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Fiscalidade (Universidade Portucalense Infante D. Henrique)

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IRC
Imposto sobre o
rendimento das
pessoas coletivas

Susana
Aldeia
18/2019

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Caracterização

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1. Caracterização do imposto 3

 O IRC é um imposto que, surgindo na sequência da reforma


fiscal sobre a tributação global do rendimento de 1989,
procurou criar um sistema de tributação unitária do rendimento
das pessoas coletivas.

 Porém, a Lei 30-G/2000 de 29/12, atenta à dificuldade de lidar


com um número elevado de pequenos e médios contribuintes e
contextos em que as práticas de evasão fiscal abundam, procede
a uma nova reforma da tributação do rendimento, avançando
para um regime alternativo de determinação do rendimento – o
regime simplificado de tributação – de cujas linhas orientadoras
falaremos no Capítulo III (Determinação da Matéria Coletável).

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1. Caracterização do imposto

 O conceito de rendimento assenta na teoria do rendimento


acréscimo ou incremento patrimonial que consiste na diferença
entre o valor do património no início e no fim do período de
tributação, incluindo as mais-valias e outros ganhos fortuitos (ex.:
subsídios não destinados à exploração, as indemnizações e os
incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito).

 Trata-se de uma noção extensiva do rendimento que procura


tributar o rendimento real e efetivo das empresas, o que é aliás um
princípio de imperativo constitucional.
Art. 104.º, n.º
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2 da CRP
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1. Caracterização do imposto 5

Artigo 104.º da Constituição da República Portuguesa: Impostos


1. O imposto sobre o rendimento pessoal visa a diminuição das
desigualdades e será único e progressivo, tendo em conta as
necessidades e os rendimentos do agregado familiar.

2. A tributação das empresas incide fundamentalmente sobre o seu


rendimento real.

3. A tributação do património deve contribuir para a igualdade entre os


cidadãos.

4. A tributação do consumo visa adaptar a estrutura do consumo à


evolução das necessidades do desenvolvimento económico e da justiça
social, devendo onerar os consumos de luxo.
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1. Caracterização do imposto

 Sobre o rendimento: por contrapartida aos impostos existentes


sobre a despesa (ex.: IVA) e sobre o património (ex.: IMI, IMT);

 Direto: se atendermos ao critério económico poderemos dizer que o


IRC é um imposto direto na medida que incide sobre a manifestação
direta ou imediata da capacidade contributiva;

 Real: porque visa a tributação dos rendimentos das pessoas


coletivas sem atender à sua situação pessoal;

 Periódico: porque se renova nos sucessivos períodos de tributação,


que normalmente são anuais, dando origem, consequentemente, a
sucessivas obrigações tributárias anuais independentes umas das
outras;
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1. Caracterização do imposto

 Estadual: porque é o Estado o sujeito ativo da relação jurídico-


tributária;

 Proporcional: já que a taxa se mantém constante,


independentemente da matéria coletável apurada;

 Global: porque incide sobre um conjunto de rendimentos


provenientes de diversas fontes;

 Principal: porque goza de autonomia quer ao nível normativo quer


ao nível das relações tributárias concretas.

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1. Caracterização do imposto

Ainda relativamente à caracterização do imposto, refira-se por último


que tratando-se de um imposto sobre o rendimento, o IRC integra,
contudo, algumas medidas de tributação sobre a despesa, tendo em
vista controlar excessos dos sujeitos passivos relativamente a
determinados gastos. Veja-se por exemplo:

 art. 88º (taxas de tributação autónoma):


despesas não documentadas
despesas de representação
despesas com ajudas de custo
despesas com viaturas ligeiras
……
 art. 23.º-A (encargos não dedutíveis para efeitos fiscais): “As
despesas com ajudas de custo”, ... “as despesas com
combustíveis”... “as coimas” …Etc.
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Incidência

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2. Incidência

Incidência
Artigo 1.º
Pressuposto do imposto

O imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC) incide

sobre os rendimentos obtidos, mesmo quando provenientes de atos

ilícitos, no período de tributação, pelos respetivos sujeitos passivos,

nos termos deste Código.

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2. Incidência
A existência de personalidade jurídica não é determinante para
efeitos de tributação em IRC.

Consagra-se aqui os pressupostos de incidência do IRC:


• Natureza objetiva (obtenção de rendimentos – art. 3º e 4º)
• Natureza subjetiva (por um SP – art. 2º)
• Natureza temporal (no período de tributação – art. 8º)

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2. Incidência 12

 O âmbito da aplicação pessoal - quem está sujeito a imposto –


incidência subjetiva (art. 2.º);

 A delimitação do objeto da sua incidência - o que está sujeito:


rendimentos obtidos pelo SP – incidência objetiva (art. 3.º);

 E o período de tributação - quando está sujeito: elemento


temporal do facto tributário - (art. 8.º).

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2. Incidência

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2. Incidência Subjetiva
1. Sujeitos passivos residentes com personalidade jurídica;
• Sociedades comerciais ou civis sob a forma comercial;
• Cooperativas;
• Empresas públicas;
• Outras entidades de direito público ou privado;

2. Sujeitos passivos residentes sem personalidade jurídica,


• Heranças jacentes;
• Associações e sociedades civis sem personalidade jurídica;
Sociedades civis ou comerciais sem registo definitivo.

3. Sujeitos passivos não residentes;


• Entidades que obtenham em território nacional rendimentos não
sujeitos a IRS.
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2. Incidência Subjetiva

1. Sujeitos passivos residentes com personalidade jurídica;


 Sociedades comerciais ou civis sob a forma comercial (art. 2º, n.º 1 a), n.º 3)
Sociedades comerciais

As sociedades comerciais são comerciantes, a par dos comerciantes em


nome individual (art. 13.º do Código Comercial).

