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RESUMO P1 - INTRODUÇÃO À ECONOMIA II (ALFRED MARSHALL)

1. Definição de Economia
“É o estudo da humanidade nas atividades correntes da vida – ação individual e social
ligadas à obtenção e ao uso dos elementos materiais do bem-estar”
- Possibilidade do Capitalismo na Inglaterra do Séc XIX
Abre a possibilidade de que a pobreza e a ignorância possam ser gradualmente
extintas. À economia cabe avaliar o ritmo e a extensão desse processo. À política
e à ética cabe decidir quando isso vai começar a acontecer

- Autodeterminação da vida industrial


A concorrência é fruto de uma vida baseada na autodeterminação dos indivíduos
– cada um decide seu projeto de vida em função de sua projeção do futuro. Em
função disso pode entrar em concorrência ou em cooperação com as outras
pessoas. Esta cooperação é baseada na livre escolha dos indivíduos, totalmente
diferente daquela baseada nos hábitos e na tradição de antes

- O papel do dinheiro no avanço da Ciência Econômica


Todos trabalham na busca de obter uma recompensa monetária. O dinheiro é o
motivo mais constante nos negócios. A força do motivo de uma pessoa pode ser
indiretamente medida pela soma de dinheiro despendida para obter satisfação
com o consumo de determinada mercadoria. Isso permite a aplicação de
métodos quantitativos precisos no estudo dos fenômenos econômicos por meios
científicos. Este fato fez com que a ciência econômica avançasse mais
rapidamente que os demais ramos da ciência social

- Progresso da Ciência Econômica e as Leis


A ciência econômica progride pelo aumento do número e da exatidão das leis
surgidas de enunciados provisórios e da verificação empírica exaustiva para
aplicação na previsão de acontecimentos iminentes e no resultado de novas
experiências. Esse processo é realizado por provas cada vez mais severas que
redundam na ampliação do âmbito das leis.

2. Conceitos
- Leis Econômicas
Leis sociais que se referem à conduta humana sempre que a força dos motivos
possa ser medida por um preço em dinheiro.

- Riqueza
Conjunto de bens materiais sobre os quais uma pessoa possui direitos de
propriedade, sendo, portanto, transferíveis – que possuem poder liberatório.
- Riqueza social
Conjunto de bens coletivos geradores de benefícios aos membros de uma
comunidade. Também incluem os bens imateriais, tais como as descobertas
científicas, a arte, as invenções mecânicas etc.

- Capital
Parte da riqueza dedicada a produzir uma renda em dinheiro

- Bens
Conjunto de coisas que satisfazem necessidades humanas. Podem ser
MATERIAIS (coisas e direitos) ou IMATERIAIS (qualidades). Os primeiros são
TRANSFERÍVEIS; os últimos são INTRANSFERÍVEIS.

- Produção
Esforços humanos que resultam na mudança da forma da matéria para adaptá-la
a melhor satisfazer necessidades humanas

- Consumo
É a subtração da utilidade dos bens acrescidos na produção. É a produção
negativa

- Consumo Produtivo
É o uso da riqueza na produção da nova riqueza

- Conceito de Renda
São os ingressos em dinheiro de uma pessoa ou família, inclusive os pagamentos
em espécie

- Juro
Pagamento pelo uso do dinheiro

- Lucro
(não tem nos PDFs)

3. Desenvolvimento da Curva de Demanda


- Necessidades/desejos/utilidade
O regulador último de toda demanda é a necessidade e o desejo dos
consumidores;
O preço que um comerciante pode cobrar por uma mercadoria depende do
quanto os consumidores estão dispostos a pagar por ela;
A disposição a pagar dos consumidores depende de suas necessidades/desejo;
O indicador do desejo/necessidade dos consumidores é a utilidade;
UTILIDADE: a propriedade de qualquer objeto de produzir benefício, vantagem,
bem ou felicidade ou impedir dor, danos, mal ou infelicidade
- Necessidades totais, necessidades de um item de consumo / Limite das
necessidades
As necessidades, quando consideradas em conjunto, possuem uma variedade
infinita – “nunca estamos plenamente satisfeitos”
Mas quando consideradas em separado, existe um limite para cada necessidade
Este limite representa uma característica universal da natureza humana -
Marshall representou este limite através de uma lei (utilidade decrescente)
MARGEM DE DÚVIDA: antes de adquirir uma nova unidade de um bem qualquer,
cada indivíduo avalia as vantagens de se incorrer num novo dispêndio frente à
utilidade que essa nova unidade lhe trará

- Lei de utilidade decrescente


I. A utilidade total de uma coisa para alguém cresce à medida do aumento
da quantidade consumida, mas não tão depressa quanto o ritmo de
aumento do consumo;
II. Se essa quantidade aumenta a um ritmo uniforme, a utilidade de cada
unidade consumida é decrescente;
III. A quantidade que se obtém até o ponto em que se para de comprar
denomina-se compra marginal;
IV. A utilidade da compra marginal denomina-se utilidade marginal

- Não haverá alteração nas preferências do consumidor / Utilidade decrescente


de todos os bens menos um / Preço e disposição a pagar
CONDIÇÃO IMPLÍCITA NA LEI DE UTILIDADE DECRESCENTE
Não haverá alteração nas preferências do indivíduo ao longo de um mesmo ciclo
de consumo
A utilidade marginal de todos os bens é decrescente, com uma única exceção; o
dinheiro, que tem utilidade marginal constante
Como os preços não podem ser determinados unilateralmente pela demanda, o
consumidor ajustará pela quantidade consumida, dado o preço de mercado

- Racionalidade do consumidor / Como se faz para ser racional?


