Você está na página 1de 4

UNIVERSIDADE ABERTA - ISCED

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO


LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA

METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA

Idania Iahaia Jassuro

BEIRA
FEVEREIRO
2024
UNIVERSIDADE ABERTA - ISCED
FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO
LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA
METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA

Idania Iahaia Jassuro

Terceira Avaliação a ser entregue ao Departamento de


Economia e Gestão, Curso de Contabilidade e Auditoria
da Universidade de Economia e Gestão, surge no âmbito
da Cadeira de Técnica de Expressão Oral e Escrita, para
fins Avaliativos.

Tutor:
Dr: Sandaca Júlio

BEIRA
FEVEREIRO
2024
O NAMORO NA ACTUALIDADE

Antigamente o ato de namorar não gerava qualquer consequência no mundo jurídico, a


não ser a transformação do relacionamento com a celebração do casamento. Devido aos
tabus, os casais não viajavam juntos, desacompanhados da família, tampouco dormiam
juntos, pois o relacionamento sexual entre pessoas solteiras não era tolerado pela
sociedade e, portanto, quando os casais “dormiam” juntos, faziam isso de forma discreta,
escondida.

Atualmente, os namoros são muito diferentes do que eram há alguns anos. Os casais
dormem juntos, viajam, compartilham muito tempo em atividades conjuntas. Isso faz
com que o namoro, em alguns casos, muito se aproxime da união estável, entendida
como o relacionamento caracterizado pela convivência pública, contínua e duradoura,
estabelecida com o objetivo de constituição de família e que, como todos sabem, tem
consequências para as partes envolvidas, como o direito a alimentos, partilha de bens,
entre outros.
Por esse motivo, muitas pessoas, preocupadas com o fato de, no futuro, poderem ter um
namoro confundido com uma união estável (principalmente porque, uma vez terminado o
namoro, aquele que ficou magoado pode tentar atormentar ou se vingar do outro), estão
namorando “de papel passado”! É isso mesmo: tem muita gente namorando somente
depois de celebrar um “contrato de namoro”.

Todavia, os contratos de namoro, para muitos, não possuem validade jurídica. Aliás, essa
questão da validade do contrato de namoro tem gerado muita polêmica no mundo
jurídico. Isso porque a vida é dinâmica e, mesmo tendo assinado um contrato de namoro,
a parte pode conseguir demonstrar que o namoro evoluiu para uma união estável.

Ademais, a lei se sobrepõe ao contrato, ou seja, prevalece a lei, que tutela a união estável,
sobre o contrato de namoro.

No entanto, o contrato de namoro sempre servirá como início de prova e indício de


inexistência de união estável ou, pelo menos, para delimitar um prazo em que não existiu
união estável entre as partes, pois estavam comprovadamente simplesmente namorando.
Idania Iahaia Jassuro_
Terceira Avaliação

Não há regras fixadas para o contrato de namoro. Porém, como qualquer contrato, deve
conter a qualificação das partes contratantes e as cláusulas, em especial uma cláusula que
estabeleça que as partes possuem relacionamento de namoro puro e simples e que
renunciam expressamente ao interesse de constituir família (união estável) e, o mais
importante, deve-se colocar o prazo de duração do contrato, pois namoro nunca foi nem
poderá ser eterno. Uma vez terminado o prazo, as partes devem renovar o contrato de
namoro (ou, se preferirem, que se casem ou vivam em união estável).

Apesar da validade discutível dos contratos de namoro, eles estão na moda. Até mesmo
famosos, como a cantora Britney Spears, estão celebrando esse tipo de contrato.

Enfim, o contrato de namoro, apesar de sua validade questionada pelos juristas, pode
servir como um dos elementos de prova de ausência de união estável.

Página 2 de 4

Você também pode gostar