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Hospital Federal

dos Servidores do Estado

Síndrome de
Realimentação
Anna Beatriz Tasmo e Leokadio Barroso
Terapia Intensiva
Participantes

Anna Beatriz Tasmo Leokadio Barroso


01 Introdução

02 Grupos de Risco

03 Fisiopatologia

04 Quadro Clínico e Diagnóstico

05 Prevenção e Tratamento

06 Monitoramento
Introdução

A síndrome da reintrodução alimentar é uma


reação anabólica ocasionada pela terapia
nutricional. Complicação potencialmente
ameaçadora à vida, que ocorre após jejum
prolongado em pacientes com desnutrição ou após
processos catabólicos graves.
Grupos de Risco

(AUBRY, 2018; DA SILVA; SERES; SABINO, 2020)


Grupos de Risco
Doenças e condições clínicas associadas a um risco aumentado de síndrome de realimentação

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida


Uso crônico de álcool ou drogas
Disfagia e dismotilidade esofágica (por exemplo, esofagite eosinofílica, acalasia, dismotilidade gástrica)
Distúrbios alimentares (por exemplo, anorexia nervosa)
Hiperêmese gravídica ou vômito prolongado
Cirurgia sem nutrição por longos períodos
Estados de má absorção (por exemplo, síndrome do intestino curto, doença de Crohn, fibrose cística,
estenose pilórica, má digestão, insuficiência pancreática)
Câncer
Comprometimento neurológico avançado
Cirurgia pós-bariátrica
Pacientes pós-operatórios com complicações
Jejum prolongado Desnutrição
Fisiopatologia

Em geral, a síndrome da realimentação ocorre 72h após o início da dieta. Durante o


jejum, a secreção de insulina cai; a de glucagon e catecolaminas aumenta, depledando
reservas de glicogênio. Como resultado, as proteínas musculares são consumidas,
junto com vitaminas e eletrólitos.

Quando a dieta é iniciada, a concentração de glicose abruptamente sobe e a secreção


de insulina estimula o anabolismo. Logo, ocorre fluxo intracelular de glicose e
eletrólitos (fósforo, potássio, magnésio), levando à queda do nível sérico destes.
Quadro clínico e Diagnóstico

Os distúrbios eletrolíticos podem causar sintomas clínicos como edema,


insuficência respiratória ou insuficiência cardíaca, juntamente com
desequilíbrio hídrico e deficiências de micronutrientes.

O diagnóstico é baseado na hipofosfatemia, definida como diminuição de 0,5


mg/dl comparada com a concentração inicial ou fósforo < 2 mg/dl ou se dois
eletrólito (P, Mg e K) diminuírem dos seus valores normais após a reintrodução
da alimentação. Devemos exluir outras causas de hipofosfatemia (como
diálise), paratireoidectomia recente ou tratamento para hiperfosfatemia.
Prevenção
A prevenção deve ser feita gradualmente, com reintrodução da dieta de maneira cautelosa,
com reposição de eletrólitos, minerais e vitaminas (SAKAI, 2017).

Terapia nutricional com baixo aporte


calórico e progride ao longo de 5 a 10 Hidratação Tiamina
dias, de acordo com o risco individual e
as características clínica
Prevenção

Manter 300 mg, 1 vez ao dia, se (AUBRY et al., 2018; DA SILVA; SERES; SABINO, 2020)
paciente em uso de via oral ou enteral
Prevenção

(AUBRY et al., 2018; DA SILVA; SERES; SABINO, 2020)


Tratamento

(AUBRY et al., 2018)


Monitoramento
Sinais vitais a cada 4 horas nas primeiras 24 horas

Acompanhamento cardiorrespiratório em pacientes instáveis e/ou com deficiências graves

A avaliação das metas nutricionais diariamente durante os primeiros dias até que o paciente
seja considerado estabilizado (por exemplo, nenhuma necessidade de reposição de eletrólitos
por 2 dias seguidos)
Referências bibliográficas
CARVALHO, Nara Nóbrega Crispim et al. Manejo da síndrome de realimentação. Braz. J. Hea. Rev, v. 3, n. 6, p.18445-18455. nov./dez.
2020. Disponível em: <https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/21492>.

VIANA, Larissa de Andrade et al. Qual é a importância clínica e nutricional da síndrome de realimentação?
- ABCD Arq Bras Cir Dig - 2012. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/abcd/a/CQFKvzP6gS38pQnB4rJYjvJ/>.

SAD, Matheus Horta et al. Manejo nutricional em pacientes com risco de síndrome de realimentação. BRASPEN J 2019; 34 (4): 414-7.
Disponível em: <http://arquivos.braspen.org/journal/out-dez-2019/artigos/18-Sindrome-de-realimentacao.pdf>.
Obrigado!

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