Quando o consumidor é racional, a utilidade marginal de cada produto que ele
pode adquirir com seu orçamento se aproximar de zero, ele substitui pelo
consumo de outro produto que pode adquirir com esse orçamento. Esse
comportamento aplicado a todo e a cada produto que ele pode adquirir, garante
que a função de utilidade total estará no ponto máximo

- O que é racionalidade
O princípio da racionalidade é dada a restrição orçamentária, consumir para
obter utilidade total máxima

- Tabela de procura
* Imagem 1
- Utilidade total e Utilidade marginal
UTILIDADE TOTAL: é a soma das utilidades marginais de todos os bens que o
consumidor pode adquirir dada sua restrição orçamentária

UTILIDADE MARGINAL: quanto maior a utilidade, maior o valor, mas quanto


maior o consumo de um bem, maior é a utilidade total e menor é a utilidade
trazida pelo consumo de uma nova unidade desse mesmo bem, logo a utilidade
marginal é decrescente
assim os autores marginalistas (Jevons, Menger e Walras) mostram
concretamente como os valores são determinados pela utilidade – a utilidade
trazida por cada unidade de um bem adicionada ao consumo – sua utilidade
marginal

- Curva de demanda negativamente inclinada ao eixo x


Curva de Demanda
1) É uma curva derivada da função de utilidade marginal
2) É negativamente inclinada ao eixo horizontal
3) Relaciona variáveis (preço e quantidade) que se movem em sentidos
contrários – quando uma aumenta a outra diminui
4) Possui entre 90° e 180°
5) Coeficiente angular da curva exprime a intensidade da resposta do
consumidor em termos de variação da quantidade consumida frente a uma
variação no preço do bem
* Imagem 2 e 3

- Elasticidade preço da demanda


A noção de elasticidade dada pela relação entre as variações das duas variáveis:
Preço e Quantidade, o preço é a variável independente e a quantidade a variável
dependente
Atribuir velocidade à variação da quantidade consumida frente à variação no
preço
ALTA ELASTICIDADE: a diminuição do desejo é lenta à medida que novas
unidades de um mesmo bem é introduzida no consumo. uma pequena variação
no preço acarretará grande elevação na quantidade consumida
BAIXA ELASTICIDADE: a diminuição do desejo é rápida à medida que novas
unidades de um mesmo bem é introduzida no consumo. uma pequena variação
no preço acarretará pequena variação na quantidade consumida

- Relação da elasticidade em relação ao nível de preço e a renda do consumidor


ALTA ELASTICIDADE: PREÇOS ALTOS
ELASTICIDADE CONSIDERÁVEL: PREÇOS INTERMEDIÁRIOS
ELASTICIDADE BAIXA: PREÇOS BAIXOS
Esta relação se aplica a todas as mercadorias e a todos os consumidores,
independente do nível de renda apenas o limite entre o que é considerado preço
alto, intermediário e baixo é que muda com a classe de renda do consumidor
4. Rendimento Decrescente
- Lei de tendência ao rendimento decrescente
Um aumento do capital (K) e do trabalho (T) aplicados no cultivo da terra causa
um aumento no produto obtido menos do que proporcional – o produto
aumenta, mas em ritmo inferior ao aumento nos fatores de produção (K e T)

- Tecnologia e o rendimento decrescente


O avanço da técnica pode deter os efeitos desta lei, mas apenas
temporariamente
Cada combinação dos dois fatores que variam – dose de capital (K) e trabalho
(T) - representa uma determinada tecnologia

- Rendimento nas etapas iniciais da produção


Os rendimentos obtidos nas etapas iniciais de produção são quase sempre
crescentes devido à economia gerada pela organização

- Comportamento dos fatores de produção no curto prazo


O raciocínio marshalliano é estruturado no curto prazo; não se pode aumentar
todos os fatores (terra, capital e trabalho) simultaneamente; um dos fatores
será sempre considerado fixo (a terra) enquanto varia a combinação dos outros
dois (K e T)

- Dose marginal e rendimento marginal


A dose que dá ao empresário a justa remuneração (remuneração setorial obtida
pela firma representativa) denomina-se dose marginal e esta remuneração
denomina-se rendimento marginal, qualquer investimento após a dose marginal
não será compensador

- Ritmo de crescimento dos rendimentos


O ritmo de crescimento (e de decrescimento) dos rendimentos relativos à
aplicação de doses sucessivas de capital e trabalho depende: (i) da fertilidade do
solo e; (ii) da técnica

- Lei dos rendimentos decrescente com comportamento não monótono


A lei dos rendimentos decrescentes não pressupõe um comportamento
monótono:
I. O rendimento cresce;
II. Chega a um máximo;
III. Decresce;
IV. e pode voltar a crescer;
V. Mas no longo prazo será sempre decrescente;
VI. Nas 1ªs etapas o rendimento será sempre crescente devido às economias
geradas pela organização
- Rendimento decresce com qualquer fator de produção sendo fixo no curto
prazo
A tendência ao rendimento decrescente da terra (fator considerado fixo) é um
caso especial de uma tendência mais geral verificada sempre quando
aumentamos a quantidade de um fator enquanto a do outro permanece fixa
Em qualquer ramo de negócio haverá uma determinada combinação de fatores
que produz melhor resultado que qualquer outra
O empresário distribuirá seus recursos não de maneira proporcional, mas
procurando se aproximar da combinação de fatores que lhe proporcione o
rendimento máximo

Imagem 1

Imagem 2 e 3

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