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3ª Geração Romântica

Poesia Abolicionista e Condoreira


Ave Condor
- O voo alto que alcança Deus
Recaptulando
O Romantismo nasce no Brasil poucos anos depois da nossa
independência política. Por isso, as primeiras obras e os primeiros
artistas românticos estão empenhados em definir um perfil da
culturabrasileira em vários aspectos: a língua, a etnia, as tradições, o
passado histórico, as diferenças regionais, a religião, etc.
Pode-se dizer que o nacionalismo é o traço essencial que caracteriza a
produção de nossos primeiros escritores românticos.
Gerações Românticas

Indianista Mal do Século Abolicionista


Nacionalista, indianista e Marcado pelo pessimismo, Marcado pela crítica às

religiosa. ultrarromantismo e instituições sociais do

Poetas: Gonçalves Dias e existencialismo. Brasil, como a escravidão.

Gonçalves de Magalhães. Poetas: Álvares de Azevedo. Poeta: Castro Alves


- Fim da Alienação pela Arte
- Abolicionismo
- Descritivismo de Paisagens (África X Brasil)
- Hipérboles
Características - Vocativos
- Declamação e Oratória
- Poema para convencer
- Negação do Amor Platônico
Castro Alves
Castro Alves foi um dos últimos grandes poetas do

Romantismo no Brasil. Sua obra representa, na

evolução da poesia romântica brasileira, um momento

de maturidade e de transição.

Maturidade, em relação a algumas atitudes ingênuas

das gerações anteriores, como a idealização amorosa

e o nacionalismo ufanista, às quais o poeta dava um

tratamento mais crítico e realista.

Transição, porque sua visão mais objetiva diante da

realidade aponta para o movimento literário seguinte,

o Realismo, que já predominava na Europa.


Características do Poeta:

Abolicionista e Patriota e Declamatória Descretivismo da


Humanitária Natureza

Sensualidade e Erotismo Sentimento Exagerado


"O sol faz lá tudo em fogo,
Lá na úmida senzala, Faz em brasa toda a areia;
Sentado na estreita sala, Ninguém sabe como é belo
Junto o braseiro, no chão, Ver de tarde a papa-ceia!
Entoa o escravo o seu canto, "Aquelas terras tão grandes,
E ao cantar correm-lhe em pranto Tão compridas como o mar,
Saudades do seu torrão... Com suas poucas palmeiras
De um lado, uma negra escrava Dão vontade de pensar...
Os olhos no filho crava, "Lá todos vivem felizes,
Que tem no colo a embalar... Todos dançam no terreiro;
Canção do Africano E à meia voz lá responde A gente lá não se vende
Castro Alves Ao canto, e o filhinho esconde, Como aqui, só por dinheiro".
Talvez, pr'a não o escutar! O escravo calou a fala,
"Minha terra é lá bem longe, Porque na úmida sala
Das bandas de onde o sol vem; O fogo estava a apagar;
Esta terra é mais bonita, E a escrava acabou seu canto,
Mas à outra eu quero bem!
P'ra não acordar com o pranto
O seu filhinho a sonhar!

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