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→ Composição do alimento:
• Temperatura:
o Afeta o crescimento de microrganismos e reações químicas e enzimáticas;
o Todo microrganismo tem uma temperatura ótima de crescimento e toda
enzima tem uma temperatura ótima de atividade e toda reação tem uma
temperatura ótima na qual ela acontece;
• Umidade Relativa:
o Umidade de um alimento = quantidade de água presente no alimento;
o Umidade relativa = umidade do ambiente no qual o alimento está inserido;
o Tendência de o alimento equilibrar seu próprio conteúdo de umidade com
aquela do ambiente (migração de água livre da atmosfera para a
composição do alimento);
o ↑ Teor de água livre (Aw) ↑ crescimento microbiológico;
o Relação entre a quantidade de água existente no ar e a quantidade máxima
que o mesmo poderia ter;
o 𝑼𝑹 = 𝑨𝒘 ∙ 𝟏𝟎𝟎
o 𝑈𝑅 > 𝐴𝑤: absorve umidade do ambiente;
o 𝑈𝑅 < 𝐴𝑤: perde água para o ambiente;
• Atmosfera gasosa:
o Presença/ausência de 𝑂2 e 𝐶𝑂2 ;
o Os alimentos podem ser embalados em: atmosfera modificada
(modificação da concentração de gases), atmosfera controlada (processo
mais evoluído da atmosfera modificada), vácuo, etc;
o Estabilidade microbiológica: impedimento das reações de oxidação e
crescimento de microrganismos;
• Evitar o desperdício;
• Sazonalidade;
• Distribuição demográfica;
• Redução de custos de transporte;
• Praticidade e armazenamento;
• Crescimento populacional;
• Conservação:
o Inativação de enzimas;
o Inativação de microrganismos;
• Efeito do calor sobre os alimentos:
o Alterações sensoriais;
o Perdas nutricionais;
• Tecnologias:
o Branqueamento;
o Pasteurização;
o Esterilização comercial;
• Funções:
o Inativação de enzimas;
o Redução de microrganismos contaminados;
o Alteração da textura;
o Eliminação de ar dos tecidos vegetais;
o Favorecimento da fixação da cor;
→ Secagem natural:
• Problema: não há padronização, uma vez que pode demorar muito, o processo é
mais longo (dependendo do nível de insolação) (ex: banana, peixes);
• Vantagem: os secadores para produtos líquidos são caros, como exemplo do spray
dryer e com o desidratador de espuma, consegue-se converter o líquido em
espuma ou por agitação, caso haja proteínas e polissacarídeos e posteriormente
secadas. A espuma é mais porosa que o líquido, dessa forma elas são secas em
temperaturas mais baixas por um tempo mais curto, mantendo as propriedades
sensoriais.
• Dificuldade do processo: a formação de uma espuma estável até o final do
processo.
→ Desidratador de leito fluidizado: utilizado para produtos mais resistentes, como
grãos. Forma-se o leito, sufla ar quente e à medida que o produto é seco, ele se torna mais
leve e as impurezas e contaminações são retiradas por diferença de densidade;
→ Refrigeração:
→ Congelamento:
• Formação de cristais:
o Distribuição desordenada das moléculas de água no líquido;
o Ordenação molecular da água no sólido;
• Temperatura reduzida abaixo do ponto de congelamento;
• Cristalização da água e concentração de solutos (Aw) (Conservação
combinada);
• Poucas mudanças nutricionais e sensoriais;
• Congelamento lento (congelador doméstico): cristais de gelo no meio
extracelular: saída de água da célula
o 3 a 12 horas;
o Ruptura da célula;
o Descaracterização do alimento;
• Congelamento rápido: cristais no interior da célula: danos à membrana e parede
celular.
