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Aprendizado e Organizações

Como as Organizações Aprendem

Ao longo dos anos temos ouvido constantemente o termo


“organização que aprende” para definir uma empresa que se
define constantemente com o contexto de aprendizagem. Esse
termo é usado muitas vezes como um elogio, e é visto como uma
coisa boa ser uma organização assim. No entanto, mesmo se você
estiver falando sobre esse termo, podemos não ter certeza de
seu significado exato.

Em uma organização que aprende as pessoas aprendem com tudo o


que fazem. Elas usam sua própria experiência e a de outras
pessoas para melhorar os resultados. Elas aprendem com o
sucesso e o fracasso, e o aprendizado contínuo é
sistematicamente integrado ao DNA e à infraestrutura da
organização. Ainda, a alta administração incentiva, promove e
molda o valor do contínuo do aprendizado. Em uma verdadeira
organização que aprende, a comunicação é aberta e ampla, e as
pessoas em todos os níveis participam da maior parte da
comunicação.
Além disso, os líderes mais antigos mostram que ainda estão
aprendendo e trocando experiências do que aprenderam enquanto
continuam aprendendo. Na maioria dessas organizações as pessoas
são reconhecidas, promovidas e até recompensadas
financeiramente por aprenderem, enquanto aqueles que não
aprendem são meio que renegados pela da organização. A
organização que aprende apresenta várias vantagens
competitivas, como: é um excelente concorrente, tem um valor de
marca inigualável pelos concorrentes e pode atrair e reter os
melhores talentos. Com todas essas vantagens, poderíamos pensar
que a maioria das empresas devem se esforçar para se tornar uma
organização de aprendizagem. E, de fato, muitas pessoas fizeram
isso. Mas se tornar uma organização que aprende não é fácil,
pois para se tornar e se manter uma verdadeira organização de
aprendizagem a empresa demandará muito trabalho e dedicação,
tempo, energia e recursos. Muitas empresas acabam se frustrando
ao tentar se tornar uma organização que aprende por causa da
pressão diária do trabalho, incapacidade de persistir, falta de
apoio ou falta de vontade de comprometer totalmente com a
ideia. Levando em conta todas essas considerações, ainda
podemos levar vários anos (senão décadas) de como a maioria das
empresas se tornarão uma verdadeira organização de
aprendizagem, pois o sucesso de longo prazo prova o valor do
aprendizado contínuo.

À medida que as organizações de aprendizagem mais bem-sucedidas


continuam a alavancar seus pontos fortes, elas incentivam cada
vez mais pessoas em todos os níveis a coletar informações além
das suas fronteiras, garantindo que as informações
compartilhadas sejam acumuladas. Nas melhores organizações de
aprendizagem, ainda tem como característica que a grande
maioria dos funcionários participam de uma forma automática do
ciclo de feedback. Isso significa que eles buscarão feedback de
seus colegas sobre seus pensamentos ou ações, e ainda eles
regularmente fornecem feedback para outras pessoas e fornecem
feedback para seus colegas. E é justamente esta atividade
dinâmica que garante que todos podem aprender uns com os
outros. Uma vez que uma verdadeira organização de aprendizagem
é criada, a aprendizagem contínua deve se tornar um modo de
vida da empresa, pois a cultura organizacional já está
completamente enraizada. Uma vez iniciado, o aprendizado não
deve desacelerar ou parar. Podemos verificar que para se
manterem competitivas, as empresas industriais são forçadas a
se tornarem mais centradas no cliente, em vez de se concentrar
apenas em questões de custo e qualidade.
O tempo torna-se menos preciso e, ao aceitar as diversas
necessidades do mercado, fornecedores ganham vantagem
competitiva em um ambiente hostil. Isso tem levado algumas
empresas a se posicionarem como fornecedoras de produtos e
serviços que atendem às necessidades exclusivas dos clientes, o
que requer flexibilidade e recursos consideráveis.

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