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VoroNiN76/shutterstocK
uNidAde 1 – Moradia
Capítulo 1 • Habitações e cidades na
história do Brasil ................................... 156
Capítulo 2 • A modernização do espaço
urbano brasileiro .................................... 167
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s Na tela representada acima, negros escravizados trabalham na extração do ouro, nas proximidades de Vila
Rica, atual Ouro Preto (MG). Johann Moritz Rugendas, Vila Rica (1835). Gravura em Viagem pitoresca através do
Brasil. Biblioteca Municipal Mário de Andrade, São Paulo (SP).
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As primeiras cidades
As primeiras cidades surgiram em uma região da Ásia denominada Meso-
potâmia, palavra de origem grega que significa “entre rios”. Esse nome foi dado
à região fértil localizada entre os rios Tigre e Eufrates, onde hoje se localizam o
Iraque e o Kuwait. A Mesopotâmia foi habitada por vários povos, entre os quais
os sumérios, que fundaram as primeiras cidades: Ur, Uruk, Eridu e Nipur.
Além dos povos mesopotâmicos, outras civilizações nasceram às margens
de rios, tornando-se conhecidas como civilizações fluviais. No vale do Rio Nilo
foram fundadas as cidades egípcias; nos vales dos rios Hoang-Ho (Rio Amarelo)
e Yang-Tsé (Rio Azul), as cidades chinesas; a civilização harapense ocupou o
vale do Rio Indo; e no território que hoje pertence à Turquia ergueu-se, cerca de
9 mil anos atrás, a cidade de Çatal Hüyük.
claudio caPucho/ValeParaibaNo/agÊNcia estado
O trabalho do arqueólogo
“O arqueólogo identifica sítios, os locais onde se encon-
tram vestígios antigos. Trabalha também em museus estu-
dando os vasos de cerâmica, os artefatos de pedra ou ossos.
Dessa forma, descobre-se como viviam os homens no pas-
sado, seus costumes e seus sentimentos.”
FUNARI, Pedro Paulo A. Os antigos habitantes do Brasil. São Paulo: s Escavação arqueológica em São
Editora da Unesp/Imprensa Oficial do Estado, 2001. p. 53. José dos Campos (SP). Foto de 2004.
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Telhado da cabana
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Galerias
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Fabio colombiNi
s Até hoje vários povos indígenas do Brasil vivem em s Casa de pau a pique no Vale do Jequitinhonha
ocas. Aldeia Ipatse Kuikuro, Alto Xingu (MT). Foto de 2011. em Aracuaí (MG). Foto de 2006.
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CO
Santos
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São Vicente
Nesse período, ainda, foram funda-
N
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dos dois povoados no interior do terri- AT
NO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tório: Santo André da Borda do Campo OC
EA
(elevado à categoria de vila em 1553) e
São Paulo de Piratininga (1554), respec- Nota: A imagem não segue os padrões cartográficos por se tratar de uma ilustração.
Fonte: RODRIGUES, Rosicler Martins. Cidades brasileiras:
tivamente, as atuais cidades paulistas de do passado ao presente. São Paulo: Moderna, 2003. p. 14.
(Coleção Desafios). Nota: o mapa não segue os padrões
Santo André e São Paulo. Para chegar cartográficos por se tratar de uma ilustração
a esses povoados era preciso vencer a
barreira natural da Serra do Mar. Glossário
Com o passar do tempo, surgiram • Vila: Na categoria utilizada pelos portugueses, povoado
alguns importantes centros urbanos, que adquiria autonomia político-administrativa por meio
da criação da câmara dos Vereadores.
como a cidade de Salvador, a capital
da colônia desde 1549, que no final do
século XVIII possuía mais de 50 mil habitantes.
Leia o trecho a seguir sobre a importância das cidades no Brasil colonial.
• De acordo com o texto, quais eram as principais funções das cidades coloniais?
Responda no caderno.
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Muitas vezes, as senzalas eram os apertados e abafados porões das casas dos
grandes proprietários. Em outros casos, eram galpões de médio ou grande porte,
feitos de barro e cobertos de sapé. As senzalas exigiam constantes reparos e apre-
sentavam poucas janelas. Internamente, o espaço individual era pequeno, com di-
visória de palha trançada ou pau a pique, o que dificultava a privacidade. Os negros
escravizados dormiam todos juntos sobre o chão duro ou sobre palha.
Nos séculos XVI e XVII, a produção de cana de açúcar, concentrada no litoral
do Nordeste, era a maior riqueza da economia colonial. Durante esse período, os
grandes produtores de açúcar, os senhores de engenho, constituíam o grupo so-
cial mais poderoso da colônia. Suas residências eram as casas-grandes.
