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INVESTIMENTOS / INSTRUMENTOS

FINANCEIROS

NCRF 13 NCRF 27

191 Ricardo Antas Oliveira


Capital social
Sociedades em nome coletivo – se forem constituídas por sócios que entrem somente com
indústria, não têm capital social (art.º 178.º, n.º 1)

Sociedades por quotas – o capital social é livremente fixado no contrato de sociedade (art.º
201.º – Capital social livre)

Sociedades anónimas – têm um mínimo de € 50.000 de capital social nominal (art.º 276.º, n.º 5)

192 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Valor nominal

Nas sociedades por quotas, os valores nominais das quotas podem ser diversos, mas nenhum
pode ser inferior a € 1 (art.º 219.º, n.º 3).

Nas sociedades anónimas, todas as ações têm o mesmo valor nominal, que não deve ser inferior a
€ 0,01 (art.º 276.º, números 3 e 4).

193 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Valor nominal

CAPITAL SOCIAL
VALOR
NOMINAL =
N.º AÇÕES

194 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Valor contabilístico

CAPITAL PRÓPRIO
VALOR
CONTABILÍSTICO =
N.º AÇÕES

195 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Valor nominal e valor de emissão

PE = VE - VN

VE = VN + PE

VN = VE - PE
196 Ricardo Antas Oliveira
Investimentos / Instrumentos financeiros
Tipos de entradas

ENTRADAS SÓCIOS DE
EM BENS CAPITAL

ENTRADAS SÓCIOS DE
EM SERVIÇOS INDÚSTRIA

197 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Realização / Liberação

A REALIZAÇÃO PODE SER

INTEGRAL PARCIAL

Nota de Enquadramento das contas 261 e 262 – Para efeitos de elaboração do balanço, os
saldos destas contas são apresentados no ativo.

Nota de Enquadramento da conta 275 – Credita-se pelo valor total da subscrição de quotas,
ações, obrigações e outros títulos, por contrapartida das respetivas contas de investimentos
financeiros.

198 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Ações / Quotas próprias – NCRF 27 (§8)

Se uma entidade adquirir ou readquirir os seus próprios instrumentos de capital próprio,


esses instrumentos (“quotas/ações próprias”) devem ser reconhecidos como dedução ao
capital próprio. A quantia a reconhecer deve ser o justo valor da retribuição paga pelos
respetivos instrumentos de capital próprio. Uma entidade não deve reconhecer qualquer
ganho ou perda na demonstração de resultados decorrente de qualquer compra, venda,
emissão ou cancelamento de ações próprias.

199 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Contabilização de ações próprias
NOTA DE ENQUADRAMENTO DA CONTA 52

A conta 521 — Valor nominal é debitada pelo valor nominal das ações ou quotas próprias
adquiridas. Ainda na fase de aquisição, a conta 522 — Descontos e prémios é movimentada
pela diferença entre o custo de aquisição e o valor nominal.

Quando se proceder à venda das ações ou quotas próprias, para além de se efetuar o
respetivo crédito na conta 521, movimentar-se-á a conta 522 pela diferença entre o preço
de venda e o valor nominal.

200 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Contabilização de ações próprias
NOTA DE ENQUADRAMENTO DA CONTA 52

Simultaneamente, a conta 522 deverá ser regularizada por contrapartida da conta 599 –
Outras variações no capital próprio – Outras, de forma a manter os descontos e prémios
correspondentes às ações (quotas) próprias em carteira.

201 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Investimentos financeiros
PARTICIPAÇÕES NAS CONTAS INDIVIDUAIS NAS CONTAS CONSOLIDADAS

Por regra, método da equivalência


Em subsidiárias Método de consolidação integral
patrimonial

Por regra, método da equivalência


Em associadas Método da equivalência patrimonial
patrimonial

Em empreendimentos conjuntos Método de consolidação proporcional


(entidades conjuntamente ou método da equivalência Método de consolidação proporcional
controladas) patrimonial

Método do custo ou Método do custo ou


Noutras entidades
método do justo valor método do justo valor

202 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Método da equivalência patrimonial
 A aplicação do método da equivalência patrimonial em investimentos em associadas e
subsidiárias, desde que não seja possível invocar qualquer uma das condições de exceção, é
obrigatória para as entidades que apliquem o regime geral do SNC, que inclui as 28 NCRF.
 Na atual redação da NCRF-PE refere-se (§17.7) que “A mensuração dos investimentos em
subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos poderá ser efetuada de acordo com o
método da equivalência patrimonial, tal como previsto na NCRF 13, desde que esta opção seja
aplicada a todos os investimentos da mesma natureza.”.
 O regime aplicável às entidades do setor não lucrativo, consubstanciado na NCRF-ESNL, não
prevê a aplicação do método da equivalência patrimonial.
 As microentidades, que adotem o respetivo regime de normalização contabilística, aplicarão o
método do custo em todos os investimentos financeiros que representem partes de capital,
nos termos do §17.3 da Norma contabilística para microentidades.
203 Ricardo Antas Oliveira
Investimentos / Instrumentos financeiros
Goodwill / Negative goodwill
O goodwill ou o negative goodwill são determinados como o custo de aquisição residual após o
reconhecimento e avaliação do “justo valor” líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes
identificáveis.

Goodwill: é incluído na quantia escriturada do investimento, sendo apresentado


separadamente no balanço. Esse goodwill deve ser amortizado no período da sua
vida útil (ou em 10 anos, caso a sua vida útil não possa ser estimada com
fiabilidade)

Negative Goodwill: é reconhecido como rendimento à data da sua realização

204 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Imputação dos resultados
 De acordo com o §63 da NCRF 13, a quantia escriturada do investimento, relevado pelo
método da equivalência patrimonial, inicialmente reconhecido pelo custo, “é aumentada ou
diminuída para reconhecer a parte do investidor nos resultados da investida depois da data da
aquisição. A parte do investidor nos resultados da investida é reconhecida nos resultados do
investidor.”.

Imputação de lucros da participada: 41 / 7851

Imputação de prejuízos da participada: 6852 / 41

205 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Distribuição de resultados / Lucros não atribuídos
 Nos termos do §63 da NCRF 13, “As distribuições recebidas de uma investida reduzem a
quantia escriturada do investimento.”.

 Nota de enquadramento da conta 5712 – “Esta conta será creditada pela diferença entre os
lucros imputáveis às participações e os lucros que lhes forem atribuídos (dividendos),
movimentando-se em contrapartida a conta 56 – Resultados transitados.”.

Dividendos atribuídos pela participada: 264 / 41

Lucros não atribuídos: 56 / 5712

206 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Outras alterações no capital próprio
 De acordo com a parte final do §63 da NCRF 13, “Podem também ser necessários
ajustamentos na quantia escriturada, para alterações no interesse proporcional do investidor
na investida resultantes de alterações no capital próprio da investida que não tenham sido
reconhecidas nos resultados da investida. (…). A parte do investidor nessas alterações é
reconhecida diretamente no seu capital próprio.”.

Outras alterações positivas no capital próprio da participada: 41 / 5713

Outras alterações negativas no capital próprio da participada: 5713 / 41

207 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Acumulação de prejuízos
 Se a parte de um investidor nas perdas de uma participada igualar ou exceder o seu interesse
na participada, o investidor descontinua o reconhecimento da sua parte de perdas adicionais
(já que a participação atingiu o valor igual a zero). O interesse numa participada é a quantia
escriturada do investimento de acordo com o método da equivalência patrimonial juntamente
com quaisquer interesses de longo prazo que, em substância, façam parte do investimento
líquido do investidor na participada. Tais itens podem incluir contas a receber ou empréstimos
a longo prazo, mas não incluem contas a receber comerciais, contas a pagar comerciais ou
quaisquer contas a receber de longo prazo para as quais existam garantias adequadas (§54 da
NCRF 13).

208 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Acumulação de prejuízos
 De acordo com o §55 da NCRF 13, depois de o interesse do investidor ser reduzido a zero, as
perdas adicionais são tidas em conta mediante o reconhecimento de um passivo, só na medida
em que o investidor tenha incorrido em obrigações legais ou construtivas ou tenha feito
pagamentos a favor da participada. Se, posteriormente, a participada relatar lucros, o
investidor retoma o reconhecimento da sua parte nesses lucros somente após a sua parte nos
lucros igualar a parte das perdas não reconhecidas.

209 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Métodos de consolidação
MÉTODO DE CONSOLIDAÇÃO MÉTODO DE CONSOLIDAÇÃO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA
INTEGRAL PROPORCIONAL PATRIMONIAL

Integração de 100% dos Integração da quota-parte


ativos e dos passivos, dos dos ativos e dos passivos, dos Não existe integração
rendimentos e dos gastos rendimentos e dos gastos

INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM

SIM NÃO NÃO

210 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Percentagem de interesse e percentagem de controlo
 A percentagem de interesse (de participação ou financeira), que afere o controlo jurídico,
representa a fração do capital, ou da quota-parte do património, detida, direta ou
indiretamente, na sociedade dependente, determinando-se pelo produto das percentagens do
capital detido pelas sociedades que constituem a cadeia de controlo até à sociedade
considerada.

 A percentagem de interesse demarca a percentagem a consolidar e, consequentemente, a


percentagem pertencente a interesses minoritários (interesses que não controlam).