São sociedades comerciais as que tenham por objeto a prática de atos de comércio
e adotem o tipo de sociedade:
–Por quotas;
–Anónimas;
–Em nome coletivo;
–Em comandita simples;
–Em comandita por ações.
Cfr. art. 1.º n.º 2 do Código das Sociedades Comerciais
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2. Incidência Subjetiva 16

1.Sujeitos passivos residentes com personalidade jurídica;


 Sociedades comerciais ou civis sob a forma comercial;
(art. 2º, n.º 1 a), n.º 3)

Sociedades civis
Por exclusão de partes, as sociedades civis são aquelas que não têm por
objeto a prática de atos comerciais ou de qualquer dos tipos de
atividade previstos no art. 230.º do Código Comercial.

o As sociedades civis podem adotar qualquer um dos tipos societários


já referidos, previstos para as sociedades comerciais.
o Neste caso designar-se-ão por sociedades civis sob forma comercial e
estarão sujeitas ao regime do CSC, adquirindo, por isso, personalidade
jurídica própria a partir do registo definitivo do contrato de
sociedade.
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2. Incidência Subjetiva
1.Sujeitos passivos residentes com personalidade jurídica;
 Sociedades comerciais ou civis sob a forma comercial;
(art. 2º, n.º 1 a), n.º 3)

Sociedades civis
As restantes são sociedades civis sob forma civil ou sociedades civis puras
e regular-se-ão pelo disposto nos artigos 980º e seguintes do CC, não
sendo, em princípio, dotadas de personalidade jurídica e não cabendo
portanto no elenco da al. a) do art. 2.º. Estas sociedades estarão, como
veremos mais adiante, sujeitas ao regime de transparência fiscal.
Código comercial:
Art. 2.º (Atos de comércio): Serão considerados atos de comércio todos aqueles que se acharem
especialmente regulados neste código, e, além deles, todos os contratos e obrigações dos
comerciantes, que não forem de natureza exclusivamente civil, se o contrário do próprio ato não
resultar. Cfr. art. 5.ºdo CSC
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2. Incidência Subjetiva
1.Sujeitos passivos residentes com personalidade jurídica;
 Cooperativas (art. 2º, n.º 1 a), n.º 3) do CIRC)

As cooperativas são pessoas coletivas autónomas, de capital e


composição variáveis, que visam através da cooperação e
entreajuda dos seus membros e na observância dos princípios
cooperativos, a satisfação, sem fins lucrativos, das necessidades
económicas, sociais ou culturais destes, podendo ainda, na
prossecução dos seus objetivos, realizar operações com terceiros.

Prevê-se ainda como ramos do setor cooperativo: o consumo, a


comercialização, a agricultura, o crédito, a habitação e construção, a
produção operária, o artesanato, as pescas, a cultura, os serviços, o ensino
e a solidariedade social
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2. Incidência Subjetiva
1.Sujeitos passivos residentes com personalidade jurídica;
•Empresas públicas (art. 2º, n.º 1 a), n.º 3) do CIRC)

•As empresas públicas são as empresas nacionalizadas e as criadas


pelo Estado, com capitais próprios ou fornecidos por outras
entidades públicas para a exploração de atividades de natureza
económica ou social de acordo com o interesse público.

•As empresas públicas são, em regra, pessoas coletivas de direito


privado a não ser que a lei expressamente as qualifique de outra
maneira (Bancos e Companhias de Seguros nacionalizados) ou tal
resulte dos seus estatutos.

•Trata-se de pessoas coletivas de tipo institucional, i.e., não são


grupos organizados de pessoas mas sobretudo massas organizadas
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de bens.
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2. Incidência Subjetiva 20

1.Sujeitos passivos residentes com personalidade jurídica;


•Outras entidades de direito público ou privado;
(art. 2º, n.º 1 a), n.º 3) do CIRC)

São também sujeitos passivos de IRC, ainda por força da al. a) do art. 2.º, as demais
pessoas coletivas de direito público ou privado.

As pessoas coletivas dizem-se de direito público quando prosseguem primariamente fins


de interesse público os quais se refletem relevantemente na sua constituição ou no seu
regime.

São pessoas coletivas de direito público, e como tal sujeitos passivos de IRC, entre outras:
O Estado; As Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira; As Autarquias Locais.

Serão pessoas coletivas de direito privado, sujeitas a IRC, sem prejuízo dos benefícios
fiscais que lhe sejam atribuídos, as restantes nomeadamente: Os Partidos Políticos;
Sindicatos e Associações Sindicais;
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Associações Patronais.
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2. Incidência Subjetiva
•Sujeitos passivos residentes sem personalidade jurídica
•Heranças jacentes;
(art. 2º, n.º 1 b), n.º 2) do CIRC)

Heranças abertas, mas ainda não aceites nem declaradas vagas para o
Estado (art. 2046 do CC)

São heranças em que não se conhecem os herdeiros, ou então estes


renunciaram à herança.

Estas cessam para efeito de IRC quando se verificar a aceitação da


herança jacente ou na data em tiver lugar a declaração de que se
encontra vaga a favor do Estado (art. 8-5-a) do CIRC).
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2. Incidência Subjetiva
•Sujeitos passivos residentes sem personalidade jurídica
•Heranças jacentes;
(art. 2º, n.º 1 b), n.º 2) do CIRC)

As heranças Jacentes não de confundem com as heranças indivisas.

As heranças indivisas não são SP de IRC porque a tributação se faz


diretamente em nome dos herdeiros (art. 19.º do CIRS -
contitularidade de rendimentos)

Nota: As situações de compropriedade, designadamente


rendimentos prediais, rendimentos comerciais, industriais ou
agrícolas integrados em heranças indivisas, rendimentos partes
comuns de condomínios, estão abrangidos pelo art. 19.º do CIRS)
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2. Incidência Subjetiva
Sujeitos passivos não residentes;
(art. 2º, n.º 1, c) do n.º 3)

Entidades que obtenham em território nacional rendimentos não


sujeitos a IRS.
Por sua vez a al. c) do n.º 1 do art. 2.º qualifica como sujeitos
passivos de IRC, as entidades:
• com ou sem personalidade jurídica;
• sem sede nem direção efetiva em território português; e
• cujos rendimentos obtidos em território português não
estejam sujeitos a IRS.
São as chamadas “entidades não residentes” que obtêm em
território português rendimentos não sujeitos a IRS.
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2. Incidência Subjetiva
Sujeitos passivos não residentes;
(art. 2º, n.º 1, c) do n.º 3)

Entidades que obtenham em território nacional rendimentos não sujeitos a IRS.

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2. Incidência Subjetiva

Sede e direção efetiva da pessoa coletiva

 A sede das pessoas coletivas é um conceito jurídico que se


contrapõe como figura afim e paralela ao domicílio das pessoas
singulares.

