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 Entrevista Brasilianas;

MP como braço diferenciado do Estado que se compromete com determinadas


causas (refere-se a período pó s-constituinte);

Direitos humanos como “agenda sexy”;

MP como paradigma para outras carreiras de Estado;

Carreiras de Estado mais bem remuneradas do que o equivalente em


complexidade e risco à s carreiras da iniciativa privada;

Distorçã o que acabou ocorrendo: classe média traz para dentro do Estado
pretensõ es que seriam alinhadas à s carreiras privadas; o vencimento deveria ser
modesto, apenas para evitar a corrupçã o: o valor real deveria ser a estabilidade;

Juventude demasiada e expectativa enorme: plantei, agora quero colher – visã o


diferente de carreira: “o que tem para mim aqui – permanente insatisfaçã o com o
que ganham; nã o querem ficar na periferia”;

Política: arte de se chegar ao poder e de se administrar o poder (partidos nanicos


– problemá ticos nesse sentido – servem como moeda de troca – desviam-se de
sua finalidade);

Falta acountability ao Poder Judiciá rio e ao MP – confusã o com independência


funcional – ele pensa que há de se ter intervençã o na atividade-fim com vício de
finalidade ou vício de origem;

Juiz representa a populaçã o – Alemanha começa com “em nome do povo


alemã o”;

Nã o se deve ter medo de ser objeto de debate político, de escrutinizaçã o, desde


que se faça de modo republicano, sem objetivo de influenciar – e sim visualizaçã o
de um sistema que pode apresentar falhas (julgamento pú blico nesse sentido é
favorá vel – Justiça deixou de ser caixa preta);

STF – ó rgã o de cú pula que merece grande credibilidade, cauteloso, já mostraram


em vá rias oportunidades que em grande maioria nã o estã o a favor ou contra
determinado grupo político;

“Uma chave de fenda serve para apertar parafusos, mas pode servir também
para dar estocadas”;

“No go area”- agir coercitivamente contra determinado Ministro;

Sobre celeridade de processos: legislaçã o atrasada – nã o cabe ao MJ acelerar


nada ele é ó rgã o do Poder Executivo – pode tematizar e fazer proposta, criando
comissõ es para alterar legislaçã o e encaminhar à presidência anteprojetos de lei
que possam vir a se tornar projetos de lei;
Triunvirato: MP – Polícia – Justiça: concebido para um controlar o outro;

 Discurso de posse:

Democracia como base – violaçã o dá ensejo a condutas violentas na sociedade;

Redes sociais como empecilho à s alteridades – diá logo nã o permite ver aos seus
semelhantes – impulsos que nã o fariam se olhassem olho no olho para o
semelhante – cultura do descredenciamento do outro enterra nossa democracia;

Reconstruir pontes – recompor esse tecido esgarçado da alteridade – valor falar


com todo mundo – as portas estarã o abertas para todos os atores políticos deste
país que queiram um país melhor – preço: horizontalidade – conversar de igual
para igual – todos queremos o melhor para este país;

Ninguém neste país tem o monopó lio da moralidade ou o monopó lio da salvaçã o
da pá tria;

A lei é igual para todos;

Corporaçõ es: infelizmente, nosso Estado tem visto a verdadeira apropriaçã oo


das instituiçõ es por corporaçõ es, que nã o cultivam a alteridade, mas sim seu
umbigo; sempre buscam ser melhores do que outras, mais valiosas do outras; o
que está nessa arrogâ ncia é o ganho de prestígio e de poder – fazem de tudo e
representam um risco permanente para governabilidade;
- Tem de aprender a viver na alteridade; podem ser legítimas para
defender seus interesses, desde que olhem com horizontalidade, vejam
como iguais seus semelhantes; serã o honradas e terã o diá logo as
corporaçõ es que nã o queiram à s cotoveladas se impor;

Começou praticamente sua carreira no serviço pú blico no Ministério da Justica;


depois como diretor geral do Departamento Geral de Justiça;

Falou sobre valorizaçã o de indígenas;

 TEXTO:

Para superar esse problema em sua raiz, conviria, por via de um pacto entre
poderes, estabelecer matriz lógica transversal de remuneração no serviço público,
calcada em quantitativos de risco pessoal do agente e complexidade da formação e
das funções para cada carreira, à semelhança do que ocorre em outros países.
Nessa matriz, as carreiras jurídicas – ministério público, defensoria pública,
advocacia pública e magistratura – deveriam, rigorosamente, ter trato isonômico,
para afastar a competição entre si. Ademais, a matriz deveria pressupor sistema
único de administração de pagamento de pessoal, como o SIAPE,[14] com critérios
homogêneos e transparentes. Esse sistema único não atentaria contra a autonomia
administrativa de instituições como o ministério público a defensoria pública, nem
contra a separação de poderes, eis que cada órgão poderia alimentar sua parte na
base de dados autonomamente, seguindo critérios pactuados. Para despolitizar as
bases reivindicatórias, seria recomendável destacar os ganhos do serviço público
daqueles auferidos pela cúpula dos poderes, desde já estabelecendo que os
subsídios do presidente da República, do vice-presidente da República, dos
ministros de Estado, dos deputados, dos senadores e dos ministros do Supremo
Tribunal Federal não podem servir de referência à remuneração do restante do
serviço público. É que esses ganhos têm servido de “locomotiva” política que
traciona o processo de aumentos. Os cargos do topo da matriz seriam o de ministro
do Superior Tribunal de Justiça, presidente do Banco Central, diretores-gerais da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, reitores de universidades, ministros
de primeira classe da carreira diplomática e por aí vai. Os cargos abaixo destes
guardariam, todavia, proporção com seus ganhos, seguindo os vetores de risco e
complexidade da função. Com uma reforma desse teor, que poderia ser executada
em prazo maior de quatro ou cinco anos para o encontro de contas, esvaziar-se-ia o
poder reivindicativo das corporações de carreira de Estado, que passariam a se
submeter a critérios de ganhos gerais de todo o serviço público federal. As
associações isoladamente perderiam seu poder de fogo, porque não haveria mais
espaço para aumentos singulares. No mais, sem disparidades entre os ganhos,
desapareceria a tendência aoconcurseirismo, para fixar os profissionais nas
carreiras segundo sua vocação.

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