211 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Percentagem de interesse e percentagem de controlo
 A percentagem de controlo, que afere o controlo económico, representa o grau de
dependência das sociedades participadas relativamente à participante. Dito de outro modo,
representa a percentagem de direitos de voto da sociedade participada que a participante
consegue controlar, em consequência das suas participações, quer diretas, quer indiretas.
Determina-se pela soma das percentagens do capital detido pela empresa-mãe e pelas
subsidiárias, quebrando-se a cadeia de controlo quando perante uma posição minoritária.

 A percentagem de controlo demarca o método de consolidação a utilizar.

212 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Percentagem de interesse e percentagem de controlo

A 10% B

213 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Percentagem de interesse e percentagem de controlo

A 20% B

214 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
QUESTÕES DE REVISÃO

215 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
1 – No momento da apresentação das demonstrações financeiras de uma entidade, o valor do
capital social a figurar no capital próprio deve corresponder:

a) Ao valor do capital subscrito;

b) Ao valor do capital realizado;

c) Ao valor nominal do capital;

d) Ao valor do capital próprio.

216 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
2 – Os dispêndios indiretamente incorridos com a constituição de uma sociedade,
nomeadamente os suportados com a escritura pública, outros atos notariais e processuais:

a) Devem ser reconhecidos como gastos do período, mas apenas quando não preenchem os
requisitos para a sua qualificação como intangíveis;

b) Devem ser sempre reconhecidos como gastos do período;

c) Devem ser reconhecidos como intangíveis quando preenchem os respetivos critérios de


reconhecimento e mensuração;

d) Nenhuma das anteriores.

217 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
3 – A entidade ABC aumentou o seu capital social através da emissão de novas ações, tendo
obtido um prémio de emissão de € 25.000. Pela subscrição do aumento do capital, a entidade
deverá reconhecer:

a) Débito da conta “261 – Acionistas c/ subscrição” e crédito da conta “51 – Capital”;

b) Débito da conta “261 – Acionistas c/ subscrição” e crédito das contas “51 – Capital” e “54 –
Prémios de emissão”;

c) Débito das contas “54 – Prémios de emissão” e “261 – Acionistas c/ subscrição” e crédito da
conta “51 – Capital”;

d) Débito da conta “275 – Credores por subscrições não liberadas” e crédito das contas “51 –
Capital” e “54 – Prémios de emissão”.

218 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
4 – Qual das seguintes operações afeta o valor do património líquido de uma entidade?

a) Aumento do capital social por incorporação de reservas;

b) Aplicação do resultado líquido em reservas;

c) Concessão de suprimentos pelos sócios;

d) Concessão de prestações suplementares pelos sócios.

219 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
5 – Em junho de 2021, os acionistas da entidade ABC aprovaram, em assembleia-geral, um
aumento do seu capital social, consubstanciado na emissão de 500.000 novas ações, com o valor
nominal unitário de € 5. As ações foram colocadas à subscrição pelo valor unitário de € 7, tendo
sido integralmente subscritas. O valor mínimo, segundo o Código das Sociedades Comerciais,
que deveria ter entrado na rubrica “depósitos à ordem”, no final da subscrição, foi de:

a) € 1.250.000;

b) € 1.050.000;

c) € 1.750.000;

d) € 3.500.000.

220 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
6 – Em maio de 2021, os acionistas da entidade ABC decidiram admitir um novo acionista, pelo
que projetam efetuar um aumento do capital social mediante a emissão de novas ações, com
um valor nominal global de € 10.000 e um valor de realização de € 15.000. O novo acionista
poderá diferir no máximo a entrega à sociedade da quantia de:

a) € 10.500;

b) € 3.500;

c) € 7.000;

d) € 3.000.

221 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
7 – Numa sociedade anónima com um capital social de € 500.000, constituído por 200.000
ações, e um capital próprio de € 1.500.000 (inclui € 200.000 de prémios de emissão), qual das
afirmações seguintes está correta?

a) O valor de subscrição das ações foi de € 3;

b) O valor contabilístico das ações é de € 6,5;

c) O valor contabilístico das ações é de € 7,5;

d) O valor de subscrição das ações é de € 2,5.

222 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
8 – De entre as quatro afirmações seguintes, selecione a correta:

a) A aquisição de ações (quotas) próprias a título oneroso corresponde a um acréscimo ou a um


decréscimo do capital próprio, sem todavia implicar a manutenção do capital próprio;

b) A alienação de ações (quotas) próprias corresponde a um decréscimo do capital próprio;

c) A alienação de ações (quotas) próprias por um preço superior ao preço de custo implica o
reconhecimento de um rendimento;

d) A aquisição de ações (quotas) próprias a título oneroso corresponde sempre a um decréscimo


do capital próprio.

223 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
9 – A entidade ABC adquiriu 1.000 ações próprias pelo valor unitário de € 8, as quais tinham um
valor nominal de € 5. Posteriormente, alienou 400 dessas ações pelo valor unitário de € 10. Após
esta alienação, o saldo da conta “55X – Reserva indisponível por detenção de ações próprias”
deve ser:

a) Devedor de € 2.000, respeitante ao valor das ações que permanecem em carteira;

b) Credor de € 4.800, respeitante ao valor das ações que permanecem em carteira;

c) Credor de € 3.200, respeitante à anulação das 400 ações vendidas;

d) Nenhuma das anteriores.

224 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
10 – Em 2021, a entidade ABC, cujo capital social é de € 4.000.000, representado por 4 milhões
de ações com o valor nominal de € 1, adquiriu 100.000 ações próprias por € 2,5/cada. No
decurso do mesmo ano, alienou 25.000 daquelas ações próprias por € 2/cada. As transações
ocorridas com as ações próprias geraram, conjuntamente, nos capitais próprios da entidade
ABC, uma variação:

a) Positiva de € 12.500;

b) Negativa de € 12.500;

c) Negativa de € 200.000;

d) Negativa de € 250.000.

225 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
11 – Os descobertos bancários devem ser apresentados no balanço:

a) Como dedução aos depósitos bancários;

b) Conjuntamente com os depósitos bancários, numa base líquida;

c) Como outras dívidas a pagar não correntes;

d) Como passivos correntes.

226 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
12 – O reconhecimento de perdas por imparidade relativas a dívidas de clientes deve
concetualmente obedecer:

a) Unicamente aos critérios previstos nos artigos 28.º-A e 28.º-B do Código do IRC;

b) Ao risco de cobrabilidade, mas apenas no que respeita aos clientes conta corrente;

c) Ao risco de cobrabilidade de todos os clientes da entidade, independentemente da sua


natureza (c/c ou títulos a receber) e das relações existentes entre a entidade e o cliente;

d) Nenhuma das anteriores.

227 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
13 – A entidade ABC comprou um imóvel que reconstruiu e posteriormente vendeu, no dia 2 de
janeiro de 2018, pelo montante de € 250.000. Nos termos do contrato de compra e venda
celebrado, ficou acordado que o devedor irá liquidar a dívida, de uma só vez, no dia 2 de janeiro
de 2021. Sabendo que a taxa de juro de mercado para dívidas de idêntico prazo e risco é de 5% e
que a entidade ABC designou, no momento do reconhecimento inicial, que esta dívida deveria
ser mensurada ao custo amortizado, no balanço reportado a 31 de dezembro de 2018 a dívida a
receber deverá ser apresentada pelo valor aproximado de:
a) € 215.959;
b) € 226.757;
c) € 237.500;
d) € 227.273.

228 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
14 – Quando se adota o método da equivalência patrimonial, a detentora reconhece os
resultados da participada:

a) No período contabilístico em que são gerados;

b) No período seguinte àquele em que são gerados, após a deliberação da assembleia-geral de


aprovação das contas e aplicação dos resultados da participada;

c) No momento em que são distribuídos;

d) No momento em que os dividendos são colocados à disposição ou são recebidos.

229 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
15 – Os registos a crédito das contas 4111 e 4121, no âmbito da aplicação do método da
equivalência patrimonial, poderão:

a) Ser efetuados até à concorrência do saldo devedor nelas evidenciado;

b) Ser efetuados, mesmo que conduzindo a um saldo credor nessas contas;

c) Ser efetuados, conduzindo sempre a um saldo devedor nessas contas;

d) Nenhuma das anteriores.

230 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
16 – A entidade ABC detém 60.000 das 200.000 ações que constituem o capital social da
entidade XYZ. No período de 2021, a entidade XYZ obteve € 60.000 de resultados líquidos e
pagou aos seus acionistas € 20.000 de dividendos relativos ao período anterior. Considerando
que a entidade ABC contabiliza desde sempre as suas participações financeiras segundo o
método da equivalência patrimonial e que, no início do período de 2021, o saldo da participação
financeira na entidade XYZ era de € 40.000, indique qual deverá ser a quantia desse saldo no
final do período de 2021, pressupondo a manutenção do método de contabilização:
a) € 52.000;
b) € 58.000;
c) € 40.000;
d) € 34.000.

231 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão (Exame ITA 30/11/2013)
17 – A empresa Sóinveste detém 100.000 das 400.000 ações que constituem o capital social da
sociedade Indústria do Vale. Em 2012, a sociedade Indústria do Vale apurou um resultado
líquido de € 500.000 e pagou aos seus acionistas € 200.000 de dividendos relativos a resultados
apurados em anos anteriores. Sabendo que a empresa Sóinveste contabiliza, desde 2010, as
suas participações financeiras segundo o método da equivalência patrimonial e que, no início de
2012, o saldo da participação financeira na sociedade Indústria do Vale é de € 1.000.000, qual o
valor desse saldo em 31/12/2012, pressupondo a manutenção do método de contabilização:
a) € 1.075.000;
b) € 1.000.000;
c) € 1.300.000;
d) € 1.125.000.