 Assim, a sede da pessoa coletiva é aquela que os respetivos


estatutos designem ou, na falta de designação, o lugar em que
funciona a administração principal (art. 159.º do CC).

 Nas sociedades comerciais, a designação da sede em local


concretamente definido é um dos elementos obrigatórios do
contrato de sociedade (cfr. art. 9.º n.º 1 al. e) do CSC).

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2. Incidência Subjetiva

Sede e direção efetiva da pessoa coletiva

 Em alternativa à sede, o CIRC (à semelhança das convenções sobre


dupla tributação internacional) elegeu a direção efetiva como
elemento de conexão determinante para a sujeição a imposto
sempre que ela se situe em território português.

 Direção efetiva é um conceito pelo qual se pretende designar o


local onde a empresa é de facto gerida, isto é, o lugar onde são
praticados os atos mais importantes de gestão global da empresa,
tais como reuniões, assembleias, etc. ou até mesmo o próprio
lugar de residência dos seus administradores.

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2. Incidência Subjetiva

 Residentes fiscais:

As pessoas coletivas e outras entidades que tenham sede ou direção


efetiva em território português

 Não residentes fiscais:

As entidades que não tenham sede ou direção efetiva em Portugal.

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2. Incidência Subjetiva

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29
2. Incidência Subjetiva

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2. Incidência Objetiva

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2. Incidência Objetiva

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2. Incidência Objetiva
 Base de imposto

• O n.º 2 do art. 3.º fornece-nos a noção de lucro definindo-o como a


diferença entre os valores do património líquido no fim e no início
do período de tributação, com as correções estabelecidas no
código.

• Trata-se de um conceito extensivo de rendimento que adota o


conceito de rendimento–acréscimo o qual abrange todo e qualquer
incremento patrimonial.

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2. Incidência Objetiva

 Base de imposto Artigo 3.º, n.º 2 do CIRC

RAI
• Lucro tributável = [Resultado Líquido do Exercício + Estimativa IRC]
+
• Variações Patrimoniais Positivas não refletidas no resultado
-
• Variações Patrimoniais Negativas não refletidas no resultado
+/-
• Restantes correções previstas no CIRC
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2. Incidência Objetiva

 Base de imposto
Artigo 3.º, n.º 4 do CIRC

• Para efeitos de IRC, são consideradas de natureza comercial,


industrial ou agrícola todas as atividades que consistam na realização
de operações económicas de caráter empresarial, incluindo as
prestações de serviços.

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35
2. Incidência
 Extensão da obrigação de imposto
Artigo 4.º do CIRC

• O art. 4.º do CIRC é uma norma de incidência territorial e objetiva e


que estipula as realidades sujeitas a tributação em Portugal, com
especial enfoque nos casos dos rendimentos obtidos por entidades
não residentes;

• Art. 4º, n.º 2 do CIRC: “As pessoas coletivas e outras entidades que
não tenham sede nem direção efetiva em território português ficam
sujeitas a IRC apenas quanto aos rendimentos nele obtidos.” (Está
implícito o princípio da fonte, isto é, os que resultarem de uma fonte
situada em território nacional)
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2. Incidência

 Extensão da obrigação de imposto

 Residentes Obrigação pessoal e ilimitada Totalidade


dos rendimentos obtidos, incluindo os obtidos fora do TN

 Não residentes Obrigação real ou limitada Apenas


rendimentos obtidos em TN

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2. Incidência
 Extensão da obrigação de imposto

Rendimentos obtidos em território nacional por não residentes


Artigo 4.º, n.º 3 do CIRC
1) Os rendimentos imputáveis a estabelecimento estável situado em
Portugal.

Artigo 4.º, n.º 3, a), b) e d) do CIRC


2) Rendimentos não imputáveis a estabelecimento estável:
a) Relativos a imóveis situados no território português (ex:
rendimentos prediais, mais-valias);
b) Ganhos resultantes da transmissão onerosa de partes do capital de
entidades residentes e resultantes de valores mobiliários emitidos
por entidades residentes;
c) Rendimentos derivados do exercício em território português da
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atividade de profissionais de espetáculos ou desportistas;


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2. Incidência
 Extensão da obrigação de imposto
Rendimentos obtidos em território nacional por não residentes
(Artigo 4.º, n.º 3 c) do CIRC

3) Rendimentos cujo devedor tenha residência, sede ou direção efetiva em


território português ou cujo pagamento seja imputável a um estabelecimento
estável:
a) Os provenientes da propriedade intelectual ou industrial e prestação de
informações respeitantes a uma experiência adquirida no sector industrial,
comercial ou científico;
b) Rendimentos do uso ou da concessão do uso de equipamento agrícola,
industrial, comercial ou científico;
c) Outros rendimentos de aplicação de capitais;
d) Remunerações de membros de órgãos estatutários;
e) Prémios de jogo, lotarias, rifas, totoloto e apostas mútuas e em quaisquer
sorteios ou concursos;
f) Rendimentos na intermediação em contratos (comissões);
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2. Incidência
• Extensão da obrigação de imposto

Rendimentos obtidos em território nacional por não residentes


Artigo 4.º, n.º 3 c) do CIRC

4) Rendimentos cujo devedor tenha residência, sede ou direção


efetiva em território português ou cujo pagamento seja imputável a
um estabelecimento estável:
a) a) Rendimentos de outras prestações de serviços realizados ou utilizados em
território PT, com exceção dos relativos as transportes, comunicações e
atividades financeiras;
b) Os provenientes de operações relativas a instrumentos financeiros derivados;

5) Incrementos patrimoniais derivados de aquisições a título gratuito;

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2. Incidência

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2. Incidência
 Extensão da obrigação de imposto

• Tributação dos não residentes sem estabelecimento estável


- Por retenção na fonte a título definitivo;
- Através da entrega do modelo 22, na qual é feita a autoliquidação
do IRC e do Anexo E da IES.

• Entrega do modelo 22 e anexo E da IES


- Mais/menos valias decorrentes da venda de imóveis
- Mais/menos valias decorrentes de operações sobre partes sociais
ou de outros valores mobiliários
- Rendimentos prediais (estes estão sujeitos a retenção não
definitiva à taxa de 25%)
- Incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito;
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2. Incidência
• Extensão da obrigação de imposto

Tributação dos não residentes sem estabelecimento estável

• Taxa de 25%
- Rendimentos de artistas ou desportistas; royalties; aluguer de
equipamento agrícola, industrial, comercial ou cientifico;
assistência técnica; dividendos; juros de suprimentos; juros de
título de divida; outros rendimentos de capitais; remunerações de
órgãos estatutários; comissões; rendimentos de outras prestações
de serviços.

