Ave Condor - O voo alto que alcança Deus Recaptulando O Romantismo nasce no Brasil poucos anos depois da nossa independência política. Por isso, as primeiras obras e os primeiros artistas românticos estão empenhados em definir um perfil da culturabrasileira em vários aspectos: a língua, a etnia, as tradições, o passado histórico, as diferenças regionais, a religião, etc. Pode-se dizer que o nacionalismo é o traço essencial que caracteriza a produção de nossos primeiros escritores românticos. Gerações Românticas
Indianista Mal do Século Abolicionista
Nacionalista, indianista e Marcado pelo pessimismo, Marcado pela crítica às
religiosa. ultrarromantismo e instituições sociais do
Poetas: Gonçalves Dias e existencialismo. Brasil, como a escravidão.
Gonçalves de Magalhães. Poetas: Álvares de Azevedo. Poeta: Castro Alves
- Fim da Alienação pela Arte - Abolicionismo - Descritivismo de Paisagens (África X Brasil) - Hipérboles Características - Vocativos - Declamação e Oratória - Poema para convencer - Negação do Amor Platônico Castro Alves Castro Alves foi um dos últimos grandes poetas do
Romantismo no Brasil. Sua obra representa, na
evolução da poesia romântica brasileira, um momento
de maturidade e de transição.
Maturidade, em relação a algumas atitudes ingênuas
das gerações anteriores, como a idealização amorosa
e o nacionalismo ufanista, às quais o poeta dava um
tratamento mais crítico e realista.
Transição, porque sua visão mais objetiva diante da
realidade aponta para o movimento literário seguinte,
o Realismo, que já predominava na Europa.
Características do Poeta:
Abolicionista e Patriota e Declamatória Descretivismo da
Humanitária Natureza
Sensualidade e Erotismo Sentimento Exagerado
"O sol faz lá tudo em fogo, Lá na úmida senzala, Faz em brasa toda a areia; Sentado na estreita sala, Ninguém sabe como é belo Junto o braseiro, no chão, Ver de tarde a papa-ceia! Entoa o escravo o seu canto, "Aquelas terras tão grandes, E ao cantar correm-lhe em pranto Tão compridas como o mar, Saudades do seu torrão... Com suas poucas palmeiras De um lado, uma negra escrava Dão vontade de pensar... Os olhos no filho crava, "Lá todos vivem felizes, Que tem no colo a embalar... Todos dançam no terreiro; Canção do Africano E à meia voz lá responde A gente lá não se vende Castro Alves Ao canto, e o filhinho esconde, Como aqui, só por dinheiro". Talvez, pr'a não o escutar! O escravo calou a fala, "Minha terra é lá bem longe, Porque na úmida sala Das bandas de onde o sol vem; O fogo estava a apagar; Esta terra é mais bonita, E a escrava acabou seu canto, Mas à outra eu quero bem! P'ra não acordar com o pranto O seu filhinho a sonhar!