232 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
18 – A entidade ABC detém, desde 2020, uma participação representativa de 60% do capital
nominal da entidade XYZ, que comprou por € 70.000. Sabe-se que, na data dessa aquisição, o
capital próprio da entidade XYZ ascendia a € 80.000 e sabe-se que um terreno estava
contabilizado pelo valor de compra, que era inferior ao justo valor em € 10.000. A entidade XYZ
nunca distribuiu resultados aos sócios. O goodwill registado na contabilidade da entidade ABC à
data de aquisição deverá ter atingido o montante de:

a) € 10.000;

b) € 16.000;

c) € 22.000;

d) Nenhuma das anteriores.

233 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
19 – A entidade A detém 75% de B, 55% de C e 35% de D. Por sua vez, B detém 35% de D e C
detém 5% de D. Considerando apenas a informação anterior, a percentagem total de controlo de
A sobre D é:

a) 75%;

b) 28%;

c) 63%;

d) 35%.

234 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
20 – A entidade ABC tem uma dívida de um cliente, no valor de € 22.500, que foi considerada
incobrável em abril de 2021. Já em 2020 existia alguma incerteza quanto à cobrabilidade
daquela dívida, tendo-se então reconhecido uma perda por imparidade de € 16.875. Aquando
do desreconhecimento daquela dívida, em abril de 2021, a entidade ABC deve:

a) Debitar a subconta “683 – Dívidas incobráveis” por € 22.500;

b) Debitar a subconta “683 – Dívidas incobráveis” por € 5.625 e a subconta “219 – Perdas por
imparidade acumuladas” por € 16.875;

c) Debitar a subconta “683 – Dívidas incobráveis” por € 16.875;

d) Debitar a subconta “6511 – Perdas por imparidade – Clientes” por € 5.625 e debitar a
subconta “683 – Dívidas incobráveis” por € 16.875.

235 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
21 – Uma entidade, que adota a NCRF-PE, detém investimentos, da mesma natureza, em apenas
duas subsidiárias: a entidade ABC e a entidade XYZ. Na mensuração dos investimentos naquelas
duas subsidiárias, a entidade:

a) Pode usar o método da equivalência patrimonial no investimento na entidade ABC e o custo


menos perdas por imparidade no investimento na entidade XYZ;

b) Pode usar o método da equivalência patrimonial, desde que o aplique na mensuração dos
investimentos nas duas subsidiárias;

c) Apenas pode usar o custo menos perdas por imparidade;

d) Deve usar sempre o método da equivalência patrimonial.

236 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
22 – Em fevereiro de 2021, a entidade ABC, que apura resultados anuais em 31 de dezembro,
adquiriu 5.000 ações de uma sociedade com valores cotados em bolsa ao preço unitário de
cotação de € 2,40. O banco que intermediou a aquisição debitou, ainda, € 72 pelos serviços
prestados nesta operação. Em 31 de julho de 2021, a entidade ABC efetuou a venda de 3.500
daquelas ações pelo preço unitário de € 2,65, que correspondia ao respetivo valor de cotação
em bolsa naquela data. A venda destas ações implicou um crédito na conta “14 – Outros
instrumentos financeiros” pelo seguinte valor:
a) € 9.725,00;
b) € 8.450,40;
c) € 8.400,00;
d) € 9.325,40.

237 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
Questões de revisão
23 – A entidade ABC celebrou com uma empresa de factoring um contrato pelo qual passou a
ceder, com recurso para o banco, os créditos relativos a faturas emitidas a clientes. A entidade
ABC vendeu, em agosto de 2021, mercadorias a 90 dias, por € 50.000. A sociedade de factoring
adiantou 80% do valor em dívida no dia 8 de setembro de 2021. A entidade ABC reconheceu tal
adiantamento, em 8 de setembro, creditando a conta:

a) “21 – Clientes C/C”, por € 40.000;

b) “21 – Clientes – Factoring”, por € 50.000;

c) “251X – Financiamentos obtidos – Instituições de crédito e sociedades financeiras – Factoring


com recurso”, por € 40.000;

d) “12 – Depósitos à ordem”, por € 50.000.

238 Ricardo Antas Oliveira


Investimentos / Instrumentos financeiros
INVENTÁRIOS

NCRF 18
239 Ricardo Antas Oliveira
Mensuração inicial
 Custo dos inventários – todos os custos de compra, custos de conversão e outros custos
incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição atuais.

 Custos de compra – preço de compra, direitos de importação e outros impostos (que não
sejam os subsequentemente recuperáveis das entidades fiscais pela entidade) e custos de
transporte, manuseamento e outros custos diretamente atribuíveis à aquisição de bens
acabados, de materiais e de serviços; descontos comerciais, abatimentos e outros itens
semelhantes deduzem-se na determinação dos custos de compra.

240 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
Mensuração subsequente

OS INVENTÁRIOS DEVEM SER MENSURADOS PELO

VALOR REALIZÁVEL
CUSTO
LÍQUIDO

DOS 2 O MAIS BAIXO

241 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
Mensuração subsequente

VALOR
SE REALIZÁVEL
LÍQUIDO
< CUSTO DOS
INVENTÁRIOS

PERDA POR IMPARIDADE

Exemplos: obsolescência, deterioração física parcial e quebra de preços

242 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
Custeio das saídas
As fórmulas de custeio das saídas previstas na NCRF 18 são

Identificação Custo médio


FIFO
específica do custo ponderado

Para os inventários que tenham outra natureza ou uso, poderão justificar-se diferentes fórmulas
de custeio.

Quando os inventários forem vendidos, a quantia escriturada desses inventários deve ser
reconhecida como um gasto do período em que o respetivo rédito seja reconhecido.

243 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
Inventário permanente
 As entidades a que seja aplicável o SNC ou as normas internacionais de contabilidade
adotadas pela UE ficam obrigadas a adotar o sistema de inventário permanente na
contabilização dos inventários, nos seguintes termos:

 Proceder às contagens físicas dos inventários com referência ao final do período, ou, ao
longo do período, de forma rotativa, de modo a que cada bem seja contado, pelo menos,
uma vez em cada período;

 Identificar os bens quanto à sua natureza, quantidade e custos unitários e globais, por
forma a permitir a verificação, a todo o momento, da correspondência entre as contagens
físicas e os respetivos registos contabilísticos.

244 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
Inventário permanente (art.º 12.º do DL 158/2009)
 Estão dispensadas da adoção do sistema de inventário permanente:
 As microentidades;
 Entidades que exerçam atividades de agricultura, produção animal, apicultura, caça,
silvicultura, exploração florestal, indústria piscatória e aquicultura;
 Pontos de vendas a retalho que, no seu conjunto, não apresentem, no período de um
exercício, vendas superiores a € 300.000 nem a 10% das vendas globais da respetiva
entidade;
 Entidades cuja atividade predominante consista na prestação de serviços, considerando-
se como tais as que apresentem, no período de um exercício, um custo das mercadorias
vendidas e das matérias consumidas que não exceda € 300.000 nem 20% dos respetivos
custos operacionais.

245 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
QUESTÕES DE REVISÃO

246 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
Questões de revisão
1 – O sistema de inventário intermitente carateriza-se por:

a) A conta de inventários refletir, a cada momento, o valor dos inventários em armazém;

b) Uma contabilização sistemática das entradas e saídas de armazém;

c) Alíneas a) e b);

d) Nenhuma das anteriores.

247 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
Questões de revisão
2 – O sistema de inventário permanente distingue-se do sistema de inventário periódico porque:

a) Utiliza nos registos contabilísticos contas totalmente diferentes;

b) Permite determinar o valor do custo das vendas;

c) O apuramento da margem bruta não obriga, necessariamente, a inventariação física à data de


relato;

d) O apuramento da margem bruta obriga, necessariamente, a inventariação física à data de


relato.

248 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
Questões de revisão
3 – Em inventário periódico, uma sobreavaliação dos inventários finais provoca:

a) Uma subavaliação do custo das mercadorias vendidas;

b) Uma sobreavaliação do custo das mercadorias vendidas;

c) Um decréscimo dos resultados do período;

d) Nenhuma das anteriores.

249 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
Questões de revisão
4 – A conta “regularização de inventários” tem de ficar, à data do balanço, com um saldo nulo.
Esta afirmação é:

a) Verdadeira, desde que seja utilizado o sistema de inventário permanente;

b) Falsa;

c) Verdadeira, independentemente do sistema de inventário utilizado;

d) Verdadeira, apenas se se utilizar o sistema de inventário periódico.

250 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
Questões de revisão
5 – Analisando o razão da conta “compras”, verificou-se que havia um valor inscrito no lado do
crédito. Isto pode significar que houve:

a) Uma devolução de compras;

b) Um desconto financeiro;

c) Um pagamento a fornecedores;

d) Todas as anteriores.

251 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
Questões de revisão
6 – Uma sociedade apresenta os seguintes movimentos no mês de dezembro do período de
2021, em relação ao produto A:

Dia Descrição Quantidade Preço unitário (euros)

2 Existências iniciais 240 8,40

8 Compra 700 8,80

10 Compra 140 9,00

20 Existências finais 320

252 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
Questões de revisão
6 – Indique o valor do inventário final, caso a sociedade utilize o método FIFO como critério de
custeio das saídas, considerando que as vendas efetuadas se realizaram após a última compra:

a) € 2.880;

b) € 2.816;

c) € 2.844;

d) € 2.720.