• Taxa 35%
- Prémios de rifas, totoloto, jogo de loto, ou de quaisquer sorteios ou
concursos.
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2. Incidência

• Extensão da obrigação de imposto

Tributação dos não residentes sem estabelecimento estável

• Averiguar:

- A isenções do artigo 14 do CIRC


- Existência de Convenção para evitar a Dupla Tributação

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2. Incidência
 Noção de estabelecimentos estável
(Artigo 5.º, n.º 1 do CIRC )

Considera-se EE qualquer instalação fixa através da qual seja exercida


uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola.

Incluem-se na noção de estabelecimento estável:


(Artigo 5.º, n.º 2 do CIRC)

a) Um local de direção;
b) Uma sucursal;
c) Um escritório;
d) Uma fábrica;
e) Uma oficina;
f) Uma mina, um poço de petróleo ou de gás, uma pedreira ou qualquer outro
local de extração de recursos naturais situado em território português.
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2. Incidência

 Noção de estabelecimentos estável


(Artigo 5.º, n.º 3 do CIRC)

No caso de:

• Um local ou um estaleiro de construção, de instalação ou de


montagem;

• Plataformas ou barcos de perfuração utilizados para a prospeção ou


exploração de recursos naturais

Só constituem um estabelecimento estável se a sua duração e a


duração da obra ou da atividade exceder seis meses.
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2. Incidência

 Noção de estabelecimentos estável


(Artigo 5.º, n.º 6 do CIRC)

Quando uma pessoa, que não seja um agente independente, atue em


território português por conta de uma empresa e tenha, e
habitualmente exerça, poderes de intermediação e de conclusão de
contratos que vinculem a empresa.

IMP.GE.193.0

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2. Incidência
 Noção de estabelecimentos estável
A expressão «estabelecimento estável» não compreende as atividades de
carácter preparatório ou auxiliar a seguir exemplificadas:
(Artigo 5.º, n.º 8 do CIRC)
a) As instalações utilizadas unicamente para armazenar, expor ou entregar mercadorias
pertencentes à empresa;
b) Um depósito de mercadorias pertencentes à empresa mantido unicamente para as
armazenar, expor ou entregar; ou para serem transformadas por outra empresa;
d) Uma instalação fixa mantida unicamente para comprar mercadorias ou reunir
informações para a empresa;
e) Uma instalação fixa mantida unicamente para exercer, para a empresa, qualquer outra
atividade de carácter preparatório ou auxiliar;
f) Uma instalação fixa mantida unicamente para o exercício de qualquer combinação das
atividades referidas, desde que a de carácter preparatório ou auxiliar.
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2. Incidência
 Regime de transparência fiscal
(Artigo 6 do CIRC)

Objetivos
Para efeitos de IRC, as sociedades de pessoas têm tratamento idêntico
às sociedades de capitais sendo-lhes, todavia, aplicado um regime
especial de tributação designado de transparência fiscal, consignado
no art. 6º.

o A tributação em imposto sobre o rendimento recaí, na esfera dos


sócios e não na esfera da sociedade.

o A matéria coletável da sociedade é imputada aos sócios de acordo


com a sua participação social, ou em conformidade com outro
critério que tenha sido estabelecido no pacto social.
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2. Incidência
 Regime de transparência fiscal
(Artigo 6.º do CIRC)
Trata-se de um regime que surgiu com a finalidade de atingir três objetivos:
 A neutralidade fiscal, relativamente à forma jurídica sob a qual as
atividades são desenvolvidas, alcançada pela tributação dos sócios ou
membros da sociedade, quer sejam pessoas singulares ou coletivas, tal
como se exercessem diretamente a atividade;

 O combate à evasão fiscal, de forma a evitar a possibilidade dos sujeitos


passivos constituírem sociedades intermediárias com a finalidade de fuga
ao imposto;

 A eliminação da dupla tributação económica dos lucros distribuídos aos


sócios na medida em que estas sociedades não são tributadas em IRC,
mas sim na pessoa dos seus sócios ou membros, em sede de IRC ou de
IRS, consoante se trate de pessoas coletivas ou singulares.
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2. Incidência

 Regime de transparência fiscal


(Artigo 6.º do CIRC)
(Artigo 88.º do CIRC)

Caraterísticas do Regime

As sociedades abrangidas pelo regime não são tributadas em IRC,


exceto no que se refere às tributações autónomas.

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51
2. Incidência

 Regime de transparência fiscal


(Artigo 6.º do CIRC)

Entidades abrangidas:
a) As sociedades civis não constituídas sob a forma comercial;
b) As sociedades de profissionais;
c) As sociedades de simples administração de bens;
d) Ao agrupamentos complementares de empresas (ACE)
e) E os agrupamentos europeus de interesse económico (AEIE)
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2. Incidência
 Regime de transparência fiscal
(Artigo 6.º do CIRC)
As sociedades de profissionais
Duas noções distintas:
1. “A sociedade constituída para o exercício de uma atividade profissional
especificamente prevista na lista de atividades a que se refere o artigo 151.º
do Código do IRS, na qual todos os sócios pessoas singulares sejam
profissionais dessa atividade; ou,
2. A sociedade cujos rendimentos provenham, em mais de 75%, do exercício
conjunto ou isolado de atividades profissionais especificamente previstas na
lista a que se refere o artigo 151.º do Código do IRS, desde que,
cumulativamente, durante mais de 183 dias do período de tributação, o
número de sócios não seja superior a cinco, nenhum deles seja pessoa
coletiva de direito público e, pelo menos, 75 % do capital social seja detido
por profissionais que exercem as referidas atividades, total ou parcialmente,
através da sociedade;”
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2. Incidência

 Regime de transparência fiscal


(Artigo 6.º do CIRC)

As sociedades de profissionais
A 1ª noção assenta em três condições:
o Sociedade constituída para o exercícios de uma (única) atividade
profissional especificamente prevista na lista anexa ao código do
IRS:

i. Todos os sócios da sociedade sejam profissionais dessa (única


atividade);

ii. E os sócios exerçam efetivamente essa atividade através da


sociedade;
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2. Incidência
 Regime de transparência fiscal
(Artigo 6.º do CIRC)

