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mama e do ovário
Data: 20 de fevereiro de 2024
Identificação dos autores: Ana Vilas Boas nº1, Rodrigo Ramos nº16 e Sara Senra nº19
Resumo:
Nesta atividade os participantes terão a oportunidade de identificar famílias com maior
propensão para o cancro hereditário através da análise de árvores genéticas.
Posteriormente, ocorrerá a deteção de uma mutação no gene BRCA1 aplicando técnicas
de biologia molecular para confirmar o diagnóstico em laboratório. As técnicas a realizar
englobam a utilização de micropipetas para a digestão enzimática e posterior eletroforese.
Introdução:
A atividade realizada enquadra-se no tema do cancro hereditário da mama e do ovário,
com foco no seu diagnóstico. Para tal é preciso entender como este se desenvolve.
O equilíbrio entre estes dois tipos de genes é fundamental para a homeostasia celular e a
prevenção do cancro.
Nos casos de cancro hereditário, a mutação é herdada dos progenitores e confere um
aumento no risco do desenvolvimento tumoral. No caso do cancro hereditário da mama e
do ovário, os genes que frequentemente sofrem mutações são os genes BRCA1 e BRCA2,
acontecendo a sua não expressão. Neste caso, a proteína estudada foi a BRCA1.
Sendo assim, a enzima de restrição utilizada foi a Mly I. Esta só consegue realizar a sua
função se BRCA1 funcionar normalmente, se tudo se desenvolver como previsto, a Mly I
dividir-se-á em duas secções mais pequenas que serão separadas na eletroforese.
Esta é uma técnica essencial em biologia molecular e bioquímica, utilizada para fracionar
moléculas com base na carga elétrica e no tamanho possibilitando a quantificação relativa,
dado ao número de cópias de mais de 50 sequências de ácidos nucléicos num único
experimento, tornando capaz de detectar deleções e duplicações.
Como o cancro da mama e do ovário é uma doença com herança autossômica dominante,
são empregadas técnicas como a eletroforese para separar e analisar o DNA, permitindo a
identificação do genótipo do indivíduo. Se o indivíduo for homozigoto positivo ou
heterozigoto para a mutação, ele pode estar em risco de desenvolver a doença, enquanto
os homozigotos negativos não carregam a mutação genética associada à mesma.
Procedimento experimental:
Material:
Um tubo de cor verde - Controlo Homozigótico Positivo (+/+)
Gel de agarose
Tina de eletroforese
Micropipeta
Métodos:
Primeira etapa
1. Disponibilizou-se microtubos coloridos, frascos com ADN do controlo ou amostra e
frascos com a enzima MlyI.
Resultados:
Enunciado
Considera-se que se trata de cancro hereditário da mama e do ovário quando se deteta
numa família (em alternativa):
Caso #3
11 Heterozigótico 6 Heterozigótico
Caso #3 Caso #5
7 9 10 11 12 4 5 6 8
+
= - - = - - 608 pb
- = - = - - - 413 pb
- = - = - - - 197 pb
-
A identificação das famílias com maior propensão para o cancro hereditário através da
análise de árvores genéticas apresentadas na Figura 1 e posterior identificação do
genótipo com risco de desenvolver cancro hereditário da mama e do ovário nos casos
identificados constituiu o ponto de partida para os subsequentes resultados.
Na primeira parte da experiência, a incubação das amostras de DNA com a enzima Mly I,
seguida pela eletroforese no gel de agarose, mostrou uma separação clara dos fragmentos
de DNA de acordo com sua carga elétrica e tamanho, tal como podemos evidenciar na
tabela 4, referente aos indivíduos do caso #3 e #5.
Por outro lado, as amostras homozigóticas negativas (-/-) apresentam um padrão diferente,
com dois fragmentos de duas dimensões diferentes, 413 e 197 pares de bases, pelo que
inferimos que a enzima de restrição realizou o seu papel, o que indica que não existem
mutações no gene BRCA1.
Conclusão:
Através do histórico familiar, podemos avaliar a prospeção de desenvolver cancro
hereditário da mama e do ovário, assim como é possível observar por intermédio das
tabelas 2 e 3. Um caso trata-se de cancro hereditário da mama e do ovário quando são
detetadas, numa família, determinados critérios que levam à suspeita de predisposição
hereditária para o cancro.
Não obstante de que, mesmo que, o indivíduo não apresente mutações no gene BRCA 1,
este pode sofrer de mutações noutros genes como, por exemplo, o BRCA 2 e desenvolver
cancro hereditário da mama e do ovário. Também é importante referir que mesmo não
apresentando qualquer disformidade genética, o indivíduo pode desenvolver cancro,
devido a maus cuidados de saúde.
Bibliografia:
https://accamargo.phlnet.com.br/Doutorado/2014/MarciaCPFigueiredo/MarciaCPFigueiredo.pdf
https://cienciaetal.i3s.up.pt/?page_id=9232
https://www.oncoguia.org.br/conteudo/oncogenes-e-genes-supressores-do-tumor/8161/73/