253 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
Questões de revisão
7 – Uma loja comercializa apenas um único modelo de calçado: as botas em pele. No seu
primeiro mês de funcionamento, essa loja faturou € 49.200, valor que inclui IVA liquidado à taxa
de 23% e que corresponde à venda de 500 pares de botas em “pele mate”. O custo médio de
compra das botas em pele foi de € 50 por cada par. Com a venda das botas em pele, a entidade
apurou uma margem sobre o preço de venda de:

a) 62,5%;

b) 50%;

c) 37,5%;

d) 30%.

254 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
Questões de revisão
8 – Em novembro de 2021, a entidade ABC adquiriu um imóvel por € 250.000, com o intuito de
posteriormente o revender, uma vez que o objeto social desta entidade é a compra e venda de
imóveis para revenda. No entanto, no final de dezembro de 2021, o referido imóvel ainda não
havia sido revendido e a entidade apurou, junto de um perito avaliador independente, que o
valor do imóvel era naquela data de € 230.000. No que respeita à mensuração subsequente
deste imóvel:
a) Tem de ser apresentado no balanço sempre pelo custo de aquisição, em virtude de ser um
imóvel adquirido para revenda;
b) Pode ser efetuada a revalorização do mesmo;
c) Pode ser mensurado ao custo ou ao justo valor, já que o imóvel configura uma propriedade de
investimento;
d) Nenhuma das anteriores.

255 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
Questões de revisão
9 – A entidade ABC iniciou a sua atividade em 2 de janeiro de 2018 e adquiriu, no decurso do
período de 2021, € 60.000 da mercadoria X, da qual não existia qualquer stock no início daquele
ano, tendo beneficiado de descontos de natureza comercial e financeira de € 3.000 e € 2.000,
respetivamente. Sabe-se, ainda, que durante o período de 2021, e no que respeita a esta
mercadoria, foram oferecidas a clientes € 250, inutilizadas devido a uma inundação € 450 e
autoconsumidas € 100. No final do período de 2021, encontravam-se no armazém € 22.200 da
mercadoria X. Relativamente à mercadoria X, o respetivo custo das mercadorias vendidas
referente ao período de 2021 foi de:
a) € 34.000;
b) € 32.000;
c) € 34.100;
d) € 32.100.

256 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
Questões de revisão
10 – A entidade ABC fabrica sapatos de luxo. Em outubro de 2021 entregou, em regime de
consignação, e pela primeira vez, 70 pares dos sapatos da marca UX na loja do seu cliente XYZ,
tendo negociado com o cliente um preço de venda de € 490 por cada par de sapatos. A margem
bruta praticada pela entidade ABC é de 40% sobre o preço de custo. Até 31 de dezembro de
2021, o cliente XYZ já vendeu 50 pares daqueles sapatos da marca UX ao preço de € 700 por
cada par. Relativamente àqueles sapatos à consignação, no inventário da entidade ABC,
reportado a 31 de dezembro de 2021, deve ser incluído o valor de:
a) € 0;
b) € 7.000;
c) € 9.800;
d) € 10.000.

257 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
Questões de revisão
11 – A entidade ABC, situada em Castro Marim (Algarve), dedica-se ao cultivo de alfarroba. O
recente incêndio que deflagrou naquela região, no passado mês de agosto, destruiu por
completo um terço das suas alfarrobeiras. O registo contabilístico da destruição daquelas
árvores de fruta, que ficaram totalmente ardidas, implicou a movimentação das seguintes
contas:
a) Débito da conta “655 – Perdas por imparidade – Em ativos fixos tangíveis” e crédito da conta
“439 – Ativos fixos tangíveis – Perdas por imparidade acumuladas”;
b) Débito da conta “6872 – Outros gastos – Gastos em investimentos não financeiros – Sinistros”
e crédito da conta “433 – Ativos fixos tangíveis – Equipamento básico”;
c) Débito da conta “664 – Perdas por reduções de justo valor – Em ativos biológicos” e crédito da
conta “3722 – Ativos biológicos – De produção – Plantas”;
d) Débito da conta “6872 – Outros gastos – Gastos em investimentos não financeiros – Sinistros”
e crédito da conta “3722 – Ativos biológicos – De produção – Plantas”.

258 Ricardo Antas Oliveira


Inventários
RÉDITO
CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO

NCRF 19 NCRF 20

259 Ricardo Antas Oliveira


Rédito – Situações particulares
Vendas à consignação

 Situações em que quem recebe os bens (comprador) encarrega-se de vender os bens pelo
expedidor (vendedor).

 O rédito é reconhecido pelo expedidor quando os bens forem vendidos a terceiros por quem
os recebe.

260 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Rédito – Situações particulares
Assinatura de publicações e similares

 O rédito é reconhecido em linha reta durante o período em que os bens sejam entregues.

261 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Rédito – Situações particulares
Vendas a prestações

 O rédito da venda é reconhecido aquando da entrega do ativo.

 O juro é reconhecido à medida que decorre o tempo.

262 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Rédito – Situações particulares
Honorários de serviços incluídos no preço do produto

 Quando o preço de venda de um bem inclui o preço de serviços subsequentes (assistência pós-
venda e melhoria do produto), essa quantia é diferida e reconhecida como rédito quando os
serviços forem prestados.

263 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Rédito – Situações particulares
Bilhetes de espectáculos

 O rédito da venda de bilhetes é reconhecido quando o acontecimento tem lugar.

 Quando for vendida uma assinatura para um determinado número de eventos, o preço é
imputado a cada evento numa base que reflita a extensão dos serviços realizados em cada
evento.

264 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Reconhecimento do rédito
Questões para reflexão

Reconhecer rédito em função da faturação recebida?

Reconhecer rédito em função da faturação emitida?

Reconhecer rédito numa base linear?

Reconhecer rédito em função do grau de acabamento?

265 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Contrato de construção – Definição
 Um contrato de construção é um contrato especificamente negociado para a construção de
um ativo ou de uma combinação de ativos que estejam intimamente inter-relacionados ou
interdependentes em termos da sua conceção, tecnologia e função ou do seu propósito ou uso
final.

266 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Rédito do contrato
O rédito do contrato é mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber.

A mensuração do rédito do contrato é afetada por uma variedade de incertezas que


dependem do desfecho de acontecimentos futuros.

As estimativas necessitam muitas vezes de ser revistas à medida que os acontecimentos


ocorram e as incertezas se resolvam.

Por isso, a quantia do rédito do contrato pode aumentar ou diminuir de um período para o
seguinte.

267 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Custos do contrato
Custos diretos do contrato: mão-de-obra direta, materiais, depreciações de ativos fixos
tangíveis utilizados, custo de alugar instalações e equipamentos, custos de movimentar os
ativos fixos tangíveis e os materiais de e para a obra, assistência técnica.

Custos que possam ser imputados ao contrato: seguros, assistência técnica não relacionada
com um contrato específico, gastos gerais de construção

Outros custos específicos debitáveis ao cliente: alguns gastos gerais administrativos e custos
de desenvolvimento para os quais o reembolso esteja especificado nos termos do contrato.

268 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Reconhecimento dos resultados
Quando o desfecho de um contrato de construção puder ser fiavelmente estimado, o rédito do
contrato e os custos do contrato associados ao contrato de construção devem ser reconhecidos
como rédito e gastos respetivamente com referência à FASE DE ACABAMENTO da atividade do
contrato à data do balanço.

MÉTODO DA PERCENTAGEM DE
ACABAMENTO

269 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Reconhecimento dos resultados
A fase de acabamento de um contrato pode ser determinada de várias formas, como por exemplo:

Com base na proporção dos custos do contrato incorridos no trabalho executado até à data
sobre os custos estimados totais do contrato

Com base num levantamento do trabalho executado

Com base na conclusão de uma proporção física do trabalho contratado

270 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Reconhecimento dos resultados
Quando o desfecho de um contrato de construção não puder ser fiavelmente estimado, o rédito
somente deve ser reconhecido até ao ponto em que seja provável que os custos do contrato
incorridos serão recuperáveis e os custos do contrato devem ser reconhecidos como um gasto no
período em que sejam incorridos.

MÉTODO DO LUCRO NULO

271 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
QUESTÕES DE REVISÃO

272 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Questões de revisão
1 – Os descontos comerciais concedidos a clientes constituem:

a) Uma componente negativa das vendas;

b) Uma componente negativa do custo das mercadorias vendidas;

c) Uma componente negativa das vendas e do custo das mercadorias vendidas;

d) Nenhuma das anteriores.

273 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Questões de revisão
2 – O reconhecimento do valor do rédito das vendas pode ser afetado:

a) Por descontos financeiros concedidos na própria fatura;

b) Por descontos financeiros concedidos através de nota de crédito posterior à fatura;

c) Por devoluções de mercadorias;

d) Não é afetado por nenhuma das situações anteriores.

274 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Questões de revisão
3 – Em 20 de dezembro de 2021, a entidade ABC emitiu e reconheceu uma fatura relativa à
venda de um lote de mercadorias com pagamento a 60 dias. Em abril de 2022 verificou que, à
data de 31 de dezembro de 2021, a mercadoria constava dos inventários, por não ter sido ainda
levantada pelo comprador, facto pelo qual foi contada na inventariação física efetuada no final
do ano. Esta situação implica que no balanço em 31 de dezembro de 2021:

a) O ativo e o capital próprio estejam subavaliados;

b) O ativo e o capital próprio estejam sobreavaliados;

c) O rédito e o custo das vendas estejam sobreavaliados;

d) Não existia qualquer erro.