As primeiras casas-gran-
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O número de integrantes dessas ex-
pedições variava. Algumas contaram com
centenas e até milhares de indivíduos, que
ficaram conhecidos como bandeirantes,
pois à frente das expedições erguia-se uma
bandeira, como sinal de guerra.
No início, as bandeiras eram organi- s Henrique Bernardelli, Ciclo de caça ao índio (1923).
zadas para capturar indígenas nas aldeias Óleo sobre tela. Museu Paulista da Universidade
de São Paulo (SP).
mais próximas. Contudo, passaram a aden-
trar cada vez mais o interior da colônia, na medida em que os indígenas fugiam
para locais mais distantes, temendo os violentos ataques dos paulistas. Assim,
ao penetrar o interior da colônia, as bandeiras estenderam as fronteiras do terri-
tório colonial português para além da linha do Tratado de Tordesilhas.
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social que caracterizou a região, a pobreza em que vivia a maior parte da popula-
ção e a dificuldade de estabelecer atividades econômicas estáveis e duradoras.
Assim, as moradias das cidades mineiras eram muito simples, pequenas e
pobres, construídas com barro, madeira ou pedras. Com exceção das famílias
ricas, que geralmente habitavam sobrados, a população vivia em casas térreas,
de chão de terra batida, com poucas portas, janelas e móveis.
Apesar da abundância de ouro, poucos habitantes das cidades mineiras
acumularam fortunas. O próprio critério da Coroa para conceder a exploração
das minas, conforme o número de escravos de cada proprietário, resultou em
um grupo muito pequeno de homens ricos.
rubeNs chaVes/Pulsar imageNs
s Vista do centro histórico de Ouro Preto (MG), em 2011. Observe o traçado irregular da cidade,
antiga Vila Rica, resultado de uma ocupação não planejada.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
4 Observe este mapa e responda no caderno às questões a seguir.
As primeiras cidades
FerNaNdo José Ferreira
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MAR NEGRO
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ANATÓLIA Indo Ho
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OCEANO Bengala O L
Indianos
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ÍNDICO S Chineses
0 630 km Cidades
80°L
Fonte: A aurora da humanidade. Rio de Janeiro: Time-Life; São Paulo: Abril, 1993.
(Coleção História em Revista).
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concentrados?
8 Além do açúcar, que outros produtos tiveram destaque durante o Período Colonial?
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
dade, dentro da casa são mantidos objetos
s Moradia Yanomami no estado de Roraima (RR).
de uso doméstico como: cestos, panelas de
Foto de 2000.
barro, redes, arcos e flechas, remos...
O fogo pode estar presente dentro da Todos os espaços são respeitados. Todos
casa, para espantar insetos ou aquecer as os indivíduos são responsáveis pela manu-
pessoas durante a noite. Ele é mantido aceso tenção da vida social da aldeia.
durante a noite toda, sob a responsabilidade As casas são, normalmente, muito con-
das mulheres. fortáveis, com ventilação e luz suficientes. São
Numa casa pode morar apenas uma famí- construídas para refrescar durante o dia e
lia nuclear: pai, mãe e filhos, ou uma família aquecer durante a noite, por causa da concen-
extensa: várias famílias nucleares e outros pa- tração do calor do sol. Alguns povos colocam
rentes, como tios, primos e sogros. O número portas e janelas para embelezamento, como é
de pessoas pode variar bastante. O povo Ya- o caso dos Mundurukú. Outros deixam uma
nomami constrói uma única aldeia-casa para abertura única no meio do telhado, como os
todo um grupo de parentes. A Shabono, como Yanomami.
eles chamam essas casas, abriga normalmen- O material utilizado na construção das
te de 65 a 85 indivíduos, podendo ter no máxi- casas é, quase sempre, o mesmo para todos
mo 180 e no mínimo 35 pessoas. os grupos, exceto para aqueles que já têm um
contato permanente com a sociedade brasi-
É importante frisar que as casas onde leira e que sofreram algumas influências da
moram muitas pessoas ou famílias são di- arquitetura urbana. São usados cipós para a
vididas de tal maneira que cada grupo tem amarração dos caibros que farão a sustenta-
seu espaço. Nesse espaço montam sua resi- ção das casas, que depois são cobertas com
dência, na qual as outras famílias nunca ‘en- palhas de palmeiras, como babaçu, açaizeiro
tram’ sem a permissão dos donos do espaço ou pupunheira. [...]”
e de onde nunca tiram um único objeto do MUNDURUKU, Daniel. Coisas de índio. São Paulo:
lugar sem autorização. Callis, 2000. p. 39-42.
QuEsTõEs
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