As sociedades de profissionais
2ª noção:
o A sociedade pode exercer várias atividades profissionais e também
atividades não profissionais. Desde que os rendimentos dessas
atividades profissionais representem mais de 75% do total dos
rendimentos da sociedade;

o Podem existir sócios profissionais e sócios não profissionais, ou que


exerçam a sua atividade através da sociedade. Mas, pelo menos,
75% do capital social seja detido por profissionais que exercem as
referidas atividades, total ou parcialmente, através da sociedade;
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2. Incidência
 Regime de transparência fiscal
(Artigo 6.º do CIRC)

As sociedades de profissionais
2ª noção:

São duas as condições de exclusão deste conceito:

•Quando tenham um número de sócios superior a cinco;

•Quando um dos sócios seja uma pessoa coletiva de direito público

- Verificação de todas as condições para o enquadramento no regime


de transparência fiscal: durante mais de 183 dias do período de
tributação.
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2. Incidência
 Regime de transparência fiscal
(Artigo 6.º do CIRC)

As sociedades de simples administração de bens


1º requisito: sociedade cuja a maioria do capital social pertença, direta ou
indiretamente, durante mais de 183 dias do exercício social, a um grupo
familiar, ou cujo capital social pertença, em qualquer dia do exercício social, a
um número de sócios não superior a cinco e nenhum deles seja pessoa coletiva
de direito privado;

2º requisito: sociedade que limita a sua atividade à administração de bens ou


valores mantidos como reserva ou para fruição ou à compra de prédios para a
habitação dos seus sócios, bem como aquela que conjuntamente exerça entre
outras atividades e cujos rendimentos relativos a esses bens, valores ou prédios
atinjam, na média dos últimos 3 anos, mais de 50% da média, durante o mesmo
período, da totalidade dos seus rendimentos.
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2. Incidência
 Período de tributação
(Artigo 8.º do CIRC)

Início e fim do período de tributação


• Em regra o período de tributação coincide com o ano civil,
decorrendo de 1 de janeiro a 31 de dezembro.

• O facto gerador do imposto considera-se verificado no último dia


do período de tributação.

• Período de tributação diferente do ano civil por opção sem


necessidade de prévia autorização. Esta opção deve ser mantida
por cinco anos.
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2. Incidência
 Período de tributação
(Artigo 8.º do CIRC)

Quem pode optar por um período de tributação diferente do ano civil:


• Pessoas coletivas com sede ou direção efetiva em território
português;

• Pessoas coletivas ou outras entidades sujeitas a IRC que não tenham


sede nem direção efetiva neste território e desde que disponham de
estabelecimento estável.

• Opção:
- Declaração de Início de Atividade;
- Ou, Declaração de Alterações;
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2. Incidência
 Período de tributação
(Artigo 8.º do CIRC)

Duração do período de tributação:


 Inferior a um ano:
- No ano de início de atividade;
- No ano de cessação de atividade;
- Quando as condições de sujeição a imposto ocorram e deixem de verificar-se
no mesmo período de tributação, em que é constituído pelo período
efetivamente incorrido;
- Ano em que seja adotado um período de tributação diferente do ano civil, ou
quando se retorne a um período coincidente com o ano civil.

 Superior a um ano:
- Liquidação da sociedade com vista ao seu encerramento
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60
3. Isenções

Enquanto que as normas de incidência estabelecem quais os factos


tributários constitutivos da obrigação de imposto e quais os sujeitos
passivos da obrigação tributária, nas normas de isenção estão
previstas algumas situações cuja verificação impede a produção dos
efeitos desses factos, constituindo, assim, uma exceção às regras de
incidência.

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61
3. Isenções

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3. Isenções
(Art. 9º do CIRC)

Estão isentos de IRC:


 O Estado, as Regiões Autónomas e as autarquias locais, bem como
qualquer dos seus serviços, estabelecimentos e organismos, ainda
que personalizados, compreendidos os institutos públicos, com
exceção das entidades públicas com natureza empresarial
 As associações e federações de municípios e as associações de
freguesia que não exerçam atividades comerciais, industriais ou
agrícolas

 Instituições de segurança social e previdência

 Fundos de capitalização e os rendimentos de capitais administrados


pelas instituições de segurança social
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63
3. Isenções
(Art. 9º do CIRC)

Estão isentos de IRC:


 As pessoas coletivas de utilidade pública administrativa

 As IPSS, bem como as pessoas coletivas àquelas legalmente


equiparáveis

 As pessoas coletivas de mera utilidade pública que prossigam,


exclusiva ou predominantemente, fins científicos ou culturais, de
caridade, assistência, beneficência, solidariedade social ou defesa
do meio ambiente. Carece de reconhecimento pelo Ministro das
Finanças
Não abrange os rendimentos empresariais derivados do exercício das atividades comerciais ou
industriais desenvolvidas fora do âmbito dos fins estatutários, bem como os rendimentos de títulos ao
portador, não registados nem depositados, nos termos da legislação em vigor
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3. Isenções

Estão isentos de IRC:


(Art. 11º do CIRC)

 Estão isentos de IRC os rendimentos diretamente derivados do


exercício de atividades culturais, recreativas e desportivas,
desenvolvida por associações legalmente constituídas.

Não abrange os rendimentos provenientes de qualquer atividade


comercial, industrial ou agrícola exercida ainda que a título acessório.

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3. Isenções
Estão isentos de IRC:
(Art. 11º do CIRC)

Coletividades desportivas de cultura e recreio


• Concede a isenção de IRC quando o rendimento bruto sujeito a
tributação das coletividades desportivas, de cultura e recreio, seja
menor ou igual a € 7.500,00.

• Permite a dedução, à matéria coletável dos clubes desportivos, das


importâncias investidas em novas infraestruturas até 50% da
mesma, sendo o eventual excesso deduzido até ao final do segundo
exercício seguinte ao do investimento.