275 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Questões de revisão
4 – A entidade ABC vende artigos de desporto em regime de consignação, tendo enviado 800
camisolas da seleção nacional para a entidade XYZ, a € 20/cada, cujo custo foi de € 10/cada.
Durante o período de 2021, a entidade ABC vendeu 500 camisolas. O rédito a ser reconhecido,
nesse período, na entidade ABC, será de:

a) € 16.000;

b) € 10.000;

c) € 8.000;

d) Nenhum, o rédito só será reconhecido quando os produtos forem integralmente vendidos.

276 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Questões de revisão
5 – Regra geral, os contratos de construção determinam a existência de adiantamentos e
pagamentos progressivos ao longo do período da construção. Estes adiantamentos e
pagamentos progressivos:

a) Refletem sempre a proporção do trabalho executado;

b) Afetam o montante do rédito reconhecido em cada período;

c) Refletem apenas operações financeiras sem qualquer efeito nos resultados do período;

d) Refletem sempre a percentagem de acabamento do contrato.

277 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Questões de revisão
6 – Sobre o reconhecimento dos resultados nos contratos de construção, indique qual das
seguintes afirmações é verdadeira:
a) Se o desfecho do contrato puder ser estimado com fiabilidade, tanto pode ser adotado o
método da percentagem de acabamento como o método do lucro nulo;
b) Se o desfecho do contrato não puder ser estimado com fiabilidade, deve ser adotado o
método do lucro nulo;
c) Se a percentagem de faturação for inferior à percentagem de acabamento, terá de ser
movimentada a rubrica “rendimentos a reconhecer”;
d) Se a percentagem de faturação for superior à percentagem de acabamento, terá de ser
movimentada a rubrica “devedores por acréscimos de rendimentos”.

278 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Questões de revisão
7 – Quando o desfecho de um contrato de construção não é fiavelmente estimado, qual o
montante de rédito a reconhecer?

a) Nenhum rédito pode ser reconhecido;

b) Deve igualar o montante dos custos incorridos na execução do contrato;

c) Deve igualar o montante dos custos recuperáveis incorridos na execução do contrato;

d) Nenhuma das anteriores.

279 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Questões de revisão
8 – No âmbito dos investimentos que a entidade ABC efetua, inclui-se a construção e venda de
prédios para habitação. A entidade adquire os terrenos onde posteriormente constrói os
prédios, subcontratando, entre outros, os serviços de gestão dos projetos e de arquitetos a
outras entidades, mediante a celebração de contratos de prestação de serviços. Para o
reconhecimento dos gastos e réditos relacionados com aqueles prédios:
a) Quer a entidade ABC quer as entidades que lhe prestam serviços por subcontratação, devem
aplicar o disposto na NCRF 19 – Contratos de construção;
b) Apenas as entidades que prestam serviços por subcontratação à entidade ABC devem aplicar
o disposto na NCRF 19 – Contratos de construção;
c) Apenas a entidade ABC deve aplicar o disposto na NCRF 19 – Contratos de construção;
d) Quer a entidade ABC quer as entidades que lhe prestam serviços por subcontratação, podem
optar por aplicar o disposto na NCRF 18 – Inventários ou na NCRF 19 – Contratos de construção.

280 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Questões de revisão
9 – A entidade ABC foi subcontratada para a construção de um edifício fabril, tendo incorrido,
entre outros, nos seguintes custos: mão-de-obra direta (€ 10.200); engenheiro que supervisiona
a obra (€ 300); aluguer de uma grua (€ 1.340); materiais usados na obra (€ 23.600); custos de
desenvolvimento de uma chaminé para libertação de gases do edifício (€ 980), dos quais € 500
serão reembolsados pelo cliente. Sabe-se, ainda, que a entidade vendeu parte das tábuas
utilizadas na cofragem da obra pelo valor de € 260. Os custos do contrato de construção do
edifício fabril ascendem a:
a) € 35.680;
b) € 36.120;
c) € 35.440;
d) Nenhuma das anteriores.

281 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Questões de revisão
10 – A entidade ABC celebrou, em 1 de junho de 2021, um contrato de prestação de serviços de
assessoria informática com um cliente, com a validade de 2 anos ou 100 horas, ascendendo o
contrato a € 24.000 (IVA não incluído). No final de 2021, a entidade ABC havia faturado e
recebido 80% do valor acordado com o cliente, todavia apenas havia incorrido em € 6.000 de um
total de € 12.000 de custos estimados com o contrato. Face ao exposto, a 31 de dezembro de
2021, a entidade ABC deverá relevar:

a) Um rendimento diferido de € 7.200;

b) Um rédito de € 19.200;

c) Um rédito de € 24.000;

d) Um acréscimo de rendimentos de € 7.200.

282 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Questões de revisão
11 – A entidade ABC utiliza o método da percentagem de acabamento para a contabilização de
prestações de serviços plurianuais. No período de 2019, a entidade iniciou uma prestação de
serviços para a qual fixou o preço de € 2.000.000. O contrato previa a conclusão do serviço no
período de 2022. Sabe-se a seguinte informação (valores em euros):

Gastos acumulados Estimativa de custos da


Período
incorridos prestação de serviços

2019 300.000 1.500.000


2020 700.000 1.550.000
2021 1.350.000 1.600.000

283 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Questões de revisão
11 – No período de 2021, a entidade ABC deverá reconhecer um rédito no montante de
(aproximadamente):

a) € 650.000;

b) € 895.343;

c) € 784.274;

d) € 1.687.500.

284 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Questões de revisão
12 – No período de 2019, a entidade ABC celebrou um contrato de construção sem revisão de
preços, tendo a obra sido adjudicada por € 2.000.000. O contrato previa que a obra se iniciasse
com a respetiva assinatura e que estivesse concluído em 2022. A entidade utiliza o método da
percentagem de acabamento para a contabilização deste tipo de contratos de longo prazo. Foi
possível obter ainda a seguinte informação (em euros):

Gastos acumulados Estimativa de gastos para


Período
incorridos completar a obra

2019 450.000 1.050.000


2020 1.155.000 595.000
2021 1.620.000 180.000

285 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Questões de revisão
12 – O rédito reconhecido na demonstração dos resultados do período de 2021 relacionado com
o referido contrato é de:

a) € 480.000;

b) € 1.800.000;

c) € 1.620.000;

d) € 465.000.

286 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Questões de revisão
13 – Em 2 de janeiro de 2021, foi celebrado um contrato de construção de um edifício, o qual foi
adjudicado por € 6.000.000. Os gastos estimados inicialmente ascendiam a € 4.800.000 e previa-
se uma duração da obra de 3 anos. Ao longo de 2021, a faturação referente a trabalhos
relacionados com a obra e os gastos incorridos totalizaram a importância de € 2.400.000 cada.
No final do ano, o empreiteiro considerou ter havido derrapagem nos gastos e reviu em alta os
gastos totais previstos para o contrato, para € 5.000.000. Qual o valor a considerar como rédito
no período de 2021?
a) € 2.400.000;
b) € 0;
c) € 2.880.000;
d) € 3.000.000.

287 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
Questões de revisão (Exame ITA 30/11/2013)
14 – Em 3 de janeiro de 2012 foi celebrado entre a sociedade Beltom (dono da obra) e a
sociedade Construções do Arco (empreiteiro) um contrato para a construção de um edifício. O
contrato estipula um preço fixo de € 4.800.000, sendo a previsão de duração da obra de 3 anos.
Os gastos totais estimados pelo empreiteiro eram inicialmente de € 3.200.000, tendo faturado
ao longo do primeiro ano € 1.200.000. Os gastos incorridos em 2012 ascenderam a € 1.600.000.
No final deste ano, o empreiteiro reviu em alta os gastos totais do contrato para € 4.000.000.
Assim, qual o valor a considerar como rédito pelo empreiteiro no ano de 2012:
a) € 0;
b) € 1.200.000;
c) € 2.400.000;
d) € 1.920.000.

288 Ricardo Antas Oliveira


Rédito / Contratos de construção
PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES
ATIVOS CONTINGENTES

NCRF 21
289 Ricardo Antas Oliveira
Procedimento
Perante uma determinada situação, a entidade deve decidir se

RECONHECE?

DIVULGA?

NÃO ATUA?

290 Ricardo Antas Oliveira


Provisões, passivos contingente e ativos contingentes
Procedimento
Podemos igualmente, para cada tipo de situação, enquadrá-la numa perspetiva probabilística

PROVÁVEL?

POSSÍVEL?

REMOTA?

291 Ricardo Antas Oliveira


Provisões, passivos contingente e ativos contingentes
Provisões
 As provisões só devem ser reconhecidas quando cumulativamente:

 Uma entidade tenha uma obrigação presente (legal ou construtiva) como resultado de
um acontecimento passado;

 Seja provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será
necessário para liquidar a obrigação; e

 Possa ser efetuada uma estimativa fiável da quantia da obrigação.

292 Ricardo Antas Oliveira


Provisões, passivos contingente e ativos contingentes
Passivos contingentes
 Uma entidade não deve reconhecer um passivo contingente.

 Os passivos contingentes deverão ser continuamente avaliados.

 Um passivo contingente é divulgado a menos que seja remota a possibilidade de ocorrer um


exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos.

293 Ricardo Antas Oliveira


Provisões, passivos contingente e ativos contingentes
Passivos incertos

PROVÁVEL PROVISIONAR

POSSÍVEL DIVULGAR

REMOTA NÃO SE FAZ NADA

294 Ricardo Antas Oliveira


Provisões, passivos contingente e ativos contingentes
Ativos contingentes
 Uma entidade não deve reconhecer um ativo contingente.