o Queda de temperatura muito brusca;
o São utilizados nitrogênio líquido, por exemplo;
o Congelamento imediato;
o Não danifica as membranas celulares;
o Causa menos danos que o congelamento lento;
• Congelamento muito rápido: pequenos cristais de gelo no interior da célula (não
possuem a capacidade de romper as células – alimentos mantém suas
propriedades);
→ Descongelamento:
→ Congeladores de ar refrigerado:
• Funções:
o Evitar reações de oxidação e escurecimento;
o Inibir reações enzimáticas;
o Inibir ou eliminar microrganismos deterioradores ou patogênicos;
• Fatores considerados na escolha dos conservantes:
o Tipo de microrganismo presente (bactéria, levedura, gram positivo ou
negativo, etc.);
o pH do alimento (na forma dissociada, o conservante abaixa o pH e na
forma não-dissociada o conservante será eficiente no alimento);
o Composição, estado físico (sólido ou líquido, conservante hidrossolúvel
ou lipossolúvel, etc.);
• Aditivo alimentar:
o Substância cujo uso intencional atribua ao alimento, características
desejáveis – cor, textura, estabilidade, aumento de nutrientes ou resistência
a deterioração;
o Garante a segurança e possibilita a detecção no produto final;
o A adição no alimento deve ser aprovada por órgãos competentes
(ANVISA, FDA);
o Possuem lista de aditivos GRAS (geralmente reconhecido como seguros);
o Os aditivos alimentares estão classificados de acordo com a função que
exercem no alimento;
o Antiumectante: reduz as características higroscópicas (absorção de água)
dos alimentos (utilizados em alimentos em pó como gelatina);
o Antioxidante: retarda as alterações oxidativas no alimento;
o Conservante: impede ou retarda alterações ocasionadas por
microrganismos ou enzimas;
o Código dos aditivos (elaborado pelo Comitê do Codex Alimentarius);
o INS de código 200 – conservantes;
o Se o pH < pKa: prevalência da forma não- dissociada do ácido (utilizados
como conservantes;
o Se o pH > pKa: ácidos utilizados como acidulantes;
• Irradiação ionizante – raios 𝛾: isótopos, raios X e elétrons (césio 137, cobalto 60);
• Vantagens:
o Alimento não sofre aquecimento (é mantido as características
organolépticas e sensoriais do alimento);
o Possibilidade de tratar alimentos que já foram processados, ou seja,
embalados ou congelados (caso haja a detecção de contaminação);
o Possibilidade de tratar alimentos frescos;
o Requer baixa energia;
o Automação e custo operacional baixos;
o Não há alterações do valor nutricional do alimento;
• Desvantagens:
o Custo de implantação elevado;
o Tratamento de alimentos contaminados (patógenos, toxinas);
o Pode gerar resistência microbiana;
o Consumidor possui uma resistência a alimentos irradiados;
• Dose média máxima: 10 KGy;
• Não apresenta perigo toxicológico, e problema microbiológico ou nutricional
especial em alimentos;
• Rotulagem: “Tratado por irradiação, não irradiar novamente.”
• Teoria:
o As fontes de energia como o Césio-137 e Cobalto-60 possuem uma
capacidade de ionização muito elevada e com isso, produzem energia
suficiente para desmobilizar as moléculas dos alimentos, gerando íons ou
radicais livres. Estes produzem o processo de radiólise (processo
secundário decorrente da irradiação que o alimento recebeu). A radiólise
é a alteração dos componentes do alimento e os íons e radicais livres
gerados inativam os microrganismos, insetos, as enzimas, as gorduras e
vitaminas, alterando a atividade desses compostos alvos no alimento.