• Este valor deverá constar no campo 399 do Quadro 09 da


declaração Modelo 22
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3. Isenções
Atividades culturais , recreativas e desportivas
(Art. 11º do CIRC)

Relativamente às situações passíveis ou não de tributação, temos:

a) Rendimentos não sujeitos (art. 54, n.º 3)


· Quotas pagas pelos associados em conformidade com os
estatutos
· Subsídios recebidos e destinados a financiar a realização dos
fins estatutários

b) Rendimentos sujeitos
. juros dos depósitos a prazo, obrigações
. dividendos de ações
. lucros de bares ou restaurantes
. rendas de prédios
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3. Isenções
Pessoas Coletivas Religiosas
• As pessoas coletivas religiosas são, para efeitos de IRC, entidades residentes
que não exercem a título principal uma atividade de natureza comercial,
industrial ou agrícola, como tal entidade do setor não lucrativo (ESNL).

• Quanto ao respetivo enquadramento em IRC cumpre referir a doutrina


administrativa constante do Ofício Circulado n.º 20167/2013, de 12/04, da
DSIRC/AT, com as necessárias adaptações.

• O apuramento da matéria coletável deve obedecer ao disposto nos arts. 53º


e 54º do CIRC, sendo que a mesma deve ser apurada no Anexo D à IES.

• A taxa de IRC, existindo matéria tributável, é de 21% (n.º 5 do art. 87º do


CIRC).

• As pessoas coletivas religiosas beneficiam em IRC das isenções previstas no


art. 32º da Lei n.º 16/2001, de 22.01 (Lei da Liberdade Religiosa).
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4. Determinação da matéria coletável

ARTIGO 15º - Definição da matéria coletável

1. Para entidades que exercem, a título principal, atividade de


natureza comercial, industrial ou agrícola;
RESIDENTES
2. Para entidades que não exercem, a título principal, atividade de
natureza comercial, industrial ou agrícola;

NÃO 3. Entidades com estabelecimento estável;


RESIDENTES
4. Entidades sem estabelecimento estável ou que obtenham
rendimentos não imputáveis a estabelecimento estável.

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69
4. Determinação da matéria coletável

Definição da matéria coletável


(Art. 15º, n.º 1, a) do CIRC)

1. Para entidades que exercem, a título principal, atividade de


natureza comercial, industrial ou agrícola:

Matéria coletável = Lucro Tributável – Prejuízos Fiscais – Benefícios


Fiscais (os que operem por dedução ao lucro tributável)

Lucro Tributável = Resultado Líquido do Exercício (contabilístico) +


Variações Patrimoniais Positivas – Variações Patrimoniais Negativas +-
Correções Fiscais
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4. Determinação da matéria coletável
Definição da matéria coletável
(Art. 15º, n.º 1, b) do CIRC)

2. Para entidades que não exercem, a título principal, atividade de


natureza comercial, industrial ou agrícola:

Matéria coletável = Rendimento Global + Incrementos patrimoniais


obtidos a título gratuito – Gastos comuns e outros imputáveis aos
rendimentos sujeitos a imposto e não isentos – Benefícios fiscais (os
que operem por dedução ao lucro tributável)

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71
4. Determinação da matéria coletável

Definição da matéria coletável


(Art. 15º, n.º 1, c) do CIRC)

3. Entidades não residentes com estabelecimento estável

Matéria coletável = Lucro Tributável – Prejuízos Fiscais – Benefícios


Fiscais (os que operem por dedução ao lucro tributável)

Lucro Tributável = Resultado Líquido do Exercício (contabilístico) +


Variações Patrimoniais Positivas – Variações Patrimoniais Negativas +-
Correções Fiscais
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72
4. Determinação da matéria coletável

Definição da matéria coletável


(Art. 15º, n.º 1, d) do CIRC)

4. Entidades não residentes sem estabelecimento estável ou que


obtenham rendimentos não imputáveis a estabelecimento estável:

Matéria coletável = Rendimentos das várias categorias e os


incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito

IMP.GE.193.0

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73
4. Determinação da matéria coletável
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial,
industrial ou agrícola

Resultado Líquido do Exercício (contabilístico)


+
Variações Patrimoniais Positivas

Variações Patrimoniais Negativas
+-
Correções Fiscais
=
Lucro Tributável

Prejuízos Fiscais

Benefícios Fiscais
=
IMP.GE.193.0 Matéria coletável
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74
4. Determinação da matéria coletável
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial,
industrial ou agrícola

 Com a adaptação do CIRC ao SNC manteve-se a estreita ligação


entre contabilidade e fiscalidade.

 As regras fiscais não devem interferir com as normas contabilísticas.


Quando o tratamento é diverso do que preceitua a norma fiscal,
então existem correções fiscais a efetuar, não na contabilidade, mas
sim na declaração fiscal modelo 22.

 Manutenção do modelo de dependência parcial – sempre que não


estejam estabelecidas regras fiscais próprias no Código do IRC,
verifica-se o acolhimento do tratamento contabilístico decorrente
das normas do SNC.
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4. Determinação da matéria coletável
 Periodização económica
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 18º do CIRC)

Rendimentos e os gastos, assim como as outras componentes


positivas ou negativas do lucro tributável, são imputáveis ao período
de tributação em que sejam obtidos ou suportados,
independentemente do seu recebimento ou pagamento, de acordo
com o regime de periodização económica.

a) Os réditos relativos a vendas consideram-se em geral realizados, e


os correspondentes gastos suportados, na data da entrega ou
expedição dos bens correspondentes ou, se anterior, na data em que
se opera a transferência de propriedade;
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4. Determinação da matéria coletável
 Periodização económica
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 18º do CIRC)

b) Os réditos relativos a prestações de serviços consideram-se em geral


realizados, e os correspondentes gastos suportados, na data em que o
serviço é concluído, exceto tratando-se de serviços que consistam na
prestação de mais de um ato ou numa prestação continuada ou
sucessiva, que são imputáveis proporcionalmente à sua execução
(percentagem de acabamento);

c) Os réditos e os gastos de contratos de construção devem ser


periodizados tendo em consideração o disposto no artigo 19.º
(percentagem de acabamento).