 Um ativo contingente é divulgado quando for provável um influxo de benefícios económicos.

 Porém, quando a realização de rendimentos esteja virtualmente certa, então o ativo


relacionado não é um ativo contingente e o seu reconhecimento é apropriado.

295 Ricardo Antas Oliveira


Provisões, passivos contingente e ativos contingentes
Ativos incertos

PROVÁVEL DIVULGAR

POSSÍVEL DIVULGAR

REMOTA NÃO SE FAZ NADA

296 Ricardo Antas Oliveira


Provisões, passivos contingente e ativos contingentes
QUESTÕES DE REVISÃO

297 Ricardo Antas Oliveira


Provisões, passivos contingente e ativos contingentes
Questões de revisão
1 – Qual das seguintes afirmações está correta:

a) Uma entidade não deve reconhecer um passivo contingente;

b) Os passivos contingentes deverão ser continuamente avaliados;

c) Um passivo contingente é divulgado a menos que seja remota a possibilidade de ocorrer um


exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos;

d) Todas as afirmações anteriores são verdadeiras.

298 Ricardo Antas Oliveira


Provisões, passivos contingente e ativos contingentes
Questões de revisão
2 – Qual das seguintes afirmações está correta:

a) Uma entidade deve reconhecer um ativo contingente;

b) Um ativo contingente é divulgado quando for remota a probabilidade de um influxo de


benefícios económicos;

c) Um ativo contingente deve ser reconhecido quando for provável um influxo de recursos;

d) Todas as afirmações anteriores são falsas.

299 Ricardo Antas Oliveira


Provisões, passivos contingente e ativos contingentes
Questões de revisão
3 – Sabendo que uma entidade, devido à atividade que exerce, contamina terrenos, e que
apesar de a lei não o exigir tem uma política ambiental, altamente divulgada, de
descontaminação:

a) A contaminação do terreno cria uma obrigação construtiva, porque a conduta da entidade


criou expetativa válida nos interessados;

b) A entidade deve divulgar no anexo um passivo contingente;

c) A entidade deve reconhecer uma provisão, já que existe um acontecimento que cria
obrigações e a obrigação tem caráter legal;

d) Todas as respostas anteriores são verdadeiras.

300 Ricardo Antas Oliveira


Provisões, passivos contingente e ativos contingentes
Questões de revisão
4 – A ABC é uma entidade que se dedica ao comércio de viaturas ligeiras de passageiros,
comercializando as suas viaturas com uma garantia de 3 anos ou 100.000 kms. De acordo com os
registos passados, verifica-se, estatisticamente, que o valor das reparações em garantia
efetuadas anualmente corresponde a cerca de 0,5% do valor das viaturas que a entidade vendeu
no ano anterior. Anualmente, a entidade deve:
a) Reconhecer uma provisão;
b) Reconhecer um passivo contingente;
c) Reconhecer um gasto na conta “6221 – Trabalhos especializados”, pelo valor total do custo
das reparações efetuadas em garantias;
d) Divulgar um passivo contingente no anexo.
301 Ricardo Antas Oliveira
Provisões, passivos contingente e ativos contingentes
Questões de revisão
5 – Uma entidade tem a obrigação legal de restaurar uma bacia de mar dos danos que causou
no passado. A quantia a pagar em 31 de dezembro de 2023 é de € 1.000. A entidade considera
que a taxa apropriada de desconto é de 15% e o valor do dinheiro no tempo é materialmente
relevante. A quantia de provisão descontada à data de 31 de dezembro de 2021 é de:

a) € 756,14;

b) € 869,57;

c) € 1.322,50;

d) € 1.150,00.

302 Ricardo Antas Oliveira


Provisões, passivos contingente e ativos contingentes
Questões de revisão
6 – A entidade ABC vendeu, durante o ano de 2019, 70.000 unidades de um determinado artigo
a € 120/unidade. Sabe-se que estes artigos vendidos têm um período de garantia de 2 anos e,
em média, os custos associados com as reparações e substituição de artigos vendidos ascendem
a 2% do valor dos artigos vendidos. Relativamente aos artigos vendidos em 2019, a entidade
ABC prestou serviço pós-venda, no período de 2020, no montante total de € 50.000. Face ao
exposto e sabendo que não ocorreram quaisquer outros movimentos relacionados com aqueles
artigos vendidos, o reconhecimento contabilístico a efetuar em 31/12/2021 deverá ser:
a) Debitar “67 – Provisões do período” e creditar “29 – Provisões”, por € 118.000;
b) Debitar “29 – Provisões” e creditar “76 – Reversões”, por € 168.000;
c) Debitar “29 – Provisões” e creditar “76 – Reversões”, por € 118.000;
d) Não efetuar qualquer lançamento, porque não foram prestados serviços pós-venda no
período de 2021.
303 Ricardo Antas Oliveira
Provisões, passivos contingente e ativos contingentes
Questões de revisão
7 – A entidade ABC adquiriu o direito de exploração de uma mina de lítio, pelo período de 50
anos, tendo ficado a cargo desta entidade a requalificação da zona envolvente, para reparação
de danos ambientais, no final do período de concessão. Estima-se que o dispêndio com a
requalificação ascenda a € 300.000, sendo o respetivo valor presente, na data do
reconhecimento inicial do direito de exploração, de € 140.000. Considerando somente a
informação disponibilizada, qual das seguintes afirmações reflete o correto reconhecimento
inicial do valor da requalificação:
a) Reconhecer uma provisão por € 140.000;
b) Reconhecer uma provisão por € 300.000;
c) Reconhecer um diferimento por € 160.000;
d) Reconhecer um acréscimo por € 160.000.

304 Ricardo Antas Oliveira


Provisões, passivos contingente e ativos contingentes
SUBSÍDIOS E OUTROS APOIOS DAS
ENTIDADES PÚBLICAS

NCRF 22
305 Ricardo Antas Oliveira
Definições
 Subsídios relacionados com ativos – são subsídios das entidades públicas cuja condição
primordial é a de que a entidade que a eles se propõe deve comprar, construir ou por qualquer
forma adquirir ativos a longo prazo. Podem também estar ligadas condições subsidiárias
restringindo o tipo ou a localização dos ativos ou dos períodos durante os quais devem ser
adquiridos ou detidos.

 Subsídios relacionados com rendimentos – são subsídios das entidades públicas que não
sejam os que estão relacionados com ativos.

306 Ricardo Antas Oliveira


Subsídios e outros apoios das entidades públicas
Subsídios não reembolsáveis
 Os subsídios das entidades públicas não reembolsáveis relacionados com ativos fixos tangíveis
e intangíveis devem ser inicialmente reconhecidos nos capitais próprios e,
subsequentemente:

 Quanto aos que respeitam a ativos fixos tangíveis depreciáveis e intangíveis


amortizáveis, imputados numa base sistemática como rendimentos durante os períodos
necessários para balanceá-los com os gastos relacionados que se pretende que eles
compensem;

 Quanto aos que respeitem a ativos fixos tangíveis não depreciáveis, mantidos nos
capitais próprios, exceto se a respetiva quantia for necessária para compensar qualquer
perda por imparidade.

307 Ricardo Antas Oliveira


Subsídios e outros apoios das entidades públicas
Subsídios reembolsáveis

Os subsídios das entidades públicas reembolsáveis são


contabilizados como passivos

PRÉMIOS DE REALIZAÇÃO

308 Ricardo Antas Oliveira


Subsídios e outros apoios das entidades públicas
Nota de enquadramento – Conta 593
Aquando do seu registo inicial, o subsídio prefigura um aumento nos benefícios económicos durante o
período contabilístico que resulta em aumento do capital próprio. Porém, e uma vez que os subsídios
estão sujeitos a tributação, o aumento do capital próprio apenas se circunscreve à quantia do subsídio (a
registar a crédito da conta 5931 – Subsídios atribuídos, por débito de meios financeiros líquidos ou de
uma subconta da conta 278 – Outros devedores e credores), deduzida da quantia do imposto que lhe está
associado (a registar a débito da conta 5932 – Ajustamentos em subsídios, por crédito de uma subconta
da conta 278 – Outros devedores e credores). Em cada um dos períodos subsequentes em que o subsídio
é reconhecido como rendimento na demonstrações dos resultados, é também reconhecido o
correspondente imposto, sendo, então, debitada a conta 5931 – Subsídios atribuídos por crédito da conta
7883 – Imputação de subsídios para investimentos e creditada a conta 5932 – Ajustamentos em subsídios
por débito da subconta da conta 278 – Outros devedores e credores.

309 Ricardo Antas Oliveira


Subsídios e outros apoios das entidades públicas
QUESTÕES DE REVISÃO

310 Ricardo Antas Oliveira


Subsídios e outros apoios das entidades públicas
Questões de revisão
1 – Os subsídios de entidades públicas reembolsáveis devem ser reconhecidos:

a) Como passivo, numa conta de devedores por acréscimos de rendimentos;

b) Como passivo, numa conta de financiamentos obtidos;

c) Como capital próprio até que o mesmo seja exigível;

d) Nenhuma das anteriores.

311 Ricardo Antas Oliveira


Subsídios e outros apoios das entidades públicas
Questões de revisão
2 – Os subsídios de entidades públicas não reembolsáveis, relacionados com ativos fixos
tangíveis, depreciáveis ou não, devem inicialmente ser:

a) Capitalizados em ativos fixos tangíveis;

b) Reconhecidos numa conta de capitais próprios;

c) Reconhecidos como rendimentos do período;

d) Reconhecidos numa conta de devedores por acréscimos de rendimentos.