• Dose de radiação:
o Taxa de penetração (depende da densidade e energia da fonte de radiação
utilizada);
o Dose máxima e mínima;
o Para alimentos sensíveis: 1,5
o Outros alimentos: 3,0
o A aplicação de radiação pode gerar aos íons que podem atuar na membrana
celular dos microrganismos, nas enzimas, DNA e RNA;
o 𝐷10 (parasitas < bactérias < esporos < vírus);
• Esterilização:
o Condimentos (não podem ser aquecido em decorrência de seus compostos
voláteis): 8 – 10 KGy;
o Substitui em alimentos que precisam ser tratados com óxido de etileno
(intermediário do etileno glicol – inseticida);
o Outros alimentos;
• Redução de patógenos (Radiciação):
o 3 – 10 KGy;
o Salmonella, Escherichia coli;
o Utilizado em peixes, carnes, amendoim, alimentos crus e alimentos
prontos;
• Aumento da vida de prateleira (Radurização):
o Específico para a eliminação de leveduras, fungos e bactérias não-
esporuladas: doses baixas;
o Alimentos que possuem maior sensibilidade: tratamentos combinados;
• Controle de maturação:
o Inibição de hormônios e processos bioquímicos;
o Morango e tomate: 2 – 3 KGy (irradiação + atmosfera controlada);
• Desinfestação:
o Baixas doses: < 1 KGy;
o Larvas e insetos e maturação;
o Dibrometo de etileno e brometo de metila;
• Inibição do brotamento:
o Batata, cebola e alho.
• Qualidade:
o Classificação (serve para padronizar a matéria prima que será processada,
a fim de diminuir as perdas que existem na indústria);
• Amadurecimento de frutos:
o Frutos climatérios (aqueles que terão um pico respiratório depois de
colhidos – produzem etileno e amadurecem pós colheita);
o Frutos não climatérios (aqueles que só amadurecem enquanto estão no pé
- não produzem etileno e NÃO amadurecem pós colheita);
• Características físico-químicas:
o pH/acidez (à medida que o vegetal vai amadurecendo, a acidez tende a
diminuir, e o pH aumenta, dado que há a hidrólise dos ácidos orgânicos
presentes);
o Teor de sólidos solúveis [°BRIX] (para vegetais, os sólidos solúveis são
em grande maioria, açúcares e gorduras – à medida que o vegetal
amadurece, o teor de sólidos solúveis aumenta, pois os carboidratos
insolúveis são hidrolisados a carboidratos solúveis);
o Composição química: fibras, carboidratos, pectina, enzimas, etc;
• Contaminação;
• Pré-processamento:
o Pré-lavagem
➢ Objetivos:
✓ Retirada de sujidades grosseiras que vem do campo e do
transporte;
✓ Evitar danos aos equipamentos;
✓ Redução de custos;
➢ Água limpa;
➢ Feita por aspersão ou imersão;
✓ Redução da temperatura (diminui atividade microbiana e
enzimática – melhor qualidade da matéria prima);
✓ 1 ppm de cloro residual
o Seleção
➢ Seleção pode ser feita em mesas, travessas ou esteiras;
➢ Pode ser por cor, tamanho, formato, peso, estágio de maturação
etc;
➢ Feita em locais onde a temperatura é controlada (mais baixa);
➢ Separação por injúrias;
➢ Microrganismos;
o Lavagem
➢ Retirada de sujidades e redução da carga microbiana (sanitizante);
✓ Lavagem por imersão (em tanques);
✓ Lavagem por imersão + agitação (promove um melhor
contato do vegetal com o sanitizante);
✓ Lavagem por jatos de água + imersão (garante a eficiência
do tratamento);
➢ Utilização de baixas temperaturas para manter o metabolismo dos
microrganismos baixo;
➢ Desvantagem: grandes volumes de efluentes gerados;
➢ Vantagem: reutilização da água utilizada (mantendo a
concentração de cloro padronizada);
➢ Solução de 50-200 ppm de cloro ativo/ 1-15 minutos;
➢ Limpeza: a seco, por ultrassom, por flotação, separadores a ar,
separadores magnéticos, etc;
o Descascamento
➢ Remoção de material indesejável ou não comestível – aparência;