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4. Determinação da matéria coletável
 Periodização económica
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 18º do CIRC)

d) No caso de venda em que existam cláusulas de reserva de


propriedade, o facto de a propriedade só ser transmitida
posteriormente, não altera o critério de reconhecimento do rédito;

e) Obras efetuadas por conta própria e vendidas fracionadamente, a


determinação dos resultados é efetuada à medida que forem sendo
concluídas e entregues aos adquirentes;

f) Gastos do período anteriores que estejam a influenciar o resultado


do exercício corrente, só serão aceites fiscalmente se, na data do
encerramento das contas daquele a que deviam, ser imputados eram
imprevisíveis ou manifestamente desconhecidos;
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78
4. Determinação da matéria coletável
 Periodização económica
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 18º do CIRC)

g) Os gastos das explorações silvícolas plurianuais podem ser


imputadas ao lucro tributável tendo em consideração o ciclo de
produção;
h) Na determinação do lucro tributável não são relevantes os
rendimentos e gastos registados na contabilidade decorrentes da
utilização daquele método. Só existe rendimento, para efeitos de IRC,
decorrente da posse e manutenção dessas participações, quando
existir distribuição de lucros;

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79
4. Determinação da matéria coletável
 Periodização económica
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 18º do CIRC)

i) Não tem relevância para efeitos de apuramento do lucro


tributável, os ajustamentos decorrentes da aplicação do justo
valor, exceto:
• Se forem instrumentos financeiros reconhecidos pelo justo valor
através de resultados, desde que, quando se trate de
instrumentos de capital próprio tenham um preço formado num
mercado regulamentado e o sujeito passivo não detenha, direta
ou indiretamente, uma participação de capital igual ou superior a
5% do respetivo capital social.
• Se tratem de ativos biológicos consumíveis
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80
4. Determinação da matéria coletável
 Periodização económica

j) No caso de benefícios de cessação de emprego, benefícios de


reforma e ainda outros benefícios pós emprego ou a longo prazo dos
empregados que não sejam considerados rendimentos de trabalho
dependente, tais gastos são imputáveis ao período de tributação em
que as importâncias sejam pagas ou colocadas à disposição dos
respetivos beneficiários.

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4. Determinação da matéria coletável
 Contratos de construção

Aplica-se à determinação dos resultados de contratos que se iniciem e


se concluam em períodos contabilísticos diferentes, mesmo que, no
total tenha um período de realização inferior a um ano.

Na determinação de resultados para efeitos de apuramento de lucro


tributável, o critério da percentagem de acabamento.

Percentagem de acabamento = Custos incorridos / Custos totais


(Custos incorridos + custos estimados até ao final da obra).

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4. Determinação da matéria coletável
 Rendimentos e Ganhos
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 20º do CIRC)

A definição de rendimentos e ganhos prevista no artigo 20º do CIRC é


bastante abrangente, sendo considerados os resultantes de operações
de qualquer natureza seja em consequência der uma ação normal ou
ocasional, seja básica ou meramente acessória.

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4. Determinação da matéria coletável
 Rendimentos e Ganhos
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 20º do CIRC)

a) Os relativos a vendas ou prestações de serviços, descontos, bónus e


abatimentos, comissões e corretagens;

b) Rendimentos de imóveis;

c) De natureza financeira, tais como juros, dividendos, descontos,


ágios, transferências, diferenças de câmbio, prémios de emissão de
obrigações e os resultantes da aplicação do método do juro efetivo
aos instrumentos financeiros valorizados pelo custo amortizado;

d) Rendimentos da propriedade industrial ou outros análogos;


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84
4. Determinação da matéria coletável
 Rendimentos e Ganhos
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 20º do CIRC)

e) Prestações de serviços de carácter científico ou técnico;

f) Ganhos por aumentos de justo valor em instrumentos financeiros;

g) Ganhos por aumentos de justo valor em ativos biológicos


consumíveis que não sejam explorações silvícolas plurianuais;

h) mais-valias realizadas;

i) Indemnizações auferidas, seja a que título for;

j) Subsídios à exploração.
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4. Determinação da matéria coletável
 Gastos e Perdas
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 23º do CIRC)

São dedutíveis todos os gastos e perdas incorridos ou suportados pelo


sujeito passivo para obter ou garantir os rendimentos sujeitos a IRC.

Consideram-se abrangidos pelo número anterior, nomeadamente, os


seguintes gastos e perdas:

a) Os relativos à produção ou aquisição de quaisquer bens ou serviços,


tais como matérias utilizadas, mão-de-obra, energia e outros gastos
gerais de produção, conservação e reparação;

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4. Determinação da matéria coletável
 Gastos e Perdas
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 23º do CIRC)

b) Os relativos à distribuição e venda, abrangendo os de transportes,


publicidade e colocação de mercadorias e produtos;

c) De natureza financeira, tais como juros de capitais alheios aplicados


na exploração, descontos, ágios, transferências, diferenças de câmbio,
gastos com operações de crédito, cobrança de dívidas e emissão de
obrigações e outros títulos, prémios de reembolso e os resultantes da
aplicação do método do juro efetivo aos instrumentos financeiros
valorizados pelo custo amortizado;

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4. Determinação da matéria coletável
 Gastos e Perdas
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 23º do CIRC)

d) De natureza administrativa, tais como remunerações, incluindo as


atribuídas a título de participação nos lucros, ajudas de custo, material
de consumo corrente, transportes e comunicações, rendas,
contencioso, seguros, incluindo os de vida, doença ou saúde, e
operações do ramo 'Vida', contribuições para fundos de poupança-
reforma, contribuições para fundos de pensões e para quaisquer
regimes complementares da segurança social, bem como gastos com
benefícios de cessação de emprego e outros benefícios pós-emprego
ou a longo prazo dos empregados;

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4. Determinação da matéria coletável
 Gastos e Perdas
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 23º do CIRC)

e) Os relativos a análises, racionalização, investigação, consulta e


projetos de desenvolvimento

f) De natureza fiscal e parafiscal;

g) Depreciações e amortizações;

h) Perdas por imparidade;

i) Provisões;
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4. Determinação da matéria coletável
 Gastos e Perdas
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 23º do CIRC)
j) Perdas por reduções de justo valor em instrumentos financeiros;

k) Perdas por reduções de justo valor em ativos biológicos


consumíveis que não sejam explorações silvícolas plurianuais;

l) Menos-valias realizadas;

m) Indemnizações resultantes de eventos cujo risco não seja


segurável.

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4. Determinação da matéria coletável
 Gastos e Perdas
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 23º N.º 4 do CIRC)

Os gastos dedutíveis devem estar comprovados documentalmente,


independentemente da natureza ou suporte dos documentos
utilizados para esse efeito.