312 Ricardo Antas Oliveira


Subsídios e outros apoios das entidades públicas
Questões de revisão
3 – Os subsídios de entidades públicas não reembolsáveis, relacionados com ativos intangíveis
com vida útil indefinida, devem inicialmente ser:

a) Capitalizados em ativos fixos tangíveis;

b) Reconhecidos numa conta de capitais próprios;

c) Reconhecidos como rendimentos do período;

d) Reconhecidos numa conta de devedores por acréscimos de rendimentos.

313 Ricardo Antas Oliveira


Subsídios e outros apoios das entidades públicas
Questões de revisão
4 – Uma entidade recebeu em 2021 um apoio, não reembolsável, de € 10.000 em dinheiro para
compensar os custos com a publicação de um livro, cuja edição será integral e imediatamente
vendida a uma instituição universitária por um preço que apenas cobre os custos variáveis de
produção. A entidade deverá classificar o apoio recebido como:

a) Outras variações nos capitais próprios;

b) Subsídio à exploração;

c) Diferimentos – Rendimentos a reconhecer;

d) Nenhuma das anteriores.

314 Ricardo Antas Oliveira


Subsídios e outros apoios das entidades públicas
Questões de revisão
5 – Uma entidade adquiriu, em 3 de janeiro de 2021, com pagamento a 60 dias, duas máquinas
industriais pelo montante global de € 105.000. A vida útil atribuída a esses equipamentos foi de
10 anos e o método de cálculo das quotas de depreciação utilizado foi o da linha reta, taxas
anualizadas. A entidade tinha-se candidatado a um projeto de apoio ao investimento e foi
informada, em 20 de dezembro de 2021, que lhe tinha sido atribuído um subsídio
governamental, não reembolsável, de € 42.000, o qual veio a ser recebido em 15 de março de
2022. Em 31/12/2021, a conta “5931 – Subsídios atribuídos” deveria ser debitada por:
a) € 0;
b) € 350;
c) € 4.200;
d) € 8.400.

315 Ricardo Antas Oliveira


Subsídios e outros apoios das entidades públicas
Questões de revisão
6 – No âmbito da estratégia de diversificação da sua atividade, uma entidade tomou de
arrendamento uma fábrica de transformação de ananás, cuja modernização beneficiou, no
âmbito de uma candidatura a fundos comunitários, de um subsídio reembolsável de € 100.000.
O objetivo do investimento prendeu-se essencialmente com a necessidade de atingir a
qualidade necessária à exportação. No momento da atribuição, o subsídio concedido deve ser
contabilizado:
a) A débito da conta “2781 – Outros devedores” e a crédito da conta “282 – Diferimentos –
Rendimentos a reconhecer”;
b) A débito da conta “2781 – Outros devedores” e a crédito da conta “751 – Subsídios à
exploração”;
c) A débito da conta “2781 – Outros devedores” e a crédito da conta “593 – Subsídios”;
d) Nenhuma das anteriores.

316 Ricardo Antas Oliveira


Subsídios e outros apoios das entidades públicas
Questões de revisão
7 – No âmbito de uma auditoria técnica, posterior ao recebimento da última tranche de um
subsídio relacionado com rendimentos, realizada em abril de 2021, foi detetado que uma
entidade não cumpriu os requisitos previstos no contrato associado ao subsídio, concretamente
a manutenção de um posto de trabalho desde fevereiro de 2021. O valor global do subsídio
contratualizado (e já totalmente recebido em 2020) ascendia a € 120.000. Sabendo que a
entidade terá de reembolsar, em 2021, € 14.000 à entidade pública que concedeu o subsídio,
por incumprimento das condições contratualizadas, e que até à data do reembolso a entidade já
havia imputado a rendimentos € 110.000 daquele subsídio, a contabilização daquele reembolso
no ano 2021 implica:
a) Reconhecer integralmente os € 14.000 a débito da conta “56 – Resultados transitados”;
b) Reconhecer integralmente os € 14.000 como um gasto do período de 2021;
c) Debitar a conta “5931 – Outras variações no capital próprio – Subsídios – Subsídios atribuídos”
por € 10.000 e debitar uma conta de gastos por € 4.000;
d) Debitar a conta “282 – Diferimentos – Rendimentos a reconhecer” por € 10.000 e uma conta
de gastos por € 4.000.
317 Ricardo Antas Oliveira
Subsídios e outros apoios das entidades públicas
Questões de revisão
8 – Um subsídio para a criação de postos de trabalho, em que 40% do valor é para compensar os
gastos incorridos no período com os trabalhadores e os restantes 60% é para compensar os
gastos a incorrer em períodos futuros, deve ser inicialmente reconhecido a crédito da(s)
conta(s):
a) “75 – Subsídios à exploração” por 40% do valor e “282 – Diferimentos – Rendimentos a
reconhecer” pelos restantes 60%;
b) “75 – Subsídios à exploração” pela totalidade do valor;
c) “75 – Subsídios à exploração” por 40% do valor e “2721 – Devedores por acréscimos de
rendimentos” pelos restantes 60%;
d) Na subconta “7883 – Imputação de subsídios para investimentos” por 40% do valor e “282 –
Diferimentos – Rendimentos a reconhecer” pelos restantes 60%.

318 Ricardo Antas Oliveira


Subsídios e outros apoios das entidades públicas
Questões de revisão
9 – Em janeiro de 2019, a entidade ABC iniciou a construção de um novo armazém de
mercadorias, tendo o mesmo ficado concluído e disponível para uso no início de outubro do
mesmo ano. O custo total daquele armazém (valor do terreno excluído) ascendeu a € 950.000 e
foi-lhe atribuída uma vida útil de 25 anos e um valor residual nulo. A entidade adota o método
da linha reta no cálculo das depreciações do armazém, em regime de duodécimos. No início de
dezembro de 2019, a entidade recebeu um subsídio governamental não reembolsável para
financiar 70% do custo da construção do armazém. Não considerando qualquer efeito relativo a
impostos, a entidade ABC deverá apresentar no seu balanço reportado a 31/12/2021:
a) Um ativo fixo tangível de € 864.500, e um subsídio inscrito no passivo de € 609.583;
b) Um ativo fixo tangível de € 864.500, e um subsídio inscrito no capital próprio de € 605.150;
c) Um ativo fixo tangível de € 874.000, e um subsídio inscrito no passivo de € 611.800;
d) Um ativo fixo tangível de € 864.500, e um subsídio inscrito no capital próprio de € 609.583.

319 Ricardo Antas Oliveira


Subsídios e outros apoios das entidades públicas
ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO
BALANÇO

NCRF 24
320 Ricardo Antas Oliveira
Introdução
 As demonstrações financeiras reportam-se a uma determinada data, regra geral 31 de
dezembro, e, por isso, refletem todas as transações que ocorreram entre o início do período e
aquela data.
 No entanto, desde a referida data até à data em que as demonstrações financeiras são
autorizadas para emissão poderão ocorrer acontecimentos com grande impacto na situação
financeira, no desempenho da entidade e nos seus fluxos de caixa, por vezes até na sua
própria continuidade.
 Estes acontecimentos, denominados de acontecimentos subsequentes à data do balanço,
devem ser refletidos ou por ajustamento nas demonstrações financeiras ou por divulgação no
anexo.

321 Ricardo Antas Oliveira


Acontecimentos após a data do balanço
Definições
ACONTECIMENTOS APÓS
A DATA DO BALANÇO
São acontecimentos subsequentes, favoráveis e
COM LUGAR desfavoráveis, que ocorram entre a data do
A AJUSTAMENTO
balanço e a data em que as DF forem autorizadas
SEM LUGAR
A AJUSTAMENTO para emissão pelo órgão de gestão.
DATA DE AUTORIZAÇÃO
PARA EMISSÃO DAS DF

322 Ricardo Antas Oliveira


Acontecimentos após a data do balanço
Definições
ACONTECIMENTOS APÓS
A DATA DO BALANÇO
São os acontecimentos que proporcionem prova de
condições que existiam à data do balanço, mas
COM LUGAR
A AJUSTAMENTO eram desconhecidas.
SEM LUGAR Nesta situação exige-se que a entidade ajuste as
A AJUSTAMENTO
quantias reconhecidas nas suas DF, ou que
DATA DE AUTORIZAÇÃO
PARA EMISSÃO DAS DF reconheça itens que não foram anteriormente
reconhecidos.

323 Ricardo Antas Oliveira


Acontecimentos após a data do balanço
Definições
São os acontecimentos que apenas sejam
ACONTECIMENTOS APÓS
indicativos de condições que surgiram após a data
A DATA DO BALANÇO
do balanço. Consequentemente, refletem-se nas
COM LUGAR DF relativas ao período de relato financeiro
A AJUSTAMENTO seguinte.
SEM LUGAR
A AJUSTAMENTO NOTA

DATA DE AUTORIZAÇÃO Sempre que estes acontecimentos forem de tal


PARA EMISSÃO DAS DF importância que a não divulgação afetaria a
capacidade dos utentes das DF de fazer avaliações
e tomar decisões apropriadas, uma entidade deve
divulgar essa informação.

