartilagem articular na parte das fibras colágenas verticais. A
inferior da patela permite que a patela cartilagem é esponjosa na artroscopia.
deslize sobre o sulco femoral, necessário
Estágio 2: formação de bolhas na
para um movimento eficiente na
cartilagem articular devido à
articulação do joelho. A etiologia é
separação das camadas cartilaginosas
pouco compreendida, embora acredite
superficiais das profundas. Fissuras
que as causas da condromalácia sejam
cartilaginosas acometendo menos de
lesão, distúrbio constitucional
1,3 cm² de área sem extensão ao osso
generalizado e contato femoropatelar,
subcondral.
ou como resultado de trauma nos
condrócitos na cartilagem
Estágio 3: ulceração das fissuras,
articular. Também pode ser causado fragmentação e fibrilação da
por instabilidade ou mau alinhamento cartilagem estendendo-se até o osso
da patela que amolece a cartilagem subcondral, mas afetando menos de
articular. A condromalácia patelar é 50% da superfície articular patelar.
geralmente descrita como uma lesão
por sobrecarga, causada pelo Estágio 4: formação de crateras e
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cinemática fechada podem melhorar o
desempenho da articulação
patelofemoral aumentando a força do
músculo quadríceps e a correção do
alinhamento patelar.
Entorse de tornozelo
Um entorse de tornozelo é uma resiliência anteriores raramente
lesão comum. As lesões ligamentares retornam.
laterais do tipo inversão representam Os entorses classificam em:
aproximadamente 85% de todas as
entorses de tornozelo. As entorses - O grau I representa uma lesão
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@diuli_fisio
O tratamento baseia-se na redução da semana produzem melhorias
dor e inchaço e melhora da circulação significativas na função do tornozelo a
e apoio parcial do pé, A abordagem curto prazo. Realize exercícios que
mais comum para tratar a entorse de executem as funções do pé e tornozelo,
tornozelo é o protocolo PRICE : como mobilizações passivas e ativas,
Proteção, Descanso, Gelo, Compressão estabilidade e coordenação motora,
e Elevação. É importante começar equilíbrio e propriocepção e treino de
cedo com a reabilitação do força muscular.
tornozelo. Os exercícios da primeira
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@diuli_fisio
- Diminuição da flexão plantar ativa do O tratamento poderá ser conservador
tornozelo; ou cirúrgico, dependendo do grau da
lesão. A reabilitação concentra-se
- Aumento da dorsiflexão passiva;
principalmente em melhorar a
amplitude de movimento do tornozelo,
- Incapacidade de levantar o
calcanhar; depois concentra-se no aumento da
força muscular e da coordenação
- Marcha prejudicada muscular.
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@diuli_fisio