➢ Método manual:
✓ Faca (desperdício);
✓ Fricção (após pré-tratamento em água quente);
➢ Método mecânico:
✓ Facas mecânicas (reproduzem o descascamento);
✓ Raspagem por abrasivos (perda de 25%);
➢ Métodos físicos:
✓ Utilização de calor úmido, ou seco;
✓ Perda de 8-18%;
✓ Rotação de 4 a 6 rpm + aquecimento (para preservar o
descascamento);
✓ Preserva a cor, textura e aparência;
➢ Métodos químicos (muito comum nas indústrias):
✓ Utilização de substâncias químicas (lixiviação);
✓ Solução de NaOH (hidrolisa rapidamente as superfícies da
casca do vegetal – descascamento sem perda) ou KOH
(10%)
o Branqueamento
➢ Aquecimento brando + resfriamento:
✓ Inativar enzimas;
✓ Redução da carga microbiana;
✓ Eliminar odores e sabores em hortaliças;
✓ Fixar a cor dos vegetais;
✓ Facilitar o descascamento de frutas;
➢ Tipos:
✓ Branqueamento químico (imersão em ácido cítrico –
responsável por tirar a enzima do seu pH ótimo de
crescimento);
✓ Branqueamento com vapor (não tem contato com a água –
o tempo vai variar de acordo com o alimento);
✓ Branqueamento em água quente (70 a 100 °C/2 a 5 min);
o Corte
➢ Uniformizar o tamanho;
➢ Assegurar um tratamento térmico eficiente;
➢ Cuidados:
✓ Manipulação (problemas com contaminação);
✓ Perdas;
• Processamento: é o nome dado ao conjunto de operações e processos usados para
transformar matéria prima de origem vegetal, animal ou mineral em produto
alimentício para consumo humano ou animal.
• Armazenamento;
• Expedição;
• A polpa será obtida de frutas frescas, sãs e maduras com características físicas,
químicas e sensoriais do fruto;
• Polpa mista:
o Obtida pela mistura de frutas polposas ou frutas não polposas ou com a
parte comestível do vegetal, ou com misturas destas;
o Denominação: polpa mista, seguida da relação de vegetais utilizados, em
ordem decrescente das quantidades presentes na mistura;
• Quando destinada para a elaboração de outros produtos, e não ao consumo direto,
poderá ser adicionada de outros aditivos químicos previstos para o alimento a que
se destina (acidulantes, corantes e conservantes);
• Limites máximos microbiológicos:
o Soma de bolores e leveduras: máximo de 5,0x10³/g para polpa in natura,
congelada ou não, e 2,0x10³/g para polpa conservada quimicamente e/ou
que sofreu um tratamento térmico;
o Coliforme fecal: máximo 1/g
o Salmonella: ausente em 25g;
→ Processamento de doce:
• Recepção;
o Avaliar o estágio de maturação das frutas;
o Pesar e avaliar o estado de conservação das frutas;
• Seleção/pré-lavagem;
o Seleção: imaturas, estragadas, podres, etc;
o Lavagem: aspersão ou por imersão;
• Sanitização/enxágue;
o Redução da contaminação microbiana;
o Imersão em água:
▪ Sanitização: 100-200 ppm de cloro ativo;
▪ Enxágue: 5-20 ppm de cloro ativo;
• Descascamento/despolpamento;
• Adição dos ingredientes;
o Açúcar:
▪ Não tem legislação para a quantidade: não passa de 50%
▪ Maior concentração de açúcar = maior rendimento;
o Pectina:
▪ Misturar com açúcar na proporção de 1:5;
▪ Quantidade adicionada depende da fruta: varia de 0,5 a 1,5%;
▪ Pode ser adicionada a qualquer momento do processamento;
o Ácido:
▪ Adicionado um pouco antes da concentração final;
▪ Quantidade adicionada depende da fruta: varia de 0,1 a 0,5%;
• Concentração;
o Doces cremosos: mínimo de 55 °BRIX;
o Doces em massa: mínimo de 65 °BRIX;
• Adição de ácido cítrico;
• Acondicionamento;
o Latas, vidro ou plástico;
• Conservação:
o Redução da Aw;
o Redução do pH – pectina de alta metoxilação;
o Utilização da temperatura;
• Tratamento térmico:
o Pasteurização – pH < 4,5;
o Aumenta a vida de prateleira
▪ Doces em massa: 60 a 90 dias - 1 ano;