324 Ricardo Antas Oliveira


Acontecimentos após a data do balanço
Definições
ACONTECIMENTOS APÓS
A DATA DO BALANÇO
É a data a partir da qual as DF aprovadas pelo órgão
COM LUGAR de gestão se disponibilizam para conhecimento de
A AJUSTAMENTO terceiros ou, se aplicável, de um conselho de
SEM LUGAR
supervisão (constituído unicamente por não-
A AJUSTAMENTO executivos)‫‏‬.

DATA DE AUTORIZAÇÃO NOTA


PARA EMISSÃO DAS DF Em Portugal, considera-se que a data da
autorização para emissão é a data de aprovação das
contas pelo órgão de gestão (não pela AG)‫‏‬.

325 Ricardo Antas Oliveira


Acontecimentos após a data do balanço
Reconhecimento e mensuração
EM RESUMO

Se estamos perante a confirmação de situações EXISTENTES na data do balanço

REQUER AJUSTAMENTO

Se estamos perante situações NOVAS

REQUEREM DIVULGAÇÃO Acontecimentos


materialmente relevantes

326 Ricardo Antas Oliveira


Acontecimentos após a data do balanço
QUESTÕES DE REVISÃO

327 Ricardo Antas Oliveira


Acontecimentos após a data do balanço
Questões de revisão
1 – O período subsequente é entendido como aquele que ocorre:

a) Entre a data de aprovação de contas e a sua publicação;

b) Entre a data de referência do balanço e a data da assembleia para deliberação sobre a


aprovação de contas;

c) Entre 31/12/N e 31/03/N+1;

d) Nenhuma das anteriores.

328 Ricardo Antas Oliveira


Acontecimentos após a data do balanço
Questões de revisão
2 – Um acontecimento do período subsequente dará lugar a um ajustamento apenas quando:

a) Proporcione prova de condições que existiam à data do balanço;

b) Seja indicativo de que está em causa o pressuposto da continuidade;

c) O órgão de gestão assim o decidir, em função dos efeitos económicos decorrentes do


reconhecimento, ou não, do ajustamento;

d) Nenhuma das anteriores.

329 Ricardo Antas Oliveira


Acontecimentos após a data do balanço
Questões de revisão
3 – A reclassificação, em fevereiro de N, de importantes ativos fixos tangíveis para ativos não
correntes detidos para venda, obriga, no período N-1:

a) A um ajustamento nas demonstrações financeiras do período anterior;

b) À divulgação no anexo;

c) A nada fazer;

d) À divulgação no relatório de gestão.

330 Ricardo Antas Oliveira


Acontecimentos após a data do balanço
Questões de revisão
4 – Desde fevereiro de 2022, e até à data da autorização para emissão das demonstrações
financeiras de 2021, que se vem a assistir a uma queda progressiva nas taxas de câmbio do
rublo. Em 31 de dezembro de 2021, uma entidade tem uma importante dívida a receber, a 6
meses, de um cliente, expressa em rublos. Perante este facto, o contabilista certificado deve:

a) Efetuar um ajustamento ainda em 2021, refletindo prudentemente aquela perda potencial


nas demonstrações financeiras de 2021;

b) Divulgar o acontecimento no anexo;

c) Nada fazer;

d) Nenhuma das anteriores.

331 Ricardo Antas Oliveira


Acontecimentos após a data do balanço
Questões de revisão
5 – O seguinte facto ocorrido no período subsequente requer ajustamento das contas antes da
apresentação das demonstrações financeiras à assembleia-geral:

a) Perdas no edifício resultantes de um incêndio;

b) Alterações das cotações das ações detidas como investimentos;

c) Suspensão inesperada de pagamentos por parte de um importante cliente da entidade;

d) Perdas num processo judicial interposto contra a entidade, cujo resultado era incerto no final
do período.

332 Ricardo Antas Oliveira


Acontecimentos após a data do balanço
BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS

NCRF 28
333 Ricardo Antas Oliveira
Tipos de benefícios dos empregados
Benefícios de curto prazo

Benefícios pós-emprego

Outros benefícios a longo prazo

Benefícios de cessação de emprego

334 Ricardo Antas Oliveira


Benefícios dos empregados
Participações nos lucros (gratificações)
 Nos termos da NCRF 28, uma entidade deve reconhecer o custo esperado dos pagamentos de
participação nos lucros e bónus quando haja obrigação presente legal ou construtiva de fazer
tais pagamentos em consequência de acontecimentos passados e possa ser feita uma
estimativa fiável da obrigação.

 Uma obrigação construtiva resulta da tradição ou dos hábitos da entidade e que sejam
esperadas pelos empregados. Práticas informais dão origem a uma obrigação construtiva
quando a entidade não tiver alternativa realista senão pagar benefícios aos empregados. É
exemplo de uma obrigação construtiva quando uma alteração nas práticas informais da
entidade causasse um dano inaceitável no seu relacionamento com os empregados.

335 Ricardo Antas Oliveira


Benefícios dos empregados
Participações nos lucros (gratificações)
 Uma obrigação segundo planos de participação nos lucros e de bónus resulta do serviço dos
empregados e não de uma transação com os proprietários da entidade.

 Por conseguinte, uma entidade reconhece o custo de planos de participação nos lucros e de
bónus não como uma distribuição do lucro líquido mas como um gasto.

336 Ricardo Antas Oliveira


Benefícios dos empregados
QUESTÕES DE REVISÃO

337 Ricardo Antas Oliveira


Benefícios dos empregados
Questões de revisão
1 – A Marília Sousa, empregada da entidade ABC desde a sua constituição, passou por grandes
dificuldades financeiras desde o início de 2021. Em julho desse ano pediu à entidade ABC um
adiantamento de € 3.600. Nesse mesmo momento, acordou com entidade ABC que em outubro de 2021
liquidaria essa dívida. A funcionária contava então conseguir superar o difícil momento que vivia. Porém,
verificou-se depois que o dito pagamento não aconteceu e, pior ainda, desde dezembro de 2021 que se
desconhece o seu paradeiro, constando que terá emigrado julga-se que para a América do Sul. Em
dezembro de 2021, o contabilista certificado da entidade ABC reconheceu uma perda por imparidade
pelo valor total do adiantamento. A entidade ABC tem efetuado diligências, de modo insistente e por
várias vezes, com vista a recuperar o valor emprestado. Lamentavelmente, tais esforços revelaram-se em
vão. O reconhecimento da imparidade em 2021 relativa a este crédito deverá ter sido efetuado nas
seguintes contas:
a) Débito de “239 – Pessoal – Perdas por imparidade acumuladas” e crédito de “2322 – Pessoal –
Adiantamentos – Ao pessoal”;
b) Débito de “6512 – Perdas por imparidade – Outros devedores” e crédito de “239 – Pessoal – Perdas por
imparidade acumuladas”;
c) Débito de “2322 – Pessoal – Adiantamentos – Ao pessoal” e crédito de “239 – Pessoal –Perdas por
imparidade acumuladas”;
d) Débito de “638 – Gastos com o pessoal – Outros gastos com o pessoal” e crédito de “2322 – Pessoal –
Adiantamentos – Ao pessoal”.
338 Ricardo Antas Oliveira
Benefícios dos empregados
Questões de revisão
2 – No final de maio de 2022, ao processar e contabilizar as remunerações dos empregados, a
entidade ABC deverá:
a) Creditar a conta “632 – Gastos com o pessoal – Remunerações do pessoal”, pelo montante
líquido das remunerações a pagar aos empregados;

b) Debitar a conta “242 – Estado e outros entes públicos – Retenção de impostos sobre
rendimentos”, pelas retenções na fonte de IRS calculadas sobre as remunerações brutas dos
empregados;

c) Creditar a conta “245 – Estado e outros entes públicos – Contribuições para a Segurança
Social”, pelos encargos e retenções sobre remunerações para a Segurança Social;

d) Nenhuma das anteriores.

339 Ricardo Antas Oliveira


Benefícios dos empregados
Questões de revisão
3 – No âmbito do normativo nacional que prescreve a contabilização dos benefícios dos
empregados, identifique a resposta verdadeira:
a) Os benefícios não monetários (tais como cuidados médicos, habitação, automóvel e bens ou
serviços gratuitos ou subsidiados) relativos aos empregados correntes não são considerados
benefícios a curto prazo dos empregados;
b) Os benefícios pós-emprego incluem os benefícios de reforma, tais como pensões, e também
os benefícios não monetários relativos aos empregados correntes;
c) A participação nos lucros e bónus, pagáveis dentro de doze meses após o final do período em
que os empregados prestam o respetivo serviço, são considerados benefícios a curto prazo dos
empregados;
d) Nenhuma das anteriores.

340 Ricardo Antas Oliveira


Benefícios dos empregados
Questões de revisão
4 – Durante o período de 2021, verificou-se que não foram reconhecidos em 2020 quaisquer
gastos com a estimativa de férias e subsídio de férias dos trabalhadores da entidade ABC
referentes a 2020 e a processar e pagar em 2021. Sabe-se que os gastos com os salários
correspondem a 60% do total de gastos da entidade ABC. Atendendo à situação descrita, e
sabendo que as contas de 2020 já se encontram aprovadas, em 2021 devem ser reconhecidos os
gastos com as férias e subsídio de férias de 2020 a débito da conta:

a) “63 – Gastos com o pessoal”;

b) “6881 – Outros gastos – Outros – Correções relativas a períodos anteriores”;

c) “56 – Resultados transitados”;

d) “23 – Pessoal”.

341 Ricardo Antas Oliveira


Benefícios dos empregados
Obrigado pela atenção dispensada

342 Ricardo Antas Oliveira

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