•Elementos mínimos que o documento comprovativo de gasto deve


conter (em aquisição de bens e serviços):
a) Nome ou denominação social do fornecedor dos bens ou prestador
dos serviços e do adquirente ou destinatário;

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4. Determinação da matéria coletável
 Gastos e Perdas
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 18º do CIRC)
Elementos mínimos que o documento comprovativo de gasto deve
conter (em aquisição de bens e serviços):
b) Números de identificação fiscal do fornecedor dos bens ou prestador
dos serviços e do adquirente ou destinatário, sempre que se tratem de
entidades com residência ou estabelecimento estável no território
nacional;
c) Quantidade e denominação usual dos bens adquiridos ou dos serviços
prestados;
d) Valor da contraprestação, designadamente o preço;
e) Data em que os bens foram adquiridos ou em que os serviços foram
realizados.
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4. Determinação da matéria coletável
 Gastos e Perdas
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 23º, N.º6 do CIRC)

“Quando o fornecedor dos bens ou prestador dos serviços esteja


obrigado à emissão de fatura ou documento legalmente equiparado
nos termos do Código do IVA, o documento comprovativo das
aquisições de bens ou serviços previsto no n.º 4 deve
obrigatoriamente assumir essa forma.”

Esse documento deve ser fatura se o fornecedor dos bens ou o


prestador dos serviços estiver obrigado à emissão da fatura nos
termos do Código do IVA.

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4. Determinação da matéria coletável
 Variações Patrimoniais Positivas
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 21º do CIRC)

“Concorrem ainda para a formação do lucro tributável as variações


patrimoniais positivas não refletidas no resultado líquido do período
de tributação”

Todas as alterações positivas no património da entidade que não


estejam refletidas no resultado líquido, que não sejam expressamente
excluídas, concorrem para a formação do lucro tributável em IRC.

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4. Determinação da matéria coletável
 Variações Patrimoniais Positivas
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 21º do CIRC)
Variações expressamente excluídas:
a) As entradas de capital, incluindo os prémios de emissão de ações ou
quotas,

b) As coberturas de prejuízos, a qualquer título, feitas pelos titulares do


capital;

c) Outras variações patrimoniais positivas que decorram de operações


sobre ações, quotas e outros instrumentos de capital próprio da
entidade emitente, incluindo as que resultem da atribuição de
instrumentos financeiros derivados que devam ser reconhecidos
como instrumentos de capital próprio;
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4. Determinação da matéria coletável
 Variações Patrimoniais Positivas
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 21º do CIRC)

Variações expressamente excluídas:

d) As mais-valias potenciais ou latentes, ainda que expressas na contabilidade,


incluindo as reservas de reavaliação ao abrigo de legislação de carácter fiscal;

e) As contribuições, incluindo a participação nas perdas do associado ao


associante, no âmbito da associação em participação e da associação à quota;

f) As relativas a impostos sobre o rendimento;

g) O aumento do capital próprio da sociedade beneficiária decorrente de


operações de fusão, cisão, entrada de ativos ou permuta de partes sociais.
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4. Determinação da matéria coletável
 Variações Patrimoniais Negativas
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 21º do CIRC)

“Concorrem ainda para a formação do lucro tributável as


variações patrimoniais negativas não refletidas no resultado
líquido do período de tributação”

Todas as alterações negativas no património da entidade que


não estejam refletidas no resultado líquido, que não sejam
expressamente excluídas, concorrem para a formação do lucro
tributável em IRC.

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4. Determinação da matéria coletável
 Variações Patrimoniais Negativas
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 21º do CIRC)

Variações expressamente excluídas:


a) As que consistam em liberalidades ou não estejam relacionadas com a
atividade do contribuinte sujeita a IRC;

b) As menos-valias potenciais ou latentes, ainda que expressas na


contabilidade;

c) As saídas, em dinheiro ou em espécie, em favor dos titulares do


capital, a título de remuneração ou de redução do mesmo, ou de partilha
do património, bem como outras variações patrimoniais negativas que
decorram de operações sobre ações, quotas e outros instrumentos de
capital próprio da entidade emitente ou da sua reclassificação;
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4. Determinação da matéria coletável
 Variações Patrimoniais Negativas
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 21º do CIRC)

Variações expressamente excluídas:


d) As prestações do associante ao associado, no âmbito da associação
em participação;

e) As relativas a impostos sobre o rendimento.

f) A diminuição do capital próprio da sociedade beneficiária


decorrente de operações de fusão, cisão ou entrada de ativos, com
exclusão da componente que corresponder à anulação das partes de
capital detidas por esta nas sociedades fundidas ou cindidas.

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4. Determinação da matéria coletável
 Subsídios (relacionados com ativos não correntes)
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 22º do CIRC)

Existem 4 regras distintas quanto a subsídios relacionados com ativos não


correntes:

a) Quando os subsídios respeitem a ativos depreciáveis ou amortizáveis,


deve ser incluída no lucro tributável uma parte do subsídio atribuído,
independentemente do recebimento, na mesma proporção da depreciação
ou amortização calculada sobre o custo de aquisição ou de produção;

b) Quando os subsídios respeitem a ativos intangíveis sem vida útil definida,


deve ser incluída no lucro tributável uma parte do subsídio atribuído,
independentemente do recebimento, na proporção prevista no artigo 45.º-A
(20 anos);
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4. Determinação da matéria coletável
 Subsídios (relacionados com ativos não correntes)
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(Art. 22º do CIRC)

Existem 4 regras distintas quanto a subsídios relacionados com ativos não correntes:

c) Quando os subsídios respeitem a propriedades de investimento e a ativos


biológicos não consumíveis, mensurados pelo modelo do justo valor, deve ser
incluída no lucro tributável uma parte do subsídio atribuído, independentemente do
recebimento, na proporção prevista no artigo 45.º-A (20 anos);

d) Quando os subsídios não respeitem aos ativos referidos nas alíneas anteriores,
devem ser incluídos no lucro tributável, em frações iguais, durante os períodos de
tributação em que os elementos a que respeitam sejam inalienáveis, nos termos da
lei ou do contrato ao abrigo dos quais os mesmos foram concedidos, ou, nos
restantes casos, durante 10 anos, sendo o primeiro o do recebimento do subsídio.
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