Os circuitos pneumáticos podem ser muito complexos, com muitos
atuadores exercendo funções diferentes. Por isso, fazemos uso dos diagramas para analisar e compreender os dos sistemas. A seguir, iremos analisar os circuitos pneumáticos fundamentais.
Comando de um atuador pneumático de simples efeito
A figura abaixo indica que a linha de pressão é representada pelo círculo
marcado internamente por outro círculo menor e preenchido.
Figura 1- Comando de um atuador de simples efeito
O avanço da haste ocorre pela ação manual do operador, a válvula
direcional é acionada, fazendo que a conexão de P alimente a conexão A, adicionando pressão a câmara traseira do atuador. O retorno da haste acontece pela mola do atuador, depois do fim do acionamento da válvula, que faz com que ela vá para o estágio inicial.
Comando de um atuador pneumático de duplo efeito
O comando mais simples de um atuador pneumático de duplo efeito é
feito usando uma válvula de controle direcional VD 4/2 vias ou uma válvula VD 5/2 vias. A figura abaixo ilustra por uma válvula VD 5/2 vias.
Figura 2 - Comando de um atuador de duplo efeito
Por ação manual do operador, ocorre o avanço da haste, a válvula direcional é comutada, fazendo que a entrada P alimente a conexão B, dando pressão a câmara traseira do atuador. O escape do ar contido na câmara frontal é feito pela conexão de trabalho A, ligada à conexão de escape em R. O retorno da haste acontece na posição inicial da válvula, onde a conexão de entrada de pressão P alimenta a conexão de trabalho A, dando pressão a câmara frontal do atuador. O escape do ar contido na câmara traseira é realizado pela conexão de trabalho B, ligada à conexão de escape em R.
Comando de um atuador pneumático de simples efeito de dois
pontos diferentes
Existe também como comandar um atuador pneumático de simples
efeito de dois pontos diferentes. Para fazer isso se usa uma válvula seletora. A figura indica este comando com duas válvulas de controle direcional VD 3/2 vias NF usando acionamento manual. O comando pode ser realizado pelo acionamento 1 ou 2.
Figura 3 - Comando de um atuador pneumático de simples efeito com dois pontos diferentes
Regulagem da velocidade dos atuadores pneumáticos de simples efeito e
de duplo efeito
Utiliza-se uma válvula reguladora de fluxo para controlar a velocidade do
atuador pneumático. Para um atuador de simples efeito, pode se regular a velocidade de avanço da haste, de retorno da haste, ou as duas. A figura abaixo ilustra este tipo de comando para as possibilidades existentes: (a) regulagem da velocidade de avanço da haste; (b) regulagem da velocidade de retorno da haste; (c) regulagem simultânea. Figura 4- Regulagem de velocidade de um atuador de simples efeito
Para um atuador pneumático de duplo efeito é mais comum usar a
regulagem de velocidade na fase de descarga do que na fase de alimentação devido a falta de precisão neste último caso. A figura abaixo nos mostra este tipo de comando para as possibilidades existentes: (a) regulagem da velocidade na fase de descarga; (b) regulagem da velocidade na saída da válvula direcional; (c) regulagem da velocidade na fase de alimentação.
Figura 5- Regulagem da velocidade de um atuador de duplo efeito
Comando temporizado
O temporizador pneumático ou válvula de retardo é usado quando é preciso
efetuar comandos ao longo do tempo. A figura a seguir mostra este tipo de comando. Acionando a válvula VD 3/2 vias NF por ação muscular do operador em 1, a válvula direcional é comutada, adicionando pressão a linha do temporizador. A segunda válvula de controle direcional VD 3/2 vias NF da associação em série é comutada depois do reservatório do temporizador ter sido abastecido completamente, ou seja, após um determinado intervalo de tempo. Com isso, o atuador pneumático é alimentado pela linha de pressão em A, causando o avanço da haste Figura 6 - Comando temporizado
Parâmetros e projetos das instalações pneumáticas
A automação e o controle de processos em sistemas pneumáticos
podem se dividir em duas partes: os sistemas de lógica cabeada e os sistemas de lógica programada. Nos sistemas de lógica cabeada, os comandos são feitos por dispositivos pneumáticos, elétricos ou eletrônicos. Nos sistemas de lógica programada, as funções de controle são feitas por um computador, chamado CLP. Este contém dados e programas e tem como objetivo executar instruções, interagindo ou modificando o sistema que deve ser controlado. Os sistemas de lógica cabeada são projetados tendo em vista diferentes métodos, dependendo do tipo de sinal de comando e do sistema. Os métodos mais utilizados são: método direto, método de cascata e do sequenciador pneumático. .